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MANUAL DE LABORATÓRIO
Dezembro/2018
PRÁTICA 1
1. Objetivos
2. Normas de Segurança
2
6. Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado,
lave o local imediatamente com bastante água.
7. Evite contato de qualquer substância com a pele (evite passar os
dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos). Se alguma substância cair
na sua pele, lavar imediatamente com bastante água. Seja
particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas
como ácidos e bases concentrados.
8. Nunca tente sentir o sabor de algum produto químico ou solução.
9. Quando for testar um produto químico pelo odor (por exemplo:
amônia) não coloque seu rosto diretamente sobre o recipiente que o
contém. Em vez disso, com a sua mão, desloque um pouco dos
vapores que se desprendem do recipiente em direção ao seu nariz.
10. Não deixe vidro quente em local que possam pegá-lo
inadvertidamente.
11. Só deixe sobre a mesa o bico de gás aceso quando estiver sendo
utilizado.
12. Tenha cuidado com os reagentes inflamáveis. Não os manipule em
presença de fogo.
13. Ao término dos trabalhos onde haja aquecimento, feche com
cuidado as torneiras de gás a fim de evitar escapamento.
14. Não trabalhe com material imperfeito.
15. Os tubos de ensaio contendo líquidos devem ser aquecidos pela
parte do meio e não pelo fundo e utilize pinça de madeira para esta
finalidade. Quando aquecer uma substância num tubo de ensaio,
não volte extremidade aberta do mesmo para si ou para uma
pessoa próxima.
16. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos e sim
nos cestos de lixo.
17. Leia com atenção o rótulo do frasco do reagente antes de usá-lo a
fim de certificar-se que apanhou o frasco certo. Segure o frasco pelo
lado que contém o rótulo evitando assim que o reagente escorra
sobre este.
18. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases ou
vapores tóxicos devem ser realizadas na câmara de exaustão
(capela).
3
19. Sempre que for diluir um ácido concentrado, adicione-o lentamente
e sob agitação sobre a água e nunca faça o contrário.
20. Quando qualquer frasco de reagente for aberto, deve-se colocar sua
tampa, sobre a mesa, virada para cima ou segurá-la entre os dedos
a fim de se evitar contaminação. Após o reagente ser usado fechar
novamente o frasco.
21. Uma porção qualquer do reagente retirada do frasco de estoque
jamais poderá retornar ao mesmo. O aluno deverá aprender a
estimar a quantidade que necessita para evitar desperdícios,
retirando dos frascos reagentes apenas o necessário.
22. No caso de reagentes sólidos: uma espátula usada para retirar um
reagente de um frasco só poderá ser usada, para manipulação de
outro reagente, após perfeitamente lavada e seca.
23. No caso de reagentes líquidos: não introduzir pipetas, conta-gotas,
etc. nos frascos que os contêm. Verter o reagente líquido a ser
medido no recipiente em que ele será usado ou então em um
béquer limpo e seco, para ser transferido ou pipetado.
24. Localize os extintores de incêndio e familiarize-se com o seu uso.
25. Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência.
26. Sempre que possível, trabalhe com óculos de proteção.
27. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite de
aquecimento prolongado ou que desenvolva grande quantidade de
energia.
28. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou
gás) abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todo o
equipamento limpo e nos seus devidos lugares e lave as mãos.
4
Se durante um processo químico que ocorre no interior de um
béquer ou qualquer outro frasco de vidro ocorrer a queima de um
produto químico, primeiramente retire a fonte de calor e retire o
oxigênio, tampando o frasco com pano úmido ou vidro de relógio (pode
também utilizar amianto ou extintores CO2. Se a fonte de energia for
corrente elétrica, nunca utilize água, mesmo após desligar a corrente.
Se o combustível for óleo, utilize areia com bicarbonato de sódio ou
cloreto de amônio. Se ocorrer a queima da roupa de um operador, não
faça correr, abafe-o com o cobertor ou leve ao chuveiro, se estiver
perto.
Notar bem que:
1. Tetracloreto de carbono não deve ser usado em presença de sódio
ou potássio, pois pode ocorrer uma explosão violenta; o laboratório
deve ser imediatamente ventilado, a fim de dispensar o fosgênio
formado, que é altamente tóxico.
2. Em caso de pequenas queimaduras com fogo ou material aquecido,
deve ser feita a aplicação, no local, da pomada picrato de butesin.
Caso esta não seja disponível, pode-se usar vaselina ou
simplesmente ácido pícrico.
