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APRESENTAÇÃO DA 2^'* EDIÇÃO . . . . . . . . . _ _ . . . . . . . . . . . . . _ . _ _ _ ,O7
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Projeto gráfico. Alexandre Dias Ramos
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APRESENTAÇÃO DA ta EDIÇÃO . _ . . . . . _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .11
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Revisão gramatical. Mateus Colombo Mendes
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Copidesque. Renato Siqueira de Azevedo
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Diagramação. Camila Garcia.KielirIg
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AÇÃO COLETIVA _ . . _ _ . . . . . . _ . . . _ _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .15
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Capa. William C. Amaral
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AÇÃO SINDICAL EM FACE DA AIJIOMAÇAO . . . . . . . . . . . . . _ _ . . _ . _ . _ _ 19
ACIDENTE DE TRABALHO . . . . . . . . _ . . _ . _ _ . . . _ . . . . . . . . . . . . . . . .24
ACIIMULAÇÁO ELEXÍVEI. _ _ _ . _ . . . . _ _ _ _ . _ . _ , _ . _ , _ _ , _ _ _ _ _ _ _ _ _ _27
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . _ _ _32
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Por respeito a todos Os profissionais que trabalharam neste livro (autores, tradutores, revisores.
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diagramadores, editores, impressoras, distribuidores e livreiros). pedimos que não seja feito xerox ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS . . . . . . . . . . . . _ . . . _ _ _ _ . . . . . . . . _ .36
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do neiihum trecho. A compra do exemplar, além de prestigiar estes profissionais, perniite à editora AssEDIO MORAL No TRABALHO _ _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .4O
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manter este livro em catálogo e publicar novas obras que berieficiaräo O público leitor.
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ERCOLOOIA _ . _ . . . . _ . _ _ _ . . . _ _ _ _ _ _ . . _ . . . _ . _ _ . _ . . . . . . . _ . _ _162
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL _ . _ . . . . . . . . _ _ . . _ _ 319
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EROONOMIA . . _ _ _ _ _ . . . . . . _ . . . _ . . . . . _ . . _ _ . . . . . . _ _ _ . . . _ . .165
SABERES NO TRABALHO _ . . . . . . . . . . _ 322
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ESPAÇOS DE TRABALHO . _ . . . . . . . . _ . _ . . . _ . . _ . _ _ . _ . _ . . . . . . . _ _ 170
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SAÚDE DO TRABALHADOR _ . . . _ _ . . _ _ _ . . . . . _ . . _ . . . . . _ . . _. ..32ô
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ÉTICA ECONOMICA . . _ _ _ _ . . _ . . . . . _ _ _ . _ _ . _ . . . . _ _ _ . . . . . . . . _ _ 179
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SINDICATOS _ SINDICALISMO _ . _ _ _ . _ _ 335
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ETNOCONI¬IECIMEN'rO E ETNOCIÊNCIA . _ . _ . . . _ . _ _ . _ . . . . . _ . _ . _ . .184
SOCIOLOGIA CLÍNICA . . . _ _ . . _ . . _ . _ _ 340
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FIM DO TRABALHO VERSUS CENTRALIDADE DO TRABALHO _ _ . _ . . . _ . _ . 19 1
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SOCIOLOGIA ECONOMICA . _ _ _ _ _ . . . _ _ 344
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SOCIOLOGIA DA CIENCIA _ _ _ _ . . _ . . . _ _ ‹›~-zz z. . . . . . . . . . . . .. 350
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SOCIOLOGIA DA TECNOLOGIA . _ _ . . _ . _ . _ . _ . _ . . _ . _ . . _ _ _ . .
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FORMAÇÃO PROPISSIONAI_ _ . . _ _ . . _ _ . . . _ . _ _ . _ . _ . . _ _ . . . . . . . . _ _203
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INSERCAO PROFISSIONAL . . . . _ . . . . _ . . . . _ _ . . . . . . . . . . . _ _ _ _ _ _ .229 TECNOCIENCIA E TRABALHO . _ _ . _ _ _ . . 385
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TECNOLOGIA . . . . . . . . . . . . _ _ . . _ . _ _ 391
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INTENSIDADE DO TRABAI_HO . . . . . . . . _ . . _ . . . . . . . . _ _ . . _ . . . _ . _ .231
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.235 TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO _ _ . _
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_235 TECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO HUMANA 406
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KANRAN _ . . . _ _ . . . . _ . _ . . . . . _ _ _ . . _ _ . . . . _ _ . _ . _ . _ . . . . . _ _ _ _237 TECNOLOGIAS SOCIAIS _ . . _ . . . . . . . . _ 410
TELETR.ABALHO . _ . _ . . _ . _ . _ _ . _ _ . _ _
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TEMPO DE TRABALHO _ . . . . . _ . . . _ _ 418
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NEOLIBERALISMO E TRABALHO . . . . _ . . . . _ . . . _ . _ _ . _ . _ . . . . . _ . _ .245
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OROANI'1.A‹;AO DOS TRABALHADORES NO LOCAL DE TRABALHO. _ . . . . _ .250 426
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TRABALHO DECENTE _ _ . _ _ _ . _ . _ . _ _ . . . _ _ _ _ . _ . _ _ _ _ _ _ _ _ . . . _ _ 445
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PRECARIZAÇÀO DO TRABALHO _ . . _ . _ _ _ . _ . . . . . . _ _ _ . . _ _ _ . _ . . _ _ _259
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PROPRIEDADE INTELECTUAI.. _ . . . _ . . . . . _ . _ . . . _ . . . . . . . . _ _ . _ . _ .271 TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA . . . _ . _ _ _ _ _ . _ _ _ 453
PROTEÇÃO SOCIAL . . . _ _ _ . . . . _ . _ _ . . _ . . . . _ . . . . _ . . _ _ . . . . . . . .276 TRABALHO PRESCRITO E TRABALHO REAL _ _ . . . . . . . _ . _ . _ . _ _ . . . . . . .461
PSI‹:ODINÃMIcA DO TRABALHO _ _ . . _ . _ . . . . . . _ . _ . . . . . . . . . . . . . .28O 1-`RA.ÍE'I`ÓRIAS PROFISSIONAIS . . . _ . . . . . _ . _ , _ , , , _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 465
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QUALIDAIII'-; DE VIDA NO TRABALHO . . . . _ . _ . . . _ . . . . . . . _ _ _ . . . . _ .285
INDICE POR ASSUNTOS E VERBETBS _ _ _ _ _ . _ _ , _ _ , , _ , _ . , _ _ _ _ _ _ _ _ _471
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QUAIIITADE DO EMPREGO . . _ _ . . . . . . _ . . . . . . _ _ _ . _ . . . . . . _ . _ _ .289 4B
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QUALIDADE TOTAL, PROGRAMAS DE _ . . _ _ . _ . . _ . _ . . . . . . . _ . . . . . _ .294
APRESENTACAO DOS AUTORES _ . _ . . . _ . . _ _ . _ . _ _ . _ _ _ . _ _ _ . , , _ _ , _433
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APRESENTAÇÃO DA 2“ EDIÇÃO I
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TRABALHO E TECNOLOGIA: A PERMANENTE MUTACÃO
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O traballio, como atividade vital que assegura a satisfação das necessidades'
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universal e uma realização social que define múltiplos condicionamentos e pos- 1
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sibilidades. Sua concretude, materializado distintamente em cada contexto histó-¡
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rico, pode se configurar em relações sociais marcadas, por um lado, pelos efeitos
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de poder, pela dominação e pela exploração, possuindo valoraçöes simbólicas'
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negativas e formando uma complexa trama de fios contraditoriamente urdidos. *
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Por outro lado, pode expressar coesão, consentimento e prazer com a criaçao de I
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uma obra coletiva, com vistas 51 superação dos limites impostos pela nat_I1re2_a_ _
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Nenhuma outra dimensão da vida humana passou e continua passando por
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tão continuas 0 profundas mutações quanto O trabalho, na sua organi7.açà'Io, nos
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seus estatutos legais O na sua base tecnológica. Com O advento do Capitalismo,
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ospecialrneiite, essas mudanças ocorrem num ritmo acelerado. É possivel dizer
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que nos ultimos 100 anos aconteceram transíorinaçocs mais substaritivas e cm
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:naior núrnero do que em muitos séculos precedentes. E, se em apenas uma
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décƒada observam-se modificações mais complexas do que aquelas ocorridas ao
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longo de todo O séc. XX, é provável que nos próximos 10 anos venham a ocorrer
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mutações extraordínarialnente diferentes de tudo o que conhecemos até agora,
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dada a rapidez das inovações.
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O turbilhão que afeta indivíduos, empresas, governos e instituições Ó ca-
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ótico apenas na sua aparência. O labor e as invenções humanas não o‹::orr‹-:rn
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por acaso; possuem sentidos inteligiveis, embora não facilmente captáveis pelo
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senso comum. Como avaliar Os aspectos positivos e enriquecedores do traballio
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potencializado pela tecnologia? Como estimar o seu custo em termos de sofri-
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mento e exploraçao desumana? E, sobretudo, como analisar a realidade atua] e
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seus impactos sobre as novas gerações?
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Na sociedade capitalista o assalariamento forma tipica de relações de
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trabalho e as particulariza historicamerIte_ Ao longo do séc. XX, e de torma
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Objetiva depois da Il Guerra Mundial, o trabalho assalariado tornou-se tome
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de segurança dos trabalhadores, possibilitando organizar suas vidas, projetar
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essa segurança, corn amplitudes distintas em cada contexto nacional, depen-
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cia da problemática do trabalho e de suas conexões com a tecnologia entre O
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dendo do poder de barganha dos trabalhadores em obter ganhos no confronto
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público - não só O acadêmico, mas também de leitores com horizontes profis-
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com O empresariado. I
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A partir do último quartel do séc. XX, O arcabouço social e legal do traballio sionais diferenciados. Considerando o perfil desses leitores e a velocidade das
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mutações na esfera do trabalho e da tecnologia, nao cabia apenas reimprimir a
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protegido foi sendo desmontado como parte das estratégias da reestruturação
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produtiva, da globaliza ção financeira e das privatizações do patrimônio público. edição precedente, mas Organizar Lima nova, revisada e ampliada, agora com
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As minorias detentoras do poder econômico recuperam não apenas os privilégios contribuições internacionais. Não caracterizando-se apenas como uma obra de
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formalizado, garantidor de direitos laborais, foi dando lugar a modalidades tidas constantes e acelerados processos contemporâneos que modelam a sociedade e
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como inovadoras. Entretanto, sob formas flexibilizadas de relações de trabalho, preparam O futuro pró>;inIo.
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estas resultaram em precariedade traduzida, por sua vez, em menores ganhos
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Antonio David Cattani & Lorena Holzmann
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diretos (salários) e indiretos (educação, saúde e aposentadorias garantidas pelo
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(agosto de 2011)
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Estado). Diminuíram os grandes coletivos de trabalhadores e aumentaram as
outras rnodalidades de inserção na esfera produtiva (trabalhadores por con-
ta própria. em tempo parcial, com contratos temporários etc.}. A constatação
dessa nova realidade tem sustentado a tese da crise do trabalho, da perda da na:vv*›"»4UIrí'|u~I.u¬vhI›
Esta obra está sintonizada com todas essas questões. Ela aborda amplo es- _
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pectro de temas, apresentados em verbetes de autoria de especialistas em suas
respectivas áreas de atuação profissional, analisando criteriosamente a realidade
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e as inteiprctações teóricas, de maneira a informar o leitor sobre as dimensões ‹
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O TRABALHO E A TECNOLOGIA No SÉCULO XXI
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coletivas. Porém, nas últimas décadas do séc. XX, foi anunciado o seu fim Í tese
que teve expressiva aceitação entre acadêmicos e pensadores sociais. Sociólogos
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passaram a proclamar o advento do ócio criativo; economistas, a decretar o fim
do emprego; e filósofos, a argumentar que o trabalho náo seria uma categoria
antropológica, isto Ó, não seria uma invariante nas coletividades humanas. No
horizonte dessas into1'pret'açöes estaria a promessa de uma sociedade na qual o
trabalho não mais teria importância no verdadeiro mundo da vida.
A realidade, muito rapidamente, pôs abaixo tais argumentos e previsões
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que, de certa maneira, davam legitimidade à reestruturação produtiva e as
estrategias de flexibili:1.açä‹J e de "precarização" do tral_›alh‹_›. As profundas e
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rápidas transformações tornaram imperativa a retomada do mundo do traballio
como objeto prioritário de pesquisa e de reflexão. Entro os fatores que apontam a
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im propriedade de descuid‹_ir-se do mundo do trabalho e da produção corno objetos
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de investigação elicciiitranrsez novos modos de organização da produção e do
processo de trabalho; 0 papel preponderante do setor de sehfiços na recornposiçáo
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da estrutura das ocupações e na geração de postos de trabalho; o ingresso maciço
das mulheres no mercado de traballio; o requisito de novas qualificações para
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a força produtiva; a articulação inovadora entre as empresas, desenhada em
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redes; o aumento do desemprego e as sequelas individuais e sociais que ele
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gera; o ataque aos direitos laborais conquistados por meio de lutas históricas dos
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trabalhadores; as inovações contratuais entre capital e trabalho, que sustentam
e concretizam a perda desses direitos; e a redução do papel do sindicato como
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instituição representativa e de defesa dos trabalhadores.
Não é possivel que se desconsidere ‹1 extensão e a profundidade dessas
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transformações em curso e que se voltem os olhos para uma sociedade sem
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trabalho, na qual o ócio venha a ser a condição da Criatividade, visao que
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expressa mais um desejo do vir a ser do que um compromisso com a verificação
da realidade. Um componente inquestionável da abordagem do trabalho é a
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vez mais, passam a mediar o li`ê`rme entre o homem e a natureza. O aumento a essas e a outras perguntas, indicando os elementos necessários para se
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acelerado da produtividade e a relaçäo inversa entre produção e geração de postos aprofundar o conhecimento sobre 0 trabalho e a tecnologia no séc. XXI. O novo
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de trabalho apontam para a ocorrência de modificações importantes no papel do Dicionário de Trabalho e Tecnologia retoma a proposta de obra em construção
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trabalho humano, o que não pode ser confundido coin o argumento do fim do desenvolvida no Dicionário Crítico de 'Trabalho e Tecnologia, cuja primeira edição
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trabalho nem levar a pensar que, em pouco tempo, veremos o desaparecimento data de 1997. O Sucesso desta obra é atestado pela publicação de outras três
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edições subsequentes à primeira, das quais a última, de 2002, hoje esgotada,
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do homo labor e o surgimento de uma civilização na qual, a partir da tecnociência,
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será criado um “admirável mundo novo”. Todavia, desde já, verificam~se apontou a oportunidade de retorna-la, num esforço de avanço teórico e conceitual.
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e por dispositivos não humanos (ou seja, de inteligência artificial), 0 que leva a definição, sua gênese e seu desenvolvimento histórico, correntes e controvérsias
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perguntar quais serão as implicações disso derivadas, às pessoas e às sociedades. em torno do tema, assim como os principais autores e referências bibliográficas
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A tecnologia extrapola a esfera do trabalho. Ao mesmo tempo em que pode que possam orienta-lo na ampliação de suas investigações, se assiin for de seu
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anunciar benefícios aos individuos e às coletividades, torna indispensável interesse. Cada verbete é redigido de forma a poder ser lido independentemente
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a analise das implicações que veiiha a gerar. Organismos geneticamente dos demais. Contudo, os iiexos entre eles podem levar à composição de “árvores
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inodiíicados, nanotecnologia, tecnociência de ponta e sistemas personalizados de de coiiceitos", de modo que ha a possibilidade de se construir uma visão
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vigilância eletrônica, por exemplo, avançam irisidiosamente em todos os espaços abrangente dos processos em curso. Obra de referência elaborada por uma
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da vida humana e das relações sociais. A longevidade e a propria reprodução equipo multidisciplinar, o novo Di'ci'onári`o apresenta, criticamente, as dimensões
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humanas são afetadas por inéditas tecnologias, ou delas passam a resultar. Nada do traballio e da tecnologia que ora afetam a sociedade e que condicionam, de
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parece escapar a intensidade e à aceleração das mudanças. maiieira problemática ou promissora, 0 futuro próximo.
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Longe de se constituírem em processos tranquilos e apa ziguadores, a
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curso ampliam as dúvidas e as incertezas. A utilização das novas tecnologias (setcniliro de 2006)
num instante de enfraquerrimento das forças sociais do traballio, ao inves de
apaziguar os r~onfIit.os, de reduzir as desigualdades ou de promover o bem comum,
tem acirrado a concorrência, promovido a concentração da riqueza e ampliado a
exploração dos segmentos mais vulneráveis da população. O emprego da ciência
e da tecnologia como instrumentos de poder revela-se claramente.
As Ciências Sociais são colocadas em face do imenso desafio de responder a
algumas perguntas cruciais: Quais são os processos relevantes e duradouros? As
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dimeiisões dos processos em curso? `
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versus ação ou estrutura versus sujeito .i
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põe em campos antagônicos 0 marxismo e
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0 individualismo metodológico. O enten-
dimento sobre as motivações e as conse-
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nado. O conceito inclui, necessariamente,
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uma possibilidade de (urna iniciativa para) nação, classes, estrutura de classes, nor- E
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um poder de decisão e uma capacidade mas sociais, comportamentos etc. Apesar
para agir. Ação e, mais especiiicamente, da tentativa pós-moderna de reconcilia-
ação coletiva, opõe-se à passividade, ao ção entre teorias antinômicas, a realidade
padecimento de condiçoes ou de situa- continua não podendo ser enquadrada
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ções, configurando a possibilidade de o por um paradigma híbrido, unificado o
ser humano superar ríonclic-ionamentos e apaziguado. Para explicitar o sentido da
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imposições exteriores, de transformar seu ação coletiva na sua relação com o traba-
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entorno físico e as estruturas sociais. Em lho e com os conflitos sociais sob 0 capita-
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síntese, trata-se de romper com a repeti- lismo, é necessário situar 0 conceito em
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cão indiierenciada de uma pretensa e face de outras abordagens sobre as formas
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imutável natureza humana, de alterar um de mobilização dos indivíduos vivendo
destino sem finalidade e sem propósitos. em sociedade. Açoo coletiva é um concei-
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Ação c‹›¡ctivo é o agir acordarlo por indiví- to inexistente para ou hostilizado por uma
duos que ultrapassa os zlnterminismos im- versão liberal da Ciëricia Política, que tem
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postos por estruturas autorreferentos, como referência a doutrina prescritiva da
indo além das voligöes individualistas. dentocracia 1'epresentativa. Segundo esta, -«1_«/W
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2. Ação. sul)stanti\‹'o do parlicipio pas- a organização democrática das socieda-
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sado do verbo latino ogere (agir), Ó um des ocidentais está iunclamentacla na
tfoiiceito-cliave do todo 0 pensamento oci- existência de paitidos submetidos à con- ,.
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dental, .sendo explorado pela Psicologia, corrência eleitoral e sancionados regular-
pela Filosofia e por todas as especializa- mente pelos votos dos eleitores; todas as
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ções das Ciências Sociais. Do ponto de demandas populares e os interesses gru-
pais, restritos ou ampliados, são encami- lz
vista sociológico, 0 único considerado
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nhados à discussão e atendidos ou não §Í
neste verbete, ação é um conceito central
e ponto de controvérsias em todos os qua- por rneio da via parlamentar. A teoria po-
:; dros teóricos clássicos e contemporâneos. litica contemporânea, formulada, entre
ãi;; ;is;r
Ele opõe a concepção holista e estrutura- outros, por Robert Dahl e Giovanni Sarto-
i : Éi ; : u,
lista - que toma o indivíduo como lrügger ri, estabelece uma definição precisa do
(portador) de determinações históricas - à ordenamento ideal da sociedade pelo Es-
concepção da Sociologia compreensiva. tado, com suas diversas instâncias, na
i: ir:
que entende 0 sujeito como relativamente existência de governo constitucional, nas
autónomo e dotado do racionalidade atribuições e deveres dos eleitores e no
estratégica com relaçäo a meios e fins. O papel dos agentes de mediação, especial-
embate teórico nos termos de estrutura mente dos partidos polílicos. Indivíduos,
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ANTONIO D CATTANI & LORENA HOLZMANN D1croNÁiuo na TRAi'zuu.H‹1 E Ti:cNo|.o‹;1A
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ãi ! iÊ E É E st : i s ! ; : É{ : i ;iii} i i Ê i i i á É B à F ; : ; g :
(direitos humanos, reconhecimento iden-
i; a I Í ã i :; íâE : : i i ! : i: :i rzi,,-i: : i i : ÉÉ e i : : : ; :
: ; ! ;: i: ! i: i: I : :: ==iL: i 1i i 1iz: i: à: i§: É lii;1
; Í; iã:; íÉ i q ! ! :;: ;; : : i i:: : i:: r: ::: J i: ::::, ;
; j;:; r;; ?:;: :ctti i;i i'.Ei::: í;1: ;!E: á;l:e::
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coletividades, minorias ou grupos df: Inte-
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nheiro, tempo) e externos (apoio da mí-
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resse devein ter, sem exceçã0. P661?-0513 vel e ilegal. Tomando como referência ca- titário e cultural, defesa da natureza, livre
cívica, encaminhando reivindicações e sos de manifestações fora dos quadros da dia, da opiniäo pública e do governo) te- expressão sexual etc.) ou especificos, de
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demandas aos seus representanteã. dê-
nante, essas análises estendem-se tani- Diferentemente das duas outras elabora- moradores ou de usuarios de serviços pú-
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mocrática e concorrencialmente CIGÍÍOS-
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Nesse quadro, nada pode parecer mais bém para tentativas de emancipação das ções citadas, 0 paradigma da mobilização blicos, movimentos por reivindicações
populações que estão na base da hierar- de recursos pressupõe a legitimidade das pontuais e localizadas, p. ex.). As teorias
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estranho que a ação direta ou as mobiliza- ‹
ções coletivas expressas fora das institui- quia social, classificadas como irracionais ações coletivas, uma vez que sua base de sobre os novos movimentos sociais fize-
ções clássicas corno os partidos e os sindi- ou visionárias. As criticas dirigidas ao mo- referência e sempre a capacidade de ação ram avançar o conhecimento sobre a ação
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vimento zapatista e ao Fórum Social racional referida a valores e intenções: 0 coletiva em quesitos fundamentais não
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catos. Ora, como a mobilização social
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Mundial são os exemplos mais recentes que conta é a eficácia dos meios para se resolvidos pelas outras teorias: as motiva-
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frequentemente extravasa o ordendmëníü
prescritivo da teoria liberal. fl SOCÍOÍOQÍÕ dessa aversão à auto-organização dos su- atingir os fins, sejam eles quais forem. Em ções dos agentes para atuar em conjunto
balternos. O segundo bloco dessa produ- outros termos. todos os movimentos são
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aparece como um recurso indispensável e o significado das formas assumidas pela
É; : : í
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para compreender a lógica que leva os in- ção intelectual manifesta-se nas váriaS justificáveis, necessários e autênticos; ação. Isso leva a abordar temas como as
dividuos a se reunirem e se unirem para versões da teoria elitista de autores como tudo 0 que serve para a ação (bens mate- condições de emergência das mobiliza- ‹
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ção intelectual sobre 0 comportamento co- Burham e Joseph Schumpeter. Também crenças] é recurso legitimamente mobili- quais desenvolvem as ações, as dinâ- ¬"i
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letivo pode ser dividida, Sinteticamente. podem ser incluidos nessa lista pensadores zável. Trata-se, pois, de urna teoria gené- micas politicas e a estrutura evolutiva dos
em quatro blocos, com nítidas preocupa- como Ortega y Gasset e Jean Baudrillard. rica e imprecisa, que pretende explicar movimentos. De certa maneira, essas teo- à
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O que unifica essa linha de pensamento Ó. tudo (movimentos feminista c- ocologista, rias invalidam o chamado paradoxo do
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ções ideológicas. O primeiro tem origem
nos primeiros, a concepção do papel demi- revoltas, gangues, Seitas ettil, mas Sein- free rider criado pelo economista norte-
7=,2iii
:
primeiras décadas do séc. XX. ÍÍVQTGITI micas ou políticas, e, nos segundos, a aver- mesmos da teoria liberal, que toma o indi- quem, quando não existem mecanismos
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continuidade por meio da Escola de Clii- são à mobilização das massas (Cattani, víduo livre e soberano agindo em situação ‹:‹›mpulsÓrios, os individuos adotam um ¿»«Y
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=iil:iiÉ
ciedade existe sempre uma hierarquia ne- antecipar custos e vantagens da ação egoísta. Serido possivel obter vantagens
i
cessaria porque funcional, ordenada e sem esforço. eles não contribuirão para 0
iii
pal característica é a preocupação conser- conduzida pelos detentores de algum po- bloco designa a imensa produção sobre os bem comurn, limitando-se a "pegar caro-
der especial (talento, audácia, capacida- chamados novos movimentos sociais em na" no esforço dos outros. O cidadão é
;:: irÊ;:tirÍ; i
:
raçñes, é evidente 0 peso de um psicolo- qeral do processo histórico é comandada parte de agentes e organizações que não bens, operando um calculo custo-benefí-
?:
por predestinados ou pela concorrência se confundem com as antigas classes eco- cio mediocremente individual. As ações
;.i¬. -.,.
Tarde e Le Bon, as multidões agitam-SG dos agentes dos novos movimentos so-
i ;Ê:ã+
de elaborações, surgido nos Estados Uni- chamado paradigma identilário pretende ciais váo de encontro a esses pressupos-
?
í;i; i iííi
dos a partir dos anos 1960, Ó conhecido dar conta da complexidade crescente das tos do pensamento dominante e identifi-
i
iii:
norte-americanos sobre o tema, a ação co- resultado da integração social das comu- mas por valores c a partir de identidades sobre os novos movimentos sociais pade-
letivo é entendida como ruptura da ordem nidades de base. Em analogia às empre- específicas (Melucci, 1983; Touraine, cem ainda de duas limitações. A primeira
natural e legitima, como comportamento sas, os movimentos que mais e melhor 1978). Esses valores podem ser genéricos é a atribuição de excessivos desígnios
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A_›<'rt›N1‹"› D. CÍ.‹\i“t'ANr & LURENA l-lorf1.MAN N D1cior~rÀn1o DE "l`i‹Ars.1«i.i‹io E TEc1~io1.o<;m AI
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: interesses do conjunto da humanidade.
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3. Em contraposição às grandes disper- AÇÃO SINDICAL EM FACE
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para as mobilizações e a segunda é a im-
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força social concentrada e potencializada
i i Í í i i Ei Éi É; i : i : ; i ; ; ; : :
reduzido às manifestações empíricas lo- ação coletiva, a vinculação desse conceito Antonio David Callcmi (_.
calizadas oif, ao contrário, o foco é tão ao mundo do trabalho permite a formu- na busca da realização social abrangente Sílvia Mario de Araújo
E
cados em pé de igualdade. Ao exigir três
sociais que ainda são centrais na con- zação humanas. Seus princípios fundado- automação entendem-se as ações articu-
princípios para fundamentar um verda-
ã
H.
res sào a igualdade e a solidariedade entre ladas pelos sindicatos em face da mudan-
deiro movimento social - princípio da temporaneidade. A Sociologia, enquanto t .fÍ
consciência crítica e instigante da socie- os membros associados, de forma volun- ça do padrão tecnológico nas empresas. ,
identidade, que pressupõe autoconsciên-
cia, principio da oposição, com a identi- dade, ao identificar os agentes e as con- tária e independentemente de particula- Essas ações podem ter um caráter ou es- '...¡
ridades étnicas, religiosas ou de qualquer tritamente reativo, ou defensivo, ex post ÍE
ficação clara contra quem lutar. e princí- dições da sua agência na construção dos
pio da totalidade, que envolve o espaços de liberdade, resgata princípios e outro fator de discriminação. Igualdade faclum. Assim, por um lado, buscam retar- t.
5.
‹'o1ihe‹¬.i1nent.o pleno dos desafios do pro- categorias que permitem o entendimzzân- de oportunidades e de responsabilidades dar ou minintizar as transformaçoes con- r
-1
: : ; : ; : ;;:
cesso -, Touraine (1978) estabelece um to das relações de poder que ordenam a
alto grau de exigência, que se traduz vida social. No sistema capitalista, per- materializam nos sindicatos autênticos e trabalhadores e, por outro, podem propor
Ê !;Ê i; i i ; +::Ê:í:
1 iii
num julgamento peremptorio: todo rnovi- manecem, como elementos decisivos, as nas diversas rnanifestaçöes da economia iniciativas, antecipando-se às mudanças _5;
'
mento social deve ser um fenomeno so-
cial total. Não o sendo, é socialmente ir-
r: I :; ; : i i i ; i i ÍZti; ; ;: : : : í i
relações sociais constituídas na esfera da
produção e nos conflitos decorrentes da
solidária, do novo cooperativismo e da au-
togt-stao. As múltiplas faces do movimento
ou tentando altera-las no sentido de hcne-
liciarent os produtmtzs diretos. Neste caso,
:
| I
disputa pela apropriação do excedent't>. associativo dos trabalhadores são formas a ação sindical leva cm conta os efeitos da
r‹:le\=antc. Em termos simples: Ó tudo ou
nada. Na segunda perspectiva, as anali- O traballio continua sendo uma categoria de se superarem as práticas preclatórias automação sotirf- o nivel e a coinposiçao do
;
:;,. ;; ;:iiii:i;,; j',
ii;iiiz:; 9;,;;;Éií:i;i!
sociologiria chave, mesmo quando ele do capitalismo liberal e, sobretudo, a lo- emprego, os impactos das inovações sobre
ses estão desconectadas de moviirlentos
rnaioit-*s 0 das relações de poder: desapa- ; : iE;;:; i ; i?;iÊ::rE ! ; :
exercido de forma precária ‹> intermitt-;izte, gica utilitarista e mtrdiocrmnentc egoísta a qualificação do tr‹z!›alha‹lor P os possí- l
ä.
do interesse individual. No sua dimensão veis prejuizos Er sua saúde fisica e mental,
í
re‹:‹ândo o objeto de estudo (como e o caso devido à flexibilização da produção t'- dos
de associações de rnoradores dissolvidas contratos. O trabalho permanece corno fa-
: mais generosa, a ação coletiva dos Imba- consequência da iritr-nsificaçáo do ritmo de
1_a
r'
tor essencial da construção identitária, da lhcidores visa à .sociedade internacional, trabalho e da clevaçã o da produtividade.
E
após o atendimento das reivindicações),
aulodeterminada, democrática e fraterna.
:i;i.ííÉ;;i,i:ea:
:
fica-se corn unia teoria cid hoc não aplicá- socialização e da dinâmica das relações
vel a nenhum outro processo de mobiliza- sociais (Antunes, 1999). O processo civi- qualquer dispositivo técnico/tecnológico
i
i
quer mobilização coletiva é assimilada a rentes, nem de subjetivas e indeterrnina-
Paulo: Boitempo, 1999,
movimentos sociais igualmente válidos: das volições individuais ou, menos ainda, produtivo. Ela abrange tanto as máquinas
;
=,,;=;i
de derniúrgicas elites ou autoproclamadas conto as inovações e os procedimentos de
i;,?lii:
ONGS belicistas mobilizados pela defesa res. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cul-
i
liberdade säo os trabalhadores associa- FtLLiEU1.E. 0.; Piëciiu, C. timer a~z_‹t›mt›r‹ê.- três formação dos padrões de produção indus-
Í `-
tas, movimentos cívicos pacifistas e iria- Ilréories de l'action colletive. Pa risz ljl-larmattan,
..t 'Í
ii
nifestaçöes em defesa da livre opção se- dos na resistência à dominação de uma 1993. trial (mecanização, automaçäo eletrônica, l L
+l
:
xual ou contra o aborto aparecem minoria, na luta permanente em prol da l\‹1El,UCCl A. The new social movements: a automação niicioeletrõnica otra), aos equi- li,
:
i. r
e as expressões gemfritas como inovações Í..'5-
mista evolucionisino. A ação coletiva não culturais. Esse papel não lhes com¡'›‹.1‹›p‹›1' Inovelrtenfs. Nova Jersey: Prentice llall; En-
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que às iniciativas de outros agentes, aos 1978. e de estratégias de luta relacionadas à
nem cria ção de elites predestinadas.
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DicioNÁRio DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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ANTONIO D. CATrANi & LORENA I-IOLZMANN
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Revolta dos Canuts, na França (1831) e,
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novas tecnologias prime também pela de-
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questão do poder de decisão nos locais de
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especialmente, pelas reações aos princi-
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fesa de condições e “qualidade do traba-
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são coridicioiiadas pela correlação das
dos sovietes russos e dos anarco-sindica- como "qualidade da vida no trabalho",
*
tayloristas, ressaltando as vantagens da
:
forças sociais e pelo contexto socio-político
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i;
gerência científica. Em suas variações,
3:; E l1É; iÉ ; ii
3:
íi
e respectivo quadro jundico, dependendo
esse enfoque elitista insiste na separa- tivistas, poiituaram a literatura defensora entre qualidade do trabalho (condiçôes
do sistema de relações de trabalho, da cul-
da propriedade privada e do capitalismo do trabalhador) e eficiência da empresa,
ts
tura empresarial e da capacitação dos sin- ção extremada entre tarefas de execução
e de concepção, apresentando a empresa industrial como tentativas de ressusci- incluindo os ganhos (La Rosa, 2004). A
Í;
dicatos (Neder, 1988). Envolvem acordos
tarem formas pré-industriais, arcaicas e participação das entidades representati-
j
como o único agente capaz de fazer op- ‹»-=~.‹¬ú›-»M\~»›. -
ij
formais e negociações no ambiente do tra-
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çoes produtivas. Nessas abordagens, as
i
balho, em razão dos efeitos da utilização
máquinas foram consideradas atos do sa- mostrado que a modernização tecnológi-
?
condições, o conteúdo e a velocidade de
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ii
:
aplicação da autoiriação, as condições de botagem de operários refratários ao pro- ca não pode ser uma decisão unilateral,
c c: ; ; iÉ E i 1i i*'l ?iÍii
Ei
mentos novos sobre a saúde do Trabalha-
grosso técnico, quando, na verdade, teriain pois a discussão com os atores envolvi-
i,ii:
resistências e as proposições dos outros
i
ii ii i:: r;: i,;i1i :i:j i:i;:;ii i
dor, da adequação do seu coniieciineiito e
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sido tentativas de barrar o aumento das dos serve para aperfeiçoa-la. ampliando
^
agentes sociais são desqualificados, apre-
i:
à
: + Ê ii;; t +; r á ii!
de suas habilidades às condiçíies de pro-
sentados como reações conservadoras, cadêncías e a intensificação do trabalho. os beneficios para a sociedade. Estudos
i:
dução prograiiiadas.
que indicariain a incapacidade dos traba- Nos países norte-ocidentais, o pacto so- nacionais e internacionais constatam, de
ii
É É: Ii;;i Íi:
!!
2. A ação dos trabalhadores organiza-
lhadores de iniplementar a modernização. cial que \'i‹3bili7.ou 0 Estado de bern-estar' forma consensual, a posição favo;-ávg1(1Q,~;
É I ; + i i:'iii iE=!;
dos por meio da sua instância de classe
A evocação do luddismo no seu sentido representou a suspensão das iniciativas trabalhadores à mudança tecnológica em
i:
Éi:
: ;::;i ; çr-: : : Ê:: i !; iÉ Í lr iÉ
;i i +1!1íiiz;;f :;! l? : ! í: ::
- com ou sem participação da esfera pú-
blica - quando concerne, sobretudo. a negativo é um exemplo que ilustra esse sindicais no que concerne ã contest.-içäo geral e êi automação em especifico, desde É
preconceito. Na inglaterra, apos casos do controle patronal sobre o processo de que sobre elas sejam informados e parti- 1.
=
isolados de destruição de iriãqtiiiias, no
i;i
confronta-se coiii posições que nogarii
sec. XIX, ocorrei'¡ini três ondas de mani- gias. A reestruturação produtiva intensi- acompanhada do desejo de apropriação lã
cánicos [18i1 e 1812], coritra os teares obrigou os sindicatos a retornarem ações demais aspectos do processo produtivo.
i;
dos argumentos frcqiieiitcineiite evocado
:iI:;i
a vapor (1826) e contra as dobulliadoras específicas em face da autriniaçãry Mag- Os impasses surgem corn a recusa empre-
para impedir a ação sindical nesse campo
giolini (1988) retrata a situação europeia sarial em ceder espaços de participação,
í,=Eri
é o do deteriiiinisnio Ieciiologico. A auto- inecânicas (1830 e 1831]. Estudos recen-
; : i t':l=i i . i : ; : i :
tes indicam que essas niaiiifestações não e os diferentes acordos obtidos pelos sin- I-listoricamente, o capital faz concessões
! É q+:+§;
mação seria uma variéhfitzl independente
;:
ii;l;lí::!!,isl i
dicatos que náo se deixaram dobrar pe- mais facilmente nas questões de ordem
Ê t : ! :Éi PÊ : i i ; ; i
seriam rnoviineiitos nostálgicos, tentati-
i
"i‹."'-i. S‹'2".¡..‹‹à'.‹›¬1"uf›-'Íz-'f›1‹'t-
e dcterininante e ei rir'-ncia e o progres-
los padrões tecnológicos adotados pelas salarial do que naquelas que envolvem o
:
vas de preservação de ofícios em moldes
Í.
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so técnico, pifetensaineiito considerados
.;i:ii5:: r isr í
pré-capitalistas, mas, sim, protestos contra empresas, analisando as consequências poder nos locais de traballio.
;
como forças prortliitivéis diretas, possui-
i;,
Sociais da automação, cujo fim tem sido a 3. No caso brasileiro, a cultura patronal
;*
ã!É
a redução dos salários e a intensificação
:+ ;= ÉÉ àl;
í ?"€=:B,iíeZ
; !; ; g!Íi
iÊ;É:gã,-iÉ::
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riarn, igualmente, uni ‹"ai'‹'iler autônomo.
dos ritmos de traballio. Elas trariam, além substituição da força de trabalho por má- é marcada por práticas profunda mente au-
Uma variação desse argiiineiito diz res-
disso, demandas por melhores condiçoes quinas. Os exemplos indicam que, longe toritarias. Respaldados por decisões dos
i
peito aos benefícios "naturais" decorren-
: íi í :i= i::1
de trabalho e, iio seu cresciirierito político. do ser uni caminho inexorável segundo tribunais do trabalho, os empresários têm
s€! ; r
li ! :i; I í;
tes das alterações da base técnica no siste-
expressariam reivindicações de autono- os interesses das empresas. a automaçao recusado a negociação de cláusulas rela-
ii ; i: ; ; á
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ma de acumulação flexível. Ao substituir a
mia. O luddisino contestava a politica go- pode e deve ser acompanhada de critérios cionadas à mudança do padrão tecnológico -;-.'5&.`‹"-'E
base cletrornecâni‹_¬a tàiylorisra/foidista, as
sociais definidos pela ação dos sindicatos. (Neder, 1988). Ainda que, nas resoluções
"
modalidades rontoiiiporâiieas da automa- vernamental loridriiia e, de irianeira pre-
cursora, o que mais tarde foi denominado I-lá um esforço para que a própria ação dos congressos das centrais criadas pelo
= i: Íi
!;;i
mano, o enriquecimeiito das tarefas e a
de uma ação ^'reparativa". ampliando 0 cadas as questões relativas à automação
r, ;
requalificação dos trabalhadores, alem de Anibrosoli, 1986; I-lobsbawm, 1981).
Outras formas de oposição à lógica pro- Cluadro de reivindicações, no sentido de e à necessidade de intervençao sindical,
democratizar os locais de trabalho. Nesse
f-lue a implementação "compulsória" de até o início dos anos 1990, as iniciativas
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dutivista podem ser exemplificadas pela
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Anromo D. C,~:rrANr & Loiuem. l-IOLZMANN DICIONÁRIO nn TRABALHO E T13cNor_oc;rA
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1992, chegou a ser pensado como uma
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"nova contratualidade", dado que as re- mas seu desenvolvimento e aplicação têm
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valecendo a “influência contratada" (Bres- tecnologias e novas formas de produzir
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lações no âmbito do trabalho caracterizar-
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se-iam pelo reconhecimento das partes; tividade, cortar postos de trabalho, dife-
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ao Departamento Intersindical de Estatis- não apenas no ambiente de1r.3ba1h0` mas \
i
de resistência. Apesar disso, no cômputo ganizações trabalhistas dc-soncadeadas, do trabalhador, agora mais envolvido e
geral, continua fraca a organização dos guns segmentos industriais e de serviços desde as últimas décadas do séc. XX, por individualizado. Desfeita a figura do ator
iiii;r:
: i iã::
sindicatos nos locais de trabalho, devido [discutindo politicas de reestruturação), urna classe capitalista transnacional, coletivo, própria do fordismo, a acumula-
ao despreparo dos dirigentes e à falta de tomou assento em câmaras setoriais e em O avanço tecnológico produz a divisão e ção flexível estabeleceu 0 ator econômico
suportes técnico e científico mais amplos. Órgãos tripartites (como o Programa Bra- a exclusão tecri‹›l‹'›gi‹:as, alargando ‹› abis- (/\bf€ft-1. 2000). que rege sua conduta pela E”
;
Ha int1'ansig‹'3nriia do empresariado em sileiro de Qualidade e Produtividade e as mo social existente. entre regj‹"›‹›s f¡¿-ag Q maxiinizaçáo do interesse individual por
!' tii,,;;i: ij
¿
negociar cláusulas sobre inovações tec- comissões estaduais e rmmicipais do tra- pobres: de um lado, as que prortuzrzrii, as um processo de fidelização dos laços e É
nológicas, as quais existerii em menos de balho) e passou a fomentar pesquisas 1: qu‹:conso1n‹>rn e, do outro. as que r1aot€:rn Une interesses contrapostos. Essa indivi-
ji;iãiÍ:
1
30% dos acordos de 94 categorias pesqui- análises para subsidiar sua ação. acesso aos beneficios da tecnulogiéâ. 1.-Íntrg dualização e esse engajamento dos traba-
i :j;1:
sadas pelo DIEESE (2001), somada a au- Pesquisas têm apontado as dificulda- estas estao, por exernplri, o Sul do l\›-1¿;_ lhadores representam um grande desafio il
sência de mecanismos que regulamentom des do inovimcnto sindical em ampliar xico, bolsões da Airiérira (Tt-,m;¿¡], 1,,-,ígt-,S para os sindicatos ria riegociação de mu. i
É-e1É?
seu grau de resistência ou de influência dflflíliris, regiões du Brasil tr‹ipi‹'.'t[, ./tlricft
=
a introdução desses processos e garantam Údnšas na base produtiva, complemen-
maior participacao sindical na discussao. no trato da autrirnaçào, pelo conservado- Subsaariaria ri grande parte da Russia. tadas polas novas tecnologias do gestao.
ir i i:: ;l:;12,!i ; ii;;:;;:
u,?;:'z:1ii
O prolƒcsso de inovações na esfera pro-
dutiva ocorreu nos anos 1980, nas regiões dades das catr-gurias, cujos processos do
trabalhos sào alterados pela tecnologia
raiiiii 2:ii:it Esso riistz-mciarnento df-\'‹>-se ao fato de a
pesquisa e o duserivolviirrrmto do pro‹_'‹-,‹;-
Alérn de se depararoni com os nhgrátmtgg
trazidos pela especializaçzio flexível, no
;!i,ii;:
5°-Q C PYÚÚUÍUS ÍÍ)3f-D) não sc tl‹e:=.,l‹i‹'ar‹=|n
r;::
Adorado inicialmente na indústria auto- de produção v de informaçao. Se a forrna dos paises centrais no processo do inun- continuam a padecer da herança corpora- v
mobilística (Womack; Jones; Ruos, 1992), pactuada não é ri regra e a tutela estatal tlialização do capital. Essa c‹2rit1';¡li7.açà‹) tiva. Reafirrriam, coritudo, posição favorá- r
sobre o ruovimentu sindical ainda se apre- `¬l
de poder provoca difereriças na ;1‹¿€i‹i q ue vel a uma política propositiva e de cons-
=
difundiu-se para outros setores econô-
I:
`
micos, com a aplicação da tecnologia e a senta forte neste início de milênio, entre- negocia mttdaliças que (ih(~garn za essas trução de alternativas quanto aos rumos
iE1i,,ii;rr i= :,:,
í?::
tanto, em setores econômicos de ponta, os
:
informatização dos serviços durante a dé- regiões, consideradas greerz!jel‹ls, onde a da automação e da proteção do emprego,
:: ; : i : i i ; i : : ; : ;
cada de 1990, A ação sindical voltada às trabalhadores organizados têm estabele- mao de obra está abaixo dos pafirüos de que conte com o apoio do Estado cê 0 for- ti
cido intercâmbio com outros paises, dan-
íí!
mudanças de natureza tecnológica passou remuneração, além do ser d‹fzl'›it o grau de talecimento da organização rios locais dt- zz
a ser incluida nas pautas de reivindicação do uma dimensão global à ação sindical. ertfrelilarnerito simliç-,=¡}_ traballio.
e nas convenções e acordos coletivos de 4. A automação também diz respeito a Corno as novas tecnologias mudam con- l
flexibilidade imposta ao processo de pro-
ai; iiã i;; I
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f\BRÃiU_. /Â. _Í0r9¬]. Proriuçáo flexível e novos
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:-: r i,. !::
oi ! !.: !;
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balho, motivo de constantes denúncias o
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telecomunicações, entre outros. Merecem este é um desafio para as eniprvsas 0 para irrst1tucronril¡dodz=s no /tmerr'‹:‹z Latino. Rio dv
tratativas. Antes, a maquinaria iniprimia o Janeiro: l-Íd. UFRJ, 2000
:ã:;:i
^
registro as camaras setoriais, no inicio dos
AM BROSOLI, M. Dr'r_'r'onú¡¡`o de p0}j[¡'C¿¡_ B¡d5¡
ocl'ô:;^i:;\:an s=
ó- v
-ô,,ii;7
-9 t4-a-72
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ritmo; hoje, o ‹'‹›ntro]e computadorizado da
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tradicionais têm sido postas ‹_-in xeque,
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anos 1990, conselhos tripartites nos quais lia: UnB, 1986,
tecnologia de ponta atrela o trabalhador à
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tantes do governo negociavam as politi- sua regularidade, com avaliação simultâ- de organização e de riiilitância. A ques- na aurora do século XXI. Ii. vd. São Paulo; Hu ;.'.
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nea em grau aperfeiçoado da produção tao não se resume em adotar ou df-jxar citr'-c; Arinablume, 2002.
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tos sobre os trabalhadores (Leite, 2003). O (Benko. 2002). Tooricamente, a automa- de introduzir .novas tecnolorrias por parte
tecnologia, traballio e ação sindical no Brasil.
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subempregados e biscateiros, entre outros
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áiiã'u1,íi; I : ;; :ãsr: Ê ãi: i: ii;i
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trabalho as seguintes entidades mórbicias:
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brisla: inovações na indústria automobilística. a) doença profissional, assim entendida a
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Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. te adotada pelas empresas é a de que eles cial. Assim, mais que desvelar o acidente
E:
i;i+ ;; iiiãi
produzida ou desencadeada pelo exercicio
DIEESE. As, negociações coletivas no Brasil. são resultantes dos chamados atos inse- e a doença relacionados com o trabalho
São Paulo, 2001. do trabalho, peculiar a determinada ati-
guros praticados pelo próprio trabalhador. na indústria e nos serviços, em sentido es-
i iii:;ri
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vidade e constante da respectiva relação
ÉE
HOBSBAWM, E. Os trabalhadores. Rio de .la-
neiro: Paz c Terra, 1981.
elaborada pelo Ministério da Previdência Contudo, sabe-se que quando os acidentes trito, devemos nos preocupar com a ade-
LA ROSA, M. Qualilà totale, qualjtá del prodotto,
Social; b) doença do trabalho, assim en- ocorrem pelo descuido do trabalhador. mui- quada aproximaçäo ao fenômeno em sua
à
qnalità del lavuro e nuove tecnologíe: fine di uma
tendida a adquirida ou desencadeada em tas vezes säo condicionados pelo cansaço verdadeira dimensão, abrangendo o pro-
EÉ
antinomia? ln: ia cura di). ll lovoro nella socio-
logia. Rorna: Carocci Editora, 2004. p. 137-152. função de condições especiais em que o provocado pelas horas extras, estala crôni- cesso de traballio em sua plenitude e dife-
;; i : i l:?;: i: l:
LEITE, M. Trabalha e sociedade em lransior- ca, horas não dormidas, pela alimentação rentes instâncias, identiiicando o que não
trabalho é realizado e que com ele se re-
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mação: mudanças produtivas e atores sociais.
São Paulo: Ed. Fund. Perseu Abramo. 2003. lacione diretamente, constante na relaçäo e transportes deficientes, pelas precárias esteja expresso nas estatísticas e aquilo
MAGGIOLINI. I-2 /ts negociações trabalhistas e mencionada anteriormente. No quadro de condições ambientais, pelo manuseio de que não Componha os dados oiiciais, mas
o introdução de ínowzções tecnológicas na .Eu- máquinas e equipamentos inseguros c/ou que sejam, particularmente, aspectos
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ropa. Petrópolis: \›f'oz‹:s. 1988. violência urbana, notadamente a relacio-
nada ao trânsito e aos assaltos, assumem que requeiram atenção redobrada, pela significativos nas populações de traballio-
i; i íí;i i;:;:::iii
NEDER, R. ct al. Automação e movimento sin-
intensificação do ritmo do trabalho, polar, doros urbanas e rurais (Nlendcs, 1999). A
ZZ:i;i;
dical no Brasil. São Paulo: llucitec, 1988. particular valor os eventos ocorridos no
()Ll\/EIRA, F. de er ol. Quanto melhor, melhor: espaço da via pública. oxígências de um trabalhador polivalente abordagem da questao do acidente de tra-
0 acordo das mrmtsdoras. Novos Estudos Ce- e pelas mas condições de vida e dc traba- balho torna irnprescindivel, primeiro, que
i;ii,iiii.i; ,j:i:i:'=;;ii:
brap, n. 36. pri. 1993. Todo c qualquer acidente ocorrido no
traballio c- que não provoque lesão ou per- lho, entre outras causas. A lógica apresen- se identifiquem as relações que se restabe-
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Eventos com perdas materiais considerá-
Jussara Mana Rosa Mendes de trabalhadores acideniáveis; à predispo- ção, cm um dado tempo, lugar ea inserção
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veis e nos quais o trabalhador não tenha
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tirado incapaz. para o trabalho costumam sição aos acidentes, em funcao de caracte- social, mas que também específico re-
1. Em uma definição mais ampla, aci-
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não ser notificados corno acidentes de
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fatores lrumanos c o arnbienle do trabalhtf' de trabalho particular." (Dias, 1995: 28).
trabalho se a empresa encaminha o aci-
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dentado para outra atividade ou se ele (l\/lacliado; Minayo, 1995: 118). As legis- Nesse sentido, a Saúde do `]"r¡iba]had0r
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não provoca lesão om trabalhadores, cos- acidente. No Brasil, para lim de enquadra-
de traballio. Os riscos, os atos inseguros, pie as diversas formas de clotfirmiriaçãt)
ii;;:iÊi;
mento no Seguro de Acidente do Trabalho
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tl; ;Zlii. ; i: r
0 para o registro nas estatisticas oficiais, o risco aceitável e os limites suportérveis do processo de saúde/doença dos traba-
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municipais, estaduais e federais, trabalha-
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o trabalho. Consideram-se igualmente os unidado de economia familiar e traballio-
Com operários nO interior das fábricas, mas por outras medidas que possibilitem a rc-
;ri:
casos ocorridos no percurso da residência dores não registrados e do mercado infor-
mal. Tais exclusões têm contribuído para 0 também com servidores públicos, trabalha- dução dos riscos e agravos e, ainda, que
e do local de refeição para o trabalho ou
ocultamento da etetiva dimensão dos aci-
dores autônornos, artesãos, trabalhadores assegurem o acesso aos serviços por meio
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(Dias, 1994). Assim, tê necessário que se
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ser utilizadas pelos gestores e formulado-
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. Lei n°. 8213. Dispõe sobre os planos de
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pense a Saúde do trabalhador desdeti sua bens e serviços. A matriz de estrutura da res das políticas públicas. A quantidade do beneficios da Previdência Social. Diário Oficio]
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[do] República Federativa do Brasil, Poder Exo-
organização na sociedade e no trabalho, prevenção e proteção da saúde no traba- ocorrências não notificadas é significativa cutivo, Brasilia, DF, 24 jul. 1991.
compreendendo essa realidade sob uma lho passa a constituir-se como mais uma ti
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e decorre de inúmeras dificuldades, como DIAS, E. C. Saúdo do Trabalhador. In: TODES- o
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perspectiva de sujeitos coletivos, conhe- forma de controlo da força de trabalho; o CHINI, R. torg.l.Sm1de, meio ambiente c con-
falta de registro, desconhecimento dos en-
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diçoes de traballio: cmitcú dos básicos para uma
cendo-os e reconhecendo-os historicamen- sistema encontra-se estruturado para dar volvidos ou receio das consequências dai ação sindical. São Paulo: FUNDACENTRO; t
a ; : ;:::
i;! i:i;
te. A saúde passa a Ser percebida como "re- rápidas 0 competentes respostas às neces- CUT. 1996.
i:E:I;e :.;:;:ji+',:=r?:
advindas. Somente os casos que compõem -3
sultante das condições de alimentação, sidades do capital, a qualquer custo, ten- DW'YER, T Life mond dmrli ol work. Industrial Í..,_
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:i;11r,;;!:;:!=l*;,"t
as estatísticas oficiais são remetidos aos Ór-
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accidents as case of socialy produced error.
educação, salário, nieioanibiente, trabalho, do, como base, a equação denunciada por gãos internacionais. Relacionando o perfil New York; London: Plonum Pres-;, 1991.
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transporte. emprego, lazer e liberdade, aces- Thèbaud-Mony: crescimento econômico do trabalhador do mercado formal, que LLORY, 1\/1. AC¡'d‹.*ntt:.s inrIrrsrrío¡`S: 0 custo do si-
I :; E: :: i'::ti?:11 : i + t a f?;:
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so a propriedade privada da terra e acesso = progresso social, sustentáculo das regu- lêncio - operarlorczs privados da palavra e exu-
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cutivos que nan pode-rn sur rrnconlrados. Tra- (V
aos se-rviços de Saúde" (Brasil, 1988). lações sociais adotadas. tamanho do mercado de traballio (formal dução Alda Porto. Rio da.: Janeiro: MultiMaiS
Entender' ‹› social como o determinante No caso do Brasil, o fato de 0 aciden-
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=',:i ;il,.: r..,: : i; :; i:i ; :
ilqiiEiá,;":É €!E!::=:?li,r:;:
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e informal), pode-se ter noção de quanto a
lÊ 1; i 1 :: r. i=:i:::;€
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das ‹or1t1it¿‹`›c›.s de saúdo, sem negar que te de traballio ter sua abrangência sob a t
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lvl/ÁCHADÓ, J. hi. H.; (,'.ÍL').'\-'llÉÍ.~Í, (Í. Ív1.AcÍdeli.
legislação, voluntária e determinadamcn-
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!s:
tos de traballio: com,ep_c‹'›(-s t: dados. ln: Ml-
os ‹l‹›t-ntes devam ser tratados e que seja égide da Constituição de 1988 (no artigo r
i:
te, exclui, encobrindo grande parcela dos NAYO, l\/I. C. S. torg.). Os1m.u`ƒ‹_i.~; Brusjg; sàiúde
rimressaria ft prevenção de novas doenças, de n. 7, onde estão contemplados os di- sinistros referentes ao trabalho, dificultan- o populaçao na decada do 80. Sat» Paulo: Huci-
tec; Rio de Janeiro: ABRÀSCO, 1995. Í .
; ii ? ::
ptivilcgia ações df: promoção da saúdo. reitos dos trabalhadores urbanos e rurais)
Ê:
É:
IVIENDES, J. lvl. R. (F Velso 0 0 Orzvorso do umrr
As múltiplas causas dos acidentes e das provoca repcrcussíies jurídicas. Assim, a ma para a definição de politicas publicas lltstóriuz 0 ‹'›cidr:r1l‹> e -i muito |i‹- trabalho, 1999
doeiujas do traballio têm urna hierarquia reduçätâ dos riscos inerentes ao trabalho e Tese (l)outorado| l`rot;|'uzim do l`‹'1s-gradtraçäo
;:ii;;t=:iii :i;i:, iii; mais adequadas.
Om S('l'Vig‹› $ucizs]_ l'.›|1liÊí< 1.1 lii¬.1\'¡'-rsidarle (Êd~
etttrz- si, nim sendo noutras e iguais, mas o seguro contra acidentes de trabalho são Define-se saúde como um processo di-
(.
;:iit.,=::,eà:'
túlica de São Paulo, l'¡ t _' Z *-`..-z llaúlo, 1999.
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;Ê= =: : É I n. i;: ':!;:
1;i!2i,
rl‹.›t‹‹rmin‹›udo ou <-mtdicionando outras direitos do todos os trabalhadores. Sem nâmico, expresso no corpo, na pessoa, no l\'ÍEz'\'DES, J. lvl. R.. l' I '\':;!H.-'t_ I? z\. H. l\'iL>d1-
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(!\"lt'ii‹l^z›s; illivciia, 11195). exclusão do direito à indenização a que traballio, nas colidir,-(ros de vida, nas dores, cine du Trabalho: 0 dt~s.;t.‹1r5a um {¡t¿rlir.l6‹l‹¬ na
atmiçào (1 Saudi-. ln- \`llÉiR/\., fi. i. \J (cnurd). ( .S
3. A rliuâuuca da produção, as condi- iazern jus quando ocorrer dolo ou culpa,
=!to==,
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:;r{;i:;ii:?l::
no prazer o no sofrimento, enfim, em tudo Mcdicinri brisicn zfu Ir‹;hr..'!zo (`.nitil)¿:: (Struc-
Ê:É.-j:
gíws de trabalho e o mudo dc vida são todos os traballiadoros tem direito consti- 0 que coinponha urna história, individual SÍS, 1995. v. 4. (_
zw -,
os dottfimrnnnlcs' do processo de saúde/ tucional à cobertura do um seguro contra _¬¬__. /\cid‹2nt‹.~s dv Iizâhfsllirt; *violríncift urba-
;;',;'=i,
:,; ii=:: i; , i:i,
em sua singularidade, mas coletiva pela
r=Y :;:;r::e!
na e morte mn i“m't›› Alf-cm-?!l~¿.`S. (.`rr‹i‹'rn‹›:¬' de (.
.ví _.-
‹1d`(›er;r`n1c-nl‹› e morte dos tralialhddo1'eS. A acidentes de trabalho.
: i ; ; ; I i i i; i :iã: :
influência das múltiplas lógicas inscri- Saúde .l"úhÍrct¡, Rio dc .izi1ir~im, FI;\'SP,/ ]‹`l(_)-
r.
‹lo‹~.n‹¿a, ea saútlc: e a morte não se redu- A caracterização do acidente de trabalho
:i;i;l:;à!ii;:;í
CRUZ, \-'. 13, sinal. 2, p. 7.'t-84, N97.
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zem a c-vi‹l‹Í›u‹tias “orgânicas", "naturais", é realizada. adininistratívamente, no esta- MINAYO, M. (_.`. S. O ‹lo.~é‹.:t'r'‹› do con.'zccinienlr›:
t ) e ii - i ã" í 3 É-:lj
sequências traumáticas dessa r‹=.ali‹ladc Í
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pesquisa qualitativa uni szâudtf. Rio de Janeiro:
"ol›j‹)tivas", uma vez que relacionam b‹›.1o‹:imento da conexão entre o trabalho para o trabalhador, para a familia e para É
iEa=8",!+í ;átf
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int.i1nainont‹-. com as características de exercido e o acidente e, t‹-:‹:nicamonte. por 1
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n sociedade tornam o acidontc de traba- OLIVEIRA, S. C. de. Pr(ztr~‹,'d‹1 ¡`1¡n'u'.¡c.'u r`r .‹(rú‹jI‹_r
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carla sociedade. Essa perspectiva demar- meio da perícia médica, que determina o do tmbcllhodrrr. Í-l. t.-d. \f”r'i>säf.› ‹'sm¡Jliad‹r u atual. ( z
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São Paulo: LT1; Ztltll. .s
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czít - e nisso é roualadora - que a doença nexo de causa e efeito entre o acidente e da proteção social à saúde do trabalhador.
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'I`HÉBÀUD-l\z10z\1Y, A. Same, tra\-'ail ct precari-
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Ó social.mr›nte construida 0 que o doente a lesão, a doenga e o trabalho, ou entre a
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Como refere Oliveira (2001: 203): "é prati- zation socíale eu iyaitliolic parisienne. Soc¡'ol'u-
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o ar_lo‹:cimr:nto transcende a aceitação de cela de trabalhadores do setor formal que I; 1.
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traballio presstipóe 6 artitfulaçüo entre as público (( Íomunicaçao de Acidente de Tra- Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção Primeiros
l-lzissos, 171.
to que enfoca as riititaco-._~›; om curso no ca-
tlift~›ront‹›.s interfaces sociais 0 depende balho, CAT no caso do Brasil) são conso-
pitalismo ‹:ontcrupor‹.'1non, .-âl›ai'z~.i1›‹l‹› os
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do rnorlo flo viver, da qualidade de vida lidados e gr-ram informações que podem do Bmsil. 1988.
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ämbitos eCz'›1ir'h¡1ii‹':i, prilítico, social, |i:.i‹'n |
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:; Í:líiÍ;iil::;i:i;=:iii=i=Ei!::;;iiiil;i; Apoiados nas teses de economistas como do caráter forja-se em virtudes estáveis
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entre concepção e execução, o trabalho
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Friedrich Hayek e Milton Friedmann, os relacionadas à lealdade, à confiança, ao
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mações ocorridas nos modos de prõduzir parcelado, repetitivo, simplificado, espe-
bens e serviços e de organizar os processos cializado. corn ciclos operatórios curtos, governos Margareth Thatcher e Ronald comprometimento e à ajuda mútua, atri- 'r
E
de trabalho,' nos sistemas político e social ritmo determinado pela esteira rolante, `Í
-.
de regulação da sociedade, nas normas de independente do trabalhador direto, vigi- em prática medidas de politica econômica dade contemporänea, marcada pela visão
r
consumo, no uso do espaço e do tempo e lância dos Supervisores, severa disciplina que rapidamente se traduziram em perdas de curto prazo. Sennett indaga-se se não ¬
t .
z
nos padrões de cultura. Essa fase do capi- e controle. Do balanceamento desigual dos para os trabalhadores, como redução de estariam contribuindo para a corrosão do
ç
postos de trabalho na linha de montagem, direitos trabalhistas. A combinação desses carater, a instabilidade, os riscos contínu-
i I ; ê{ i;
talismo reflete as estratégias do capital,
De imediato, há três limites ao tema: sobrecarregados, o que passou a gerar ten- da nos salários e debilitando o Estado de submetidas as pessoas em diferentes esfe-
-:
.-
o primeiro refere-se à necessidade de sões e conflitos no chão de fábrica (Coriat, Bem Estar Social. Declinararn os recursos ras de suas vidas, sobretudo naquela asso- ¡
v
estabelecer recortes, dado a sua comple- 1989]. Esse modo de organizar o traballio para educação, saude, habitação e previ- ciada ao trabalho. Ao analisar a transição
..
e a produção, com acentuada burocracia e dência, sendo atingida tanrliern a politica da modernidade “pesada” e “sólida” para
gi ii : : j i i : j
xidade; o segundo relaciona-se à impos- É
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forte controle, desencadeou estrategias de de pleno emprego. Esse foi o lim dos “anos a modernidade "leve" e "liquida", Bauman
§:
sibilidade de gerreralizações, pois as si-
i í: : ç; iE i: ;;
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resistência por pane dos trabalhadores, as dourados" do capitalismo. O compromisso (2001: 185) salienta que '“tlex_ibilidade' é a
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tuações dependem da particularidade de
cada país, de sua cultura, de sua história, quais se manifestaram cm greves, alta ro- fordista z baseado no pacto entre Estado, palavra do dia. Ela anuncia empregos sem .gÍ
i:ít:
do sistema político vigente, do nivel de tatividade, sabotagens e absenteísmo, oca- empregador e trabalhador, por intermédio segurança, compromissos ou direitos, que 'Ê;'
desenvolvimento e da relação de forças
entre os atores envolvidos; 0 terceiro diz sindicatos lutavam para assegurar os ga-
i;il iii
sionando maiores custos para o capital. Os do seus respectivos Sindicatos - corntêçtirr a
desfazer-se. Novas estrategias passorarii a
oferecem apenas contratos a prazo fixo ou
renováveis, demissão sem aviso prévio e
i
¡ ¡
respeito ao carater provisório de qualquer nhos salariais e a manutenção de direitos ser esboçadas em resposta a crise. nenhum direito à compensação. Ninguém ;
1.
analise, visto que se esta em presença de trabalhistas, que, para as empresas, repre- 3. A reestrirturaçím da produçíio Ó ele- pode, portanto. Sentir'-se insubstituível ¬ 'Z
íi : : i;
um fenômeno ern curso. Nesse sentido, a sentavam rnerror taxa de rentabilidade. mento constitutivo da r'eord‹=ii¿rçíro em curso nem os já demitidos nem os que ambicio-
›
abordagem da AI* aqui exposta centra-se A rigidez na linha de montagem fordis- do capitalismo internacional. Sua singula- nam 0 emprego de demitir os outros". 1;
na reestruturação da produção capitalis- ta consistia, por sua vez, em um limite tec- ridade repousa na intensa tlexibilidarle, O quadro da reestruturação da produ-
ii; i,ii;i
j
¿
ta e nas politicas de ajuste de conteúdo nológico, visto que respostas rápidas às que pode ser associada a urna rede cujos ção envolve, entre outras ações, inovações
i:
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neoliberal como ulernentos imbricados no flutuações da demanda transformaram-se fios entremeiarn-se e estendem-se por toda tecnológicas, transformações no trabalho, 1.
p.
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em vantagens competitivas no mercado a sociedade: flexibilidade das ernprcsas, organização das firmas, dos mercados e
Í i : : i iÉ : : i? iÉ r
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atual estágio de acumulação de capital. concorrencial. A esse cenário somaram-se da produção, dos produtos, do traballio, dos dos fluxos financeiros ein redes, relocali- :1
i;rii
2. A AF remonta a meados dos anos 1960 os t=:Xp1^esSi\'os aumentos do preço do pe- trabalhadores, dos mercados, dos consumi- zação de empresas em regiões sem tradi-
troleo, em decorrência dos choques de dores, do tempo e do espaço, entre tantas ção cultural de atividade industrial e com ij
e aos primeiros anos da decada de 1970,
i:i:Ei;;:::.
tz
quando os países de capitalismo avança- 1973 e 1979, 0 fim da convertibilidâtde do outras formas que assume esse fenômeno. =; orgarrizações sindicais pouco combativas `šz
É uma trama de relações que caracteriza
1-
do experimentaram um periodo de crise. dólar em ouro (1971) e a flutuação das ~ particularmente em países do Terceiro 'tê
moedas, desencadeando desequilíbrios nos os movimentos da economia global, esta- Mundo (Harvey, 1992: 140) -- e novos mo- 5?
:;;i:::};
da sociedade, provocando manifestações balanços de pagamentos. O resultado foi belecendo fluxos quase monrentâneos de vimentos do emprego nos setores indus-
em diferentes países do mundo ocidental, o aumento significativo da inflação e a di- capital, de produto, de informação e de co- trial e de serviços. Esses elementos são
sobretudo nos desenvolvidos. O movimen- minuição do investimento produtivo, con- municação [Castells, 2000). partes constitutivas da propria lógica de
to estudantil questionava a racionalidade, figurando o que Lipiotz [1991] denominou Sennett [2001] aprofunda a reflexão a acumulação de capital em curso, afetando
os valores e o modo de vida prevalentcs crise de lucratividade, provocando o en- respeito dessa fase do capitalrsnio, consi- especialmente a esfera do trabalho.
no capitalismo. Por sua veia, o movimento fraquecimento das politicas keynesianas derando as transforrnações ocorridas no O mundo do trabalho vem sofrendo
Íi
sindical criticava 0 trabalho alicerçado no e descerrando caminhos à aplicação de trabalho 0 suas implicações sobre o cara- transformações que estao relacionadas, en-
É
paradigma fordista, corn rígida separação politicas neoliberais. ter dos individuos. Para 0 autor, a forma ção tre outras questões, às novas tecnologias,
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Drcr‹'›.r×fÁRrc› DE TRAaAL|r‹) ré Tr¬3‹.t.\foL(›<:¡/›. A
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controle exercido pelos trabalhadores err- formas fiscais (Anderson, 1995]. Antunes
i F I: L:i ::--i.7='.:!;:
os processos de trabalho e de produçao, cem, e outros säo criados, demandando
tre si e o próprio autocontrole, o vigilante (2005: l7} amplia a análise Considerando Í
( li .
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ii; :iii: I: Í : ii:: ji :il:i:': ;i;= ;1::: t;ii1
aos novos postos de trabalho, ao novo per- um novo perfil profissional. Novos sabe-
res são exigidos e valorizados. Saber ser; interno. "Vcstira camiseta" significa, para que ”presenciamos dc lato um individu-
i::;
fil profissional dos trabalhadores e as no- 'tz
vas estratégias empresariais. Essas trans- saber aprender: saber fazer significam ca- muitos trabalhadores, Ser urn co]aI›orad0r, alismo possessivo cada vez mais despro- t
i
que remete ao polêmico debate atual sobre operar novos equipamentos, detenção de
do estratégias empresariais que celebram ver da venda de sua única propriedade, a
j; j
sua centralidade. As novas tecnologias e habilidades técnicas. motivação para o
as novas formas de organizar o trabalho e trabalho, niveis mais elevados de escola- a ode ao trabalho criativo e à ideologia de sua força de trabalho".
ü;; !tl,: 1: i;,i:
íiÉ;;:
a produçao implicam inclusão de dispositi- rídade, raciocínio lógico e capacidade de
‹.›ste_jarrr sendo construídas novas subjeti- ções conduzem a um agravamento da ‹.
vos rnicroeletrônicos na esfera da geração se ajustar à flexibilidade da produção, de
de bens e sc.›wiç‹›s, ‹-nsojando um processo se relacionar com ‹:olegas e chefias e de se vidades e novas formas de zlominação. questao social, devido a um conjunto de
cornprorneter com as metas da empresa. Pode-se estar diante de um no\-'|1p¿~u7t‹› so- elorneritos corno; tocn‹›l(›gias poupado- l.
z t: I l=:
de tratisigjáti do paradignia fordistä dt-Z* or-
;
_i§›
5;:
gariizoçao do processo de trabalho - alicer- Polivalência, novos conhecimentos, traba- cial, diferente do fordista, entre emprega- ras de mão do obra, que elevam as taxas
çado em equipamentos de base eletrome- ;
lho em equipe, envolvirnento e aperfeiço-
: i :.":,:: : ;! : ; dores e trabalhadores. só que. agora, sem
a forte interferôncia do sindicato laboral
do rlosemprego, com empobrecimento
crescente de diversos segmentos da po- tg;
`‹
: 5 j ::- : 5i; :
cênica para uma nova base l.Ócni‹Ta amento permanente são atributos profis-
- r›lot1'o‹~letronica -, que possibilita orde- sionais requisitados nos esqucmas de enquanto mediador da rela‹_'Cio ernpreqa- pulação, diminuição do emprego forrnal ‹' _.
i i:
nar ea pr‹›ritr‹¿ão sob a forma do automação seleção e re‹:rutamento adotados. As es- dori-tralialltaclor e sern a eletivo p‹_irtir:ip¿1- o aumento do uso dos trabalhos tempora-
(Í A
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l`l‹~_\'iv‹›l. l:.sf~a:~ altt›1‹içõ‹>spermitem a fabri- trategias empresariais subjacentes às no- ‹;‹`1r› do Estado enquanto regulador da re- rios, subcontratados c t-rn tempo parcial; ,r
rtaçiâo «lo d.f‹rrtzr-rt:-s produtos em conso- vas formas de uso e gestao da força de lação capital-traballio. acenluacla tcriclôncia do Ínforrrií-ili7.ação C ‹ :Í
:;
i: j
trabalho requerem múltiplas habilicla‹l‹~s
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nância ‹‹›nr as tzxiqôrrcias da derriarrda.
rf i V'
1
Em Iornros de oquipanientos, destacam-se e maior responsabilidade por parte do tra- que a cornpñenr, em particular a reestru- ção dos direitos sociais dos trabalhadores.
o conta ndo numérico computadorizado, turação da produção relar:ionada as trans- Essas rnutações 1'r~ali7.adas na esfera do (_ `
z:=':= ií ==:
balhador, bem como seu envolvirnrfnto in-
formações no trabalho e ao surgirnento tr'abalho atingem a dimensão psicológi- (.
=.;i;;,
sisternas f.`,Al')/'(1-'\l\~'l, robôs e 0 controle ló- dividual na realização dos objetivos do
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gico progr m1'r¿'rv‹;~l. Em termos de gestão da empresa, tendo em vista incremeritos de de um n‹›v‹) ethos ernpr‹:sarial baseado ca dos indivíduos. A incrrrtcxa quanto ao '‹.
i7:
prodrr‹¿é'ro aê do tr;-rballro igualmente são produtividade, redução de custos e melho- na colaboração, tern-se leito acompünlmr futuro gera o medo tanto no elnpregatlr). l.
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‹.›f'r.-t.uadas iriovaç‹'›‹ƒ~s, que tem corno refe- rias na qualidade do produto, para fazer de políticas de ajuste de ‹:ontet'rclo neoli- que teme perder o emprego, como no de-
: rzit:ii:::i;;:
i?:ii-i::; E t;=is
rênffia a rnodolagem de orgarrização do frente à luta concorrencial. Tais estrate':-gias beral. As principais cúirarttrwístirtas dessas sernp1'egad‹›, que remia não recupera-lo, ,',\.4-\
politicas sào: o mercado como rrêgulador instalando-se o sentimento de ser descar- (...
5 !: :: - !
troliallio das t›rnproszas japonesas, particu- são sustentadas também pelo despotismo ..‹'5 1
larmente na 'l`oyot.a, :'azà‹'› pela qual ó no- do mercado, ou seja, pelo risco perrnanen- da sociedade e, em especial, da relaçäo tável. Para Castel (l999: 593), a questão
..“
capital-trabalho; a abertura dos merca- social. manifesta-se na existência dc indi-
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te de demissão a que está submetido o
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meada de totmtisnlo. modelo japonês, ou,
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ainda, produção enxuta. Essas inovações re mprega do. dos nacionais a tim de estirmilar a com- viduos inúteis para o mundo, de supranu-
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visam comprometer os trabalhadores com A questão do controle merece igual- Detitividade; a dtfsestrutumçäo do Estado merarios e, em torno deles, de situaçoes
i:
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1
os ‹›l›j‹-:tivos da empresa, para obter melho- mente uma reflexão. A cultura empresa- Ele Bem Estar Social e o enfraquecinien- marcadas pela in‹:onstân‹¬ia do amanha,
rias contínuas rios processos de trabalho, rial, em especial a relacionada às inova- to de suas politicas públicas, debilitando que comprovam o aumento de urna vul-
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distinçruindo-se os círculos de controle de ções na gestão do trabalho e da produçao, 6 rede de proteção social; a privati'/.ação nerabilidade de massa.
i;e +::
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qualidzide, just-ill-tfrrie, konban, krrisen, parece uma importante ferramenta para a (le empresas estatais; a flexibilização da Neste contexto ocorreram, em meados de
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'c-
‹'‹›nirol‹~ ri-statistico do processo c OS pro- obtençáo do Lim colitrole mais refinado _.. ...
gramas de qual1da‹le e produtividade. r um l;`stado minimo e forte, no sentido de que se constituiria na maior crise econômi- Qeigziz
i:
sobre os trabalhadores: de um lado, há o
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1:
1.. conter 0 processo inflaciorrëmo, manter a
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Em face da incorporação dessas inova- controle desenvolvido pelos empregadores, ca desde zr Grande Depressão de 1929. Suas
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goes tecnológicas aos processos de traballio estimulando, entre outros, o sentimento de
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torno de aplicações e financiamentos sem
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século XXI. São Paulo: Nobel, 1991. ` -za;
lastros e garantias sólidas. Em setetnbro de incidência de casos de distúrbios osteo- Janeiro, da Associação Brasileira de Ergo-
ORGANlZAÇÀO para a Cooperação e 0 Desen- musculares relacionados ao trabalho « nomia (ABERGOJ. cm 1983. Alain Wisner
i
9.:
Êrr: ÀiÍ ãi
2008, o Banco Central dos Estados Unidos volvimento Econômico. Disponivel em: www.
oecd.org/document/11/0,3343,en_2I349_ DORT] e busca construir um quadro ex- tem papel de destaque na consolidação da
á
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não deu suporte ao Banco Lehman Bro-
3425l_43859787_1_1_t_1,00.html. plicativo e compreensivo de sua
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AET no Brasil, pois formou, em nivel de
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thers, que quebrou, arrastando consigo ou-
SENNETT. R. A' corrosão do caráter: consequ-
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ocorrência. doutorado, numerosos especialistas que
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tros agentes financeiros e aplicadores indi- ências pessoais do trabalho no novo capitalis-
2. A obra considerada precursora da AET
do trabalho está diretamente ligado ao é intitulada L'Anolyse du Trovoil -Facteur do Conservatório Nacional de Artes e Mé-
mundo financeiro, os reflexos negativos so- d'Économie Humctine et de Productivité, tiers (CNAM). No Brasil, a “escola” da Er-
ANÁLISE ERGONÓMICA D0
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3
Eã:
bre as empresas logo apareceram sob a for- de André Ombredane e .Jean-Marie Fa- gonomia da Atividade o 0 uso da AET es- VÉ
TRABALHO verge (1955). Nesse livro, os autores co- täo fortemente associadas aos traballios de
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iii:i : í:,:';i a,:;íi i"?= ii;i i:: i;
ma de inadimplência, graves dificuldades
Mário César Ferreira locam em evidência a discrepância entre pesquisadores de diversas regiões brasilrzi- -t
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=
financeiras e falências. Em uma economia
amplamente interligado, ninguém perma- o traballio prescrito (previsto) e o trabalho ras, corn destaque para os que atuam em
real (efetivo), enfatizando a necessidade universidades públicas como UFMG, USR
:i::ii;E:1Íii;::;,i!1;
1. A Análise crgonômico do tmb‹ilho
!Í:::;:i:í:a:i;;:;:;i;iii§;íi
neceu imune a crise. O crédito ficou prati-
=;=Êini::1iii{i;;:rrl::t,:::â
;iiiri:;:;áii;iÉ:iiEtç+ÉÍ:;:;
firximmz-.
camente paralisado, as vendas cairam (AET) designa o método de investigação de análise das atividades dos trabalhado- UFSC, UFRJ e UnB. Após três décadas, a
da escola tranco--belga de Ergonomia, res em situações reais de trabalho como AET serviu de instrumento para ccntonas
o diagnóstico de situações criticas de tra- rela e ambiente laboral. Essa perspectiva ÍLavil.le, 1977; Wisner, 1987; Santos; Fia- É
rnalictade e as perdas salariais. Por razões
metodológica afirma-se a partir dos anos lho, 1997; Vidal, 2002; Abrahão; Szelwar;
25
distintas do processo anterior, a acumula- ballio e para a iormula‹_;ão de recomenda- ‹
ção flexível continuou sendo utilizada de ções que visam transformar os contextos 1950, com o surgimento de laboratórios Silvino; Sdrmct; Pinho, 2009).
¡t~À-w. 1.-rt:
-
rnanciia delotéria, agora, roniojustilicativa laborais a fim de proporcionar o bem-es- de pesquisa na França, Bélgica e Suíça 3. Um balanço analítico do uso da AET :X ¬
ção dos usuários/consuniidores e a efetivi- lioinem-traballio, com foco, sobretudo, em ços que Caractcrj za ni sua aplicação. Trata- "F
;
fatores antropométricos, biomecânicos se, a rigor, de diretrizes para ação do ana- ."
iii: ;:;iãi?:iÊ; i;
Referências dade organizacional. Do ponto de vista
epistemológico, a AET apoia-se em dois E psicológicos. Tais iniciativas terminam lista do traballio que condicionam o uso
i;:=i;
ANl)IÊRSON, P Balanço do nc-olihcralismo. Iii: por forjar uma veiteritc de Ergonomia, eficiente da ABT (Ferreira, 2003):
SADER, E.; GENTIIÃ, R (org). ¡'ós-ncolibera-
lisnioz as politicas sociais ‹.› o l:`sta‹1‹:› democráti-
pressupostos básicos. De um lado, a com-
de filiação francotônica (paises de língua a) Situação-problema: constitui. o ponto
3*
preensão de que a natureza do objeto de ÊÍ_
co. Rio deJa11vi1'o: Paz e Terra, 1995. francesa). Esta abordagem se consolida de partida da AET, que assume, regra ge-
investigação (interação indivíduo-conte» 'ÊÍ3
ANTUNES, R. O ‹:oru‹fol c sua rronclm; CIISGÍOS com a fundação, em 1963, da Sociedade ral, o formato de uma demanda posta por
Ê
sobre a nova moriologia flo tratmttio. São Pau- to de traballio] subordina o método. em ; 1
lo: lšoiteiupo, 2005. de Ergonomia de Língua Francesa (SELF) sujeitos no contexto do trabalho. Global-
consequência, o instrumental e os proce-
em Paris. Em nível internacional, com mente, a situaçao-problema pode se situar L:
i il i :i i i
BAU MAN, Z. Ivlodernidode liqurtitr. Rio dc Ja- dimentos empregados na AET. Neste sen- ii
neiro: Zahar, 2001. C1@Stäque para a França, merecem registro
tido, o uso da AET não tem como vocação no campo da avaliação de indicadores cri- 1
CAS'l`El_, R. As metuniorfoses do questão so- t
cial: uma ‹'r(›nica do salário. l'etrr'›polis, RJ:
Vo'/cs, 1999.
demonstrar modelos teóricos pré-estaba
locidos, mas servir de instrumento de
65 importantes contribuições de Suzzane
Pacaud, Jules Amar, André Ornbredane,
ticos existentes (Ergonomia de correção]
ou no campo do desenvolvimento do pro-
if
i-
C/\S'l`ELLS, M. A sociedade cm rede. São Pau- Jean-l\'larie Faverge, Alan Wisner, Antoi- jetos (Ergonomia de concepção). Ela cos-
i:ÍtiiE
É
sortioeconôlnico da autolriação. São Paulo: Bus- tp. ex., erros, retrabaiho, acidentes). De ou-
Danicllou, Pierre Cazamian, entre outros. exigindo do analista do traballio, muitas -,.~_.,›.»
ca Vida, 1989. tro lado, a AET apoia-se na lógica analítica
z
HARVEY, D. Conrtíçrio ¡›Ós-moderno. São Pau- No Brasil, o uso da AET tomou impulso vezes, uma instrução e redefinição do pro- ~›-z._~,. v_. . -.,_
.---.¬.›.¬-.z,_.:
do tipo inferencial indutiva (bottom-up), ‹*. l
lo: Loyola, 1992. 1-
ou seja, ela tem como ponto de partida um Õ Pãltir dos anos 1980, com 0 crescimen- blema posto inicialmente, identificando
HAYEK, F. O caminho do .«_-ervidrio. Rio de .la- l° (10 intercâmbio Brasil-França no âmbito variáveis e hierarquizando dirnensoes ana
E
neiio: Instituto Liberal, 1990. problema posto por interlocutores em um
.-1
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ff. 33
32 -'
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Anronio D. CA^r'rANI Si Loxrànê. l-IULZMANN D¡C¡ONÁ¡¬¿¡0 DE TRABALHO E -¡¬ECNm_OG¡A
,;
ãiuiiãi:!;iãij I:it,:::;:::i:
; ; Êi ã:
;Ersa:; :É i;l:i:i i::i" de Vida no Trabalho Í lA_QVT; Ferreira,
lie :;;iaíi ;E!,r;i:;.;;:i::tí1ii :;ã;ãi;ÉiÉi
; Ê i : I Ê É ; i; t; = ; l ; : = ! : , i i I i , , * É i E : : t t ; : iÉi
i;í:iÉiI=iiri;' r =.::i iiIi::1::ii: :; :;iii!
r ÊÍ i:;ÍiiÉ:úl:i; iiz:;: iiii:ur;'i;:
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iiÉÊ
: 1 : : í i í : i ã i : i : ; i i i : : i r j ; i ; : i ;i ;: i ; i r : , : : :
2009). Do ponto de vista instrumental, os
cesso de coleta e análise de dados, interindividual, que se baseia nas dife- para responder às exigências que configu- recursos utilizados são diversificados, em
b) Participação: expressa o envolvimento renças dos sujeitos, suas respectivas sin- ram o custo humano do trabalho. Tais exi- virtude dos diferentes problemas de pes- }l
efetivo dos sujeitos direta ou indiretamente gularidades que influenciam fortemente gências são provenientes, por exemplo: quisa-intervenção presentes nos contextos É
'í:ii;
implicados na AET, desempenhando papel suas Condutas no contexto organizacional das condições disponibilizadas de trabalho organizacionais. Posto que a análise da
fundamental na investigação da situação- (p. ex., diferenças de gênero, experiência (materiais, instrumentais, suportes); das
':
atividade dos sujeitos em situações reais
problema e, principalmente, na implanta- de trabalho). De outro lado, está a varia- variações da situaçao lp. ex., fluxo do pro- de trabalho ocupa centralidade epistemo-
bilidade do Contvxto de produção, em que
!;ii
ção das recomendações ergonômicas. Para duto ou de clientes, fuiicionanieiito dos lógica, a observação (livre, sistemática,
ser efetiva, a participação precisa basear- cada instituição pública, privada. orga- equipamentos); das interações sociais de participativa] é requisito incontornável da
se no desejo voluntário dos sujeitos de nizações não goveiiiamentais (ONGs} o lfäbfillw tpfex., colegas. chefias, clientes); AET. destacando-Se como momento privi-
: g i;i=i : :.:,: ;
contribuir com a AET e ser global, isto é, sindicais possui especificiclades incontor- o da organização do traballio Íp. re- legindo para a checagem de hipóteses, em
contemplar todas as etapas da AET e não náveís e singulares em termos de mato- gras, rotinas, proxfedimeiitos prescritos). g‹--ral de natureza descritiva.
ser restrita à etapa de coleta de dados. A
parti‹¬ipa‹¿äo efetiva dos interessados irn pri-
me, aos resultados obtidos, o traço de obra
li;;i
Iiais. equipamentos, instrumentos, efeitos
sazonais, legislagmi pertinente, evolução
das situações lnurinal, acidental), perfil
A implenieiitação fiestas diretrizes da
AET, ao mesmo tempo em que desenha
a singularidade científica do método em
O olc-,rico de instrumentos que pode sor
utilizado na AET contempla distintos obje-
tivos: a) a análise docurneiital tiusca traçar
"E^“.\“1~"-'23
coletiva, uma coprorluçáo em que traba- dos clientes/usu;›':rios etc. que norteiam Ergonomia, coloca em primeiro plano a u cenário organizacional onde se inscreve
ii aplicação da /\E'lÍ líssa ca rocterística dimensão da arte na aplicação da abor-
=
lltadortrs, gestores, usuários Q clientes são a problemática eni rrstudo, coni destaque
:
tanibfini Coprodutores de conlivcinionto. metodológirƒfs torna ai g‹:iit~i'alizaç¡Êio de dageni metodológico. Cada contexto or- para a análise do trabalho prescrito [pre-
cl Informação: constitui um requisito resultados, tao im1›‹›rtaitte em outros de- gaiiizacioiizil constitui um caso singular,
i ri,ii : i i
j' =!
miostruturada, busca evidenciar as repre-
lz1ii,i:ii:i:;:
tados a serem alcaiiçôdos. A lntoriiiação ‹'‹›iitrov‹':rsias eiztic os p‹!sqiiis.1d(ires da dv quelmi-‹`aIJ‹:ça, para a ap]i‹_'açüo judi- s-'rzntaçoes dos sujeitos, ein especial a forma
configura o cenário contratual, pactuado áiuúi (p. ex., 0.¬‹`ul‹:s oinqlo-saxôiiitza versus viosii das diretrizes. Cabe registrar que os como e.<¡t‹:s avaliam a situaçäo-probleniu;
:::
entre o analista do trabalho ca os parti- escola fràticotôtiiva do lÊr‹;onomia). traços da AET. em especial as diretrizes cl a observação livre, aberta ou assistemei-
cipantes, sob a forma de regras a seiein el Atividade dr.: tmliollioz designa a cli- "sitnação-problema" r- "parlicipaçEio", ta- tica busca rlzializar o primeiro contato com
rirlj,ii;;;
respeitadas nas pesqilisas-int‹3r\'‹~i1çö‹=s mensão analítica central da AET. a esfera 'zeln-na aproximar-se do enfoque metodo- os envolvidos corri a AET e re('oiihec‹-,r o
i;!;'iiliifti:
relativas: i) ao acesso à base do‹'unienlaI q1iQp‹;,‹;f;jbj]jtf¡ ao íiiiiilista transitar da apa- lógico da pesquisa-ação [Tliiollent. 1997), ÍU1'1'@H0: dl a observação sistemática pres-
do processo de trabalho; ii] ao acesso às rência à esséiicia da p:'‹›l'›loritática em foco. no qual os tréiballiadores são também pro- supõe a definição de prévias de variáveis
ii:i;ii::
situações de traballio o aos sujeitos para para registro e visa avaliar hipóteses. cons-
coleta de dados (p. ex., i'eali;1.açáo de en- corno [oz e como iulâz-/'age com variáveis traballio. Tal perspectiva reforça-se pelo truídas ao longo do trajeto metodológico.
trevistas, aplicação de qiiesti‹›narios); e ainbientais. sociais, orgiiiiizzacioriais, ins- Izito do que o percurso investigativo da Aléni (testes principais recursos, a AET
:
iii) ao uso de equipameiitos de registro trumentais e matt-riatis no contexto de tra- AET não Ó do tipo linear, ao contrário: a apoia-se, frequentemente, no uso de ins-
(p. ex., máquina fotográfica). O trato da ballio niate-rializam a cuiitnilidade da ativi- llexibilirlade piocedimcntal Ó uma carac- trunientos para mensuração de aspectos
dade traballio |iara a construção do teristica marcante da condução metodo-
:;:i Iiili
informaçao conio lnatéria-priinéi da AET fisicos, ambientais (p. ex., luxínietro, deci-
está protegido pelo respeito de prizicípios Cenários explicativos de situaçàwproble- lógica em face das descobertas feitas no bolíinetro, trena eletrônica), bem como em
1t=:: iái
deontológicos que disciplinam a sua uti- ma. Ela (2 Íundaniental, pois tem um papel llercurso de pesquisa. _ recursos específicos para análise de pro-
li;
iiit'i!
lização instrumental lp. ex., acesso aos integrfldor da multiplicidade de fatores 4› A prática hegemônica da AET mostra bleináticas pontuais (p. ex., questionários
i
dados brutos da pesquisa apenas pelos que cstrnturani 0 coiirluta humana no con- QUE' ela se situa mais no campo de estudos do ti po clieck-list na avaliação de Interface
:ii=i
pesquisadores, difusão acordada dos re- texto org‹mi7.ãCiulml. A utividatle de traba- de nzitureza qualitativa e do casos, näo obs- Huniano-Computéidor - lHC].
i:i:
sultados proservando-se o sigilo de idon- llio cumpre uma lu1iç¿io m‹.~d1a‹Jora na in- |‹1nte venha crescendo 0 uso de recursos Para o conhecimento aprofundado da
ii i
tidade dos Sujeitos e da instituição). teraçäo individno-r_ontr›Xto de trabalho, fik* viés tradicionalmente quantitativo lp. AÉT, a reterêiicia bibliográfica de destaque
dl \/tirizlbilidridez comporta duas dimen- por meio da qual os sujeitos constroem es- 1%. Inventário de Avaliação de Qualidade
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OMBREDANE. André; FAVERGE, _lean›Ma-
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para tmnsformá-lo - u prática da Ergonomia geograficamente e especializadas seto-
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íii;i;;;;,iii::Êii;:;i:;i:;l,i!É;ii:íi:;;:
rie. Lfonulyse du travail: Facteur d'économie
tGuérin et al., 2003]. Essa obra caraeteriza-se rialmente. Esta definição, bastante ampla, gem" (Lastres; Cassiolato, 2005: 11-12).
iE
humaine et de productivité. Paris: Presse Uni-
por abrigar uma reflexão madura do méto- versitaire de France - PUF; 1955. abarca um conjunto grande de casos den- Já os A.Pl__s são aqueles casos fragmento-
E
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àÉi!;l liiÉ:: i i:;i;:::aZ Í-1i,.', :;l: :irl::,2:É;:r
do da Ergonomia e uma riqueza empírica SANTOS, Néri; FIALHO, Francisco. Manual tro de diversos setores econômicos, tanto dos e que não upresentam significativa or-
ã E Ê+
í::;;
de análise ergonâmico do trabalho. 2. ed.. Curi-
ilustrada por diversos exemplos. Ela conso› nos países avançados quanto nos em de- ticuloçâo entre os agentes. Comparando os
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ÊÉ I ; í E=: i :
e::;:,ii:
THIOLLENT, Michel. Pesquisa-oçéro nos orga-
iaill-s
século de investigação científica de base nizações. São Paulo: Atlas. 1997. cisa de cluster se torna díficil, segundo a os sistemas (SPILS) são arranjos que apre-
:i
VIDAL, Mário César Rodriguez. Ergonomia na
§i;
interdisciplinar que busca estudar a relação literatura, devido à presença de variáveis sentam significativa interdependência,
íE
empresa: útil. prática e aplicada. Rio de Janei-
não mensuráveis, como a confiança entre
iEE
entre individuos e ambientes de trabalho e articulação e vínculos consistentes entre -¬-R. . .
i;
ro: Ed. Viitual Cientifica, 2002.
propor soluções aos problemas encontra- os agentes e o enraizamento social da os agentes econômicos, como resultado
=i
WISNER, Alain. Por dentro do traballio. Er-
dos. O estudo desta interrelação tem, na gonomia: Método e técnica. São Paulo: FTD; rede do firmas no tecido social. Um distri- de interação, cooperação e processos de
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{is jir: :É :;iii;!i!;i; íi::!í;
e
ARRANJOS PRODUTIVOS
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LOCAIS do que especialização e divisão do traba- compartilham uma atividade econômica.
§
Referências Paulo Keller llio entre firmas. O distrito industrial é Apesar da pertinência da distinção en-
:;
§i ,:i+,Í r;iii:r:t; i::i :!l;i;!i
:g !:,;;= :i;?§ ii;Í
ABRAHAO. Julia I. et al. introdução à Ergo- marcado pelo surgimento de formas im- tre os termos urrariƒos (APLs) e sistemas
i:i:,::;
;,
nomƒo: da prática à teoria. São Paulo: Edgard
1. Arranjos produtivos locais (APLs) são plícitas ‹- explícitas de coriperaçiio entre
i:t::.i;!É';
iÍ;:;l;i=:!l iE=2""i;'i'*{
(SPILS), segundo a qual nos sistemas as
. -.,.::t
Blücher, 2009.
i
aglomeraçöes territoriais do empresas nas os agentes ocon óniicos locais e pelo surgi- interações e os vínculos entre os agentes
i;::::,
(Í(›TTEREAU, Alain. Tlieories de l'action ot
ii;i:?,
É
nation de travail. Note sur quulquos difficulties quais os agentes econômicos comparti- mento do fortes associações empresariais pr.-rmítern “gerar 0 incrt-êinento da capaci-
r"
:-1 quelquos perspectivas. ln: (Íolioque lntcr-
lham uma atividade econômica tz se rela- setoriais. Dcsta forma, podemos (fizer que dade inovativa ondógena, da competitivi-
disciplirmire Trflvailz R€cli0r‹:he et Prospective.
l`lieir1e 'Transversal ri. 1 - Concept de Trävail, cionam com atores sociais e politicos viii- um distrito industrial Ó um cluster maduro dade e do desenvolvimento local" (Cas-
E
1992, Lyon. Actes... Lyon: CNRS; PIR'l"l`l£M; culados a esta atividade. São temas para Ou que desenvolveu as suas potencialida- siolato; Lastres, 2003: 27), conforme foi
ENS de Lyon, 1992. p. 41-52.
FERREIRA, Mário César. O sujeito forja o am-
a pesquisa examinar em que medida os ÚOS. atingindo sua eficiência coletiva salíentado por Noronha & Turclii (2005:
illi:iili
agentes econômicos do arranjo articulam (Humphrey zé s‹-hnmz, 199õz 1863). 9), "tal distinção perdeu importância no 11
Ê:
biente, o ambiente forja o sujeito: Mediação
individuo-ambiente em Ergonomia da Ativida- cooperação e competição, se geram inter- O grupo responsável pela difusão do ter- debate público dado a generalização do
'-
ll:;:ti
de. iii: FERREIRA. Mário Cesar; ROSSO, Sadi
dependência e vínculos sociais consisten- mo Arranjos Produtivos Locais {APLs) no
j:;:::
Dal. lorgs.), A regulação social do traballio. termo arranjo [APLs] para aglomerados
Brasília:Ed.Paralc1o15,2003, p. 21›-46. tes baseados na confiança e se formam Brasil foi a REDESIST (Rede de Pesquisa com graus de interação e cooperação or- Ê-
i. j , i: i 11it i
_; MENDES, Ana Magnólia Bezerra. em Sistemas Produtivos e lnovativos Lo-
uma rede enraizada no tecido social local ganizacional distintos”.
'líliolho e Riscos de Adoecimc.-nto: O caso dos
e regional. Cãifil. ligada ao instituto de Economia ln- 3. A trajetória histórica de um arranjo pro-
:Ziigii;;5i
Auditores-Fiscais da Previdência Social Brasi-
1.
leira. Brasilia: Edições Ler, Pensar, Agir tLPA), APLs podem ser tornados corno uma tra- dustrial da Universidade Federal do Rio de dutivo mais rudimentar até um sistema lo- 5
i:::i:Íi;::E
2-E003. il
dução do termo cluster, cuja definição mais .Janeiro (IE-UFRJ). Conforme desenvolvi- if
cal de produção mais complexo e articulado .lr
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Ê
Diagnósticos e Monitoramento de (JVT nas Or- vi (1999: 1503) corno “urna concentração Gnsão do termo APLs está articulada ao formação de vínculos territoriais (regionais
ganizações. ln: Anais da 61'* Reunião Anual da
SBPC, 2009. setorial e espacial de firmas", ou seja, são conceito de Sistemas Produtivos e lnovati- e locais), a partir de uma base social, cultu-
concentrações geográficas de empresas vos Locais (SPlLs). Segundo definição des- ral, política e econômica comum" (Lastres;
S;i
Pedagógica 0 Universitária; Erlusp, 1977. 2. Há uma distinção conceitual impor- €*f'0nÔmi‹:os, políticos (: sociais localizados rido, estos autores afirmam que: “Sistemas
:i i;
i
MCIRAES, Auamaria; SOARES. Marcelo Mar- tante entre "Cluster" G "distrito industrial". Um um mesmo territorio, que desenvolvem são mais propicios a desenvolverem-se em
E
ill
cio. Ergonomia no Brasil e no mundo: um qua- Ellitndades econômicas correlatas e que
A definição simples de um cluster é a de ambientes favoráveis a interação, coope- ‹.=¬ _^+_-s~›ø‹
a3-
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dro. urna fotografia. Rio de Janeiro: ABERGO: š. I
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UERJ-ESDI: UNIVERTA, 1989. um aglomerado de firmas concentradas alireseritam vínculos expressivos de pro- ração e confiança entre os atores. A ação
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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de políticas. tanto públicas como privadas, O interesse internacional pelo estudo A ocorrência da cooperaçao interfirrnas,
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e privados brasileiros (SEBRAE, MDIC,
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pode contribuir para fomentar e estimular = IPEA, CNI) ocorre em um mornento de um delimitador fundamental do grau das
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desenvolveu nas décadas de 1980-90, a
; : ; ; r É ElE í: à : ;; i ; l ; i i r i
te até mesmo destroçar) tais processos his- reflexäo e de construçao de uma nova experiências de aglomeração, conforme a
1::ii! l.E
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tóricos de longo prazo." partir do entusiasmo gerado pelas expe- politica industrial e de um novo modelo literatura internacional sobre cluster tem
Ê; rr: iii\;iii l: iÊ l?1;ii; Ei::
As principais características dos Arran- riëncias bem sucedidas dos distritos in- de desenvolviniento, centrado nas ques- mostrado, tende a ser seletiva - e algumas
;:
dustriais da Terceira Itália. As histórias
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tões do território e do local como espaço
E
jos e Sistemas Produtivos e Inovativos formas de cooperação aumentam mais do
Locais (ASPILS) são: a dimensão territo- de sucesso das experiências italianas nas privilr-giado para a execução de politicas que ou tras. A cooperação vertical entre fa-
:; 3 íi I i;
i t à r. i=Éi:+:t;: , = r
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rial; a diversidade de atividades e atores décadas de 1970/80 despertaram o inte- ativas de promoção do desenvolvimento e bricantes e compradores tem se mostrado 1 tr
resse de acadëmicos e de formuladores de no papel fundamental das pequenas em- i'
econômicos, politicos e sociais; o conheci- muito maior do que a cooperação horizon-
ili3i:;i;li i.=.;i,:=,; i:i;;*+i +iii:i:
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mento tácito; a inovação e o aprendizado politicas públicas, tanto nos países avan- presas nestas politicas. Essa estratégia de tal entre os agentes econômicos de um -.; t
i:::;
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interativos; a governança; e o grau de en- çados como nos em desenvolvimento. O desenvolvimento se tundamenta tanto na segmento econômico particular. ij
raizamento [l..astres; Cassiolato, 2004: 2). interesse no estudo da situação de aglo- crítica ao modelo da grande empresa for- A discussão da literatura sobre aglomera-
ii::;it
.|.`:.
A gênese o o desenvolvimento historico meração industrial não ficou restrito aos dista quanto na perda de consistência das ções iiidustiiais enfatiza a importância da
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do termo APL estão relacionados ao interes- distritos industriais italianos. estendeu-se politicas setoriais que colocam a pequena cooperação intertirmas, dos recursos e das «ii
T. .
se internacional por situações industriais para diversas outras experiências de aglo- empresa apenas como uni agente margi- estruturas de governança locais. (Tontutlo,
r:
i:i
meração nos países avançados e depois i*1..v-w'
em que há aglorneração ou concentração nal da diiiftniica das grandes riorporacões como o global e o local estäo interligados,
s!:,., l.I9;:.ii
econômico, bem como ao reconhecimento abordagens teóricas dos distritos indus- da governança da cadeia global de valor que tê-in enfatizado o impacto das estru- ri
E= iz;i;:=É::, r= i
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das vantagens advindas desta particular triais que aparecem na literatura sao: pri- solirr-. as empresas aglonieradas (em geral turas de comando destas cadeias solire as
situação inrlustrial. A ideia de que há van- meiro, a ênfase na rede de firmas como pc-qutâiiasl que otuani f:Unu'1 torriecedoras perspectivas de upginrling das ‹'›inpre-sas i¬ -1
tagens em uglomeroçoes (1 antiga. Segun- fator chave da constituiçfio do distrito siihcontmtadas para compradores estran- agloineradas Iocalin ente. Esto impacto tari- 1.1-
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do Schmitz St Nadvi (1999), a perspicácia industrial típico, com empresas relativa- geiros tem geral grandes oinpresas). Uma to pode possibilitar processos de aprendi- =ti.
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analítica fundamental vem da velha teoria mente pequenas e nao integradas verti- estrutura do comando assimétrica na ca- zagcin e de nielh‹›i'ia tem geral limitados zi' .tv
1
com a obra clássica "Prin‹:ípi‹›s de Econo- calmente; segundo, a ênfase no enraiza- deia ulobal de valor [particularmente na ao iipgrritlirig no processo e no produto) as- -«z t
==1i:z;aii ii:ÉÉ: ; ;a:
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i i+-;: !;í:+= i! i 1; i
mio” de Alfred Marshall [primeira edição mento da rede de firmas no sistemíi social estrutura de coniaiido quase liierárquica, sim como minar perspectivas e estrategias
;i! ii- :i;:Íi:ji,tá
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de 1890). Esse autor (Marshal1.1982; 231] local e a necessidade de considerar as Hu qual o poder tê exercido diretamente do desenvolvi mento local ou regional.
;:Íêt;i:ÉilE:i:,
tr
abordou de forma pioneira a temática da caracteristicas do território (ou do tecido pelas firmas lideres sobre seus fornecedo- 1:. if
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“concentração de inclustrias especializadas social local] para empreender a análise do res com alto grau de coordenação explíci- R‹;te:'c`fii‹:ias Êâ
BRUSCO, Sebastiario. The idea ot the indus- .tê.-
j,1:,:,ii;,:i,i:if
surgimento e da transformação dos distri-
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em certas localidadt-ês", mostrando que a lãl faz com que o upgmding seja limitado
i; : ; :: : ; ; ãi
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trial district: lts genesís. ln: FIKE, F.; BECAT- if t
aglomeração de indústrias poderia ajudar tos industriais (Brusco. 1990]. a melhorias no processo e no produto, não TINI, G.; Sl_ÊNGl5.NBERGER, W (etls.]. Indus-
ii;=É=:i r!:
as empresas, particularmente as pequenas, 4. A cooperação inlerfímms e os vin- flvflliçando para novas funções de maior trial disrricts und im'erf¡`rrn cooperation in Italy.
§+
i.
Í' -ti
Geneva; International Institute for Labnur Stu- ll xâ .
a obter vantagens. A argumenta‹¿âo central culos mais consistentes entre os diversos valor dentro da cadeia (l~1uniphrey; Sch-
j! i: i= ;* r,
",ii+i
=1;?
HUMPI-lREY, .l‹›hn,- SCI-ll\/IITZ, Hub‹_›|-t,
=i:
lar de “indústrias aglomerados" envolvidas mental do grau do leque de experiências ÕQÕGS de agloiiieraçáo (clusters ou APl-s} The triplo C approach to local industrial po- Í* v _
;Z*i;1;i
H '
licy. World Development. Oxford, v. 24, n. 12, ú-›,z-_
em atividades similares gerava um conjun- de situações de aglomeração industrial, raramente tê inarcadza por processos de in- 1118.59-1877. 1996.
*I
1-ii
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to de vantagens econômicas (chamadas de variando da simples aglomeração indus- Íf?Fäç‹"io envolventlo agentes econôrnicos __* ___. Governance and upgrading: linking in- . ›.›. l
iu,+;
:i:];;Í
i
“econotnias externas 1narshol]i`onos"). Es- trial [cluster rudimentar ou APLs) até al- Išllldls iate mesmo no caso italiano); ou dustrial cluster and global value chain researcli. «;
:iÍi;
B;j:
IDS l-tforkiiig Paper 120, Hriglitonz Institute of Uo-
sas vantagens nasciam da própria divisão cançar um carater mais sistêmico (distrito Wlifl. lizi, em geral, uma desigualdade de velopint-nt Studies, University ot Sussex, 2000. it
do trabalho entre os produtores de um ines- industrial, cluster maduro ou SPILs). l70d‹;r tanto na estrutura de comando da LASTRIÊS, H. M. M. et al. t‹'‹›mds.]. lnlerogii ¡ _
,.
mo ramo industrial concentrados em uma A ênfase nos ASP] Ls por parte da RE- Cadeia de valor quanto na estrutura inter- puro cum,r›e1ir: promoçao de arranios produti-
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FINI-Il”/L`Nl`>q, 2002. Í.
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ANTONIO D. CATTAN1 & LORENA HOLZMANN ,
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iÍ Íiji sitlii *::i!: Í , iii!i:.ai;i;;i;;:i;:i;:
; :;,= iʧii: ;:i.,:i :;l;i:i:,::i,í;i;ii:ií;
; Dicionàiuo DE TRABALHO E Tiscrvotocip.
É riEiií!iiã3;iíirsl;i::i;iiiâã;;;Íã;íÉgÉ!íi
; iãáÉÉ:*ii;;iiÉ;:::;;:;:ji:á;;:ÉÉ!i:i;i;:i;
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LASTRES, Helena M. M. & (`LASSlOl.AT(_), J. vendo ou não a exclusão daquele que é
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2002; Freitas; Heloani; Barreto, 2008),
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ii;:;-isáÊtiEi;i;i;!:ii,:i=*
ser histórica e nao pontual. Neste sentido,
É5E : : =
produtivos e inovotivos. 4. rev. Rio de Janei- como essencial na conceituação do que é necessário reconstruir a história contex-
E!i;
ro; Redesist z IE/UFRJ. 2004. Disponível em: cia (verbal, física ou sexual) por vezes apa-
É
wwwredesist.ie.ufrj.br. Ó assédio moral. No entanto, é delicado tualizada da agressão como num roteiro de
recem aiticuladas com o assédio moral, es-
_. Prefácio. ln; LASTRES, H. M- M.; CAS- adotar a intencionalidade como critério filme, com dados atuais e anteriores refe-
.*. "' rEllZ,: ã ! !;:::r;::,i;1Í-:i;ir:;;ê: pecialmente em casos muito prolongados.
F
É
SlOl_.AT(), J. E., ARROIO, Ana (or_c¡s.) Conheci- definidor do assédio moral urna vez que rentes ao contexto de trabalho e ao padrão
O assédio mora] pode ocorrer em qual-
!:E
mento, sistemas de inovação e desenvolvimento.
sua aferição é dificil e subjetiva. A percep- da relação. Numa avaliação pontual [do
i+: ,
iq;iÊ;;i:
Rio de Janeiro: Ed. UFRJ; Contraponto. 2005.
quer relaçäo entre trabalhadores no
!,.,i:; ã;i:E
MARSHALL, Alfred. Princípios de economia: ção de premeditação é independente da tipo ”foto") pode-se apenas revelar a ocor-
contexto de trabalho (dentro ou fora do
i
tratado introdutório. São Paulo: Abril Cultural, sua existência efetiva, a qual só pode ser rência de atos hostis, sem indicar a sua re-
1982. espaço fisico da empresa), independente-
I:
verificada por autorrelato (Sobol1; Gosdal,
;: 1; i i i ; ; : i : f f '
petitividade e a sua duração e, portanto, a
NORONHA, Eduardo; TURCHI, Lenita. Polí-
Ê;l:
É
tica industrial e ambiente institucional na aná- 2009). Mas, ainda que fosse possível di- con figuração ou não do assédio moral.
volvendo potencialmente traballiadores
{ s:
lise de arranjos produtivos locais. Texto para inensioná-la, o que é intencional, o dano O processo de liostilizaçâo no assédio
discussão rz. 1076. Brasília: IPEA, 2005. efetivos, temporários, estagiários, terceiri-
:
C
ou a atitude hostil? Reafirmando as con- moral pode ser direcionado para uma
SCHMITZ, Hubert; NADVI. Khalirl. Clustering
Iii
==zi;i
and in‹l'ust.riaIi7.ation: lntrodution. World develo- siderações de Einarsen e colaboradores pessoa ou para um grupo, assim como as
dores de serviços sem vinculo direto com
=: i; i;1i =;:;
i:i;€!: !::=
pment. Oxford: v. 27, n. 9, p. 1503-1514. lí-199. (2003), a prática rcpotirla de ações hostis agressões podem ser perpetradas por uma
a empresa. Assim corno o tipo de contrato,
:
nos casos de assédio moral pode ser de- única pessoa. como tainbém por várias
r.
a posição hierárquica não é um aspecto
Assíânro MORAL No
lÍi , ril i i:r Í irl: i ;i: Êii ii
iÉtE
3e i ! ; I ii i= i i:1:!:!íl
liberada ou inconsciente, ainda que não pessoas ou, também, pela aplicação de
TRABALHO rlefrnidor do assédio moral, podendo ocor-
:
csteja presente a intenção de ofender. No uma politica ou de um mecanismo orga-
?
i
rer entre colegas (assédio horizontal). de
í
Lis Andréu Pereira Soboll assédio moral, mesmo que as hostilida- nizacional. No início dos estudos sobre o
ii..r
subordinados para superiores (assédio
1., : l::
ii!
' ::{ : t
des sejam constantes e prolongadas, estas assédio moral, na década de 1980, surgiu
1. () frssédio moral no tmbcrlho é um ascendente), de supervisores para subor-
+
:
podem acontecer de forma inconsciente, o conceito que previa apenas comporta-
pro‹'‹.-sso grave c extremo de violência psi- dinados (assédio Lkrsccrldente) e entre
:i:íeiii:í;
crnno quando a agressividade surge corno mentos de um grupo contra um dos seus
ftoltigica, que acontece de maneira conti- pessoas de diversas hierarquias cm rela-
i
i:;:r::: uma defesa psíquica (Dojours, 1999; S0- membros, em forma de constrangimentos,
=- :=;::
nuada e repetitiva no contexto dr- traba- ção ao alvo das agressões (assédio misto).
boll; Gosdal, 2009). (Íonceitualmente, o visando sua exclusão (Leyrnann, 1996),
lho e que produz efeito de humilhação, Não ha necessariamente uma desigual-
Ê
!!
ráter processual e os efeitos de humilha- referente à coação entre uin grupo contra .l
início do pr0c‹~:sso de assédio; e este não
=
É
forma de práticas recorrentes. perturba- e um ‹7ritóI'i0 defiltidor para ideiitilicaçäo
ii
doras, rudes e hostis, por meio de ação destes casos. De acordo com a literatura
i;:i l: l::t thzntemente da intenção de causar dano colar. Quando a expressão assédio moral :~i
ã
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lzi::
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OS estudos iniciais (Leymann, 1996]- (trabalhadores, sindicatos, empresas, pro-
i :::{ ;i ::!it
e:rÍ*iEs,q Eii
;::r:.::=r t7:
;=!;;;ilí:,;Ei
em gestos, palavras (escritas ou faladas) c (_`‹›op‹_:r. 2003), o desequilíbrio na relação il
2"
ã;!:
*:
dio moral a existência do agressões com dores, entre outros) este foi aplicado para
citos, camuflados ou silenciosos. como uma resultante e não como condi-
El
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ã5
ampliação do conceito. . _.,. _
situação ocupacional e no estado de saúde le que agredido é progressivamente
ii: e: i+;l
Der, 2003) indicam que apenas o caráter Einarsen e colaboradores (2003) identifi-
são resultantes do processo de assédio mo- colocado numa situação de inferioridade 1 5 Ã
Ê
Í Pfocessual, prolonga do e sistemático, sem caram que o termo assédio moral (bullying) íl
ral. As condições e as relações de trabalho Q de dificuldade de se defender, indepen- Ii i.¡
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§:
desprezo ou huinilhaçoes públicas, envol- é apontado por alguns autores (Hirigoyen,
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processos organizacionais que geram o dos assinalados corno agressores, são con- ¡.
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incondicional, sob ameaça de sansões, assédio moral e nienos para os compor- sequências de urna pressão generalizada
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soal), termo relativo ao conceito original
humilhações e exclusöes. Por vezes, 0 tamentos das possoas envolvidas. A ên- que se desenvolve no muiido do trabalho Í.
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estrito. Estudos anteriores (a exemplo do li-
vro de 1976"l`he harassed worlrer, do psi- discurso gerencial e a ética economicista fase dos estudos no Brasil tem sido nos ÍGaulejac, 2007). Portanto, a questão cen- l
comportamentos singulares, no perfil dos tral näo está no comportamento das pes-
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quiatra americano C. M. Brodskyl já reco- buscam justificar tais práticas corno ne-
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cessárias, na tentativa de legitimar e na- agressores e das vítimas, na ide1itificaçá‹i soas, mas na maneira como a organização
it
nheciam a existêiicia do assédio originado
do traballio define as relações entre as
il:;!:i; politica de gestão (Soboll, 2006). mentos tipicos de assédio moral, de forma pessoas. Os esforços devem ser direciona-
s:::
3. Assédio moral interpessoal é distinto
I
mganização ou a adniinistração da em-
li;
i:i:i:
presa. as quais utilizam da violência o
assédio moral c nem mesmo as especilici- dos e não ii orguiiizaçâo do trabalho. Para ( .
ou algumas pessoas “escolliidas" pelo
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tos e politicas organizacionais, na gestão ção, o prejuizo ou a exclusão do ambien-
das alterações na Scltitie sempre relativos quiátricos e psicológicos personalizados e
‹,l)usiva, sem necessariaiiieiite existir um te de traballio, embora geralmente haja iq.-
.agressor personalizado. O alvo das agres- um eleito secundário de fazer o coletivo (ainda que com suas contribuições). ftirriitliações rlr- deuúiicias que deem visi-
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s‹'*›‹~s' Ó generalizado e atinge ‹.liret‹›iiientr,= ouiiienlar O ritmo de traballio 0 indiilel'
papéis, ‹-slando ora no de vítima, ora no aiialisatlos scpa|'a‹los de outros seineilian- ( tn
=:ui:,;;:
it iiiaíoria ou toda a equipo de traballio a tilicrliôricia às regras, por mello do ser tz
-4
ou urn grupo corn perfil definido tp. ex., tanibéin agredido, humilhado e exposto. de agressor -- 0 às vezes nos dois simul- tes no im-srn‹› setor ou organização. Rara-
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todos os portadores de doenças ocupacio- O termo assédio moral atualuiente con- taneamente. Dai questiona-se a utilidade mente li‹'i uni triitaiiiento de iriforriiaçíies --s
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templa tanto as situações de assédio inter- um estudar o perfil de vitimas e agresso- de lurrna âi oliseivar denúncias repetidas
::
nais ou todos aqueles que não atingem as fã
metas). O propósito destas práticas não é pessoal como as de assédio organizacional res, pois 0 assédio moral pode envolver zi cnvolvniido as mesmas pessoas, o mesmo
todos, ora corno vitima, ora como agres- setor ou cíislis s‹':iii‹í›lliaIites eni difererites l.
pessoal, mas sim adniiuistrativo. Busca- -- mas esta diferenciação tt-:iii sido usada
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-i
se 0 reforço do controle e da submissão apenas recentemente. ()bserva-se que, sor, independentemente de sua perso- locais da ‹'-riiprresa. Os agressores (geral-
do coletivo dos trabalhadores e o aumen- embora na descriçao do conceito alguns nalidade. Desta forma entende-se que a mente sup‹'êrio1'‹-=.s na hierarquia), quando
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1'
autores adotem a definição mais estrita rotulação entre vitima e agressor apenas i‹lcntiii‹:a‹los, podem punidos o excluí-
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to da produtividade e do ritmo do traba-
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llio por meio de ameaças, humilhações e (coincidente com o conceito de assédio iridividualiza o processo ao qual, na ver- dos, sem que iicnliunia análise sobre 0 que ll
constrangimentos. Um exemplo tipico de interpessoal. que envolve pessoalidade, dade todos estäo subnietidos, até mesmo gerou tais rroniponainentos seja elaborada,
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assédio moral organizacional e identifi- intencionaliclade e objetivo de excluir ou aqueles que são sinalizados como agres- aI.ribuin‹.lo toda a culpa e responsabilida-
de prejudicar) na exposição dos exemplos sores. Isso não significa que quem prati- de ao individuo singular. Quando algum tl.
cado no uso do ranking de comparação
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de resultados ou metas, acompanhado e casos Ó muito irequente o relato de situ- Cd tais atos não deva responder por eles. questionamento é realizado, não raras ve-
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do exposições constrangedoras e de vio- ações de assédio organizacional. O termo Mas, certamente. eles não agem sozinhos zes, a origem da agressividade é atribuída
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assédio organizacional tem sido avaliado Q não sao, na maioria dos casos, os mento- à história pessoal, ao estilo de personalida- if'
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lê-ncia verbal (gritos. palavras grosseiras.
res das armadilhas psicológicas. de o a descoinpfg-nsaçóes mentais.
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como capaz de representar as situações HÍ
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mos classificados, com am‹.>a‹,ta de demis- que estão sendo observadas ou vivencia- O assédio moral não é simplesmen- De mi-ter forum, Ó mais reconfortante
te um problema entre uma vitima e um avaliar o êisserlio moral como uma proble- li
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institucionalizada que cumpre a função
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de alertar todo 0 coletivo sobre a exigên- iavorece uni olliar mais retinado para os tanto dos indicados como vitimas como do agressor ou ei sua exclusao do ambiente
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não é um problema individual, mas uma mann, 1996; Einarsen et al.. 2003; Freitas; no mobbirrg os comportamentos são ela- insidiosos tanto de um individuo como de
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situação de conjunto orquestrada pela or- l-leloani; Barreto, 2008). borados com muito cuidado e sofisticação um grupo. contra urna ou várias pessoas. li
ganização do trabalho, que define os limi- As empresas, via representantes da área e, na maioria das vezes. nào ocorre a vio- Para a autora. a palavra “moral” tem um
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tes das interações humanas neste contexto. de gestão de pessoas. da saúde e ouvido- lência fisica caracteristica do bullying. O duplo sentido: sinaliza as agressões de
:
Fatores individuais, grupais e da socieda- rias reconhecem. em sua maioria, a exis- autor propõe que o termo bullying fique natureza psicológica e a noção de bom e
E
de também interferem nos processos. mas
áã! tência de praticas hostis crônicas no am- destinado para se referir ao comporta- mal atrelada ao que deve ser leito ou não
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as pessoas serão agressivas ou colaborati- biente de trabalho. de modo que algumas mento dos grupos de crianças. Mobblng no convívio em sociedade. noção definida
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vas na medida em que suas personalidades iniciam esforços com o propósito de admi- descreveria, então. apenas as situações culturalmente.
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encontrem espaços de expressão nos limi- nistrar ou prevenir esta problemática. Em- envolvendo adultos e seria equivalente a Os estudos mais recentes, em sua maio-
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tes e na estrutura dados pela organização. bora haja este reconhecimento, percebe-se psicoterror e a assédio moral. ria, consideraram os termos mobbing, bully-
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De qualquer forma, a organização é uma resistência no meio empresarial para a Leymann também elaborou um instru- ing e assédio moral equivalfõntes. lltrracè-
responsável. uma vez que se trata de um adoção do termo assédio moral. a qual não mento para identificação do assédio mo- lement nroml (França). ucoso ou moltmlo
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se deve a urn desconhecimento do assun- ral, denominado de LlP'I` (Leymamr ln- psicológico (Espatiha), corrcçdo moral
*
problema processual. continuado e que
depende de conivência administrativa to. A expressão é muitas vezes substituída venlory of Psychological Terrorizritionl. a (Portugal) 0 rnolestie psicologiclie (Itália)
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para sua persistência. E. mais do que isso, por terminologias como conflito. cornpor- partir do 45 comportamentos identificados são outras expressões utilizadas para des-
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a situação de assédio moral muitas vezes tamento antiético. abuso de poder ou, ain- corno os mais frequentes em casos de mo- crever as mosmas práticas.
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(1 estimulada e solicitada pela maneira da, tratado de forma sutil no bojo de temas hbing. Este material foi referência para os 5. O assédio moral, errquarito tema. ,¬._z‹;¬¡.»
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corno o trabalho está organizado (Soboll, mais amplos como discriminação, lideran- grupos de pesquisa de Dieter Zapf [Ale- chegou ao Brasil apenas ‹_~m 2000. mas
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lt.
2006; Soboll, 2008; Soboll; Gosdal, 2009). ça, trabalho em equipe e ética. Contudo, o Iuanha). de Helge Hoel (Inglatcrra), de rapidamente adquiriu relr-vãucia social G El
que causa mal-estar no uso do termo assé- .lose ]..ui7. Gonzalez de Rivera (Espanha). acadêmica. ein ‹li›corrôri‹^izi da publicação -r
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Devido ao seu modo de funcionar, a or-
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ganização pode pôr em ação formas de dio moral dentro das empresas é o deson- de importantes tràiballitis nesta época: (i)
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volvimonto historico do conceito no Brasil. (Noruega). Em 1997. Eínarsen elaborou a tradugão do livro de l\‹lurio-Frarice lliri-
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-
gerenciamento que favorecem o assédio
4. Bullying e mobbing são termos em- um instrumento de identificação do as- goyen ./lssérlio moral: u violrêirciu penferscr
u;
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moral e que suscitam nos trabalhadores
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comportamentos perversos, agressivos, pregados para expressar o que no Brasil sédio moral. com 21 itens. chamado NAO no cotidiano; (ii) a aprest-'ntacao da dis-
de exclusão e de ostracisrno (Gaulejac, é chamado de assédio moral. Heinz Ley- (Ncgcrllve Acls Questionncuy). traduzido e sertação de mostrado do lvlaigarida Bar-
.
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i:
vèllidatlo no Brasil por Maciel o Gonçalves
j::
rnann, psicólogo alemão, que fez suas r‹_+l.0, pela PUCÍ-SR sobre humilhação no
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2007). Portanto, qualquer proposta de in-
pesquisas na Suécia, utilizou o termo mo- (2003). O NAO e 0 LIPT são os instrumen- trabalho. Estes dois estudos .sã‹› citados
E i ã; Ê I +: i;
tervenção riecfossariarnente devo envolver
i:
;
í
a forma de organização do trabalho, in- bbing, na década de 1980. para descrever ÍHS utilizados como referência nas princi- nacionalmente como marcos históricos e
l=;
:
cluindo as politicas dc gestão de pessoas. comportameritos agressivos de um grupo Däifl pesquisas sobre 0 terna no rnundo. referências centrais. Em 2001, Maria Es-
il:
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i
no sentido de excluir um dos seus mem- /\ partir de 1998 o livro Le lmrctíêloment ter de Freitas publicou o prirrieiro artigo
:
O contexto do traballio nas empresas
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:
apresenta inúmeras circunstâncias per- bros no ambiente de traballio. Antes aiii- .É moral: la violence pen/erse ou quoticlien. brasileiro sobre assédio moral. diferen-
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da. em 1972. o médico sueco I-leinemann É da psiquiatra francesa Marie-France Hi- ciando-o do assédio sexual.
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missivas e estimuladoras do assédio moral
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havia aplicado esta mesma denominação “ÊlU)'0T1. divulgou de maneira intensa A visibilidade da problemática do assé- -lt
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(emprestada das pesquisas de Konrad
-. Ê ö l€'mé'rtica do assédio moral. em varios dio moral no Brasil deve-se muito ao tra-
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de afastamento do trabalho por problemas
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sinalizado a insalubridade deste contexto, mais) para representar comportamentos zf Era noniinado. inclusive no Brasil. Hiri- junto ao movimento dos trabalhadores,
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no qual o assédio moral é apenas a perita altamente destrutivos de um grupo de 9“l"<fIl (2002) optou pelo termo assédio desde tnearlos da década de 1990. Sua
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natureza psicológica e psicossomática são mann (1996) seguiu este padrão concei- “Isle ora mais adequado do que mobbirrg, cal muito contribuiu para uma rápida in-
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vantes na saúde de pessoas que vivenciam no âmbito ocupacional. O autor justifica WUP0 it uma pessoa. Já o termo assédio meio de palestras, da elaboração de um c,
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verbal, conflitos pontuais, agressões pon-
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site (www.ass‹›dionioralorg), da distribui-
ATIVIDADE DE TRABALHO
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dialética quo imbrica 0 espirito e o corpo,
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iiiÍ;liiiiil: =;iii:i,'
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A adoção da nomenclatura assédio moral banalização e respeita as especificidades ficação permanente, pela iiecessidade vi-
no Brasil, não obstante a existência de ou- das situações, de forma que o conceito 1. Atividade distingue-se de ação, con-
ài
:: 11,';:1Í;l.i j;i ;i: iirT:iil;;;iflil;
autora francesa l\fIarie-France I-lirigoyen. tivas para o gerenciainelito e a prevenção (Schwartz, 2001). Trata-se de um conceito ações em que se encontra envolvido, não
Os debates, pesquisas e ititorvençöcs destes casos. à procura de definição rigorosa, seja do poderiamos encontrar descontínuidades
,
(
que ‹:ontenip1ain o assédio moral no Brasil ponto de vista diacrónico, seja do ponto absolutas entre as atividades humanas
se desenvolveram a partir de um ritmo de- Referências de vista de suas diniensões nas diversas (doméstica, de lazer, esportivas etc., ativi- t
É
finido pelo movimento sindical. Para não ARAUJO, A. R. O assédio organizacional. Dis- esferas da vida social. Ao definir o concei- dades privadas e associativas em geral) e
;ii:i,:ii:i: iii;;;;.:iil;Êi?:l
j:i::fii:;:i,j;;
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reconliecer a legitimidade das ações sin- sertação (lc: ziiestrazlti. Pontifícia Universidade to, a ergonomia da atividade l(`zuèrin,
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a atividade de trabalho - econoiiiicaiiiczri-
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iir;:=,., i:,;;,;,:;:iii:i=::.
1*:::l:
DEJOURS, C. A banalização da injustiça so-
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em pr esariais evitam utilizar este conceito. trabalho e nesta "a esfera das múltiplas
l.:-arning, 2008. t
responde a unia necessidade de nomear C3AllI.E.lA(Z, V. Gestao como doença social: tes mais proximos re os horizontes mais ou menor grau, as pr‹-sr riç‹“›‹-as e as normas
=É=::
i;i;,iil.;i'i;i::i ii
Í
vivência do mundo do traballio, marcado ideologia, poder geirencialista 0 fragnientaçüo longinquos do ato de traballio estudado" de traballio. Entao, o sujeito confronta-se
social. /\p‹.irecida: Ideias e Letras, 2007.
pela prffcarietlade, desigualdade social, (Schwartz, 2000: 420). Esta ergonomia, com macroelementos o ini‹'roeluni‹êiitos l
lllRlCšOYEN, M. F. Mal-estar no trabalho: re-
rrxploragao intensa, abusos do poder dire- defiiiinrlfi 0 assédio moral. Rio de .laneirot BH- que tem sua origem na lingua francesa, da realidade, pois, através do corpo oni-
tivo, ‹los‹uuprogo estrutural. desrespeito trund Brasil, 2002. distingue atividade de traballio de ativi- presente, faz escolhas, com base em valo-
f.l`:\'l\/IANN, ll. Tlie content and development of
É:i;iriiii
;ii!í:ií:i ;: ::Í i=
às leis e aos direitos traballiislêis. Por outro dade liumana em geral para denominar o res, vivendo um verdadeiro drama, a que
niubbing at work. Ei1ro¡l)rz-an .lourlml Of VL'0rl\' mm'
lado, se qualquer comportamento puder ()rgmt¡7.at¡u1ial Psycliuloyy, Mohbing and vicli- trabalho como atividade humana finaliza- os estudiosos do campo da ergologia cha-
ser (lr-.ê|io1ninz'¬idr.i de assédio moral, estas iiiixatioii at work, UK, v. 5, ii. 2, p. 165-lt-l4, 1996. da, marcada por constrangimentos so- mam “dramáticas de uso de si". Poder-sc»
rlismissíies ficam arnoaçadas de não pas- MACIEL, R. H.: GONÇALVES, R. C. Pesqui- ciais. Na abordagem ergológica do traba- ia, então, destacar algumas marcas funda-
sando o assédio moral: a questão do método e a
sar de um modismo, destinado ao esque- validação do Negative Acts Questíonuiy (NAO) lho, atividade humana aparece como mentais da atividade de traballio. A
cimento e à naturalizaçâo, gerando reação para o Brasil. ln: SOBOLL, LA. R (org.). Assé- atividade induslríosa representando “opo- primeira delas é a rossingularizaçao, in-
dio moral c violência psicológica no tmbnllm:
de inseiisíbilidade e de descrédito frente a sição à inércia e a indiferença do meio em cluindo aí o conteúdo desse traballio, que
posquisas brasileiras. São Paulo: Casa do Psi-
situaçoes reais de violência (Soboll. 2006). cólogo. 2008. relação às exigências do que significa vi- acontece entre o prescrito e. o real, dada a
É importante destacar que 0 assédio SOBOLL, I.. A. P Assédio morallorganifacio-
::i
;;!iii
ver para u ser em questao" e “conjunto distância existente entre ambos. Isto se dá
nal; urna analise da organização do traballio.
moral é apenas uma forma de violência dos fenômenos [...] que caracterizam o ser pela confrontação de um sujeito singular
São Paulo: Casa do Psi(*ÓlOg0, 2008.
|›sicolÓgi‹:a no traballio e não deve ser . Violência psicologico c assédio moral Vivo” (Schwartz, 2000: 421). Ao definir as- - que atribui um sentido único ao que é
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r:,.it
confundido com assédio sexual, estresse, no traballio bancário. Tese (Doutorado). Facul- sim tão amplamente o concr-ito, a ergolo- viver no trabalho - com a variabilidade de
dade do Medicina, Uni\fersida‹le de São Paulo,
rlotrnça do traballio, discriniinação e ou- š gia revela o carater transversal do termo e situações que se apresentam. A segunda
São Paulo, 2006.
tras ocorrências inadequadas ou indese- É Tetoma este impulso vital para rearticular marca é a presença de uni corpo-si: um
_________,; GOSDAL, T. Assédio moral interpesscnil
;i
jadas no ambiente de traballio (violência e orgrinizacíonol. São Paulo; LTr, 2009. 0 movimento do ser numa perspectiva corpo, na sua niultidimensionalidadce, que
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Asn-onto D. C/›.r'rr›.Ni & LoRENA Hor.zMANN
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pectiva da ergologia exigirá reincorporar
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nas análises do trabalho real as dimensões gestão, saberes, valores, qualificação e conceitos pré-existentes sobre o trabalho
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iiii;;; :iiii !!i+:
nem totalmente consciente e nenirtotal-
que em Marx estäo mais relacionadas ao competências. Amplia o entendimento do como às criações em ato à espera de con-
EÊ
mente inconsciente. A terceira é o arbí-
trio: há nešta confrontação um debate de trabalho concreto. Assim, a atividade hu- termo gestão para além dos cânones da ceituação. No bojo desta tensão, pode-se
Administraçao enquanto campo de co-
valores do sujeito consigo mesmo e deba-
tes de valores da “ordem do social" e do
mana fará síntese entre, no infiino do ser,
trabalho aqui c agora, trabalho abstrato e
trabalho concreto. Podemos aproximar es-
nhecinierito, ao tornar claramente percep-
tível que gerir variabilidades é urna ca ra c-
produzir conhecimento mais próximo do
traballio efetivamente realizado. matriz de
mudanças c, portanto, de variabilidades,
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ii;ii:;
I
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"bem viver juntos" que funcionam corno
1
elos entre o macro e o inicroscópico. tas perspectivas teóricas do trabalho como teiística ontológica do ser liurrrario. Isto de irnprevisibilidades. Face à demanda por
porque a atividade, na sua relaçäo com o verbalizaçäo pelo trabalhador do ocorrido
P
meio marcado por variabilidades, em certa em atividade e, ao mesmo tempo, ¿¡ pro-
i: il ;: : ;lÍ
sofia sob o termo tätiglreit, primeiramente clinicas que buscam compreender o traba-
lho tal corno ele acontece em seu próprio medida também, imprevisível e respon- bleinatizaçáo do já nomeado, em conceitos
ii= iii,, ;.
cooperação de faculdades heterogêneas,
uiiia contribuição ao ato de conlieccr. Em trabalho e a atividade se transformam em os saberes do trabalhador sobre a situaçao res. Numa especie de contiiiuum para
dois momentos, ao nieiios, o termo apare- elementos permanentes ~ face as variabili- laboral. Nesta perspectiva, propicia cn- aprofundar fi possibilidade efetiva de diá-
ce em Marx. Em O Capital, aparece como datles presentes nas situações laborais. A teridcr e potencializar o complexo campo logo entre sujeitos situados nesses polos
1;v.
noção de atividade de traballio amplia pos- de experimentação de formas de trabfzllw pode-se citar a Comunidade Cjemiƒjgg
no cotidiano de traballio em sua relação nem totaliiiente consciente e riem total- sitivos do colaboração coiigtiturzin-gt; em 5;.
z
~l
trapoiito com a atividade puramente alis- ciossociais, políticas e econôinicas do tra- Zor do outra forma", coiiclui-se que liú ao se tornar a atividade corno noção cen-
r-:ngenliosidade inrplicada e, portanto, ha tral prira conhecer e transformar o traba-
=li;;ili
trata, presente ria tradição Íilosólica que ballio. Alõrn desta articulação inacro-ini-
;i!:' ::: ;
vai de Kant a Hegel. O termo reaparece cro, a analise do traballio corno atividade uso e produçao de coriliociiiicnto pela lho liuinaiio. 'Tornar a atividade como cerr-
aplicação da linguagem, bem como de ou- tral é reconhecer, entao, a existência de ,ri
na contribuição dos teóncos russos Leon- humana permite reintr-:qrar na análise do
.‹.
tiov e Vygotski. E sera a partir disto re- traballio os sentidos, sign.ili‹3ados, razões tras dinierisöes do simbólico rio humano. "sal'›eres engajados" e "saberes desenga- _IÍ
zšz
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teleológicas, valores, rnotivos e crenças ao O que remete, inevitavelmente, à proble-
É
ifl.
que a promoverá em seu conceito matriz. sujeito humano e as suas ações no traba- mática das relaçöes entre o rioriheciriioiitti atividade. Alem da dimensão irrvestigatíva,
of
já existente sobre o trabalho e aquele im- o olhar atento sobre a atividade provoca 0 Hi
A ergologia a herdará desta última, colo- lho. A percepção do dtgsmivolvimeiito da .1I
ݐ
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cando-a num diálogo tenso com 0 patri- história a partir deste lugar provoca e ten- bricado nos meios e formas de traballio -- repensar das propostas de formação do
siona análises do trabalho desde as cate- que, por sua vez, está em estreita relaçäo trabalhador, em que a dialética entre 5,_z¡_ .ff
às
mônio filosófico ~ e com o patrimônio das
chamadas ciências liumanas. gorias teóricas que, por definição, refletern iii;iiíifii
com a capacidade de abstração, lormali- lieres ciigcrjados e ctesengujudos seja fun-
21!
ii: ;;
apenas regularidades - como é o caso de zação e, consequentemente, de ação do damento em projetos político-pedagógicos
iÉã:ráÉçi
pitalismo. Marx busca as regularidades e, muitas noções no campo da Sociologia. De sujeito a respeito do que e realizado ein de trabalhadores. Aparece aqui o proble- =â
alguma lornia, rccoloca o debate perma- atividade. Tomar como referência basica a rna da vorbalizaçâo da atividade de traba-
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para tanto, busca no trabalho aquilo que
ele tem de universal, o quantum de traba- nente de como articular as categorias me- atividade para se pensar o traballio impli- llio pelos próprios trabalhadores, proble-
lho de que o capital se apropria para ex- todológicas totalidade, particularidade e ca ressituar a rela ção entre o conhecimen- rna vasto que nos convida a refletir sobre
ii;;:
trair-lhe a mais valia. Nesta direção. Marx singularidade e, também, as relações entre to pre-cxisterite sobre 0 traballio e aquele os limites e as possibilidades do conheci-
ação e determinação na história humana. oriundo da experiência humana cin atos mento em ciências humanas quando no
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doria, como traballio abstrato. Retornar o .iz,‹~_›-.r,»n`;.fslZ`.,_i¬",.I`‹Â.Â
plicações para 0 entendimento de questões palavras de Schwartz, um “desconforto Abre-se, então, um diálogo necessário Coin E~Í
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a produção de conhecimentos na Sociolo-
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gia do Trabalho. principalmente no*-que se propõe a assumir a centralidade da ati- unidades coletivas. ra. De acordo com essa proposta revolu-
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diz respeito aos saberes tácitos dos traba-
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vidade de trabalho com a colaboração dos
mesmos avança na identificação e com- Referências ideário socialista, segundo 0 qual, alem da próprios produtores associados dirigem
s
preensão do porquê e como se produzem CANGUILI-IEM, Georges. O normal e o polo- propriedade, as decisões e o controle do as suas atividades e o produto dela resul- Ã,
1
debates sobre a atividade de trabalho con-
:jÍ l995. 306 p.
ca-se com uma forma inovadora de gestão, produção e de intercâmbio, mas também if
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tos coletivos de traballio dando visibilida- de inúmeras unidades produtivas como lhadores. Nesse caso, a concepção de au- .-1.
Valeska Guiniomes Naltos 1.1
de, ao mesmo tempo, às subjetividades, ‹'‹›nS(.'qu‹"›ncia do processo de r‹1'CStr11tura- Iogestáo encontra-se intimamente associa-
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mas sem cair nas rnalhas da rrooptaçào do 1. Autogestáo. em seu sentido pleno ou ção produtiva e da globalização da econo- da a autonomia das lutas operárias (Bruno,
i:ii ii; ;Í;:lii! ;i
J.
trabalho pelo capital, tendo em vista sua macrossocial, representa uma ruptura. e mia. Neste sentido, a autogestäo assume
uma conotação de “estratégia de sobro-
1990; Faria. 1998). Portanto, autogestäo e
autonomia são conceitos atavicamente as-
fr
val.orizaçáo? Mas é jt1.<t.=miente neste ter- uma revolução paradigmática. pois trata
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\=iv‹'mcia" das organizações e dos traba- sociados, entendendo-se que autonomia '2
reno problemático que o conceito de tra- de um sistema de organização de toda a
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balho como atividade humana amplia e sociedade - incluindo as instituições po- llimlorns, identificada com organização e “remete a uma vasta gama de valores e de tz;
enriquece as leituras das transformações liticas, sociais, econômicas e produtivas gestãro, pelos proprios trabalhadores. de experiências sociais que têm como centro 1
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ern curso, realçando o antropológico e on- -, na qual inexiste a divisão social do novos empreendimentos associalivistas o principio da livre determinação do indi-
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tológico da experiência de traballio, tra- trabalho, a separação entre economia e (forno cooperativas e associações) ou de víduo, de um grupo especifico ou de um iz
empresas talinientares, permitindo a ma- conjunto político maior” (Cattani, 1999}.
zendo elementos para se pensar as múlti-
plas facetas, bcm como as perspectivas
política, o Estado, o mercado e as classes
sociais. Uma sociedade autogerida uma
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nutençao e a criação de postos de trabalho Quanto à origem do termo, Guillerm e
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emancipatórias abertas na contempora- sociedade na qual todas as decisões são O a garantia de renda a um contingente Bourdet (1976) referem-se á palavra france-
É:i;l:É
1
neidade. Se a atividade humana por- tomadas pela coletividade, que é, a cada expressivo de trabalhadores. sa oulogesfion, que aparece nos anos 1960, ii
Ís
tanto, enigmática, levanta-se ainda assim vez e por sua vez, concernida pelo obje- Fala interpretação restrita da expres- originalrnente concebida para denorninar a
a necessidade de um prolicuo dialogo en- to dessas decisões, um sistema no qual são unlogcslrio contribui para olrliterar o experiência iugoslava nos anos 1950, como
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tre as disciplinas para melhor compreen- aqueles que realizam uma atividade de- seu significado mais amplo, relativo a um uma tradução literal da palavra se1vo-croa- 11
dê-la ¬- e, quiçá, faz-se iiecessária uma cidem coletivamente o que devem fazer e .».-~.› . prorr-.sso revolucionário de socialização ta somouprcivlje, na qual sumo corresponde
Cl-2 cconoinia e decorrente dos niovimentos ao prelixo grego ouro e upravlje significa
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lrcmsdƒscipliriaridode. Estas, entre outras como tazê-lo, nos limites exclusivos que
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lanstério seria uma comunidade autoge-
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expressão recente que, após o movimento de experiências coletivistas. como as so-
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rida, onde "haveria estabelecimentos in-
de Maio de 1968, passou a ser difundida gerencial e a vontade dos acionistas não
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ciedades de ajuda mútua, as corporações dustriais dispersos num contexto agricola,
pela imprensa mundial. são ameaçados, pois não prevalecem um de ofícios e as associações de mutualida- de modo a eliminar as diferenças entre ci-
3. Pelo seu caráter polissêmico, observa- Compartilhamento igualitário de poder e,
í; de (conhecidas como guildas). Porém, é dade e carnpo" (ibidem: 13). Da mesma
se, na literatura atual, nos documentos e tampouco, a participação plena. c) Coope- a partir do séc. XIX que se elaboram as
ii iíj
forma que as comunidades idealizadas
textos informativos em geral, que o termo mtivas são identificadas com a autoges- bases teóricas da autogestáo, entre socia-
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maneira equivocada, comprometendo a associativistas e vêm demonstrando que, outros pensadores libertários.
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radoura permaneceu ativa por dez anos.
sua interpretação original, de acordo com ao contrário de representarem uma tran- Os socialistas utópicos, entre os quais se O pensamento autogestionário também
uma perspectiva política e histórica. Os sição ao socialismo, mantêm-se atreladas
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destacam Robert Owen e Charles Fourier,
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sofreu grande influência dos anarquis-
termos mais frequentemente identifica- ao sistema capitalista. à sua lógica de ex- basearam suas ideias em um modelo con- tas ou socialistas libertários, entre eles, o
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dos com autogestão, são: gestão participa- ploração do trabalho e dependência do traposto à sociedade capitalista emergen- operário francês Pierre .losopli Proudhon,
tiva, cogestão, cooperativas, comissões de
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rnf:'.rtfad(), distanciando-se do seu ideário
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te e caracterizado por uma sociedade sem que desenvolveu teorias sobre organiza-
fabrica, controle operário. a) Gesfdo por- e seus valores, originalmente propostos conflitos e desigualdades. Owen concebia ção social baseada na cooperação - defi-
tic¡`pnlivo é uma estratégia gerencial, um pelos seus iclealizadores. Reconhece-se, a sociedade futura como uma federação nida como federalismo no âmbito politico
nicio de regulação de conflitos. que tom entretanto, que há Cooperativas que apro- de comunidades cooperativas governadas e mutualismo na estera econômica. Os
nsscgtirado aumento da pr0dutiví(lad‹2 sentam características autogestionarias pelos próprios produtores. Realizou a pri-
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envolvimento e comprometimento do tra- democracia direta no local de trabalho. tentou introduzidas nos Estados Unidos,
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organizacionais (operacional, tático e es- buscando arrancar dos empregadores Operativista e os kibutzim israelenses. em função da perversão do poder politi-
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tratégico) com igualdade de poder e de concessões ou direitos ainda não conquis- O francês Charles Fourier defendia a co. Ele defendia a autonomia do trabalho,
condições. h) Cogestão é uma modalidade tados (Guillerim Bourdet, 1976]. Repre- Passagem do capitalismo para 0 socialis- pois considerava ser este o principal cri-
de gestão participativa segundo a qual os senta um avanço com relação à cogestão, mo sem violência, a partir de pequenas tério para a instauração da democracia
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trabalhadores participam dos órgãos de- mas ainda não é a autogestão de fato por iniciativas e experiências socialistas base- industria] que ele denominou de Federa-
cisórios da empresa, por meio da repre- ser uma ocorrência episódica, quando os ädfi nas falanges e nos Íalanstéríos - fa- ção Agrícola-lndustrial (Ferreira; Neves;
É
sentação, sempre objetivando a melhoria trabalhadores. através de greves ou mo- Zëfldas de produção e consumo coletivos. Caetano, 2001). Considerava a sociedade
do desempenho organizacional. Inclui, vimentos organizados, temporariamente. Nas falanges, grandes grupos de homens autogestionária corno uma sociedade. au-
ii:I
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portanto, a codecisäo e, teoricamente, controlam parte do processo de produção, Ímbalhariam para um fundo comum e a tônoma, estruturada a partir de um con-
deveria representar um balanceamento mas sem o objetivo imediato de ruptura divisão das riquezas ocorreria em funçao junto de grupos autônomos coordenados,
tvz.u`.-rQ. z. i.m. . VM,
de poderes (no Caso da cogestão paritá- com o sistema capitalista. Clã contribuição de cada individuo. O fa-
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ciou corn suas ideias a concepção dé"`un1a Mensagem Inaugural da Associação In- conselhos operários - e crítico das corren- festação espontânea e criativa dos traba-
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sociedade autogeiida foi o russo Mikhail ternacional dos Trabalhadores (1864), Karl tes reformistas. Gramsci acreditava que a lhadores em autogestäo, por meio do auto-
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va-se nas Comissões Internas de Fábrica, 5. A realização histórico-concreta da au- ‹.=
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homem face ãr .subordinação do trabalho taneidade revolucionária do proletariado, riam o organismo de representação demo- tório em questão, entre eles: a demografia,
ao capital. afirmava que a luta politica de- cuja manifestação se presencia nas greves crática de todos os trabalhadores de uma a indústria, o nivel de vida, a cultura e a š'-ší`
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veria estar direcionada à emancipação do de massa e na luta por uma socierlade fábrica. Assim, o trabalho coletivo organi- história do pais ou da região, o processo ‹
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trabalho. Bakuinn convocava todos os tra- igualitária (gerida pelos produtores por '/.ado em comissões internas teria condi- revolucionário (Guillerm; Bourdet, 1976).
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balliadores a associarem-se a formarem meio de conselhos operários). Criticava os z‹, i
ções de controlar o dirigir todo o processo A literatura acadêmica e os documentos
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1.