3. Em caso de corte, o ferimento deve ser desinfetado com
antisséptico. Para diminuir o sangramento, pode ser usada uma
solução diluída de cloreto férrico (FeCl3), que tem propriedades
coagulantes; e
4. Em caso de vidro nos olhos, remover os cacos cuidadosamente com
pinça ou com auxilio de um copo lava-olho. Procurar o médico
imediatamente. A irritação que se segue, em geral para pequenos
acidentes, pode ser aliviada, colocando-se uma gota de óleo de
rícino, pode ser aliviada, colocando-se uma gota de óleo de ricínio
nos cantos de olhos.
3.2.1. Ácidos
5
Queimaduras com ácido são usadas por forte ardência, havendo
corrosão dos tecidos. As lesões com H2SO4 e HNO3 aparecem
respectivamente, com a coloração esbranquiçada ou amarelada. Deve-
se providenciar imediatamente a neutralização do ácido. Em caso de
ingestão é recomendado um neutralizante via oral, como leite de
magnésia, solução de óxido de magnésio ou até mesmo água de cal.
Quando o ácido ataca a pele ou mucosa oral é indicada a lavagem
abundante do local com solução de sulfato de magnésio (MgSO4),
bicarbonato de sódio (NaHCO3) ou até mesmo amônia (NH4OH), sendo
esta utilizada apenas para queimadura forte. Para queimaduras graves,
aplicar um desinfetante, secar a pele e cobrir com pomada à base de
picrato. No caso de atingir os olhos, deve se lavar abundantemente com
uma solução de borato de sódio (Na3BO3) ou bicarbonato de sódio a
5%. Se o ácido for concentrado lavar primeiro com grande quantidade
de água e continuar com a solução de bicarbonato. No caso de ingestão
é totalmente contraindicada a indução do vômito.
3.2.2. Álcalis
6
1. Soluções com vapores de nitrito de amilo enquanto são preparadas
as duas soluções seguintes.
2. Solução de nitrito de sódio (NaNO2) a 3%, injetado
intravenosamente na quantidade de 6 a 8 mL por m2 de superfície
corporal. As aplicações devem ser feitas num ritmo de 2,5 a 5,0 mL
por minuto.
3. Administração de 5,0 mL de solução de tiossulfato de sódio
(Na2S2O3) a 25%, também por via intravenosa.
7
A vítima apresenta vômitos, diarreia e cãibras musculares. É
indicada a provocação do vômito, pela ingestão de uma colher de chá
de mostarda ou uma colher das de sopa de cloreto de sódio ou sulfato
de zinco, dissolvido num copo de água quente. È contraindicado a
ingestão de leite.
8
pomada à base de acriflavina ou de picrato de bustesin. Em acidentes
com iodo é indicado a imediata inalação com éter sulfúrico.
3.2.15. Fósforo
Lavar bem com água fria e tratar com solução de nitrato de prata a
1%.
9
3.3. Cortes
10
1. Tubo de ensaio: utilizado principalmente para efetuar reações
químicas em pequena escala. Pode ser aquecido, com cuidado,
diretamente sobre a chama do bico de Bunsen.
2. Béquer: recipiente com ou sem graduação, utilizado para dissolver
substâncias, efetuar reações, aquecer líquidos, efetuar pesagens,
deixar substâncias em repouso, etc. Pode ser aquecido sobre tripé
com tela de amianto.
3. Erlenmeyer: utilizado para aquecer líquidos, fazer reações, dissolver
substâncias e fazer titulações (uma vez que sua forma cônica evita
perdas de líquidos por agitação). Pode ser aquecido, com cuidado,
diretamente sobre a chama do bico de Bunsen.
4. Proveta ou cilindro graduado: usado para medidas aproximadas de
volumes de líquidos. Não pode ser aquecido.
5. Pipetas: recipientes calibrados para medida precisa de volume de
líquidos. Existem dois tipos de pipetas: pipeta graduada (utilizada
para escoar volumes variáveis de líquidos. Esta pipeta é usada para
medir pequenos volumes e tem pouca aplicação sempre que se quer
medir volumes líquidos com elevada precisão) e pipeta volumétrica
(utilizada para escoar volumes fixos de líquidos). Não podem ser
aquecidas.
6. Bureta (com torneira de vidro): equipamento calibrado para medida
precisa de volume de líquidos. É utilizada em análises volumétricas.
Existem também as buretas automáticas, que possuem dispositivos
pelos quais o líquido é levado até seu interior automaticamente.
7. Balão volumétrico: recipiente calibrado, de precisão, destinado a
conter um determinado volume de líquido, a uma dada temperatura
(geralmente 20°C), podendo ser utilizado sem erro apreciável, a
temperaturas mais ou menos 8°C acima ou abaixo da indicada. É
Utilizado no preparo de soluções de concentrações definidas. Possui
o traço de aferição situado no gargalo do balão e tem fundo chato.