‹rrganiza‹¿‹'›es coletivas, a fim de ensaia- sindicatos tradicionais, r;onsi‹l‹;:rava-os bu- de produção e promover o surgimento dos produzidos pelos trabalhadores e associa-
rerri relaç‹'›os solidárias e diferentes das rocráticos e acreditava que eles deveriam conselhos de fabrica, que forrnariam a se- ções de classe destacam a atualidade da
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ser destruídos na gr^‹i\=‹-~ de niussa para mente de uma nova lorrna de organi'/.ação ei
l,
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sua concepção, as associações seriam uma que fossem substituídos por outros orga- da sociedade: a autogestäo. Os conselhos cionada as estratégias de sobrevivências
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forma de trarrslormar a culturrr individua- nismos de combate (corno os comitês de possibilitariam 0 surgimento de uma real das organimçöes dos trabalhadores. A
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lista dos homens para uma cultura liasmr- greve). Além disso, deloirtlia os partidos deniocracia operária que se nporia ao Es- ii ir
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bora o autor não acrerlitasse no potencial rio, apoiassern os formas de autogestao afeto c solidariedade se desenvolveriarn e
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das cooperativas e demais orgaiiimçõos das massas -- os ‹‹'›1'i›.~ell:os nperarios. A manifestaiiam de forma mais intensa a emlxâte politico e ideológico acerca dos 1?
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autora combateu o roiormismo e o buro- Ê.
coletiv‹is para G eriiancipacáo do traballio; verdadeira solidariedade operária que, li- paradoxos, contradições e limites de uma -z
porém, reconhecia que tais formas de or- cratismo dos clirigoirtes .socialistas e sindi-
:ji': vre, exerceria sua soberania e seu poder experiência organizativa "socialista" e l
ganização podiam ajudar a preparar as or- cais da França e da Alcniarilia (Guillerni; tGrams‹¬i; Bordiga, 1981). democrática, inserida no modo de produ-
-zi ri
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ganizações do futuro (I-šakunin. 1975)). Bourdet, 1976). Quanto às cooperativas, Além de teóricos c militantes, diversos ção capitalista, especificamente na sua r
Karl Marx teceu críticas a teoria anar- Luxerriburgo {l986) as considerava como movimentos sociais contribuíram para a fase atual, neoliberal, que restringe os es- Í
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quista e, juntarnente corn seus seguid‹)res, elementos de “forma hibrida" dentro do consolidação da autogestão e a sua paços de práticas libertárias, autônomas e ‹. zw
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como Rosa l.l1×oInlurrgo_ ‹?o|isi‹lerava que capitalismo, em pernianente ttontradiçäo tr z
iiiiii
pressão plena nas lutas operárias. É o caso coletivistas e a democratização das rela- 'z
as organiza ções cooperativas geridas pelos com 0 sistema dominante, em iunçào das da Comuna de Paris, em 1871, da Revolu- ções de traballio. i r
leis do mercado a que teriam de subme-
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próprios trabalhad(›res representavam 0 .‹ ção Russa, de 1917, das Revoluções Hún- l
primeira brecha no modo de prodtrçãro ca- ter-se. Defendia que elas eram incapazes 5 gara, Alemã e Italiana, em 1919, da Revo- Referências
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pitalista. Todavia, essas cooperativas não de atacar as bases do capital e que, por- lllção Espanhola (Guerra Civil), de 1936 a
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eram urna forma perfeita de ruptura, pois tanto, não representavam uma ruptura 1939, das revoluções rio Leste Europeu Paulo: Globo, 1979. t
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os trabalhadores, em vez de ustarorn sub- com 0 sistema capitalista. (Hungria e Polônia), em 1956, da revolu- BRUNO, L. O que é ciuiorromia operário. 3. ed. ( :š . z
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miam o papel de seus próprios capitalistas. tribuições teóricas para o debate historico 1968, do movimento social do Sindicato = C.-'\R\¡ALHO, N. V. Aulogestáoz 0 governo pela
autonomia. São Paulo: Brasiliense, 1983. l
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explorando a si mesnros. Para os marxistas, da autogestào, além dos pensadores ci- Solidariedade, na Polônia, no final dos CASTORIADIS, C. Socmlismo ou barbárie. São
i;i
DO capitalismo as regras sao as mesmas tados, náo se pode deixar de assinalar a anos 1970, da Revolução dos Cravos, em Paulo; lírasiliense, 1983. Í.
li
CATTANI. A. D. Autonomia. ln: Trabalho e tec-
:s
tanto para empresas convencionais como importância do pensador italiano Antônio Portugal, em 1974, e do Movimiento dos Í
nologia: dicio1if'ri'io‹.'ri.tico. 2. ed. Petropolis: Vo-
para organizações de trabalho colú;-tivo Gramsci (1891-1937], grande delensor da Tralaalliadores Rurais Sem-Terra, no Brasil. i ll
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gestão. Curitiba: Criar Edições, 1985. «_ caráter tecnológico, dizendo respeito a ta-
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ÊÉi{:s;it:irÉi;zi:i!:11
metade do séc. XVIII. O trabalho manual
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ção. Universidade Federal de Santa Catarina.
e utilizados desde tempos remotos, como
mecanismo e por ele operadas. O funcio- de proteção.
E
Florianópolis, 1998. as máquinas mais modernas de controle
namento articulado de diversas máquinas Na automação eletromecânica, as so-
i;;zÍ*:
:
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ganizações. Lisboa: l'\/lcGraw-Hill, 2001.
2. Corn o advento da indústria, a auto-
Marx, ao analisar a moderna indústria in- são de caráter estrutural, traduzidas em:
:
FOLLIS, M. Autogestãn. In: BOBBIO. N. cl mação entrou na este-ra da produção de
^-‹ +-¬ ‹-.«‹¬~|. z.
glesa do sec. XIX, considerou como um al na especialização e simplificação das
;
al. Dicionário de Politica. 12. ed. Brasília: Ed. modo intenso, permanente e continuado.
UNB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, “grande autômato". Este. além de fun- unidades operadoras, concebidas e cons-
1
2002. v. 1. Antes disso. na Europa. já era conhecida
cionar sem a í1'it‹.=.I'Vt-inção humana direta, truídas para usinar apenas uma peça, ten-
i
; ;i': izr?Í Li: Éi ii,í;1;:; ii; : ; *
GRAMSCI, A.: BORDIGA, A. Conselhos de Ió- e difundida a construção de objetos se-
Irrica. São Paulo: Brasiliense. 1981. já havia incorporado alguns dispositivos do, portanto, ‹:ongeIadas. em sua própria
:
rnoventes. que ficaram nos registros da
iii:i; ; . :; i :-:
CUILLERM, A.: BOURDIZT, Y. Autogestão: que perrnitiam aumentar sua capacidade estrutura, as informações g(:ornt-'›1.ricas e
i Í : 1 i= : ;= i l, f : Íiií:i j ; ; Í É ;
‹':i‹'=.ncia mecânica ‹:‹:›in‹› expressão da cria-
lima mudança radical. Rio de Janeiro: Zahar de operação, bem como interromper seu tecnológicas para aquela usinagern; bl
i; Éi=,iili"
Editores. 1976. tividade e da cngenhosidade de seus iabri-
luncionamonto no caso de haver irregu- na execução das distintas operações em
rgurrvr/IRÃES, v; CORRÊA, E 2, M.. Ko- cantes. Esses objetos tinham apenas fins
RUSUE, A. Ttzciiologia Social Emergente: a laridades ou imprevistos no processo pro- paralelo ou ao mesmo tempo, na mesma
L
lúdicos e despcrtzir.nn grande curiosidade
autogestao de empreendimentos em Santa rtuiiico. No final do séc. XIX a eletricidade peça ou em peças rlifcronies, segundo a
Catarina. ln: IX Seminário dc ]\'IoderfliZoÇ‹`r0 no seu tempo. Sua construção baseava-se ai
tecnológica periiérico. Recife, Anais... 2()tl5. passou, gradativamente, a substituir o va- sequência operacional; cl em sistemas
no conhecimento de mecânica acumula- :ij+il ; i=ti;i;i;f
(ID-ROM. por como força motriz. Contudo, a auto- automáticos de transporte das pc-ças en-
do ao longo dos tr.›mp‹_is e que, originado ›
l.I.`~XEMBURG, R. Re¡`‹›rnm socio! ou revolu- iiiação era, ainda, de caráter mecânico - e tro as máquinas simples que inte-grem a
ção? São Paulo: (jlolial. 1986. na Grécia clássica, chegar;-1 à Europa por E.
tz-1.
meio dos árabes. Tais artefatos r-.rain os ou-
tltfbitl Ii`l(`)(l0 ])(“Tl'Ilr'tIl(*(`P.Tl[lO FOIIIO ä 11656 linha de usinagem (Dina, 1987: 14). Uma
MARX, K. O capital. Os ecoriomistas. Sao Pau-
u'~‹_'nica do desenvolvimerito da produção vez que a memória operativa das máqui- Í
lo: Novo Cultural, 1984. \'. I, t. Ill; livro terceiro. lômoios, acionados por niocariismos pneu-
Wii!
MOTTA, F. C. E Alguns precursores do partici- de bens e serviços ao longo de quase todo nas e dos equipamentos consubstancia-se
pacionismo. ln; VENOSA, R. (org.). Participa-
mãiticos ou liidráulicos, por sistemas de F!
-vz
o sec. XX. na sua própria estrutura física, e que eles
çúo e pcirticipoçócs; ensaios sobre autogestão. pesos e por erigreriagens do rodas denta- â‹
gl
4. A automação pode ser entendida incorporarn, na sua coricepção (3 Constru-
;;ai,;iÊi=;:i:ili
São Paulo: Babel Cultural, 1987.
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inovações que foram sendo introduzidas .if-
AUTOMAÇÃO real da maior parte das informações rela- produção. a automação de base eletro-
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tivas ao processo produtivo. Elaboração mecânica é chamada de automação rígi- =‹;
Lorena H olzrnfmn eram, com frequêirrria, considerados obje- É
ii
automática signiiica que. se antes a infor- da, embora ela admita possibilidades de
tos mágicos, suspeitos. e seus construtores
mação passava pelo ‹°érebr‹› e pelas ope- variações dos produtos e peças que cada
1. O termo automação ó empregado, perseguidos pela Inquisição. Contudo, t
t rações manuais do operador da máquina, máquina, ou conjunto delas, elabore. Mas
atualmente, para definir o processo de “mais tarde, quando os homens comrâça- s
agora se tenta fazer tudo isso automatica- essa possibilidade é limitada pela própria
inovação tecnológica de base rnicroeletrô- ram a compreender as leis que rc-geni o i,==ir â
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nica na produção de bens e de serviços. mente, evitando a intervenção do homem" estrutura fisica do sistema operativo da
mundo, os sentimentos suscitados por cor-
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f.
=:,:
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Íi
11
É com esse significado que se nomeiam, (Dina, 1987: 13-14}. Nesse sentido, é 0 maquinaria. A produção de produtosfpe- lx
tas máquinas deixa ram de ser de assornbro ›r.
processamento da informação que está no ças com especificações distintas requer a
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por exemplo, os processos de automação religioso ou mágico para tornar-se apenas
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rluzindo a utilização da informática nestes ser um meio que induz a refletir sobre as
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canismos de segurança e de correção dos NEFFA. J. C. El proceso de tmbojo 1,/lo econo- der decisório e discricionário empresarial
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mía de tiempo: contribución al análisis crítico
dispositivos de segurança e de interrup- procedimentos, bem corno as relacionadas ou estatal-burocrático. Opõe-se, também,
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íáiiiiii;ll Ii; í;;i;';j i 1:1=;;i;; i; ;;ii ii ii
de Karl Marx. F. W Taylor y Henry Ford. Bue-
tores, acionados por chaves eletromagné- com o registro dos dados, são armazena- nos Airos: Credal; Hnmanitas, Is/dl. ao colaboracionismo ou ao participacio-
ticas ligadas a um complexo sistema de das no computador, que “gerencia” todo o REBÉCTÍHJ, E. O stxjoilo Ílcnle à inovação lec- nismo promovido o controlado pelas elites.
nológlco. Petropolis; Vozes; Ibase, 1990.
fiaçäo elétrica, reforçam o caráter rígido processo. Schmitz e Carvalho distinguem A autonomia compõe o imaginário liberta-
RUJAS, l'-`.; PALÁCIO, G. Tecnologia de lo in-
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da organização da produção. tornando- os processos de automação daqueles de rio o impulsiona. do forma espontânea ou
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Í‹›!I11clCr'/›1t: una nueva estratégia capitalista de
a apropriada e rentável somente para a intormatizaçào. Para esses autores, au- =ul›‹›Jtlli1a‹'1‹'i|i de los trabajadortis. Cuadornos induzida, as reivindicações e as práticas
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de Economia, Bogotá, v. 11, p.17-73, 1987.
produção em grande escala de produtos tomação refere-se às máquinas e a seus que se opõem às normas arbitrárias, às
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AUTQNOMIA -
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de produção é minima ou inexistente. operações" (Sclnnitz; Carvalho, 1988; e a participação consciente no processo
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EMANCIPAÇÃO SOCIAL
drão de automação começou a ser im- encontram-se as mudanças introduzidas 1. /1.ulr›norrilc1 ixariitetc ti uma vasta gama pular implica o associativisnio livre, tun-
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plantado, em resposta aos problemas na produção industrial, entendidas corno do \f‹1lori-s re ‹-:x¡›t:i'i(-.in'ias sociais que tôrn dainentado na igualdade dos individuos.
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econômicos, sociais e políticos enfrenta- mudanças nos meios de traballio. De ou-- corno centro o princípio da livir- dotvrnii- que a ele arlorcm de lorrna voluntária,
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dos no interior da produção e em âmbito tro lado, há a concepção mais ampla das nação do indivíduo, de um grupo especí- consciente e contratual. Subentondo, tam-
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rnticrossocial. Esse novo padrão constitui profundas translormaçöes decorrentes lirn ou do um conjunto politico liiaioii Ile Iu'-in: responsabilidades e oportunidades
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a automação llexível, entendida por Diria das formas 1n‹)vad0ras de proccêssanieiito .êcrirdo Mun zi lilosolia kantiana, que r‹›- iguais para se atingirem os fins comuns;
como "o sistema produtivo lque permite] de informações, que ultrapassam os limi- lunia o .svntido ‹:tin1ol‹'›gic‹› do termo, au- divisão de tarefas o sentido dc traliallios li-
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produzir elementos diiererites, [...] aceitar tes do espaço tabril, penetrando todas as t‹.'›:io1ni‹l signilira a ‹_'ondiç‹`1o dc- u sujeito vremente estabelecidos; e elegibilidade e
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esferas da vida cotidiana. No como das tlotminiiiar-se por si mesmo segundo suas revogação dos cargos de direç¿`a‹›. Na atua-
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mudanças ou melhorainentos do produto,
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presta-se à produção de versões ou va- inovações tecnológicas em curso, a in- 1Jr‹'›|›rias luis ou segundo as leis que ele lidade, a materialização desses princípios
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riantes diversas Om pr‹ip‹.›1'çÕes dilurentes, formatica suscita um amplo debate a res- : rD¡'n1t.‹'- legítimas, não pela natura]iza‹¿En`1 L: passa pela democracia direta (na qual o
e tudo isso sem exigir mudanças fisicas no peito das implicações e dos impactos que '.t=1:i IML-los costumes, mas pela conscif'.-ncia. os- orçamento participativo e uma dinmnsão
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sistema”. Para esse autor, num processo provoca sobre todas as dimensões da vida, cftart-~‹:i‹'la. Para que lei e liberdade p‹›ssan1 coinplemcntarl e pelas niúltiplas inanifes-
produtivo automático, ilexibílidade signi- não se restringindo às que ocorrem no zâstar assot;ia‹l¡~is, é necessário distingui- tações da economia solidária.
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âmbito da producao de bens e de serviços. 1'C|n-so as boas leis das mas. As priniviréis
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fica que "as informações sobre o próprio 2. No mundo do traballio, o principio go-
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processo, que na automação rígida eram >»‹1‹'.| t~:.~.tal›t1~le‹:i‹las pelos 0 para os sujeitos ral da autonomia, sintetizado acima, reme-
comunicadas automaticamente, mas sem Referências lí\"1":s; e as segundas são meios de opres- te a outros vocábulos que traduzem concei-
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possibilidade de moditicação, continua- 5¿H> dos tortos sobre os fracos. A autonomia tos ou experiências históricas, tais como:
CORIAT, B. A Revolução dos robôs: 0 impacto
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rao a ser tratadas e elaboradas de maneira socioeconômico da automação. São Paulo; Bus- "I›ai'er:‹,ê, entao, não como a capacidade autonomia dos produtores, conselhos ope-
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automática, mas agora elas poderão ser ca Vida, 1989. 11€ se agir segundo a lei, mas de se defi- rários, associativismo operário, autodeter-
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.i¬»ú‹-› .` minação, auto-organização, controle ope-
do traballio. Petrópolis: Vozes; Ibase, 1987.
de mudar fisicamente o sistema produti- da autononiia no seu sentido coletivo são rário, sovietes [Rússia cza rista), oulogeslion
FELDMANN, P R. Robô, ruim com ele, pior
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vo" {l`)ina, 1987: 19-20). sem ele. São Paulo: Trajetória Cultural, 1988. léilribéln if.l‹.›ntiÍica(l0$ sob o conceito de (França), worl¬'er's control, selƒmonogement
A grande in‹'›vaçá‹_› ocorreu no sistema LOSANO, M. G. Hrsíórirrs dc outómolos: da f:1n‹.:¡1cÍp‹.'§'Õo social, sendo que, neste ver- (Inglaterra), Arbeíterrüte (Alemanha) epo-
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de processainento de informações. As in- Grécia Clássica a Belle Epoque. São Paulo; Cia. l›‹_›t‹, os dois termos serão tornados como tere opemío (Itália). Mais recentemente,
das Letras, 1992.
formações relativas instruções opera- \iní`›n1rnns. O prinffípio geral autmiomista economia solidário Ó o termo que esta ten-
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tivas, ao controle do processo e aos me- ra Económica, 1972. 3 v. fl"""l“'l)Õ‹'r-se ëi logica autoritária e ao po- do uma consagração internacional para
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derno do pensamento hurnanista sobre a de experiências práticas. Proudhon nha de Weimar. Nesse periodo, as formas
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Í emancipação social na esfera da produção. "cidade ideal". Nesse primeiro ciclo, des- (1809-1865) é o autor que se destaca no de auto-organização operária deixaram
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O princípio da autonomia supõe a refor- tacam-se. também, Tommaso Campa- período. Sua obra foi prolífera e influen- de separar a ação sindical da ação políti- Í.
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mulação do poder da empresa, da autori- nella, comA cidade do Sol (1602), e Fran- ciou correntes doutrinárias antinômicas, ca; suas reivindicações ultrapassavam as
dade e do seu corolário (disciplina fabril). cis Bacon, com A nova Atlântida (1627). abrangendo de reformistas sociais a anar- questões específicas dos locais de traba-
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A propriedade privada, fonte de domina- Essas obras têm, como caracteristica quistas revolucionários, passando pelos lho, envolvendo problemas urbanos e
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ção, é substituída pela propriedade social principal, colocar a possibilidade de or- adeptos das doutrinas cooperativista e chegando até as demandas de cidadania
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dos meios de produção. A comunidade de ganização diferenciada do poder politico rnutualista. Nos seus escritos, aparecem ampla. Os sovietes, criados após a revolu-
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trabalho passa a ser livre e responsável e das relações sociais, num momento em as ideias da democracia industrial- recu- ção abortada de 1905, derivaram, num ttiii
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pela definição dos rumos e do sentido da que 0 absolutismo monárquico vigorava peradas, posteriormerltc, pelo Sindicalis- primeiro momento, dos comitês de greve ll:.V.,
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produção. Autonomia refere-se, portanto, inconteste e em que as relações sociais z‹-.ú.a-. '-.vw. -. . .¬.›«¡».-»¬›. - mo Revolucionário Francês - e o conceito criados de forma espontânea. Do 1905 a
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às realizações fzoncretas que se opõem às permaneciam rigidamente estratificadas. de Iederalismo autogestionário, que ins- 1917, eles se transformaram nas institui-
formas econômicas e sociais dominantes, e Com o advento do capitalismo, surge 0 pirou anarquistas como Bakunin, Kropo- ções mais representativas do operariado
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não às experiênr-ias de autoexclusão (co- segundo ciclo do pensamento utópico, tktn e Malatesta na formulação de proje- russo. sendo admitidos como interlocuto-
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que terá duas dimensões. A primeira ins- ›¬
tos envolvendo a criação de uma res legítimos pelo patronato e pelo Estado
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rnunidades alt(?i'nati\'¿is] ou àquelas que
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adaptam nos intersticios do sistema (coo- pira-se na ideia da necessária volta ao federação de comunidades autogoverna- czarista. Lenin conclarnou em 1917:
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perativas empresariais, setor informal), estado de natureza e à idade do ouro da das em substituição ao Estado burguês. “Todo o poder aos sovietosl". Após a Re-
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tampouco àquelas que nao contestam a humanidade, autêntica, harmoniosa e es- Ainda no séc. XIX, ocorreu o evento con- volução, a capacidade organizativa do vil
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proerninência do poder patronal fcoges- tável. Essa dimensão confunde-se, por siderado como dos mais importantes na Partido Bolclievique traduziu-se num ffl‹êé
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tão). A referência a autonomia, no sentido vezes, com uma visão nostálgica da situa- história das lutas populares espontâneas processo de autonomização do aparelho fil
cc na Sociologia das Organizações, na So- cretas também são diversas: p. ex., comu- acontecinientos de 1871 não resultaram doras. Na obra A doença infantil do Co-
ciologia. Industrial e nas teorias da admi- nidades alternativas de espirito de nenhuma ação planejada nem foram munismo (1920), Lenin preconiza a trans-
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ecumênico e coletivismo dirigista im- conduzidos por lideranças ou por organi- formação dos sovietes e dos sindicatos 3.
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de o individuo tlefinir estratégias próprias missões jesuítas no séc. XVIII, situadas A Comuna caracterizou-se pela esponta- cumprimento dessa diretiva liquidou as šr.
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no seio da eniprffisa. Nesse caso, trata-se de entre o que é hoje o Rio Grande do Sul e šzl neidade de caráter fundamentalmente possibilidades de expressão autônoma do
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uma utilização equivocada e empobrecida a província argentina de Misiones (outro democrático e pelas ações que remaneja- operariado e deu início ao processo de x
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caso semelhante foi o dos Shakers, nos rarn, de maneira criativa, a administração degenerescência e burocratiração da ex-
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destino da produção social. sionado por Robert Owen. da criação dos da ordem capitalista e do poder do Esta- Além dos fatores políticos, a concentração
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3. Existem muitos registros sobre falanstérios por Charles Fourier e das co- 510. Entre as mais interessantes, desta- da capacidade técnica e, especialmente, a
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experiências de trabalhadores livremente munidades libertarias, cujo exemplo mais Cam-se as ações levadas pelos shops adoção dos princípios tayloristas e fordis-
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associados ao longo da historia; da mes- próximo é o da Colônia Cecília, Comunitá Stewards comitees na Inglaterra, nos anos tas reduziram a capacidade de interven-
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ma forma, não são poucos os textos ficcío- Anorchica Sperimentcrle, que existiu no 1920, os conselhos operários no Norte da ção dos operários. As plantas industriais,
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nais sobre a organização mais justa da Paraná entre 1890 e 1894. No séc. XIX, Itália, após a I Guerra Mundial, os sovie- cada vez maiores, mais complexas o auto-
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sociedade humana. Thomas Morus, com observou-se, em todo o mundo ocidental, ÍGS na Rússia pré-revolucionária o o matizadas, fizeram com que a disputa pelo
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a obra Utopia (1516), inaugura o ciclo mo- a multiplicação de formulações teóricas e 4 Rätesystem e os Arbeiterräte, na Alema- controle tivesse que 1|ltmpas.~+‹u^ ii íunbito É
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fabril para situar-se na esfera global da compreendido entre 1946 ejinal dos anos 'Ê
duas primeiras décadas do séc. XX ocor- sobrevivência de uma populaçao miserá tI .
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sociedade. O cenário sindical do -pós-I 1970, e do argelino, de 1962 a 1965. As reram tentativas esparsas de emancipa- vel, sem condições de ingresso no merca-
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pelo desenvolvimento de praticas refor- partindo da própria esfera governamen- sindical às práticas sociais e culturais l 'L
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um fenômeno quantitativamente expressi-
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mistas que edilicararn o Estado de Bem tal, além da incapacidade de compatibili- ‹
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estimuladas pelos sindicatos anarquistas. vo e politicamente surpreendente: nele, a
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Estar Social. Os Conselhos Operários de zarem os interesses da complexa rede de A exemplo do que ocorreu rio resto do 1!
autonomia e a emancipação social deixam
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Turim (1919-1920] fz- as formas de auto- unidades produtivas, inviabilizararn a 1;zi mundo ocidental, as transformações do de ser ideais utópicos, realizando-se con- I~I
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olgaliizñção proletúria durante a Cllcrra continuação dessas experiências. Os prin- 5 aparato produtivo, somadas à imposição cretamente, ademais de todas as adversi- ÍÍ
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plos da dupla adversidade [interna e ex- lizados na França, na esteira do movimen- dustriais, reduziram o esforço lihortário à
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e política das forças econômicas dominan- _-_.
terna] enfrentada pelo movimento auto- t.o de Maio de 1968, tendo sido, inclusive, ação de pequenos grupos ou de personali- tes (Santos, 2002]. As múltiplas manifesta- t
nomista. Os Conselhos de Turim. incorporados como plataforma de luta
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dades isoladas, sem haver impactos signi- ções da economia solidária (denominadas, (
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teorizados por Gramsci, pretendiam ser pela Contederation Française Démocrati- tirƒativos sobre o mundo fabril ou s‹›l›re as undo as particularidades, de "novo co-
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formas pernianentus de organização da que du Travail (CFD'l"). Trata-se de uma das esferas politica e social. Com a oxploszio
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operativismo”, "empresas recuperadas”,
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democracia a partir do espaço fabril. Dife- principais centrais do pais, que, entao, grcvista no final dos anos 1970, voltaram "empreendimentos autogestioiiános")
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rcntc-:menl.c dos partidos e dos sindicatos buscava implementar a luta pela constru- a cena. politica os principios de autodeter- apresentam resultados positivos, que väo rt
- segundo (fšrainsci, “organismos criados ção do socialismo, contraporido-sv, de riiiiiaqão e do ai1to‹:oi1struçào de instân- muito além da geração de trabalho e ren-
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ii
no tci'r‹';nO da d‹¬i¡1‹›(trar;i¿-1 l›urguesa" -, OS maneira explícita, à via leninista do cen- cias organizativas e representativas dos da, fomentando práticas cidadãs, a cons- I
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(lonsellios scriani a base do novo podcr tralismo estatal. Na Itália, 0 autonoinismo trahalliadoros - princípios que aiiiiiiamiri ciência e a responsabilidade ocológica e, 'I'_l P
=.ii;: i', : I ; ; : i : r i ií
industrial ‹› da ziconontia popular (Grams- reapareceu nos anos 1960, tendo sido teo- -.1-4‹. .z. , os primeiros anos do Novo Siiiilinilisrno, (_ .
sobretudo, a solidariedade, princípio in- fê-
‹'í. 15981). Po1‹'›ni, o controlo técnico da rizado, em grande parte, por Raniero Pan- em especial, buscando a ‹'riaçf'u› do contis- dispensável para 0 avanço civilizador. Em I
]Ji‹›|iuçao nao foi r¬ulicieiitf› para se imple- zicri tr, d‹2poi*;, por !\ntonio Ncgri. As ideias soes de fabrica. Mas é com o ag1'avam‹':1ito especial, após a realiztiçëiti do Foruin So- :¡.,
riimitzir um ¡›rot'‹fsr.¬u do lraiislorniaçíio da divulgadas pela revista Ouaderni Rossi das desigualdades, no quadro rr›,c‹-ssivo e cial Mundial, cm Porto Alegre, em janeiro
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totalidade da sociedade, do modo que o formaram uma geração de militantes que, de dcseniprego estrutural da de‹1nl.i de de 2001, as experiineritaçoes levadas iso- (
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projeto autonomista esharruu na incapa- a partir dos anos 19?O, passou à ação po- 1990, que ganha importância a cr;onornia
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ladamente em diferentes paises passaram
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cidade de so aliarcar 0 conjllnto da produ- litica, depois à ação revolucionária e, por '¬<;ti.'‹~.«-z.-zs.f›'.¿i - solidária. (J domínio ideológico e politico a ter articulações internacionais, fazendo (. ., `
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ção social (Farias, 1987). Por sua vez, o fim, aos atos terroristas {Canevacci, 1985). ii.fi do neoliberalismo fomentou o individua- com que a economia solidária se apresen-
sucesso efrfâinoro das organizações autô- C) fracasso e os equívocos dessas experi- if lismo, ao mesmo tempo em que forçou o tasse como alternativa factível em escala
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nomas dentro de uma ótica colctivista na ências não arreiecerain o espirito liberta- erifraquocimento das forças sociais do tra- planetária (Cattaní. 2009).
Espanha Rcpublirrana foi possível on- balho. À resistência sindical e ii nmltipli-
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quanto o país vivia a situação de guerra, viram o reflorescimento de um sem-nú- Cação de novas instâncias de r1iobilizf.agä.o
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Referências
com suas indú~lini‹¿(ie.«; politicas e legais. mero de iniciativas em todos os paises 5015511 (especialmente por meio do ONGs) iãz
äé CANEVACCI, M. A experiência da autonomia
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Ve1irerloi'as, as forças direitistas e a rc- economicamente avançados, agora sob a somaram-se iniciativas de construção de z1
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tiva autogestionária -- porém, implemen- inicialmente foi entendido como apeiias roluçúor a autogestão na revolução espanhola.
social são encontradas no cooperativis-
São Paulo: Brasiliense. 1980.
tadas de forma trwnocrática pelo aparelho Uma tentativa de desenvolvimento de uma .~_w.-47|. .-4`‹._-.f4‹›‹
`-..‹-vw»._.-.,
mo e no mutualisnio implementados na
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jr-.›,' S.›^›..\'TOS, B. B. Íorg.). Produzir para viver. Rio
de Estado. 'l`11~zta-sc dos casos íugoslavo, região Sul por imigrantes europeus. Nas ' €Cunoniia popular destinada a assifvgiirar' a de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. i
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reatores biológicos para a fabiicaçao de
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BIOTECNOLOGIA
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"-- tais descobertas destacam-se: a das célu- pesquisa resultou em um banco de dados produtos como butanoi, acetona, glicerol,
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Fabrício Monteiro Neves
las, por Hooke, em 1663; os estudos de he- do materia] genético humano responsável ácidos, enzimas e metais. Também há um
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Leandro Raizer
Mari Cleiše Sondaiowski reditariedade, feitos por Mendel, ein 1863; pela formação e funcionamento do orga- grande campo de aplicaçoes para a bio-
= illlsiàjÍe:;ri:i;iõ;;ii:iiFi!+iÍÊtr;i
a descoberta do DNA (ácido desoxirribo- nismo. Os esforços atuais concentram- tecnologia nos setores energético e am- -.».Tí
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1. Biotecnologia Ó um conjunto de técni- nuCléiC0], por li/liesche, em 1869; e a pos- so na compreensão da função específica ip":
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biental, por meio da produção de biossen-
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cas, que através do conhecimento de vã- terior comprovação. por Avciv, em 1943, de relacionada a cada sequência. Os resul-
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sores, etanol. biogás e biodisel, do
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rias ciências e áreas aplicadas (Engenha-
11 tados dessa fase são os que atraem mais
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que a transmissão da liercditariedade das tratamento do petróleo e lixo e da purifica-
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ria Genética. Quimica, Informática, espécies estava ligada ao proprio DNA. O interesses de setores como a medicina e ção de água e residuos. Também na área .z.-1.-- .›‹zu¬»-›¡-az.
Matelnática, Bioquímica, Biologia etc.) ápice destas transformações ocorreu a indústria farmacêutica, na medida em da bioinformática, além das contribuições fé
permite ao homem a manipulação de quando, em 1953, W'atson e Crick revela- que potencializam o conhecimento sobre da computação para o mapeamento e a
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agentes biológicos para produção de a].i- ram a estrutura de dupla-hélice du DNA. 0 funcionamento do corpo humano, o que analise genética, registram-se importan-
mentos, bebidas, energia, produtos farma- Esses marcus históricos viriam a incidir provoca também mais indagações éticas. ç
ii
tes avanços que apontam a possibilidade
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cêuticos, purificação de água, tratamento nas pesquisas atuais em Biotecnologia, O impacto da Biotecnologia moderna o de construção de computa‹lort~_›s de alto l
de resíduos, produção de armas biologi- principalmente no que se refere à técni-
ii,, 0 drzsenvolviniento do vários subcampos desernpcnho baseados em estruturas de 1
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memória e de processamento similares às
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transgônicas etc. Assim. biotecnologia de de alteração do material genético dos diversos da economia. causando mudan- dos soros vivos.
pode ser considerada como “toda aplica- Organismos. 'lol procedimento é O quc se 1 ças significativas na produção e organi- Outro setor que tem sofrido grandes
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ção tecnológica que através da manipula- convencionou cliamar de biotecnologia zação do traballio. Na agricultura (green impactos graças às inovações na biotec-
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ção de sistemas biológicos, organismos moderna. A partir da década de 1970 es- bioleciinologyl, destacam-se as transfor- nologia 0 da saude (red biolecimologyl.
vivos, ou de suas dvrivaçoes, modifica ou sas pesquisas passaram a receber vultosos ma<;F›‹~s geradas pela chamada revolução l`)‹>stacam-se novos e poderosos antibióti- ¡,
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cria produtos ou processos para uso espe- financiamentos privados e estatais, que V<"fl7<“, que. juntamente com o uso de no- 5.6'
cos, liorniôiiios e outros produtos farma-
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Biológica, ECO-92, Rio de Janeiro). Cro- inovação, resultando om produtos biotec- a forma de produçao através do uso de diagnósticos, além dos avanços alcança- F"-'Q.t._'
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nologicamente, o uso da biotecnologia di- nológicos inovadores que repercutem, de adubo composto, pesticidas, silagem, mn- dos em novos tratamentos (como os que
espéciines e animais com caracteristicas as legislações de hilissegtlrança, a regu- Cando-so, mais recentemente, a criação alizado pelo Projeto Genoma e pelo de-
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desejáveis; e a moderna, que apresenta lamentação e apli‹°a‹,'¬¡`âo de legislação su- -1 9 hrod1'1‹;ão in vitro de organismos geno- senvolvimento da Engenharia Genética, as
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grandes avanços e inovações em diversos pranacional de propriedade int‹;:lec1.ua] e iii_; _¡ ticamente modificados. Estes últimos, que está se verificando a possibilidade de
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setores, com a manipulação e produção patentes e, não rm'ui(›s iinporlanle, as pró- .¿i lflfltamonte com a engenharia genc':ti‹:a identificação, isolamento o manipulação
através de engenharia genética, clona- prias discussões a respeito das consegu- äplífiada à produção de embriões e ani- dos genes causadores de doenças, defor-
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gem e transgenia. ências de tais técnicas sobre concepções à mais transgênicos, vêm gerando profun- midades e infecções e dos detinidores de ›2¿'
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2. As primeiras aplicações biotecnologi- dfiã H polêmicas mudanças na economia ck =
do que seja a vida. atributos físicos e psicológicos, além de
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cas datam de 1800 a.C. e consistiam no Essa área de pesquisa envolve técnicas figfímlér e pecuária mundiais. Entre essas surgir a possibilidade crescente de se rea-
uso de leveduras para fermentar vinhos e de clonagem, ou soja, a obtenção de in- É* muddnças, evidencia-se o surgimento de li:/,arem clonagens de seres humanos. 4
3
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pães, na utilização medicinal do coalho de divíduos idênticos geneticamente, sendo :¿, Qfändes corporações transnacionais que Mais recentemente, a Bioinformática
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soja mofada como antibiótico no tratamen- um dos marcos da pcsquisa a clonagem da detêm parte significativa do mercado de apresenta-se como um dos campos mais
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Sementes 0 de insumos agrícolas. i
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to de .tumores e do ciisântemo em pó como ovelha Dolly em 1997. Em 2000 foi anun- III
promissores das biotecnologias (Lc-ask,
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inseticida. Essas técnicas não envolviam ciado o término do sequenciamento do ge- Já na indústria química [while biotecn- 2008), cm função de suas implicações no Í.
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a intervençao ou alteraçao do material ge- noma humano, um projeto que envolveu HOIÔQW destaca-se a redução na quantida- campo da biologia rnolecula r, nos sistemas
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nético das espécies; descobertas cientifi- 18 países e consumiu aproximadamente rf
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de dt” insumos utilizados, graças ao uso de de inteligência artificial e na produçao de
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ANIUNIO D. CATTANI 3: LORENA HOLZMANN DicioNÁR1o DE Truta/›.i_i-io E Ts<:r×=o1.oGiA
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aos interesses de todos os individuos ini- localizam para além da ciência, área de
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biocomputadores {ou seja. sistemas híbri- humana para além das suas funçoes utili-
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dos no qual interagem elementos orgâni- tárias ligadas à mera sobrevivência; c) A *Í plicados e serem por estes aceitas. incidência majoritária do conhecimento
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cos e sintéticos). terceira é a posição humanista. Enquanto 4. O conhecimento biotecnológico ino- biotecnológico tradicional produzido em
3. Dianteda abrangência e complexida- 0 modelo apresentado por Hans .lonas derno e a forma como é praticado e apli- Mode I _
de dos temas abordados pela biotecnolo- parte do princípio da responsabilidade, o cado corresponderri a quadros conceituais A análise do surgimento dessas redes,
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gia, o seu desenvolvimento cientifico e debate apresentado por Habermas (2004) que emergiram em contextos interdis- denominadas. por alguns autores, de redes
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tecnológico passou a ser acompanhado de está centrado no principio da discussão. ciplinares que buscain dar conta dessas sócio-técnicas [I.atour, 1994), fornece-nos
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um crescente questionamento ético sobre Diferentemente do modelo anterior, que transformações na pesquisa. Duas dessas subsídios para apreender as transfor-
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a responsabilidade e os procedimentos preconiza o medo e a renúncia em frente formas, os modelos do Triplo Helix e Mode mações operadas pela incorporação de
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adotados pelos cientistas. Tendo presentes às possibilidades que as tecnologias apre-
ei 2 {Gibbons et ol., 1996) ganharam mais conhecimento biotecnologico em várias es-
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posições, nas últimas décadas, acerca des- com as biotecnologias não implica renún- dade entre universidade. indústria e go- cionais, detentoras degrandes1oli‹›r.1tiÍ›rios
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ta questão: a) No posiçao tecnicista, o sa- cia aos postulados da razão prática en- verno. O segundo modelo porte ser usado e patentes de insumos agrícolas; politicos
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ber é tomado como um poder sem limites; quanto princípio orientador da ação hu- 'z-.-:-3
-.Lú para entender ei forma de produção da bio- comprometidos com distintas orientmƒies
mana, mas esse postulado é colocado
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a vida humana é apresentada como sinô- lE(Íll(lltJQli¬l l`l]ÍNl(*]'l]d OIT] (.`O1`llI‹15l.(š ÍÍOD1 6 éticas e demandas da sociedade civil
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diante das mudanças tecnológicas a partir clássica lcliéunadéz pelos autores do Mode
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nimo de matéria, constituindo-se em um organizada em torno do tenra; cooperativas
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conjunto de eleirieiilos a serein manipula- da ética da discussão. Desse modo, a refle- 2 do Mode I). Nosso sentido, à produção dc agricultores, o1'ga1ii;¿aç‹Íir~s não gover-
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dos livroirieiito, do acordo corn os desejos xão, a arqumeiitaçáo às a ação coinuni‹:at.i- lJiotccnol‹'igicn atual d¡'i~se t1'a1is(li.scipli- namentais nacionais ou iiii‹`rn‹icionais
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poder de decisão. Sou imperativo técnico- bioética dos grupos envolvidos direta ou riplinar ou multidisciplinar do _Mo‹z'‹: 1. pela regulação da aplitacào ‹- .i\*.:tio‹)'ä‹)
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científico enuncia-se tora de toda preocu- indiretamente nas pesquisas e aplicações Essa produçâo cai'actcri'1.a-se por sua ins- do impacto destas trovas |Jio1‹zz'nolr›gias.
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pação ética; bj A posição abstencionista das novas tecnologias são centrais a fim tittirfiriiializagãri em contextos externos ao l)<*st‹irtc. cibrígando diftrrvnti-ts int‹:r‹~sse5
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de se pensar o desenvolvimento dessas universitário, ernliora este continue ainda
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zteteiide a tese do principio da responsabi- e argiiriienllis, a ii1‹?‹irj)‹›1'¿ii;ã(ida lii‹›t.er'i10-
lidade para esclaiwíer as demandas éticas, técnicas. A deliberação não se apoia em como locus de produção, ainda que não loqia à agricultura tem prod:i:¿.i‹lo mudan-
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por meio da existência e da transtorniaçao principios univcrsalrnentt-: estabelecidos, exclusivo. O inodulo do rode surge conto ças no modelo de o1'gariiza‹¿íio do 11'-.iballio
=i;Éãt:;:it;iÉí;
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E conceitualmento relevante na medida em
mas parte de casos analisados, tendo por
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do agir huniano. Para .Jonas (1990), tal e da produção neste setor. O rn‹›d‹~>lo emer-
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processo impele, obrigatoriamente, a urna objetivo traçar uma política da açâoi Ha- 'lue essa nova turma de produçao dá-se gente, coiiceituudo como agronz-g‹.'i‹'io,
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transformação do conceito de ética. Dian- bermas (200-4] questiona se há. alguma Dela iritei'a<_;ão de diversos atores, locali- prioriza a produção inecanizéâda em larga
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industrial, temas como a explosão demo- uma sociedade pós-moderna, fragmenta- 9'°\*fi'1'f1o e ciência). De‹:orrr: disso a en- mente solisticacléi, voltada para o rrirânrado
gráfica, a catástrofe ecológica e a da. na qual não é possível constituir uma traria de novos agentes na dinâmica de inteinacioiial. Esse modelo entra ein con-
transformação do indivíduo em objeto com vida ética absoluta. Da mesma forma, o Droduçíio de conhecimento, o que muda llito com uma organização mais tradivioiial
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base nos controles genético e comporta- acordo em relaçäo às normas somente é Processos (como avaliação por pares, a da agricultura, de base Íümilior, que dá
mental são cada vez mais debatidos pela viável a partir de uma discussão publica fltifll passa a incluir instituições de bioéti- pI'Ín1aY,id à piotlugáo de slil'›.=.Íst‹Í›iicia e às
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sociedade, la'1.endo transparecer um senti- que seja realizada de forma intersubjetiva. Cd. controle sanitário e impacto ambiental, denianclos locais. Os produtos l3lote‹ƒiiolr'›-
mento de angustia e ansiedade. A alterna- Esse procedimento é regido por dois prin- 1: q“1l¬0s de defesa do consumidor, empre- gicos, bem corno 0 conlie‹'irri‹-ntri tjemclo
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tiva proposta pelo autor está centrada na cípios fundamentais: a discussão, cujas ¬__' sários e politicos, entre outros). O conheci- liessd área, refor‹¿‹1m 0 z1groiâ‹:riúr_'i‹;›, uma
heuristica do medo. Não basta assegurar o normas somente são validados quando mento bi0l‹3‹:¡10lÓgic‹) emerge então corno vez que configuram um morlclri dz-, explo-
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futuro físico da espécie humana; é neces- tomadas públicas, e a universalização, por um Produto problemático, pela heteroge- ração intensiva de carater produtivista,
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sário preservar e r‹.›s;witar a integridade meio da qual as normas possam satisfazer neidade de agentes interessados, que se buscando o niàxinio de resultados no
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Ar×='roN1‹“› D. CA'r1tAN1 & LORENA I-1or_zMANN
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ligados. Para Castells (2000: 498) “rede é vi
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dos e levadosfao mercado. Este conjunto estao localizados dentro de um único país.
i ; : I i t i ! ; ; ir;rí!r::3::; ía
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:iÉ:iÍi ii! í:iÉi:i; i: :1i!:É=ãi;:i ii: i;;i i! :
curto prazo. Os dois modelos. marcados
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por uma grande assimetria de poder, estäo de atividades econômicas - sucessivas e um conjunto de nos interconectados". Nas O uso do termo regional tanto pode reme-
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integradas funcionalmente - envolve uma análises de rede, os “nós” podem ser indi- ter a contextos subnacionais como a regi-
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em permanente conflito, especialmente no
que concerne às novas biotecnologias e a diversidade de atividades de trabalho que víduos, grupos, empresas ou organizações. ões continentais. Entretanto, a cadeia de
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nology. Nova York: Prentice Hall, 2003. É
1 mesma, as estruturas e os conteúdos das
GIBBONS, Michael et nl. Tire new production of (Marx, 1975), com suas divisões internas e trabalho e de produção que configuram a
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lrnowledgc: dyrlamics ‹›Í science and research in conexões (cooperação ou subordinação),
especializações. O primeiro nó envolve as economia global. Todos partem da ideia de
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coriteruporary socitâtios. London: SAGE. 1996.
atividades de design (sentido de projeto) além dos conteúdos mais amplos em sua que as atividades econômicas que inte-
l-lABERl\'1AS, Jr'inge1'. O luluro da natureza hu-
ou de concepção do produto ou serviço; inserção em ambientes políticos e insti- gram as diversas cadeias de produtos estão
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mano. São Paulo: Martins Fontes. 2004- 159 P~
f ; ;, : ; i iÍi=.iti
JONAS, Hans. .Lv principe responsnhilité. Une o segundo. compreende as atividades de tucionais (PoweIl; Srnitlr-l`)oer, 2005]. En- distribuidas entre trabalhadores e empre-
.-›‹.z¬à,`. -,M;.‹-.›
etlriqtm pour la rfivilization tcclinologique. Pa- quanto o termo ajuda a mapear a sequên-
produção ou manufatura, tais como, logís-
l sas frequentemente localizadas em paises
íp ; : :;
ris; Ed. dt! Curt, 1990.
Ll\'l`(`1tlR, B. .Iormris fomos modernos. Rio de tica interna, transformação dos insumos e Ê' cia de nos necessários para levar o produto e continentes diferentes, rnoldando redes
Janeiro: Ed. 34, 1994. erripacotamento; 0 terceiro nó envolve as até o consumidor final de forma linear, o globais de produção ou cadeias mercantis
E ví
..»
LlíSK, Arthur. |'rrrroducrion to Bioinƒormalics. 3. atividades de cornercializaçáo e de ma- termo rede -- redes de produção, redes in- globais. Bair (2009) afirma que nas últimas il
od. ll.'~`.Az (Jxtord Univ‹=.rsity Press, 2008. lí
rketing, com destaque à criaçao e à gestão terempresas ou interorganizacionais -- aju- duas décadas acumulou-se urna imensa
l\'l,/\.RTlI\“lí, (1 ; CASTRO, C. de M. Biotecnolo-
gro ‹› ›:‹r‹;'i‹›rlrrrle: o caso brasileiro. Campinas: da marca; o quarto no está relacionado ao da a entender as ligações entre os atorcs literatura sobre redes de produção e de co-
llf\`l(.`A."›iP; S¿'1oPúul‹›;Al.MED, 1985 consumo tina! e à reciclagem da mercado- cconôrnicos dentro de urna ‹'onfigurfrção mércio internacional e argumenta que tais
: i;,
dustrial Rr-volutiorr. Nova iorque: George Bra- r., i
te ao consumidor final. Para Kaplinsky & Os diversos agentes econômicos que modity chains, depois corno global com- :'~.
Zrllel, 1984. r
TA(3Uil¿F-F, l`i‹›rre-Artrite. Uespoce de ln bioé- l\/lorris a produção ou manufatura ape- tfonformam uma cadeia de valor, em geral, modity Chains e reccrrterrrente como global 11
Ihiquc. Esquisse d'urr‹z: problématisatrorr. Res estão inseridos em redes sociais e erroriõ-
nas uma etapa dentro de um conjunto de value chcrins. Corno um construto teórico.
Publica, Paris, n. 21, p 30-7. 1995.
atividades que adicionam valor. ~«H
›-_. ¬=-~._vr‹¬-«.w¬fsJ=úun»--f micas interagindo corn outros atores. Es- a cadeia da mercadoria busca r-:ntender as
Ê
i : i,;
TRIKSLEEÍRO. l\'1i‹¬helangelo G. S. Clone Prome-
A cadeia de valor tem um significam) ope- SBS agentes podem estar ligados a outras transformações advindas da globalização.
teu; A biotecnol‹›gia no Brasil -- uma aborda-
gem para a avaliação. Brasilia: Ed. UnB, 2002.
racional para 0 capitalismo em termos de
i, Cadeias ou interagindo com outras organi- A autora sustenta a existência de três
: n?4;: ;bi,i,i!i
.¬
agregação sucessiva de preços, mas neste 'z 7-ãções dentro de um arranjo produtivo lo- abordagens que constituem o campo de ,. .
CADEIA DE VALOR verbete dar-se-á ênfase às relações sociais Cãl ou regional. O conjunto de atividades estudos da cadeia global da mercadoria ou
: i : ! t : a íj ír t
de produção, assim como às relações so- ‹; de uma cadeia de valor particular. (1 priori, de valor. Primeiro, a análise da cadeia da
4,
Paulo Ferzrandes Keller
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1. Cadeia de valor ou Cadeia da merca- atores econômicos envolvidos, seja no in- empresa, verticalmente integrada, ou es- macro e de longo prazo na tradição do
doria compreende o conjunto de ativida- terior de cada nó, seja entre os nós. Cadeia
t
s Íöf fragmentada entre diversas empresas “sistema-mundo”. Segundo, a estrutura 2,
des econômicas sucessivas e necessárias de valor diz respeito tanto a uma relaçäo Íefipecialízadas). As atividades podern ser analítica da cadeia global da mercadoria
í
técnica e monetária quanto a uma relaçäo '?~ executadas numa mesma localidade ge- desenvolvida por Gary Goretti e parceiros,
;;jtti:
para levar um produto ou um serviço, des-
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de sua concepção, passando pelas fases de social e politica entre formas de trabalho Otlráfica ou estarem dispersas em áreas conjugando abordagens da sociologia eco-
E *«111-‹-›* ¬›‹«›«-z.
e de produção envolvendo diferentes tipos m¿liS amplas (sejam elas nacionais, regio- nômica e organizacional e dos estudos de
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midor firral. Também definimos cadeia de dc trabalhadores, organizações empre- nãís ou globais). A cadeia de valor nacio- desenvolvimento comparados, Terceiro, 3
'vvvs-v.t_z,r.
sariais e países. Ela é urna forma de rede Fr "Ô1 Ele um determinado produto é aquela análise da cadeia global de valor que
valor corno a sequência de processos de
trabalho o de produção de valor na qual linear (Olaveg Amato Neto. 2001:_298). Os 5:
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na qual todos ou parte importante dos nos constitui a variação mais recente surgida E1
ir,¿.
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E 51165 respectivas atividades econômicas partir dos desenvolvimentos anteriores da B:
bens e servicos são concebidos. produzi- termos cadeia de valor e rede estäo inter- É
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des avançadas (core busmess] dentro dos além do fato de que o termo valor abrange
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funda as similaridades e diferenças em poder do Estado moldando o sistema de nós particulares, assim corno promovem a o sentido de valor adicionado das ativida-
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cada uma das três abordagens com seus produção global, Geretfi (1994), ao revi- coordenação do processo interativo entre des de trabalho e de produção ao longo
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respectivos autores e escolas de pensa- ver o conceito commodity chains, passa a OS diversos nós. Gerefii (1994: 7) sustenta da cadeia e a questão da produção e da
mento. Aprotunda também a historia de dar ênfase às estratégias e ações das eni- que as cadeias de produtos possuem três apropriação do valor gerado pelo esforço
‹:a‹la construção teórica assim como as aii- prcsas no contexto da globalização e da dimensões principais: al estrutura de in- humano.
nidades disciplinares e teóricas. liberalização comercial. O loco de Goretti sumo-produto - sequência de atividades Até a segunda metade do séc. XX, as
Dentro da primeira abordagem aponta- (1994, 1999. 2005) nos atores econômicos econômicas interligadas, envolvendo pro- cadeias de produtos estavam internaliza-
da por Bair (2009) destaca-se a contribui- ein suas relações o inter-relações de poder dutos e serviços, que adicionam valor (ca- das dentro das fronteiras organizacionais
çäti de Hopkins e Wallerstein (1994: 17) e na questão do poder relativo das empre- deias de valor agregado); bl territorialida- de corporações integradas verticalmente,
que cunharain o termo commodity chains sas aliliadas e parceiras surge em função de: dispersão ou concentração geográfica quando a estrutura de poder da cadeia era
i.:;: .1,l.ri;=ii!:
(cadeia da mercadoria) ern seu artigo do habilidade restrita do Estado no con- das redes interorgani7.acionais; c) estru- sinônimo de hierarquia corporativa. Na
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"(;`onirnodity Chains in the World-Eco- texto neolíl›t=.-.ral. A abordagem da cadeia tura de poder ou governriiiçrt -~ relações medida em que as cadeias de produtos fo-
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noiny Prior' to 1800". publicado em 1986. globai da mercadoria desenvolvida por de poder entre os agentes t»-‹,:‹›nôrnico5 ram se tornando cada vez mais globais e
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‹lr›:íiuirid‹›-o como “urna rede de trabalho ele cm meados da década de 1990 tomou- (empresas) determiiiairtto cotno os diver- em que os vínculos internos passam a ser
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e pro‹;os.=;os de produção cujo resultado se a referência principal nesta literatura. sos recursos são dislrilniidos te, principal- externos (via Subcontratação internacio-
;:; íii,r:
fi
==
Esse autor define cadeia global da mor-
final rë um produto acabado". Esses au-
j IIIEHÍG, CUITIO (JC0l`l`(3 U ])l'()(`(-*SSH Fil? (`l'lä(s`ÕO nal), a estrutura de comando ou de poder
tores apontam que 0 conceito cadeia do cadoria como "‹'onjuntos de redes internr- c de apropriação do valor. tornou-se poça fundamental na coordena-
ganizacionais agrupados em torno de um
i ;=1i
uit':1^o‹lo11`o teria por objetivo mapear as Gerefli, Korzcnicwicz sz l(‹›r2.‹.-riiewicz ção administrativa dos sistemas produti-
=
.cri--_-â .articulados às diversas cadeias, re- produto ou mercadoria. articulando domi- Z.-Ji-.-L
`_l`- _,.-ú.›"‹'› .'›‹ (1994: 13) argumentam qtitrz 'As cadeias vos globais (Gerclfi. 2005).
.i:;;:;
cílios, empresas e Estados entre si no into- globais de mercadoria nos ptxrmitein focar A abordagem da cadeia global de valor
?
=i;ii;:;i::i;;l::;:Êr
rm..t¡_|.zt_..‹› tic: processos de traballio 0 do riot' da t›‹íonorni‹i rnnndiol". Rcssaltti que 6 criaçíio e a distribuic‹`‹io da riqueza glo- adota a metodologia de rede para enten-
pi‹.‹šu‹\‹io, m=nnt‹:›r'ar os desenvolviinentos essas redes são construídas socialmente bal como estando incrirporatlas em uma der a economia global. O objetivo é iden-
;;:,;:; Í ;:€ É; ; ;: :F ii
:. ;)1,i: i;:ti:i=,.i :X;
:°-ii
rzmistaritos e ri transformação do sistema c intogratlas localmente, Em suma, as rc- 1; ; i ; I :i i : ; .1- Sequéiicia de atividades multidimensio- tificar os atores principais e as complexas
de ¡›r't›‹l11t`‹i‹› na economia mundial. Kor- des que tormam a urdiduru das diversas fiais e de múltiplos estáfilios, ao invés de redes das diversas cadeias e de que iorma
i;ii; ; i i j ;;i;á;É;g
.-Í”¡f›‹ _ _. _."_`.\ta.v"`a¡ "~`a='|"°.`"§É':i=" `
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cadeias do produtos estão cnraizadas no tcstririgii'-se sornonte à industrialização. o poder É: exercido. Dicken (1992 apud
i'
;;t‹i1i‹-twic/. C l\flort.in (1994) arguincntani
Nesse sentido a abordagr-em das cadeias
::iili:
rpm a ‹p.n;~st.¿'i‹_› central. cm qualquer inves- tecido social. Sturgeon, 2008: 2) argumentou que é a
ii,,i:!ãi?á: :ã
por causa de seu toco nas relações de po- análise mais sistemática de processos mi-
i' : ?'
Í-t-‹_;nn‹l‹1 ostrés autores. o ‹:on‹1'eito cadeia a atual era da globalização da anterior era
ao ¡ii‹_:1'c‹›‹l‹'›r¡u foi introduzido visando der que estäo embutidas na própria aná- CY0 e macro no interior de urna nova eco- da internacionaiização, que foi caracteri-
1
:'
dar conta de um problema fundamenta] lise da cadeia do valor e na importância -1;»
nomia politica do sistema mundial". zada pela simples difusão geográfica das
nos tastiidos do sistema-mundo, qual seja: da coordenação das atividades da cadeia 5;*
_, _ 3- A abordagem das cadeias globais de atividades econômicas através das frontei-
atraves das fronteiras nacionais. Ento-
; i i r ; r :,
como retratar e investigar as cornplexas VBÍOI é uma variante da abordagem an- ras nacionais. O capitalismo hoje implica
redes que sustentam 0 reproduzem a re- cando explicitamente a coordenação das tenor. Além dos avanços teóricos e me- uma desagregação dos estágios de produ-
laçao centro-periferia no tempo 0 no es- atividades economicas dispersas o correc- Í°Cl01Ógicos recentes, a nova abordagem ção e de consumo atraves das fronteiras
Ê
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`‹'.-''zb›w
tadas globalmente, o autor tem buscado 5UbStitui o termo mercadoria por valor nacionais. Nesse sentido, Gerefti (1994)
=
de que forma estas 1'ede_S atravessavam nantes que determinam o caráter total Clã re1fiÇÕ0s comerciais internacionais, de- cadeias 0 0 surgimento da necessidade de
Â:
fronteir‹1s de regiões 0 países dentro da es- cadeia. Essas empresas dominantes. 011 Slêlflñndo um tipo particular de mercado- coordenação administrativa destas ativi-
lideres, são responsáveis pelas atividir -if Uü em estado bruto ou produto primário,
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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direcionando a análise para os nós dinâ-
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i:, ?E Ê ; [i $ É E Í : I ;i + íiÉ! : ; i : i iã ::i:;: ã i É É Ét
É,Í;s::r; :É::ã;:i
coordenação da cadeia do produto; seus
internacional. distintas: a) Complexidade da informação quele setor particular (Gereffi, 2005].
!l 9 i7
t agentes principais e suas relações de po-
Humphrey e Schmitz (2000: 4) também trocada entre tarefas na cadeia; IJ) Capa- Essa abordagem torna-se ainda mais
der. Segundo Fleury e Fleury (2005: 126),
‹ interessante na medida em que se arti-
É;i;Í
; ! ia :- :;;
'ZA ideia central é a de que as cadeias de
cula ao esquema conceitual da relaçäo
‹ valor têm estruturas de comando (gover- formas de coordenação das atividades
econômicas: a) relações de mercado; bl
pacidades presentes na base da cadeia de
fornecimento. Os cinco tipos de governo ‹:entro~periferia, construida pela Teoria da
F
nance), em que uma ou mais empresas
É:ii;ii i. i: :: :::; i:zi,:*,ri;;ii;;ii;
; i i ; É i ; ::,i i ; i = :;1 ; i ! ; i I i I i i i ! ; i : : ;
coordenam e controlam as atividades eco- rede de empresas; c) relações quase hie- säo; a) Mercado -- relações baseadas no
possibilita pensar as relações antagönicas
‹
iiitti
rarquicas; d) hierarquia (integração ver- preço; b) Modular - complexas informa-
"r;";
nõniicas geograficamente dispersas. Nes-
tical). Para esses autores, a governança ções são codificadas e frequentemente e complementares entre as posições de
Í:
se quadro, a racionalidade que preside a
; à:r:E
organização da cadeia está associada ao
‹. vidades econôrnicas através de relações da cadeia de valor. t=.vid<".éri‹:ias teóricas e
ir:
as atividades estratégicas e mais agrega- Nessa perspectiva, a governança da ca- ä cadas entre contratantes e fornecedores
: §; iiiiiiíiiÍáii:;iEíi
! : zÉr-jai ; íÊ; : ; ! l: ; ; i 3i
ballio, seja ele inateriiil ou imaterial, e de
=
deia implicaria estruturas de comando de altamente competentes; d) Cativo - lor-
e:{;.:::;
t doras de valor."
produção - dentro de cada no da cadeia. A
j =:,i
très tipos: redes, quase hierarquia e hie- riecedores não tão competentes recebcrri
t A função de coordenação da cadeia é di-
;i;ã;É1tíí?íi!:s'u:u!iE;;?[
i.,;ez=. ¬.
abordagem ajuda ¡-i inxfnstigar de que for-
=
ferenciada por Gerelfi (1994, 1999) em dois ír `~:-
‹ (tipico das corporações transnacionais), l
lações no interior da mesma firma gover- ma as iiquezas são produzidas e apropria-
=:
g; ,
tipos de estrutura de poder: os casos em
altaiiieiite hierarquizado, com alto gran nada pela gerência (Sturgeon, 2008: 10). das ao longo dos diversos nos da cadeia.
1:;;:,:;: !ii:ii:!t!
t que a cadeia e dirigida pelos produtores e
:
A perspectiva do cmlvia global de valor
r: !:::;"-7+
os ursos em que fi cadeia é dirigida pelos de controle explícito e assimetria de po- São mciitorios os esforços do Sturgeon
l der, passando pela quase hierarquia, com (2008) ti de diversos pesquisadores rio sen- traz diversas vantagcns para a análise so-
i,
iii
conipràidores. Estas duas configurações de
i{58:
ciológica dos processos de reestruturação
< cartelas de produtos implicairi dois tipos controle significativo do comprador sobre tido de solidificar a base teorica da estru-
industrial e das traiz:<toi'iiiriçõos no mundo
ri
o fornecedor e alto grau de coordenação tura analítica da abordagem (Torloni global
;;
de firmas lideres: a) Cadeias dirigidas pelo
l explicita. até as "redes de empresas", tí- de valor. Sturgeon (2008) enfatiza a possi- do traballio: traz a dirnoiisào internacional
L; , : r i-t=.;::
picas do modelo italiano de distrito indus- bilidade de haver coriibinações de pad rõcs
i u ; : i i:: ; ;
Í;;
em geral transnacionais, desempenham os
trial, no qual as relações de poder entre as de governo em diferentes partes da cadeia estabelecer c.ompzii'aç‹')es - rfstahelecendo
=i
‹
das indústrias intensivas em capital e tec- um forte comprometirriento mútuo. 4. A ahordag em cadeia glob‹1lci'e valor ‹Í:
:_.›=. -i.«sA.i-,»~_
:
go da cadeia do produto e entre diferentes
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nologia, tais como as de automóveis, com- Sturgeon (2008: 8] aponta um outsour- uma ferramenta analítica que possibilita
cing wave que tem levado os "produtores" ganhos importantes em terlnos de com- cadeias; traz a diriiensáo do poder e das
!: i F €; ?+ !:: ::
putadores, aviões e maquinaria eletrônica;
nas cadeias dirigidas pelo produtor a se preensão do dinamismo das atividades relações hierárqnicas extrajmlaiido o ain-
Í!
sao firmas lideres neste tipo de cadeia,
por exemplo, General Motors, IBM e Dell; tornarem mais buyer-like. O autor formula Ofonôinicas dispersas geograficamente e biente interno da orgaiiizaçrao corporativa
b) Cadeias dirigidas pelo comprador, nas uma crítica da tipologia de Gary Gereffi integradas funcionalmente. A aborrlageiri em direção às liieiarquias que se formam
argumentando que há um dinamismo, vai além do modo tradicional de análise nas complexas redes que conectam tra-
: ::; : ; :;Ei
quais grandes varejistas e comerciantes 1
proprietários de grandes marcas desempe- seja em termos tecnológicos, seja em ter- zl econômico-social centrado no estudo de balhadores, empresas e paises. redes que
nham o papel central no controle das redes mos de aprendizagem no nível da indús- caso de uma empresa ou industria isola- configuram novas divisões internacionais
l
iilii
tria e da firma, que se propaga tanto nas de traballio; possibilita pensar as relações
! É:'i;
t flü. enfatizando a interconexão dinâmica
produtivas; é o tipo de cadeia comum nas
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indústrias mais intensivas em trabalho entre as diversas atividades econômicas,
l.
; it:É
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( cadeia JC Penny, Sears, Wal-Mart, Nike e
Ele identifica cinco modos genéricos de
1. ção centro-perilerífi.
=
Portantes da análise setorial tradicional,
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Referências ______; Morris, M. A Handbook for Value Chain poração do progresso técnico. Na década
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-itui;::iríiíj*iii:,iÍ:;:i:::;
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Research. Brighton: lnstitute of Development wi'
zm
de 1960, Theodore Schultz, professor da
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E : -: -r I c E , ; . . : : ! i I :.:
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:
ford, CA: Staiiford University Press, 2009. balhador aparece como fator de aumento
o a--:==
i!gíi; i ii ij i i í í: ; : i i i i eiÉi
ffi, Gary; Korzeniewicz, Miguel teds.]. Commo-
; à: áÊi I i ; ; ; Í:
(ÍASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. 4. de produtividade. A qualidade da mão de pitalismo e de busca de aumento da pro-
dity Chains and Global Capitolism. Westport.
ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
CT EUA; Londres; Praeger, 1994. obra obtida graças às formações escolar e dutividade, publicou os textos que forma-
«l,,¡
f :é iãrI;
FLEURY, A., FLEURY, M. 'IÍ Em busca de meto-
dologias para o estuda de cadeias de valor. ln: MARX, Karl. O Capital- Critica da Econaniia profissional potencializaria a capacidade lizaram a nova teoria. As raízes da Teoiia
GITAHY, Leda; LEITE. Márcia de Paula [orgs.). Politica. Rio de Janeiro: Civi.lizar;ão Brasileira,
do Capital Humano encontrain-se nos es-
:
de traballio e produção. Os acréscimos
É
Novas tramas produtivas: Uma discussão teori- 1975. livro 1, v. 1.
tudos para se controlar e manipular o fator
I
marginais de formação proporcionariam
:-tr ::-
‹¬o-irietodológica. São Paulo: Ed. SENAC São OLA\r'E, M. E. L.: AMATO NETO, J. Redes de
!iii=ÍÍiiiiii !:i:
j;í: i*;;;iãr :;::
Paulo. 2005. Cooperação Produtiva: Uma estratégia de com- acréscimos na capacidade produtiva, o que humano na pro‹l1içäo, os quais têm, como
GEREFFI, Gary. The organization of buyer-dri- petitividade e sobrevivência para pequenas e
médias empresas. Revista Gestão e Produção. v. permitiria maiores ganhos para as empre- referência, 0 quadro tr'â‹:nico o disciplinar
von commodity chain: How U.S. retailers sha- v~``tnã:
~ut.-›wgu›'-1Ir›un-.-ñufh
pe o\~'et'S‹?aS production networks. 111: GERE- 8, ii. 3, p. 289-303, dez. 2001. ft sas e, também, para os trabalhadores. Na da gerência cientifica, elaborado por F. _`.
T-`l`~l. Cary; KORZENIEVVICZ, Miguel t`eds.]. SMI'I`l-1, W WT; SMITI-i-DOERR, I., Networks segunda perspectiva, a Teoria do Capital Taylor, e que reriparecern na contempora-
i
Conmtodity cnoins and globo! capílalism. \Vvst-› and Economic Life. ln: SMELSER. N. .I.; SWED-
Humano destaca estratégias individuais neidade sob o enfoque das lielacôes liu-
Êi :-.:-
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gmding in the apprrrel commodity choiii. Jour- sity Press; New York: Russell Sage Foundation. l1973a, l973h) teve repercussão mundial e
dor aplicaria um cálculo custo-beneficio
nal ot lntornatíonal Economics, 1999. 48: 37-70. STURGEON, Timothy. How do we define vo-
no que diz respeito ä constituição do seu rendeu-lhe, em 1979, 0 Prëntin do Banco
iii
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fÍo\'~.>t'narir'c and Development. ln: Sl\'lEl,SlÊ.R, MA, EUA: M IT - Industrial Performance Cun- "capital pessoal", avaliando se o inves- Central da Sufëcia em lioirianagein a Al-
N. J.: SWEDHERG, R. [eds.) The Handhoalâ' tcr, 2000. fred Nobel [equi\'o‹'adaiii‹,-nte intitulado
timento f: o esfnrçfi enipreqados em sua
::-
of Ifcormnric Sociology. Princeton and (hloid: SIURGEON. Timothy. From Commodity
lliiiicefnii University Press; New York: Russell
Same l"`‹›undati‹›n, 2005.
;ri= ãS; ;:;ÊiÊ:i
(,`t¡‹¡m.s to Value Chains: Interdisciplinary The-
ory Building. ln: Age of Globalization. Cani-
formação seriam comp‹›nsados em termos
de melhor remuneração pelo mercado no
Prêmio Nobel de lšrorioimal. A teoria teve
um impacto expressivo no 'l`‹ercciro Mirn-
r?
)-
=
_? ____; KORZIENIZÊWICZ, lvligtiul, KCIRZE- biiclge, MA, Eli./\: MIT- Industrial Perfornian- do, sendo cunsideratla uma alternativa a
futuro. A Teoria do Capital lfurnano, cujo
: i.- ç!c!
N]EV\f'lC'¡., Roberto R lntr‹›du‹'tinn: Global cc Conter, 2008.
ser alcançada pelo des‹_~nvolviinenfo eco-
;Í
f,`omm‹›dity Chains. ln: Gereffi, Cary; Knrzu- prestígio é cíclico, é uma derivação da teo-
ni‹-x\\i‹:z, Miguel (eds.i Commodity Chains and ria econômica na-oclasslca, segundo a qual nômico, a fim de se redu'1.irt-.in as dosigiial-
: | 7 -- 7
Lilobul ffripitulisni. Westport, CT, EUA: Praegcr.
CAPIIAL HUMANO, TEORIA no
Í: :;; i;ii ;Êi,::?i
à!i
É, §i iii;; tiã;;;;
I o traballio é considerado um fator de pro- dades sociais e aumentar a renda dos iu-
i
________M; liUMPl¬lREY, John; STURGEON, Ti-
/flntomo David Cattani dividuos (Frigotto, 1995). O cntuntliriieiito
ri1
mothy The Governance of Global Value Chains. "'`.Í.z,q.-›'=¬\.z-¿i~u.m_a«-›i.¢»f-¡ .u"\-,.¬-.À' . dução valorízável ao rncsmo tonipo, uma
V
Review of International Politica! Economy. Rou- de que a educação seria coiiiparável a um
Colalioraçíiti dc- lšmiida Espfndula reafirmação do axioma liberal do indivíduo
tlodge, 12: 1, p. 78-104, teh. 2005. 't:
.,_
.›
ui livre, soberano e racional. Com d CFÍSB (10 investimento produtivo tomou corpo na
: :!'-ir-:-
________: KAPl_.lNSKY, Raphael led.) The Value .t:
1. A teoria do capital humano é um .M
of Value Chains: spreading the Gai ns from Glo- modelo tayloiista, ela ressurgiu associada área econôinicra, a ponto de ‹':sti.rnulai' um
à::;i!iÊt::;;c
íii:ãi;; :i i;r ;
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i il
;
? .: o --l Àf-
(3) Brighton: Institute of Development Studies; «ill
associa trabalho humano a capital físico,
i
University of Sussex, 2001. empresa e do papel do sistema ‹~1du‹fa‹rio- Economia da Educaçäo. Kenn‹:1.Armw, ou-
HOPKINS, 1". K.: WALLERSTEIN, 1. Commo- ambos tidos como fatores de produção
:
nal. As referências à ideia de que 0 aper- tro premiado pelo Ba neo Central sueco, em
ã:;tÉ::;:; ,
i;i i ;: ;;:Í
;
Prior to 1800. In: Gereffi, Gary; Korzeniewicíf.,
l\/ligue] (eds.]. Commodity Chains and Global nómica a partir de cálculos utilitaristas de positivas entre educação e salários. Na sua
i
eficiência do trabalho e do capital encon-
É t,
x l
Capirulisni. Westport, CT, EUA; Londres: Pra-
rnaxiiiiização do beneficio individual. Sob Teoria do Filtro, procurou demonstrar que
=
eger. 1994. tram-se nas obras de Adam Smith e de Karl
a alegação de promover as capacidades Marx. Entretanto, essa ideia Ioi, durante a educação operária funciona, principal-
i 7::t ;,
ti:É."=;
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Y:-_.-^- "_.2. --.,~.-.-
I›lUMPl-IREY, John; SCHMITZ, Hubert. Go-
vernance and Upgrading: Linking Industrial humanas, esse quadro teórico reforça o muito tempo, ignorada pelo pensamento mente, como um processo de seleçao dos
| ;: .:,'
=
Cluster and Global Value Chain Research. IDS
Wortking Paper. 120. Brighton: Institute of De-
domínio ideológico do capitalismo, acir- É›-.Q~. econômico tradicional. Os aumentos de individuos, reforçanclo a estratificação so-
valopnicnt Studies, University of Susscx, 2000. rando a concorrência entre os indivíduos 1!' F'T0dutividade eram explicados pela Ca- cial (Arrow, 1973).
L
K/xPl.lNSl<Y, Raphael. Globalisation and Une- e transferindo, para os traballiadores, a Sob outros ângulos, essa posição apare-
ii:
pacidade gerencial, pela intensificação do
i:ç
qualisation: What Can Be Learned from Value
responsabilidade pela existência das de- trabalho, pela eficiência da política econô- ce, também, na visao sociológica de Bour-
cc
Chain Analysis? Journal ol Developmeiit Stu-
,.-_._,.-»
dies. V. 2. n. 37, p. 117-146. 2000. sigualdades no mercado de traballio. ¢` . mica, ou, mais frequenteincnte, pela incor- dieu 'e de Passoron [B0urdieu; Passeron,
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Ar~.-"Tomo D. CATTANI & Lor‹ENA HULZMANN DICIONÁRIO DE TRABALHO E TEcNo1_oerA
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1964; Bourdieu, 1970). No Brasil, as ideias
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tanto, uma decisao pessoal. Cada indiví- criticas apontam para irrsuficiências empí- rendimentos superiores; outros se acomo-
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de Schultz inspiraram diversos`*autores duo investiria até o linrite no qual o esforço ricas na fundamentação da Teoria e para a dam em patamares inferiores. A segunda
rr:!
vinculados aos governos militares pós- deixaria de ser rentável (Becker, 1962, visão equivocada sobre o sistema escolar e conclusão, decorrente da primeira. é a de
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1964 (Simonsen. 1969; Langoni, 1974). 1975). Para esse autor, a escola seria neutra sobre os limites do livre arbítrio na consti- que o sistema educacional apenas res-
n ar
Predominou, nesse período, a noção de e o calculo dos agentes adaptar-se-ia de tuição do “capital pessoal". Rossi denun- ponde às demandas individuais, não ten-
X^_
que, por meio de políticas educacionais forma a maximizar seus ganhos em face ciou, ainda em 1980, a visão conservadora do como atribuição promover a igualdade
impostas de forma tecnocrática, seria pos- das dificuldades impostas pela realidade
E do que ele chamou de “messianismo pe- de oportunidades. Legitimam-se, assim,
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7,9
ãe
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sivel promover o desenvolvimento econô- social (Clerc, 1993). A Teoria do Capital dagógico": a educação generalizada im- as propostas neoliberais de desmantelar
mico. Wagner Rossi (1980), entre outros, l-lurnano também se relaciona às recentes plementada pela tecnocracia elitista não o setor público e de traustormar a educa-
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ÊÉi; iÉi:: ;i: :=i+: ?1E,:j;í! íãiiii il
Íi:i
É;
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;iiíi:iaÍii: ir:::i:ià::;:5;i
demonstrou que havia uma grande dife- rt-:definições do padrão de gestão do traba- buscaria reduzir a desigualdade de opor- ção num negócio submetido à lógica do
E
aI;-:;:: I ii Ii:, i i:
cas limitadas, resultando na manutençao ra em escala internacional, obriga as em- relações sociais de produção (Rossi, 1980). a ser de iniciativa empresarial, atenden-
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de privilégios para setores específicos. presas a desenvolverem estratégias O discurso sobre a necessidade de mão de do a interesses particulares e localizados
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'teoria do Capital Humano, então reforça- mcrrto dos trabalhadores no processo pro- da produção, rios interesses particulares materializado nas universidades corpora-
cker, outro premiado pelo Banco Central fisticados e caros. A contribuição da mão que ocorreu no Brasil, nos últimos trinta assim, os princípios de igualdade de opor- QE
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sueco, em 1992. Becker, professor da Uni- dc- obra qtraliiicada. até então subestimada anos, é a prova desse desencontro: os re- tunidades, de democracia o de solidarie-
ver^si‹iad‹': dc Chicago, valeu-se da 'Teoria no sistcrrra taylorista-Íordista, passou a ser cursos realmente alocados para a educa- dade, que se articulam em torno da escola
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do Capital lluniarro para explicar e justifi- valorizarla para atender às novas necessi- ção foram muito inferiores aos anunciados pública, unitária e politécnica, sob a Ótica
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car as diferenças de salários como sendo tlades das empresas. Políticas especificas ÍÍ nos discursos e nos planos empresarias da emancipação hurnana. A Teoria do Ca-
de responsabilidade dos próprios trabalha- de formação passaram a ser adotadas se- e governamentais. A perspectiva critica pital Humano, ta] como é posta em prática
dores. Ao mesmo tempo, buscou explicar a gundo princípios de seletividade dos tra- aponta, também, a estratégia utilitarista pela lógica dominante, pode ser entendi-
torrnaçao das prelerêricias dos consumido- ballradores. Em função de mudanças no .., adotada pelas empresas rio que diz respei- da como suporte ideológico das transfor-
res. Para ele, o cálculo racional nao se limi- gerenciarnen to do traballio. a Teoria do Ca- to à formação profissional. A valorização mações atuais do movimento do capital, fi
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taria às questões ecorrôrnicas, mas poderia pital l--lumano alcançou. nesses últimos do capital humano permite a apropriação no sentido de que tenta, do ponto de vista
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de qualidades sociopsicologicas do traba- tt
ser aplicado a todos os aspectos da vida so- dez anos, um grande prestígio. Ela se rela- da teoria económica liberal, construir uma
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cial (casamento, amizades, religião. lazer). ciona às práticas e aos debates que dizem lhador, promovendo o consenso e o espíri- noção mais alargada de capital e inovar o
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No que concerne à educação, essa versão respeito à segmenta ção do mercado detra- t to de lealdade à empresa, acenando corn a entendimento da categoria trabalho. a fim
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do utilitarisrno racional supôs que a forma- balho. à politecnia, à polivalõncia, à tlexi- ilusória possibilidade de participação au- de refinar a subsunção real do trabalho ao
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ção aumentaria a produtividade. Quanto bilização e êt qualidade total. Ela se situa, tônoma 0 livre no processo produtivo. capital e ser instrumento politico de ofen-
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mais o indivíduo investisse na autoforma- tarnbém, no campo de discussão sobre o 5. A Teoria do Capital I-lumano funda- siva contra a resistência dos trabalhadores.
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ção. na constituição do seu capital pessoal, neoliberalismo em educação (Gentili, :S menta-se na crença de que todos os indi-
tanto mais valor de mercado teria. Porém, 1995) e sobre o papel da formação dos tra- .'0- Víduos têm condições de tomar decisões
.z Referências
os individuos são desigualrnente dotados. lialtradores corno elemento emancipatório livres e racionais. Seguem-se duas conclu-
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Para alguns, a formação exigiria muito ou condicionador da ação. É sões a esse axioma. A primeira é a de que nol of Political Economy, v. 2, n. 3, 1973.
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mais eslorços que para outros, Cliegandti 4. As críticas a Teoria do Capital Huma- dS desigualdades sociais e as diferenças na
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_ Human capital. New York: Columbia
ro. Corrtinuar ou nao os estudos seria, por indicações de Frigotto, 1995: 42-58). Essas zfl Vêstem mais na sua educação, garantindo University Press, 1975a.
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ANTONIO D. CATTz\Nt & Loruë.\'A }l‹›1.zMANN ' D1‹:roN/'uno DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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__V___v. A frecrfíse on the fomily. Cambridge: seu ingresso no :mercado de trabalho. O prescrito. Aumenta, assim, a pressão so- trabalho z uma vez que este pode estabe-
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modelo de competência sustenta-se na bre o trabalho em funçao da interiorização lecer as formas de remuneração do tempo
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Paris: Minuit, 1964.
des necessárias para agir e decidir cm promisso com os resultados. A cultura or- salariado, mas nao sua disponibilidade a
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__; Lo repioduction. Paris: Minuit, 1970.
iiii situações iniprevjstas. Essa redefinição
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ganizacional, ao buscar tornar-se central mobilizar-se e a engajar-se ao trabalho de
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CATTANI, A. D. O ideal educativo e os desíg-
nios do capital. ln: BIANCHETTI, D.; QUAR- conceitual associa-se à transformação das e estratégica, força o indivíduo e o grupo maneira completa e vigorosa.
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TIERO, E. (orgs.). Educação corporativa. São 1
formas de gestão do trabalho, alterando a a tornarem-se autorreguláveis. Em oposição ao modelo do saber fazer,
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Paulo: Cortez, 2005.
bierarquização dos empregos, a avaliação 2. A definição de rfomlivtência associa-se proprio da noção de qualificação, o modelo
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CLERC, D. La Thóoric du Capital Hurna1n./U-
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ternotivcs Economiques, mar 1993. das atividades, a remuneração e a ênfase à promessa de transformação das relaçoes de competência impõe a ideia do saber ser,
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FRlC3C)'l`TO, G. Educação e crise do capitalismo da formação profissional (Ségal, 2005]. O
il. entre 0 empregador e 0 assalariado e está cuja definição apresenta um forte compo-
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real. São Paulo: Cortez, 1995. z|z
modelo de gestão que toma a noção do presente no cerne da ideia de empregabi- nente relacional. Para fazer frente aos im-
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GENTILI, fl (org). Pedagogia da exclusão: crí-
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competência como central propõe uma Y: lidade, tal como apresentada pelo discur- perativos crescentes de flexibilidade. os
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tica ao neoliberalismo em educação. Petropolis:
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Vozes, 1995. diferentes modos de saberes (técnicos,
individualização crescente do re‹.'‹)r1lir›ci- SO das novas formas de gestão ffioltanskií
!:
,_,__,___; SILVA, T. (orgS.]. Ne0liberolí.smo, quali- mento das habilidades necessánas ao tro- Chiapello, 1999). A gestão das cornp‹-.t‹"ân- práticos, generalistas, comportamentais]
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d‹'1‹f‹> total e eu'uc‹rção. Petrópolis: 'vu'/.es, 1994.
cias Ó apresentada como uma resposta aos devem ser colocados em relação uns com
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balho e à sua rernuneração lPiotet, 2(l0$l).
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ROSSI, WÍ Capitalismo e educação. São Paulo: portância coin as transformações do rnodo titividade por meio dc nm incremento da cias passíveis de sr-roln ativadas a partir
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l\/loraes, 1980.
de produzir c trabalhar nos anos 1980. autonomia e niobilizaçäo dos trabalhado- das diferentes situaçoes que se manifes-
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Fi/\UL, R. As raízes 1'e11egadas (Ia teoria do ca-
quando ii mobilizacão e 0 engajainmitv da res, assim como uma uxigêricizi inédita tam. O modelo de comp‹›tência associa-se
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pital humano. Sociofogios, Po1toAlogre, ano 6.
ri. l'l,p:l._1'(l‹37.. 2004 mão de obra tornam-se tâlmnentos liirzria- de inovação. Ao se apresentar Conto uma ao sistema Iécnico-opt-ratório, à organiza-
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SCHIILTZ, T. O capital humano. Rio de Janei- mentais para a garantia da q1mlirla‹le-- do resposta às criticas do empobrecimento ção do traballio e ao regime de mobiliza-
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Apec, 1969. competência associa-se às exigências do e metas das empresas. Nessa direção, os por outro, há as n‹›.c¬essi‹lados de o traba-
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COMPETÊNCIA
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da reest:1'uturaçào produtiva. A dis‹í'1rssäo al de fluidez produtiva 0 social, devendo interessante, a lógica do modelo de com-
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(jinoro Lerrer Rosenfield das competências surge como forma de z-1* Os trabalhadores serem capazes de reagir petência vom, teoricamente, fazer a me-
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Henrique Caetano Nardi
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bilidade, de autonomia e de tornada de
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níveis, quais sejam: na adaptabilidade às nizacional. Algumas ressalvas, no entanto,
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1. No campo da gestao de recursos hu- diferentes circunstâncias para gerenciar iniciativa e de decisão, aliadas à disponi- devem ser feitas. Primeiramente, as com-
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pesso‹:ris" do trabalhador, tais como espi- 1' Se relacionar e de aprender, traduzem a [Reynaud, 2001), sejam elas ligadas à cm-
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híerarquizados e diferenciados. O traba-
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rito de equipe. iniciativa, pró-atividade, lhador deve produzir de maneira autóno- «~¬_» llêcessidade organizacional de ir além da presa em particular ou ao :setor de ativida-
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interesse, atenção, flexibilidade, mobili- ma 0 mobilizar suas competências de ina- Plescrlçäo das tarefas. O traballio real ne- de. Assim, por exemplo, ser pedreiro na
zação subjetiva e capacidade de comu- neira a reagir com o máximo de eficácia Cessita mobilizar competências oriundas construção de uma usina nuclear não re-
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nicação e relacionamento interpessoal. tanto às circunstâncias previstas como às dos saberes, do saber fazer e do saber ser. quer as mesmas ‹:ompetênr:ias do que ser
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O termo nasce em contraposição a ideia aleatórias. A ferralnenta da gestão das coin- A questao colocada às organizações é de pedreiro na indústria da construção civil Ê*
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de qualificação marcando uma mudança petêiicias apresenta-se corno uma lorina de COMO garantir que os trabalhadores mobi- (Celerier, 2005). Em segundo lugar. a natu-
nas formas de avaliação das "qualida- incorporação e formalização do traballio lilüm competências inscritas no âmbito reza das competências pormanece proble-
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des" dernandadas aos trabalhadores para real e da transformação deste em trabalho da subjetividade, ausentes no contrato de máticaf Estarlam elas, as competências, no
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pré-determinadas ou relacionais e evolu- ção dos salários. Por último, a avaliação D. torgs.) Mcztérieux pour une Sociologie de
superioridade em termos de capacidade
1'1ndividu. Lille, França: Presses Universitaires
tivas? Há, ainda, o risco de se pensarem de competências é feita, de maneira geral, explicativa (Tartuce, 2004). Essa perspec- du Septentrion, 2004. p. 232-254.
as competências a partir de uma lógica com base em entrevistas individuais, que tiva baseia-se na visão relativista da quali- RAMOS, M. N. A pedagogia das competên-
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snbstancialista ou estritamente cogniti- servem ao recrutamento (quais compe- cias: autonomia ou adaptação. São Paulo: Cor-
ficação de origem francesa (defendida por tez, 2002.
vista (Floch, 2004). Ein terceiro lugar, as tências sáo desejáveis), à promoção (quais .,_. .,u. ;,›. ,.~ _¬. Pierre Navillo), segundo a qual a qualifi- REYNAUI), J. Le management par les ctinipé-
ElÉ
coinpetências de natureza subjetiva de- competências são mais necessárias e va- É
5 cação é entendida como uma construção teiices: un essai rfanalyse. Sociologƒe du Trovuil,
z V. 1, n. 43, jim.,/mar. 2001. D05siurCornpélenCe.
senibocam em demandas por determina- lorizadas), à mobilidade interna (quais so‹:ial derivada das relações ‹¬apitaI./traba-
das cara‹'ten'sticas de personalidade; a SÉGAL. lí. Les cnmpétences "relationelles"
competências se fazem necessárias à atu- lho e da lógica da cultura que influencia en question. Les Cahiers d'É\/ry. llvryr Centre
avaliação individual passa a ser um modo ação ante uma dada produção em deter- o julgamento e 0 reconlieciinento que a Pierre Naville; Uniwsrsité d'Evry, 2005.
E;r=-:€:
5.....-.s-¬
do apropriação pelo trabalhador - a recru- minado setor), ao treinamento e a formação 'l`AR'1`l.JCE. G. L. B. P Algumas reflexões sobre
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Sorfietlade faz dos individuos e das ocupa-
tar, a promover ou a iiianter no emprego a qiialifiraçëiri do traballio a partir da sociologia
de pessoal (quais conipeténcias devem
;
ções. Tartuce (2004) defende que, em um francesa do jiós-›qu‹.-i^i-â-i. Fdunição 8. Sociedade,
dos comji‹iiiaint:ntos esperados e dese- ser desenvolvidas), ao aprimoramento da contexto de forte desemprego, de sugnien- v. 25, n. 87, p. 353-382, maioƒago. 2004.
ii;:
jados pela organização, o que aprimora os organização do trabalho (quantos devem i tação do mercado de traballio c de flexibili- ZARlFl.AN, ll O modelo do cornpefénciu: traje-
tória histórica. desafios atuais e propostas. São
meios e modos de Controle da organiza- possuir tal ou tal competência, qual nivel i zação dos vínculos empregaticios, torna-se
;iij:iz=; , ;':l;;7";i:iÍ.itã§r:l
Paulo: St"na(', 2U0.'l.
1
çao sobre os trabalhadores (Durand, de polivalêiicia) e à escolha de quem fica- fundamental recuperar êi compreensão da
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2003). Outra ressalva Õ. a de que 0 modelo rá e de quem será despedido (quais com- construçao social da qiialilicaçao, opondo-
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CONSÓRCIO MODU LAR
ç;;!i:: Êsii:*;it;EÉ;i;!
i.
dz- coiiijicêten‹`ia. -:io apoiar-se em uma di- potências são obsoletas, quais podem ser Fi a uma perspectiva iii‹lividuali'¿ante da
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Elaine Mrirlriva Verizon Francisco
1:;i;;
nâmica de "rlest:nvolvimento pessoal", aproveitadas). Avalia-se, assim, urna ra- noção de coii'ij_ic1êii‹_¬ía, pois a perspectiva
i;:;i,
visa desenvolver roiiipetëricias de nature- ;,,,.. ¬. . . -
pacidade infinita para aprender e inovar
i; relativista da qualificação pr-rinite com- 1. Con.'›'ór(.'io modular Ó uni conceito de
za intra e iiiteisubjetivas e a promover 0 nos mais diferentes contextos. A compe- preender como a gestão das ‹'onipot‹"ziicias organização da produçao pautado nas ca-
lioin-estar ‹›, a integridade do sujeito. En- tência torna-se uma exigência simultane- articula-se às formas de tloiniiiaçäo carac- racteristicas da produção onxuta, através
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tretanto, o niodelo, igualmente, desenvol- aincnte de saber-ser e saber-devír, as teristicas do capitalismo contvinporáneo.
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do um just-in-lime cxacerliëitlo, na qual os
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ve novas lorinas (le dominação e aumenta quais são de dificil avaliação. lornerfedores parti<ripain da moiitagein do
irí; : : ; E â: I i:: ;Zç
a carga psíquica presente no trabalho, as- 3. Além dessas questões, cabe salientar produto dentro da fabrica contratante. A
Referênrrias
sim como o controle sobre 0 sujeito. Ade- que não existe um consenso na definição inoclnlari7.ação da produção tem se confi-
BlTEN(IOUR'l`, C.: BARBOSA. A. C. Q. A gos-
i:;i!:ii::;ii,i:r:r
mais, o inodtàlo de competência engendra do termo competência. A revisão da lite- ..,'',. ._._-._
j
=;;iÊ;ii;i:ii:
iiifliiêiitƒiêis péi1°ad‹i>;ais no coletivo de tra- ratura realizada por Bitencourt e Barbosa ÍOTÇIJ. Gestão contemporâneo de pt=-ssoos: no- automobilístico, de modo que a maioria
balho. Ao mcsiiio tempo em que prevê o Vas práticas, conceitos traflicioiiais. 2. ed. Porto
(2010) aponta para pelo menos vinte de- das empresas tem adotado variações des-
A.leg1'e:Bookinan, 2010. p. 175-196.
desenvolvimento de atitudes polivalentes, finições distintas, com ênfases diferentes. te modelo. Dentre as mais diversas expe-
BOLTANSKI, L., CI¬lIAPELI.O. E. Le Houve) es-
cooperativas e relacionais e de qualidades Segundo este levantamento, os autores do prft du tflpifcilisrne. Paris: Gallimard, 1999. riências de iiitidiilarização da produção, 0
coiiiiinicacionais e de socialização de in- campo da gestão de competências privi- CÉLÉRÍER S. Cumpétence collective et qua- consórcio modular é a mais radical, dado
::ir;iã;É
I
lités individnelles. Contribution à une ana-
formaçoes, o contexto é de competitivida- legiam, nas suas definições. uma deter- que 100% da planta está assim organiza-
lyse sociologique de la siibjt>‹'ti\¬ité au travail.
de crescente, visto que a competência minada combinação de perspectivas em In: DURAND, .l. P; LlNl-{AR1Í D. (orgs.), Les da e constitui 0 caso mais expressivo de
avaliada Ó sempre de natureza individual. ressorts dela iiiobilisafioli ou trai/oil. Toulouse,
torno da ação, da formação, da aprendi- liorizontalização das relações interfirmas.
França: Octarès éditions, 2005. ji. 1:39-166.
A conipetitividad‹.›, por sua vez, é incre- zagem, dos resultados, das aptidões, das flfii DÍETRICH, A. La dynamique dos compe- Nele. os fornecedoies se encontram den-
mentada pelo enxuganiento das organiza- dinâmicas de interação c do desempenho. ._-,1 lç-'¡1í`\*5, point aveugle (105 techniques rnanagé- tro da fábrica como unidades de negocio e
.i
ções e pela redução da força de trabalho. Ilales. Formation Elnploi, n. 67, p. 9-24, 1999.
Ainda que o termo esteja relativamente vii
participam da inoiitagein dos veiculos di- -w ú›«.‹»-›
Ainda nessa direção, as formas de remu- DURAND, J. P A refundação do traballio no
consagrado, existem críticas à sua utiliza- fluxo tensionado. Tempo social. Ion line). v. 15, retamente na linha; não há produção, ape-
neraçao e promoçao dissociam se dos ção em substíuição ao conceito de quali- “› 1.11 139-isa, 2003. nas montagem. Uma experiência inédita é
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levada a termo pela fábrica de caminhões Collor, em 1990: com a abertura do merca-
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Esse processo aparece nas relações um nível bem abaixo das expectativas,
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0 onibus da Volkswagen (doravanter VW) do para produtos importados e também com ~3
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interfirmas, nas quais as novas plantas.
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além de utilizar reduzida força de traba-
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em Resende. Rio de Janeiro, em que esta os incentivos criados pelo Estado. estimu- tanto de montadoras já instaladas no pais, lho com maior grau de qualificação.
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empresa é responsável pelos projetos. pela laram-se investimentos fora das áreas ge- como as de instalação recente tnewco- As características de produção enxuta.
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logistica, pela auditagem do processo, ográficas tradicionais. Uma importante mers). adotaram o sistema de condomí- associadas ao sistema de consórcio modu- I
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pelo controle de qualidade. pela Supervi- mudança no setor se dá a partir do Acordo nio. trazendo os fornecedores para dentro lar numa localidade greenƒield. possibilitam
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são geral do processo, pela venda e pelo das Montadoras. realizado no interior da do terreno (site) da fabrica. São os casos, a alta lucratividade da planta com a con-
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pós-venda [Francisco. 2004: 101). São sete Câmara Setorial Automotiva, em 1992. e quista de novos segmentos do mercado. 1
;
por exemplo: da General l\/Iotors, em Cra-
‹-rnpresas parceiras. mais a VVU que. dia- da edição do Novo Regime Automotivo vatai, RS. e em Resende. RJ; da Ford, em Esse tipo de organização da produção. pu-
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i ; ; ; t: ; ; i i i i i i Á' ; = ;; I e i i : ã : á o.:;i
rianu-,-nte. definem volumes de produção e (NT/R1, ern 1995, complementado em 1996 Camaçari, BA; da Volkswagen-Audi. em
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Xada pela demanda, no consórcio rnodular
padrões de qualidade. Além das empresas (Cardoso, 2001: 111). Segundo Ramalho e _(
ɧ I =:: lu ii1.;í:
São .José dos Pinhais. PR; e da PSA-Pew vai se configurar numa produção flexível e
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par‹:eiras. também chamadas do módulos, Santana (2001: 3), o Novo Regime Auto- geo!/Citröen. em Porto Refil. RJ. enxuta. No entanto. essas características ft
‹'-xistúi-';~m várias empresas terceiras que motivo foi um instrumento para consoli- O consórcio modular foi inspirado nas deixam a planta bastante vulnerável à
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atuam ern. tunções de logística, manuten- dar e atrair investimentos no setor auto- ideias do enger1l'1‹-iro .lose Ignácio Lo- ação Sindical. Os limites desse formato de
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fjño. recursos humanos. restaurante, lim- motivo. e seus objetivos foram: manter em
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pez de Arriourtúa. segundo as quais os organização baseado no just-i`n-lime, sem
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pe'/.a, sr-ëgumnça, entre outros. OS contra- funcionamento as montadoras e indústrias fornecedores são considerzidos parceiros a produção das peças em local próximo.
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tos dr, VW' corn os parceiros e com as de autopeças já instaladas; reestruturar as da montadora na produção, nos investi-
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‹›inpr‹›sas terceiras são temporários e po- empresas brasileiras do setor; atrair novas mentos e nos riscos. "distanci‹'intlo-sr: das o deixa vulnerável até à ação sindical de t
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tlzun ser ren‹›\'adoS OU não. companhias e estimular a construção de re1a(;‹`›es de e>:t‹:›1'i‹›rida‹it› que marcam as outros categruias en] outros lugares. Dado
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2. _\*os anos 1980 as formas de gestão da novas plantas e marcas; consolidar o Mer- terceirizaçñesfl' (/\rbi`~;: Zilbovicíus, 199?: o caráter bastante enxuto da produção,
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ti,-||rli¬_,‹`.‹› sofrerani transformagões consi- cosul e reforçar a posiçao do Brasil como 45-1). Segundo Rrnnzzllio rf Selritzâiiä. as esta fica mais d‹êp‹\n‹l‹=nt‹=~ da cooperação
‹i‹~r‹'tvt-is fi partir de experiências trazidas ator cliave, atraindo empresas que pode- '.-`*r,f‹I~“'1.-.»w^Iv*fi,nih.a-‹¬-`è»n4›^t‹.-~mw"u›'4n;"v~az‹-_'¬. -'
ernpnàsas do consnrr to modular por eles dos trabalhadores (-, também, do sindicato,
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do .lzipao e que passaram a intluenciar a riam investir em outras regiões. estudadas estivcrain en\'ol\'idas direta- pois. parando uma onipresa terceirizada.
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antiga gen'-nci‹1 científica. (Zilbowcius. Configurou-se. assim, um terreno fértil
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mente na construção das instalações da para-se a fálirica toda.
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15197: 285-287). Tais transformações foram para os processos de reestruturação das fábrica, investindo ali niilliöes de dólares. No caso da VV\{ apesar de ser um con-
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pautadas pela “produção de carros inun- empresas já atuantes e para a criaçao de Do ponto de vista do prot'râ~àso de trabalho, sórcio formado por oito empresas diferen-
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diais, utilização de tecnologias mundiais. novas plantas sob formas até então inédi- a experiência do corisontio modular traz tes, há uma politica minima de recursos
mercados locais. produção local desen- tas de organização, como os condomínios poucas novidades. O nível de automação humanos - e todos vestem um uniforme if
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volvida com base em referências globais". industriais e a experiência do consórcio Ó pequeno, apesar (ln seu lrryotlt ino\›'a- igual que só se diferencia pelo emblema
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entre outros [Zawi5lak; Melo. 2002: 107). modular. Cabe destacar ainda que, nos -:ti dor que the possibilita a execução de um da empresa. Os traballiadores do consór-
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No Brasil. essas novas formas de orga- processos de reestruturação das empresas just-in-tinie exacerbado. É uma fábrica cio são regidos por um único acordo co- '\
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de ponta. principalmente a automobilísti- fábricas no setor, incentivadas pelos acor- Também são conservadoras as relações de interno entre as condições e relações de
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ca, em um intenso processo de reestrutu- dos. há uma característica fundamental trabalho. no que tange às decisões sobre trabalho dos trabalhadores do consórcio e rt
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ração produtiva que envolveu toda a ca- que pode ser descrita como: "por essência, › Processo de traballio e funcionamento da dos trabalhadores terceiri7.ados. -r
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deia de produção na busca da produção urn processo de hierarquizaçáo da cadeia
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enxuta, a partir dos anos 1990. Essa deca- produtiva e de redução do número de forne- É t
há pouca autonomia dos operadores sobre da integração de diferentes empresas sob
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da foi marcante para 0 setor automotivo. cedores e. nesse sentido. um processo que -â
05 processos. Sindicato ‹› comissão de fá- o mesmo teto ou, corno di'/.em alguns ge- r
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No bojo do processo de 1'eest1'uT.uraçã0 das concentra atividades de maior conteúdo brica não participam de dz_›‹:is(›es rrrfeien- rentes, os desafios de “trabalhar na casa
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‹ânipr‹›.‹a.‹; foram realizados acordos que tecnológico nas mãos (le um grupo redu- les à produção (Rarnall1o; Santana, 2002:
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do Cliente", é tarnbern significativo. Evi-
dc-finiram 0 desenvolvimento do setor nos zido de empresas, os fornecedores de pri- 93)- É uma fabrica poupadora de mao de denciam-se conflitos de culturas geren-
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1
anos subsequentes. A partir do governo meira linha" (Zawislak; Melo. 2002: 110). obra e que, portanto, gera empregos em ciais entre a \‹'olkswaqen e os parceiros rf
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entre os próprios parceiros; entre Volkswa- tagem e cria, com isso, espaço e tempo
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ZAWISLAK, Paulo A.; MELO, Aurélia A. A
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gen e parceiros na relacao com a represen- maiores entre o fornecimento e a produção, Industria automotiva no Rio Grande do Sul:
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tação de trabalhadores e com o sindicato; ampliando a margem de estoque para uma
semana. O trabalho é realizado por tercei-
impactos recentes e alternativas de desenvolvi-
mento. In: NABUCO, Maria R.; NEVES. Mag-
usuários em potencial. Enquanto a princi-
pal funçao do panóptico era garantir que
na relaçäo' entre parceiros e sindicato; e
iE Í i i5 :A§~_.› -›-«_=›m- dfl de A.: CARVALHO NETO. Antônio, M. de ninguém escapasse do espaço vigiado, a
[orgs.). Indústria automotiva: o nova geografia
entre parceiros e comissão de fábrica. Pode- rizados de uma_ empresa de logística. Ou
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ZILBOVICIUS, Mauro. Modelos de produção
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urna necessidade de articular saídas con- der as suas características principais. con-
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denciais adequadas. Ao contrário do pa- ¡...
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VICIUS, M. lorgs.) De JK ri FHC: a reinvenção nóptico, que impelia à posição vigiada, o
a produtividade contormando um clima lar de dificil reprodução. É
I dos carros. São Paulo: Sri-itta, 1997.1). 285-326.
banco de dados é um veículo de mobili-
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algumas das ideias traçadas por Foucault
interlirmas no modelo de consórcio modu- ARBIX, Glauco; ZILBOVICIUS, Mauro. Con- Carmem L. l'. Grisci a respeito do panóptico acreditam que o
sórcio Modular da V`\'v': um novo inodtrlo de
produc¿'io?. ln: ARBIX, (5. e ZILBCJVJCIUS, l\1. rápido desenvolvimento tecnológico, par-
enipresüriais que Se encontram em cons- 1.. Entende-se por controle rizornático ‹
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torgs.) Dc' JK ci FHC: a reinvenção dos carros. ticularmente 0 surgimento dos bancos de
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tante enfrentamento. No entanto, o pro- São Paulo: Scritta, 1997. p. 449-469. a forma de controle que, potencializada
.-«._-M;.«s›.-«¬.; dados, obriga-nos a repensá-lo. Poster
cesso é farrilitado pelo perfil de grecnrield, BO\'l€R_ Robert; FREYSSENEIÍ Micliel. Les
ii;
é
pelas novas tecnologias e de modo não (1990), por exemplo, refere-se ao super-
niotf‹`=¡r›s p¡'oductr`1s Paris, Édilions La Décou-
principalmente o perfil da forca de traba- confrontador, se expande e se invisibiliza t
i s;::-: i r =+ .? í: =: i. =E. j =ii:
(ÍARl)(Jt~1(J, /\.dalb‹+i“t‹› M. A Nova lace da in- que o termo panópljco eletronico é o que
dução da 0›‹pt¬1'ifrn‹'i¿| do consórcio modu- dustria automobilísticti brasileiro: ri tese do dades na forma de autocontrole. No mo- melhor capta a natureza da situação con-
lar em outros locais é que parece de ditítil ‹'oi:\‹_>rL¡èn‹'ia rt-visitada. Novos Estudos CE- delo fordista de produção ‹› trabalho, para temporânea em que todos estamos presos.
i'ealizti‹_¿áo. Passada mais de uma década
liR/-U”, Sao Paulo, u. 61, p. 109-29. 2001.
que o controle inipcdisse os movimentos Por sua vez, Lyon (1995), num estudo que i
-1
Iri; i;i: t,=t,1i11;.;;i3
tiva, novas institucionalidades c nego‹;iaçao da autônomos, impuscsse a disciplina e ho- oferece uma visão panorâmica da vigilân- `-i
ela ainda permanece como experiência llt.-xiliilitladu. São Paulo em Perspectiva, Funda- mtigeiwizasse o comportamento, ainda se cia, aponta 0 olho eletrônico como o auge ,.
única dentro da própria corporação. A di-
‹,-.aa sn/›.1JE, sào Paura, n. ii, p. 3-8, 1997.
t
fazia necessário manter os individuos fixa- da sociedade do controle. E Mansano na
l'1l¿/\.N("lf~I(Í(`), Elaine M. V. A Comissão enxutu:
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ficuldade pode residir na reprodução das :¬1‹_'_'äo política na fabrica do (:ons‹'›rcio Inodtrlar dos sob o fo‹:o da vigilância. No modelo (2009) indica categorias como vigilância
coiidições que viabiliza ram a implantaçíio vn: livsrâiidt-2. Bauru, SP: lítiilsc/z\npot:s. 2005, pós-fordislía de produção ou traballio ima- disseminada. controle-estimulação e con-
do consórcio modular, desde o linunttia- RAl\-1Al.ll(). .lose R.: S/\.N'l`AN.f\, Marco A. terial, em que o trabalhador é chamado a trole de riscos para dar a entender como
Prr›mc::sus 0 efeitos práticos da inzpluntaçiio do
mento público através de insumos, intra-
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ser sujeito do traballio, além de o controle ....Í
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os indivíduos participam ativamente em
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¡r¬z‹tii.striu outomohilístrkra no Sul Flurninense.
estrutura e renúncia fiscal, a localização Caxanibu, l\×1G: XXV En‹:on1.ro Anual da AN- prescindir da irnobilidade dos corpos para uma rede ampla e complexa de controle. tl.
i1:;:
P(`)(`S, 2001.
no eixo Rio-Sao Paulo, próxima ao 1ner‹:a~ se exercer, faz-se notar a demanda por cer-
iii! ii
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O controle sinóptico é outro mecanis-
_______À__À. A indústria automobilística no Rio de
do consumidor e de vias para exportação la diversidade e mobilidade. Para Bauman mo de poder que decorre do desenvolvi- »-â.-M _.› .‹,- .4_ .
g
.lanuiroz relações de trabalho em um contexto l J.
'51
(Via Dutra e Porto de Sepetiba). as condi- de desenvolvimento regional. ln: NABUCO, (1999), numa comparação que sc pode to- mento de novas tecnologias. O sinóptico
coes do mercado internacional para este Maria R.: NEVES, Magda de A.; CARVALHO
mar por contraste, tais modos de exercício é, por natureza, global -~ e 0 ato de vigiar
NETO. Antônio M. de lorgs ). indústria outo-
segmento automobilístico e o perfil da lor- do controle podem ser considerados sob a
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ntotiwr; ri nova geografia do setor produtivo. Rio independe da localidade e da distância .:*.-*t!.:' P.“`~.`
ça de traballio ali disponível. de Jtirwiroz DP&A, 2002. p. 83-103. denominação de panoptico O sinóptico. 5:
ein que se encontram os vigilantes. Se 0 *“^r---
Cabe salientar que a singularidade des- _____; FRANÇIISCU, Elaine M. vt Labour re- 2. Se o controle panóptico era uma arma panóptico podia ser relacionado à imo-
1i ; i:
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lations in the modular system: ten years of the Í
te modelo de producao tão enxuta ne- VW f.~›:p‹zn`0nce at Resende, Brazil. ln: PULIG- (Outra a diferença, a opçao e a variedade, bilidade ou ao sedentarismo, o sinóptico
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cessitou de ajustes, como a implantacao l\ÂAl\'()_ Valeria et ui. {orgS.). Flexíbility at \1'‹Jrl¬': @SSa não é a proposta que se coloca diante pode ser relacionado à mobilidade ou ao
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-
critico! dmfelopments in the international outo- vt»._¿¿_,_
de um centro logístico que opera interino- da nova relação produção/consumo ad- nomadisino. A sociedade de controle pas-
Ê
mobile industry. Londres: Palgrave Macrnillari.
EÊ
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diaudo os lorneced‹)res e a linha de mon- 2008. p. 151-171.
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Vinda do trabalho imaterial. Atualmente, sa, assim, a potencializar a invisibilidade i
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transformando hierarquias de observação
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infinito, pois possui diversos centros que
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do poder, que se dilui com as fronteiras ,..fg» -
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nues e com as redes flexíveis, despertan- são permanentemente móveis. e permitindo uma investigação poderosa, mesmo, se torna autocontrole intensifica-
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Tomando como base os estudos desen- tanto nas instituições corno na população do. Trata-se da passagem do poder disci-
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do uma sensação de aparente liberdade,
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volvidos por Deleuze e Foucault, Hagger- em geral, através de diversos centros per- plinar para o poder do management, que,
: i ; e : i : ! ; ; í ; : i i ; : : i ! i i :; i : : í a i i : : i : :
como se o corpo. o ritmo e o desejo não se
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submetessem a uma modulação continua. ã ty e Ericson (2000) sugerem que ocorre manentemente móveis. Tal como um rizo- segundo Gaulejac (2005: 83), se apresen-
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a “uma inoldagem autodeformante que um direcionamento do que foram os siste- ma que funciona por variação, o controle ta como “um progresso notável face à ca-
ii;i:
siÍ iiÉiij i;:: ::: : :,,i:j:: ;:;:i;
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mudasse continuamente, a cada instante" mas discretos de vigilância para a emer- tem grande qualidade de expansão e de racteristica opressiva e estática do siste-
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;i:
{Deleuze; Guattari, 15392: 221). gência de um conjunto de vigilância que regeneração. Indivíduos com distintas prá- ma disciplinar ".
É nesse sentido que se pode tornar o opera abstraindo os corpos de seus terri- ticas Iinariceiras, ed ucação e estilo de vida 3. O controle rizornático é fundamental
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Êiiii
ii=;iiii;ri:::ii:i:l,rí:ji:É=:;;;r
conceito rizoma, advindo da Botânica, tórios solidifícados e segmentando-os em entrarão em contato com diferentes insti- para que seja possível uma moldagem de
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tuições e, portanto, sutmieter-se-ão ao que si que envolve o corpo e a mento. Lern-
: ; ;;;t=: : . I ; r: i::!!:;âit ! :: I 1: i:
uma série de fluxos discretos, realinhados
i:, i::
para se compreender os modos como o
novo paradigma tecnológico potenciali- em distintos bancos de dados que podem se pode denominar sinopticismo. Isso sig- brando as caractortstirras aproximativas do
za rt roritrole na perspectiva do sinóptico. ser acessados para intervenção. Nesse nifica que, essonciâilmeiite, um grande rizoma, o que se observa é que o controle
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Alguns dos principais caracteres de um processo, estaríamos testemunhando um número de indivíduos pode ser rastrearlo instala-se em diversos centros permanen-
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e
i:; z: l: ; ::
ri'/.nina dizem que “diferentemente das direcionamento iizomático em termos de a respeito de alguma coisa em comum temente inovois - e que esses centros re-
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nu›\'-'z Ci l fz:G. ff. Elo nao tem conieço nem fim, banc¿uio mostra-se paradigniatico em re- para os individuos, manterem seu anoni- testa\'‹=is vstaii:-.'.|‹'‹:s. que refletem tanto o ti
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r j iÊi;;;: i ii i
ii;:.,'i,-'i+it-
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zf transl'›on,la" {De1euze; Gtlattari, 2000: zentes com a noção de trabalho nnaterial das instituições sociais. de f‹›rrainr›iitas alirm›nt¿ioas pelos próprios
32-33). Seis principios enumerados por u que implicaram inodificações nos rola» As configurações que o controle assume traballiadortâsg nu linzrz'-irquia, que não mais ”~'~.-.¡.¢:›-và«sa
;izu.ia.,i;'=::i:i
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cipios de Conexão e l-leterogoneidade (1 via sistemas eletrônicos; íideniais, ilustra subjetivo, característico da sociedade de ou cstínnilo ao cúmiprurnetinierito indivi-
ii
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fi 1!] explicitam que qualquer ponto de um a nomadizaçäo do controle instalado nos controle [Deleuze, 1998]. Ele distingue as dual; nos prot‹1‹':.›lo.×' de avaliação de de-
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,i: ;:i::;: it;i:t
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rizomõ pode e deve conectar-se a qual- ficliários de papel para o monitoramento inodzilidaclos o relações de trabalho na em- senipenho iritornxatizados. que não são
! ?1-,:,:: tt
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presa innderna, constituindo-se, ao mesmo contestados, por ta'/.eri=.in crer que sua
quer outro. O Principio de Multiplicidade eletrônico, ou de uma versão mais buro-
š tempo, numa forma de controle e domina- transparência fz oiijetividacte portam con-
,£,r..,r_.
(3) expõe ser sempre uma multiplicidade crática para uma versão mais teciiolúgica.
que fala e age, que muda de natureza ao Consoante a análise de Bauman (1999) ção do assalariado e também numa fonte fiabilidade e wgiiraxiçér; nos projetos de
ji
=
se conectar com outra, ou seja, qualquer em relaçao à constituição do banco de dados de possibilidades para sua emancipação, gestao. que expandeni as fronteiras orga-
I
a;.+
tragntmito, quando analisado. pode se e ao sinóptico, o dispositivo tecnológico que tal como apreciado por Zarifian (2002). As nizacionais até o lar dos trabalhadores;
iii; i.:;
i:ii;
revelar como sendo composto pelo todo. captura e controla a intimidade do cliente -.-'.-H. ._.a¡. facilidades tra7.idas pelas tecnologias fora da empresa, em função do imperativo
ã
O Principio de Ruptura A-significante (4) na forma de um banco de dados captura n contêm, em si, novas estratégias de domi- à satisluçào dos clientes; na formaçao, que
+:
rc-fere-se ao fato de que o rizoma pode ser controla também o traballio diário do tra- nação. que contemplam a busca dos pro- padroniza ptzrfis antes mesmo da contra- _.:
;: :t
i; = rl
ruinpido, quebrado ou retomado desde balhador. Este dove registrar a quantidade tš Prios indivíduos para se manterem em tação para o tialztllliog nas prescrições ou
i:.:;:
í;i Éii
qualquer uma de suas linhas. Os Princi- de contatos estabelecidos, horários e du- determinados segmentos, numa servidão näo prescri‹;{›es n‹.‹rmalizailoras quanto à
;::
i,]:l:
pios de Cartografia e de Decalcomania [5 ração de cada contato, ritmo de traballio, Voluntária. Isso é possível a partir do que e1eg‹'iucj‹i na ap|'esentzi‹_~ã‹› e condução dos
e 6) regem que um rizorna funciona por contratos efetuados e produtos vendidos. Gaulejac (2005) chama de não prescrição Corpos. por meio da gestão da imagem; nos
a:
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proximidade, sendo estranho a um mo- A pertinência do conceito de Controle normolizodom, o que se compreende corno colegas de traballio, que zelam por tudo.
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delo que remete à ideia de reprodução ao riromrifico esta no fato de essa prática estar um movimento que em nada deseja lembrar na expectativa dos ganhos profissionais e
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D1cioNÁRio DE Tiusârnci E TEcNo|.ooiri
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;'r ljÊii::ii!ii;r,ií:::,:l:rt:;;::
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de trabalho Ou serem organizadas para a mas também técnicos (de telefonia, p. ex.)
i ÍEãÉi*iii:::íii:li! iii
Referências '
i:
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ÉiLÊ::Íri:i1ii;i
financeiros; e no próprio sujeito, que, reti-
s;i:ts1;,
g
âi; ;:+iÉ;:i::
ZS:; r : Ii;=!zi,'-4
terceirização da produção. Elas são frau- e profissionais de áreas como computa-
Í
cente, revela deixar de lado a vida pi.-fssoal, BAUMAN, Z. Globalização: as consequências
=:i:
3ã;EYE!; l:Ê;:;
É
independentemente dos prejuízos que humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. dulentas quando utilizam trabalhadores
DELEUZE, G. Com/efsoçóes: 1972-1990. Rio como cooperados sem se constituírem Nestes casos, são chamadas também de
E
possam lhë acarretar, e afirma que o esta-
de Janeiro: Ed. 34, 1992.
formalmente enquanto cooperativas. No cooperativas de trabalho, estabelecidas
2
do civil pode lhe trazer ainda mais cons- ; GUATTARÍ. F 1933 7 I\/licropolítica e
geral, se estabelecem como cooperativas por meio da associação de profissionais
:
ri,; :F==,i;íi=i;;t:; ?u,ii:1,;;l
trangimentos, considerando, porém, ser seqmentaridade. ln: Mil plutõsz capitalismo e
esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996. v. seguindo, em tese, os mesmos princípios distintos para a prestação de serviços para
?+=:
necessário fazer algumas cedências em
3. p. 83-115.
determinados momentos da vida e defi- de uma cooperativa de produção ou de empresas em geral. Nelas, a autonomia e
__; . Rizorna. ln: Mil platôs: capita-
nindo sua disponibilidade total para o tra- lismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, trabalho: autonomia, participação dos tra- os princípios autogestionários podem es-
i.?;i;!:::Íirii:::
Iir
2000. v. 1, p. 11-52. balhadores na gestão e propriedade cole- tar presentes, mas, grosso modo, termi-
:
ballio corno autodisciplina. A autodiscipli- .ç ¿
GAULEJAC, V. de. La societé malode dela ges- :i tiva dos meios de produção. Na prática, a nam funcionando "pragmaticamente" na
, -i i ; :
na associa-se à necessidade de mostrar-se tion: idéologie gestionnaire, pouvoir manage- ittz autonomia pode ficar comprometida devi- intermediação da força de trabalho.
sempre engajado para merecer boas ava- rial et harcèlement social. Paris: Seuil, 2005. i
liaçoes. Como lembram Deleuze e Guat- GORDON, D. The eletronic panopticon: a case do à dependência com relação ã empresa No setor industrial, as coopergatos são
study ot the development of the National Crime 5r
tari (1996), essas composições não só coe- que contrata os serviços. Por sua vez, a organizadas para terceirização dos cha-
íi
É,.
Records System. Politics and Society, v. 4, ri. 15,
xist‹~i¬.i, mas também se entrecruzam, se p. 483-511, 1987. democracia interna e a participação dos mados “gargalos da produção", como a fi-
trabalhadores relacioriam-se ao grau de nalizaçáo e o acabamento de calçados e
: í:j ::i::iI:i
GRISCI, C. L. l. Trabalho imaterial, controle
ir;,1,;;;',i
;,i;;l;l;:;;;iÍí;ítiq!iq:f
mt'-io de variações.
(Í) controle rizoniático poderá encontrar
tecnológico. RAE -- Eletrônico, v. 7, 11. 1, Art. 4,
i› pode significar supervisão e controle da tas, tendo se estendido a diversos ramos
..›
3i;; i?i;iEr,,z,i:ã:i;i:ii
jan./jun. 2008.
::i;
produção por parte dos funcionários da industriais. Essas cooperativas podem ser
1'esistÔnr'ia em face de qualquer um des-
ses c‹>ntros móveis e ser rompido. Mas
ti:il ri;:.:= Êí, ::*i;rii
HAGGERTY, K. D; ERICSON, R.V The sur-
veillant assemblage. The British Journal of So-
ciolugy. V. 51, ii. 4, p. (505-622, det. 2000. ¿_
empresa contratante. Com isso, a preten-
sa autonomia narla mais e que zi subordi-
resultantes da reCupera‹_,'ào de empresas
em estado falirnentar ou organizadas di-
tambúin poderá ser retomado a partir de 1
liii;:;iji
r]1.talr.juer uni deles, assurnindo novas e rlad dela vigilí-iricia. lVl‹sdrid: Alianza Editorial, nação em novo formato, seja pela depen- retamente por enipresos e rnesmo por po-
:+r. ti:.::É;+iil
1995. dência dos cooperados aos funcionários, líticas estatais de atração de i1ivef~.tilnen-
inipievisí\f(:is configuraçoes, sendo algu-
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iií?:t
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para a diretoria, seja pela niarititeriçári
síveis porque o controle, hoje, não mais se POSTER, M. 'l"Iie mode of informolion. Chica-
go: University of Chicafo Press, 1990. .â de hierarquias verticais no processo de
rárío do filial do séc. XIX 0 início do séc.
XX combatiam as cooperativas, conside-
patria pela recusa, interdição, repressão
ZARIFIAN, H língajarnento subjetivo, discipli-
trabalho, com a separação entre planeja- rando-as reforrnistas por sugeriram alter-
=
ou punição; pauta-se, sirn, pela sedução, na e ‹:‹.mtrr>Ie. Novos Estudos, 11. 64, p. 23-31.
sofisticação, sutileza e justifitração. nov. 2002. mento e concepção. nativas de trabalho no capitalismo. Tam-
No meio rural e no setor de serviços, bém já existiam referências, desde esse
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cenario de controle errio‹:ionai gera uma
a-1!:‹.\»r ¿ ~z»›i' ._u-r.«_ú
COOPERGATOS (ou FALSAS destacam-se cooperativas onjonizatlas es-
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pecificamente para colheitas ou fases de- zadas por empresários para a diminuição
Coin base na gestão de si compreendida COOPERATIVAS)
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como autocontrole. O controle rizomáti- terminadas do plantio e para a prestação de custos e obtenção do benefícios como
Jacob Carlos Lima
§ ri I
co não se limita aos modos de trabalhar, de serviços antes realizados pelas próprias redução de impostos, sendo elas vincula-
1
atingindo, igualmente, os modos de viver 1. Coopergotos ou falsas cooperativas empresas. Essas são as chamadas coope- das a organizações de cunho mutualista.
v
rativas de rnäo de obra, cuja existência Marx [1977) referiu-se ao cooperativismo
i
dos individuos e das coletividades. Disso são cooperativas organizadas por empre- A
. _. '°.:¿£. .
vincula-se apenas a interesses imediatos e à autogestäo como possíveis germens do
i::;;:
resulta uma subjetividade padronizada, sas, ou por sugestão destas, para rebaixa-
atualizada na submissão às condições vi- mento de custos empresariais na gestão de empresas na contratação da força de modo de produção socialista, mas aleitava
ítiít
T1510 apenas trabalhadores de apoio e ma- narem seus proprios patrões, se autoex-
c
ção que caracterizam o traballio imaterial e obrigações sociais. Essas cooperativas
não só no que diz respeito às expressões podem se constituir como empresas de v'.¬'~.›i nutenção {como prestadores de serviços plorando com a intensificação do trabalho M.
do afeto, mas também à sua exploração. de limpeza e consertos de equipamentos), e atribuindo-se baixos rendimentos como .-um-u »
intermediação na contratação de força :E
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vez mais atacados pelas politicas neolibe-
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regulador. O funcionamento de cooperati-
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forma de competirein no mercado. Luxem-
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se também cooperativas organizadas por rais nos países de capitalismo avançado.
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as cooperativas de produção como uma sição aos conflitos pela terra e as lutas
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forma ltíbrirla de capitalismo. A Compe- pela reforma agrária. Cada vez mais a co- tar, convertidas em cooperativas tendo 0 mentos tcom graus distintos de organiza-
titividade do mercado exigiria o controle operativa passou _a ser percebida como apoio de ONGS e de outros sindicatos. O ção) pela manutenção de empregos com o
desenvolvimento dessas cooperativas iria Crescente fechamento de unidades indus-
Ê
alusoluto do processo produtivo, resultan- uma forma de gestão vinculada ao merca-
meio do aumentos da jornada diária, como social emancipadora. No Brasil, isso se que passariam a_sercl1ainadas de autênti- de mercados, a privatização de empresas
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ii: i:;. :ii:; li, :;::,: ii: ii
forma de se atender às demandas. Destar- evidencia no enfoque empresarial presen- cas ou verdadeiras por observarem, de públicas e o tim das politicas de proteção
I::
te. a deniocratizaçäo interna daria lugar te na Organização das Cooperativas Brasi- fato, os princípios c‹›opereitivistas da auto- industrial. Esses movimentos assumiram
ao autoritarismo da empresa capitalista, leiras e suas seções estaduais. nomia e participação democrática dos tra- distintas dimensões em países como Bra-
ainda que de maneira autogerida. Essas 3. O termo coopcrgato referiu-se inicial- balhadores na gestão. Entretanto, proble- sil e Argentina. No Brasil. vieram a se
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‹:‹z.'zp‹-ia1i\fas transformar-se-tam em em- monte ci organização de cooperativas por mas relativos a dificuldades da gestão construir progressivamente organizações
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pn1-.sas capitalistas regulares ou se dissol- fazendas produtoras de laranja no estado coletiva da produçã o e as necessidades de de apoio à recuperação de empresas fali-
-z.z‹.~i iam. I\'z›ssa inesma linha, encontra-se a de São Paulo no início dos anos 1990. Para permanência no mercado levaram parte das e em processo faliinentar. Na Argen-
dessas cooperativas à condição do tercei- tina, na década de 2000, a crise política e
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-xrítirra de \›'\'ebh e Webl) (1914), na tese da reduzirem os custos sazonais de contrata- -z-z_.c='-».¬t z-_._z,.-_EW-i'_ . .ii
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rizados, recornpondo liierarquias verticilis econômica tem levado ao movimento das
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ttfer;r›iier‹2s‹;êltCia das Cooperativas. Para os ção de trabalhadores para cultivo e colhei-
ziutuitrs, u sucesso da cooperativa irnplica- ta da laranja, as fazendas organiz.aram e subordinando-as, em grande medida, às fábricas recuperadas (Fajn, 2004). Esses
l:
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|¬.;z sua progressiva transformação eni om- grandes cooperativas, valendo-se dos in- empresas coritratantvs. lissos Íatoi'‹f:5 com- movimentos, que no Brasil Íorctm incorpo- 132?
prometem a autonomia tz a participação rados ao ideário da Economia Solidária, Í'<.
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termediários que autos agenciavam os
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prâ .sa 1‹-‹;1.1lar‹=tn prejuízo da atltonorniii 0 ~ r
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democrática dos tr¿ilJ.'-illiarl‹›i'‹›s, tornando resgatam a proposta da Cooperativa como
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-;‹›_-tzzo dl-›mo‹trz"it1‹'a. chamados “boias frias” nas penferizis das
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I^~'o Iàiasil. nosso mesmo periodo, as co- cidades do interior paulista. Esses inter-
i:t ditusas as distiiigozrs entre falsos c verda- uma possiliilidade de eriiaricipacšio dos
‹›¡›r-iatixuis foram comliatidas pelo anarco- mediários, conhecidos como gatos, orga- deiras cooperativas. trabalhadores na direção de um novo so- ;_;äKz"
:i.l,
ii:
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uizrlicalisino, que contrapunlia a ação nizavam cooperativas que envotviam até
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10.000 trabalhadores. Tais cooperativas Ír, ficada a partir da década de 1970, 0 co- forma contraditória, as cooperativas apa-
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‹'t'irr:t‹3 dos Lralialhadures à falácia do mu-
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operativismo adquiriu novo fôlego, não rerfeni como possibilidade para o cr-ipitíil,
! i!:i:igÉ!;i;i;;:
itnzlisiiirl ‹: do cor:purativisino, que eram cotistituiarn, portanto, uma estratégia para . l
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tr.11›aiha‹l‹›res riáo toriani como concorrer do as indústrias beneficiadoras da laranja
_j. ,-: l:1.:
i; ti; =g: i: i j:
No l`-Luropa, o crescimento do cooperati- atividades, o que, mais tarde, resultaria na
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'.-'isnâo de traballio vinculou-se a periodos separação, em parte, dos produtores, be- cooperativista de new age. Este não se li- e na gestão (10 traballio, posicfioriarido-St:
1'
vas coni apoio estatal variável de acordo mente, pordeterminaçãojudicial. Contudo. :'1 transformações tecnológicas e organiza- como 0 Complexo de l\/londragon, na Es-
ílÊ:: t
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com o connêxto, A partir do final da década foi nesse periodo, marcado pela internacio- cionais, pela d‹:stcrritorialização da pro- panha, atraein segmentos ligados as duas
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i:;;.u;
df; 3Fl.3t), a lgicja Católica apoiou o coope- nalização da economia e por ajustes es- E
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rritivisnio, visto como uma possibilidilde truturais de cunho neoliberal, que se rnul- tradicionais e pela redução crescente de trabalhadores em busca de alternativas
«lv trcàr U avanço coniunistai. No Brasil, a tiplicaram, no país inteiro, as cooperativas postos do trabalho. Esse movimento veio de autonomia e emprego; e gerentes e di-
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:no .ipar‹›‹¬e cada voz mais como política forma de se reduzircni custos com a força
3» lltodução ecologicamente sustentáveis e a autogestão como possibilidade de aumen-
ii:
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est'-ztíil subordinada. tal qual o sindicalis- de traballio e de se aumentar a competiti- resolução de conflitos sociais por moradias to de competitividade e redução de custos
.__, G por serviços sociais, movimentos cada com a força de traballio (Kasmir, 1999).
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mo, a um Estado progressivamente mais vidade das empresas no mercado.
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ta cooperativista - autogestao dos_traba- ma atípica de assalariamento, mantendo a versitárias de cooperativas ou vintülâdëls â entende por autonomia e democratização.
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lhadores e permanência no mercado z- tor- heteronomia dentro do coletivo de traba- prefeituras municipais. Geralmente, a con-
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Economia Solidária, Singer (1998) destaca situaçoes hibridas, o que dificulta que se para a prestação de serviços em áreâS COIHO CATTANI, Antonio D. A outro economifl- 130110
Alegre; Veraz Editores, 2003. .__.
a importância da organização do trabalho façam afirmações peremptórias ideologi- limpeza, alimentação e afins. Entretanto. ANTEAG. Aulogestâo. Construindo uma nova
em cooperativas como possibilidade de um carnente fundamentadas, mas com pouca numerosos Termos de Ajuste de Cflllülllâ cultura nas relações de trabalho. S50 PEIUIDI
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novo modo de produção, justo e solidário, sustentação empírica (entre elas a de que do Ministério Público do Trabalho têm ve- ANTEAG. 2000.
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mas ressalta igu alrnente as dificuldades a autogestão ou é autonomia e democra- CORNFORTH, Chris. Some ioctors oƒleoting li,
ii ãiií :i:!:'u!17i.
tado a participação de cooperativas cm lici-
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the success or failure of Worker co-operativos: :,=¡
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d esse processo num mercado competiti- tização de fato ou não existe). Numa eco- tações, sob a ameaça de fechamento 011 de cr review of empirical research in the UHÍÍGU
vo, assim como o risco permanente de elas nomia de mercado, em que ii cultura do que se constituam como empresas regula- Kingdom. Economic and Industrial Democra-
É
lares, organizadas com a população do bai- nl/làbouragain.
tivo de trabalho é um processo de constru- cial. Um projeto de lei de mudança da le- FERRAZ, Ana Lúcia. Drumoturgias do autono-
xa renda como forma de garantir ganhos ção que dura mais de um século. Conside- gislação enconrrfz-se no Congresso miu. SE't0P¿.tt1ln_ Tese de Doutorado em SOCÍOIO-
-›¢_- n-ø›
r: ocupação, comparativamente àquelas de rar que isso mudará com a adesão formal a gia-USP 2005- .:f
j;
Nacional. Porém, polémicas quanto a al-
aos associados direitos trabalhistas simila- pology. L,‹_|nd‹1n; 'flititisaiirl Óaks, CA; NEW
Delhi: 1999. \'. l9(/1), p. Ii'/'tl-4ÍJU.
por fraudes sistemáticas e, posteriorincnte, chamadas cooperativas "autônticas", mas res aos dos trabalhadores assaIari‹1d<›5 011 UM/tj ,],,‹;@b C. As urrirrimilzos do flexibiliza-
com a fiscalização do Ministério Público sem ter muita clareza de seu significado, estabelecer fundos de reserva, inviáv@ÍS
:
ção; o tmtiallio t‹¬rceiri7.ado cm cooperâ-tl1vdS (le
do Trabalho, pane das coopergaros, oii fal- mesmo que elas tenham sido organizadas para as cooperativas populares. produçao. São Paulo; Terceira Margem, 2002.
sas cooperativas, está formalizado e atuan- por sindicatos ou centrais. Lutas sindicais UMA, JM-gb (2_ ¡_j;¡oçõr.-s Perigosos: trabalho ra;"_u'~. _.,'.». .:
O debate está longe de acabar. Após
flexível ra traballio associado. São Paulo; Anna-
do dentro da legislação conperativi.-sta o internas e o envolvimento de direções de uma decada de furtcionrimcnto das coope- _.l
blt1i11v,'.2fiÍl'Í. 1-i.
outra parte encerrou silas atividades. lnde- cooperativas nesses sindicatos mudam ra- rativas de produção e trabalho no Brasil. LU)šEl\'ll3URG(), Rosa. Reforma 0 revolución.
pendente de como foram organizadas- por pidamente a classificação das cooperati- temos uma diversidade de situações que
Buenos Aires: l..r'›ngs‹:ller, 2001. tr
empresas, por meio de políticas estatais. vas de verdadeira para falsa. O abandono MARX, Karl. Manifesto de lançilmentü dâ
iÉi
à: i;:iiE
mento que coloca a autogestão como pos- tem sc tornado um problema para as coo- tiva socialista, como também funcionali-
sibilidade real, como uma opção num mer- perativas de trabalho e produção industrial. dade para o capital em uma economiä de CULTURA ORGANIZACIONAL
cado de traballio cada vez mais restrito, Isto porque a interpretação juridica da rela- mercado fleiiibilizada. Considerando-S8 Angelo Gomy
z
assim como uma maior autonomia no tra- ção de subordinação presente na prestação . . _-.z¬ ._-szae.- f:>;~.à-»õf.z=.'›'~ä.:,‹¡=;¿It,i›»¢~.¿>i›_‹';=-úf«-‹.».' «. á.q,.;-. ›. ,"
que a inserção no nicrcado é Condição de
balho e, talvez, uma maior conscientização de serviços tende a inviabilizar parte signi-
1,.
existência das cooperativas, independen- 1. Cultura organizacional pode ser en- *til
t ea
na direçao de um projeto político próprio ficativa das cooperativas populares - que 1
desses trabalhadores. Por outro lado, sob a podemos chamar também de cooperativas
temente da matriz ideológica DIGSEHÍB
em sua constituição, elas não podem 501
tendida como um conjunto de entendi-
mentos, interpretações ou perspectivas
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psicológicas nos indivíduos que traba-
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uma complexa rede de princípios, valores, va, a qual, quando bem gerenciada, é ca- de valores, crenças e pressupostos orien- rentes culturas trnulticulturalismo ou hete-
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crenças e pressupostos, ritos e cerimônias, paz de impactar no comportamento das
É
tadores tle um comportamento Coletivo rogeneidade cultural), ressaltando as dife-
estórias e mitos, tabus, símbolos etc. Cor-
iiiiÉt i;;i;;ii :;í pessoas, oferecendo um sentimento de conveniente aos objetivos organizacio- renças existentes entre os diversos grupos
5 s E Ê s'À
*;
um determinado grupo não compartilha
É
sentido, a cultura pode ser consideratla À*._z`. . .
passado para os novos membros. melhor entenderem e diagnosticar esse fe- como algo que a organiza‹_;áo é (Freitas, dos valores e da missão da organização.
2. Cultura tem sido um conceito central nômeno, visando um coiilitõciniento mais 1991; Srnirci‹:li, 15183)- Assumir a possibilidade de existência de
nos estudos de Antropologia e Sociologia,
i
ii;ii!l:;;ii:zle.:iÊ::
profundo do universo organizacional. Um Para os que se ir'1.sm'mn :nesse segundo uma contracultura implica em aceitar,
=;:;:r3:. E: ; ?i'rrÊr;ia!ii?1
.lá os estudos de cultura organizacionzil. dos mais conhecidos Ó Scliein (1985), enfoque (cultura como algo quo a organi- além da coexistência do diversas culturas,
.~_.=-._~._.1;'
surgiram na década de lfltitl, atrelados para quem cultura existe ein três níveis: zação é), a cultura vista como um sistema 0 antagonismo e a luta de classes inerentes
(is práticas do chamado Desenvolvimento artefatos (visíveis, tangiveis ti anditiveis), 5,;,. estruturante, isto Ó, um .sistunia que leva ai ao próprio modo de produção capitalista, a
Organizacional (D.O.). Porém. foram utili- valores (princípios sociais, filosofias, ob- fi perttelicr e organi7.¿-ir o ltftiôriimio I'n‹1Tei'ial, divergência entre os interesses dos indiví-
i i : : ; : i ; iJ:
zados mais intensamente somente a partir jetivos) e crenças sobre a realidade ta a gi duos o os das organizações e contradições
;
;i; í t;t:ÊiÊi:f
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radigma funcionalista), que consultores o rnito que se entendam os processos que ligar como ela molda as atividadt-:s e os jetivos e a estrutura organizacional. Cada
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gestores passam a dirigir maiores estorços gorairi 0 moldam significados vitais para a i
. ._l,
Significados, que, por sua ve;/., são impac- nação tein formas específicas para resol-
na expectativa de desenvolverrâni padrões existência da organização, tendo em vista tados pela cultura riacional, pelas pres- ver os problemas.
i;ii!ii;;;i
. .:ø-›.‹.
de comportamento de alto desempenho que eles representam as relações capazes Sões institucionais, pelas comunidades Não há consenso entre os estudiosos
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desejados para suas empresas. Nesses de detorminarem estados de motivação. llrofissionais, pelos conflitos e pelos pro- de que a cultura organizacional possa ser
?:;:l
tudos, cultura é encarada como uma variá- inovação, criatividade, adesão, com uni- cessos de aprendizageni (DupuiS, 1996]. mudada ou gerenciada. Os favoráveis à
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1
vel, ou seja, algo que a organização tem e cação, possibilidades de asuânsáti, status, 4. Outro debate em termos de cultura or- ideia de que ela pode ser gerenciada re- -s;..
que, ponanto, pode ser gerenciada. prestígio, divisões entre classes, divisão Fãênizattioiifil reft-rre-se à questão da sua ferem que, quando se objetiva manter os
Parte-se do pressuposto de que a orga- sexual e outros mais de nattircza compor- llomogeiieirlarie em oposição à sua hetero- padrões vigentes, as possibilidades de
nização é um organismo, sendo a cultura tamental e social. tlflneidade. Nos estudos sobre cultura. a planejamento e controle säo maiores; en-
=
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parte do ambiente ou o resultado de uma Cultura organizacional pode ser enten- -_' ié Organizaçáo pode ser visuâ-ili7.ada como
-t~s tretanlo, quando o objetivo é a mudança
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teresses ou desejos, eles estão na depen-
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com outras alterações estratégica.s_ dese- dência de significados atribuídos ao que tes nos contextos de traballio. A gênese do
Ers
sas. São Paulo, v. 26, n. 2, p. 32-39, abr.,/jun. 1991,
jadas pela organização (Fleury, 198613). está em jogo. Deste modo, cultura nao conceito de CHT se apoia, principalmen-
ÊÍii;Ê;iÉÉi.:!ãciriil::i:i:: iiilit!:iÊ;i
deve ser vista como um poder que deter-
,.,.
Contudo, .corno aponta Cavedon (2004), te, em uma análise crítica à noção de car- sl1:
o estudo das realidades organizacionais mina os comportamentos, pois cultura é Cusro HUMANO no ga de trabalho, largamente utilizada nas _. fi
É
um contexto de significados" (1996: 201).
:si TRABALHO !¡:
;
revela que não necessariamente uma cul- _,¡
*T ciências do trabalho (Gopher; Donchi,
; § Iili:í;;i::íiiiii;:i.;:irrii;;Í::i:áÉ;i;;:;r:
+i i;; ;
tura selecionada, escolhida como a dese- _ | Mário César Ferreira 1986], com destaque para a Ergonomia
jada por uma organização, que passa a Referências
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›
(Wisner, 1987). Conforme assinala Mont-
fiii
t )i\iiirÍ!: j;;i,i,;iS::l:ii:i=;i::lã,;;:i:ii:i
Í
se esforçar para alcança-la, representa a CAVEDON. Neusa R. Cultura Organizacional: 1. O Custo Humano do Trabalho (Cl-IT) mollin (1995), esta noção aparece associa-
íii! 1;l iii ,1'_\ ii:;! iij::!ii li:i; !:
;;i;á:l::.grii:!
vista. In: (Il ÍANLAT, .lean-François (coord). O
ticado: a mudança na cultura. só poderia individuo nu orgnnizoçöo: dimensões esqueci- produção de bens e serviços. As contra- dores ri gestores esteve sempre centrada
das. São Paulo: Atlas, 1995. v. 3.
ser pensada no sentido de que ti cultura dições existentes nos ambientes organi- na busca de mensurar a carga de traba-
FLEURY, Maria T L et ol. Cultura e potter nos
âfjr zacionais, que obstaculizam e desafiam a
de qualquer sociedade evolui ao longo do
tempo. não se podendo modifica-la a par-
organizações. São Paulo: Atlas, 19B9.
FLEURY, Maria T. L. Cultura Organizarional competência dos trabalhadores, traçam o
lho, principalmente, nas dimensões fisica
{Grandjean, 1998] e cognitiva [Ilancocl‹; zt
tir de um objetivo fixo (Thévenet, 1991)., - os modismos, as pesquisas, as intervençoesz perfil do CHT, caracterizado por três pro- Meshkati, 1988) para, em consequência,
uma discussão rnctodológlca. RE'\-'istü de Admi-
Para esse último grupo, como refere Du- nistração de Empresas, São Paulo, v. 24, n. 1, p. priedades: a) é imposto externamente aos padronizar tarefas e universalifar sua dis-
':._. '-:.1:
pms (1996), a cultura e um fenômeno 3-9, jan./mar. 1989b.
;ii ::i:iiii trabalhadores, em face das características tribuiçáo entre trabalhadores com base no
l'"`Rlíl'I`/\S, Maria E. Cullum Organizacirmftli do contexto de produção, sob a forma de
que se estrutura pelo jogo dos atores que paradigma “homem ceito no lugar certo"
grandes temas em debate. Revista de Adminis-
atgvrn na organização, e o tazoin em um tração de Empresas, São Paulo, V. 31, n. 3, p. constranginientos para suas atividades; bl - perspectiva típico dos modelos de ges-
ambiente de múltiplas interações. 73-82, jul./set. 1991. ë gerido por meio das estratégias de me- tao do trabalho de iiliação taylorista-ton .-. .N.
Si
JAIME JR., Pedro. Um texto, múltiplas inter-
=eil;iir: ii+?S !i;i:;;Íi
5. Outro ponto a ser destacado Ó o que diação individual e coletiva (atividades) dista (l-aurell; Noriega, 1989). Subjacente
pretaçoes; antropologia hernieriíautica e cultura
se refere ao espaço do sujeito em relação organizacional. Revisto de /ldministmçúo de Ern- que visam, principalmente, responder à a tal perspectiva etlcorltra-se o "mito do
'za
..
corn a cultura. Corno aponta Motta (1996: presos, I¬`G\,{ São Paulo, v. 42, n. 4, out./dez. 2002. ._,z_..¿_ ____ z : discrepância entre as tarefas prescritas pe- homem médio" (largamente clesmititi- l z
199). embora a cultura tenha a capacida- ltA'l`CTl~l, Mary Jo, The dynamics ot organiza- los modelos de gestão e as situações reais cada pelos resultados de pesquisas em
i:= ;;iíji:ii=i
z,;iÊ;:;iii:;
ft' I;
de atribuir a cada individuo um papel de Lisboa: Silabo, 1997. ÚE mal-estar que os trabalhadores constro- carga máxima aceitável - para se realizar z
I»/IARTIN, Joanne; FROST, Peter. .Jogos de
É.
P;:ii :;:;:;Êii
qual ele náo pode escapar. O que a cultu- É em com base nos efeitos do CHT. uma determinada tarefa.
guerra da cultura organizacional: a luta pelo r,_
ra faz é influenciar as orientações particu- dominio intelectual. ln: CLECG, St.ewart Rt; 'fz 2› O Conceito de custo humano do traba- Na esfera do custo fisico, os resultados
HARDY, Cynthia; NORD, Walter R. Handbook U10. em termos de definição teórica, é his-
lares que assumem os jogos estratégicos de pesquisa sobre carga de traballio foram
de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas. ET
pelos quais cada um defende seus inte- 2001. v. 2.
-â Ífifitamente recente. Surgiu nos anos mais bem sucedidos. Estudos nos campos
resses e suas convicçöes, no int.erior de MOTTA, Fernando C. P Cultura Nacional e 2000, com base em pesquisas realizadas da Biomecânica, da Fisiologia e da Medi-
z*
cada conjunto social". O autor afirma que
cultura organizacional. ln: DAVEI., Eduardo;
VASCONCELOS, João. Recursos Humanos e
J
(Freire, 2002; Ferreira, 2004, Veras; Fer- cina do Trabalho mostram o desgaste fisico f :ti
3'
“toda cultura é caracten zada por determi- subjetividade. Petrópolis: Vozes, 1996. ft "*ÍT¿l. 2006] no Núcleo de Ergonomia, dos trabalhadores (proveniente da execu-
nadas formas de oposição, pertinentes em SCHEÍN, Edgar. Orgunimcionot' cultural' ond Cognição Q Saúde (Ecos) aa Uniwrsâaa- ção de tarefas de deslocamentos, carrega- :~www
Heinz-
.t._. . . .
leoriership. San Francisco: .lussey Bass, 1985. 5%
.›.
carla cultura, que levam a uma d<-termi- df? de Brasilia. A noção tem revelado ser mento de cargas, manipulações etc.) por ;;;¡
SMIRCICH, Linda. Concepts of culture anö -Iii 41-:
g.
nada articulação de interesses". Por mais .-,- um instrumento conceitual pertinente, útil meio de indicadores fisiológicos (p. ex., rit-
organizational analysis. Administrative Science
"naturais que sejam ou pareçam ser os ín- Qunrtely, n. 23, p. 339-358, 1983. E dê fácil aplicabilidade no diagnóstico e 'zs
mo cardíaco, consumo de oxigênio) que
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Arvrowio D. CATTANI & LoRr=.NA lfor.zr»~1AN.N
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ca racteristicas do contexto de produçao em do ponto de vista interno as formas de ge-
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podem estar na origem de agravos à saúde
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dos trabalhadores (Graodjean, 1998-l. Em lho, produtividade esperada, regras for-
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contrapartida, ria esfera do custo cognitivo, física, cognitiva e afetiva. al As exigências mais, temporalidade, ritmos, modalidades na origem das experiências de bem-estar e
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os resultados obtidos pelas pesquisas sobre de controle, tarefas); b) as condições de
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corporal em termos de dispêndios fisio- trabalho que expressam os elementos es- organizacionais. O enfoque das noções de t
É
carga de traballio estäo longe do consenso.
Um dos problemas recorrentes consiste em lógicos e biomecânicos, principalmente, ;-ê'Á.
truturais presentes no locus de produção f-J bem-estar e mal-estar é de viés cognítivis-
É
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considerar a carga mental ein termos de sob a forma de posturas, gostos, desloca- _ ,'
:-1-'I caracterizam sua infraestrutura (p. ex., si- ta. Elas são representações mentais que o
L
de se estabelecer urn limite que a configure exigências cognitivas, por sua vez, dizem som), seu apoio institucional (p. ex., su- seu estado fisico, psicológico e social rela-
corno sobrecarga. Neste caso, estudos ern respeito ao custo cognitivo em termos de porte organizacional) e suas práticas ad- tivo ao Contexto de produção no qual estão
«ilt
-Er
dispêndio mental sob a forma de atenção ministrativas tp. ex., remuneração, desen- inseridos: as avaliações positivas indicam
E
judtciosa, pois em diversas situações os aprendizagem roqtrerida, de resolução do relações :socioprofissionais que consti- as avaliat¿‹'›es negativas indicam as repre-
":ii3:;i;;*=;1ii:
l
trahallrarloros preferem realizar uma tarefa problemas e do tornada de decisão. cl Por tuem a dimensão social do trabalho em sentações du mal-estar.