8. Balão de fundo chato e de fundo redondo: usados para aquecer
líquidos e fazer reações com desprendimentos gasosos. Podem ser
aquecidos sobre tripé com tela de amianto.
9. Kitassato: recipiente munido de saída lateral e usado em filtração a
vácuo.
11
10. Funil de adição: utilizado para adição de reagentes em um sistema
reacional.
11. Funis de separação (ou de decantação): usados para separar
líquidos imiscíveis.
12. Dessecador: utilizado no armazenamento e resfriamento de
substâncias quando se necessita de uma atmosfera com baixo índice
de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias
sob pressão reduzida.
13. Condensadores: usados para condensar os vapores nas destilações
e nos aquecimentos sob refluxo.
14. Funil de vidro: utilizado na transferência de líquidos e nas filtrações
simples. O funil com colo longo e estrias é chamado de funil
analítico.
15. Conectores: utilizado para montagem de aparelhos e interligações.
16. Vidro de relógio: usado para cobrir béquer, pesar sólidos e evaporar
líquidos.
17. Bastão de vidro ou baqueta: cilindro maciço de vidro, usado para
agitar e facilitar as dissoluções, na transferência de líquidos, além
de auxiliar nas filtrações, etc.
18. Pesa-filtro: indicado para a pesagem de sólidos quando o composto
é higroscópico.
12
1. Suporte universal.
2. Anel ou argola.
3. Garras: são usados na sustentação de várias peças, tais como funil
de vidro e de decantação, condensadores, etc.
4. Tripé: usado para sustentar a tela de amianto.
5. Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para
distribuir uniformemente o calor, durante o aquecimento de
recipientes de vidro à chama de um bico de gás.
6. Espátulas e colheres: usadas para transferir substâncias sólidas.
Podem ser encontradas em porcelana, aço inoxidável e níquel.
7. Pinça metálica casteloy: usada para segurar objetos aquecidos.
8. Pinça de Mohr e de Hoffman: usadas para impedir ou diminuir a
passagem de gases ou de líquidos através de tubos flexíveis.
13
1. Balança: Instrumento para determinação de massa (pesagem).
Como exemplos têm-se a balança analítica elétrica (encontrada com
precisão de cinco casas decimais) e as mais comuns com quatro
casas decimais (décimos de miligrama).
2. Centrífugas manual e elétrica: usadas para acelerar a sedimentação.
3. Bomba de vácuo: utilizada para acelerar as filtrações realizadas sob
vácuo.
4. Pisseta: recipiente geralmente contendo água destilada ou outros
solventes. É usado para efetuar a lavagem de recipientes ou
materiais com jatos do solvente nele contido.
5. Torneiras: utilizada em conecções diversas.
6. Termômetro: utilizado para medida de temperatura em sistemas
reacionais ou destilação.
7. Macaco: utilizado na suspensão de materiais diversos em montagem
de reações.
8. Cilindro: utilizado na armazenagem de gases que serão utilizados
em reações ou para geração de atmosfera específica.
9. Frasco para reagente: usado para conservar reagentes químicos.
Dependendo da substância a ser guardada, o frasco a ser utilizado
pode ser incolor ou âmbar.
4.6. Limpeza
14
acetona ou éter (neste caso, desde que não haja chama no laboratório),
dependendo da natureza da sujeira, e depois lavado como foi descrito.
5. Exercícios
15
PRÁTICA 2
PESAGEM, MEDIDAS DE TEMPERATURA E MANUSEIO COM RECIPIENTES
VOLUMÉTRICOS
1. Objetivos
16
2. Verificar se a balança está nivelada observando através de um nível
em forma de bolha. Para nivelar a balança gira-se os pés localizados
na parte frontal da mesma (depende da balança).
3. Retirar poeiras ou detritos do(s) prato(s) com pincel apropriado.
4. Verificar se as escalas da balança estão ajustadas, isto é, se as
mesmas estão indicando zero grama. Esta operação comumente é
chamada zerar a balança (existe dispositivo para se acertar o zero).
5. Nunca pesar substâncias corrosivas, voláteis ou higroscópicas em
frascos abertos.
6. Nunca colocar material diretamente no prato. Devam ser utilizados
recipientes adequados (cadinho, pesa-filtro, béquer, etc.) que
devem estar limpos e secos.
7. O material a ser pesado deve estar à temperatura ambiente. O
material quente cria em redor de si uma corrente ascendente de ar
que o torna mais leve.
8. Pesar os objetos com as janelas laterais fechadas.
9. Não se deve pesar material cujo peso seja mais ou menos próximo
da capacidade da balança.
10. Conserve a balança limpa. Se durante a operação partículas cair no
prato, retirá-las imediatamente.
11. A balança quando não está em uso deverá estar travada e fechada
(depende do tipo de balança). Uma balança elétrica deverá ser
desligada.
17
3. Medidas de Volumes
18
Figura 1. Ilustração da leitura de líquidos em aparelhos volumétricos.
3.1.1. Bureta
19
5. Fechar a torneira e encher a bureta até um pouco acima do zero da
escala e remover o funil.
6. Segurar a torneira com a mão esquerda e com o auxílio dos dedos
polegar, médio e indicador abrir a torneira para expulsar todo o ar
contido entre a mesma e a extremidade inferior da bureta e encher
esta região. Encher a bureta novamente, se necessário, e acertar o
menisco com o traço de aferição que fica na parte superior da
mesma.
Observação: a torneira de uma bureta deve ser levemente
lubrificada para que possa ser manipulada com mais facilidade. Serve
para este fim uma mistura de partes iguais de vaselina e cera de
abelhas. Misturas especiais são encontradas no comércio.
3.1.2. Proveta
3.1.4. Pipeta
20
A pipetagem de um líquido (ou de uma solução) deverá ser
metódica e cuidadosa. Os passos principais são:
1. Levar a pipeta com a mão até próximo do fundo do recipiente que
contém o líquido (ou a solução), tomando o cuidado de não bater a
parte inferior da pipeta no fundo do mesmo.
2. Segurar a pipeta com o dedo indicador e o polegar.
3. Fazer a sucção com a pêra de borracha na parte superior da pipeta
até notar que o líquido subiu um pouco acima do traço de aferição.
4. Segurar o recipiente que contém o líquido (ou a solução) com a
outra mão, de modo que a parte inferior da pipeta toque a sua
parede lateral e elevar a pipeta até que o traço de aferição coincida
com a altura dos olhos.
5. Levar a pipeta até o recipiente de destino e deixar escoar através da
parede lateral do mesmo.
6. Tocar, após escoamento total do líquido, a ponta da pipeta na
parede lateral do recipiente para que se escoe a última gota da
mesma.
4. Procedimento Experimental
4.1. Material
Termômetro
Béquer de 50, 100 e 250 mL Balão volumétrico de 50 mL
Erlenmeyer de 250 mL Pipeta volumétrica de 20 mL
Bureta de 50 mL Pipeta graduada de 5 mL
Proveta de 25 mL Funil comum
21
pegue cada objeto e tente estimar o mais pesado, e o mais leve, e
complete a tabela abaixo.
22
4.4. Medidas de volume
Proveta Pipeta
Massa do béquer antes da adição da água
Massa após a 1a adição de 20 mL
Massa após a 2a adição de 20 mL
Massa após a 3a adição de 20 mL
Massa do 1o 20 mL
Massa do 2o 20 mL
Massa do 3o 20 mL
Média das três medidas
Desvio de cada medida com relação à média 1a
23
5. Exercícios
24
PRÁTICA 3
SOLUBILIDADE
1. Objetivos
2. Introdução
25
Figura 1. Dissolução de NaCl em água
26
Qualquer que seja a origem, extrações ou sínteses, raramente produz
produtos puros, e algum tipo de purificação é necessário. Convém
observar que compostos comerciais apresentam diferentes graus de
pureza, e frequentemente possuem 90-95% de pureza. Para certas
aplicações 95% de pureza pode ser satisfatório enquanto que, para
outras é necessária uma purificação. As técnicas de purificação mais
comuns são: extração, recristalização, destilação e cromatografia. Para
a purificação de sólidos, o primeiro método a ser tentado é a
recristalização.
2.2. Recristalização
3. Procedimento Experimental
3.1. Materiais
27
3.2. Miscibilidade de líquidos
Líquido
Tubo Solução Miscibilidade mais
denso
1 3 mL de H2O 1 mL de etanol
1 mL de 1-
2 3 mL de H2O
butanol
1 mL de
3 3 mL de H2O
clorofórmio
1 mL de
4 3 mL de etanol
butanol
1 mL de
5 3 mL de etanol
clorofórmio
3 mL de 1- 1 mL de
6
butanol clorofórmio
3.3. Extração
Observações:
28
3.4. Precipitação
Observações.
3.5. Filtração
Observações.