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L4.
mais fatigante, mas, ao mesmo tempo, inte- fim, as exigências afetivas estabelecern o termos de interações liierárquicas tp. ex., As principais caracteristicas das repre-
l;:
i;
ressante e estimulante, do que urna tarefa, custo em termos de rlispëndio emocional chefias imediatas, chefias superiores), in- sentagiios de bem-estar e mal-estar sao: al
cogrritivanrrente, menos fatigante, todüviõ. sob a forma de reações afetivas, de senti- teraçoes coletivas intra t-2 intergrupos (p. o corrteúdo das representações se refere
mentos vivenciados ‹~. do estado de humor ex., niernbros da equipe do trabalho, às corrsot¡uêricias individuais 0 coletivas
;:;;i
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ii=i
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manifesto. Em sintesre, o cristo humano do inembros de outros grupos de traballio] e do CHT; bl elas tem um carater dinâunico
i
um “limite de carga" como fator de ple-
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\'ent¿ão ir fadiga sem considerar, por exem- trabalho (Cl-{'f`] abratrgu as propriedades interações mtternas fp. ex., usuários, corr- resultante do confronto entre as exigên-
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que, por sua vo'/., ‹<z'n1irt‹^1^i:×..‹'1l1i tz traçam 'il Essas três tliincrisões estaliclocern o ce- nientes dos contextos de procluçíiol 0 as
=i=iÉ:ii;;F;iÊ;s=
tórrcras dos trabalhculores (3 o iritertrsso
l.:
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táfotivo que dada tarefa possa d‹_¬sp<=rtar. os perfis dos modos de ser o do viver dos nário de parâmetros bzisicos que são con- est1'at(',-gias de mediação individual o co-
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i:l i Ê.; ! : i:;:: i; r=i
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3. lim balanço dos enfoques de carga trabalhadores nos coriterrtos de produção.
4. O contexto de produção gerador do
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Íiguradores das fontes do CHT, com base
nas quais são construídas as estratégias
letiva dos tra|:›alhaclores; c] as representa- l
ções de born-estar e do mal-estar se carac-
"
nas exigências fisicas c cognitivas em ter- CHT Ó, conceitualniente, tlesigriado como de lnedia‹;õ‹¬s inrlividliais e Coletivas dos terizam por urna dinâmica à rnàneirói de
mos de injunçoes de natureza errlcrna dos um contexto de proclugãio de bt-ns t: servi- trabalhadores. No conjunto, elas forjam nni pêndulo que tende a oscilar no eixo
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ambientes de trabalho sobre os indivídu- ços (CPBS). Ele expressa o locus rnaterial, ü Culttira or'gani7.a‹tionãl 0 tecern a Corri- do processo saúde-doença. O movimento
ii,i 1
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i:
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os; bl destaque para os efeitos negativos organizacional o social r-ut quo se operam ploxidade do contexto do produção ein pendular depende da eficiência e eficãrcia
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em termos de fadiga. desgaste e exaus- as estratégias de rirediatƒã‹› utilizadas po- Íflnçäo, sobretudo. da variabilidade, da das estratégias de mediação. i
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los tralJalliad<›|-os na i.rit.oração corri a rea- diversidade-:. da dinâmica e da imprevisí- É neste czenárío que emerge uma pro- l
reira; Mendes, 2003]. Esse contexto Tais dimensões têm uma iruporlânrtia di- relaçäo entre contexto de producao (con-
;; ; ; ! ;
É
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da or^gani?,a‹,'äo e das relações sociais de articula múltiplas e diversificadas dimen- :šz Íerenciada no contexto de produçao, ou írointesl, custo humano do trabalho e
11
traballio; dl dificuldades de rnensuração, sões, compondo uma totalidarlv integrada Selfi. o peso dado a cada dimensão pelos representações de bem-estar e de mal-es-
:; ljjj;Í
e articulada que estabelece as brutos obje- .l-z._,-_. modelos de gestão do trabalho náo é line- '~t
sobretudo, da carga mental e de limites tdr Íosfreiiittztsl, com base na seguinte di-
=
de aplicabilidade dos resultados nas situ- tivas do custo humano do trabalho. Ele é itr. impactando as modalidades de estra- nârnica: quanto mais eficientes e eficazes
i::
constituído de tres xiiriáveis interdepen- tégias de mediação individual e coletiva forem as r~str‹itc'~gias de rnediação indivi-
i
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dentes: al a organiz-rç.3o do traballio que .,,_'- ÚUS trabalhadores. duais ‹: coletivas dos trabalhadores para
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gestão de pessoas e do trabalho presentes
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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O fenômeno do desemprego data do fi-
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salário) e a receita que se espera que seja
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individual e coletivo. E quanto menos efi-
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toda é humamente impossível: Serviço de to-
Í cientes e eficazes forem as estratégias de leatendimento e custo humano do traballio.
nal do séc. XIX e é, portanto, tão recente gerada pelo mesmo. No paradigma neo-
mediações individuais e coletivas dos tra- 2002. 143 f. Dissertação (Mestrado em Psico- quanto a instituição do mercado de tra- clássico, portanto, “a flexibilidade salarial
Í logial, Universidade de Brasilia, Brasília, 2002. balho. Como locus da oferta e demanda (é) vista como condição necessária e sufi-
balhadores para gerirem as exigências do
VERAS, Vanessa Sales; FERREIRA, Mário (Ié-
Í contexto de produção, maior será o custo sar. Lidar com gente é muito complicado: Re-
de trabalho, 0 mercado de trabalho se ciente ao ajuste do mercado de trabalho.
lações socioprofissionais de trabalho e custo instituiu no contexto da Primeira Revo- (pois) [...] o nível de emprego, o salário
t humano do trabalho, configurando o pre-
humano da atividade em teleatendimento gover- loção Industrial, expressando uma confi- real e a distribuição de renda são deter-
v
A
1 _,,.
domínio de representações de mal-estar namental. Revisto Brasileiro de Saúde Ocupacio-
1 . É
guração especifica do traballio. enquanto rninados simultaneamente no mercado de
ls
‹
individual e coletivo. Tal propriedade co-
loca, portanto, em primeiro plano a ini-
nal, São Paulo, v. 31, ri. 114, p. 135-148, 2006.
GOPHER, D.; DONCHI, E. Workloadz An -t categoria historicamente definida: a do tralialho" e só não haverá pleno empre- 'š
\
Ê l
examination of the concept. ln: K. BOFF; l.. "t
portância das estratégias de mediação trabalho livre livro das tutelas e obri- go “se existirem distorções, a exemplo da
KAUFMAN (eds.). Iiarrdbook of Human Pcr-
't (atividades) dos trabalhadores para lida- ception and Performance. New York: John gações tradicionais, despejado de meios ação sindical, que criem uma rigidez sala-
Wiley, 1986. v. 2. próprios de trabalho e corn livre trânsito rial” (Furtado, 1997: 8-9).
Í rcm com o CHT.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergono-
do trabalhador de um patrão para outro. .Já segundo a teoria keynesiana, o de-
i;i;;iii;;;':::r;iiiÉi;Éiiilii
5. Do ponto de vista conceitual, a no-
;:!li:;lii:ri!::i=
1;;i:
‹ ção do custo humano do trabalho bus-
mia. Adaptando 0 trabalho ao horri‹3ri'i. Porto
Alegre; Artes Médicas, 1 998. . z-_-v-_. A constituição plena deste rncrcado, no somprego está associado à situação invo-
r ca contribuir para a análise do trabalho, PIANCOCÍK, P A.; IVIESHKATI, N. (ed.<¿.). Hu-
man mental Worklond. Non h Holland: s/e, 1982!.
entanto, só iria ocorrer no séc. XX, com o luiitária de não trabalho -- oferta de força
pois, diferentemente da noção de carga ,fl desenvolvimento da relação social de as- de trabalho disponível aos salários vigen-
‹ LAURELL, Asa Cristina; NORIEGA. Mariano. .i
!!,i.,;iii:
de traballio, ela: a) considera tanto as exi- salariarnenlo corno forma hegcmôriica de tes que não encontra aproveitamento. Il
.1'l~|
:a'i; : i j i : i ; : i:i
Processo de produção e saúde: Trahallio e dos-
‹ gaste operário. São Paulo: Hucitec, 1989.
1°» inserção laboral (Castel, 1998). E Ó no âni- Em sua Teoria Geral do Eniprego, do
;;ir
gências do contexto de trabalho, quanto
ã
Í
MONTIVIOLLIN, Maurice de. Charge de tra- bito dessa relação de assalariarnento que
‹ os eleitos destas sobre OS trabalhadores; Juro e da Moeda, .John M. Keynes formu-
i
;:z:i?;==
ii; iia;=;ifir:ãiii:iÊii
Vocabuloire de l'crgonomte. Toulouse: (')ctart'~.¬'
Í plano de importância das dimensões lisi- r.‹m¡‹›n, 1995.11.42-.i4. 0 “outro” do emprego (Guiniaraos, 2002). tionando a capacidade de o rriercado do ‹ ¡:
Í
‹~a e rogiiitiva; c) leva em conta, tanto os PARAGUAY, Aria isabel RH. Ergonomia. (Kirga 2. Na teoria econômica ruêoclássica, trabalho, isoladanicnte, determinar 0 ni-
: ?: : l; :; ;;rii
I
de trabalho. Fadiga mental. Revisto lirrisilciro do
efeitos negativos (p. ex., fadiga), quanto lt pcnsainerito dorninanle até os anos 1930, vel de salário real, provocando alterações
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gt
-__;
do análise do trabalho. Clã ein dois pressupostos: que o objetivo Keynes contesta, também, o pressuposto
1. Desemprego. na acepção corrente, Clãs empresas é. a maximização dos lucros rieoclássico de que a demanda agregada
= !i i; 'l
liliÉi:i;i;;
refere-se à situação em que se associam *ff num mercado de concorrêiicia perfeita e é constante no curto prazo e independente
Rvferêiitiias .ra
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; ;;:i:i!;:.iii
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a ausência de traballio - acompanhada Íš jiQUE elas operam corn uma tecnologia de do mercado de trabalho. Afirma que a de-
BRITO, Jussara C. Procurando compreender os
!rl,ii:i;iit;
‹-. ›¬«.
I
conceitos de carga, trabalho e risco (tecnológi- da disponibilidade para trabalhar - com a ‹
rendimentos marginais decrescentes e ou manda agregada é resultado da propensão
roj. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. ,J
5916. a um dado estoque de capital e rna-
;Éã
a consumir - consunio agregado - e do ni-
ii:iii
busca por traballio. O conceito de desem-
72, n. 19, p. 38-39,1991.
prego está referenciado, por uni lado, as às _ Íëf`¡ôS-prinias, a incorporação de mais um vel de investimentos, mas não na mesma
l-`ERRlilRA, Mário Cesar; MENDES, Ana :Í
Magnólia. Trnbalho e riscos de odoecimento. interpretações acerca do funcionamento Ufibalbador gerará uma receita sempre medida: ao aumento do emprego, e con-
i: ; a:
___”. Interação teleatenclcnte-teleusuário e tro, pela conformação cultural e institu- P-Uä gerar novo posto de trabalho bastaria destinada ao consumo; da mesma forma, íiš
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--
coiiforniação diversa do preconizado pelos das estatísticas nacionais de revelarem
iii
se, desta vez gerada no âmbito do siste- É cos do Traliallio (l98'l}, confirma Cinco
-1
i
prcgo e os salários vigentes: “o combate mente as economias mais desenvolvidas mogëneo, corno o que foi observado nas sabor, população econonricarnerite ativa,
fi
ao deseinprego só se pode realizar a partir - Europa e Estados Unidos. Os niveis de economias industriaiizadas no periodo do empregados, des‹:riipr'egados, suhempre-
iii
z
de urna politica niacroeconôiiiica [...] que desemprego aumentaram significativa- › pos-guerra aos anos 1970. os parâmetros gados, população iriatival, consideran-
i
ir
exerça o controle da demanda agregada" mente, sem, todavia, gerar mudanças na para aferição da condição de atividade se do, corno variáveis chaves o trabalho c: a
ii;= ;:+';1
e:
r
(Furtado. 2U02: 12). estrutura desses mercados. De fato, o ini- resurneni a procura de traballio e ao exer- procura por ele e partindo da noção de
-,
curam traballio dc frjrrinri ‹›.fr›tr\-'zr.
importante elevação do patamar das ta- das relações de trabalho, Todavia, ein ccorioniirrs de irirlrrstrializa- Segundo esses parâmetros, cleseinpre-
›:¿r.< de desemprego e a intensificação da 3. No Brasil, corno nas demais econo- ção tardia a lietciiigoricidade da estruttira gados são os individuos com idade igual
i
pr‹~sr>rrça de íorrnas precárias de inser- mias de desenvolviiiiento tardio, os movi- econôrnica irirpírv L`¿rract‹›r'ísti‹i‹'rs rnriito ou superior ii especiticzrda quo, durante o
i
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i;;1::i;
=: =, =;:.. . a,;1.:: i",i1
‹j:'r‹› na atividade produtiva, inoviniontos mentos gerados pela crise dos anos 1990 particulares a iri.-crcírrr da Ior‹;.i de traba- período de referência, atendam simulta-
:'1 .:,?i::
1111.' com origeni na perda dr: dinarnisruo se somaram aos efeitos de uma forrnaçäo lho: ‹_'apar<idad‹-' l:r;:;r‹rr_iz'i dc ge-rirçšio de riearnerrte aos scrrrrjritr-s critérios; l] estäo
i==
do p.rr1r€ro de crescimento industrial que econônrica lieterogêtrea, na qual O de- postos de traI›alh‹› :res s‹~t‹›r‹›-é znodrêriios; sem tiaballili: 2) têm disrioriiliilidadrf para
.~.r‹,r.'‹orr us três drëcarlas posteriores à ll semprego, a par de revelar os eleitos dos l.
atuziçãio restrita dos _~i.<t‹-tira.-. pribllcrrs de tralialhar; Is] pi'o‹:umi‹rni trabalho assa-
Guerra Nlrrndiiil, apontam para uma nova crises recrâssivas o das nrudançâis tecno- t ernprego; frágeisrm_›‹'ariis1rrr›s de .×r\guridfi- lariado ou autônoino em uni período re-
-t :ii;ii;ii::i;i
contorrnaçào e uni novo modo de funcio- lógicas, apresenta uni aspecto crônico, o de social; aniplos :<‹:qrncntos ocuprrdos eni cente, i‹lentitir_aiido providêrrcias efetivas
=ii
riarnerrto desses mercados, desemprego estrutural, resultante do pró- atividades por L'.oittz1 prr'rpri¿i (floífniarin. nesse sentido.
A irrlensiíicaçáo (l‹.:S;5es fenônienos gt-2- prio niodelo de desenvolvimento. !\.~';siin, 1996). Nczste âinlnto iršio r'~ ‹:l.zrr'a rr zirticu- Dada a coniplexidade que os mercados
=;
;;: :11:rl;:=;i
rou o retorno do ideário iieoclássico em as translorinaçöes econômicas dos anos ;i lação entre otortza e prorzura de tmltmllro, de traballio iiacioriziis vêiii apresentando.
i'u::i:: ;: ij iÉ:::
riovas roupagens: a vertente inais alinha- 1990, aprotundarain o desemprego e a dada a limitação ou iri‹_'_xistôi'i‹.:ia de meios as estatisticas assim c‹_›ristruiclas continu-
i; i; l;iá i:*.i!
ii:::;
r
da aos pressupostos t1'adi(:ioriais atribui os precarização do mercado de trabalho bra- de rrraniit‹:nr;é`i‹r pr-rr-tr os 1ndi\-iriiurizs em de- am iiicapazes de desvendar as especifici-
z;:ziiil;ui;ii
t'.=11
altos patamares de desemprego à rigidez sileiro (Pochrnann, 1999; Mattoso, 1999; semprego (p1'ovir1r":rrr_zra, segrrro ‹'lt¬serirpi1zë- dades corn que ocorre ri iriserção da força
do rnercado de traballio (patamar eleva- Baltar, 1999; Saboia, 2005). 90 ou outros), impedindo-rízs do e›;‹:rcereni de traballio. Sogrrndo Hoffniariri (1996),
do de salários sustentados pela forte ação A magnitude desses movimentos e 6 6 procura efetiva de tralizdho sein a reali- os limites dessas defiriiçrfres decorrem, por
sindical); a outra vertente os interpreta sua presença nas economias industriali- 1-üção de qualquer atividade 1'eint1rierad¿i. um lado, da noção de força de traballio
corno resultado do comportamento das zadas -- as taxas de desemprego duplica- Os indicadores Cla ssiríos sobra-1 0 rnercado construída a partir do modelo de mercado
; i: ;;; ;i:
empresas que estabelecem padrões sala- rarri nessas economias no período entre o CÍE? traballio, em pros:-rrça de forte hetero- de trabalho das economias deseiivolvidas,
ii,í='. Í.
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ririis elevados -- salário eficiência ~ para pós-Guerra e meados dos anos 1990 ~ tor- 'r
geneidade, não rosprrrrrierii ao objetivo do rio qual o contrato padrão de traballio as-
garantir maior adesão e produtividade nararn estratégica a rnensuração desses revelar as diferentes faces do leriõnieno. salariado era a regra fcoiitratos com du-
iiii
dos traballia‹lores. feriôrnenos, assim como o refinamento e a __'_|_.: Esses liniitos levaiaiii fr rcflexí-.ri O coiistru- ração in‹ieterniirizi‹ta, jornada de traballio
A tentativa de superação da crise passa lioni‹›gc›iroização dos conceitos e das me- SÚU de iridic‹idor‹:s ‹tuj‹i ¿rirrpl‹Irr‹ir': pudes- :; =: completa, noçgrrciriçäo coletiva, entre ou-
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‹;r ser garantida através de medidas assen- todologias de captação. Tanto conceitos SG abarcar toda ri rtiver'zâr`da‹te do sitriações tros aspectofz), e, por outro, a centralidade ¡__
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tadas em duas vias: a tecnológica pela via como inétodos de investigaçao evoluem Ofllpacioiiais presr~iite em riierc‹rdr›s de tra- da categoria emprego para a definição de
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da reestruturação produtiva e a via das irrtltlenciados pelas circunstâiicias sociais ballio cara‹'t‹›1i;/.adrrs pcia lietero‹_rtíâneidade. atividade dos individuos.
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A.NToN1c> D. CAT?/«Ni & LORENA i-lotzivifwn DIGUNÁRIO DE TMBMHO E T¡cN(_,¡_OG¡A
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dos processos produtivos o aumento da
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duos que se encontram numa destas três
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situações involuntarias de não trabalho: a)
do nas economias desenvolvidas conferiu desemprego aberto - pessoas sem trabalho uma necessária contrapartida em termos tl .
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El-IRENBERG, R.; SMITH, R. A moderna eco-
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de incremento na demanda de trabalho. 't l-
; iii;II
liinpidez às relaçoes de trabalho nesses nos sete últimos dias e com procura efetiva nomia do trabalho - teoria e politica pública.
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São Paulo: Mal-:Jon Books, 2000. Uiii dos autores que primeiro chamou a
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inorcados, perniitindo que a classificação de trabalho nos QO dias anteriores à entre-
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Ír rr;;B:;Ê
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prego persistente. Revistu FAE, Curitiba, v. 5, n. .z;
gados, desempregados e inativos relletisse precário - pessoas ,que realizaram, nos 2, p. 49-60, miiio/agr). 2002 do desemprego tecnológico foi o econo-
últimos 30 dias, trabalhos precários e que mista clássico inglês David Ricardo (1772- ii
=tt;í
a realidade. A centralidade da categoria FURTADO Adolto C. A. R. Estudo sobre o do-
sernprego. Estudo, dez,/1997. Consultoria Le- l823], um seu livro Princípios de Econo-
;"ii:
buscaram substituir este trabalho nos 30
Ê
emprego, por sua vez, confere ao desem- .l¡ gislativo, Câmara dos Deputados, Brasilia, DF
mia Politica e Triliuiziçáo, publicado no
ii=:i:iii
prego e à inatividade o carater de negação dias anteriores à entrevista; C) desemprego GUIMARÃES, Nadya Araújo. Por uma sociolo-
'l-.=
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do traballio, caracterizando-os como vali`z^'i- oculto pelo desalento - pessoas sem traba- gia do Desemprego. RBCS, v. 17, ii. 50, out. 2002. primeiro quarto do séc. XIX, no contexto
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HOFFMANN. Mansa 1!; BRANDÃO, 5. M. C. da Primeira Revolução Industrial na ln-
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llio e com necessidade de trabalhar, porém
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.,, práticas iiacioliais. Cadernos do CESIT, Caiiipi-
mínimo. uina hora de traballio no poi-ioclo niorcado ou por circunstâncias tortuitas. ;1, nas, n. 22, nov. 1996. intitulado Sobre ri Moquinario, Ricardo
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A pertinência da discussao do ‹_^0n‹_'eito destacava o fato de que a incorporação do :ze-
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de iclei'êiici¿i, a classiíicaçäo da c:‹ii'i‹liç£i‹) KEYNES, J. l\4. Teoria Gera] do Emprogü. f¡0
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IVIATTOSO, .llirge E. I.. A desorlleni do imba-
po traballiado. Este indicador diante de do mesmo para a sua niciisuraçäo. pode ria ser poupatlora de mão de obra. A partir
llw. 550 Pñult): Scritta, 1995. Ê.
uma realidade com forte heteroçieiieidade ser considerada a partir da iiecessidnrle de então, o deseinprogo tecnológico tem
pf. 'l`ransforniêiçõos econôniicas recentes o
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na inserção laboral e limitado sistema do do desenvolvimento de politicas ativas -'p›`._ -`_ _¬_ ¬. mudanças no mundo do traballio. ln: OLIVEI- sido obieto de aiialise das diferentes cor- tl-;.
1 (
capazes de intervir nos efeitos desses ino- RA, M. A. de (orgl. ]šc‹_›.1iomi'o e llulinllio: textos rentes do p‹fnsanieiilo cconóinico (Free- .it
;irolt-çà‹i ao traballiador, perde sua capaci- basicos. Caiiipiriéis, SP: Ul\'lCAl\'l P, IE, lílflfl. _; 1
viinentos sobre as condições de traballio e nian; Socte, 199/1; Staiicliiig, 1984; Viva-
r, li;;: : i, :i;ii!: :ii:
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‹l<n_l‹,› cl‹'issific¿itória 0 deixa de expiiëssai' os OIT. Paiiorêiriia l.aboréil 2008. Oficina liit‹.~in-â-
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l`ciiôiii‹:nos em sita real dinicnsíio. de vida dos individuos. A iiitcnsiíicaçäo do cional do Traballio, Genebra, 2008, ielli, 1995 e 2007]. Eni termos aiialiticos,
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número de rcl‹i‹;öes de traballio precárias OIT. Panorama Lalioral 2009; linpacto do la cri- o primeiro aspecto a se destacar a respeito
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Num coiitcxto de intensa ilexibilizaçíio
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sis mundial sobre el empleo en Aiiiérica Latina ,‹‹-_
do tralialho o de recoiistruçäo iristitiicioiial e z~i manutenção de altos patainares de de- do iuipacto da tecnologia sobre o emprego
i
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tr norniativa do seus padrões de ¡ir‹›t‹à‹;Éio, Regional de la t`.)lT para Aiiié-rica Latina y el
parcela crescente da população. A ação de i Cõribe, Lima, 2009. crescimento da produtividade do trabalho
uma tentativa de siiperação desses liiui-
POCHMANN, Márcio. O traballio sob fogo ia;
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comparativamente ao do ,produto (Sylos
2'J
tes está na inclusão de outros pa râineti'os politicas desse tipo não se efetiva sem um
cruzado: desemprego precarização no final
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Labini. 1993]. Neste sentido, de uni ponto zzíf
paira a classificação da condição de ativi- niiiliociiiiento adequado das especificida- do século. São Paulo: Contexto, 1999.
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da‹le: a) aiiipliaçäo do tempo do referência des da dinâiiiica e da estrutura do ni ercado SABOIA, João. Vonturas e desventuras do iner- de vista rnicrooconóniico, sempre que hou- z.-3
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de trabalho no qual pretende intervir. tado de traballio no Brasil. In: CASTRO, A. C. ver crescirneiito sisteinático da produtivida-
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pa ra a rnfaclição da condição de eniprega- . 1,...
el fil- l0rg_). Brasil em desenvolvinieritor insti- ,zu
do cf da de desein1ii'ega‹lo; bl investiga‹¿ão lllíções, políücos e sociedade. Rio de Janeiro; de do trabalho superior ao do produto face Irã
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Referências Civilização Brasileira., 2005. à incorporação de inovações, se estará .g z
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da situação de trabalho (remunerado, não gi:
roiiiuiierado e excepcional); cl do tipo de AMADEO, E. J.; ESTEVAO, M./-l teoria econo diante de um processo de racionalização
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trabalho exercido [regular ou irregular);
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BALTAR, Pëtulfi E. A.; IVÍATTÔSO, .lurge E. L. ›:'|›
TEcNoLoGico vez que se prodiizirá mais com um menor
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d) da disponibilidade para trabalhar sem 'l`ranslormaçi'›‹is estruturais e emprego nos anos "¬"›€`z'."`
90. Ensaios FEE, Porto Alegre, 1997. Raul Luís Assumpção Bastos número de trabalhadores empregados, 14';
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sendo supostamente constante a extensão
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gêiçãio se insere a Pesquisa de Emprego e CASTEL, Robert. /ts metuíormoƒes da questão *kltkäiâkv zsi
social: uma crônica do salário. Ptztrópolis: Vo- .xi-
da jornada de trabalho.
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Deseiiiprego, que, ao utilizar esses outros
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zes, 1998,
Deve-se ter presente que se Pode obter
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pzirâinotros, constrói uma defiiiiçíio de de- 51 redução do número de trabalhadores
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semprego anipliada (Seade, 1995]. basicas sobre mercado de traballio. Iii: OLI- decorrente da aplicação da tecnologia um processo de racionalização produtiva e =:
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de natureza rirganizéiriional quanto tecnoló- tado qtiantitativo do impacto da mudança
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Outro elemento, relacionado à mudan-
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gica em sentido estrito. Quanto às 'inova- tecnológica sobre o emprego (Freemanz ça tecnológica 0 ao emprego, refere-se à mais geral a elevação da duração média do
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ções de natureza organizacional, um exem- Soete, 1994; Sylos Labini, 1993; Vivarelli, composição da estrutura ocupacional e desemprego na economia. Há evidências
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plo clássico é o da linha do montagem 1995 e 2007). Em parte, isto se deve ao fato
3:il i
ao perfil da torça de trabalho. No presen- de que a difusão de novas tecnologias, nas
introduzida nas primeiras décadas do séc. de que uma abordagem niicroeconômica ultimas très décadas do séc. XX, foi um dos
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te contexto histórico, no qual se obsewaz
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buiu para uni grande crescimento da pro- isolados - não Ó suficientemente abran- técnica eletromccânica para a microeln- ração int'~‹.l1a do desemprego (Wolff, 2005l~
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dutividade do trabalho coinparativamrznle gente para permitir um balanço no plano Em face dos diferentes aspectos assina-
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trñnica, percebe-se que os vários segmen-
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às formas anteriores de produção nessa in- macroeconôrnirro dos efeitos da mudança tos da força de traballio são atingidos de lados, o desemprego causado pola incor-
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dústria. Quanto às inovações tecnológicas tecnológica sobre o ernpmgo, pois aquele
ti forma diversa quando da introdução de poração dc novas tecnologias deve ser
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om sentido estrito - ou seja, em terrnos do escopo de análise não leva em conta os inovações (Autor et al., 2003; Ferraz et al., enfrentado de diversas formas. Por um
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novos equipamentos -, um exernplo con- efeitos componsatórios anteriormente re- .lÍ. lado, existe a questão anteriormente refe-
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1992; Freeman; Soete, 1994; Tauile e Oli-
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temporâneo seria o da difusão da rob‹'›tíca feridos. Adernais, existem. também, difi- .-r..ir, . veira, 1988). Neste sentido, constata-se rida do c‹,›mport.a1nento da produtividade
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nos processos produtivos in‹.lust.riais. culdades nietodologicas o empíricas para 'ti que os trabalhadores rn‹:nos qualificados vis-r`1~\-'is ao do produto, a qual irá rebater
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2. Existe uma série de efeitos compeli- se mensurarern corri precisão os cfeitos da 11ÍfF ou corn qualificações que estejam passan- no rfiiipimfci. Neste sentido, Ó relevante que
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satórios que necessita ser ponderada para difusão dc inovações sobre o emprego. De do por um rápido p1'o‹~esso de obsolescôn- 0 cre.=;r'in1r›nto do produto seja 0 maior pos-
i:.,=,,:i:
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que se faça urna análise cuidadosa dos im- qualquer forma, um aspecto reconhecido cia são muito mais atingidos em termos sivel pa ra contra-arrestar Os cfeitos negati-
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pactos da tecnologia sobre o ‹>iiipn_-go [Fro- Ó o do que estes efeitos são portadores de de perda de postos de tmlialho. Assim, vos do (resciinento da produtividade do
ernan et of., 1982; l¬'r‹›ern¡-tri; Sovte. 1994; desequilíbrios na relaçäo geiaçãoƒclimina- empregos que r›nvolvain ati\=i<lartes roti- tr¿zl_›.1llzo sobre 0 emprego. Esses efeitos so-
.
iii
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Sylos Labini, 1993; `\›'i\'ar(3lli, 199.5 r- 2007). cao de postos de traballio, tanto cm termos neiras, ropvtitiifas o com baixos requisitos bre o ‹›inpr›~g‹› larribëni podem Sei' mino-
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criaçao do novos produtos, serviços fz incr- ta zr estrutura setorial do emprego, pois o inovações de hêisr-› rnirroelotrônica, o qual lho. l'f›1 ~~:Jt1'‹› lado, no que diz. respeito às
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produtividade do trabalho ocasionado pela setoriais. Desta forma, constata-sc como :.ôEFi, seus postos de trabalhti menos estreitos e po‹leI'imn ser enfrentadas, de modo geral,
incorporação do progresso técnico traz, tendência histórica, nas economias ca- Sllü especialização menos rígida. por meio de programas de retreinamento
consigo, a redução de custos, caso esta pitalistas, uma redução da participação 4. Uma dimensão do desemprego que a para os trabalharlores, especialmente para
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implique barêitcaniento do preço das iner- da agricultura e da indústria no emprego difusão de inovações: pode também afetar os rnenos qualificados, ou que tiveram
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cadorias, ele terá efeitos positivos sobre o total e, consequenternerite, uma elevação a da sua duração, fenômeno que se co- suas habilidades tomadas obsoletas.
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comportamento da dernanda. Nesta ines- dos serviços no emprego. Mais recente- §¬
10Ca em ambientes em que se acelera o rit- 5. Outro aspecto que também podeiia
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ma perspectiva, se o crescirnento da pro- mente, a experiência internacional tem -it mo de difusão do progresso técnico, corno contribuir para limitar os efeitos negativos
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dutividade do trabalho for repassado para evidenciado, para alguns paises, inclu- :ft O observado desde os anos 1970 (\'\lolfÍ. das inovações tecnológicas sobre 0 empre-
os salários, implicando inn aumento do sive, redução do emprego industrial em 2005). A argumentação a esse respeito é go está associarlo à participação dos ato-
poder de compra dos trabalhadores, este termos absolutos. Não obstante, seria 6 de que, na medida em que os trabalha- res sociais no processo de incorporação do
também podera contribuir para estirnular inadequado afirmar-se que a indústria dfires desempregados pela adoção de ino- progresso térnico pelas empresas. Ou seja,
:
a demanda e, em alçniina medida, contra- deixou de ter rr-1ovân‹.'ia para a determi- Vflções tecnológicas tenham as suas liabi- na medida em que a introdução das novas
arrestar os (zlcitos riegútivos da difusão do nação do uniprego total, pois ‹-_-ste setor liflades tornad-as obsoletas. eles enfrentam tecnologias lol' acmnpanhada por neg‹Jci¿1-
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progresso técnico sobre o omprt-go. continua ocupando uma posição central maiores dificuldades em voltar a obter um ções r:r›lutivas entre trabalhadores e firmas,
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Esses aspectos ‹:orrrluzr;›ni ër conclusao de no processo de desc-nvolvimcnto capita- Posto de trabalho. Assim, esses trabalhado- abro-s‹¬, a possibilidade de se reduzir o seu
que não é trivial a determinação do resul- lista (Castells; Aoyaina, 1994). Ét. T@S aurnentarao seu tempo de procura por irnpacão cm termos de perdas de emprego.
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Referências
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somente corri alternativas desfavoráveis. currstâncias- voláteis e constantenrente nais e se este-nderia à vida, permitindo a
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eit;*i::
São iontes de dilemas pessoais no traba- instáveis é jogada sobre os ombros dos in- invasão do privado pela atividade laboral
; ; i ei
i
AUTOR, D. et al. The skill content Fil recent
iiiliÉ;i,;;i:ilriit:i,;; i,=, ;;:ii: i:, i,ç Ê;iii
;itl;;:i i;, il:E;:, iit i: i;j, i:;;:i ;;l
;
íiiíi'i;
tion. The Quarlerly Journal ot' Economics, Cam-
exigem a cooperação necessária à pro- "ireo-choosers" e suporteni plenamente ço e do tempo pessoal" (2007: 180). Aque-
i;;ii
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u
CASTELLS, M.; AOYAMA, Y. Hacia la socie-
dad de la información: estructura del empleo dualização condizente com a sociedade mân, 2007.3: 10). Ainda segundo este au- so, por exemplo, passaria a ser gerenciado
i=
en los países del G-7 de 1920 a 1990. Revisto
liquido-moderna. A vivência de dilemas tor, não há boa escolha. "Näo se pode ficar de modo a tornar-se produtivo (Weber.
Éãí
iiei*çÍ+iilii:r=iiíii:::;::EFii!;r;i
Internacional del Tiobajo, Genebra, v. 113, n.
1, p. 5-35. 1994. pessoais no trabalho ultrapassa segmen- com a torta e comê-la - mas é exatamente 2010). No que tange ao tempo e sua rela-
i
FERRAZ, J. ct ol. Developmerrt, technology and tações como gênero, geração, alocação isso que você é pressionado a fazer pelo ção com os dilemas pessoais no trabalho
r;;ti;;
:l::',i'
i:r:,;ii;:;:;a;:i Í :j::i i::i; ;t::
E:3
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Ilexibilily: Brazil faces the industrial divide.
na estrutura hierárquica das empresas ou ambifânte em que tenta compor sua vida" pode-se argumentar que as relações de
i Ê ; í ; i : i ; ; i i;ii: ! ; I : i ; i : : I : i : j í ; ;
iii:?; I: =
Londres: Routledge, 1992.
FREEMAN. C. et ol. Unemploymenl and tech- tempo de formação e experiência profis- (Bauman, 2007b: 142). Vivemos numa so- trabalho estão calcadas em uma lógica
ÍiÍi.ii
niccrl innovation. Londres: Frances Pinter, 1982. sional. lmplica tomada de decisão ou esco- ciedade líquido-rnotícrrra na qual, para que elimina os ancoradouros e desconsi-
!
"á
iÊ:ti:;
FREEMAN. CL; SOETE. L. Work Ior all or mass llia experimentada como algo de respon- bem sutíeclmz r1e‹:essári‹› ajustar-se à dera as trajetórias pessoais, iazerido com
ÊÍ i ; i : Êi ; !
\
unem1)l0)›'nrer¡II¿ Londres: Pintor Ptrblisliers. 1994.
sabilidade exclusivamente pessoal. uma redrrçéãri do tczripo de ‹:onsol.idaçáo de que a capacidade de abrir mão e permitir'
Rl(.I.›'\.RI')O, D. Principios de economia político
E f¡'ÍlJt.|I(¡Ç(Ít0. São Paulo: Nova Cultural, 1982. vez que, reforçado por uma sociedade in- hábitos, rotinzrs e turmas de agir, condi- que o passado fique para trás tornern-so
{CoIr›‹;ào Os Economistas). dividualista, frente ao dilema o individuo cionando a uidstôiicia ta uma sucessão de tundamentais à medida que migrar de ta-
: : i;; ;,i
:i;t : i: :: t;,.
i;1ii,.j:!:;:li,Ét;i: EÉi i;i:!
percebe-se só, 0 que torna a experiência reinívios, êitirial “sf-fr cltrixado para trás” Ó refa em tareta, de emprego em ernprego,
lógicti. Revisto l'nle1'rrczcíonflI del T.l"(¡b0jD. Conc-
bra, v. 103, n, 2, p. 155-179, 1984. ainda mais dificil ou penosa. Dilemas pes- “não ericontrar um lugar na proxima ro- de um lugar para o outro são uma exigên-
soais no traballio dizem respeito à vida dada da ktaritƒzt das ‹¬adeiras"' (ibidem: cia na busca de colocação profissional
i:i:;É;:
SYLOS LABINI, P Nuevas tecnologias y de-
:Ít,";21:Y+E:ii:t:
i: ;iii i,,;ii :!i
sempleo. México: Fondo de Cultura Económi- corno um todo ao apresentar consequên- 10), strgzflrc: ao iritlrviduo que “qualquur (Sennett, 2001), de modo que "aquele que
ca. 1993.
cias que alcançam também aqueles que escolhít que taça, está arranjando contu- resiste Ó catalogado como não eiiiprogá-
TAUILE, .l.; (')I.lVElRA, C. Difusão da automa-
compõem as relações do in‹iivídu‹), sejam sao" Íibitlt-itnz 142). Àlais pcrcepçöes corr- vt-l" {Gauleja‹', 2007: 241).
ção no Brasil e os eleitos sobre o emprego: uma
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resenliét da Literatura Nacional. Literolurfl ECO- elas de coleguismo, atetivas ou familia- tribuiriam para o surtiirnvnto de dilemas 3. Dentre as questões que surgem no
gã;
f
nômica, Rio do Janeiro. v. 10, rt. 2, p. 161-192,
res. Exempliticam os dilerrras que atloram pessoais no traballio, oriundos dos atuais cotidiano do traballio, algumas são pró-
\¡I\¡ARELl.l, M. Innovation and L=riiplm,-'rrieritz estigma de perdedor, 0 nomadismo invo- no aqirioagrm-1. brarnerrtos vividos pelo trabalhador nas
:É : Ê ! : ;iiÉÉ i ; : i ;
:;j jií?
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p. 719-732. de incentivo a fragrrientaçäo das experiên-
mérito, o medo da estagnação proiissiona! mento psiquico, sendo o traballio bancá-
WOLFF, E. Computerízation and the rising un- cias \-'ividas. a ‹;'apac1`dade de estar aberto a
e a saúde na precarização das relações de rio paradiginático nessa questão (Grisci,
=
employrnent duration. Eastern Economic Jour-
nal, Hampshire, v. 31, n. 4. p. 507-536, 2005. traballio. Tais dilemas coexistem, se entre- Constantes mudanças e a elas rapidarnente Scalco e Kruter, 2009; Oltramari, Weber
cruzam e se intensificam uns rios outros. se adaptar dificultam a coristruçâo de laços e Grisci, 2009; Weber, 2010). Os atuais
iiiíj
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DILEMAS PESSOAIS No levando os indivíduos, em geral, a preterir de mrrtiarrça o ajuda mútua. Desta forma, modos de gestão permitem ao individuo
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TRABALHO os relacionamentos pessoais tanto no âm- 3 lógica vigente apuntaria o sujeito como certa sensação de autonomia. No entanto,
aiz3,i=ii
Ligia Iochins Grisci bito do coleguismo quanto no dos alelos. Senhor de si, incumbido de responsabi- a atual exigência de que cada indivíduo
em prol da rentabilização do trabalho. .z›;.+|à;~.-:'àr: ]-Ílfif-Se por suas escolhas e estilo de vida seja gestor de si sugere "que a redenção
i;i;:i
íi;
I. Por dilemas pessoais no traballio 2. Autores como Bauman, Sennett G 9. össint. "rcS‹)lver os dilemas gerados por e a condenação são produzidas pelo indí-
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conipreende-se a vivência de uma situa- Gaulejac se revelam irnportantes a Com- <`1I'Cun.<t‹"m‹;ias voláteis P constantemente víduo ‹-f somente por ele - o resultado do
›_z=i‹.~í'*v`
ção difícil ou embaraçosa que aponta sa- preensão dos dílemas pessoais no traba- ¡nStáV<*is" (Bauman, 20U7a: 10). que 0 agente livre (ez livremente de sua
tt;
idas árduas. urna vez que. para a tornada lho. Para Bauman, “a responsabilidade Para (šarrlcjav, um constante estado de vida", diz Bauman (2001: 76), o que otor-
de decisao ou escolha, o individuo conte em resolver os dilemas gerados por cir- ülertzr textrapolérria as relações profissio- na 0 responsável por cultivar os méritos
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Diante da possibilidade de ser julgado uma visao individual te chama de bobo,
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de constatações como: “se eu fiz débito
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e reparar os fracassos (Bauman, 2007a].
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Racionalizações sobre 0 trabalho levam 0 como acomodado, estagnacio, o individuo automático naquele mês, no mês seguinte porque tu deverias ter guardado isso para
individuo a aderir ao ideal da instituição, enfrenta o seguinte dilema; aceitar os a pessoa não vai mais aparecer para pagar ti. Se 0 resultado é imediato, porque tu vais
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de modo qlíe os modelos de valores das desafios de uma ascensão, por vezes pre- a conta, ou seja, a meta aumenta, mas a dar para o grupo?" Sendo assim, afirma-se 1
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empresas se tornam também seus mode- matura, e, concomitantemente, conviver possibilidade diminui". O enfretamenlo claramente que “as pessoas têm a infor- l
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Í;
los de valores {Gaulejac, 2007). com a ideia e 0 medo da incompetência; de tal dilema corrobora com uma exaus- rnagao, mas elas não passam". Diante dis-
Resultados de pesquisas (Grisci, Scalco ou resignar-se ao fato de que não tem o tiva busca de reconhecimento do trabalho so, especula-se a vivência de um dilema
iz;r;;
e Kruter, 2009; Oltramari. Weber e Grisci. perfil para a [unção e iiear subjugado aos realizado, atinal "quando os critérios de pessoal no traballio. nao verlializado e até É--4.1
'i;i;;:ii:
-*V_-._,. .¬¡üv-
comentários de colegas. A racionalização sucesso se tomam cada vez mais exigen- mesmo negado, relativo à própria imagem
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2009} permitem dizer que, por vezes, não
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há como encontrar um ponto em comum sobre o processo de ascensão e a autoco- tes e os riscos de fracasso cada voz mais que o sujeito constrói de si, em consonân-
i
entre os valores pessoais e os da empre- braiiça surgem como modos de enfrenta- presentes” {(3aulejac, 2007: 227), 0 sujeito cia com Sennett a respeito da corrosão do
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sa, derivando um dilema. Ou o indivíduo mento do dilema, assim verbalizados: "há se vê compelido a prejudicar-se para al- caráter. Pode-se dizer, então, que a vivência
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lados positivos e negativos [...]. O lado cançar objetivos estabelecidos pela em- de dilemas pessoais no trabalho se sns-
cunipre as solicitações para manter-se in-
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cluido no trabalho e perde a paz de espíri- positivo fã que, querendo ou náo, eu sou presa. Iironto ri isso. Ó comum os indivi- tenta na irrstalaçàri de s‹1›.ritirrieril'05 opos-
::
to, ou preserva a paz de espírito e arrisca- nova e já consigo ser gerente, é um reco- duos entenderem que "a medição Ó essa: tos que passam a coexistir nos indivíduos,
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a ser excluído do traballio. Qualquer nhecimento. O lado negativo é do peso da quanto mais tu atinges as metas, mais tu dezsericadezitlos, ein especial, polos atuais
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r:.=;(`o1lia que faça não se mostra satisfató- responsabilidade. Perdi minha saúde por- és cobrado". Trata-se de um dilema que se modos de gestão que acentuam 0 desem-
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censão prolissional, por exemplo, ele ro- então me pergunto se tenho ou não perfil giar o aqui e agora em termos de alcance zacao mesmo no traballio em equipe.
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quer que os inilividuos estejam dispostos para trabalhar nisso". l)e acordo com Bau- das nivias o diminuir as possibilidades
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iuturas, ou fragili7.‹ir o aqui e agora em l{‹%lei'r`>,iicias
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a deixar seu lugar a qiialquer momento, man (2007a], o sujeitri é o tree-chooser e,
1
aceitando oportunidades assim que estas portanto, respoiiszivr-l por resolver os dile- termos de al‹~an‹'e dos metas e aumentar llf\l'l\/lAl'\'. 7.. Moflr-midorlc liquido. Rio de .la-
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Zahar, 2llU7a. .f¬~..
construção da imagem do profissional fra- ensão e capacidade de ação, além de ser ansiedade e o sofrimento não é sinônimo
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V___¬¬_. Vida líqliídri. Rio de Janeiro; Jorge
obrigado a suportar as consequências de de sua inexi5tí:r1t:ia. Tanto que se Consta- Zahar, 2(lU'Fb.
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(Íi'lSSE]{l() HÊU Si? IGSÍUHQH il].)(3l1¡'_1S ¿i(.) Hldll
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ta, também, a prática de, quando possivel, GAULlE.lAC, V. Gr.-.sido corno drieflçrr .sociril','
\=‹=.r1r.1ed‹n', mas, principalmente, àquele suas escolhas. Alóin disso, a busca pelos
ide‹_iIogií:, poder gurer1r:ialis1a e Íragirientação
colega que näo buscou os meios para a melhores lugares implica a convivência reservar para o mês seguinte algum exce- social, São Paulo: Ideias ra Lzâlras, 2007.
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ascensão e se encontra corno usualmen- em um ambiente propício a competição e. dente ern termos de metas atingidas, caso (3RlS(_`.l, C. L.. I.; SCIALCÍO, P; KRUTER, G.
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',i1=..:iÊ,ii ji:i:
te referido -- artoinodúido ha muito tempo deste modo, os indivíduos racionalizani a ãlgum contratonipo ocorra 0 possa vir a
'Trabalho imaterial bancário <=. a dinâmirra dos
irí ! : I; i::
dilemas pessoais contemporâneos. ln: XXXIII
no mesmo cargo. Quem já está em pos- respeito do preço que pagam pela possibi- prejudicar o alcarice das metas definidas. Eiirjontro da ANPAD, 2009. São Paulo. Arrais...
Í:l
tos de maior responsabilidade e julga ter lidade de estar entre aqueles bem sucedi- 3 O receio do estigma de perdedor leva os São Paulo, 2009. 1 CD-Rom.
Sujeitos a desenvolverem entre si uma re- OLTRAMARI, A.: VVEBER, L.; GRISCI, (Í. 1..
assumido 0 risco inerente ao cargo pode dos. A esse respeito, ecoa a verbalizaçáo
: ! r : Í É; i i i
: ii; li;! í
liares: fi dinâmica de dilemas pessoais na con-
percebendo-o como aquele que "fica mor- abdicar de alguma coisa".
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ömigos e engajados na equipe, ora como tcniporaneidade. ln: ll Encontro de (`šestao de
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1
WEBER, L. Trabalho imaterial banrãirio, lazer
pela estagnação profissional {Baun1an, dos colegas, pois as avaliações de desenr- fixternalizaçäo de como se dá esta dinâ- e a dinâmica de dilemas pessoais Contempo-
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2001). A imobilidade passo fi ser sinônimo penho os tomam individual e coletiva- miüfl. "Se tu dás uma dica para a melhoria râneos. Dissertação (Mestrado) -- Programa de
Pos-graduação em Adininistração, Universida-
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de inutilidade e, mesmo, de morte. mento. Desta forma, 0 dilema se originä ÕG trabalho no grupo, o colega que tem
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entidades integrantes da organização sin- trabalhista 0 mito de que 0 Direito do Tra-
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DIREITO Do TRABALHo_`_
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dical (Centrais Sindicais, Confederações, balho, na construção teórica e legislativa cialmente à limitação da jornada de tra- .\
Aldocy Rachid Coutinho ._ ,
g: : : i ; i :, ;, . : i í i;
Federações e Sindicatos), atuando na defe- pós-Revolução de 1930, teria sofrido a in- balho e proteção aos menores, à mulher,
z
sa dos interesses trabalhistas individuais e/ fluência do modelo fascista e, mais preci- aos desvalidos, às aposentadorias, aos
ou coletivos de seus integrantes. samente, da Corra del Lavoro, de Benito sindicatos e às sociedades cooperativas,
Éi:g: : i i =:íi+;+:Í,
Ê;r: :i=:;l::;:;;1::==:;;i:i;;;iiil!iê;
t. O Direito do Trabalho define-se como
: ;
urna disciplina jurídica e, também, como
uni sistema de regras e principios, com origem) a disciplina jurídica recebeu dis-
*Ç redutora de sentido, ao canalizar a atua- até 1930. A fase de oficialização do Di-
ir
bre regras, regras que estabelecem efeitos
iuridicos), de conduta {tunção‹›rie1itadora ram inadequadas e foram superadas. teúdo não abarca toda regulamentação e em um período politico centralizador e
do agir humano] e de decisão (solução de Legislação Social induzia em erro na me- jurídica do trabalho huinano, restringin- autoritário, que manteve sob controle es-
:=
do-se a uma de suas modalidades, a do tatal [longo nmmis) a atuação sindical.
i i : ; i: ; ; ir i : ig i I I; ; Éii i r [ãi
casos concretos] para as relações indivi- dida ein que o Direito não se restringe ao
contido em lei formal ou material. Direito trabalho subordinado ou emprego. Cabe O Direito do Trabalho nasceu como
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duais e coletivas de emprego. Sob a ótica
; :: ! :r ii:u,j,
t“Jperãrio, empregado pela Constituição de ao Direito Civil a normatização jurídica ramo juridico autônomo, por especializa-
=
=;r;;: : : : ;;
ii ; i : i r : : ; : : ; : i :
sulijetivista e material, é um sistema de
proteção do traballio subordinado com 1937, em seu art. 16, inc. XVI, ademais, faz do traballio autônomo e do eventual, as- ção, em pleno séc. XX. Marcou seu nasci-
pit-val‹"¬iicia dos iritcrcsscs dos emprega- menção somente ao trabalhador manual ou sim como a regulamentação do cooperati- mento o rompimento com 0 Direito Civil,
i: ;i i: i ;1ii; : i!i ;t :: íi ; i :
i?i
dos, porquanto roconhccidaniente lupus- me‹-Eurico, enquanto no Direito do Trabalho vismo; o Direito Administrativo diz res- comuni e geral, historicamente confundi-
não liá distinção de trabalhador manual, peito à disciplina do trabalho prestado do com 0 direito privado, por conta da
"
snficientes. Sob o aspecto ecoiióiiiico, ‹'› -i
‹1rt'l|¬injui'ídi›:'a do capitalismo que regula intelectual ou técnico. Todo einprr-gado pelos servidores públicos, restando à le- eiiimgíaiicia da qiresläo Social e da insufi-
:t,lit
!;iittz
.I ventla da força de traballio enquanto um recebe tratamento isoiiômico indepen- gislação espàirsa a reg ulamentação do tra- ciência teorica para dar conta das deman-
il:;r:-l:
-:
dos fatores de produção. dentemente da posição ocupada na hie- balho temporário, trabalho voluntário, tra- das de regras difcrenciadas no jogo de for-
balho avulso e a relação de estágio. í
O Direito (lo Trabalho é dividido em Di- rarquia enipresarial ou da condição de ças econôniicas, com vistas a minimizar a
:=; : iÉ i:liiiEl I rii,
reito Individual do 'Trabalho e Direito Cole- tempo, modo ou lugar em que desenvolve O Direito do Traliallio surge após o rom- exploração do trabalho, tendo como ápice
s ; =' i : I : ; Ê i I ; = !
tivo do Trabalho, em conformidade corri os a atividade laboral. O Direito Industrial pimento coni o sistema escravagista de a Consolid.-ição das Leis do Trabalho
ll;i i ;Í::;
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ca voltada ao emprego. O Direito Individual setores econ‹`›micos nos quais o trabalho lista brasileiro e no periodo de transição de concepções individualistas do liberalis- z.¡
't
do Trabalho dirige-se aos sujeitos de direito subortlinado se realizaria, deixando de fa- para o traballio livre {pressuposto históri- nio econômico, absolutaniente contraditó- l
zer referência. portanto, ao traballio rural co-material para surgimento do emprego) rias coni as reivindicações coletivas da
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=
to do Trabalho. Direito Social, cuja alusão tações incipientes, regulando a venda da ventora do Estado ein legislação profissio-
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com pessoalidade, continuidade, subordi-
remonta no Brasil ã obra de Ciesarino Ju- força de trabalho, até então regida pelo nal c protetiva. A categoria Civilista do gl
iii;i:
nação e onerosidade) e empregador (orga-
ii
nização dos fatores de produção. na forma nior, ao contrário. peca pelo excesso, na Direito Civil. Os reflexos do positivismo contrato de locação de serviços, livremen- -1
I;i;::i
medida ein que (al todo direito é social- e a influência anarquista, anarcossindi- te pactuada por sujeitos de direito em situ- -",
=
de empresa ou por equiparação), que en- zâ
Calista e socialista que acompanham a 7.
mente construído e determinado e (b) ação de igualdade encontrava-se total-
; 2+:;;:
tabulam diretamente uma relação juridica ,I
i ii:;:Z
¡-
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de eniprego, mediante a celebração de um nem todo Direito Social, sistema legal de migração de trabalhadores para o Bra- mente divorciada da realidade. A situação
i;li
proteção aos economicamente fracos, eS- Sil. abrem frentes para a presença de um de subordinação do trabalhador, despos- lln
contrato individual de trabalho. No Direito ,.
I
‹Í
Coletivo do Trabalho são consideradas as tabelece preceitos destinados ao trabalho movimento operário com capacidade de suído de bens - salvo sua força de trabalho
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¡,
relações jurídicas estabelecidas por grupos como categoria central. Direito Corporati- Organização e pressão. Suas práticas e - e premido pela necessidade de subsis- ii
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z
profissionais e grupos econômicos, consti- vo ora uma denominação ardilosa e ilusó- resultados, no plano coletivo, retiram da tência, acarrotzi o surgimento de um prole-
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ria, uma vez que reproduzía na ideologiö inércia a atuação estatal, mediante a ado- ;Ê tariado que, na identificação associativa
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tuídos como pessoas jurídicas na forma de
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profissional, exerce pressões, levando à de um locus de fegras e princípios traba-
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peculiares e um arcabouço de regras e crático - ou menos autoritário - das rela- de direito público, pois: a) visa proteger agregando, no entanto, novas problemá-
princípios nos marcos do capitalismo. O ções de emprego, com 0 reconhecimento
ii : ÉÉ ii i ri i ; ii i i
tanto interesses pnvados, individuais e co- ticas, quer para adotar uma terceira hipo-
i tçi
contrato de trabalho _ com níveis de prote- dos direitos dos trabalhadores como direi- letivos quanto publicos, náo se podendo tese, a da natureza Social do Direito, quer
=
com a função de mascararnento do poder republicano, garantia de emprego contra tam como caracteristicas normais das rela- ou lndivisibilidade do Direito. A natureza
_!
diretivo do empregador e de ocultação da demissão arbitrária 0 estal)ilidades provisó-
=
ções de direito público estão presentes no de Direito Social foca 0 caráter coletivo e
?::.u::7
mais-valia pela comutatividade (equiva- rias de gestante, dirigente sindical e elei- contrato individual de trabalho, que cria socializante do Direito do Trabalho, com
:
lagniática) - garante a peífrpt-atriz-içízri da en- ainda, cláusulas de não discriminação no categoria propria do direito privado, no tese de um Direito Misto parte do reco-
?: F: iE
trega da força de trabalho como fator de- trabalho, atuação sindical livro da interven- qual deveriam estar p:'z:s‹z~1itâ›s relaçoes de nhccinlento de um conjunto indissolúvel
produçáo no sistema capitalista e a manu- ção estatal, com normatização autônoma, paridade e de coordcriaçao; cl no contrato de n ~gras de direito privado e público, que
tenção da “normalização” da classe traba- participação dos tralralhadozcs nos locais individual de trabalho se reconhece uma resultain em uma impossibilidade de se
=
trÉt: :.'.:1;iÉ:
lhadora. No Bra sil, o período de consolida- de trabalho, fim da representação paritária situação de (le.-'igual‹la‹l‹- real entre os su- inlerir por uma ou outra natureza, senão
ção do Direito do Trabalho (151-if:-19ttti) v classista e limitação do poder normativo jeitos contrataiitcs, Sendo rlistiplinado não éunbas ‹¬on‹:omitanteme-nie, reveladoras
!: Ê t=;= r!I;
denota um caráter expansioiusta, corn a _;A‹
da Justiça do Trabalho. pelos principios da libtfrdado e autonomia do cazíztt-r privado de uma relaçäo entre
i:
it':i:l':.rr;:;: i::tiii;
edição de novas leis e novos direitos tre- 3. Para fixar a natureza jurídica, a di-
l
j
i,
potlso selnanal remunerado, feri‹i‹lo:<, afli- cotomia público/privarto, do traclição ro- sua c‹›i1cepçízo indi\'idualista do liberalis-
:
; : 1i: i ; i i ; ; : i; i: ; = = =
l
cional de periculosidade, qrat›li‹ acao nu- iiiauo-canônica, (Encontra no Direito do mo econonnco, mas a partir do principio da regras imperativas destinadas ao interes-
: i : : i! ii i :
I;:=
talina, contrato dc 8|)l'el1(i17.‹.u_;|i-ni 1: de 'traballio seu principal ponto de vulnera- |›r‹›teção do tialmlliador liipossuliciente se politico. Rejeitando a propria utilidade
::: : ;; i::
_l. _.
1
obra certa). Tambérn sofreu os eleitos da bilidade. A classitirfaçâo da natureza juri-
=
(princípio reitor) diante do poder econômi- da clicotoini.-1, a corrente que situa o Direi-
:i;:
=
5
politica do período do ditadura pos-19ti4, dica remonta ao direito romano clássico. co do capital, reprodu7.ido no poder juridi- to do 'l`ralJall1o como tim Direito Unitário
!=--1
:ii;liii i:,,t:
politicas salariais ditadas pelo t;>o\f‹_-rn‹›, ‹'1¡V1`S0, ganhando espaço privilegiado com ^‹ cotomia na alerição da qualidade dos su- qualidade ou posição dos sujeitos de direi-
t'ii:j:
ziii:;i
Programa de integração Social (PIS) r-. a grande sustentação t‹:‹'›rica na superação jeitos paI“li‹;ipar1tos das relações jurídicas to; o Direito seria um todo orgânico, indi-
l=ii:: !liii:l
participação nos lucros e nos resultados do Estado Absolutista, pela necessidade de einprngo, sempre tratando de vínculo
j;
›
venções coletivas de traballio. tendo o Direito do Trabalho como uma de em igualdade de condições como um parti- da lierinonêutica para efetivação do direi-
A partir dos anos 1970, com za lei do tra- suas mais notáveis klentihcaçöes, a inter- cular, se despojando de seu múnus publico to, independentemente da imprecisão ou
i l:: i : i
balho temporário. o Direito do 'trabalho venção no dominio econômico para asse- 011 poder de irriperiirln ou soberano; e) as indetorminaçäo conceituais de público/
:i :i;:= ;
j !d
passa a conviver com lenõrnenos do exter- gurar a igualdade inateriâil e o fenômeno normas são imperativas e não dispositivos privado. O nucleo da crise das categorias
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nalização do traballio produtivo o tzstréitú- da constitucionalizaçao do direito privado lífldispouihilidade/irrenunciahilidade de
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tica surge com a Constituição da Rvpública pratico sob parâmetros ultrapassados. Íflleresses dos particulares. de um sistema constitucional de direitos
:,
de 1988, em um processo de constituciona- Os dilemas que mitreiitu o Direito do Diante da fluidez da fronteira que esta- fundamentais e de um sistema democrá-
q:
lizaçáo do Direito do Trabalho. Não se trata Trabalho, assim como todo o Direito, dizem
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que convergem para a dignidade da es- das modalidades contratuais de trabalho
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Constituição, com força normativa, e a fraudar a legislação trabalhista. Ademais, c
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Democrático de Direito, da sua parte, se tal como 0 desemprego. Assim, nenhuma
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imperativickacle de sua observância mes- encoberto o insuperável conflito capital propõe a translormar a realidade (e não organização produtiva contratará mais
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va, em prol de uma atuação estatal pro- cação com o capital (assalariados desig- Constituição dirigente e coinpromissória; proteção diante de uni poder reconheci-
tagonista. das relações econômicas, coin nados como “colaboradores“), pela cons- porem, sofre os revezes de politicas neo- do e mantido pelo Direito do Traballio às
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disciplina cogente em normas de ordem tituição de uma conflituosidade insolúvel
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pública, na qual a autonomia da vontade com o terceiro ("projeção para terceiro", ridica da legalidade em proveito de uma
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[liberdade de atuação dentro do quo não contra quem não se pode se iiisurgir) o, racionalidade econômica da o fi ciência, ao
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pregador rião esta oxpressaiiieiito previsto
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é vedado) cede espaço para a autonomia ainda, pela iiistalação de concorrência lado de eleitos decorrentes da reestrutu- na legislação e é mantido sob fu ndanien-
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público-privada [poder de autorregula- entre os proprios traballiadores na dis-
ji t ração produtiva, gerani retlo>‹os negati- to de sua iiierëncia e iiievitaliilidade. Da
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nieiitação dos proprios interesses dentro puta por uma situação mais vantajosa em vos ao Direito do Trabalho, om constante mesma Íorma, suas iiiariilestaçíies de po-
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do espaço de poder assegiirado eiii abso- termos de remuneração e estabilidade das transiormaçäo. Acusado de excessivo pro- der liscali'/atório e punitivo: não há previ-
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s
luta observância dos direitos fundamen- relações jurídicas [“externalização produ- tecionismo aos trabalhadores subordina- são de sanções na Coiisolidziçfio das Leis
tais). Há aperias uiiia ordeiii juridica, com tiva", inclusive traballio oculto realizado is
r dos e de rigidez na sua disciplina normati- do Tiaballio, tais como advvrtêiicia ou hi-
a Constituição iio seu núcleo e a atuação por coiisiirnidores e "fragmentação/iiiul- va, visto como incompatível coiii aspectos p‹'itese<: de cabiniento da suspons‹`â‹›. Ali-
: : : = a=.;iii;1,'.râi
do Estado e dos particulares voltada fi efe- tiplicidade das relações juridicas“). rolle- dinêiniicos e lluidos da pos-rnodrziriiidzi de, ás, até a noção (le sulioiuliiiaçíio é constru-
tivação dos direitos luiidarneiitais sociais teiii a pouca representatividade das orga- a pressão por uma alteração de seu siste- ída doutrinária e jurisprudeiiizialiiiente. A
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dos trabalhadores, que coriilui interesses iiizoçoes sindicais e das diiiculdades em ma Íreiorma da CLT) em busca de mais proteção, Como priiicipio reitor' tlo sisleiiia
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garantir avanços em negociações Coleti- .i ›zÍ7‹›-
antes públicos e privados. eficiência (resultados/lógica dos custos) decorre, portanto, não da d‹~peiidôii‹;ia
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-1. Sob tundaiiiento de redução de cus- vas. Flcxibilizoção e Desregulomentaçâo. aponta para a desregiilamentação do Di- e‹'oiiõinica ou técnica, mas do recoiilieci-
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tos e na busca de maxiniização de elici- O Direito Capitalista do Trabalho cnierge reito do Trabalho (retirada do Estado ou mento pelo próprio direito da si tuação de
ência, as transIormaç‹`ies no mundo do como ordem juridica econômica nos mar- Estado Mínimo] ou flexibilizaçào de suas
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traballio abriram as portas para a externa- cos de uni Estado de Bem Estar Social, ou normas (primazia do negociado sobre o peiidôncia juridica) e devo ser mantida
lização da produção, através de terceiri- se quiser, de um Estado Social de Direito/ legislado, ou seja, de fontes autônomas como coritrole do poder para iiiinimizar
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zaçôes e subcontrataçñes, por consórcios Estado Providência, passando o Estado a .Êf
Em detrimento de toutes lieterônomas e o inipacto da direção e da expropriação
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e empresas como organização de capital promotor das garantias coletivas por meio maior liberdade de disposição] em tempos da mais-valia. Outrossim, a autonomia do
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sem traballio. Este quadro leva a frag- das leis que se constituem como seu ins- de consenso. Em períodos de crise ecoiiô- iriuiido do texto, nos processos hermenêu-
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mentação das relações jurídicas com o in- truniental de ação; coin vistas a corrigir
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qiic-brando o paradigma do emprego. O ciais e econômicos, ditos fundamentais de salário e de proteção. ein prol da ina- cas, não servindo a origem supostamente -L.
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Direito passa a prestar um desserviço ao de sczguiida geração, afloraram e, assim. nutenção da empresa e dos postos de tra-
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Direito do Trabalho: leis do traballio tem- 0 Direito do Trabalho, no qual os sujei- balho que se traduz na possibilidade de merito a legitimar mudanças.
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3%_z¿_ Reforôiicias
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eveiitual, avulso, traballiaclores constituí- contratual, agem em consonância com 0 Úifeito dos empregados, mas Ó, também. 0
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dos ein pessoas jurídicas, leis de estágio dirigismo que mantém a autonomia da
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Brasil ~- 1930-1942; a construção do sujeito de
e contratos de aprendizagem são algumas vontade, embora vinculando a validade 1¡5Í& do Trabalho, que não é empecilho oii direitos trabalhistas. São Paulo: l.Tr, 2007.
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A:×."roN1o D. CATTANI Ez LORENA 1-IQLZMANN
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cedcra, baseada na contemplação passiva
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realizava-se do ëxtenor, por meio de re-
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(_`l'í?-SARINO JUNIOR, A. F. I)¡'reito social. São
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Paulo; L.Tr, 1980. -L
gulamentos e inspetores que os faziam pregacla pela Igreja Católica. Segundo detinha sobre seu próprio trabalho, como t
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COUTINHO, G. F. O direito do traballio flexi-
cumprir. Já o problema das grandes fábri- Weber, para o protestantisrno, 'A perda documentam matérias de revistas empre-
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ã l ó + : ; : ã j ; ; , : ; : i : : , ; : : : i i E : i= t T ! i
bilizudo por FHC e Lula. São Paulo: LTr, 2009.
cas é criar um controle continuo. ao lon- de tempo [...] é 0 primeiro e o principal sariais da época (Pign0n; Querzola, 1974).
i :: É
MONTEIRO DE BARROS, A. Curso de Direito
do 'irubolho. São Paulo: LTr, 2009.
respeito tanto aos aspectos estritamente perdida no trabalho redunda uma perda das fábricas, que o governo none-amer1ca- ‹
materiais da produção - matéria-prima, de trabalho para a glorificação de Deus" no viu-se obrigado a estabelecer punições
^i.É;zi;2
i
MORAES FILHO, E. do. Do contrato do lrubo-
lho como elemento da empresa. São Paulo; l.Tr/ instrunientos c produtos - quanto à ativi- (Weber, 1985: 112). Nesse esforço de ins- contra os abusos cunietidos (Fleury, ÍI9H3}. I
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Edusp, 1994. dade dos homens, passando a fa7.er parte tituir uma nova disciplina para o trabalho, Quando da introdução do taylorismo nos t
iieiít:ii?:
SÚ¡_Ê'l`O IVIAIOR, J. L. Curso do direito do tru- EUA, as novas normas impostas à produ-
integrante do processo produtivo em toda foi fundamental, tainbém, a contribuição
boiiio. São Paulo: L'I`r, 2008. I
ção entraram em conflito com as normas
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Paulo; l.Íl`T. '20t)6. nela um meio de fazer com que a criança controle dos tempos 0 moviuieutos efetua-
instauração de uma ética que desse su-
porte a uma nova configuração do traba- se habituasse o se identiiirasse com 0 tra- do pelos ca].)atazes teria a ética dos traba-
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dades de auiorlelesr-1 do ornpr‹\gado um face do
r:mprogarlor. São Paulo; L'l`r, 1996. llio 0 tornasse possivel a habituação dos ballio I: a fadiga [Powell apud Thompson, lhadores (l\/liontgomr-ry, 1985]. Para 'l`a\,flm', t
::1,1;z:i
dade. São Paulo: L'I`r, 200-1.
trab‹'illiudor‹rs, fazendo com que os eni- conheciinento 0310 que. até então, estava ‹
da natur‹:z.a. Thompson (1982) úlosvix-\‹: mais coercitivas, como os rt-g¡ulain‹::11n:›s uma disputa fz-ntre a glrrériria e os operá-
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com detalhes a crôiiica da murlfrntja do do oficina, vigentes no final do séc. XVIII. rios pcln contr‹›l‹›. do proflasso do produ- 1
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1. Por di.sCi¡Jlinmn‹z'nto fabril entendo-sie
conceito de tempo, desde Ei i11.~.¬'tunra:¿§úo
das primciras fabricas até a ‹ila‹;a‹› dos l luis. regulamentos foram ostabelecirlos
pelos patrões, com força de l‹-i, cuja trans-
ção. A ]Jreselir,ú do especiulistii no estudo
dos tenipos o nm\'im‹~ntos junto aos ope-
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ou franceses, como dia de não traballio.
capital. No sistema capitalista, os donos Í
Um tnstunie vigente era 0 patrão ir bater bem tais medidas: "Todo operário empre- Forrl, o trabalho ora tonto do riqueza, não
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segundo o autor. ocorreu na última :forrada do estabelecimento E! denunciado à justi-
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do que dotar o operário de um relógio de
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que abalou a ordem social que lhe anto- (10 repressão no interior das fábricas, ti- então por imigrantes estrangeiros, ea força
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ANTONIO D. CATTANI & l'_oRi¿i\'A Hoi_zMAN.-»i - Di‹::ioNÁR1o DE TizABA1_Ho E TEcNoi.o‹;iA
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conferida à disciplina pelo modelo taylo-
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cossindiõalista de seus paises de origem. trabalhadores. Os escritos de Ure datados do, agora com uma roupagem menos au- 'iSiii.,.
Sendo a mão de obra nativa basicamen- do período das primeiras invenções, que toritária, ou até intensificado. É possivel Referências
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te oriunda da zona rural, era necessário deram origem ao que se chamou Revolu- que se identifique algum grau de conver- BRAVERMAN, H. llobojo y capital monopolis-
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disciplina-la para a indústria. Uni dos ção Industrial, estäo entre os principais gência entre algumas dessas novas lor- ta. México: Nuestro Tiempo, 1978. zsir
s.
importantes ditusores da necessidade do documentos citados na sustentação das mas de organização c gestao do trabalho ri CASTEI., R. As inelomortoses do questão social:
uma crônica do salário. Petrópolis; Vozes, 2003. fi'
disciplinamento da força de trabalho foi o teses dos autores a esse favor. A respeito reivindicações h.istÓn`‹:as de movirnentos de
CORIAT, B. Ciencia, técnica y capital. Madrid:
IDORT (Instituto de Organização Racio- da invenção da máquina de tiar algodão, .if trabalhadores, em sua resistência a méto- Blume, 1976.
nal do Trabalho), criado om 1931 por um por Arkwright, Uru escreveu: 'A principal ›i dos disciplinares coercitivos e em sua luta FLEURY, A.; VARGAS, N. Aspectos conceitu-
.li;i:
:;Í:::i ii:iíii!i::iii:i,=;i;:ii
ii:
5. IÍÊ consenso o fato de que a disciplina algodão em um fio contínuo, mas antes guns analistas rlwgaram êi prever nos MARGLIN, S. Origem; e funções do parcela-
É
mento das tarefas. ln: M/\RG1.lN, S. et ul. Divi-
tabril nasceu com a fábrica, tendo sido em ensinar os homens a desfazerein-so de anos 19170 e 1980 e convivein com claros
=iji:u,,l,,,,,j;ii;:1:;ii,;
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Scus hábitos de traballio dF3soi'denado.s rf a
caçõfzs Escorpião, 1974. i
(ls estudiosos dividein-se, porém, quanto identiti‹*zireni-se com a regularidade inva- sempenho dos tralialhadores; pressão esta
:
+:
"1;
mulgiir e pôr ein vigor um código cii('¿i7. MUNTGOMERY, l). El control obrero en Estados
i,iil'i;;
vcrtlzidoiro objctivo e 0 motor do dcsen- de disciplina industrial, apropriado às no- Corn os objetivos oii1})1'e.<_â‹'ii'i‹_ai.*‹. 'ferido como Um'rlos. Madrid: Ministerio del Trabajo, 1985.
.1
vol\fiin‹›iito da tecnologia ein geral, desde cessidados da grande produção -f tal toi t1 cerne engajar a todos na qurilidode lolol PIGNON, D., QUERZOLA, J. Democracia C . if?
autoritarismo na produçao. In: MAR(3l.lN, S.
as primeiras maquinas a vapor até os priii- hcrcúloa, a obra grandiosa de Arkwriglit" da produção, as novas formas do gestão et ol. Divisão social do trabalho, ciência, técni-
cipios .administrativos tayloristas. Esse de- [Ure apud Marx, 1980: 421). lançam mão de diversos dispositivos, tais ca e modo de produção copirzilislo. Porto, Portu- ._
gal: Publicações Escorpião, 1974.
bate, já pi'eserilz-1 nos estudos inarxian0.'s', 6. A partir das décadas de 1970 e 1980 como: círculos de controle de qualidade;
5
TAYLOR, F. Principios da mlministmçáo cientí-
tem, na ‹lóc¿ir'la de 1970, um im}J(›1“tai1te assiste-se ao que muitos charnain do uma estoques minimos e produção na medida fico. São Paulo: Atlas, 1989. .
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e no tempo exato da necessidade {just-ín- THOMPSON, E. E O tempo. a disciplina do 5
inarco no livro 'Frobolho e Capital Mono- terceira revolução industrial, com a intro-
tímel; kanbun; e Raizer: ífazer certo desde trabalho c o capitalisnio industrial. ln: GRA-
jlolistci, dr: Harry Bravermiin (1978), que dução da microcletrônica e do desenvol- CIIO, S. ct ul. |org.). Sociologia da educação.
inaugura uma nova fase de grandes dis- vimento de novos materiais. Por um lado, d primeira vez). Por um lado, tais disposi- Lisboa: Horizonte, 1932.