29
4. Exercícios
30
PRÁTICA 4
1. OBJETIVOS
2. INTRODUÇÃO
31
indicadores que mudam de cor em diferentes graus de acidez. A primeira
teoria sobre os indicadores, dita teoria iônica dos indicadores, é
creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a teoria da dissociação
eletrolítica iônica dos indicadores. Segundo esta, os indicadores são
bases ou ácidos fracos cuja cor das moléculas não-dissociadas difere da cor
dos respectivos íons, indicador na forma ácida não dissociada (HIn) ou
básica (InOH) teria uma cor diversa daquela que teriam seus íons. Assim
deve haver um equilíbrio entre as formas dissociadas e não dissociadas do
indicador, conforme reações abaixo:
Exemplos:
azul de bromotimol
32
Figura 1 – Fórmula estrutural de alguns indicadores
33
Figura 2. Cores de alguns indicadores em várias soluções e os seus valores de pH
3. PARTE EXPERIMENTAL
- Soluções desconhecidas A, B, C, D e E.
- Fenolftaleína
- Metil orange
- Azul de bromotimol
34
- 20 tubos de ensaio
3.2 Procedimento
PARTE A
35
Parte A – Soluções conhecidas
Sistema Cor
Papel
Fenolftaleína Metil orange Azul de indicador
bromotimol universal
PARTE B
Sistema Cor
Papel
Fenolftaleína Metil orange Azul de indicador
bromotimol universal
Solução A
Solução B
Solução C
Solução D
Solução E
Solução F
36
Parte C – As substâncias que você acha que tem propriedades iguais.
Sistema Sistema
Ácido Básico
Solução A
Solução B
Solução C
Solução D
Solução E
Solução F
37
Agrupar as sustâncias de mesma função de acordo com os resultados
Sistema Substancia
Ácido
Básico
Exercícios de Fixação
38
PRÁTICA 5
REAÇÕES QUÍMICAS
1. Objetivos
2. Introdução
3. Parte experimental
39
3.1. Material
Estantes com tubos de ensaio Bastão de vidro
Pipetas de 1,0; 5,0 e 10 mL Espátula
Tubos de ensaio Pinça tesoura
Béquer de 100 mL Termômetro
Provetas de 50 mL e 10 mL Pinça madeira
Cápsula de porcelana
3.2. Reagentes
3.3. Procedimento
40
3. Levar um pequeno fragmento de magnésio seguro por uma pinça-tesoura
(não use pinça de madeira) à chama do bico de gás. (Muito cuidado ao
observar, a luz emitida pode prejudicar a vista). Observar. Anotar. Recolher
o produto em uma cápsula de porcelana. Adicionar 10 mL de água destilada
e agitar com bastão de vidro para homogeneizar. Adicionar 2 gotas de
fenolftaleína. Observar. Anotar. Equacionar e classificar as reações
ocorridas.
41
11. Colocar 3,0 mL de solução de iodeto de potássio em um tubo de ensaio.
Adicionar 3,0 mL de ácido sulfúrico diluído. Agitar. Adicionar 3,0 mL de água
oxigenada. Agitar. Adicionar 2 gotas de uma solução de amido. Observar.
Anotar. Equacionar e classificar a reação.
10
11
12
13
42
4. Questionário
43
8. Com relação as etapa 11, responda:
a) Escrever a equação da reação entre iodeto de potássio, ácido
sulfúrico e água oxigenada, indicando os números de oxidação de todos
os átomos dos elementos participantes.
b) Qual a substância oxidante e qual o redutor?
c) Porque se adicionar 2 gotas de solução de amido ao produto
formado? O que aconteceu?
44
PRÁTICA 6
RENDIMENTO DE UMA REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO
1. Objetivos
2. Introdução
45
As regras da solubilidade são experimentais e estão relacionadas ao
caráter covalente dos compostos iônicos conforma ilustra a Tabela 1.
3. Procedimento experimental
3.1. Material
1.2. Reagentes
Cromato de potássio
Cloreto de bário
46
1.3. Procedimento
47
Substância Massa (g) Observações
K2CrO4
BaCl2
Papel de Filtro
Papel de Filtro + BaCrO4
BaCrO4
Rendimento (%)
2. Exercícios
48
PRÁTICA 7
PREPARAÇÃO E DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES
1. Objetivos
2. Introdução
3. Parte experimental
3.1. Materiais
49
Nesta etapa serão preparadas as seguintes soluções aquosas em g/L
que serão indicadas no laboratório pelo professor.
Converta esta unidade de concentração para mol/L.
Anotações:
Procedimento
50
8. Tapar e homogeneizar a solução invertendo várias vezes o balão de
diluição.
Anotações:
Procedimento
51
3.4. Preparação de soluções de ácidos a partir das soluções
comerciais
Anotações:
Procedimento
52
Anotações:
Procedimento
53
PRÁTICA 8
PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES - TITULAÇÃO
1. Objetivos
2. Introdução
54
O ponto quando a base neutraliza completamente um ácido (ou vice-
versa) pode ser detectado com um indicador que muda de cor com excesso
de H+ ou OH-.
3. Procedimento experimental
3.1. Materiais
Bureta de 50 ml Funil
Suporte com garra Balão volumétrico
Pipeta volumétrica Biftalato de potássio
Erlenmeyer Fenolftaleína
Béqueres
3.2. Procedimento
55
Titulação Mbiftalato de potássio (g) VNaOH (mL)
1
2
Média
Cálculos:
56
Titulação VHCl (mL) VNaOH (mL)
1
2
Média
Cálculos:
3. Exercícios
57
Material complementar a prática 2
1.0 Objetivos
Utilizar algarismos significativos.
Distinguir o significado de precisão e exatidão.
2.0 Introdução
Muitas observações na química são de natureza quantitativa, isto é, a grandeza de
alguma propriedade é medida e expressa com um número. Nas ciências físicas as
propriedades fundamentais mais utilizadas e medidas diretamente são: comprimento, tempo,
massa e temperatura. Outras propriedades da matéria como volume, densidade ou velocidade
são quocientes ou produtos destas propriedades fundamentais. Um processo de medida
envolve, geralmente, a leitura de um número em algum instrumento; em conseqüência tem-se
quase sempre alguma limitação no número de dígitos que expressam um determinado valor
experimental. Os dígitos obtidos como resultado de uma medida chama-se algarismos
significativos. Ao se escrever um número considera-se que somente o último algarismo da
direita é impreciso. A importância dos algarismos significativos é que eles indicam a precisão
das medições. As quantidades medidas encontram-se normalmente associadas às palavras
PRECISÃO e EXATIDÃO.
O termo precisão refere-se a quão próximas duas medidas de uma mesma quantidade
estão uma da outra.
O termo exatidão refere-se a quão próximas uma observação experimental está do valor
verdadeiro.
As medidas nunca são feitas com precisão absoluta. As grandezas físicas obtidas pela
observação experimental sempre apresentam certa incerteza. A precisão de uma distância
medida com uma régua comum normalmente é realizada apenas até o milímetro mais
próximo, enquanto um micrômetro pode medir distâncias até 0,01 mm ou mesmo menores. A
precisão de um número é frequentemente indicada com o símbolo seguindo o número em
um segundo número indicando o erro máximo que é possível esperar. Se o diâmetro de uma
barra de aço é dado como 56,47 0,02 mm, isto significa que o valor verdadeiro é muito
pouco provavelmente menor do que 56,45mm ou do 56,49mm. O termo provável pode ser
definido em termos estatísticos.
58
A precisão também pode ser expressa em termos do máximo erro fracional ou
percentual provável. A resistência de um resistor classificado como 47 ohms, 10%
provavelmente difere de 47ohms por não mais de 10% de 47ohms, aproximadamente 5ohms,
isto é, o verdadeiro valor está compreendido entre 42 e 52ohms. Na barra de aço do primeiro
exemplo, a incerteza fracional é de (0,02mm)/(56,47mm) ou aproximadamente 0,00035; o
erro percentual é de (0,00035)x(100%), aproximadamente 0,035%.
Passamos para um outro exemplo, uma substância contém 49,10 g 0,02% de um
constituinte A. Esta substância foi submetida a uma série de pesagens por dois químicos que
obtiveram os seguintes resultados em gramas:
Analista 1 – 49,01; 49,25; 49,08 e 49,14.
Valor Correto
Valor Correto
Valor Médio = 49,42
Concluímos que os valores obtidos pelo Analista 1 são exatos, pois estão muito
próximos do valor correto, mas a precisão é inferior a obtida pelo Analista 2.
59
Um outro exemplo, vamos supor que o comprimento de um lápis seja de 22 centímetros.
O comprimento do lápis foi medido com um dispositivo que permite aproximações de 0,01
cm. Seis medidas foram realizadas separadamente e o valor médio foi calculado. Nas medidas
realizadas foram obtidos os seguintes resultados: 20, 14 cm; 20,17 cm; 20,12 cm; 20,16 cm;
20,15 cm e 20,12 cm.