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cuss‹`›re..s ace1'‹:a do processo do trabalho. têm lugar um reordcnarrimito das relaçoes tivos mobilizam a subjetividade do traba- VARGAS, N. Gênese e difusão do taylorisrrio
lhador para os fins de produtividade e eti- no Brasil. Ciências Sociais Hoje. São Paulo. , i
Sua tt.-.se central Ó a de que o objetivo pri- econôinicus internacionais e uma nova 1985. p. 155-189.
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meiro do capita] Ó sua valorização, fazendo forma de acumulação capitalista. Por ou- Cácia da empresa, conlundindo seus WEBER, M. A ético protestante E 0 espirito do ca- i tz:
com que o controle da força de traballio tro lado, desde O final da década do 1960 interesses com os dos empresarios. Por pitalismo. São Paulo: Livraria Pioneira Ed., 1985.
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seja o motor de toda e qualquer inovação o movimento sindical reivindica melhores outro lado, tais dispositivos promovem a
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tecnológica, a qual leva, inevitavelmente, condições de traballio. O setor produtivo visibilidade do processo de trabalho tanto DISTRITOS INDUSTRIAIS
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¿`‹i degradação do traballio. incluem-so nes- passa, então. por intensa reestruturação. Para trabalhadores quanto para os niveis Mo uro Roese
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se debate diversos autores (p. ex., Coriat, afetando as relações de trabalho; instau- Superiores, de supervisão e gerência. Isto
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1976; Marglin, 1974], que se colocam ram-se novas tormns do gestão do trabalho.
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deixa os trabalhadores mais expostos e
í: i: :; 1. O termo distritos industriais designa
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contra a tese do determinismo tecnológico. inspiradas principalmente no chamado . Vulneráveis. A partir da década de 1990, aglomeraçöes locais de empresas, predo- i
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segundo a qual a tecnologia é inevitável e modelo japonês. Enquanto. para alguns. @Specialmente, o de.~;emprego em massa minantemente de pequeno porte, altamen- fi
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nrfutra. Ao contrário, esses autores afir- essas novas tormas constituem-se em uni Ilëlrece intensificar em muito o potencial te especializadas e com algum grau de
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mam que a técnica é unia escolha arbitrá- “novo paradigma", que desloca a ênfase ir dE sujeição dos trabalhadores que se en- coordenação da divisão do trabalho entre .
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nativa ao desenvolvimento baseado em
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Ao longo do séc. XX houve um interi-
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que sutocaram a produçao em pequenas grandes corporações multinacionais; bl a
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chamadas "economias de aglomeração”. A
E so debate na Ciência Econômica sobre os
proximidade iisica, o compartilhamento de
;:ii; chamados “limites ao crescimento da fir- empresas (“l›cra¡'tproduction"]; b) rios anos hipótese desse modelo de desenvolvimen-
E
i l É:== i:É;' ;+,'i;i: r11=,ít;';11-::i:
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1980 a produção em massa entrou em crise to ser menos concentrador de capital, mais
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uma infraestrutura local e a possibilidade ma". Esses limites abririam espaço para Hi
i:
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e as grandes corporações foram obrigadas gerador de empregos 9 renda e ter maior
i
de maior interação entre as empresas pos- o crescimento dos distritos industriais.
sibilitam a redução de custos e uma melhor O debate foi protagonizado por autores ._ .¬_ _¬ r a adotar modelos mais floxíveis de organi- capacidade de gerar crescimento econô-
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ãE iíi:,jÉ::t;;i : li i :;;i:; : : í
coordenação das atividades produtivas. como Ronald Coase, Edith Penrose, .losef 2.a‹;ãr› tsulrrzontratírrrclo ernprcsas lnenores mico local e suslentado.O pano de fundo
especializadas, por exemplo] para poder deste debate têm sido os limites e as pos-
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Esta coordenação pode ser exercida de ior- Steidl, Oliver Williamson, entre outros.
í i1l1:zi i:
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rrra mais ou menos consciente e mais ou A concepção de distritos industriais foi sobreviver a competição global. Aléni disso, sibilidades de desenvolvimento local sus-
ã
ruenos formal, pelo poder local (através de
tir dos anos 1980 em estudos sobre aglo- triais, polos de alta tecnologia etc.) ganha- Entre outros autores, Becattini (1994) ar-
i i Ei:t: i ; : :: ; +; ; i r, i:1i ; i i i i ã i :
uma politica industrial), pelo coletivo das
nierações industriais de regiões como er ram força e passarzim a ocupa r os espaços gumentzi em favor da tendência à dissemi-
-:,i
empresas e suas instituições representati-
Lombardia Oriental, Emilia Romagrràr, al)‹>1'los pela “crise do l't1›r'flis|no"r nação d‹› modelo do desenvolvirriento ins-
:?:: ,
vas ou por uma ou mais empresas maiores.
pirado no distrito ni¡~r1'slrallia1r‹_›, por ele ser
i
Išrrrbora fr noção do t':s¡›or':iali7¿r‹;ãrt› flo-
;::.;i'-r:
que .síro graritles compradoras de produtos Vêneto. Toscana e Marche na ltzilia, Badar-
xivel tc-nha sido mrrilo czrntrastatla, ela considerado não um mero conceito descri-
i:;;:'::i:.
Wurttemlrerg na Alemanha, entre outras.
=
‹-â s‹:r'vi‹;os das demais. A principal questão
Estas regiões notabilizaram-se pela relo- t:onv(:rl‹!tr-st: mn iritrtlclri irispirhdrrr do tivo, mas uma nocao soc1oe‹:onônnca: "o
r,i
envolvida na discussão desse conceito Ó se
a proximidade física implicaria na inten- mada do crescimento econômico, alavanca- trér1isl‹i1“rna‹;äo da t¬xperi‹'zrrc'itr dos distri- fato de abordarrnos ierrôrnerios concretos
tos industriais ein rrrrrtlvlo rtllornalixrri de que pcrdurarn no tempo, como acontece
'
do por empresas locais de pequeno porte,
,:t
si[¡m‹_-‹1‹r dos vínculos sociais e políticos
fenômeno denominado por alguns autores d‹\s‹¬.1rv‹›l\'i|rrflnio in‹l=r.<it|«rl, f<‹›hr‹*tu‹l‹r com o distrito de Prato [Emilia Romana,
=
entre os participarrtes (lessas atividades
11,em-_ ,.
do "r‹:g‹-rrieraçao das economias lociris" pëträ us pnlxvs rltr 'l‹'t'‹'t š|‹r .'\li. r(l‹1. .~"\l- llálial tranquili7.a-no:~. quanto 21 coerência
r1:
quris autores' crrrrro lltr|r.;riirc\_' 1: hrilrrirrtz intrínseca do ft-rnotrierrrr t~.~tilizaclo_ na irre-
:i,i',i=iili:l;i;:i:i!
lr-r‹~rr1‹z de organização econômica além da {Segerrlrerg(zr; Pyke, 1991).
i,=.=:.
No literatura aparecem l‹1mb<"nr os |‹=r'- (lflšltia, lflSlh`l›_ Htlllill- ¡›zrf<.¬¿:;.zJrr tr dt=l‹'rr‹l‹'^r dida em que todo tr terríimtrircr drrr‹1donr'o
a:Éi;:;.
‹¬‹›rnirr'ronada pelas leis do rrrertzado.
dt-ve ser ‹'onsidcrado corrro possuindo a
:;ili
rnos clusters, aglornruaçoes irr‹lnstr'iais, ar- ‹l ifleitr de que ctorrrrrrrizrs lrr‹_'n1s ¡›‹›d¡‹'m1
:
2. O tcrrno distritos industriais foi tor-
=
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=
ranjos produtivos locais e sistemas locais ser qlol)alru‹'fnt‹› ‹^orr¡p‹^liti\`as, desde que sua própria l(rgi‹'¿r. E, so rontinuarrnos a
nado ‹t'>lel)re por Allred Marshall (1842-
sc arlolcrsstl-nr prrlíticãm i1r‹lustr'iais locali- referir-nos ii certas teorias existerllcs, po-
i',1ii:::;=::
l£`J24] para desigrmr aglonrerações de pe- de produção como sinônimos de distritos
'/.adus. !¬`‹:hrniIz (1992 ‹> ltitilãl enl`¿rtir.on a dcrt.-rnos aprcerrdcr as novas inrplicações
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industriais, ou como tentativa de distinguir
=:.: : =<.;:
quenas empresas na Inglaterra no final
:
e classificar os casos conforme o grau e o noção de "cticiÕrrcin ‹1‹›tt=ti\¿i", anrurrrcn- do modelo int‹:rpr'etativo c construir um
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do séc. XIX. Contrariando teses clássicas
tipo de coordenação (l\/lover-Stamer, 1998). tando que nos distritos irrtlustriais onde quadro integrador das observações empi-
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da economia, o autor argumentou que a
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crorrcentraçäo de capital e o crescimento Na Sociologia este debate foi retornado l10uvt:ss‹zirit.‹~nsa t'‹r‹rp‹'ra‹;‹"1t›t-*nttcusern- 1'iCa5, quais, dt) outro modo. permane-
ceiianr isoladas" (Becattini, 1994: 19). Al-
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das empresas encontravam limitações nas nos anos 1980 no bojo da discussão acerca lÍ11"('fs¿1s(letrri1a cadeia protluliva ér ('‹›lr›tivi-
dado t‹:.ria niveis do t:fici‹Í-rrvifr tr rgompcti- guns autores vao mais longe e defendem
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da “reestruturação industr-ial", focando a
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chamadas "deseconornias de escala”, ou
tividade que enrprú-:sas ‹l‹- p‹_›qu(:rio porte a ideia de que nos distritos industriais er
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relação entre 0 porte das empresas e sua
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seja, nem toda atividade econômica pode
ser desenvolvida por empresas de grande inserção na economia e sociedade locais. irrdividualrncnte não tcâriam contliç-ões de dinâmica da sociedade se irnpõe a da eco-
porte, existindo limites ao crescimento de- Em 1984. Michel Piore e Charles Sšabel atingir. Para Hurnplimy tz Sclrnriiz (1996) nomia, pois ncles "o comportamento eco-
publicaram "The Second Industrial Divi- ‹1 efi‹:ir'encr'a coletiva pr‹.-..×'é¬up‹'›‹› ir existêrr- nõmico Ó preferencialrnentc moldado, em
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de", obra na qual lançaram ‹'¬r tese da “es- fia de contiança (“rrus!“I. ruas Ó preciso parte, pelas normas da comunidade [...]"
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sendo obrigadas a externalizar parte de
suas atividades, contratando fornecedores pecialização ilexivel", apoiada em duas ›
Construir essa corrliança zitroves da edu- (Segenbergen Pyke, 15992: 15)).
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do bens e serviços. Pagando tributo a Mar- grandes linhas de argumentação: al a lie- cação, da inÍ‹_›r1nzaç¡'ro rf, ;›rincip‹rl1ucnte, 3. Outro debate fundarnental dessa épo-
shall, alguns autores em estudos realizados gemorria da produção em massa toi con- Clt? políticas industriais lovóis a‹l‹_-qllmiëis. ca rlmr-se acerca da possibilidade de expe-
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nos anos 1980 denorninaram casos de aglo- quistada não só por sua eficiência técnica Trava-se, a partir daí, um intenso debate riências virtuosas s‹¬rvirem de inspiração
meraçñes locais de pequenas empresas de e econômica [a qual os autores questio- J. Sobre: al fr possiliilid-.ido do o ‹~re.<cirnonto a politicas industriais em outras realida-
Clãs econornias locais tornrrr-s‹: urna alter- des. Essa tese é defendida por liumphrey, *""›_ ii
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“l)istritos Industriais l\/larshalianos". nam), mas principalmente por sua influên-
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ANTONIO D. CATTAN1 & LORENA HOLZMANN DicroNÁr‹1o DE Tr¿Ai>.fu.H(_› E TrzcNor.0‹_;1A
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pios Claros de organização que poderiam car em evidência o problema da economia um processo natural. Estudos comparati-
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industrialization. Past & Present, n. 108, ago.
( ser usados em outros contextos e países. regional, de suas relaçoes com a sociedade 1985. p. 133-176. vos de sociedades culturalmente distintas
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l SCHMITZ, Hubert. On the clustering of small
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estes princípios devem ser trazidos a pú- local e sua inserção na economia global. demonstraram a impropriedade desses
lims. ln: IDS Bulletin. v. 23, ri. 3. jul. 1992.
blico" (Segenbergen Pyke, 1992: 3). A Atualmente, nota-se que a dicotomia argumentos ao revelarem que os supostos
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SCI-lMl'l`Z, Hubert. Small shrielnakers ond
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conclusão destes estudos é que onde não que caracterizou o debate em seus anos “dons naturais" atribuídos aos homens e
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lordisl gicmtsz tale of a supercluster. Brighton:
( existern distritos industriais, ou onde eles iniciais perdeu força e. em seu lugar, a University of Sussex, IDS Discussion Paper,
às mulheres não são similares em contex-
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331, set. 1993.
são incipientes, politicas industriais loca- ideia de uma pluralidade de políticas in- tos culturais diferentes. Os estereótipos do
( SEGENBERGER, Werner; PYKE, Frank. Small
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1.1
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lizadas podem Contribuir ou até mesmo dustriais parece predominar. Nota-se que i lirm industrial district and local econurnic re- “ser homern" e "sur mulher", que susten-
( induzir o crescimento sustentado de eco- as políticas industriais voltadas para as generation; research and policy issues. Lubour
tam e legitimam a divisão sexual do traba-
cmd Society. Genebra, v. 16, n. 1, 1991, p. 1-24.
-
nomias locais. Pode-se afirmar sem modo pequenas empresas, para as aglomerações lho, são construções culturais particulares
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de errar que ao longo dos anos 1990 essa de pequenas empresas (distritos), convi- e de Conteúdos concretos e siml§›oli‹?o5 es-
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tese foi amplamente aceita e serviu de vurn com a polítitta industria] dirigida HOS pecíficos muito ‹liver'sificados, comportan-
Í i1'¡spi|'açâr_i principal para as políticas in- grandes setores estratégicos e de infraes- TRABALHO do uma grande variabilidade de arranjos
trutura, hein como com políticas de Ciên- liorenu H olzm (inn
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dustriais regionais. › na determinação das funções, tarefas e
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t Por outro lado, esta tese foi veemen- cia e Tecnologia visando tanto a setores de trabalhos que devem ser desempenhados
Í temente contestada por alguns autores alta tecnologia, como a setores e regiões 1. A divisão sexual do trabalho diz res- por homens ou por rnullier‹_-s.
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(Amin; Roliins, 1994], que a consideraram de menor intensidade tecnológica. peito à separação e distribuição das ativi- 2. No processo de toristituiçao da socie-
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uma “nova ortodoxia", ri qual, a partir _-? dades de prodnçfio e r‹>pr‹›tluç£i‹› sociais dade industrial o ‹>s]'›‹iç‹1 de traballio foi sc- ,.
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da giirieralimgao de experiências locais Rrzferfrricias de acordo com o sexo dos individuos. Essa parado do espaço domÓsti‹:o, de modo que
I.
é uma das formas mais simples e, tambr'ini, . âêâ
i;iÍ;
lierri-.<.uCedi‹las, superestirria 0 virtuosis- BECATTINI. Giacomo. O distrito marshaliano, se manteve a concep‹,'ão tradicional de que
de flexibilização das grandes empresas e ‹âconomica. Oeiras, Portugal; Celta, 1994. C0m mais ou menos rigide'/. e exclusivida- deles. Tal concepção Õ paradoxal, na medi- ;
llUMlll¬lRlÊY, John; SCHIVIITZ, Hubert. Gover-
da proprio política industrial (l\/lartinelli;
nance ond upgroding: linking industrial cluster
de, esferas de atividades que comportam da em que grandes contingentes de mulhe- ã :li
'e trabalhos e tarefas consideraflos apropria-
Schoenberger. 1994]. 'l`aml:›ém se argu- and Global Value chain researcli. Sussex: IDS. res e, também, de ‹:rian‹¿as foram se inte- , ,:~i-=.
menta que as especificidades econôrnicas, nov. 2000. ll)S \‹Vorking Paper, n. 120. (111imeo.}. dos para um ou outro sexo. Tradicional- grando a produção social, particularmente
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13:
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›_“____› _; _H____. The triplo C approach to local .›¡. -«.
sociais, políticas e culturais locais são de- mente, a esfera feminina restringiu-se ao após a introdução da maquinaria. Na socie- ;'z_._.»_
industrial policy. ln: Word Development, v. 24.
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ttrrminaiites, partindo-se, desse modo, da mundo doméstico privado. da produção dade industrial, a maior complexidade e
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n. 12. p. 1859-77, 199üa. É-ti
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1 I
análise de casos consolidados de distritos __,____; ›_______. Trust and economic develop- de valores de uso para o consumo do gru- diferenciação da divisão social do traballio, 5 ':.›;
mem. Brighton: University of Sussex: IDS, agos- Ífr.. . _,,f
iÍíii;l11;i;;i,
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apresentaçao de estudos de caso em uma -'. indivíduos, diferentes em homens e em apenas para os homens, distinção que ain- . rã
I cond industrial divide. New York: Basic Bool-<5.
infinidade de regiões ao redor do mundo.
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F.. mulheres. Argurnentos de ordem biológi- Ui:
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ruftritos alusivos as caracteristicas naturais e a demanda de novas qualificações decor- do trabalho, tanto mais extensa e protun-
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quem deva executa-los, mas a assimetria
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de um e outro sexo. É ii sustentação-da va- rentes das transformações em curso no tra- das relações entre os sexos, delinidoras da da quanto mais desenvolvida ela lor. Essa
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lidade desses argumentos que se devo o balho e na produção redefinern e redesc- submissão das mulheres aos homens e da
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divisão pode estar fundamentada nas ca-
distinto direcionariierito para a inserção O nliam a divisão sexual do trabalho, mas
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opressão que estes exercem sobre elas. racteristicas biolr'›gic‹is dos indivíduos, dis-
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para as oportunidades do homens e mulhe- não a superam. As ocupações corn deman- l tribuindo-se as atividades de acordo com o
res no ruercado de trabalho, além da discri- das de qualificações tecnologicamente sexo e a idade, e essa parece ser sua torrna
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Referências
Ê;?i,:!r:'li;!,:,.i;Í.i.:=
minação feita as mulheres (bem como a avançadas e habilidades cognitivas ‹:onti~ mais geral e recorrerite, delínida corno di-
=ztrri:i
;i ii;;,1.,;Íi, :':;i+i i;i;,i;i: í, tf:ii:ii
ABREU, A. R. l! Mudanças tecnológicas e gê-
i,ii:
outros scriitneiltos da força de trabalho cs- nuam a scr desernpenharlus, preteroricial- nero rio Brasil. Novos Estudos, São Paulo, ii. 35, visão natural do traballio. Em sociedades (_
tigiuatizados por atributos de idade, raça e iiionte, por homens, enquanto as mulheres l mar. 1993.
i
rli,
COCKBURN, C. Machinery of dominante: wo-
llio -- em geral, os de maior prestígio stitfial re em muitos países, inclusive no Brasil,
i ! i ; i':' i 1i i 1t :!
men, men and tcotlnical 1-uiow-how. London: das, separando~se: as atividades praticadas
re rnfullior rer11r1iiC'.r'‹¡Çã0.
3. ltfi uma r‹.›lat:i`va recorrência, no cou-
tr_-xto dos ]JaÍ.<âes iritluslrializarlris, desrznvol-
ainda que, entre as mulheres, a escolari-
dade seja mais elevada do que entre os
lionimis e que a presença delas nas carrei-
t Pluto l*r‹-ass, 1985.
COSTA, A. O., l3RUSCI¶INI, C. (ui^gs.). Uma
qrleslàri de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos
Tcmzicis, 1992.
na cidade daquelas e.\cert¬idas no campo;
atividades do co¡|‹;°ep(_:¿â‹› de atividades de
execução; atividades inteiecltiais do ativi-
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1ií?i=i ;,.!=i :;:
virlos ou um d‹-senvolvinierito, do padrão ras tríz‹'nolr'igit:as de nível suiierior cresça H]ÊYZÍiR, N. (org). Dflttghiers rn industry: work dades manuais; atividades cuiripltixris de .fi
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de tlrstribuiçäo de hornens e de rnulhores skills. and coiifwiriiisiiess oi women workers in
continuarrionte. A expractativa de que o atividades simples. A essa divisão do traba-
Asia. Kuala Lumpur; Asian and Pacific Devolo- -(.Í
mas atividades sociéiis de produção de avanço do eniprego de tecnologias de base pmeiit ("‹_-iilrv, 1988. llio, Corresponde urna liitsrarqtiizaçao das
ii l, r. i ii ,t:ii
limis o ser viços, ericoritrarido-se éi intão de mi‹:roeletrôriit:a na produção de bens 0 ser- HIR/\'l`.‹'\, ll. i\-'ovo ‹1`r`vi.sti‹› .sexual do traballio? pessoas e grupos, sogurido as atividades a "f
i::::i;:;:iã;l:Ê:iÉ:;;=ã
Um olhar vollarlo para a ‹~ni¡ir‹=~.‹'i ‹= a .so‹'i‹>rla- Í
‹~L~i.f iitast uliiiza em toclos os seus ramos; ti viços reduziria ou porta lim à deiasagieiii que se dedicam, unit 'ri ‹_¿u‹; se expressa em
de. São P‹tt1l‹i: lloittrrnpri, Ztlllfll. I
toi:-s, viuitiaiito que as inullieres con- na divisão do trabalho entre hoinr-¬ns tz mu- tliierericas e rle.siguziltl.itie'~; soci‹ri.~;.
j. tii,i; j
lU\R'l`ClfÍEVSl<Y-l.'›lJLPK )R'l`. A. vt ol O sexo do t
,.: i i::i:a o
\'v|1ti‹iii'z-:¬'‹› em alguns dt-los: na íti‹lt'ist'.^ra, lliervs, pela qual se corrtrzipíuêrn tarotas
.‹ ,.
trulrnlho. Rio tiejalieiroz Por 0 'lt im, l€Ntt›. 2. Na aiialisc riam flw? da rirgaiiizaçäti l.
-t
rio¬ r'zi1nti.~¬ de textttis, vestuário, cdlçatlus, uãto qu:iliti‹.-atlas reservadas as iii1illiere.~¬. e KERGt`JA'tÇ D. Les orrvriiflrcs. Paris: la Sycoruo- capitalistzâ do ti';it_..'illzo, .Vlarx llÉl72] exa-
IG. 1982.
¿iliiii‹\|it‹i‹,‹Ím tz mais r'‹)‹:enternt=nte, nr) ele- ti'‹'iballios qualificados aos liorneus, não se minou detolliariziiiioiitt a d ivisáti do traba- I
LOBO, E. A classe operúritr tem dois sexos. São
ti'‹°›riir‹›; nos sr-iiviçztis, rias atividades so- concretizou. llersisteni operando latores quo llio na inanulutura n na tátuiría e sua irri-
: ;iiã.:: z.lil;'r: i
i:i?:;,i
inzÍ=rcio, po:.~;so¡il de estfiitrfirio 0 serviços esfera do traballio cz na sociedade em geral. |)r0])US de l'usagc de "‹_]0rire"_ rapports sociaux
autor, a divisíw do traballio dt-uitrri da ma- ri
df' Sexe et division s‹-vxuelle du travail. Crrhiers - .i
pessoais. No interior das categorias ocu- 4. O conceito de gênero veio trazer uma Du GEDISST, Paris, v. 3, p. 55-56, 1992. nutatura está ‹:ondi‹'iori‹‹ida pelo avarigti _; i
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¡.'›a=.¬i‹›iiai.~: e/ou das empresas, mesmo que importante cr.›ntril_›uição à abordagem dos da divisão do traballio na sociedade, pres-
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: i= : :'',=,1,
.ti 1'\llied Piiblishers, 1989. .IL
ruim tlzi- obra feniiuina, os cargos de clietia sendo entendido couro processo liistórico nalmente, cada rornunidadt-=, teria provido
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iZ1+ii;:i:i,
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re tlri- si1|JerviSäo são utiupados, prefermi- de construção hierárquica e interdepen› ¿r,:-. sua subsistência utilizaiido os recursos z. .
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cialriit.›rit.e, por liomens, submetendo as dente de relações sociais de sexo. Estas . ;^
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Drvtsâo socmr. Do *r: naturais disponíveis em seu entorno. À
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rii‹~uo.<: qualilicatlas, niais repetitivas e A divisão sexual do trabalho Ó um dos as- É
.zi- 03550 pelo qual 'as atividades do produ- constituindo. ‹:at'la uma difltts, um mino ‹i¬
iu;-tis rzioiiotoiias, pelas quais recobtz-rn sa- pectos das relações sociais de gênero. As- §`¿° E' reprodução social diferenciam-se e Í
5 da produção global da socictimíle, inten-
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É‹`›i'i‹›s irileriortzs. São escassas as opoittrni- sim, a existência de trabalhos de homens e Espertiali'/iaiii-se, sendo desempenhadas sificando o ãriibito da rlivisão espacial do
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(lattes de |'›r‹›iiiog¡`io e de acesso a cargos de de trabalhos de mulheres oxpressanao äS DOF distintos individuos ou grupos. Toda e traballio. POI" Oxeiiiplo, uma r:ornuriida(l‹?
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clietià. A mnergência de novas octipagoes possibilidades e capacidades naturais de qu‹`=Ú(]'uer sociodacte comporta urna divisão poderia -ter se ‹:s}.1e‹;izrl1?.a‹'!o ria ('riat_;u0 de
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intelectual, também referidos como traba-
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animais, outra na produção de trigo e ou- desenvolvimento das capacidades e po-
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das tarefas por meio do estudo de tempos
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Êr;is?*'Í?!ii:;ii;ii;::Íi;;:riiÍ:í::!::i;t
tra na fabricação de artigos de co-tiro, ou lho de execução e traballio de concepção, *; e movimentos e ao treinamento e super- tencialidades dos individuos.
e
de têxteis, ou de metal e, ao estabelecerem respectivamente. A concepção do produto visão rigorosos dos operários na sua exe-
É
5. Para autores identificados com a
relações de troca, criariam laços mais ou e a organização do processo de trabalho cução (tarefas/tempos prescritos). Henry corrente que faz a critica da divisão ca-
menos estreitos de interdependência, ao passam a ser prerrogativas do empresário ¬-i
}_'. Ford deu nova dimensão à divisão técnica pitalista do trabalho, esse processo leva
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mesmo tempo ein que aprotundariam sua ou de seus agentes, cabendo aos produ- do traballio, aprofundando mais a frag- à degradação do traballio, com prejuizos
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especialização e intensificariam a divisão tores diretos eletuar os procedimentos de mentação das tarefas e fazendo-as serem aos trabalhadores. O beneficiado é ape-
E
do trabalho no seu interior nas tarefas trabalho tais como prescritos pelos seus descnipeiiliadas ao longo da esteira nióvel nas o capital, que aumenta seu poder de
necessárias à sua subsistência cotidiana. programadores. A divisão técnica do tra- na lirilia de niontageni. Cada tarefa pas-
=i.
controle e exploração sobre aqueles que
iiíiii !i: i iE:lii1z;ií;; i:;;ii a:;át
Segundo Marx (1972), 'A base de todo re- balho comporta, tarnbém, a fragmentação, il sou a ser desenipenhada por um operário, toma a seu serviço (Braverniam, 1981;
^›
gime de divisão do trabalho um pouco de- em operações parciais, especializadas e :,í fixado no seu posto de traballio, trabalhan- Gorz. 1980; Marglin, 1980). Como reação
E,
senvolvido e condicionado pelo intercâni- simplificados, do conjunto de operações do segundo o ritmo imposto pela acelera- ao que foi considerado excessos da divisão
Ê;:;r; rrí
bio de mercadorias é a separação entre a processos iiecessários para a elaboração ção do niecanisrrio (tempos impostos). do traballio, provocando a rcsistêricia dos
i!,
cidade e o campo”. Tal divisão pressupõe de um produto. Cada uma dc-asas tarefas 4. No estudo que f‹::‹ da tlivisão do tra- tralialhéidoics e refletindo-se na queda da
a criação de um excedente alimentar ca- divididas passa a ser executa-icla por um ballio social, lhirklitriiri (1967) abordou-a produtividade, desde os aiios 1920 torarri
:
trabalhador que tende, pela repetição,
:i
paz de manter parte da sociedade desvio- como um }irocess‹i sociológico explicativo formuladas e implantadas inovações com
1
a desenvolver ao máximo a habilidade J: da trarisição de socierlazles simples para a
culada da produção de meios de Subsis- o objetivo de se minimizarem esses exces-
::'1i;,
-.'l
tência, que vem a compor a população da parcial requerida. Ao parcelamento, sim- coiiiplexa .‹;rici‹¬d‹i‹l‹› iiidustrial. Nas socie- sos e corrigirem seus efeitos indesejados.
; i =";, i i
cidade (Mar>;; Engels. 1971). Ela possibi- plilicação e especialização das tarefas na dades siniples, -1 coesão social decorre da Entre as inovações riiencionéiiii-se o alar-
lita, tariiliérii, a separação entre trabalho niíniufatiira, corresp‹Jn‹_le urna multiplica- Sviiielhaiiça entre os indivíduos ef da ino- ganiento e eririqiietriniento das tarefas e a
nianual e traballio intelectual, logo, apar- ção e especialização dos iiistrumentos de ›;ist¿~nciéi de tfspr-rializaçãiri das funçoes abordagein da empresa como integradora
E
! ; : : i ! : I ; ; ; ; ;Í i I I ; to. Tendências receiites na organização do
iÉ:: ;i:ii:i;i;:Ê;
:jy
prol do capital e fragrnenta o tralialliador. tam o voluint: ri a densidade materiais e
Éi
: ; i é : : t : l;
-,- Iação, produ'.×:iiido uni tipo superior de estão estreitamente relacionadas ao cha-
2-'
produtivos, continuamente especializa- 3. No final do séc. XIX, nos Estad0S Sülldariedade, que ele clianiou de orgâni- mado modelo japonês, e seu significado
i;ã,; s
ca. Para Duiltlicirri, nas so‹:i‹'‹ladeS onde e coritroverso, consistindo num dos tomas
=
E
.--z¬._
fl «. s¿-~,ma
128
§
'V 129
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1 Í,-. . _. ..,._,.., V ._ . _
: iÉ:fi!!;ÉE: :=.iÍ=;i:;;i;:Éi;i;i;i:=:;
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sob a égide da expansão capitalista levou
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por trás de cada pesquisa, o que estimu-
i'
à
desenvolvimento sustentável, à inclusao
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à especialização geográfica das atividades o conhecimento social (ou prático) para
laria um ceticismo exacerbado e propi- social e à redução das desigualdades so-
i i: :
econômicas, dando origem à divisão inter- o melhor direcionamento do desenvol-
ciaria visões conspiratórias da ciência. ciais e regionais em paises historicamen-
nacional do trabalho. Originalmente. esta vimento da sociedade. A comunicação e
É
O autor propõe um terceiro modelo: o da te marcados por elas, como 0 Brasil. Esse
E E E É ã i -s: I =:,::;:r;=-i
divulgação científica envolvem a cons-
:
opunha regiões/países produtores de ali- “Perspectiva Cívica", que tem por finali-
:
mentos e de matérias-primas a países na trução de uma ecologia dos saberes e não
dade fortalecer a pratica da cidadania ao apropriação, por parte de diferentes ato-
lr
l: i i : ; ij
vanguarda do desenvolvirnento industrial. apenas a tradução da linguagem cienti-
iã;!, íi : : : ;i : : I = ; ;, ; i ; :i ::i
suscitar no individuo a responsabilidade res sociais, de conhecimento científico
;ii
ii:ii:
cientifica e saiba como esse tipo de co- zacionais e culturais presentes na con-
i::ii;::ii; ;;ÊjiÉ:iiii;ii:!i:i
2. O conceito de divulgação cientifica nhecimento Ó produzido. Diferentemen- figuração conternporânea da economia
Referências assumo diferentes signiiicados ao longo
,ii;ii;!=:.í':';iii=,:ii':
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7.a‹¬iún en la empresa japonesa. Madrid: Siglo passa a ser utilizado corno sinônimo de que \-'orrr tios pontos rrrais altos (os (tien- estratégias de ação dos diferentes atorcs
; ir:
;
\-"c1'r|ti11r1o, 1993.
popularização da ciência (na tradição
tistos) para atingir os vales (os leigos), a sociais. As formas assumidas pelo desen-
i':;,1,; l: : i i : ! + : j l : : : I ;, :, u i
::-ir.:i:;il;li:jrii
i:;;
ciol. Buenos Aires: Editorial Schapire, 1967. de paises anglo-saxônicos), referindo-se "l'crspe‹'tiv‹r L"ivic«i" crrsirra a divulgação volvimento capitalista, enr escala global,
MARX, K. El capital. 2. ed. México: Fondo de a atividades que buscam dilundir o co- liorizoutrrl da ciência por meio da difusão criam grandes tensões, que, por sua vez,
Cultura E‹'onÓnrica, 1972. nheciinento científico para públicos não
originam diversas demandas de politicas
r.,:, ;i';:
ã-
PW l1UlJií<`‹1f.ƒ‹`›‹~s jrrrririlislicas, clubes de
M/\R)<.`, K.; ENGELS, F. to ideologia olcrnano. especializados. Expiessíies corno comu-
l\1onte\'idf:o: Puelilos Unidos, IST/`1. L`lÔllÍ`l|¶, lllll?¬(ÍllS Í! (!S¡`()l‹¬l5, (?i]Íl'L“ Ulllfflfš. c de instrumentos de regulação social e
nicação pública da ciência, \ful‹_;ari'1.ação
i;i::: :i,i;iii;;;
:i;z:
Para isso, a rir”-livia tem que ser passada
: : 3 :,' i : i:
l.-IRAVERMAN, H. l'i'oboƒho v trnpitol monopo- r=‹*onÔmi‹?a. Neste contexto torna-se cada
lista. Rio de .laneirrrz Zahar, 1931. Científica e jornalisnro cientifico também Urano uma ilirstração da realirlad‹¬ que vez mais necessária maior acessibilidade /-×í7,‹-‹f-‹
FRIEDMANN, G. O Imlrolhu cm niigollios. São são usadas para essa finalidade. não deve ser detormada, mas representa- ao ‹:‹›'r1lreciniento cientifico ein todos os
I
Pzruloz l'crsp0('tiVñ, 1983. Dois dos principais modelos teóricos da de modo fiel (Re‹le..., 2010).
=
(z'()I‹7., A. Crítico do divisriri do traballio. Sao âmbitos (Baurngarten, 2005).
utilizados para estudar a divulgação Contemporaricarnente, a popularização O acesso à irrlorrrrirçíio e ao conheci-
=i:i;iiiç:i:I
Paulo: Martins Fontes, 1980.
::;:-
:.=+
científica são: a) o modelo do “Déticil
:i:
MARGl,ll\*, S. Origem e iunçoes do parcela- fla ciérrcia tem sido encarada coriio urn rncnto cientifico 0 tczrtiiologirfo (2 estrategi-
rnerrto das tarefas: para que servem os patrões? Cogni.tivo", no qual parto-se da ideia instrurnento para tornar disponiveis co-
›-.
SALERNO, M. Produção, tr'alidlho e partici- rnelhorar er vida das pessoas e que deem em questoes ligadas ao cotidiano das pes-
i;i:,sj?3i.i:
pação: (ICQ 0 kdlilmn numa nova migração conhecimento cientifico e os demais ne- Suporte a deserrvolvimentos econóniicos e soas, corno uma simples ida ao supermer-
ii ;; íS.j;: ; ;;
i;
::::i::
japonesa. In: FLEURY, M. 'l`.; FISHER, R. M. cessitam dessa intorlnação especial; bl o
Proc-es.so e relaçoes de traballio no Brasil. São Sociais sustentáveis. Tais ações podem ter cado (que envolve escolhas que pressu-
Paulo: Atlas, 1987. modelo "Contextual", segundo o qual a
Um importante papel de apoio ativida- põem conhecimentos sobre estabilizantes,
\'\.'OlvlACK, J. 12 ct al. A r'\'lciqur`no que mudou o inlnrinação sobre ciência deve apresentar iii;;i:' i::
i. ãÍ" !i;
Úes escolares, mas não devem ser vistas consenrarites, niveis caloricos, potenciais
mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. os contextos social, econômico e politico
ii:;:i;
ii:
:
Muito Batrrngorlen 0 uso, pelos jornalistas, de nietáforas x.
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.=n.
1.
1. Divulgação em ciência e tecnologia é na comunicação da ciêricia, no primeiro
ii;
'.- ffl H social) que dele decorrcrm podem ser para a importância do debate sobre as tor-
conhecimentos cieiitilicos, seus embates. de apontar possiveis redes de interesses
;
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lflstrumentos estrat‹5gi.‹_'os à promoção de rnas de distribuição do saber.
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i ii i!,i: iÉi=s=;i! I
Essas considerações nos conduzem à em um dos grandes desafios para os cien-
i i IEE iÉãÊiiii i ãs ; ;
do de forma recorrente em documentos da CRSCT&›I - Documento final da Conferência
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:::
E
ideia de que inclusao social, ecoriomica, tistas e a sociedade. Atualmente, não há Regional Sul de C'I`&I - eixo 4. Canela, abr.
Sociedade Brasileira para o Progresso da
+t;ÊE 5;Ê ;; i
2010. tmimeol.
política e desenvolvimento da cidadania no Brasil adequadas transferência e utili- Ciência, da Sociedade Brasileira de So- CECT&I/'RS - Documento final da Conferência
ãi$ í§i
ora dependem da educação cientifica, do zação social dos conhecimentos aqui pro- ciologia e de outras sociedades cientificas. Estadual de (ITM - eixo 4 e Rio Grande do Sul.
i:É
É::;t,?tii,í;; i;*;; I
conhecimento social sobre a ciência e a duzidos, 0 que contribui para a relativa Porto Alegre, SCI mar. 2010. tmimeol.
Ao mesmo tempo, as conferências estadu-
tecnologia P de uma relação mais intima QUINTANILHA M.A. Las dos culturas. ln: 1°
distância entre sociedade e academia, e ais e regionais de CT&l têm sublinhado Foro lberoamericcmo de Divulgctçao e Comuni-
entre 0 senso comum e a ciência, de forma pouco aproveitamento social do conheci- a importância da divulgação científica e coçáo. Campinas: Unicamp, 2009.
n
apontam para a necessidade de incentivo
em; www.rts.org.br/noticias/destaque-2/profes
ii;
cia, aproximar a produção da ciência e mesmo tempo, dificulta a identificação à criação de linhas de financiamento para
;Í:i;;i?í:;:;
sor-propoe-divulgacawda-ciencia-baseada-nar
tecnologia das necessidades sociais, de- e o acolhimento adequado das necessi- projetos do divulgação cientifica, indi- cidadania. Acesso em: 5 maio 2010.
mocratizar informações e obter apoio poli- dades e demandas da sociedade à C&'l`. cando que tanto 0 exercício da cidadania SOCIEDADE Brasileira Para o Progresso da
-.4iu|fl. ¬_ ¬
Ciência. Caderno 25, São Paulo, 2003;
tico para a produção do conhecimentos Questões nacionais, como a degradação na sua plenitude, como a necessidade de
:r i:i;; ii==.,:i:::i;: i;+;:ÊgÍ;:::
Á: :;ti;i=::;;;::i;:i:;:l;
A comunicação sobre ciência tz tecnolo- tre outros, não dependem apenas da C&'l`, CRSC'1`&l, 2010)
gia (C&T) e a circulação de conhecimen- mas em muito podem se beneficiar da oti- Um novo mundo, mais inclusivo e dis- Álvaro Roberto Crcspo Merlo
tos obtidos através da divulgação cienti- mização da sua participação na constru- tributivo pode se tornar possível para a
;;;:í:iiÉit:Í;;É:tiis!:
a ampliação do debate público sobre o seu enfrenta mento (Cl3¿SC'f`&l, 2010). quando partirmos de uma lógica que co- na qual 0 traballio 0 resp‹›nsá\'el princi-
; :Ê
tr-ma. Apesar de a toniática das relações A presença do descrivolviiiiento social, loque 0 social e o respeito ao planeta que pal ou tem um papel preponderante no seu
I :i,i;i;,i: iii i: iii;
.
entre ciência, tecnologia e sustentabili- particularmente da inclusão social na habitamos como referências fundamen- apare‹'iu1eiIto, ainda que exista no indivi-
==
dade estar assumindo importância cres- agenda das politicas de ciência e tecnolo- tais da ação dtâsenvolvimentista. Neste duo alguma disfunção patológica prévia.
i; rii;ií: ãiÉ ;i.; il
cente no atual mundo globalizado, no gia, é bastante recente no Brasil. Pode-se sentido, é imprescindível que o conl1‹-ci- Os agravos à saude no trabalho vão desde
Brasil a divulgação te a popularização do
(.Í&T näo têm recebido a atençao neces-
afirmar que seu lugar nas prioridades do
setor não é significativo, como se pode ver
l:i:l: mento assuma 0 paradigma de liberdade
de criação, escapando das amarras da
o acidente súbito (ver o verbete Acidentes
de trabalho), até o leve distúrbio psíquico
RFB;
saria por parte de produtores e gestores pela análise do montante de recursos con- Perspectiva produtivista e da apropriação ou mesmo n pré-patológico sofrimento psi-
do conhecimento. Um indicador disso é o cedidos para educação básica. extensão. Privada e excludente de seus resultados, quico ligado ao trabalho, tal como concei-
tato de que as atividades de difusão, ex- divulgação e popularização de C&T, estu- de forma a preservar a capacidade inova- tuado pela Psicodinâmíca do Trabalho.
tensão o educação científica não são ade- dos de repercussões sociais da C&T, para dora da sociedade, única maneira de fazer Quando se pensa em traballio, habitual-
áBi'Éri i
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quadamente valorizadas nas instituições o desenvolvimento de tecnologias sociais frente à complexidade dos desafios que monte os aspectos econômicos e sociais
de pesquisa c nas universidades, ou mes- e também pela menor importância atribu- 'lemos para a preservação do planeta, sua nele envolvidos são os mais visíveis. Po-
mo nas agências de fomento e gestao de ída às ciências humanas relativamente às ,_ biodiversidade e da própria humanidade rém, o traballio pode, também, ser fonte de
CT8zI no pais. SÓ recentemente foram lan- ciências naturais e, mais recentemente, às (CRscT&1, 2010). sofrimento e adoecimento. A percepção de
çados editais para projetos de divulgação engenharias, na gestão e no fomento à _;~f~; que pode haver uma relação entre trabalho "fiflä
Referências
cientifica. mas ainda com valores pouco pesquisa (Baumgarten, 2008; CECT&l - J›L=1‹'* c doença é muito antiga. As primeiras des-
'tz BAUMGARTEN, M (org.]. Conhecimentos e re-
significativos. RS, 2010). ...-
dv?
criçöos sislcmatizadas de doenças relacio-
= íp;
,
..'=;
.t¿t¡__ d°31 Sociedade, politica e inovação. Porto Ale-
As articulações entre o campo de pro- A necessidade de investimentos, nä0
r*i;
3:
dução de ciência e tecnologia tC&T} e a apenas na produção do conhecimentü. -ã __%. Ciência, tecnologia e desenvolvimento: no séc. XVI por Bernardino Ramazzini
.r
sociedade são complexas, dinamicas e PÊZ- ... T9505 e inovação social. ln: Parcerias Estratégi-
mas também na divulgaçao da informaçaü (1633-1714). Em uma obra intitulada De
_ -3;
¡ .
Brzzsiiiâ, DF, col-213. tz. 26. p. 101-121, jun.
interativas. Sua otimização constitui-se e do conhecimento científicos, tem surgi- 8. Morbis Diatriba (considerado o estudo
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(Barbarini, 2002; Merlo, 2001, 2003, 2004,
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fundador da Medicina do Trabalho), este
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autor produziu uma classificação empírica lidade. o número de casos certamente é 2005; Assunção; Almeida. 2003].
muito maior. Os trabalhadores brasileiros convivem que é uma patologia do trabalho (definida
:
em que lista as doenças que poderiam aco-
3. As doenças do trabalho ocupam um com ambientes de trabalho nos quais por um diagnóstico médico] e 0 que é re-
ltiÉ;
meter várias categorias de trabalhadores
encontram-se combinados diferentes mo- conhecido corno tal pelos organismos que
(Rarnazzirii, 1971).
2. Pude liaver uma grande dificuldade mentais e do comportamento; e doenças xívoll. Os serviços voltados aos cuidados balho. É necessária essa distinção porque
iiiíl;É : i: i:;..i i:; :;:ii t:;i,i
r :- : : j : : -, .t 1
em distinguir as doenças que foram pro- infecciosas e parasitárias, endócrinas, nu- da saúde do trabalhador atendem atual- podemos encontrar importantes discre-
vocadas pelo trabalho rlas doenças que tricionais e metabólicas, do sangue 0 dos mente tanto acidentes corno patologias ~ pâncias entre as definições estabelecidas
tii,;iiiÍ : : i i i ii=;;i;iii;i5;i
foram agravadas por ele. Scliilling (apud órgãos hematopoeticos (onde o sangue indício de que, apesar da implenieritaçáo entre as diversas entidades públicas [como
Melides, 2003: 51) classifica as doeriças, é produzido, como a medula Óssea), dos de novos modelos de gestão, ainda estão p. ex., a Organização international do Tra-
;iii;i:,
;
segundo a sua relaçäo com o traballio, em olhos e anexos, do ouvido, da pele e do
três categorias: a) tr‹'ii.›zêlho como causa tecido subcutâneo, do teciclo conjuntivo e inicio do si?-‹.¬. XXI, riscos à saúdo. 'l"ral'›a- o cotidiano dos consultórios médicos.
i Ést i: ; ; 3:É
necessária -- i|1t.‹:›xicaçào por ‹tlrumb0. si- dos sistemas nervoso, circulatório, respi- lhadores int‹'rxi‹^'ados por metais pesados 5, Para a Previdência Social brasileira
licose, do‹-:nças ]iroiis.~;ionais lvqalriic-ente ratório, digestivo, osteomusciilar e genito- [sendo o cbui'nbo 0 mais comum] são fre- "doen‹_;a profissional (Ó) assim entendida a
",i;.=::i==::i;
prescritas; b) trab‹illio corno fator do risco urinário. qrrernteriierito registrados. As consequên- produzida ou desencadeada pelo exercício
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à saúde - e o tratamento é demorado dade; a doença do traballio, adquirida ou
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sario - doença coi'i_izi¡riiaiizi, doenças do doenças do ti`al)‹'illio, Como os centros de
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referência em saúdo do trabalhador e os 4. Os novos modelos de gestão, que exi- desoricadeada em função de condições es-
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menibros inferiores, r-iitru outr‹i.<=; tr) tra- arnbiilatorios dos Iiospitais Universita- gem a indr\i‹'lualização das avaliações de peciais em que o traballio (1 realizado e que
i i u ; iÉ i; :g i;j;§,_ : ti gi.:
í = =- : r=- j=:=: produtividade, assoiiados a novas ferra- com ele se rcla‹:ioi'ia diretamente. Nestes
É
Imlliti como provor'«idrn do um rlistúrliirr rios (p. o Anrbriiatório de Doenças du
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latente, ou agiavorlor do iloeiiça V|(i esta- 'lrabaltio do Hospital de Clinicas de Por- mentas de traballio com as quais âi ativida- dois rrlt.imos rasos, a doença deve constar
É
j:=;,i'+ii=:i;:; iz:ii=,
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b‹~!c‹'icla z- bronquite cioniczi, derinatite de to Alegre Ou U /limbulatorio de ilorfnças de pode ser r‹›ali;¿ada fora do espaço do tra- da relaçäo de que trata o Anexo ll do Ro-
:
O l\/linistório da Sai'irlc¬ ]_rublicoti, em l\-'finas Gerais), os principais diagnósticos Elf* patologias e de categoria de trabalha- do pelo Decreto n. 3.048, de 6/5/1999. Em
n.
=. = ;t
;= i ti iÉ i i :i1:f
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têm sido os de patologias classiíicada5 dores (Merlo, Lapis, 2007]. Assim, vemos caso eprcepcional, constatando-se que a
:
hoje, junto aos executivos de empresa, por doença não incluida na relação constante
: : : r; ; : : i t : t
esta dis‹_'ussí`io ein l)ot'nç‹is Reiucioliridos dentro das Lesões por Esforços Repetitivos
i-::;:;: 1;,;i:;
==
al encontramos urna rirriiriiçfio sucinta de pt~-cítico) z consta que estas patologias são mais 1'ec0nterr'1enI.‹:, epidemias de suicidio ele relaciona diretamente, a Previdência
" i = c-i ic :'Y.: F -
ligadas ao traballio (/tlrneida; Merlo, 2008). Social (INSS) deve equipará-la a acidente
;:i:!:iiiiã;
carla doença, sua epidr=iniologia, seu qua- iesirorisavreis por. pelo menos, 70% d0S
i,:;,,,
I i i:;i:=: = =:=
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OS casos que tiveram mais repercussão na do trabalho". Porem “para que o aciden-
dro clinico e o1'ieritai,;‹^i‹:s ao diaçpióstico, atendiineritos (Reis; Pinheiro; Navarro.
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ao tratamento c à pi'e\=eiiçáo, além de uma 2000]. As LER/IJORT são a sogirnda cau- Ímprensa foram os suicídios de cinco en- te, ou a doença, seja considerado como
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breve lista de biblioçiralia e leituras corn- sa de afastamento do traballio no Brasil e
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plomcntares. se aprescntarn dc forrna epidêmica. E556 2006, em Guyancourt, na França (dos quais que seja caracterizado tecnicamente pela
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filldtro no local de trabalho), e os suicídios Perícia Médica do INSS, que fará 0 reco-
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Sabe-se que no Brasil as estatísticas re- problema e um fenômeno rni1ndial--atir1-
:;;.::;
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ferentes às doenças do traballio são muito giu o Japão, na dé‹`a‹.ia de 1.1170, e a A113- de 35 trabalhadores da France Tólécom, nlrecirnento técnico do nexo causal entre o
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}'›rer.'arias, devido ii enorrrre subnotitica- 35 Gntre 2007 e 2009. Todos esses casos foram acidente e a lesão; a doença e o traballio; e
trália, nos anos 1080. Em 1908 o‹°orrer‹3ITl
í:iÉ
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ção e, além disso, roi‹=i'eiii-se apenas aos 650 mil casos do LER/DORT nos Estadoš if: fl*-f'0Iilieci‹los pela previtlência social fran- a causo mortis e o acidente" (art. 19 da Lei
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cesa (Caissc Piimaire d'As.surance Mala- 8.213 de 24 do julho de 1991).
trabalhadores do in‹›r‹:ado formal. Assim, Unidos, responsaveis por dois terços 1165
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apesar do riúirieru do doenças do trabalho ausências ao traballio, a um custo 'estima- dÍE} corno ligados ao traballio (Merlo, 2009; As doenças do trabalho, como implicam,
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Di‹':roNÁi11o DE TRABALHO E 'l`EcNoi_oc1A
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e sofrimento psíquico em Cargos de gerência.
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confrontados com a miséria a se voltarem
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procedimentos para os serviços de saúde. Org.
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i!i:;iÍi;jii
ASSUNÇAO, A. A.; ALMEIDA, I. M. Doenças REIS, Ricardo J.; PINHEIRO, Tarcisio M. M.;
vidência *Social etc.), levam, muitas vezes, osteomusculares relacionadas corri o trabalho; 1 NAVARRO, Albert cl al. Perfil da demanda primeira metade do séc. XIX, na França, \ :
a que se estabeleçam relações diferentes membro superior e pescoço. ln: MENDES, atendida em ambulatório de doenças profissio-
René (org.). Patologia do traballio. São Paulo: nais e a presença de lesões por esforços repeti-
partindo do latim iurídico in solidum (por
das que ocorrem entre um médico e o seu Atheneu, 2003. v. 2, p. 1501-1539. tivos. Rev. Saúde PÚblico,v. 34,11. 3, p. 292-298, inteiro), Loroux introduziu no vocabulário ,_
paciente, nas quais, habitualmente, a con- BARBARINI, N.: MERLO, A. R. C. Reestrutu- 1. jun. 2000.
=
filosófico a noção de solidariedade, defini- VI
:ã;
fiança e a empatia são fundamentais. Um da como 0 laço social voluntário entre ci-
sofrimento dos caixas executivos: um estudo de l 700. As doenças dos ircibolhodorcs. São Paulo:
paciente que chega à consulta corn dor no caso, Psicologia Social, v. 14, n. 1, p. 103-122, Fundacentro, 1971. dadãos livres e iguais; em outras palavras.
braço esquerdo e sensação de desconforto jan./jun. 2002.
i ! i i;
o laço social sucessor da caridade na de-
no mesmo lado do peito, levará, imediata- DEJOURS, c.; BÉGUE. E szzicídio e irabairwz f
-
o que fazer. Brasília: Paralelo 15, 2010.
mente, um médico a levantar a suspeita de múltiplas iniciativas sociais são feitas para
MENDES, R. [org.). Pulologia do 'l'lr1b(rllio. São .leon-Louis Laville
um infarto do miocárdio e a ericƒarninlrá-lo Paulo: Atheneu, 2003. conjugar ação coletiva e afirmação da
[Tr-id. Patricia Chitloni Ramos Reuillard]
para um serviço de urgência/enr‹~›rgôn- MERLO, A. R. C.; .IA(Í.`Ql.lES, Maria da Graça
cia, para que o diagnóstico seja realizado i;ji ;.'* :r';::ti'i,=
Corrêa; HOEFEI_, Maria da Graça Luderitz_ l
igualdade. a fim de que esta., estabelecida
:aí;Ér.!;!g:;::!;;+ãi;:,::
:iit::::ii
É
Trabalho de grupo com portadores de LIÉRJ
o mais precocemente possivel. No caso DORT: relato de experiencia. Psicologia Re1'l‹.'~ por um conjunto de atividades que contri- nas relações econômicas e sociais.
1
i
de um paciente-trabalhador que venha a XÕO G Crilicu, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 253-
buem para a democratização da economia No séc. XIX verifica-se a articulação
:
iÍ:
258, 2001.
consulta com uma queixa de dor no braço a partir de comprnnnszâos cidadãos. Essa entre debates politicos e práticas econô-
et ol. O trabalho entre prazer, sofrimento
esquerdo, com surgimento insidioso do vá- c ado:-cimento: a realidade dos portadores de perspectiva tem a pt-rrtic'ularida‹le de de- micas. Seia qual for a diversidade das ox-
:=:i:
rios meses de evolução e na qual a relação lesões por esforços r‹>pvtitivo.-:. Psicoltigiri fr So-
senvolver essas atividades não somente periências iniciadas pelos t1^‹rl)all1ador'f-rs,
z:z:É
ciedade, São Paulo, v. 1.5, n. 1. p. 117- lflñ, 2003.
com o traballio apresenta-se de lornia mais através de seu estatuto lassorƒiatixfo, coope- sua o.spe‹iili‹:it'lade pode ser avaliada por
______g. el ul. Traliallio, prazer, .siilririiurrto e atin-
ou menos evidente, a atitude do médico po- ocinicntu em portadores de l,t_›sü‹'::-1 por Esforços rativo, rnutualista 0t‹`.], mas também atra- dois traços: a] o agrupamento voluntário
dera ser muito diferente. Frequentemente, Repetitivos. ln; MERLO, Álwiro Roberto Cres-
vés de sua dupla dimensão, u‹'on‹"›mica tê no qual um laço social prático permanece
;i.iii;
alternativa para um diagnílstico diferen- Alegre, 2004, v. l, p. 12?-144. Ínrbricadas, pois a mobilização permite aos participação não se pode desvincular o
!i;ii
;=i: i: Í:: i:É ;;Ê ã! í
f :i.>ii"s
cial, a possibilidade de que esse paciente- _ ,' GHISLENI, Angela Pvña. Tr‹|I,\all1¿idor
cidadãos actrtit-1'tiâiT1 ao espaço público, laço social que a motivou; b] a ação co-
contemporâneo e patologias por liipc-.r.=.oli‹'ita-
trabalhador esteja fazendo uma simulação construindo as condições de sua indepen- mum, por estar baseada na igualdade dos
l
ção. Psicologia Reflexão ra (.`rr'1i‹:‹r, Porto Alegre.
ff
de doença, com o objetivo deob1‹:r"g'arrh‹›s V. 18, n. 2, p. 171-176. 2005. dência ecoriôrnitta. Porém, a capacidade de meinbros, permite que eles se façam ouvir
se‹:undari.os", isto é, que ele esteja apenas __,____; VAZ, Marco Aurélio; KAROLCZAK.
-;iii':rl:§' :l::Í:s :i
l realizar mudanças depende da relação en- re possam agir corn vistas a uma mudança
'
Ana Paula Barcellos; l-'*RElTAS, Cintia do La
procurando um afastamento do trabalho e Rocha. Sindrome do 'l`t'ini:l do Carpo. Revi.st‹.i tre o exercicio dessa liberdade positiva de institucional.
um encaminhamento para a Previdência Brasileira de Flsiotcrupizr, São Carlos, v. 9, n. 2. össociação e de cooperação e uma ação Devido a essa dupla inscrição nas es-
it;
;: Ê;li i: ii
r;;ij;j;í;ij
iii::iiiiii
jul./ago., 2005. Í'-i
Social. Isso, evidentemente, vai provocar Pública, única capaz de estabelecer direi- feras econômica e política, expressam-se
; LAPIS, N. L. A saúde e os proct.-ssos do
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uma importante degradação na relação de trabalho no capitalismo contemporâneo: refle- l0$ e definir as normas de uma redistribui- no espaço público a reivindicação de um
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confiança e empatia, indispensável para xões na interface da Psicodinâmica do Trabalho
i+i'rlíi;F;i :
í:i;
e da Sociologia do Trabalho. Psicologitl & Socie-
uma boa prática médica, além de um enor- da economia solidária esta relacionado, de uma legitimação da iniciativa inde-
dade, v. 1, n. 19, p. 61-68, jan./abr. 2007.
me sotrinrento para o trabalhador. sobre o . Suicídios no France Telecom: as con- D01'lant‹›, a articulação entre dois registros pendenternente da posse de um capital.
qual recairá 0 ônus de buscar comprovar sequências nofastas de um modelo de gestao da solidariedade democrática z a aulo«or- Contudo, essa vontade coletiva, sofrendo
É
sobre a saúde mental dos trabalhadores. 2009. ' 1'\
que realmente está doente. .J Qönizaçäo coletiva o a obtenção de direitos urna rcpresszfio maciça, vem-se atenuando
i:i
:
Disponível em: vnvw.do‹:s.google.corn/tileview Tí -É
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?id=0B6mh9Kwi‹Í)kPlÊl\'izk§.fMjg\,'MzltZn1F1Z Êlulšjustiiiqueni a r‹\distril)uiçào pública. proqressivamerito, ao passo que a econo-
SO0NTBlLTg3MDOlMl)Y4ODU2NmNkZmU 1'
Referências 2. Coin a emergência da questão social, mia de mercado vive um desenvolvimen-
w&hl=pl__BR. 1-n'i-V
ALMEIDA, L. L.; MERLO, A. R. C. Manda 'f"§"'._'z a fimplitude intoleré'ivel das desigualdades to inédito graças Êi concentração de meios
ii
MINISTERIO DA SAÚDE DO BRASIL. Do-
quem pode, obedece quem tern juiszoz prazer enços Relacionados ao Tmballioz manual de possibilitada pela sociedade de capitais.
.qc lelfä perisadorvs, camponeses e operários
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D1r'1i‹)N.-'litro ur-: 'l`RAriAr.iro E '1'i:‹_:NoLo‹_;rA
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Awroisio D. CATTANI & Loirrêm. l-io1_zi×4ANN
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reatam corn 0 impulso associativo do séc.
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para se distanciar de práticas mais anti-
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Os três estatutos jurídicos V- cooperati-
=?3EsfrátÉ:ç; l;:É;;i:;Er.,:e?ji.3;,?tsc :â
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gas enianadas de um movimento coope- XIX. inserindo, no centro de sua passagem
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duzida pela Revolução Industrial, sirrge a vo, mutualista e associativo - tornam-se
rativo tradicional, tido corno próximo de- à ação econômica, a referência à solidarie-
necessidade de normas sociais de justiça, subconjuntos tributários do modelo de
mais dos poderes politicos e econômicos dade democrática. O reconhecimento e o
ii
asseguradas pelo Estado social. A proibição desenvolvimento no qual se inserem, em
do trabalho infantil e a limitação da jornada particular da segmentação que se instaura Íl dominantes ou de uma economia informal desenvolvimento da economia solidária i
â; iÉ:;::
.i
.‹ de sobrevivência que deixa pouquíssimo são indrssociáveis de compromissos de nn-
de trabalho são promulgadas por governos entre a economia de mercado e o Estado
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espaço para lógicas de acumulação ou de tureza sociopolítica, que apresentam três
social. A hiera rqurzação e a complementa-
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submetidos à pressão operária. O Estado é
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transformação social. Na Europa, as mu- (linierisúes. .~`,-`_,_
uma expressão do interesse geral, aplicado ridade. entre economia de nlercado e eco-
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danças no modo de vida e, depois, 0 que
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graças à ação da administração. A solida- nomia social estatal produzem eleitos de
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buição pública considerada como a solução tes da economia social. Nos dois extremos,
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vida cotidiana, preocupadas em preservar mais 11 rnplos de discussão, reivindicação e
para resolver o problema da divida social. as cooperativas consideram-se corno em-
l;
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o meio ambiente, criticar a descorisideréi- participsição no ‹iel›at‹-'. público, ‹':it('›. ines-
t;t.i.;
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presas no mercado, enquanto as associa- là l
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O Estado protetor endossa as responsa-
íi :É:i,,í :?:j Í?i; iÉit?E itl;
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bilidades sociais que o associacionisrno ções ficam limitadas à esfera social.
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l; ;,-:,=li:íiti :: iiãi;ltií::
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ços que lhes dizern respeito, stllimett-*r à tica publica. Provérvolmcnte, é no Brasil
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contribuíra para detinir, tentando assu- 3. A partir dos anos 1970 surge o corr-
i reflexividade as relações entre os sexos e que tl !nol)ili7.ação e fi ‹~››;pr‹:ssão pública
mi-las. Instala-se o regime institucional, ceito de economia solidária na América ›
::
as idades e lutar contra a exclusão. Essas estäo mais flvariçzidas, corn a existência
it
do Su] e na Europa. Na primeira, a econo-
i,:
rcpousado sobre a economia de mercado
formas inôditrrs de expressão se acompa- de moviinentos de auto-orgariização po-
:;i:i1:ii.:i
i É: i:i::;:::iilli,íii=,;
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tribuição pública que atenua suas desi- principêrlrnente do inovimento de retoma-
,;' ,;I,i'=,- das Íorrnas dc engajainerrto no L>spar¿r'› lÊ‹'o11uru1‹_i Soliclárifi (l*l`5lÊÍSl, cujos princi-
tãÉ
grraldaries, cujo apogeu se dará na segun-
}Jt'ililir.o. lëntrzrqurirtc-st-3 u uiilitáncia gene- prirs ‹f‹›in;'zrincr¬.t‹:s uniram suas forças, em
= I ! 7. - : : ; S r : ; iE i : = i :
da rnr›tadr› do séc. XX. forma de coopczr‹zti\›'zis ziuttigestirinánas,
:
.i;
ralista, ligarla a um projeto de sociedacle ÊUO3, ptzra reivindicar a criação de uma
g
A crnrrplerrientarirtarte entre mercado e do apoio do l\loviriiento dos 'liêrbíilliadtires
it
0 que irriplic.i uma ação de longo prazo Sec:r‹:tarr¿: nzicional de economia solidá-
ii;t;
Estado social Ó acorripanhada da criação ‹le Sem-Terra a instalaçiio dos agricultores em
í
E grandes rlel‹_-gaçöes de poder no âmbito ria. Por mr-io de urn procrrsso de descen-
diferentes estatutos jurídicos que revelam cooperativas rurais, do des‹~n\'olvimento
É:
zi,iiÍi;
uma modificação dos rrrétodos solidários das incubadoras teríriológirxis de coope-
j, ':
:
\.
voluntariado, constatada nas êrssociaç‹'›‹zs r:1ripresas solidárias e de construção de
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lhadores, separando~se das organizações credito solidário, de associa‹¿íóes e de coo- ›,
j
:
i r::9"ç:::q;i'-;
i,tri ;i;;;r. i:
perativas de reciclagem de lixo urbano ou.
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ticular de sociedade do capitais, centrada favelas em serviços tzoiriiiriitãrrios de habi-
:i : ! i i:;
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-f mitada, centrados cm problemas particu- nl1ecirn‹:›nto da especificidade das inicia-
na função de produção ou de consumo - tação, alimentação, saúde e educação.
:,;i:li:
r : E; *;t;:-t
:i lares com vistas a fornecer respostas rápi- tivas srilirlárrias na açiro pública. De um
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diferenciam-se das sociedades rnutualistas, A originalidade da dinâmica latino-
i: í.1i;
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ÚBS para os sujeitos envolvidos. Dentre as lado, elas visarn, pela nomeação de rc-
que se concentram na função de auxilio. AS americana da economia solidária deve-S8
=r=ii1,
:i;iiii
iiil;.:,,=
a
iniciativas que revelam essa inllr-são do presentantes locais, pela implantação de
atividades criadas para defender uma iden- à imbricação dessas iniciativas e à econo-
í!
ii::
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i;i:
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ÇÕ0 S(iCj¿¡l_ eStatiitái'ia. setorial (2 orgírni'1acional dos
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.lá o estatuto de associação, menos estrito poderes públicos. .wir
Globalmente. as iniciativas que se de-
j;
:i
í‹riividudr_›s e erirprosaszi, está longe de ser
i:
em seu objeto, vê-se limitado quando asso- A terminologia de c›‹¬or1omia popular
:i
i;
Sefivolverarn no último quarto do séc. XX evidente. Por outro lado, essas politicas
ciado a urna atividade econômica. solidária toi niobiliz:-ida por esses grup05
139
E
138 iii
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A_N'roNio D. CATTANI & LORENA HOLZMANN
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ção que só nos anos 1990 alcançaria toda
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públicas registram oficialmente os limites a instruçao considerada mais adequada cacional dentro da empresa, por ela ge-
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setores até então fadados a uma privatiza- EC desenvolvida no ambiente de traballio porcionar a aquisição de novas competên- para 2000. Estimativas indicam quo, no
eÊ
5.; Brasil, há atualmente um número de 250
çao sem limites. ou oferecida em espaços distintos daque- cias vinculadas às estratégias empresariais
az
i;rii;iit
É
‹.É
les das universidades e escolas, soh 0 aval Í. com 0 propósito de assegurar vantagens UC. Segundo Silva et al. (2009), a apren-
j .i
e;
Referências E. . â
competitivas permanentes. Esta definição dizagem organizacional que é realizada
,i;:
e responsabilidade da corporação, procu- ‹§.
i;
:
zir para vivcr. Us caminhos da produçãci Dão Y.
nam com os seus produtos ou são destina- ..._-V.. da, ligada diretamente ao ambiente de tra- tão do conhecimento com 0 objetivo de
:i;;
E
E
uipitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasilei- .‹ lj,,i
tários dos seus serviços, desde os que os balho. A difusão da EC, nesse sentido, está torna-las mais eficientes ao reduzir o des-
5
ra, 2002.
:
IBOIIRGEOIS, L. .'šolidariIé. Paris: Colin, 1902. conectada à tão propalada necessidade de perdício do recurso mais precioso, que é
i:,
:i
7E
(ÍÍ.-'¡.'l`TANI, A. D. ol ui, Dicionário Internacional formação continuada para os profissionais o tempo, e enfatizar as práticas da cultura
L'1Ul0reS/funcionários e iornecedorus, até
i; i :
i
ma-.\dir¬ia, 2009. 5
sumidor. Para além de funcioi'iários que serção no mundo do trabalho. Historicamente, ‹letectani-se quatro
';;
=:
t.`Él¿lÊZ.t..lELLl£, D. Pour un nutre développe-
.i:i,i=:i;,.:'=.i:'r:
.›
mr'iit.<‹'›ci‹il. l'é_ii-is: lJescl‹'~.‹=. de Broiiwer, 15196. vestem a camisa da empresa, de divulga- As grandes e1nprc›sas o corporações es- momentos distintos nesse processo da
.=i;i:;.:
i:
('ÍORAG(3lO, J. l... áüiié es Io economico? Mate- z
dores das virtudes dos produtos/serviços täo Cada vez mais entrando no setor da ccinstituiçãodarelaçãioentreuniversidade/
iialus para un debate necesario contra el fata-
e de consumidores dispostos a coiisuniir, .'‹ educação, realizando experiífncias com o escola e empresa ou entre o mundo da edu-
lisino E‹li‹:i‹nics Circus, 2009.
j i
i::it::;;i
hiisca-se, via EC, a fidelização de tndos, a aprendizado presencial 0 à distância, lor- cação e o mundo do traballio (Bianclietti, É
i
lÊMl1`, B.; L./\\-'lLLE, J. L. [sous la dir). CohéS1`on
sor iate ef ‹:inploi`. l'ans: Dcsclóe de Brouwcr, 1994. indiido parcerias 0 tleseiicadfêaiido estra- 2008]. Em um primeiro momento. que
iini de garantir que os indicadores de pro-
=
.z-. as-1.
I"l2f\š\1Ç/\ FILE IO, G. C,; l.AVIl.l.E, J. L. Econo- .Íé Í*
duçao o lucro da empresa niaiitéêriliàini-se tégias c-ni estreita colaboração com uni- tem seu auge entre os anos 1940 e 1970,
;: i: i ;:i:; i j ;i; : i i ; ; i i:
;:
:f:i‹i srilirioriri, uma oborgo‹'l‹-m irilemaciorifil. IA ê
ê
l'fi:1uAl‹›gr(>: Ed. Utrgs, 2004. iiidefinidaiiieiitc em asceiisão. versidades, criando ambientes eletrônicos pode-se dizer que a empresa depende
3 ; .fi
.,;,
.lAÍ\‹'tÊ, J. Garcia. l.A'\/ILLE, J. l.. Crisis c‹ipilo!i*=- 2. .f\ rfducaçào, principalmente nas últi- para ëlrmazenaincnto de inlorniaçöes e da escola/universidéidc para a titulação - f
,i;:
iÍ
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i:. ;; +: zitEii::,: ??:t
tu y cconfirnio .s'‹rli(1(in`r1. Barcelona: It aria, 20119.
iiuis duas (lt'¬‹tz'idaS, tornou-se pauta oliri- instituindo modelos educacionais volta- dos seus iuncioriários; as universidades z:
.âç
i;;;t',:.;;;.j
.i:i:;:i;í;:
governos e organismos internacionais, em
iÍ'r:",ii:-:;:
I.-^¬\.'ll.I..l.¬Í, J. l- Srilidarité. ln; LAVILLE. J. I-.; 1 -1.;
f.Í.›'\'i"i]t\Nl, A. D. l`Ji`clr`‹imiuiro de ¡'rJuIrc óc'‹›n‹›- corporativa compreende a necessidade do imediatas, rnediatas e de longo prazo das f*-Í
i: r i í;r:ai= ! iÍiílÍ
todos os países e lJl‹_i‹oS, corri êrilasc nos
I'iÍ:;
;::
::iã:j:
mic. Paris: l)v..<t'lI'~c do i'lrriuwur, 2005.
debates sobre a qualidade do ensino ofere- discutir 0 entorno no qual se Inzfiitcfríaliza empresas. É um momento histórico em
__ _______ç; f.1./\Ti`l`.›'tNl, A. D. Diciiomiairc do l'uutm
úšcmmniie. Paris; lJescI‹'f:e de Brouwm, 2005. cido ea a gestao dos sistemas do educação esta forma de educação que, em uma pri- que as empresas iicam na dependência `>'z›.
V __V__“ _ cl ul. Acl'infi publique et écciiioriiie .soli- {l3iri‹l(â, 2007; Antunes, 2008]. O sistema tê meira aproximação. pode-se drftinir como das instituições educacionais.
i: I :É:
:Há
¿inir‹›.~. "l`oi1lo|_is(-: Eros, 2005. d proposta do setor empresarial para a Em um segundo momento, as empresas
oducativo contemporâneo tem sido objel0
':-šlER\/t-Í`l] J. M. Une éco/ioniit: sons urgenl. Pa- ÍÉ .H
do duras críticas por parte do setor onipre- .:‹5í‹' adequação da educação formal as neces- continuam a depender das escolas das tvi
tg»
1`.¡S:SUiiÍl, lí-199. :;_.3.
sanal quo considera sua estrutura inade- zé. Sítlõdes específicas das empresas. A ado- universidades para a titulação dos seus
.sãf
-.-2
Irunçuis Antliologitr de Pierre Leroux. Paris: quada para enfrentar as novas solicitações 'fu Çäü deste modelo traz impressa a ideia da funcionários, mas, paralelamente, passam
:
Âzfir
l)e.=cl(':‹: do Brotiwcr, IQQ7.
0 demandas de qualificação do mundo Possibilidade de uma maior agilidade o a incrementar a atuação dos DRHS: por
?ç ;;j :i !
do trabalho. O não atendimento dessas dëf um alto nivel de adequação ou aderên- meio da contratação de palestrantes, or-
j i;Í:, ::
31
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
;ii :ii :
Jíliso :'\1ori(¡ Quorƒiero transformarem os chamados Centros dt”- às -z' das do setor produtivo. pontuais (tanto para propiciar a atualiza- -tz
. i:i
;Éigi
1' iicídio Biurichelti Treinaincnto 0 Desenvolviinento de RG'
ää 3,
ii:;:
cursos Humanos (DRH) em Universicladêã ii' É nova. No ano de 1955, por oizemplo, a mações tecnológicas em processo, como .r-
=
1".
1. Erliicoçóo cor¡›(›rnIivu (EC) designa as Corporativas (UC). Os proponentes destd É empresa General Eletric criou a primeira de autoaiuda ou motivacional), para fazer 1,
iniciativas e ostràitégias utilizadas pelas instituição e do tipo do “lorinaçãO"_que Blfi Universidade corporativa, a Cotronville, frente às mudanças na forma de organiza- .gi
.Išä
empresas ou corporações para fornecer engendra a definem como um espaço edil' ,ad -⬬: _ df-Bsenvolverido um conceito de educa- ção e funcionamento da empresa. Esses --1
t f.
53.
.tê Yšãiz 'Í1'.'."
gl!
140 141 j.-zr
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' ¬ ' .- , - ~' \
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ANTONIO D. CATTANI & Lorierâzx Hoi.zM,~.NN * DMONÁRM DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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-1ó ã; J, : ê " : i É4.;L-^c-:!