O Valor Médio das Medidas = Soma dos valores das medidas / número de medidas
20,14 20,17 20,12 20,16 20,15 20,12
ValorMédio 20,12 cm
6
Embora estes números oscilem em torno da média, nenhuma das medidas está próxima
do verdadeiro valor do comprimento do lápis que é 22 cm. Como a reprodutibilidade do
comprimento é boa, pois nenhuma medida difere mais do que 0,03 cm do valor medido, a
PRECISÃO destas medições é alta. Como as medidas individuais e o valor médio das
medidas não estão próximos do verdadeiro (22 cm), os resultados obtidos são considerados de
baixa EXATIDÃO. O ideal é que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser
precisas e não serem exatas devido a algum erro sistemático que é incrementado a cada
medida. A média de várias determinações é geralmente considerada o valor melhor para uma
medida do que uma única determinação.
Um número de pessoas numa sala de aula e uma dúzia de ovos são números exatos. Não
há dúvidas quanto ao número de pessoas numa sala de aula. E uma dúzia de ovos são
exatamente doze ovos. Por outro lado, os números obtidos numa medida não são exatos.
De acordo com a medida da temperatura indicada no termômetro da figura 3a, você
poderia escrever 25,6 ou 25,7 oC.
30 26
20 25
Figura 3a Figura 3b
Na tentativa de medir a temperatura com precisão até uma casa depois da vírgula é
necessário fazer-se uma estimativa do último algarismo. Existe a certeza de que a temperatura
é maior do que 25 oC e menor do que 26 oC, mas o último algarismo é duvidoso. O valor da
temperatura medida com esse termômetro possui 3 algarismos significativos. E é incorreto
60
acrescentar um quarto algarismo, como em 25,63; pois se o algarismo 6 já é duvidoso, não faz
sentido o acréscimo do algarismo 3. Com um termômetro mais preciso, uma medida com
maior número de algarismos pode ser obtida. O termômetro 3b possui divisões de 0,1 oC.
Assim você poderá obter o valor da temperatura com 4 algarismos significativos 25,78 oC ou
25,79 oC, sendo o último algarismo duvidoso.
Na leitura de do volume de água em um aparato como uma proveta ou uma bureta,
você notará que a superfície da água não é plana e forma um fenômeno chamado
menisco.Leiasempre o ponto mais baixo do menisco. Os valores das medidas da figura 1C são
20,46ml e 14,60ml. Observe que o algarismo zera da medida 14,60 deve ser escrito. Se você
escreve somente 14,6ml, você esta dizendo que o valor da medida está em 14,5 e 14,7 ml. Por
outro lado , 14,60 significa um valor entre 14,59 e 14,61 ou entre 14,58 e 14,62, dependendo
do desvio médio . Note também que escrever as unidades é tão importante quanto anotar um
número.
Figura 4
O melhor valor para representar uma medida é a média aritmética dos valores medidos,
por exemplo: 20,46 mL; 20,42 mL; 20,45 mL; 20,48 mL e 20,48 mL.
20,46 20,42 20,45 20,48 20,48
ValorMédio 20,46 mL
5
O desvio de cada medida será:
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Portanto o desvio médio é 0,02 mL e o valor da medida é 20,46 0,02 mL.
Quando se usam números com incertezas ou erros para calcular outros números, estes
também serão imprecisos. É particularmente importante compreender isto quando se deseja
comparar um número obtido através de medidas com um valor obtido por uma previsão
teórica. Suponha que um estudante queira verificar o valor de (pi), a razão entre a
circunferência e o diâmetro de um circulo. O valor correto, com dez algarismos, é de
3,141592654. Ele desenha um círculo e mede o diâmetro e a circunferência com precisão de
um milímetro, obtendo valores 135 mm e 424 mm, respectivamente. Na sua calculadora de
bolso, obtém o quociente dos dois números, 3,140740741. Há ou não concordância com o
valor teórico?
Para responder a esta questão, é preciso antes reconhecer que, no mínimo, os últimos
seis algarismos do resultado encontrado pelo estudante não têm significado, porque eles
implicam admitir uma precisão maior no resultado do que nas medidas. De um modo geral,
nenhum resultado numérico pode ter mais algarismos significativos do que os números que
forem usados para calculá-lo. Assim, o valor de que o estudante encontrou tem apenas três
algarismos significativos e deve ser escrito simplesmente 3,14 ou no máximo, 3,141
(arredondando a 4 algarismos). Dentro do limite de três algarismos significativos, o valor do
estudante concorda com o valor real de .
O estudante normalmente fará os cálculos aritméticos com uma calculadora de bolso,
com um mostrador de cinco a dez algarismos. Escrever um resultado com dez algarismos
significativos a partir de números com três algarismos significativos é não somente
desnecessário: é um erro real, pois distorce a precisão dos resultados. Tais resultados devem
ser sempre arredondados para guardar apenas o número de algarismos significativos corretos
ou, nos casos duvidosos, no máximo, um algarismo a mais.
Em cálculos com números muito grandes ou muito pequenos, as considerações sobre
algarismos significativos são muito simplificadas pelo uso da notação científica. A distância
da Terra ao Sol é aproximadamente igual a 149.000.000.000 m, mas escrever o número desta
forma não dá nenhuma indicação a respeito do número de algarismos significativos.
Certamente a totalidade deles não é significativa! Em vez de escrevê-lo assim, move-se a
virgula decimal onze casas à esquerda e multiplica-se por 1011, isto é,
149.000.000.000 m = 1,49.1011 m
Desta maneira, é claro que o número de algarismos significativos são três.
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Considerações semelhantes são aplicáveis quando números muito grandes ou muito pequenos
têm de ser multiplicados ou divididos. Por exemplo, a energia E correspondente à massa m de
um elétron é dada pela equação: E = m.c2
Em que c é a velocidade da luz. Os números apropriados são m = 9,11.10-31 Kg e c = 3,00.108
m.s-1
E = (9,11.10-31) (3,00.108)2
E = (9,11)(3,00) (10-31)(108)2
E = (82,0)(10-31+(2x8)) Kg.m2.s-2
Muitas calculadoras de bolso usam a notação científica e, portanto, nos poupam o
incômodo trabalho de adicionar expoentes, mas o estudante deve ser capaz de fazer estes
cálculos a mão, quando necessário. A propósito, deve-se notar que o valor da c tem três
algarismos significativos mesmo que dois deles sejam zero. Com maior precisão, c =
2,997925.108 m.s-1; portanto seria um erro escrever c = 3,000.108 m.s-1.
Mais alguns exemplos:
34cm + 23,4cm = 57 cm
34cm tem dois algarismos significativos e 23,4 cm tem três algarismos significativos. O
resultado da soma é 57,4 cm. Este resultado (com três algarismos significativos) é incorreto
quanto ao número de algarismos significativos, pois é mais exata do que uma das medidas que
tem apenas dois algarismos significativos. O resultado dever ser expresso pelo número 57 cm,
que possui dois algarismos significativos.
2,34 ohm / 1,455 ohm = 1,60 ohm
2,34 ohm tem três algarismos significativos e 1,455 ohm tem quatro algarismos significativos.
O resultado, portanto, não pode ter mais de três algarismos significativos. A divisão terá como
resultado 1,608247423 ohm, mas pegue apenas três algarismos significativos: 1,60 ohm
6,02.1023 moléculas x 1,1 = 6,6.1023
6,02.1023 tem três algarismos significativos. 1,1 possui apenas dois. A multiplicação dará
como resultado 6,622.1023 o que é incorreto, pois há quatro algarismos significativos. O
resultado correto deverá ter dois algarismos significativos no máximo, logo: 6,6.1023.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) que é o antigo sistema métrico expandido é
um sistema decimal, possuindo sete unidades básicas:
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Tabela 1 – Relação de unidades básicas do SI
Propriedade Física Nome da Unidade Símbolo
Massa Quilograma Kg
Comprimento Metro m
Tempo Segundo s
Corrente elétrica Ampere A
Temperatura Kelvin K
Intensidade luminosa Kandela cd
Quantidade de substância Mol mol
Além disso, são utilizados os prefixos que indicam frações e múltiplos de dez. São dezesseis
prefixos do SI.
3.0 Exercícios
1. Quantos algarismos significativos existem em cada uma das medidas:
a) 23,9 cm e) 5 x 1018 átomos
b) 543.311 km f) 4,11 x 1022 moléculas
c) 0,029 g g) 17,0 mL
d) 2,014 x 10-3 mm
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2. Arredonde os seguintes números de forma que fiquem com dois algarismos significativos:
a) 81,42 d) 14,2
b) 0,517 e) 135
c) 2,31 x 10-5 f) 0,445
3. Escreva os números abaixo em potência de 10 (notação científica):
a) 2.150,1 e) 0,05499
b) 90.473 f) 3.150
c) 0,0141 g) 0,000000738592
d) 0,00032
4. Faça os cálculos abaixo e escreva a resposta com o número correto de algarismos
significativos:
a) 8421 x 25 d) 8.119 x 0,000023
b) (5,63 x 105) x (7,2 x 103) e) 14,98 + 27,340 + 84,7593
c) 398/22,0 f) 42,7 + 0,259/28,4445
5. A massa de 6,000 g de uma peça de ferro é medida três vezes em duas balanças diferentes,
com os seguintes resultados:
Pesagem Balança 1 (gramas) Balança 2 (gramas)
1 6,01 5,97
2 5,99 5,88
3 6,02 5,92
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