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cos do domínio do paradigma taylo:.i_sta- no seu interior, em busca de uma “edu-
ção exigida pelo mundo do trabalho em deve ser entendido dentro do contexto do
o c
_.-
1!B; L,p,=;3
fordista e da sua transição para o chama- cação sob medida” (Meister, 1999). Nesse
reestruturação. Considerada autoridade ensino superior, o qual designa a educa-
íl;l-
do paradigma pós-fordista, “modelo momento da relação escola/universidade
em ensino empresarial, Meister (1999. ção do estudantes e o desenvolvimento
! ', 1..
J c::
japonês" ou paradigma da integração e e empresa, começa a delinear-se uma in-
2007) vai tornar-se a grande referência na de pesquisa em várias áreas do conheci-
Â: !;:
llexibilidade. Em cada um destes momen- versão histórica em termos do que se en-
área ao criar a dolinicão de UC que per- mento. Na UC, a educação, os programas
---_`,.- L. @.-
tos ‹1 importância e a necessidade da e de tende por educação. De um ideal de odu-
meara a coristitriiçãio destas instituições de capacitação, 0 desenvolvimento de
educação é muito distinta No primeiro, cação publica, laica, universal e gratuita
t,t!
Ei p‹3r1;i1` do ini‹:i.o dos (mos 2000: “É um competências e as pesquisas sempre us-
-:.:
r;:
era suficiente uma formação inicial, pois a passa-se a conviver com exemplos cada
guarda-chuva estratégico ao desenvol- tarão relacionados ã área do negócio da
iô..
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qualificação especifica se estabelecia no vez mais evidentes de um espaço público
vimento e à edurƒr-:ção de funcionários, organização. Ao defenderem este modelo
=L
E-:
ôE
= -
processo de execução de uma mesma lun- apropriado pelo setor privado. Na atua-
clientes e Íorr1‹=.‹f‹e‹l‹›1'r¬s, buscando otimi- de educação, alegam que materializam o
j:§;:;;
11ii,=:
=
ção por longos periodos, uma vez que lidade, a mais contundente crítica sobre
ll;
zar as estratégias organivacionais. além
:-i
conceito de organização voltada a apren-
bases teciiica e organi7.aci‹›na] pouco mu- esse processo, a partir da Ótica do sistema
:l==',i : i: i i l:;Ê :
I :: I = : i; :i í: ;.1 i i!:;1: iE §:: g;
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ças propostas para a inlracstrutura tz a quisador lrêincés Christian I.a\-'al (2004),
":ia.li:
cação perrnaner|tr:“ tlqtlllz ill. A primei- tradicional modelo da area de Téšzl). Anali-
:
tornia de organização e luncionamento no seu livro A escola não é uma empresa
ii ra década do séc. XXI lui foc1in‹_la entre sam que não se trata de uma simples troca
::
das ‹-mprosas geram demandas ré nerfossi- -- O neoliberalismo em oloque oo ensino
os l.eÓri‹¬os da Adniirristração, da (Éestáo de marca ou de fachada, mas que as ca-
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‹iu‹ie de Í›1'oct:ss‹›S formativos pernianeri- público, em que discute o envolvimento
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tcs para os trabalhadores - a assim cha- da escola no novo capitalismo, a intro-
que se ‹leln'i¡ça1'õin solne o fr›nün|eno das se tornaram tão desgastadas que melho-
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nmrlsr "‹-zlrrcaçãri ao longo da vida". rlucão das l‹'›gicài.<; du mercado no campo
universidad:-'s rorporíitivas, rinris especifi- rias on mesmo uma reongenharia mais
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Liinieiitrà, Soho' os aspr'‹'tos ligados à sua forte não s‹~riain sulicicntvs para adequa-
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ri 1'‹,~ali7,;irlz'r no terceiro momento. Isto, no vstrutnrarlo como um rnorc‹‹do.
Criação, gr-stilo r= ao sou crustíirmârito como lo às novas mwcssidades do educação no
espaço trrnpresariril.
de 1990, quando os empresários passam a um quarto momrênto dessa relação, se-
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assumir ri responsabilidade pela instrução dirnentarlo por dois importéintüs aconte-
atuais, em especial pr-las de grande porto preocupadas cm desenvolver ações para
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dos sutis funcionários ou a transformar o cimentos: o rlesr-rnvolvimento da área de
(Allen, 2002; Wlir-reler; (Ílcgg. 2005; Gren- obter respostas às suas atividades lins;
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arnlnente da einpresa em um z~:spaço edu- tclornática, quo vai proporcionar os meios
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Zer, 2006; Plnllipsz lÊ.ll‹‹,âl‹,.›s, 2007). Apesar ou seja, estão procurando treinamento e
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ca‹'i‹›nal. Uma análise da motivação des- para a organizagäo desta educação, e as de enfatizareni que nom toda organização desenvolvimento para seus profissionais
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ses einprosãrios permite constatar que reformas educacionais instaurados a par-
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precisa deste modelo de educação corpo- nos assuntos de seu interesse operacional
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são vários os fatores que rlesencacleiam tir da metade dos anos 1990. que regula-
Tütiva ou vai conseguir nhtcfr vantagens 0 c=:‹trat|T~gico. Por outro lado. não se pode
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esse momento, entre os quais: as rápidas montam e permit‹¿âni o luncionarnento de com a sua i|nplanta‹,:ão, os autores valori- deixar de analisar que este contexto de
e rgonstarites mudanças nas bases técnica uma série do cursos er modalidades, com
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e organizacional da produção; a preocu- destaque para a educação à distância fr os
0 as principais causas do sucesso da uni- ção de clientes que cresce continuamen- N,`
pação em atender os requisitos necessa- cursos Stiqutmciais.
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interesse em berieficiar-se dos incentivos vez mais hogcrnônica nos dis<:nrs‹›s dos
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estatais, nas deduções advindas da cha- empresários e de seus teóricos - originá-
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_fr‹ ql-10 a universidade ‹Í› vinculada a uma lucrativo negócio. É importante assinalar
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:n‹_=rcadn; e a garantia de maiores taxas de 1996 e 2005; Stewart, 1998; Ebolli, 2004)
C0I'poração e que s‹~r\~ir;‹>s e‹.lucaciona.is que nas pesquisas realizadas junto a em-
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as UCS {Roes1erf 2007), em que a estrutura qwøim
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que muitas delas oferecem serviços edu-
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cacionais a outras empresas e não apenas física e organizacional das universidades acadêmica. Esta, conforme a etimologia, um novo modelo de educaçao, parece re- .¡'
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velar um caráter subjacente de competi-
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aos seus empregados, funcionando como
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uma empresa dentro de outra. do reitor. à gráfica própria. É como se a educativas mais abrangentes, mais com- ção, uma vez que “a UC procura atrair
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ligação ao modelo acadêmico confensse pletas, enfim, universais" [Cattani, 2005: uma 'clientela' de alunos, criando cursos
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Um aspecto que chama a atenção quan-
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do se analisa a constituição das UCs é o legitimidade a essa nova proposta de uni- 320). No interior da mesma concepção, exclusivamente voltados ao mercado de ` umaÃ
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espaço físico que ocupam, que aparece versidade, pois, mesmo quando seus pro- Chaui (2003] reforça que “a universidade
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primeira, a UC apresenta-se corno o novo. de de afastamento da formação oferecida l me de maneira determinada a estrutura põem as empresas (por meio das UCs) e as
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proscindindo de espaços fisicos graças pela academia, 0 seu respaldo social ainda e 0 modo de t`unci.onamcnto da socieda- universidades tradicionais. E questionam-
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a utilização da educação êi distância e, está muito presente e seu modelo garan- de como um todo". Define-a ainda como so: corno a universidade tradicional irá re-
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dentro dela, do e-learning e de videocon- tiria o aval de seriedade à educação rea- “urna prfiiicfl social" que se constitui fun- agir diante das exigências o das mudan-
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forêucias. Em diversos depoimentos do lizada no espaço corporativo Ao mesmo dada no reconhocinionto px'i1›li‹_-o de sua ças decorrentes do ensino corporativo,
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profissionais que atuam em UCs com este tempo esta visibilidade, por meio de gran- legitimidade e de suas atril.›1iit_'‹'›‹:s o tcrirlo visivelmente cont1¿1dit‹'irias se compara-
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formato, é enfatizado que este :-1 um novo dcs construções, veicula uma deterinina- autunolnia, Ei partir da sua ‹-':.<p‹â‹7ificicl‹id‹›., das as suas proprias funções? Pnndorain
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conceito de educação, em que a limitação da imagem da empresa, que lhe serve de perante outras instituições sociais. que o (:onl1eciu1‹.>uto disseminado pelas
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imposta pelo espaço fisico, pelas salas do grife. A importância da educação para os Formação Ó um processo bz-rn diverso UCs não contempla o ser humano em sua
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aula internas ou externas, deixa do existir, pim 'ossos do desenvolvi mento socioeconô- do treinamentos de ordem ins1|'un'i‹>nlal Ím'maçá‹› ampla, tratando-se apenas de fi
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pois agora passarn a valer, também, os am- micos, propalada nos atuais discursos ein- c/ou coniportainmital praticatlo no inte- mais uma cfêtratcgizi lucrativa das organi-
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i:it›nt‹>s virtuais de aprendi'/.agem. Nosso piixstirifiis, ganharia sua efetividade tieslc rior das nlgaiiizações. “E si|upIt>slti€'t1- zações ernpr't-sariéiis, por meio da qual so
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sentido, 0 comportamento estíinulzãdo no tormato de educação continuada. tc ignominioso utilizar ‹~s:¬‹: sutisttintivo privilegia o leriuo u¡u`\'‹'isid‹1‹ic ao invés
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aluno/trcin‹'indo deixa do ser o de apren- 4. Estas propostas, tidas como inovado- Iuniversidado] para iclmitiiirar atividades (lc centro dc trt-.'inrr¡nenI‹J ff baiitiliza-se o
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dnr ouvindo t- passa ti ser o aprender ngm- ras, uiemcvni uma maior análise à luz doía' circtinscritas ëi área de ntitaçíao de uma c‹›nl1ecin1t-into itc-*H-›ss¿'irio para a formação
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L-studos realizados na área de capacitação f*mpresa" (Cattani, 2005: 321)). Para osso do sujeito/trahalhador.
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‹1‹_1. Esses dfzpoimeritus são permeados
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Por lim, quando se fala de cducação ou
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pela aposta na potencialidade dos atuais profissional em serviço. Em primeiro lu- ütltor, a educação não pode estar limitada
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meios do crm1unic¿1çé`i‹› para a realização ÉS dornzindns de uma esfera proiltltivêr Na de universidade, dever-se-ia poder fazë- É
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gar, ‹_i‹3ve-se rlostacar que se, por um lado,
a proposta de romper com o modelo de mesma perspectiva, Cliauí critica a noção lo som necessidade. de recorrer a adjeti-
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otiniizando os espaços de aprendizagem. c‹¡âpac:itaçáo até então desenvolvido pela de educaçao p‹-1-rmanente ou uântirniada vaçöes. Se assim o‹.'orro porque se está
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trrnprosa traz uma mudanca ao apontar a t câinpregada pelo setor t-sniprcsarial, afir- diante do conceitos dOsistot'i('i?.ad0S, acri- ~ .f
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Nesse forrnato virtual, 0 grande destaque
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Ó a empresa IBl\›1 (lnmrnofiormi Businc-ss necwssidadra do atualização permanent!! lmlndo que educação Ó coufunditla com ticos, redutores, par‹_¬el¿1res r.: parcializa-
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Muchinc), quo, em 2004, tinha a sua UC, da comunidade empresarial, por outro. reciclagem, sendo esta última a “aquisi- dores. A cduffaçño -- dif'orontemento do
não consegue se distanciar do formato dê quo propunha Schultz (1973) ao reduzi- É ~
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a IBM Global' Campus, presente em 60
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paises. oferecendo cursos em 18 idiomas capacitação utilizado, pois a intenção per- ãflestrarnento e treinamento para saber la ao seu valor econön1i‹ro - deveria estar
e com cerca de 300 mil alunos [Fanclli. rnariecc a mesma: as necessidades espe- Gtnprcgá-las de acordo com as tinalidades relacionada (1 promoção de todos os seres
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2004). O autor aponta que a principal atra- cíficas do mundo dos negócios. Ao mesmo das empresas". Conclui que "c‹incaçáo humanos 0 cm todos as suas dimensões.
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ção do e-learning é a qualificação dos fun- tempo, aponta à prescindiliilidade de ulliñ Ífl-Soparávol da forinaçào o Ó por isso que -I
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cionários em um tempo menor e com cus- epistemologia, bem como de uma teloolür l elf-1 SÓ pode ser pernianente". Referências :›
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tos reduzidos, salientando que a economia jogando todo o peso da formação na Dentro destes mesmos questionamen-
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ALLEN, M. (od). The Corporate Uriivtzrsity
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de tempo pode chegar a 50% e a de custo utilização imediata e pontual do determi- tos, Silva 0 Bal:/.on (2007: 1] ‹list.'utcm as Handbook dvsigtiittg, managing, and growing ~r
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a successful prugrain. Now York: l\l\/lACOl\/Í, .fI_
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a 60%. em relaçäo aos cursos presenciais. nadas informações sobre o campo de atü' implicações ideológicas da UC para a ._
2002. Ez
Na segunda forma, constata-se a cons- ação da empresa. Neste sentido, nom em »›
Êüucação superior formal, visto que a nx-
ANTUNES. F. A nova ordem educacional. Espa-
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truçào de grandiosos prédios para abrigar terinos históricos e muito menos concei- . .Ff
Ê, Dülisäo dessa modalidade de ensino, ao ço europeu de educação e aprendizagt-rm ao lou- ."; É
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AZEVEDO J. H. .Responsabilidade social e Programa de Pós-graduação em Educação, ' .›
de condições tidas como Iimitantes seja para a vida de indivíduos c coletividades.
Universidade Federal de Santa Catarina, Flo-
educação: O raso do projeto pescar. Florianó-
rianópolis, 2007. de suas próprias potencialidades, seja da- Swedherg, indagando-se sobre a ra'/.ão .l
:
polis; PPGE¡^'Uriiver:¡idade Fetit-'rol tie Santa
de ser do “iervor 0niproeriirledorista [en- .‹__
ã Ê ; i í iÉ i : :: ! : - ; a i: . ='-- í i; - :. :. ; ; * ! :I c.:
quelas dos ambientes em que se situam.
íi."s
ção. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
BIANCHETTÍ, l... DO Cltavü de Íeftrla ao laptop. Não é ocasional, portanto, que governos, trepreneuríul ten/or) dos anos 1980” asso-
;.:2):,
r-Eí'-;
-;
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"l`utn‹'›l‹›gia digital e novas qualific'a‹,'õLes. llosa- SENGE, ll A quinta disciplina. Arte, teoria e
universidades, organizações da sociedade Cia-o ta) ao revival do p‹¬‹.p.i‹~1i(i negócio, (la) :Ê
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tins ãà educação. 2. ed. Florianópolis: Ed. Utsc, prática fla organização de aprendizagem. Uma
2t'›tJ8. nova e revolucionária Concepção de lidvrança civil e empresas venliam empenhando às mudanças na i(1e‹›logia 1›o].iti‹;o-er‹mô-
:=
ÉE; i ?.: =' : : :: i=
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e gerenciamento enipresarial. São Paulo: Best
i!;iiif,;i;
(Í.‹3,T'l"ANl, A. D. O ideal edtirativo G (is (lc- inica provovadas pelos govcrrttos de lvlflltta-
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BlAN(Il{E'lÍ`Tl, L. (orgs.}. Edticoçáo corpora- _________. Escolas que aprendem. Um guia da
tlvu. Mtiiido do trabalho e do ‹:o1iIir‹r¬in1ont.oz Quinta l)isciplir›a para educadores. pais e to- mas como “enipreendedoiisrno inclígena", ocupação ‹'°om o nxuinço do desoiiipreçto e à Í(
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/\p1'oxirr1açñ‹e5. São Paulo; Santa Cruz", do Sul: dos que se interessam por ed ucaçäo. Porto Ale- ideia de que a criação du novas entpresas
"empreendedorismo, ciência 0 inovação",
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Corte'/.; IÊdUNlSC, 2005. gre; Säo Paulo: Artrned; Bookman, 2005.
"omprc>end‹›dorisrno ‹ligital" c "empreen- prtunovtlriéi 1.1 mniwrito da rtlerta do em-
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l`-=lI\'l)É, J. (coord). Rumo às socimilrides do co- SILVA, M. W. da; BALZAN, N. C. l_lrii\~'ersidade
Í
ƒ:h‹›.=('i!¡t‹f11t‹›. Rfelatório mundial da l,'.'\`l_7S(`IO. Corporativa: (Pré-ltendêncía do Ensino Supe- dmlorismo s‹1cfial", para rrtenriionar alguns. prego c-.ni ‹ê.<‹:‹ilét >uti.r¬i‹rnte para absorver
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Il.
I.i:;l›‹›a: lustituto Piaget, 2007 rior ou anieaça? Avaliação (Campinas) |un-li- a lurçzi de trnb‹tl.l°tu ii1‹lustrial que se rtftlu-
Au mestria tvrnpo, lala-se, f.2nt|.'‹2 Outros, Om
-.,, ,. :. : : ::=i!'-:"-Lo::i,
f.`H/\Ul, l\/I. A univürsidarie públiva stili iluvn nrrl. 2007, v. 12, n. 2, p. 233-256.
SIl_\/fx. N. P ot al. A edu‹'‹1çÊ1o Corpnralivéi “mulher empivmirlerl‹ir‹i", "vu(:a‹_:í1o eni- zia de rnndu sigtxiliratixfo.
aç
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Rio de .lan‹aim. ANPECI, u. 24, p. 5-15, set.,/mtt.,' corno forma de desenvolver talentos por meio pi'‹t‹i-ndet'it›t'a (ln Í‹íimíliza", "r›r'‹ui‹nnia te ein- 2. Em pF›rs]_i‹_~r'ti\ra liiââtórirfa mais ampla, ir
:==
|'|fi\',Ít`l‹"?.. 2003. da aprondizagorn no contexto atua] das organi-
prtrendetltuisiim (~tnit'o" 0 “‹?Lltt‹'dçã0 Um- pode-e¬'e dizer que os \11l‹›;^‹:›; que corres-
.
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iil
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=: . =.;=... r:1!i=:
:
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l'/\Í\¡l;LLl, (Í. /\. (Íustus em e-learning. l)isp‹mi- esforços fujo sentido Ó. Suløliulieir it rt.-lação
xi l ›z~s:.^ wwwuniversiabrasil.net/gtt›f~t‹›i/tnatt-~ tàgenl ‹ír›t'npt'titív‹) rias ornprcsús. São Paulo:
entre um ('0njunto do valtnvs 0 dctnririiria- nmuista ‹m:ztit..‹¬› tpu-tri propôs que se
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fla I:|'tt‹l‹¬:>t‹x‹“{ti‹:. AFEESSU em: lfl jtll. 2004. Campus, 1998.
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(;l{Ez\`ZlEl{, J. Duveloping/l'mpl(=rneritirtg ‹i (jur- \'\'HEELlÊR, K.; CLEGG, E. The (Írirpfiiutv Uni-
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ver.s'¡':^y l/Vorlfbouizi. Laundiinq the 2t:¬'t (`unlu|y Há nessa C‹›n‹:‹:pçá‹› urna evidente ins- mo, z› fluxo ‹'ir‹'ul¿:.f (ló rugtiri'/.H na Sovie-
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ptirrrttí' lj/iJ'v‹›r.srl)'. Arnlitzrst and l\1assii‹'l:L1svt-
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Learning Organization. San Francisco, (IA, Es-
t.-1 t.`«rm‹¬l‹'i; Estatutos Unidos: HRD Pifzfzs luta. piração íunrtional rczlúttiva à ideia de que tlaúle ‹:‹ipit‹ztistz'i, a paitu -lo papel (leavin- ,1
:i=.1::!.É
Lltlüti. tados Unidos, IZUU5.
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t\-1l¿lS't"[iR, _I. (_Í. I-Íduc‹içdo corpomtivn: ai gestão Marcelo Serálico
Entretanto, individuos ‹z iiistituiçües exis- agentrâ Ce-1'iti'é_âl ‹;t.'i›é :in1‹iàt|'tgas ocorrizleis na
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do capital iriielectual através das uiii\'crsiri¿¬1des
t`o.fpurz¬zttvas. São Paulo: Makron Books, 1999. lvrn, vivem e constitu‹;›m-se ‹-em relações tlii'iâri1i‹n clu ‹?apit.›zlístuo. A tflcé rastariâ as-
1. O crnpre‹›.>11‹iedorisino pode ser visto l
_ _ _____. Training / E-Lcaming: Vtleb-Based Cor- Sociais liistorivanienle detormiiiadas. Sr›‹.°ia‹'lO um agir 1‹*\'‹›Itn'io1iái'io, fujo Í(›C0
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pui‹it‹~ l.e‹ârnin|_:¡ Takes Off. The Net (J0m››rat.i0r| como um conjunto de valores cuja incorpo-
Destarte. cabem as questões: em que con- não Ó 0 luffro - t.'a1'a‹ft‹2i^isticfu da ação do
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is cliõinging the way companies are tackling ração pelos individuos tende a c‹›n\‹'0r'tor
the ‹"I1‹'-tllenge of institutional learning in tlm texto surge e se difumlu 0 ideário do “em- (empresário -, mas situ a incixfaçâti, vista
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suas condutas em fontes do dinamização
'¿1st century. Disponivel em: www.j‹›-aiinetnuis- preendedor” e q ue problemas sua diftisáo como produto do comportanifânttâ pautado
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t&:f.r`‹`tln/tl0wnloadfhrf0recast20(J8.pdl. Acesso da economia e da sociedade. Pró-atividõv
om: til dez. 2009. Visa a superar? por um conjunto de nonnzâs té padrões im- ft r
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de, inovação e investimento em si inesmü
PHJLLIPS, J.; ELKELES, T. The Chi:-:I l.‹-wtrrziiig A pergunta sugere que se penso ‹› em- t ptfrantvs mu tlnfla ¿›p‹~‹'‹1.
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()Ít'r(‹~r: driving value within a changing orga- são alguns desses valores que. norteado- |
Ilroendedotismo romo um cornunto do va- Partinriu da úr1ali:>‹= da ‹.'ldss‹f dmniuan-
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ziizzitífm through learning and development res da conrluta individual nos arnbiuntes
tluâpioving Human Perto1'ma.nLe|. Oxford, Roi- ~. lüres cujos próprios surgimento ditusíio te, Sclitunpê-ter pr‹»c|n'‹.›u nmstrar, um di-
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de trabalho, das organizações politicas
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nn línšrlo: El'-¡t›\'1‹>i', 2007. Dletisani ser compreendidos liistoiirfarnen- álogo dirvto rom i\1‹irx, que se é verclade
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e mesmo da família, traduzir-se-iam em
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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interessava era ressaltar o que, na conduta pria inovação (Schumpeter, 1976: 132). te moditicada em virtude de alterações ção do capital, 0 pequeno empreendedor
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de Robinson Crusoe corresponde, de fato, 3. Apesar de não ser per se um bur- ocorridas no sistema de propriedade do foi despejado de sua função inovadora
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a um modo especifico de ação económica guês, a funçao revolucionária que o em- capitalismo entre 0 tim do séc. XIX e a pela rotinização da inovação sob controle
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e como esse modo de ação se afirmava so- preeiidcdor desempenhava no organismo primeira metade do séc. XX. Ao observar das grandes empresas 0 0 progresso téc-
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cialmente. É a partir dessa consideração econômico permitia que ele tosse cons- “o mundo do pequeno empresário", Mills nico implicou a substantiva redução da
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que Scli umpeter traça o perfil do “empre- tantemente absorvido pela burguesia, concluiu que o aumento do volume de demanda por força de trabalho - os valo-
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endedor” como sendo a força motriz do revitalizando-a. Scliumpeter Iormulou a produção, isto é, da produtividade decor- res típicos do empreendedor se transtor-
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hipótese do empreendedor no quadro do maram em valores cuja difusão envolve
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capitalismo e sugere algumas das reper- rente do maior emprego de tecnologia no
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cussões do seu modo de ação sobre a con- processo produtivo, confrontou o sistema
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Para o mupreendedor era o índi- profundamente marcada pelo pre›domíriio e irieticiêticia, Sorfialrrieritfà, tratavr-i-se de Riiiz, 2004}.
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víduo cuja liderança decorria da perse- de pequenas e médias ornpresas, cujas um conlronto eiit ro o pequeno 0 o grande 4. Corri as transíorina‹_;öes ocorridas no
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ohjr-.t.ivos. Cfontrapuiiha-se, quanto a isso, lidade em que se situavam. Mas, corn o nores dr- venda a atacado e a varejo um económica neoclássica foi reformulada
à visão de Marx de qu‹z= a luta do classes surgimento das grandes corporações, ele ln-io para «is ‹vrigrcri‹ig‹›ns flo progresso nos termos da teoria do Capital humano,
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estaria no centro da dinâmica do capita- revisou sua hipótese inicial ao constatar capitalista. l'or‹'vrn, essa mudança não particularniente a partir do íinal da déca-
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lismo; para ele, o “valor pessoal", a per- que a função inovadora havia se tornado levou ao tim dos pcqnuiios empresários, da de 1950, sobre o “mistério do cresci-
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soiialidíitle típica do eriiprveridedor Ó que rotineira, capturada racionalniente pela mas sirn Ii conversão deles em “agentes inento econômico na Sociedade opulen-
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o lialiilitava a guiar os liioiris de produção estrutura dessas niodcriias orgariizaçoes, rlvpuiitliglitvs do grande negócio e priva- ta" libideml.
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cujas operaç‹'›es se dao em granrlrê escala dos de sua antiga fruição empreendedo- Se antes o ernpreendedor recorria ao li
por novos caminhos, t'ontrariando mesmo
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os interesses estritainorile econômicos da C ctimpreeiitlsrin articulações entre vastas ra" (Mills, 1957: 26), passando a desem- “capitalista por ex:-‹âlên‹:ia" [o banqueirol
burguesia. Por isso. Scliumpeter entendia regiões de uni mcsnio ou do vários terri- penhar outras funções na niaiiutonçäo para obter o financiamento de suas orn- 'â
esse "personagem" corno um reiormador tórios nacionais. f5‹'I'lii1iiip‹:lor nolava que tio sisteina e‹.7o1ifi1`r1iCO. A ‹*iiie1'gência do proitadas e poder inovar, hoje a enorme
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ou rovolucioiiário, corno alguóni que alle- essa função lendia a se tornar obsoleto e big busiricss ruodilicara o equilíbrio ca- acumulação de capital-dinheiro, de que a
rava os padrões de produçao a partir da dospersonalizada ein virtude do desen- racterístico da “sotziedade dos pequenos linanceirizaçáo é uma expressão, deman- .' E
experirnentação, da exploração de possi- volvimento de práticas rnonopolistas 0 da enipres¿'n'ios", acarretando 0 surgimento da a criação constante de novas oportu-
bilidades tecriologicas não testadas antes, rotinizaçao da inovação. Isso a transfor- da uma “lunipemburguesia" e de seu co- nidades de lucro de modo a assegurar a
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da organi'/.ação de novas indústrias e da maria, progressivamr.-nte, numa atividade tolófirio ideológico, a "ret‹'›rica da compe- reprodução do capitalismo. Para que essas
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exploração de novos; produtos. Era preci- de equipes de especialistas treinados cuja tição". É iiessos termos que se pode coni- novas oportunidades de lucro se eíetiveni,
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samente esse papel desestabilizador que ação se pautaria pela resposta racional e Dreender a progressiva dependência do necessario produzir os "empreendedores
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r_'onl(>l'ia ao E-ëinprtêcandedor uma [unção (li- operacional a demandas específicas. Daí Pfiquenti empresário em relaçäo ao big inovadores” (ihiclern) que deverão ser os
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a conclusão de que "o progresso econô- business (ihidem: 58). dinamizadores da acumulação de capital.
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e automatizado. Os trabalhos de escritório lhe conferiani relativa liberdade política tizado na expressao empreendedorismo
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recorrentes prosperidade e recessão que e em comitês tendem a substituir a ação E econômica sobre suas próprias ativi- está relacionado, de um lado, ao modo
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atingiam o “organismo econômico". A pri- individual" [Schumpeter, 1976: 132-133l‹ dades, o "pc~querio empresario" se apro-
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físsa mesma tendência, porem, obserr >Limaria, cada vez mais, do “trabalhador acunuilaçëo de capital e, de outro, as es-
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vidas pelo agir inovador. não rotineiro e, vada sob o prisma das mudanças na es- `? dfë])endorite", pois sua liberdade e se- tratégias adotadas para sua superação, no ^›
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por isso, desafiador das condições sociais trutura da sociedade norte-anioricanä. ~“ É-lllrariça estariam atadas à dinâmica dos periodo em que as grandes corporações
levou \'Vright Mills a analisar corno 6 dominam o processo produtivo.
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lhadores. Essa divisão estrutural se man» concorrência exige, portanto, 0 controle
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transforma a riqueza material em capital,
pital: an essay on the American economic and tém como relação entre as duas classes, dos meios necessarios à criação de con-
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em meios de valorização e satisfação do
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seus próprios interesses.
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1966. '
LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo Javier. O ethos dos exe- em aumentar sua lucratividade por meio Disso decorre uma primeira condição possibilitem o baratr-amento dos custos de
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lcilismo. Tese (Doutorado), Campinas, IFCH/ para a reprodução do capitalista, como
iiiteresse dos trabalhadores em aumentar consumo, de fornecimento de matérias-
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Unicamp, 2004. individuo o como classe, que depende da
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MARX. Karl. O Capital. 3. ed. São Paulo; Nova reprodu‹¿än da classe trabalhadora. Ainda ',,z_›.~-;.r';.-¡‹u;-'v‹›
Cultural, 1988. V. 1. za, da qual são os principais produtores. empresário, visto como indivíduo e como
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segundo Marx, “O processo de produção
MICHALET Jean-Charles. O que é tr mundia-
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O esforço do acurnulação do capita- classe social, simplesmente reproduzir seu
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liznçöo. São Paulo: Edições Loyola, 2003. z capitalista reproduz, portanto, median-
lista sobre a força de trabalho se realiza 1.
te seu próprio procediinento, a separa- capital, pois a própria reprodução simples
MIILS. C. Wright. The power elite. Oxford: Ox-
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altera as condições sociais de produção de
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ção entre força ‹¬. condiçörzs de traballio.
SCI-lUMPE'l`ER, Joseph A. Copitolism, socia- absoluta ou 1'(›tativz1 -- aquela se da com que partiu. Daí a ideia de átomos de valor,
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Ele reprnduv. e perpotua, com isso, as
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___. The theory of economic ri`evel‹ipniem. (`)b1'iç]a coi'istantt:nie1it‹: 0 trabalhador a
10. ed. New Brunswick: 'Transaction Publishers, trabalhadas; esta, resulta do emprego do
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vmitler sua força de tral)all1(› para viver
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tecnologias que incidem no aumento da
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produtivitiadí: do traballio por hora tra- 3. Ao mesmo tempo um que 0 empre- Í
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EMPRESARIADO balliada. Na capacidade do capitalista pr‹›ccss‹› dc prmluçäo ‹`apit¿iliSt‹i, consi- sariado Ó uma camada una, um termos
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Marcelo Seráƒico de c‹›ntl'olar os traballiadorus de modo a de sua posição na estrutura social (como
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dcrado como um todo articulado ou conto
torná-los mais produtivos reside a possi- proprietários e controladores dos meios
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proctësso dc repr‹)dução, prc›du7. 0 lcpro-
cial constituinte da classe capitalista. A valia el, portanto, ii éicumttlaçãn. Svguiidr) capitalista, do outro o trabalhador assala- co, o lucro, essa unidade ré matt'/.ada por
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unidade estrutural do entpri-:sa1'i¿a‹lo na lvlarx “quando o capitalista consumiu riado" tibidemz l53]. uma sério de diferenças rotativos as ati-
sociedade capitalista è deterininada pelo 0 eqiiivalerlte dc seu Capital adiantado, Essas r‹1laçör~›s dc cornplcmentandade virlades econômicas que ‹les‹›n1penham
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fato de os individuos que o integrani so- 0 valor drâsse capital representa apenas estrutural na divisão do traballio e de re- (Sklair, l99l).
rem proprietários dos meios de produção a soma global da mais-valia do que se partição da mais-vêilia estão atravessadas As várias funções econômicas do empre-
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apropriou uratuitainente. Não subsiste
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e por orientarem sua ação em relação a sariado (financeiras, industriais, agrárias
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pela ‹_¬.oncr›rrên‹:ia entre os empresários
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tais meios com o objetivo de lucrar. As va- nenhum átomo de valor dc seu antigo que desempenham as mesmas funções, e comerciais) articulam-se no processo
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capital. Abstraindo toda acumulação, a
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riações funcionais são condicionados pe- pois a cada um mimpre a função de acumu- de tre)produçäo da sociedade capitalista
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las diferentes atividades econômicas que mera ‹rontinui‹¬lade do processo de produ- em “categorias diferentes de p‹z~.ssoas". O i
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desenipenham no processo de produção, ção, ou a reprodução simples, traristorma, r
de extrair da força de traballio tanto valor empresariado finémceiro detém 0 capital-
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Circulação e consumo de Capital. E a di- após um periodo mais ou menos longo. dinheiro e disponibiliza-o no mercado
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versidade de posições na estratificação da necessariamente todo capital em capital quanto possivel e, de outro, conquistar os como crédito aos empresarios industrial, I.
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sociedade capitalista está condicionada acumulado ou mais-valia capitalizada" ,\ mercados (consumidores e de força de agrário e comercial para que estes reali-
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pelo grau de controle das forças produ- (l\/larx, 1988, v. ll: 147-148). --â traballio] que permitam aumentar a par- zem os investimentos necessários aos seus I.
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lsso signiiim que o processo de repro-
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atividade aos quais se dedique. dução social do empresariado Ó também 1 trial produz os bens de consumo necessa-
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se funda na divisão entre duas classes de de capital. \‹'ist‹› no tempo, 0 empresá-
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das lorças prodtitivas - os capitalistas -- e, em que se inanttf-in como proprietário 0 desenvolvam suas atividades. Do mesmo
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proprietario de uma única loja ou presta-
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bens agropecuários que serão consumidos dora de serviços. defesa das condições não econômicas ferenças também geram convergências e
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No que diz respeito ao volume de capi- levam os empresários identificados com
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tos, ou os que serão comercializados no tal sob propriedade e controle dos empre- .-
produção, seus interesses econômicos impasses comuns a transporem 0 ”fosso
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mercado como commodities. Um mesmo sários. pode-se dizer que ele se traduz em especificos sejam diversos e, por vezes, da concorrência", associando-se e agindo
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‹-rmpresario pode desempenhar diversas termos do porte dos empreendimentos, conflitantes. o que pode ser v‹¬rifi‹:ado rias coletivamente (Bianchi, 2007].
funções no processo produtivo, 0 que pode de cuja classificação emergem as figuras distintas organizações que agregam em- Às funções econômicas do empresaria-
fazer com que sua posição de “apropria- dos grandes. médios e pequenos empre- presários financeiros, industriais, agrários do combinam-se as de agentes cujo êxito
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dor” se realize ern diversos momentos e sários. Ela pode se basear em critérios e comerciais. Nessas entidades reúnem- econômico está intimamente relacionado
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sol) variadas formas. simultaneamente. como 0 iiúmero de trabalhadores empre- se os indivíduos cujas unidades produti- à ação politica (Diniz, 1978], para alem do
i: i'::;:;i.:-l:=;:::: = * ii::i;::i:ii
4. Essas diferenças funcionais entre os gados por empresa, a quantidade de veri- vas concorrem e/ou cooperam umas com âmbito da empresa e do niercado. Dai a
empresa rios se combinam a outras relati- das realizadas, o total de lucros obtidos e as Outras, mas que, c‹_iIi‹'‹_iri1it‹'internuntt-3 identificação das atividades do "liomem
vas ao \~'‹.›lumo de capital apropriado e o volume de capital mobilizado. É possí- ou não, compartilham de tleterininados de empresa" com as atividades do “líder
‹.:‹›utr‹›la‹lo por cada um, à abrangência vel afirmar. portanto. que um cinprosário interesses, porctzrliitlos como ‹°‹›1nuns. político", das ‹.to1idíç‹'›es de roalizaçao
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rlas atividades econômicas que desempe- é grande, médio ou pequeno, em função 5. Essa licteroqcneidade do mnproséi- do lucro rio mercado 0 da inversão com
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nham ‹> aos interesses especificos que da quantificação dos fatores de produção riaclo diz poiico sobre as ri-laçües entre a capacidade de formaçao de grupos de
orientam sua açao extra-econômica. A es- que mobiliza, de que se apropria e usa as diversas camadas que cl integram, ru- pressão ‹)|›crando tanto no âmbito dc as-
sas tiiltêmiiçzis nas funções econômicas e para produzir. laçoes que se orientam tanto pela com- seinbleias de acionistas quanto do Estado
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O empresariado se diferencia, tarribem, plementaridade quanto pt-la con‹¬‹irr‹'›ri- (Cardoso, lšlõfi: 281.
no vrvliiiiie de Capital combinam-se outras
i;;i; ii,,í;ji,Í;:;=:iíE
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.ttiu‹~nlt~s ii amplitude geográfica em que pela abrangência do processo produtivo cia. Em qualquer raso, Íit_~›;.‹:is iel¿|çt`u›:~: 0
sv m‹¡ai'.ir.au1 os empreendimentos, que de suas empresas, isto pela amplitude empresariado, como seqiufznto, 1: os em- Referências
-,iiir,;r,i;;i;
i;
podtzui envolver a mobilização de forças do espaço geográfico em que se desenvol- plesários, corno in‹li\'idut›s, liiisrain triar Bl/\N(`.l-ll, Álvaro. l;`iiipi‹:saru›s Q ação coleti-
prutlutivas em um espaço transnacional. vem as atividades de cada empreendi- para si as mellioies ccni‹liç‹`›o‹, possívâ-is va: notas para um eniuquf* iulaciulial (ln asso-
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atravessanrlo fronteiras de estados nacio- mento ou setor. para acumular c reproduzir o capital o a
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ticulando sc om mais de urna região do rio dos meios de produção" e como "lio- do valor" (Marx, 1988, ll; ltâíil. iittltlsfrfol 1? duscrivolvinicmo ccm'iôr`r|1'(.'‹) no
Brasil. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,
um nuâsnio pais. assim como podem limi- mem e‹:onõmico", o que se busca desta- A preservação das fiiriçíws sociais iden- 1964.
tar-se a um município ou unidade federa- car é sua coridiçäo de agente económico. tificadas com a propriedade ‹_: o controle _______,. i'‹J'(2ologias del eniƒircsariudo itiritlslriul
lli
tiva dentro das fronteiras nacionais. de alguém cujas ações são racionalmente dos meios de produção vistos muto im.-ios en s‹›‹.¬i`cr1mies depeiidienws (Argentina e Bm-
t?tt
síl). 2. ed. Buenos Aires: Siglo Veiiiteuiio Edi-
As funções produtivas e a abrangência de valorização Ó um p1'essi1pf›sto da ma-
iiái=
ÉI_.É
tores, 1972.
dos oiripreeridimeiitos podem, ainda, ser se ele desempenha atividades agrícolas. nutenção, ou ampliação, da sit;1u1‹;ao de
Íií;iiÉii i;i
ru i;ii
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indícios importantes do volume de capital industriais ou de serviços; se Ó 0 proprie- empresário, da camada social à qual cor- no Brasil (1930-l94.'›). Rio de Janeiro; Paz e
Terra, 1978.
sub propriedade e controle de Cada em- tário de urna empresa ou o executivo de Tefíponde em maior oii menor grau a hege-
; ;:;
_ ; BOSCHI, Renato. Enipresdrios. interes-
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presario, ou de um setor de atividade, o uma corporação; se desenvolve Suas ativi- monia na organização e‹:‹zn‹”nnica, política
g;;:íç§::
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ses e mercado: dilemas do deseiiifolvíincrilo no
que ajuda a compreender as relações en- dades em âmbito local. regional, nacional fz E Cultural da sociedade capitalista. Brasil. Belo l-lorizoiite; Ed. Ufnig; Rio de Janei-
i: rãiilí
ii
uma focloring; o grande industrial e 0 mé- teresse econômico geral - 0 lucro -, urnã Cünflitos que se tornam claros no plano
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0 lalifundiário e o pequeno proprietário lativo a um fim ~ e um lugar -- a empresa Ílldividuais, de cada erriprfzsa ‹=, onipre- l\/IARX, Karl. O Cu¡›íluI. 3. ed. São Paulo: Nova
1-Ê' Cultural 1988. v. I f: ll.
de terras; o proprietário de uma cadeia -- que o guiam em sua ação. SÊIÍO. por usar os meios adequados para
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de lojas de comercialização de bens ou do As diferentes funções econômicas dê- lürnarcm-se mais competitivos diante do
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ANro:×'r0 D. CA'r'T.mN1 & LORENA HOLZMANN
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diferentes sociedades (Giddens, 2009).
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tem. Baltimore, USA: John Hopkins University consideradas como elemento estratégico Somado a isso, o fenômeno da crise encr- tanto de macro dimensões (economia,
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l“r‹›.ss. 1991. .S
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/\.¡ƒit'Jr1d .'s`c¡lc.~: nováveis e alternativas, coloca-se como tura energética etc.). Se considerarmos a
l.f-¬.-(mo'¡o Rrrrzer recentemente divulgado pela ONU Í2009)
-t. um problema imperativo Êr própria sobre- história do uso social da energia ou, pro-
trouxe à luz dados surpreendentes sobre a éšg vivência e reprodução da humanidade e priamente, urna sociologia da energia, ve-
1. O conceito de energia alternativo en- energia no mundo. A primeira questão que
iii;i:,1i:i;:::i:=;ít; ;;:;:;i,=l
do planeta Terra tI_.afrance, 2002). remos que ela constitui um fenômeno plu-
globa uma ampla gama de formas de pro- ganha destaque é a importância. da gestão ›
Diante desse cenário e apoiando-se rifa‹;‹:tado/multidirnensional que, ao
rln‹¿¿io do energia re tem sido utilizado em 0 da segurança energética baseadas na z na sociologia do nu-rio ambiente (Leahy. longo do seu desenvolvimento (madeira
5íi::;
i›]›os;i‹_;5âo a todo tipo de fonte não renovável implantação e investimento ein massa em ›‹ 2008; Pretty; Jules, 2007; King et al., crise da madeira, sec. XVI -. vento, agua,
-= que possui elevado impacto negativo di- energias renováveis. A inforrnâiiçúio mais
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‹f‹› ‹›n‹z|frpa prirriáiia Ísolar, eólica, geotér- rante o ano de 2008. Ou seja, factualrnen-
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‹ do por Catton and Dunlap (Dunlop el ol., voltr‹,j‹'›r-;.s estão o acesso e a reserva do lon-
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;¬.n‹"zz, :ua iicrrrotriz, biomassa, hidrogênio, te, vivencia-se, em diversos paises, uma 2002; `\/'aillan‹tourt, 15195] sr-gundo o qual tes pr'irnárias, meios de transtorniaçiio de
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iirrzifrirzivfr) em energia secundária em suas prOo‹;upaÇã0 cr(*S‹'‹>nt‹: corri a proc.lu‹¿a o da
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âtitr.-ir-mtos íorruas tcalor, mecanica, eletro- ‹:n‹-›rgia de forma St1!z;tentir\'cl. zern parte de uma ‹:ornu|1irl¿rd‹› biológica do desenvolvmicnto cientifico e t‹'›cnolr')gi-
:
1~irzg:r›.'tica etc), visanrlo os mais diferentes 2. A relaçäo entre homens e entre os lio- , I irrterrleperiderito mais ampla, composta co 1-! Os nueios do trans]?›0ITr¬,. Segundo La-
:
nzm, Íariueciincnto, iluminação, força ino- mens e a natureza (Dunlap et ul., 2002; pelas demais especies e formas de vida, trance [2002} 0 rlusenvolviinento dos dife-
;
trizil. ,\I~'=rn disso, tais energias, devido Êi sua Pretty, Jules, 2007) sempre foi perpassa- ir- os quais por sua vez, exercem influência rentes tipos de energia c seu emprego na
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wâpucirlérrlr-ê de renovação e sustentabilida- da pela forma como eles produzram, re- Sobre a vida social. Ou seja, a ação dos produção lol marcado por dif01'erit.es revo-
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«!‹~. ¿~.‹z.<si,ror1i, ao contrário dos combustíveis produziam, se apropriavarn e distribuiam seres humanos interage. com a teia de re- luções. O moinho .Ei água, invenção da anti-
i'.'›.-›:r›i.u, um baixo impacto sobre o ecossiste- a energia. Se considerarmos as grandes z .-.,;~
löçöes dessa comunidade, gerando con- guidade, por exemplo. experimentou urna
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ma r= a tgualidade de vida das populações ‹: irrova.çöes na produção industrial pode- É Sêquências e efeitos inesperados sobre a grande expansão durante a ldade l\/lédia,
..z.,.,,
gt ~i'ar¿'ñr¬.:; do |.)1^<=.set1te 1: do futuro. Ernhora a remos notar a importância que o vento, a '-.jz.'rr-3..l Vifld SOCii1l G o arnbi‹ent.(=.. Alérn disso, do- p0Ssil)í.litart(lo O incremento na produção
tíõnergizz obtida atraves de fonte lndrica seja água, a madeira, o carvão vegetal e mi' vrdo à natureza finíta do mundo, existem
iÉ i I ;' i i ; : de alimentos. O carvão de rnadz-aira. por sua
‹>‹›nsidr-'ârada uma fonte alternativa e reno- neral, o petroleo e a energia elétrica lí' limites fisicos e biológicos que constran- voz, foi suporto ao aquecimento e à indús-
'.'m=r›l pela maioria das agências de regula- verarn não apenas nas implicaçõc-às sobre .z-«_
mv Çlfilll o crescimento económico, o progres- tria do metal.
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r;ã~‹‹'› do sr-tor rzrrrlrgétjco, estudos têm apon- os avanços tecnológicos, mas também no S0 social e outros fenômenos ligados à Com o desenvolvirnento dos centros ur-
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tado ]›.n'.i a não sustentabilidade de vários impacto na organização técnica e social í1<;áo humana. banos e a intensificação da demanda por
›_›:npr».mirlnneutos (sobr›;=tu(lo os de grande da produção, do traballio c, ríonsúqucriv 'ÍÍH Pensar a energia não implica apenas energia ocorreu uma escassez de rnadei-
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porte. c>u;luindo-se as pequenas centrais temente, da vida social. Na atualidade. O aí Gnalisar como ela Ó prod uzida, distribuída ra e problr-:rnas no transporte de rnerca-
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!ií‹šri‹'.-rs), :=‹.-ja pelo seu impacto ambiental, fenômeno da sociedade do risco e a crise >
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9 öpropriada, mas tainhftm que implica- dorias devido à localizacäo dos moinhos
:wifi prrio impacto social. Alguns paises, iu- ecológica pela qual a liurnariidâdc pdšba z ÊÔB-S [externalidades_ efeitos societais,
:
(nem senipre estratégica, já que dependia
‹:lusi\'‹- os Estados Unidos, ao contrário do constituem elementos novos e que, 011110 Cflllsequências inipensadas) as diferentes da proximidade de rios). Dessa forma. a
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L"‹rno‹lá ‹.¬ Brasil, não consideram essa fonte poucos fenômenos antes vistos, provocaffl *M2-
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Além disso, cabe destacar que essa in»
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de vista energético, que não poderiam ser
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maçöes sociais da sociedade industrial
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Í vencidos não fosse o desenvolvimento de dústria, ao esquecer o passado e as conti- [Debeir; Deléage; Hémery, 1986). Seu novável das energias predominantes em
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novas fontes de energia. Mais tarde, com nuas revoluções tecnológicas, foi baseada desenvolvimento, combinado com o apri- uso. atualmente, tem destaque no debate
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o advent'o da indústria do carvão, nasceu e na ideia de recursos ilimitados e continu- moramento e incremento de tecnologias a elas alusivo os efeitos catastróficos sobre
Í consolidou-se a indústria energética corno os, ou seja, na existência ad inƒinitum do o meio ambiente provocados pelo uso de
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e máquinas, deu-se com um acúmulo
tal e ia especialização da gestão técnica. petróleo. Essa ideia é bastante equivo- certas fontes de energia. É nesse sentido
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Durante pelo menos 40 anos (entre 1860 e cada, já que as previsões mais otimistas vado antes pela humanidade, que tornou que tais energias, em sua maioria renová-
Í 1900] a demanda por essa energia não pa- estimam que em 50 anos começaremos a viável o acesso massivo à eletricidade, a veis e com baixo impacto negativo sobre
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rou de crescer. Corri o desenvolvimento de sentir uma restrição da oferta, corn a fini- o ambiente e bem-estar das populações,
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bens de consumo e a meios de transporte.
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Í inundadas de agua, elevando a capacida- pico de seu desenvolvimento energético, efeitos nocivos não se restringem ao nivel 3. A anunciada crise de oferta de ener-
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de do produção a niveis record‹'fs. corn o uso massivo de energia baseada local em que se realizam as atividades de gia e a crescente demanda da população
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Entre os inrpactos sociais dessa nova in- em combnst:í,v‹~:is fosséis e energia nu- produção ou de consumo de energia, mas rnurrdial - que deverá alcariçar os nove bí-
J
Í dústria de:¬ta‹:ani-se uma superexploraçãn clear. l`^ar.=rdoxal1nente a isso, existe uma também possuem efeitos regionais e glo- lhões em 2050 ¬ poderão causar, entre ou-
do traballio como resultado da correlação imensa desigualdade no acesso, produ- bais. Ern escala regional pode-se mencio- tros graves problemas, não só um colapso
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de forças a ele desfavorável na relagao ção e uso dessa energia entre os diferen- naras chuvas ácidas, ou ainda o derrama- nos transportes públicos, mas uma imensa
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Í com o capital (p. e'›‹., 12 horas por dia, 6 tes paises [Pretty et ol., 2007). Em outras mento de petróleo em oceanos, que pode crise na produção de alirnentos, já que tal
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dias por srzriralml e recorrentes revoltas. palavras, ocorre ao mesmo tempo, de um atingir vastas áreas. Ein niveis globais os prodtlção mocanizada e toda sua cadeia
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Dessa forma, ‹-s.-'‹-\ periodo d(>monstra a lado, o super ‹'on.<urr|o de bens c serviços exemplos mais contundentes são as alte- produtiva são altamente dcpenrlúántus do
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Í forte 0 cr‹;›sr*crrtrâ intensidade da r'rêlar_¬‹`io possiliilitâutos pt*-la energia, por aproxinia- rações clirnáticas devidas ao acúrnulo de petróleo. Segundo Podobnik t2t)UG) um
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dmn‹¬ntt¬ 20% da população mundial. De gases na atmosfera (efeito estufa) e à cro- volume crescente de energia ‹'onven‹7io-
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existente entre dt2s‹:nvolvimerrto econôrrii-
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co, energia, produtividade e crescirncnto outro lado, há a socialização dos prejuizos Säo da camada do ozônio - que, por sua nal é necessário para o desrânvolvimonto
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t populacional (D‹âbeir; Deléagc; l-lúinory, desse consumo [efeito estufa, degradação vez, deve-se ao uso do CFCs (cornpostos dos países do Sul, agravando a questão da
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: 1986): do meio ëiiiibiaffritcl para a maioria da po- corri moléculas de cloro-fluor-carbono]. sustentabilidade e aumentando as possi-
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O p‹isl‹,›ri‹ir dfzst-znvolviniu.rito da indús- pulacao, suliconsumidores de energia do O setor é responsável por 75% de todo o bilidades de Ocorrência do uma calástrtife
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1
tria do petroleo (1875-1911) não deixará planeta, que muito pouco se l_1‹-:nf-ificiani dióxido de carbono lançado à atmosfera, ambiental. A previsão de esgotarnerito do
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‹ duvidas sobre a relaçäo entre energia, do bem-estar gerado. Cabe destacar que, 41% do chumbo, 85% das emissões de en- petróleo, os impactos causados pelo “cho-
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sociedade, politica e tecnologia. Essa in- por exemplo, a América do Norte, onde xofre e cerca de 76% dos óxidos de nitro- que do petróleo", a existência de olígopó-
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dústria estr;-vc dir‹¬tarnâ¬nte associada ao vive aproximadamente 20% da popula- gênio. As atividades de mineração (car- tios na sua produção e distr'ibui‹;ã‹'›, a bus-
t des‹=.nv‹ilvirri‹mt‹i dos meios de transporte ção mundial. é responsável pelo mais alto vão e petróleo) empregam cerca de 1% da ca de segurança energética por meio da
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em massa e corn ele, à era do fordismo e consumo de energia per capita do mundo. mão de obra global, mas são responsáveis diversificação de fontes, assim corno criti-
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do mnericon way of life. A industria pe- sendo mais de 80% da produção de ener- ‹ Für cerca de 8% dos acidentes de trabalho cas Ér sociedade fordista e ao consumismo,
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Í trolífera, que só viria a superar o uso do gia não renovável. Ou seja, os maiores fatais, configurando-se como um setor no o impacto das mudanças climáticas e as
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carvão mineral após 1950, foi desde o seu prorlutoros e constrmidores de energia São Í-lua] as condições de trabalho sào bastan- pressões do movimento ambientalista em
Í
inicio rnarcada pela tendência à centrali- ao mesmo tempo os maiores poluidores. J
4 Íe precárias. Calcula-se que o potencial escala global são elementos importantes
Í zação e à con‹:(›rit1'açäo, sendo o controle O atual sistema energético compre' dE Criação de postos de trabalho em ener- e que têm motivado a busca de soluções
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r mundial do pr-troltâo exercido por um nú- ende uma longa cadeia interligada de Qíõs limpas no mundo supere a marca de (Wagner. 2007).
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mero reduzido de empresas que tinham atividades de extração, transforrnação. 2.3 milhões. O atual processo de descnvolvirrrerrto
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como mota a integração e 0 controlo verti- distribuigào e uso de energia, tendo SiCl0 Todas as formas e fontes de energia têm das energias alternativas, barsoado numa
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l cal da produção e comércio; estabilização um dos fatores que viabilizararn o boom Efeitos positivos e negativos em termos rnatiiz sustentável e diversificada, tem sido
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do preço e desenvolvimento do mercado. econômico, levando a grandes transfor- 'fil de büm-estar humano e impacto sobre o apontado como uma das respostas mais
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adotado até então), pelos-países em desen-
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importantes para o problema. Com o de-
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de tecnologias alternativas se situam, so-
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de um processo gradual do transição ener- alguns paises asiáticos, num processo de
bretudo, em universidades e fundações de gias alternativas para consumidores indi-
gética, ëspera-se alcançar a redução de Continuum “treadmill of proo'uct¡`on" corria
pesquisa e, em menor número, em empre- viduais e empresas. Tais rtrsponsabilida-
emissão de Carbono, assim como 0 desen- descrito por Schriaiberg (1980). Devido a
sas privadas e no setor público. É impor- des. principalmente no tocante à questão
volvimento de novos hábitos de consumo isso. as soluções que deverão ser explora-
=
tante que existam redes ativas que possi- da gestao internacional da ‹àn‹=-rgia, deve-
Mas, para que isso seja possível, é preciso das rios proximos anos devem buscar se .;, bilitem a transtormaçào das desrrobertas rão ser geridos com 0 apoio das agências
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superar a atual crise energética, buscando ad:-ztplar diierentes situações e deman-
Í
internacionais e de uma atuação conjunta
j
em aplicaçoes. Nesse sentido, o Estado
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cances que tenham efeito imediato. melhoria da eficiência energética das lon-
o articulador te investidor chefe para o de- partilhadas, incentivos e apoio aos países
4. Nas últimas décadas. em inúmeros tffzs atuais de energia, desenvolvimento de
senvolvimento o a consolidação do setor o em desenvolviniento; incentivo à transfe-
paises, ‹:íontistas, politicos. ornpresários novas fontes e controlo o r‹-;du‹_;áo do uso
de um inercado sustcntá\-'el. rência de tecnologia. o acordos de coope-
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-
e agências internacionais têm efetuado de hiclro‹:arbonetos.
Quanto à terceira resposta possíwêl, des- ração e produção conjunta do energia.
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esforços no sentido de viabilizar a produ- `v`‹':rios são os exz-.:rnpl‹.›s de possiveis
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taca-se o trontrole da emissão do ‹:arl›ono Quanto ao tle:sz››nvol\=i1nonto ei à produ-
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çao e o possivel uso em massa de ener- a<_^('n":s e politicas -- O diÍ‹?I'cI:t0s paises
çao de novas tecnologias ‹›. fontes de encr-
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através da redução da exploração, da pro-
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gias alternativas aos combustíveis tósseis. têm dado passos importantes nesse sen-
iii,i=,íi
Essas ações podem ser atribuídas a fato- tido Í\^Ãagri‹›.›r, 2007). A primeira resposta
guns paises, entre eles Brasil, China fa lista- os polos privilegiados. As t›rnpr‹'-sas devein
=
res como a possivel crise energética que dll fcsptiito à busca da efir.'iô1i‹'ia oiiergtë-
dos Unidos, tem se destacado, por ‹'>:‹¬ni¡›lo, buscar o descn\‹'oIvim‹›nto do tecnologias
i':
poderia ser provocada pela escassez dos tim, ou seja; por um lado, a rt-,duçšio da
;,,:;:r'.. i=i,t,jiii1,
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pela introdução gratliial de l)ioco|nhus1í\'‹›is alternati\'as o a ctici‹'.*iit¬ia t-iierg;‹ätica por
cornbustívt.-is tóssots tclioque do petróleo tlvrnarida de cncrqiéi corri a ‹'‹›nstruçä0
fl«=1pr‹)dut_§‹"it›tl(: alimentos ‹: nos tr‹r11sp‹›¡1i›s. meio da tra1'tsfor1ii¿i‹;ào do p‹=.rz;uu indus-
i !=j
de vquipameiitos mais t-ticiontes, que
1
i',r;
ruin tjoiisuino muitor que seus similares;
agenda para a transição or1r>.1'g¿›1it'a. Num responsabilidade social za ainbinntal da
it,ã!:i1: ãii
ligadas à sustentabilidade oii, mesmo, a por outro, atraves do apei'leiçoain‹~_›iito dos
relatorio da União Europeia (ZUU8: 2(›), o empresa sobre os processos e iinplicaçñes
i.:j
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; ; : :;: í i: iÉ ii?::,
setor eiior'g‹Í\tic0 Õ ‹'arac1eriza('lo rornn
inatriz energética [que visam a garantia p:'imári‹;1 t.-rn stzctlndúrio.
uma contplexa rede eiivolvendfi extitiçítti, mentos e insumos mais elicieiites energe-
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da segurança eriergético}. l\`¿l ploticd, isso perrnite a I'‹.3‹l1lÇño dd
i i i: :: :; 2i-,,i ::
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ser entt-indida corno o resultado de multi- ou, ate, o increiiiento do uso de equipa-
; i: ; i ; i : i
6 gestão, aos Estados, por ex‹.-mplo, cabe Os centros de pesquisa, por sua vez, têm
't;il
plos fatores (sociedade de consumo corri inontos. Enquanto existe um conjunto IUS'
;ii;:ia:i:iii
+ii i : :I ;i i :7
=:
intensivo de fontes não renováveis, baixo de fontes de energia reriovávcl se anipliâ
Sando consolidar de [orma susteritáx-¬‹-el o governo e ao uso individual, mediante o
;'11,í 1,,:,
c.
investimento em inovação no setor, iniqui- coiistantuinerite com o desenvolvimento
mercatlo das energias renováveis. Neste estahelrâciniento de convênios com om-
;
dade e heterogeneidade das condições ao do i1i‹›\far_;ões. Nessa direção, a segundä
:i:,,,;..
Sentido, existo. um coiijulito de açt`›f›s dire- presas e outros centros de pesquisa. Sua
! 1l
: ig i ; : í;:
acesso e uso nos diferentes paises e regi- resposta diz respeito ao desenvolvimcll'
lüâ que podcêráo ser touradas: tinancia- ação poderá, como tem ocorrido em vários
ões). Foi e continua sendo, sobretudo, o to c imptenientaçãm do fontes renovaveifi .r_. K
mento de pesquisa na área; r‹.>n‹›vaçá‹› 0 países nesse setor, ser potencializada pela
i:
iii2;i
modelo de desenvolvimento adotado pelos de vnt-rgia. soja atrav(›s da construçao df*
Coiivorsáo do instalações e empresas pu- articulação de redes interna‹;i‹›nais de re-
c
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paises mais ricos o maior responsável pela p.'zr‹¿¡.1‹.~.<. vfilitƒos, seja através da crinstrtlf
iii ii
,. L'
ainda, talvez, soja o caminho que tem sido tot‹_›t=oltai=_'as ou inareinotrivms.
energética; construção de uni novo marco são para a tornada de decisões e desen-
s. ‹
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percomdo [em processo de mimeses corn Em segundo lugar, para servif'ivo.I, a pr0-
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influenciam essa relaçao ao longo do tem-
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ação da sociedade civil organizada como
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quisa como forma de fomento estratégi-
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po e das diferentes sociedades. O uso im-
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1
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a ação individual ganham destaque. A so- co da produção de energias renováveis transnacionais. É 0 caso da "economia
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estrutura peculiar, já que possuem fortes ideia proposta por Rifkin (2002) e põe a
Í no processo, assim como no debate públi- tudo os desenvolvidos, resultou e resul- vinculaçöes com políticas públicas, inte- perder os esforços no combate à emissão
co sobre o tema; é a responsavel por exer- tara, pelo menos pelos próximos séculos,
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ensino superior, assim como têm sido scn- cadas pelas contradições e pela hetero-
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váveis e a transição da matriz energética. passado, escolha das formas de energia
‹ r geneidade de fenômenos resultantes da
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mediante o uso eficiente da energia, seja nanceiro (fundamentalismo de mercado), bono da atual matriz energética e a de- mandas, em muitos aspectos, são insus-
1 pela via da geração própria/autônoma de desconsiderando 0 impacto ambiental e tentávcis a médio e longo prazos, sojznn
manda sempre crescente por energia.
t energia, assini como pela escolha de pro- societal de tais escolhas. Nesse sentido, o desenvolvimento dos baseadas na matri'/. atual, dependente dos
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R0 ferëncia s
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sustentável depende de uma articulação gética regucreiá novos hábitos de consumo as proprias populações e biodiversida-
CALLON, Michel. Analyse dos relations smile-
É
I)l;`BElR, Jean-Claude; DELÉAGE, .lvan-Paul;
tos adaptativos" lliagc, 1997) das inova- par no desenvolvimento do setor, podendo que esta emergindo deve não apenas ser
I. llEMERY, Daniel. l.,es scrvitrrdcs de lu ptzissuri-
ções que comporão o processo de transi- reeditar um novo New-Deal capaz de re- Fäpar. de reduzir seu impacto em termos CC. Paris: Flalninarion, 1986.
i, ii : i; i i i lili
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ii; =22 í i. i; i 9! í t i
t ção, um dos grandes desafios econômicos cuperar a economia [Gíddens, 2009: 1461. DUNLAP, Riley E. et ul (eds.}. Sor'1ologicol
ambientais, mas também fornecer energia
;z; ;:; :i ; i zi:íi;
~,‹_-.z ÔSSim como deveriam auxiliar no próprio tional. paradigm of rules tor the competitive
t bém sobre os indicadores de acesso e uso nômica, social e ambientalmente. O pâpfif fÍ€S0nvolvimento das mesmas, como for-
game. ln: The workshop oi ISA RC no. 2-Krmw-
É
13;
ledge, econoniy (md society. Montreal, Canada.
nquitativo da energia. das agências internacionais também é full' 11%..
É
I .gi-,
.int ,
›' LAFRANCE, Gaetan. La boulirriie fl-nvrgétigue,
de séculos. O papel de uma sociologia regionais e internacionais e a pr0poSíÇã0 Cüncorrencial da divisão internacional do sriicizlc de l'¡1urnr1nilé.? Quf'.>l)L2(;, Canada; Edi"
‹ da energia é mostrar a interação homem- de metas e objetivos comuns. '-tÍ' ,, Á'-Í Uâbalho e na tendência à concentração e tions Multil\/tondes, 2002.
Por fim, destaca-se a importância da Y LEAE-IY, T. Discussion of “Global Warming and
meio, atraves do uso da energia, desven-
t Centralização de tecnologia e da produ-
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161
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Arnonio 1). (I/›:rrA.~:z «Sr Lorusssia Hoi.7.i»ê.-›.z\=N DicroNÁR1o DE TRABALHO E TEcNoi.oc.rA
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l.EVl?R-TRAFY, Constanre. Global wurmirrg acadêmicos e' os saberes “investidos” na tal tendência. dando centralidade ao sujei-
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marcas de debates da história das socie-
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Ê;íà iii=:i! :! : =i ?i:. ;6 :i:
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and sociology. Current Sociology, I'ri¿.iÍ.,2008.
experiência de trabalho que faz a ativida- to em atividade nas situações de trabalho. dades humanas quanto às situações de
Ê
ONU. Tendências globais do investimentos em
de humana [saberes “desenga¡'odos" e
i Sendo a atividade expressão de um sujeito,
i i i I , : r i i; j ; j : i , ; ., i , I : ; ; :ir
trabalho: os conhecimentos acionados. os
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2i,i1z=:i,ii:ii::i; ;.1..:,;,=i,;:i; i::;:tl;:::
energia susteiitzivel. 2009. Disponivel ein: www.
iinep.org/]1t'lt/Global_tieiids_report_2Íl0E).pdf. "e¡rgujados"]. Yves Schwartz distingue, ao rnesmu tempo singular, e portando nele sistemas produtivos, as tecnologias utili-
l'Ol)()BNll-í, Bruce. Global energy shiƒts; los- entre os caminhos possíveis de produção próprio 0 social, é possivel, neste re-conhe- zadas, as formas de organização, os pro-
tt-ring sustainability iii a turbuient age. Phila- l
de conhecimento, as disciplinas epistêmi- l cimento do trabalho enquanto permanen- cedimentos escolhidos, os valores de uso
i;; ii ; ;; i
i t ; i i : i : ; ; ; : ; i : i ; ii:;i : : i :: ::i i : : :
delphia: Temple Uriivfzrsity Press, 2006. 1
cu e ergológica. Nesta última, a dinâmica te, acontecer de se estabelecerem conexões selecionados e, por detrás, as relações so-
ÊÉ
PRETTY, .Jules el al. The SAGE handbook of en-
virorimeril cmd society. Los Angeles: SAGE, 2007. de produção de conhecimentos acontece entre as dimeiisöes micro e rnacrossociais ciais que se entrelaçarn e op‹`i‹:ni os ho-
RIFKIN, Jeremy. The hydrogcn economy. New das relações de traballio. As raizes dessa
-;iií.:=
nas ressingularizaçóes praticadas pelo tra- mens entre si. Tudo isto cristalizõi em si
York: 'l`àircher, 2002.
balhador, lugar de uni debate vivo entre abordagein estäo, lUI'l(iame1'i1almente, Em produtos da história anterior da lrtrniuriida-
SCHNAIBERG, Allan. The enviromrrent: Íroin
surplus to scarvity. New York: Oxford Univer- normas antecedentes e renorrnalizaçóes très aportes: al 0 da filosofia da vida de Go- de e dos povos" (Schwartz, 2003: 31. To-
ji
TRAINER, T. Reneivohle mi‹)r_‹¡y rfrninot siismiri
para cuinpreender o que St-2 prodt|7. na ati- liumanéi couro uma necessidade vital do para se pensar o traballio implica re-sr'tuar
consuruer society. Spririgur: l'iardback, 2007.
vidade iirdustríiosa Ó necessario toma-la liirrmino de “viver em saúde" (Canoni- a relaçäo entre 0 conhecirn‹~rito pr‹5-‹=xis-
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União Europ‹.'i‹i. Socio-cultural rleter'rnin(rr1ts of
j.ii;i
irrriovuriori Ín the setjmr of e¡rer'gy proo'uc!r`o¡i, corno “matéria nstrangeira" a todo saber llrem, 1995]; b] ‹› da ergoironiia da ativida- tente sobre o trabalho e aqunte oriurrdo da
=
2008. Disponivel em: w'ww.ei.irope-iiinovaorg/
estabelecido sobre traballio. Trata-se de de, que ti úrrjgrilogla conírontará e dialogarti experiência humana em atos laborais. O
: i i: ; i=
ser\'lPL/D0('?cid =- 993.5 Mg: EN.
\/AiLL¡\NCUURT, Jean- Guy. From Human Eco-
loqy to Globo! Ecosocrology: A corriparison he-
i:,,,;i=; ;'"=i1; ii;
abordar o traballio o mais próximo possí-
vel do ponto de vista daquele que o execu-
L
com o ptitriinônio filosóíico e das ciôricias
liumanas lScI1wai'tz, 2000); cl e 0 da ideia
que gera, ou deveria gerar, nas pfilavras
de Schwartz um de.s'('onfor'!o inlelvcturil
= §:;
:;;
twt-t-ii the viiifiroriirieiitfil srwitilogies of Riley li.
ta. daquele que está em atividade. A ergo- de ‹‹‹›mnnr'drr‹ie cient¡Ir`c'u ampliada -- a Írcnte tanto às cletiriiçöes o aos cori‹'c'zit‹is
:i...=i: É:ii i;;iiil;ii:
, ;;;: ;:: É
York: ('airi¡itus Press, 1995. ria l-iai italiana, sindicalistas e universida-
nova dis‹'iplin‹r, tiras numa abordagc-rn do V-*ÍGCÕQS em ato à espera de ctrii‹'‹-›rtiiz‹‹;ao.
i:
\'\'AíšNER, li‹.-rin‹iiin-.li|s‹2l. !:`nerg.¡y; the world's
traballio pela atividéide huinana. 1'-Issa cen- de (Schwartz, 1988]. Quanto a esta última No bojo desta tensão potli:-.se protluríi co-
,t:
i::,=ii.i,ifiiii:,i-
Jari* tor t|“s‹iilr‹1~s iii tliv 21°' ('l‹:1itiii^y. Friink-
1 licrarica, apos apontamentos críticos, ô er-
tralidade da ¿‹itividzrdc corno eixo dc Coris- =, iilioriinento mais proximo do irtilizaltro
:
lur1: Hair-¬ l-'ulilit-liíiig, Ztltl?
ai::=
\'\']NGl:_RT, .lufiri-1.rr('_ Lu rn* uprüs lc ¡›(~Iro¡i:>. trução do conlrecimerito coiivoca todas as ll gulogla denominará dr`s,r›ositivo dinârriico etulivariierite realizado, matriz de niudtiri-
Paris; l_'Ídit.iuns .fi\utrr~m‹'›nl', 2005.
disciplinas ao dialogo e à coníroutaçáo.
;:i ri três polos. A ideia (1 criar lugares de on- e, portanto, de variabilidarles, de lin-
ERGOLOGIA eslurço iritertliscipliriar, quiçá trzinsdisci- Í-'X]'›eri‹"u'r‹:ia (izivostidos na atividade) e os balizaçao pelo trabalhador do ocorrido eni
';
plinar (Domingues, 2005), implicando re- saberes constittiídos, codiíicados (dispo- atividade e. ao niesmo tempo, a proble-
:ii:,; ;i! i: i :; i
Dzrisy i'Vlor'eirri Ctmhri
Maria Cloro Bueno Fr`scher Cttperm' zonas de iricultura pmvonietitefi niveis na Universidade ou nas escolas do matização do já riomeado, um ctirrir-‹~:it‹›s
i::; l?iiii:
1
Nuiru Lisboa Fmnzoi do próprio desenvolvimento da especiali- lurinaçào prol`issj‹mal) {Sclrwéi1tz, t$)97]. ou em normas, de torrna antecipada sobre
i,
zação ‹:íe1itíƒi‹¬ài e da ausência de comuni- A l3'‹'11'tir desses aportes, uma série de ins- o traballio hurnano há uma ‹:‹›nvocação ao
z- -s
1. A ergologin (do grego ‹-:rgo que signi- ca ção entre os campos científicos. tituições de pesquisa e forrnação foram diálogo entre trabalhadores e pesquisado-
íil:
fvz
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desenvolvidas especialmente rias univer-
lica “açâo, trabalho, obra") interessa-se 2. A ergología aparece nos anos 1980. .fi
il : ti l: ;;; res. Numa espécie de contiriirirrii para
riiii= ;:i :
tE:;iti1,ii
pelo trabalho corno atividade humana. num contexto de reestruturação do sistema . 3.Ar › sidades francesas, atendendo estudantes aprofundar a possibilidade efetiva de diá-
Serido a atividade scrnpre algo entre O produtivo e de novas formas de gestão (10 if
'll11\'erslIé'irios de diversas disciplinas das logo entre sujeitos situados nesses polos
consciente e o inrforisciente, entre o corpo trabalho. Nesse contexto, acontece, tamr Úêflfiiêis humanas e assalariados em re- pode-se citar a Cornurridurle Cr`en!1'Ji`co
; Ê;iii:
ii:
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tr o espirito, é iinpossivel conliecê-la de bém, um movimento de renovacíio da so- Ji' gime de lorniação contínua sem diplomas Ampliada e 0 I)isposr`lr`v‹› Di`nâmir_'‹› fr Três
1.1 .-
uma vez por todas. pois ela esta mini per- ciologia, para compreender, para alem de 'Jni\'er.~;it¡irios. Polos. Estes dispositivos de colaboracao
,-šø - _›
lllölltšlllfš ]'(!l£i7.Ul"'SL*. Ill) l]l()ll10llÍO lllCSfll0 abordagens nia‹:rossociaís, as contradiçõflfi 3. Atr`\›'Jd‹¡‹lc induslriosa é 0 conceito ::f; miistitirerii-se em alternativas para pro-
i:ii
em que acoritece. A abordagem ergológica das relaçoes trabalho/capital nos me¿1I1^ flfntral r-'› o trabalho objeto primordial da duzir conhecinieiito ao tomarem a ativi-
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do trahalho exige, entao, uma prática de dros do processo de traballio. No-eiitalllfh gh E m9”l0š_lÍfl. “Nenliurna situação humana, dade como noção ceiitral para conlrt-,›cer e
conlruirtos coristaritos entre os saberes õi ergonorriia e a ergologia vão radirtalizdf Min* liúifiria, concentra, 'carrega' tantas transformar o trabalho liurnano.
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ANTONIO D. CArrA_Nr & LORENA HOLZMANN
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33. __. Entrevista à Trabalho, educaçao e soti
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i:iiiiii;iiii+,li i;i i'i't=ii ii;i;i:rii:
A ergologia. através dos debates sobre
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iiitiÊtíí;Ê;illil?ii;:;lÉ::iÊ:iiiã;r;ii!i:
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de, v. 4.11. 2, p. 457-466, 2006.
neidade. Alem da dímcnsao investigatíva, tas, máquinas, espaços 0 dispositivos) e
tí'*É
__; DU RRIVE, Louis. Trabalho & Ergologia:
ài
o olhar atento sobre a atividade provoca é avaliado, principalmente, por critérios
i
maneira para as reflexões contemporâne- conversas sobre a atividade humana. Niteroi:
as sobre'saberes dos trabalhadores, qua- o repensar das propostas de formaçao do UFF, 2007. 309p. pertencentes às ciências biológicas e so-
í
trabalhador em que a dialética entre esses ~à ciais (Saúde, Sociologia e Economia, en-
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lificações e competências. Reconhecer a
ERGONOMIA
ruê €. r : 7.íií;:iãi=
dois tipos de saberes seja fundamento de tre outras) (Laville, 1976; Wisner, 1987).
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Êi i: ::i i;:li;::i:t: ;:i:'i: iiiii ; l:i:
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singular implicação do sujeito em ativi-
;:i
dade de trabalho remete à reflexão sobre projetos politico-pedagógicos de traba- 'J Paulo António Barros Oliveira A ergonomia compõe-se, em síntese, de
= :t!:;;;;Ê:E:!+=1r;irti?Ê
lhadores. Dar visibilidade e analisar a ati- atividades complexas e interdisciplinares
ii :I::: i;I
subjetividade no trabalho, a exemplo de
que buscam compreender as situações
ij:=ui;ã:É::íiii;;ii:ir r;ii;i;il
i'r Iii 5:i;i ::;i;Í
uma questão muito presente no debate
i;
i=,;ll!::;l:i:,.;;:i:'ii;;;;
i:Ég il'".::.'.
3
sobre as competências. Mas, sempre to- mesmos avança na identificação e com- do traballio ao homem. Mais especifica- de trabalho para promover a transforma-
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mando a atividade do sujeito como uma preensao do porquê e como se produzem mente, o conjunto de conhecimentos ção do processo produtivo, priorizando as
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síntese, do pont.o de vista da ergologia a os saberes na experiência de trabalho. relativos ao homem no trabalho e à con- necessidades dos trabalhadores. Eviden-
F
competência é uma dialcâtica entre os vá- Contudo, faz emergir também o problema cepção dt' ferramentas, máquilias (-3 dispo- viarn-se duas de suas particularidades:
rios "ingredientes” giro o sujeito em ati- da vorbalízação da atividade do trabalho sitivos que possam ser por ele utilizados natureza aplicável e pluridiscíplinaridado
(Marcelim Ferreira, 1982].
á";;
vidade aciona e, porque dialética, escapa pelos próprios trabalhadores, problema com o máximo de conforto, segurança e
às tentativas de exaustivas listagens, seja vasto que nos convida a refletir sobre os eficácia. A ergonomia difere do outras 2. O rleologisrno foi proposto em 1949,
E
por parte das classifi‹*a<_'ñe.~.= das empresas, limites o possibilidades do couliotfimento disciplinas que tentam adaptar o homem quando da fundação da Ergonomics Rc-
=
l
seja por parte das propostas peclagógicas cm ciências humanas quando no contexto
; i . +!uii!:::i;.;:,;:,iS.i?i;=r aos 1n‹'~io.< 0 condições de traballio prede- seorch Society, na lnglatt-zrra, e é formado
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põem as cornpetêncins. 'liiiiiàttla neste homem adequado para ocupar um posto trab<ilho, tê nomos, que significa regras,
z.
ÍI fã
sentido, a cornp‹:trÍ~mi.1 6 uma tlirr'|ens‹`io pret`on‹?‹~>bitlo. Ela estuda 0 ‹l‹tSt_=rnpenl1o normas, leis naturais. A palavra já havia
i:
i=
söcsz a experienciàl, a toriroilual ‹> a re- gico. 4. cd. Rio de .larwrroz Floltfërncv Universitá- Seia›so, cssoiirtialmento, em conhecimen- tombowsky em 1857, com 0 significado
4.
ria, 1995.3061). tos tomados a antropometria, fisiologia, de “(`iên‹ƒia do trabalho, baseada nas leis
lacional. Permancccm ein aberto questões 2”. _
CUNHA, Daisy Moreira. Notas crmccituois
importantes. Como validar e reconhecer
:ii.:=. psicologia e sociologia. Segundo a Asso- objetivas da ciência sobre a natureza"
;íi;ãji!3'EEis=.;ÊfF
sobre trlividtrde c corpo-si no uhordagem ergo-
as varialailidatles sirigularos na ocupação lógim do traballio. Trahallio aprt.-smità¬tdo à 30” ciação lntornacional de Ergonomia, essa (Lavdle, 1976]. Apos a I Guerra Mundial, 'E
;
i
Rculliáu (fü Anpud. Ca)t<unlJu, 2007. disciplina cientifica trata da compreensão a ergonomia se expandiu para os Estados
de um posto do traballio para aléin dos
É
ii;i:; ii:llli:;
;i::;,;;Í
valores competitivos pres‹>.ri1.‹›s no mor- das interações entre os seres humanos e Unidos e paises industrializados da Eu-
di.scipl¡`nur1`dur1'c - aspectos m‹›todologic0S«
i= i : : : , ;
cado de traballio capitalista? isto ci, como Belo lforizonto: Ed. Ufmg, 2005. outros elementos de um sistema e da pro- ropa. Seu crescimento deu-se pela con-
trabalhar na perspectiva de garantia dos GIJÍÉRIN, F. ot al. Cornpreender o fnrbalho ¡mit! fissão que aplica teorias, principios, da- liriuidade do trabalho, na vida civil, de
i:;; * ii j:!:i,
trabalho pelo capital tendo om vista sua Os orgonomistas contribuem no plane- de guerra. No período de 1940 a 1965, no-
E!EÊ:3!q:
ci ,-z:(:r
rruvoil -z Pour une approche ergologique. Paris:
r: i i
valorização? Mas é justamente neste ter- PUF, 1997. ._,. . Íümerito, exttcução e avaliação de tarefas, tadamente nos Estados Unidos, os maio-
Fã Püstos de traballio, produtos, ambientes e res investimentos foram aplicados na Er- 'fl
reno problemático que o conceito de tra- ___________. 1,8 pflrddígrrlrr (-\rgolog`íqt¡‹: ou um mé-
:l;:; lÍ
.ru Ê:
i,
fier de Plirlosoplre. 'fnulousez Editions OctàrfiS. ¬‹ .. Sistemas, a fim de torná-los compatíveis gonomia Militar.
É:ii:=
balho como atividade humana amplia e 4”
enriquece as leituras das transformagöes
2000. 763 p. “:.'..
Í rf
'
fflln as necessidades, habilidades e limi- A primeira associação de orgonomistas š z-
_,____M____. Théorivs do l'ar1ion ou rc-ncontres de ,#0
,,,
.
321»
em curso, realçando o antropológico e on- l'a‹'tivité. ln: BAUDOUIN, J-M.; FRll%DRlCl'Í- tä§`Õcs das pessoas (ABERGC), 2000). A surqiu formalmente em 1957, com a cria-
í; ii
.Ianr-tte. Thèones de I'oi'f¡o¡z et órlr:ca¡i‹›¡1. BTU' ,_
i
tologico da experiência do trabalho, tm- -à- Pfálica da ergonornia constitui uma par- ção da Human Facfors Society, e procurou
xellos: De Bocck & Larcicr sa., 2001.3124 p-
zendo elementos para se pensar as múl- 11'* 5
cela flü arte do engenheiro, na medida integrar os chamados "fatores humanos" ,, .
;_¬,«
ÍÀ. Trabalho e sabor. `lrohalho &'EducuÇCÍ0- e 'zêt
,,
tiplas facetas, bem como as perspectivas v. 12, n. 1, p.21-49, jan.,/Jun. 2003. ., *I em que sun resultado traduz-se em dispo- à concepção do ambiente de trabalho, por z-ft 5
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do trabalho, cultura organizacional, orga- seus custos diluídos entre outras rubricas
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de Psicologia, de modo a bem adaptar esse e descarga individual de materiais, ao mo-
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nizações em rede, teletrabalho e gestao Wtítsner, 1987).
.i,,
ambiente de traballio ao homem, realizan- biliário, aos equipamentos dos postos de
B: aE § i dXi
o.:
da qualidade. A ergonomia preocupa-se com os meios
do pescftiisas em laboratório. transferindo traballio O condições ergunômicas para 0
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A ergonomia possui duas grandes su- e condições de execução de trabalho, en-
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os resultados obtidos para os postos de exercício da atividade com computadores. 1
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bespecializaçöes. A primeira é a Ergo- trc eles: o homem (características físicas,
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traballio. Preocupou-se corn o estudo do As normas contemplam. também, o traba-
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nomia do Produto, dedicada a analisar zi tisiol‹')qicas, influência do sexo, idade,
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chamado sistema honiern/máquina e, atu- lho intelectual e a organização do sistema
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i t'011Cc]JÇä0 de produtos e sua utilização formação, motivação, história de vida); a
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almente, evoluiu para a Macroergonon1i‹'i, de trabalho. a análise das normas de pro-
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pelo consumidor, auxiliando estudos de máquina (englobando os ineios materiais
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incorporando conceitos da Sociologia. dução, do modo operatório, da exigência mercado e avaliando custos de Íabrica‹¿ao. c os objetos de traballio - lerramentas,
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lztíi iiti;::i
Outro caminho para analisar o trabalho de tempo, do ritmo de trabalho e do conte-
r -
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A segunda a Ergonomia de Prodtuzêao, equipamentos, mobiliário, instalações); 0
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é o estudo de campo, que observa e ana- údo das tarefas dos trabalhadores.
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voltada para o estudo das condições de .zimbit-:nte (espaço de trabalho, incluindo
lisa a atividade de traballio em execução 3. A ergonomia possui três domínios de
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efetivar Seu inc'-*todo Ee a Análise Ergono- especialização. O primeiro é o da lirgono-
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+._'J: | : -". 1
llio nas éiti\‹'irladr.-s industriais v ¿i conlron- corno temperatura, ruídos. gases, vibra-
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mica do 'l`raballio, centrada no cxanie de mia Fisica. que concerne às caracteristi- Í
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tação entre traballio pI'‹=_~;c1'ilo O I.t'z-ih.-illlo ções, iluminação e cores, entre outros);
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sittiaçoes reais de tmbalho, privilegiadas
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as inío1'nia‹;ôc>s (comunicações entre os
iíiiiíl;1:iiiz;,:!
real permiteni que sr- olitotiliztiii nf; mtf-
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corno inomentos primordiais na produção .J
fisiologia e biomc-cênica, em sua relação lhortfs resultados [Wisi1t›r, 1987). Esta, por elmnentos do posto de traballio, ri trans-
de conhecimentos. Tem corno pressuposto com a atividade fisica. Os tópicos conside-
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sua vez, sf- desdobra em três rr1odalida‹li,›~¬':
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niisszio, recepção e o processaniento de
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a participação ativa dos trérbalhadores, in- rados são a atitude no trabalho, o manu-
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l-Írgonomia do Concepção, l`;rqonomi‹i ‹_!z› intornizaçõosl; a org‹ini7.ação do traballio
-.
cluindo a discussao dos objetivos do estu- seio de materiais, os movimentos repeti- !
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do e o cs‹:l.'irccimrzntti, arites da realização tivos, os distúrbios músculo-esqueléticos
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primeira Ó voltaria para ii r°o¡i‹*‹*pc¿io rio ›lotš'~.'‹1. incluindo liorários e turnos de ¡ra-
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da análise crgo1if›rr.ica, das respectivas rolacionatlos ao traballio, o projeto de
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tlrojeto iiulu‹_¬'trial ‹_- apresenta o custo :nazis lmàtltri, formação de ctluipes e liieriirquial;
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rcsponsal,›ili‹ladê-às do todos os atores en- postos do uéibzillio e a segurança e saúde.
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baixo ‹>,1n(*lliotos r‹âsultatlos, en1l›or‹¬i ‹›,\' ijú tr .is cmi:,<‹,-.qitêiicias do traballio Ígastos
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infos t`t›ul1ecimc|'ito ‹.e r:Xpe1'ieticia por pai- c1i‹›ig‹^.-ticos, fadiga, estresse, controle
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tos, 1995; Luna, 1995). Conhecida corno dica-se ao estudo dos processos mentais.
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ltë do ergonoim.~;ta. A Ergonomia de (jor- de tarefas, estudos de erros e acidentes)
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Escola Francesa, apresenta novas possibi- tais como peru-›].iç{io, rneniória, raciocínio
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i t Ieçãzu, a iriais irequentcincntc iitilizútizi, ttšueriii cl ol., 2001; lida. 1992). Todos es-
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lidades relativas à metodologia de análise e resposta motora, conforme estes afetou:
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busca soluções fi problenms detolítziflos
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5.
do traballio, às técnicas de observação, interações entre Seres humanos e outros -
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Clumnte 0 (losenv‹›lvin'1ento do ]Jmt_'‹-rssn
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rézs e‹¬‹›nôinicos e sociais.
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formas de intervenção e à participação elementos de um sistema durante o traba- `
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dos trabalhadores. lho. Os topicos observados incluem cargfl -.i .i
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Atualmente, em termos int.ernacionais, mental de trabalho, tornada de decisão. QÕBS na o1'gani'z;‹içäo, na tecm›loç¡i.>i, mn do utuaçíio do homem em ‹:ont;liçä0 de
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ocorre uma síntese das duas escolas, na pt-vrfornmnct: especializada, interação ho- '.
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tentativa de incorporação do que ambas mem-computador, estresse e treinamento.
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A edição de regulamentações, como za sociotecnicos, inclui suas estruturas 01'95" j_
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Norma Regulainentadora 17, do Minis- nizarionais, politicas 0 processos. Os EÓPÍ' ,,"_z;,- -›
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tério do Trabalho, em 23 de novembro de cos relevantt-s incluem comunicações. Ele' L- Q 2.
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1990, e ‹-1 iiiipleiiientaçãio da edição de rencianionto de recursos do tripulaçÕ€5- ' , de f'ornpl‹:xos produtivos, con.'»'‹~rto:< ou de
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anos 1990 têm dado um grande impulso do traballio, traballio em grupo. pY0le¡° -_j 139165 empresas que a incorporarn t;‹zn1‹› iormtâ de equipamentos, na estrutura de
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ao deserivolviniento da ergonomia. Tem- participativo, ergonomia comunitária @SlraIégia e que optam por niantr-r pio- irtzimtirias e na configuração do posto de
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luções que superem a análise limitada ao
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de negociação entre os atores sociais. O corno uma proposta de acompanhamento
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resultado depende da particípãção. do de sua implantação dirigida às condiçôes
Outro ponto crucial das discussões atuais magros e gordos; saudáveis, portadores
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grau de autonomia e de cidadania e das materiais e organizacionais mais direta-
é o relacionado à participação dos traba- de doenças agudas ou crônicas (sob con-
condiçõ‹š da organização social das pes- mente ligadas ao posto de trabalho. Estas
soas envolvidas no processo. são voltadas à transformação e à melhoria lhadores. A ergonomia reserva um papel trole ou não); e pessoas portadoras de ne-
indispensável aos operadores como su- cessidades especiais. Para alguns, conce-
A Análise Ergonômica do Trabalho é efetiva das condições de trabalho, ao de-
composta por diversas fases, todas com a senvolvimento pessoal dos trabalhadores jeitos de seu próprio estudo, deixando de ber postos adequados à diversidade é uma
participação ativa dos trabalhadores. Ela e aprimoramento dos resultados. encara-los apenas como objetos que carre- tarefa impossível. "Na realidade, quando
gam eletrodos para aferiçôes de desgastes temos a audácia de corisidert-ir a questão
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nindo o problema a ser analisado, a partir não se atém a um pragmatismo nem a fisicos. que são observados e filmados e de frente, ou quando somos constrangidos
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que respondem a questionários sem se- a isso pela necessidade, vemos aparecer
|
do uma negociação com os atores sociais um Eeoricismo acadêmico com um caráter
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quer saberem o que esteja acontecendo à soluções satisfatórias não apenas do pon-
7:
envolvidos [trabalhadores e dirigentes da de crítica puramente negativa, mas pro-
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sua volta (Wisner, 1987; Daniellou; Lavil- to de vista social, mas ígualnitênte do pon-
errrpresal. Ela pode abranger as condi- cura avançar no sentido de urna vincula-
:í=:;;t=jlr Eii
le; 'l`oigor, 1989; Guérin et al., 2001). Nus- to de vista ec0nÔn'ii‹¬‹i" (\~'\¡'isi1er, 1987).
:
ções de trabalho (segurartça do trabalho ção efetiva entre teoria e prática {C1uérin,
Nos últimos anos, a ergonomia tem se
p=í:i;.çiÊ;i=Êi:{iÉiEi;*1:;Êi
se aspecto, a ergonomia situa-se na con-
t=;='=--!i-:
0 acidentesj, a fabricação (condições de 2001; Fialho; Santos, 1995). Utilizando
desenvolvido especialmente mn áreas
E a :/c:c=\.).c:_rÉ
cepção segundo a qual “o processo saútle/
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produção), a formação dos operadores ou, metodos e técnicas próprios de observa-
ainda, uma planilicaçfio de estudos com ;: ! : ii ii, :;: iii i tiál Êí:: gÍí
ção e de entrevistas, essa arialise procu- doença transfere-se do enfoque do proces- complexas tp. ex., em ('entr‹.iis de opera-
i:11, i: i z:::ir à::É::i:iãií
vista êi iriiplaritação de uni sistema de me- ra aprecnder a atividade efetiva e real de so bio-psíquico e ambiental-ecológico, da ções de aeroportos e polos petroquimicosl, il
- 2
discussão preponderantemente térfnica, onde uma única lalha pode provocar resul- _ ,r
!:.-:
lhoria da qualidade. A faso seguinte Ó 6 traballio, atentando para a variabilidade
para o processo social, de discussão téc- tados desastrosas, r›. nos seloi'r›s agrícola e
da Aiialise do Funciorizirnento da Empre- da situação, a descrição detalhada do É
sa ou ()rgani1.açäo, na qual privilegia-se mrzdo operatório dos traballiadores r› para nica, administrativa e politica" (l\lend‹.-is; de serviços (escritórios, bamos, traballio . á.
Oliveira, 1995). informático e lrospitaisl, tmsczmdo produ- rt
o ‹-studo da omprt-sa corno um todo, sua a oi'garii^¿at,jà‹› dinãlníca da atividade' (Da- É
:,
O mito de um operário médio, bem trei- zir conhecimentos sobre qtiestíâes advirr- Ãlflf
l;tl
- {:; v-\/
relaçíicr com o rnercado, a forma de gestão nivllou; Laville; Teíger, 1989; Guérin et
c. cvrrntualinerite, sua história. Seguem- ai., 2001). nado, que trabalha ein um posto estável, das da implementação de proct-ssos pro-
:
ii
se a Análise da Tarefa -- 0 que o traba- A prática da ergonomia orienta-se por -.‹- _;
3'
f:;i,;;:lii;:iii,i x liece no cotidiano das empresas e d os pro- de traballio mais enxutas em ináo de obra (e L
:iii; iiiã;:ã;iÊit
lhador deve realizar e as condições zrnr- criterios do produção e de saúde, poden-
jetistas de máquinas e equipamentos. As dos trabalhos em tempo pariiial ou em tur- -.E5
e; i;;t:itii:ç:ig
ri
bicntais, tecnicas organizacionais para do contribuir tanto para a eficiência tem
tanto -- o a Análise das Atividades - como pesquisas em Antropomotria foram íeitas, nos (Fischen Moreno; Rotenberg, 2003).
termos de qualidade e de quantidarte)
áE; I:i:íruí;5:i
,ai
U6 sua maioria, sobre populações de jo- No campo da Ergonomia do Produto, a
ãi:ii Éi
=;t :
o trabalhador, ‹»_afctivamentra, age e execu- quanto para a melhoria das condições de
Veris adultos do sexo masculino, dotados ampliação dos direitos dos consumidores
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ta as tarefas. Cada uma dessas situaçoes traballio. A discussão atual procura com-
de capacidades físicas e nientais médias e [cada vez mais exigentes, procurando por
1À:c
r ! [. ":i --. ç::
i;i r;É z;i;t'
é acoirrpanhada por uma descrição crite- patibilizar' esses dois critérios, sendo teri- .Ç §
itiii i;:i':.
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riosa, observações e medidas sistemáti- rlência que se chegue a um meio-termo.
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cas de variáveis pertinentes. Sucede-se a Essa população é a dos laboratórios mili- necessidades, de boa qualidade e seguros)
Entretanto, perduram divergências pm' :=‹r' z
tares. onde os sujeitos são jovens recrutas, e a competição industrial têm estimulado â'-É
z
elaboração de um Diagnóstico Preliminar, fundas, pois lucro e saúde são, por vez@S. vê;
9 i-1 dos laboratórios universitários, onde a apresentação dos requisitos ergono-
ítr<:=-:
o qual é apresentado aos trabalhadores
para que 0 validem ou näo, contestem ou
incompatíveis (Lima, 1995). Exemplos dis-
so são 0 papel indispensável, porém limi-
‹.á«!
‹1S experimentações são realizadas corn : Ê: rnicos como urna vantagem competitiva.
›
lfivens estudantes. A população operária Ademais, a ampliação dos espaços de par-
l::3t
sugirarn mudanças - essa é a fase cha- tado, das pausas e a necessidade de uma zé,
12. ITI'
.nzú.Q ticipaçäo dos traballradores, associações
tem composição distinta. No que se rete-
r;;i j
rnada de Validação. Após, são redigidos 0 duração do trabalho inversamente propor-
le; fe 610 posto de trabalho, supõe-se que ele de moradores, sistema de saude, promo- ,. .‹.
l)iagn(›sti‹'o e as Rocorri0nda‹;oes Finais, cional ër sua densidade (Wisner, 1987]. A
,. lenha sido corretamente construído para torta e defensoria pública, entre outros. e t~l»f~A.n-.¬›
que ‹:onsist‹›m em orientações práticas e prática da ergonomia conduz, rapidamen-
:
fg'
¡
Um hipotética horneni médio. Na verdade, a certificação de processos produtivos se- .Ér-_
cf
princípios gerais pertinentes à concep- te, a percepção de seus limít‹~>s; corri 05
Elf.: -= _.,
:gli -, 1-* 919 se destina a todas as pessoas: jovens, gundo critérios ecológicos e de qualidade 1?
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ção de urna nova situaçao laboral, assim responsáveis pela empresa recusando SU'
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AN-'mNi‹.i D. C.~x'rTANi & L.0iuâN.i l-io1.zi\›t1\.\'N _; §¿, Dicici.-¡Ái‹1o DE TRAB/uno E l"EcN‹;›r.oc;iA
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i i;;:i;:i ii:,ii :.; iii i:,:t : ; ii:: i;!: ,;.i
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têm iiiotivado ‹_› crc-'sciniento da utilizaçao PARAGUAY. A: I. B. B. Ergonomia, carga de
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:::;li :: ?i i ;iii; i:;1 : i ,: i!:i;; ii:: t;;ii: i
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mercantilistas europeias construíam aco-
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iãl ; ! i : ã; : : +: íí i Í ; i ; i i i -ii:i1i
Saúde Ocuptrcioriol. São Paulo. v. 15, ii. 59, p.
O desenvolvimento cientifico e tecnoló-
ii : i ; : i ; ; i , i I ; i ; : : i ; i : t : ; : i i , i ; : i i
39-43, jul./set. 1987. ticulares (Santos, 2008), evidenciando a de produtos, cuja administração era feita
gico abro novos campos do aplicação da VVISNER. A. Por dentro do trabalho. Ergomirniaz
:r{Í
método & técnica. São Paulo: FTD; Oboré, 'l987_
r';
ergonoiiiia. Como exemplo, tem-S0 a Er- construídos os primeiros edifícios com o
:; ;
ESPAÇOS DE TRABALHO
I i;i,=:i;ir=-;
*
trabalho. O carriter subjetivo de territoria- rença, na Itália, onde, em uni único pré-
Cláudia B. Pritlcrsori
:I:iij:i::i;
Relerêricias lidade assume nova diinerisão ao serem dio, estavam abrigados os escritórios, a
;
ASS()(.ÍlAÇ.ÃO BRASILEIRA DE ERGONO- socialnientc reconliecidos e legitimados magistratura e 0 arquivo do Estado. Mar-
i;::ii i: .,;i ;i=,
;
l\'ilA. Ergr›ri‹miia: ti lmlrrtiln da ABERGO, Rio 1. O ‹:onceito de espaço remete a uma cado pela expansão da Revolução Indus-
;z_;ili
de .lúin‹_-im, v. 1, n. 5, p. 16, set./oiii. 2000.
... o dominio e 0 controle do rzspaçri sob a
dicotornía conceitual. na qual, de um autoridade do trabaliia‹loi', prir.icipalii1t-.ri- trial, 0 início do séc. XIX reforça a cons-
;:::
BRASI I.. Miiiistério do Trabalho, I).O.U. Leis ia
l)‹âr~r‹-los. .\z'‹›rm‹i Rcguloiiienrudoro 17. lf'ort‹1ri¿i lado, t.I‹¿fstaca-se o aspecto subjetivo do es- te corno clufesa das ameaças de invasão, truçao de edificações corn o objetivo de
da Sutírctaria de Saúde ‹-1 Segurança do trahzi- paço (espaço mental), de outro, o concei- reunir as atividades de adrninistraçäo em
lharlor, 1990.
perda e desustahilização das rclciçfies de
to do espaço físico real. Lefebvre []l99i} traballio [l\/larrnot; I-Êlcy, 2000; Visc.-lier, um lugar especifico. Coiiipanhias do so-
l)Al\'lEI.l.Ol.l, R; LAVILLE, A.; 'I`EfGER. (`.
l¬`icçao e realidade do traballio operário. Revista busca unificar as duas diiiimisöes, rifâsíg- 2805). A personalização dos espaços de guro inglesas construíram sedes próprias
i:
Brrr.*»l'l‹"Ír'u do Sfiiifte Ocup‹iciuri(1l', São Pziuln, v. riando-as como espaço da prático s‹›‹:r`rrl traballio dos limites fisicos estabelecidos enquanto nas fábricas foi iniciado ri isola-
1: :1;;É1:i;il:iiÉí í,rrrz
lÍlíRR t-Ít RA, l.. l.. 'l`r.iballio em turnos: temas
para ‹tis‹-irssâo. São Paulo, Rrfviski Br‹rsi1r>r`r‹r dc dzz prorlizçáo in‹~orpor‹idas pelo espr-rçri. O de individual ou do grupo no amliiimite de das áreas da prodiiçäo fabril. Ao final des-
S‹'nz'‹Í‹* ()i'trp‹i('ioriu1, \'. 15, ri. 58, p. 27-32, zihi./'
i, ;i,;
g_|‹;t'›gi'-it`o Milton Santos destaca o espaço trabalho (Sniidstroin, 1991]. se século, profundas inudanças ‹'onieçam
:íiiÍ
inn. l<)87.
como uma instância da soci‹›‹l.itle, por 2. O espaço de traballio, tomado corno a acontecer rio espaço de trabalho. () ad-
l¡lALll(), l-Í; S/\.'\'"I`OS, N. dos. .'\1‹muul de omi-
lisr: ‹›rg'rori‹"›iiiiz.'‹i do trohriltio. Curitiba: Gênesis, conter re estar contido por outros iiistfili- instância da sociedade, acornpaiilia os vento de novas tecnologias voltadas para
15195. cias, econôiiiicas, culturais e institucio- movimentos e as transioriiiaçües das rela- a coiistruçâo civil (corno elevadores o
ii;:i: 1:, !;Ji i,lii:1.,
-
BERG, L. `l'i'‹rf›nllio cm turnos c noturno na .so-
r'r`r;‹t‹r(tv3 .'54 liorus. São Paulo: Athrfneu, 2003. btilho p‹.is.sa pela coiiipreelisão da relaçäo apresentaiido difereiites tronfiguiaçües. (como os bondes elétricos e o metrô) e
i1:,:i=l..i
I
GtiÉltIl\`. lã. ct al. C‹mipret-rider 0 tmboliio peru (i‹:riei'zilizada entre os individuos partici- Para melhor coinpieeiisão dessa dinâmi- para os equiparnentos destinados às ativi-
lrtrrisforiiiú-lo: a prática da ergoiioiiiia. São
paiites do l`orne‹.:iniento ou da dcriianda Ca, toinaremos como referência 0 traballio dades de escritório (como a máquina dc
Paulo: Eclgard Bli"ir.'l1oI', 2001.
lllJA, l. I:`rgoiioriii‹1: projeto rt produção. Síto de traballio, as organizações, o meio eco- ligado às atividades adininistrativas em escrever e o teleforiel proporcionou uma
Paulo: l'.Í(1{|ar‹i lšliiclier. 1992. lógico corno base física do trabalho e sua Espaços do ‹-›.<;c:ritc'i1'ios, pros:-:iite em gran- nova configuraçao urbana, na qual 0 ceri-
i;;:, i; =; i; l=
LA\-'ll..I.lE, A. Ergonomia. Paris: Pt'‹~::.»'.s‹_›s Univvr- infraestrutura (Santos, 2008). O estudo do tro da cidade passou a ser um ponto estra-
z-'ilr-iii'‹.=s do I*rari‹:‹i, 1076.
J' de parte do processo produtivo de organi-
espaço por meio das relações de traballio Zäções públicas 0 privadas. A partir da tégico para 0 setor de negócios. Nesse
l..ll\›l/\, F. de ll A. irrtroalrrçiro ri rrriálisr: crg‹mó‹
micri do traballio. Curso de Especialização ein implica no seu entendimento como um idade Moderna, o conceito de emprego periodo, coiiieçaram a ser construídos os
liiitieiiliaria dra Segurança do Trabúlliu. Belo conjunto indissociável, solidário e contra- primeiros arranha-céus, com a instalação
Cflmeça a se esboçar como relaçäo de tra-
i:
l~'lori?.orit‹\. liniversidade Federal de ]\/lines Ge-
mis, 1995. ‹iilÓrio de interações entre os sistemas de 5;:
...ii z balho, pela qual aprendizes rccebiam mo- de escritórios de companhias comerciais e
rs z .--
objetos e os sistemas de ações individuaiS industriais, fenômeno principalmente ob-
't''
I\'lAR(.`IíLlN, .J.; FERREIRA, L. L. Orl‹›ntaç‹'›‹=:< fãdia, alimentação e, eventualmente, al-
;:i'; ::;
_._.¡.,¿. 1
atuais da nictou'ologia ergoiiñniica na França. ou coletivas, os quais a ele concedem a ; i: i; ; : servado nos Estados Unidos. Ainda nesse
i;í:z
Í\'‹:\f1s!0 B/(rsíleíra de Sriúrfe Ocu_D‹1ciori(rl, São .'¡$' ";»r Qunia rcniuncraçáo em troca do seu
lt-iulo. \'. lí), ii. 73. p. 64-9, jan./iiiar. 1982. cap‹¬i‹'itlade dinâmica de transiorniaçäfi Ítflballio. Apenas durante a Renascença cenario, as ideias de Frederic W. Taylor e
-¿'!;l i Í-
l\›ll;`Nl`›f;S, J. M.; OLIVEIRA, 1! A. H. Medici- (Santos, 1997). Soja em uma aliordagclfl zé.-_ >-. :.- dëu-se início a organização espacial des- de sua aplicação na fábrica de Henry Ford
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r›.i do 'l`i'‹il›‹illio: ‹i dcsatin da iiiteç|rali‹l‹'irle da mais ampla ou mais restrita, o pressupos- "-- .É-
irnpuseiani a necessidade de novos arm ii-
Unada at atender a específica relaçao de
atenção Ii saúd‹=. ln: VIEIRA, S. L. Íorg.). Medr- hñ
cinu t›‹i.×'i‹;ri do trubiiltio. (fiiritibaz Gêiit.-si.=¬'. v. -1, to sistêiiiico do espaço articula as dife- v»fiä. wi!
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'~.°i Ú01"ninaçáo e subordinação em um am- jos espaciais que abrigasserri o processo
rap. 11, p. 33-40, 1995.
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rentes situações de traballio. As vat'iaçÕH5
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biente destinado ao traballio. Familias de produçao feito em tarefas seriadas e a
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divisão técnica do trabalho. O trabalho em tos de iluminação e materiais de acaba-
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flete os diferentes momentos históricos
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escritórios aproxima-se, então, do que C0- mento mais suaves, a viabilidade do conta- das relações de produçao. A evolução dos
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mumente vemos ainda nos dias de hoje: a to visual entre os colegas e a possibilidade meios instrumentais e sociais para a reali- as estratégias utilizadas por eles para a
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concentração de vários indivíduos em um de personalização dos espaços proporcio- _z, zação do trabalho é fator determinante da realização das tarefas (Ferreira, 2001)
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das à criação, à produção e ao tratamento arquitetônicos dos espaços de trabalho balho. O trabalho contém, e também está
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de informações. A padronização, a meca- em escritórios. A cultura Toyota, sob a contido, em um determinado espaço bre o “onde fazer", o espaço físico Onde 61
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nização das tarefas e dos processos do tra- ideia de oferecer espaços sadios e seguros Ê.- (Santos, 1997). O inegável surgimento de atividade de trabalho será realizada, usu- .ii
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buição interna desses edificios influenciou ções de iluminação e de temperatura, aos caso das atividades em esrrritorios, um dos pacial [Vischer, 2005), que reflete o poder
sigrnificativarnente as futuras concepções processos de trabalho fisicamente prote- impactos dessas niu‹lanças tem sida a nf- simbólico do espaço corno reforço da rela-
arquitetônicas para os espaços de trabalho. gidos com tarefas, equipamentos e treina- dução de área física ocupada pelos espa-~ ção de doniinaçäo e de status na organi-
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Nos anos 1950, projetistas alemães criam 0 ços de trabalho. Outro inrlicador if o au- zação (Sundstroni, 1991; Visclier, 2005).
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mento dentro de padrões que buscam o
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visões internas em salas ou em comparti- 1980 a introdução dos sistemas autôno- para reformas destinadas à ocupação du pregado. O "onde fazer” o trabalho, des-
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t tarte, pode ser considerado como um
mentos rnenores. O intuito era promover a mos da tecnologia da informação marca o outros difererites usos, tais corno o resi-
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com tuiiczrçño r-ntre os trabalhadores na tempo atual ainda indefinido em seu ca- dencial e o do fazer [Kinf:ai‹l, '¿ti(\'.il. í.Íf¬fl~ elemento estratégico, dinâmico e de
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cx‹~‹:uz_;ao de suas tarefas. Na década se- minho l1istorico.A dissemiiiaçãio da tecno- Sidcrando que os custos de rna|1ut‹¬n‹;äo r-
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guinte. o americano Robert Propst criou 0 logia da informação ta do clesenvolvinicn- tnnsenzaçíâo predial, de locação, do moder- titucionais, pensado corno um ponto de
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chamado ”cubi‹'ulo". A ideia inicial era to dos meios de comunicação propiciaram nização, dentre outros, ocupfnu o svquiirlo equilíbrio a ser procurado face as recentes -‹z. ~¬. uznâ.-
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prover o trabalhador de maior privacidade sensíveis mudanças na representação dos ;i lugar no mnl¬'ing de gastos ernprr-saiiais, formas de trabalho. Outro tema a ser dis-
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em seu posto de traballio e permitir a mo- espaços de traballio. Os escritórios apare- perdendo sornerite para. O pafiarnmito (105 cutido trata do suporte para alguns mode-
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bilidade nos planos espaciais abertos das cem como um dos mais sensíveis a essas salarios dos traballiadorc›s, ri rf-rluçíro du los atuais de desenvolvimento Sustentável
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grandes co1npanl1ias.Em conjunto com os transformações. Computadores e demais area física do espaço de traballio possibi- por meio das novas organizações do espa-
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projetos de Robert Propst, foi lançado pelo equipamentos de informática forçaram. lita uma significativa econouria tinaii‹:cira ço de trabalho. Aposa r de ainda pouco in- -sz
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empres¿'n'io Herman Miller 0 conceito de num primeiro momento, a criação de mo-
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para a organização. Surgern, entšâo, algu- vestigadas quanto à sua eficácia e muito tt
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questionadas quanto aos benefícios para 3;
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action office, corno forma de aumentar a biliário e de artefatos próprios. Atualmen- mas quest‹'›es possíveis para dtâbate.
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produtividade em escritórios. Por ser ex- te, a dependência de um lugar específico Como, por exemplo, o papcl do tz-.sj^mç‹1 nas os trabalhadores, as novas formas de tra-
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balhar estão abertas para que sejam cria-
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tremamente econômica, a utilização dos para a atividade de escritório é cada vez relações de traballio, sendo o produto e o z Í ll
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elenmnto de confirmação das relações de dos parâmetros de projetos visando à sus- . Íirf
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“cubiculos" acabou sendo feita de forma menor (Marmot,- Eley, 2000). A facilidade tiz-I-..Í - ' ftfí
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inapropriada, com o substancial aumento de transporte dos instrumentos de traba- dominação e subordinação. As decisões tentabilidade. Por exemplo, säo verificados
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da densidade de trabalhadores nas areas lho, como, por exemplo, os computadores sobre "como fazer", “o que fazer" e “quem o nivel de impacto provocado pela cons- Ítl
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de escritorio. Na década de 1970, arquite- portáteis, e dos meios de comunicação 8 ,,;_f,- as ,rj
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tos escandinavos propuseram mudanças transmissao de dados possibilitam que 0 -fra Tfëlações de poder no contexto do traballio. de energia utilizada na sua infraestrutura,
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nos espaços de trabalho em escritórios _¿ 'Í _.: Q_. Há, nesse caso, a fornralizaçíâo do constar- a durabilidade dos materiais empregados ¡ l
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escritório esteja em qualquer lugar e õ
que permitiriam sua “humanização". Ape- qualquer' tempo.
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limento das duas partes no contrato de na construção, os meios de transportes .íiff,š
sar da continuidade dos espaços abertos e 3. O espaço de trabalho, entendido .çä -4* trabalho e da liberdade de e.<¬coll1a que utilizados para o seu acesso e outros fato- ,_\.
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5-* res (Kincaid, 2002). São consideradas, as-
do uso de postos de trabalho no modelo dos como espaço da prática social e como uma E ,P .-¡ ämbas tem em aceitar ou não os termos do
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referidos "cubículos", a adoção de elernen- instancia da sociedade, acompanha e re- i ;-*"z z. Y; Seu conteúdo. Entretarito, ajustes institu- sim, as possiveis ações realizadas para
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minimizar impactos negativos sobre o aprofundamento do conhecimento dessas vidade. Laboratorio de Ergonomia, Instituto de
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goal, territorialidade, percepção do densi-
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. É ! ! : e : = .,' : i i . z i u ; u , ;:i;;
lho, participa da interação entre os siste- pelas perspectivas oferecidas pelas dife- _ ‹ traballio ÍSundstroni, 1991). KINCAID, D. Adaplmg buildirigs for changing
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tz uses: Guidelines for change ot use refurbish-
mas do mundo do trabalho. Se, por um rentes iormasde trabalhar deve se sobre- As novas formas de trabalho indicam
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ment. London: Taylor Bz Francis, 2002.
lado a redução da área fisica do ocupação por às novidades do momento. Questões uma descentralização, ou até mesmo uma
gi:;á,Í,:;:i;,i':
.,-Ê . LEFEBVRE, H. The production ol space. Trad.
por ‹~s‹':ritÓrios pode significar uma amea- sobre o gerenciamento dos trabalhadores .'~ renúncia temporária, do espaço do traba- D. Nivçholson-F-niith. 3. reinip. Oxford: Black-
well, 1991.
ça para os trabalhadores, por outro. o au- sem um referencial de espaço de traballio lhador em favor de uma nova organização
i\'lARMO'lÉ A ; ELEY. J. Office space planning:
mento da oierta de áreas livres em edifi- suscitam outras indagações a respeito das do espaço de trabalho. Quais as implica- De-signiiig foi' tomorrow's workplace. New
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cios permito que outras atividades possam barreiras criadas pela responsabilidade ções de tais mudanças para as relações York: l\']t:(']raw-Hill, 2000.
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do tc-leinlormática e a descentralização servados nas atividades feitas em casa? As encontram-se coiitraclitrnias e inertfcein SUNDSTROl\/l, E. Wurk c=tivii'‹m1ii‹21'it.s: Officvrs
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and factorios. Iii: STOKOLS, l).; ,'\_].TMz'\N, 1.
das f‹:i\fi‹la‹lt_,-s para outras áreas das cida- inlormações necessárias para o cumpri- exaustiva investiqa‹;Zi‹›. A participação
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leds). l~l'rindboo.l‹ of Envrrorimentol Psychology.
-zlf'-.~. arimriais das centrais contribuem para mento de uma tarefa estariam disponíveis dos trabalhadores nas tlocisoes sobre O Malabar, FL, lsflrieger, v. 1, p. 733-782, 1987.
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i'u‹.'loz.ir os deslocamentos dos trabalhado- ao trabalhador em tempo real, sem as co- seu espaço de trabalho è, portanto, cs- VISCÍHER, J. C. Space meets sluttls: Dcsigníng
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i;:ii;;i,i;:itjj;i; ji,ff;
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worl\'plo‹:c pcrmrriiu/ice. Oxnri: Roullctlge. 2005.
r-›.~:, ziíiiiinuir 0 Irálego de veículos e a municações interativas corn os colegas de sencial (Abrahão et ol., 2()tl9l. Ninguem
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fit'-i--×:.'"io dt- gases poluentes. Novas dire- traballio? Como ficam as rnpresciitoçñes melhor para iiiforniar .sobre u trabfilho re-
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1|izz~- para os projetos dos espaços de tra- do espaço de trabalho (Lefebvre. 1991) alizado do que os proprios tiaballiadores Erica Do TRABALHO
:
2z.i.'.!n,, como }'\riorizar obras do retorrnas e ligadas às relações de produção e à orga- que executam a ‹iti\itl‹'1‹'l‹› dt- trzibalho. Í) Henrique (lrretono Nardi
ii
icstauraçíizi de areas deso‹:up‹':id¡is e pro- nização por elas imposta, nas quais os .si-
: rficonliecirnento do espaço no contrato do
;: iti:::::,
|‹¬tai espaços arquitetÕni‹:os utili7.ando
;;
i: í: ; : i i ; i ;:É ;c ; ; r i i traballio implica em cniisid‹›iz'i-lo como
nais, os codigos e o ‹;outat.o direto entre os l. A definição do ético do Imballio está
i; : :.
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pazfiiiielifos de flexibilidade e durabilida- individuos eslreitani o cornpromisso com componente das relações de prodtiçäo. associada .Ji expressão “ética protestan-
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líi?i,:;i
z'!‹- ~.:u:‹.;ur;i fƒorrm prerrogativas para al- as ações empreendidas? Nem todas .is ati- A ariipliaçãri dos coiilit:cilri(:rittis .solve te do trabalho" cunliada por Max Vveber
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‹;.ir¡r;‹ir :i su.sl.entabilidade. vidados de trabalho podem ser realizadas os condicionantes anibicntais, que lavo- {1Sl(37], quando este anunciou as condi-
-1. /K «oiitemporaneidade caracterizada longe de um espaço proprio. O coiiheci- reçam a conservação do meio ainliiente ções morais para o .surgimento do capi-
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por mira faso na qual os instrumentos uti- mento dessas atividades em sua situa‹_;ä‹› por meio de modelos siisteiitáwris, vein talismo presentes na ética protestante.
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lizazlos pelo trabalhador não são Soniente real permite traçar novas diretrizes para a ¬tƒ oierecendo novos par¿'m1t,:ti'os para proje- 'Weber afirmou que a motivação para 0
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a i‹›ii'arii‹-frita, a máquina e a automação z IOS e construções de ‹~.spaç‹.›s destinados traliallio, como vo‹:açê'1o, constituía a nie-
coiicepçáo dos espaços. Nesse sentido. H ve ' 1 i
-ÊÂFÉ Y`:' '
(S.1n!os, 1997), mas também a instanta- visao sistêmica da ergonomia da atividade Í":Í› .- dO traballio. Finalmente, a ciimpreensão llior, st--:irao a unica, forma de assegurar o
noirlatiúz e a universalidade das comuni- revela-se como uma eficiente promotora . destes conceitos significa id‹›.1itiiica|'a ini- estado de graça na doutrina protestaiite.
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rí-'¬'f._'‹~i.:s. r‹;-*niodelando a organização dos da transformação do trabalho por meio de I-lflrlância do espaço no mundo do traba- Weber também dizia que o trabalho como
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‹›::¡>¿i‹;'‹›s de trabalho e sugerindo uma re- metodologia própria de investigação dos lho em sua dimensão mais humana, que Ó obrigação moral teria se transformado em
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t`l‹éx.io critica quanto à sua transformação. problemas nas diferentes situaçoes [Fer- ar* › -
-rs - ze 6 dimensão da prática Social. uma atitude täu caracteristica para o tra-
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lírrlifiidorido o espaço como uni sistema, reira, 2001; Abrahão et al., 2009). igual- halhador moderno quanto a atitude do pa-
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sin. tirzráiiiit'‹1 taiiibéni É irliluenciado pelo mente, os estudos sobre a inter-relaçáü Reíerèncias ' trão com relação êi acumulação.
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sisti.-:na de interação e inter-rela‹_¿ào entre pessoa-ambiente apresentam diferenteã ÂBRAHÃO, J. I. of al. lntroduçrio Ó Ergori‹›niio: Os principios descritos por Weber mar- 0
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1- Í2. dê prática à teoria. São Íüiiiloz Bluchur, 2009.
o riiølix-'iduo e o espaço. Nas diferentes vi- dimensões a serem consideradas na con- ‹.-*fr ^« cam a pririiazia do traballio corno dever e
'az *Ê-" F_ERRElRA, M. C. {20()l ). O sujeito forja o tun-
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.-.(›z›.< f- contextos, sejam individuais, coleti- cepção dos espaços de trabalho. Pesqnisaã r 21. como valor no codigo moral característico
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‹ maçöes da ética do trabalho, Rose (1985) dos por Weber, são: al a_ busca individu-
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estruturarani a sociedade industrial. Na objetivo de acumular virtudes e dinheiro
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landa (1992), a construçao da ética do timamente ligado ao periodo histórico do
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Í sociedade contemporânea, marcada pelo (gratificação adiada); c) a aceitação e con-
i;i
trabalho no Brasil adquiriu características taylorismo-íordismo, no qual o estatuto de
íir ;i : á: ;: !i li :ii
Í capitalisnio financeiro e pelo trabalho ima- balhar diligente e disciplinado. indepen- esta impediu a construçao de relações de ponente fundamental da estruturação do
Í terial, o valor moral atribuido ao trabalho dente de quão duro ou penoso seja este
: ; iÉ
traballio capitalistas até o final do Séc. lugar ocupado pelo trabalhador na socie-
transformou-se radicalmente. Para com- traballio; d) a obediência e a sensação de XIX. Como consequência. o apego ao dade. Esta associação entre a cidadania e
Í
preender esta transformação e importante dever para coiii as ordens “justas” do pa- trabalho e os atributos morais relativos a inserção no mercado formal de trabalho
‹ ‹°oinpreendcr os sentidos atribuídos aos trão; e) a importáiicia do trabalho, na vida
termos etica e moral. Etini‹›logi‹'arriente, como um todo, como uma fonte de signi- t ao traballio, tal como presentes na ética passou por modificações radicais na rees-
:: l;
protestante, surgiram às avessas no mo- truturação do capitalismo, transformando
;
Í
ético ré moral têm a niesnia origem (do la- ficado e um senso de valorização pessoal
i : : : ri
delo de produção colonialistalescravistal as relações de traballio e o código moral
Í tim, niores o do grego csílirisl O se relereni (centralidade do traballio) (cf. Rose, 1985).
;
ui:!iii::t::::i;:li!i,
ii i'‹1*Ile›;á‹› sobre a ação 0 os priiicipios que Estudos do cunho psicossociológico e modificou este quadro, pois niantovo a Os estudos dedicados a comprt-end‹›r
I
r;:i,;:i::;,:;!::ii;i
dirigem a ação e que perniiteni o julga- econômico buscaram estabelecer compara- imagem da indisciplina e vadiagem asso- os efeitos das transformações do capita-
eÊii; l=;:r!;t
l inn_v.
ções entre os rlilerr-êiites graus de incorpo- ciada ao trabalhador brasileiro. Somente
;
Tllíšlllü Ol`lÍl'Q Í) l)(!lI'l El O Iflëll, Í.) (ÍUÍTÚÍO (3 O lismo sobre a ética do trabalho apontam
inr~oi'rcto. Dentre as rnultiplas possibili- ração da ética do trabalho (utilizando esca-
=
Í d partir da chamada “Era Vargas" que O para urna série de consequências, corno;
dades de definição contenip‹irâii‹z=as, op- las padronizadas) em diferentes culturas e
. i , ; , ,; : : ; . i , i i : : : : t , :
:; zi;;i: ; ;t : + : ; l; íi
Estado buscou atribttir valor moral posi- o aumento do individualismo; a frouxidäo
=.;
Í
tamos por coiicrrituar (Ética: corno a prática o grau de drzseiivolviirioritri econômico dos tivo ao traballio, associando-o à familia e do laço social; a criação de uma cultura do
r‹›ll‹-xiva (na forma aristot‹'2licz¬i} na busca países (Fiirnliani, llltllši. Ainda hoje, pes- a honestidade e formalizandn as relações narcisismo; a perspectiva do uma socie-
;i;li!:
da “boa vida” o moro] como o ‹~‹'iiligo de re- quiszis buscam coinparar diferentes religi- de traballio. Essa regulação legal permi-
=
ii
1 |irin‹'i'pio superior c univ‹>rsal (imperativo invariavelmente para um reforço da hipó-
iiiii 4°*'^`Af-Hif'-¬‹!I”
proteção social {ser-viços de saúde, direi- mantelamento das garantias de estabili-
i=,==l
E
categóricol no sentido do um ”‹levc-r ser". tese lançada por Weber (Guisoç Sapienza;
r T0 à aposentadoria, a pensão etc.), resul- dade que permitiram o plaiiejam‹;›nto de
;iaç;it ::Êr!i4
J Íe!~:
Í testaiite e que a associa ao espírito do ca- Estudos de cunho sociológico e antro- Cfl do brasileiro passaram a ser definidas afirma que 0 seiitiniento dominante é fi
;i ! : :'
iii;;,,;;,i;;
'Ê' . -*fi
Í pilalisnio e, do outro, o questionainelilo polÓgi‹;'‹›, por outro lado, buscam estabe- como a de seu esforço como trabalhador- sensação de um novo tipo de iricorteza,
(lcssc. código moral a partir de uma refle- lecer a relação entre a ética do trabalho E cidadão, isto é, como membro socialmen- não limitada à própria sorte e aos dons de T- *JE
4
Í xa‹› sobre as ti'aiisf0rinaç(›‹~_›s dos .sentidos as transformações do capitalismo por dí- IG útil ao Estado. Ou seja, a extensão da uma pessoa, mas a nova configuração do
Í O do Valor atribuídos ao traballio. Seria versos caminhos teóricos, seja pela via dflfi Cidadania estavalembutida na profissão iiiundo. A maneira correta de viver neste f~¿
mais adequado, portanto, coinproender 1'epr‹¬sentaçöes sociais, da ideologia 011. G 05 direitos do cidadão restiingiarii-se mundo e os critérios para julgar o certo e o
Í
a ética proti-_:st.=int<› do traballio como urna ainda, corno uni código moral que baliza ÕUS direitos do lugar que se ocupava no errado estariam indefinidos.
;
É 7 i -'1-
nioral do traballio e a ética do traballio os processos de subjetivação. Esse códig0. zlä
::
Í Díücesso produtivo, tal como reconhecido Diversos autores apontain para os efeitos
i:i;:;
corno a prática reflexiva sobre o lugar dos- ao construir uina de-termiiiada posição de P016 lei. Segundo Colbari (1995), a ética perversos das novas exigências colocadas
‹ -iu.. -, 1. ff
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te tizi rt-igulação das rt-l‹‹i‹¿‹'›es sociais o na sujeito marcado por uma identidade lixa Citi traballio assumiu, no caso brasileiro,
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Os princípios definidores da ética do to), agencia diferentes formas dedoniíflä' ~ízí:.i§ Pfflvedor de família, a qual se dissociou práticas que envolvem a gerência. da estru-
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traballio na modernidade, tal corno defini- ção que acompanham as transforniaçöfis fp.. ._¡ da base religiosa pa ra afirmar-se pelo viés
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novas formas de gestão] e que demandam riedade de gueto", denominação do autor 24. ed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1982.
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1998; 2009). A diferença com relação ao
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um trabalhador “as if" (como se), ou seja, para a cultura operária. teria se dissolvido CASTEL, R. As metomorfoses da questão social:
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.¿‹ Brasil e outros países da America Latina e uma crônica do salario. Petrópolis: Vozes, 1998.
14
um sujeito-que se adapte a qualquer forma nos nossos días. A nova ética seria marca- .gr-_
_-› do Sul do planeta é que nestes contextos . Lo montée dos rncertitudcs: travail, pro-
de comportamento necessária à conquista da por uma solidariedade cotidiana com tections, stalut de l'individu. Paris: Seuil, 2009.
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Sociais existe a imposição de um indivi-
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do sucesso individual. a formaçao de grupos com relaçoes pró- 1; CATTANI, A. D. et ul. Dicionário Internacio-
c : z; e
i.. dualismo "pur o'èfoui", ou seja, um indi-
O comportamento, segundo Bauman ximas e coesas, ou seja, formas microsso- nor' da Outra Economia, São Paulo; Almedina,
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vidualismo solitário caracterizado pela
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o passou a ser marcado pela estética do surgirnento de comunidades autênticas do Rr;~liç}ion in macroeconomics: a quantitative
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tNardi, 2006). Para além do debate em
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por Zoli em relação aos países ‹:entrais,
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liar na construção da identidade profissional.
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ressurge nos ultimos anos, sobretudo nos
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para o consumidor da contemporaneidade São Palito: UFES -- Letras tr Letras, 1995.
irrtorlsanrerrte baseado em normas ex-
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paises de economia perif‹'.›rica fe aqueles
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-- como atores sociais privilegiados de seus Er'\'RlQtíEZ, E. O indivíduo preso na arma‹lí-
plícitas inrplícitas e hoie questionado,
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llia da estrutura estratéglcíi. Revista de Admi-
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tempos -- indica a acentuação do indivi- l.(3l`l¿l l'¿¡?Sld(lO SOII](?lll'í-`^ ii ¡il.llU1`l`(šfCl'ÔI]CÍã. nístmçoo de Empresas, São Paulo, v. 1, n. 37, p.
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mada de princípios desenvolvidos pelos
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dualismo, pois, se o trabalho é coletivo, o 18-2š1,jao.lmar. 1997.
A práxis etica emer'gcnte não forrnularia .,_
a, socialistas utópicos e que assumiu ‹1 o`‹.--
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Ft_`-RNHAM, A. et ul. A comparison of Protes-
consumo é marcado pela individualidarle. regras 0 principios morais e possibilitaria iii;
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mais otimista, suqere que o contexto do ca- 185-IQT, 1993.
dos ptohlernas rj-ticos, ou seja, a busca da a qual busca fundar as relações sociais
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GIYISO. L.: SAPIFNZA, H; 7.ll\`(ZAl..ES, L.
pitalismo cuntctn|›‹rr[=rn:o pode fazer terrier- ‹'‹›r1.~ôtrucz]o ‹lo consctznso como ideal eti- e de traballio a partir de valores como a
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_:. l*eo¡Jlf.~'s Opium? Roliqiun and t-corrnnric attitu-
gir urna nova ética que teria por principio co. A crise ;r:o=:ocatl‹r pelo qlrcstionarneri- ›. atrtoqestao e a cooperação em opo.sr‹_-.'ro rlos. Ioumul of Ntonetory Ecorronrlrxs, n. 50, p.
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uma forma de arrtorrcf(~ruri‹'ialida‹lo dos 225-.Zf›"2, 2003.
Io tios r:ro‹íf'¡‹›s da rnodt-rnid.'r‹l‹~, os quais à ‹'ornp‹~ti‹;z`i‹› tlesregulada reinangurada
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l.AS(.`H, (I. O1\/1r'nr'rrm Eu: sobr'eviv‹I-n‹'r`r1 psíqui-
individuos, seria “uma transforrriagao dos garantiram vt-.rta sr-qurarrca eàistericial. pelo ciclo neolil)eral dos anos 1980. zgo em ternpus dificeis. 5. erl. São Paulo: Brasi-
cuidados de si". Ele afirma que no modelo provo‹'al'ia nos ¡ovcns a introspecção lrr-nsf-. 1990.
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cultural da rnodt-:r'r1idad‹~=. industrial n jul- turno rrralwirér de buscar respostas para z +;^ t-: - -: .r
‹ .¡ éuca do trabalho transforma-se dc acor- N/uzor, H. ct. Érica, 'rmzzfzlrw Q szzhrefrtzraaae.
Porto Alegre: Ed. Ufrgs, 2006.
gamento das ¿-rçñrzs rios individuos esteve os julgornrântos quiinlrr às forrnas de con- flfi com as modificações das relações de ROSE, l\-1. Rf:-\-Vuriung The l/Vürlà' EIHÍC: eco-
sempre condicionado a obrigações frente ‹lu2.i.r a vida. O individualismo que emer- traballio e da dinâmica. social. A análise nomic values and socio-cultural politics. New
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aos outros. `Esses outros eram: Deus, os fi- giria da ‹:r|s‹= não sc-ria uma qrrestáo de York: S‹:hocken Books, 1995.
dos parâmetros da reflexão ética busca,
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lhos, os amigos prÓ›‹i.mos ou a sociedade es‹:ol.ha, mas uma inrposiçãlo do novo mo- SlÉNN]'_Í'I"l`, R. The Corrosíon of Chcrmcrer: per-
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sonal r-onsequences of work in the rrow capita-
como um todo. Esse caminho de autorrea- delo cultural. Airula s‹-equndo Zoll, a fal-
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t›; tas aos trabalhadores na relação do forças lism. New York: W. W Norton to Company, 1998.
Ii'/.ação era fruto de um esforço através do ta do lil.›crtlad‹° nas ‹'asc‹›ll'ras relativas af)
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trabalho e era projetado rro futuro. Neste trabalho seria r:ornp‹;risa‹la pelas escolhas Capitulfsrno. São Paulo: Pioneira, 1967.
do capitalismo, a qual vai influenciar os
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novo modelo, o irnportante seria a satis- dos modos de viria. A saída para os novofi ¬+-1-›. "-:.'
sf ZOLL. R. Nouvel indivƒduulisrne et solidorité
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fJF0C(-:ssos de tomada de decisão, assim quotidicmrc: essai sur les mutations .=.o‹¬io-‹'u1-
fação imediata e a temporalidade seria t1aball:a‹.tor'es seria, portanto, a busca de Êš.
Cümo a maneira corno os trabalhadores se turelles. Paris: Ed. Kimé, 1992.
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marcada por um pre.==(3nle perlrtalletlte. A autorroali'/.a‹¿äo na vida fora do trabalho. .zf
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nova ética comportaria, segundo 0 autor, 3. Uma ‹'rític¿i rrnpor tante à liipótese (ler
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um novo individualismo caracterizado por senvolvíila por Zoli centra-se no fato de =->¬
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dariedade Operária clássica, a qual estaria 0Slu‹l0s lealizarlos com jovens da Europa 123: 1:'
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basicamente associada a lógica de conter e do (Íarizulá, porsr-r; rios quais a possibillr
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a competição entre pares em limites míni- dade do sol)r'e\'i\=(-rrcia garantida pelo Es- "_'0U'erni7rrtiorzz politics. tradition and aestlre-
tics in the rnodcrn social Order. Stanford: Stau- define-se como o conjunto de principios,
mos como forma de assegurar' a coesao no tado O pela e:‹;_ist‹':1:‹7r`a da propriedarle S0' À.
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dos substantivos e dos adjetivos positivos:
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tamentos individuais e sociais tendo como tendo como ideia basilar uma avaliação i racional, pragmático, equilibrado, eficaz do, as dimensões predatórias das corpora-
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uma visão progressista, voltada ao futuro e bouço teórico subsequente. compreende t consumo alienado e pela mercantiliza çao de fato, são anti-humanas e antissociais.
não atrelada às autoridades religiosas, à os individuos como idênticos e sempre em de todas as dimensões da vida humana. Considerando somente o poder originá-
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tradição e, sobretudo, a interesses imedia- pé de igualdade, como seres dotados de A mais grave incoerência dessa cons- rio das diferenças incomensuráveis entre
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de e o alcance das normas éticas sag asso- continuamente o livre arbítrio e buscando da igualdade dos sujeitos e a proprieda- tar outra inconsistência lógica presente
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e objetivos políticos e econômicos não te- De acordo com os principais teóricos des- gi lização da propriedade privada inviabiliza podem fraudar todos os princípios da livre
nham carater universalizadon sa corrente interpretativa, a razão con- , r a igualdade de chances, estendendo seus concorrência, da igualdade de chances e
das racionalidades administrativa e pro-
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Concepções circunscritas de ética fra- Cerne ao conhecimento natural, diferente zi reflexos ao mercado de trabalho e à esfera
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dutiva [Galbraith,'2004; Mathers, 2004;
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duzem-se quase sempre como reduções do conhecimento revelado, cujas origens _-É ¿` produtiva. O princípio da acumulação ili-
particularistas, representando, em alguns situam-se na fé ou no dogma. Supondo-se ,,_';¡ mitada reforça e intensifica os desequilí- Nordstrom, 2007). O mais importante é
casos, meros códigos de conduta autopro- a inexistência de condicionamentos pré- brios. Longe de materializar um processo que esses expedientes não se reduzem a
clamados ou deontologias, que buscam, vios. de origem política ou econômica, o ,_ unitário, com resultados homogêneos me- práticas excepcionais, sendo corriqueiros
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entretanto, legitimidade em referências a exercício da razão seria, portanto, univer- Í* ritoriamente conquistados, o capitalismo no “supercapitalismo" (Reich, 2008). Ou-
principios éticos gerais. Exatamente por sal e objetivo, correspondendo à verdade _ fria e recria continuamente as desigual- tra incoerência lógica revela-se na adoção,
isso, essas concepções precisam ser ana- dos fenômenos. As formulações subse- dades, penalizando e marginalizando os por grandes empresas multinacionais, de
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lisadas com extremo cuidado, de modo quentes, que constituem a denominada mais vulneráveis. Ora, uma ordem social “cartas éticas" válidas em seus paises de
que sejam identificados seus princípios Ciência Econômica, nada mais são que 0 lusta associa-se obrigatoriamente a ideia origem, mas não no Terceiro Mundo. As-
¡{r;1j 'de igualdade e equidade. A racionalidade sim, declarações de respeito aos códigos
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e sua coerência interna, suas valorações resultado de um encadeamento axíológico
pragmáticas e prescritivas, bem como seu a partir da ficção do Homo economicos. As capitalista opera em sentido oposto, cons- de trabalho ou à legislação ambiental
alcance ideológico. A referência à ética teorias do livre mercado autorregulador, truindo e redefinindo hierarquias, parti- servem à Europa ou aos Estados Uni-
r-ularismos, privilégios e exclusões. dos e Canadá, mas não são adotadas nos
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da firma, do consumidor soberano com
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econômica como emanação da corrente
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demais países. Num tardio respeito aos
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de pensamento dominante envolve vários suas ordens de Valores, sustentam-se nes- No capitalismo, a ética econômica deve
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questionamentos acerca, por exemplo, da sa concepção particular da ação humanã. 'Ji-Í Scr entendida como um conjunto de pnn- consumidores do Primeiro Mundo, mul-
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consistência e congruência internas na hedonista, autossuficiente e egoísta, sen- UPIOS, praticas e valores definido num tinacionais farmacêuticas retiram desse
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sua construção lógica, de seu significado do nada mais do que crenças e discursoâ Quadro que parte da injustiça e nela resul- mercado medicamentos condenados pe-
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como reforço do poder no seio das organi- que traduzem interesses específicos. Pari! 'ÍÍ'_Ífl-Somente é possível considerar-se legí- los serviços de saúde mas continuam a
vende-los na África ou na América Latina.
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zações, de sua extensão a esferas não eco- legitimar as razões do poder, a economífi timo o caráter amoral /do capitalismo,
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nômicas e de sua influência antiutópica. “pura” precisa abstrair o mundo real, apa' ;Í"C0Ino
o faz um influente filósofo contem- Ao mesmo tempo em que proclamarn sua
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2. As designações economia natural, gando os paradoxos, negando a violêncíä ;í' P°Ianeo, Com te-S onville (2004), acei- missão redentora internacionalista, divi-
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economia positiva e economia puro re- e a dominação e escondendo as contradi- dem os seres humanosentre cidadãos de
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ção entre o econômico e o social interroga r¿:Í- internas entre os diferentes serviços e en-
merecedores de respeito ético) e de se-
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i:iE ÊÉgiÍE FEÊ:ÉAi:;! : i: ã;áàiã;r EÊâÊiü [É ;
tre os assalariados, o controle não deve são mobilizados (respeito ao outro, desen- ':.;c'! só -ä_
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gunda (o restante do mundo, indigno de o sentido da participação de cada um no 'f.Í¿
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volvimento pessoal, solidariedade etc.) e _: V
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mais incidir unicamente sobre o processo
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consideração). Uma ética econômica sob projeto econômico, que se torna cada vez Ít
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oferecidos pela empresa aos individuos
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de produção, mas também sobre a perso-
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as condições do capitalismo realmente menos justificável humana e socialmente. zzr
em "busca de sentido". Percebe-se assim
Ao mesmo tempo. as mutações verificadas Ê' nalidade dos produtores.
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existente nada mais é do que uma peça uma forma de privatização dos valores li-
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publicitária, estratégia indireta para asse- _»
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de controle e regulação pelo mercado gada às próprias motivações da adesão --ti
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gurar o objetivo precipuo do capitalismo: economia reforçam o imperativo de envol-
mais comerciais e publicitárias e menos
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a maximização do lucro (Bakan, 2008). vimento dos atores no sistema, já que as estritamente ideológicas e de propaganda.
frutos esperados. Pondo fim às solidarie-
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3. A partir da década de 1990, a expan- capacidades relacionais e comunicacio-
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dades e às referências tradicionais. a in- A eficácia desses procedimentos, para 'l
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são capitalista foi marcada pela redução nais estão sendo progressivamente soli- ç vç
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dividualização crescente da nova gestão. além das lógicas de sedução, repousa so-
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do Estado de bem-estar, pela precarização citadas nas organizações. Em um período
bre lógicas de autopersuasão. A publicida-
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que reduz a troca à sua dimensão mer- `Ê
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do trabalho e pela multiplicação dos es- em que a racionalidade capitalista busca f
r de dos bens e dos valores manteria, por
cantil, resulta em fragilização das bases
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cândalos corporativos. As desigualdades não mais mobilizar tanto olgesto. mas a Á ..
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sobre as quais repousava a coordenação
sociais que acompanham esse crescimen- pessoa global como recurso a serviço do
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uma conciliação, de um lado, das lógicas nente à ordem econômica fica reduzida a
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lariados. Torna-se necessária a invenção .
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Somado aos graves impactos ambientais. fr .- pura mística social, cuja vocação seria sus-
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de concorrência e de competitividade (in-
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esse fenômeno reacendeu urna infinidade de novas formas de cooperação que não 1; .
iii' tentar uma ação humana desprovida de
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troduzidas em nome dos valores liberais ‹ “ i,
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de movimentos da sociedade civil, que re- podem se reduzir às formas de integração
I-° individualistas), das quais ela espera mais sentido e de valores, mas que é gestada, \ z
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forçaram antigas resistências, abrindo no- funcionais da organização taylorista. É .(,'
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eficácia, e, de outro, da manutenção das organizada e controlada pela economia,
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vos campos de embate contra a domina- preciso acrescentar-se à hipotese da ero-
formas de cooperação de que se benefi- mesmo quando não passa de uma agita- 7-.
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ção do sistema capitalista. É nesse campo são da crença no progresso a suposição de Í
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ção sem fim para o homem. A solidarieda-
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de enfrentamento que se pode entender que as transformações operadas na socie-
íã; í; i ã i âeíiÉ eE É ái
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0 desenvolvimento das praticas ditas de dade requerem menos a restauração des- .z
'A oferta ética" voltada aos assalariados como efeito de poder (Demo, 2002). .\
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"boa governança corporativa”, de “res- sa fé e mais uma ideologia de substituição fg. 5.5
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surge dessa necessidade. A ética econômi-
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ponsabilidade social empresarial" e de que acompanhe essas mutações.
de preservar ou recuperar a legitimidade . 1 .,gi,.
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¬..› *Í ca das empresas seria a resposta "técnica"
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"ética econômica". Esta última, expressa A nova organização do trabalho rede-
-1? fj das práticas capitalistas, além dos proce-
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concebida pela gestão para suprir o déficit r
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sob tonitruantes declarações de principios fine “a unidade do trabalhador" na base Í;.ÍÍ*.'." -1-f,
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amplamente divulgadas pela midia, apa- de uma "gestão" das trocas. opondo-se a £
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presários e ideologos instrumentalizam ( *V
buem para instalar. Essa ética retrabalha-
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rece nos balanços sociais, nas ações ditas uma economia dos movimentos obtida por fz-, 5
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da pelas lógicas econômicas encontra uma
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de responsabilidades empresarial e social uma divisão cada vez mais acurada dos
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Expressão paroxistica nas cartas e nos có- dade de autorregulação e de aperfeiçoa- =«~
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e, muito particularmente. no desenvolvi- gestos e. portanto, pela especialização G mento do sistema. Não sendo suficientes C _,
ãS-d9.::,""-.i
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digos das empresas. Neles, a ética estabe-
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Embora a “ética econômica” inscreva- se a ética progressista contribuiu para for- * '.
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valores e fins. Todavia, as motivações da de e eficiência técnica, glorificam-se as (.
se mais no campo discursiva e traduza-se jar o "Horno fober", é possivel levantar-se
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ditar-se em alguma coisa" e de sentir-se
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ção, isto é, da regulação das interações na comunicação crescente nas organizações. '.-
Í01”ídade" 1 não fornecem mais realmente. cooperativa.
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esfera econômica. apresenta-se com gra- Já que se espera a evolução das relaçöfifi t
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Inicialmente, a economia dominante ig- to das identidades não ocidentais, assim
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norou os esforços alternativos e altermun- como pelas lutas em defesa das diversida-
exóticas desenvolveram em suas relações `2.;. :_\¿.§, des culturais e ambientais. Nessa luta por A etnocíência, por sua vez, é todo o con-
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dialistas; depois, tratou-os com ironia e
com a natureza. O reconhecimento das É, junto de práticas relacionadas com a cap-
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desdém; e, finalmente, contra-atacou no :Í
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campo ético. Porém, a tentação ética do etnociências é também o reconhecimen- turação, com a colonização do mundo da
, redefinição de posicionamentos diante de
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to de que a ciência não pode se restringir vida dessas populações não ocidentais por
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capitalismo (Salmon, 2007) é antiutópica. -_ noções como etnoconhecrrnento e etnocr-
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Ela reforça a participação regrada pelos ao corpo de conhecimentos produzidos ência, em função especialmente da neces-
parte do mundo sistêmico que pode estar
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e instituídos pela cultura ocidental, mas _; sidade de uma compreensão mais precisa agindo sob a forma de economia, de po-
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valores e interesses dominantes, promo-
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der político, de ciência, técnica ou cultura,
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que deve compreender a vasta e complexa
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vendo o envolvimento no sistema que se em torno de todas as suas implicações
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com o objetivo principal de identificar, re-
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rede de saberes e práticas das chamadas Ç;
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econômicas, culturais e políticas.
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quer sem alternância. Em sua visão em-
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que não deve estar ausente da definição do etnoconhecimento em formas de saber
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ser reconhecida e a de que o etnoconhe-
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economia capitalista como fato inelutável
capazes de serem incorporadas aos dife-
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e intransponível. Antiutópica, a mani- de etnociências é que elas contribuiram e ~ cimento encontra-se localizado no mundo
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continuam a contribuir para a constituição da vida das populações sob a forma de co-
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festação empresarial da ética econômica
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e desenvolvimento de praticamente todos ` nhecimento amplamente difundido e reco- de etnofarrnacofogia. etnomedicina, etno-
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busca atender pragmaticamente aos inte-
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os campos da ciência que conhecemos. "“- ››. . . . z zoologia, etnobotãnica, etnomatematica,
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resses restritos do capital, corrompendo -g;-_: nhecrdo pelos individuos e grupos de suas
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Alguns aspectos das etnociëncias e do Í respectivas comunidades e sociedades e etnodireito etc. Os exemplos mais popu-
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o imperativo categórico do dever moral e
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etnoconhecimento são importantes para
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deturpairdo 0 principio do respeito à dig-
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compreendermos as mudanças que vêm captura e aproveitamento do conhecimen-
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so de transformaçao - mesmo quando es-
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nidade humana universal. Ê
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ocorrendo nas relações entre os sistemas _ tamos nos referindo aos núcleos de saber
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mundiais como a ocidentalização e a mo- cionados ao desenvolvimento da farmaco- ¬-z mz-
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Referências ' aparentemente mais tradicionais, como
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BAKAN, J. A corporação. Sao Paulo: Novo
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Conceito, 2008. dicionais ou originárias. Novas aborda-
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COMTE-SPONVILLE, A. El capitalismo es mo- gens do etnoconhecimento têm levado à - __ tidos de atributos sobrenaturais, mágicos. necessário, entretanto, ampliarmos 0 nos-
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ral? Madrid: Paidós, 2004. so horizonte de observação para alcançar-
reflexão sobre a necessidade de se dar xamânicos. assim como por aqueles que
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DEMO. R Solidariedade como efeito de poder. ¡3- mos todas as possiveis dimensões dessa
mais atençao aos movimentos e lutas de
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São Paulo: Cortez, 2002. dctêm o domínio de técnicas especializa-
^: v À';i.n a :ui:;,iã:
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reivindicações desta ordem e dos significa- ¿ das. Entre estes, pode-se exemplificar com colonização etnocultural.
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GALBRAITH, J, K. A economia dos fraudes
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o.9 f; á:
inocentes. São Paulo: Cia. das Letras, 2004. Na abordagem dos termos etnoconhecí-
É
dos dos conflitos cada vez mais visíveis nd . US saberes alusivos a taxonomias do mun-
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MATHERS C. Crime school: money launder- mento e etnociência vislumbra-se a exis-
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constituição das etnociências. Esses confli- ,¿_-¿ do das plantas e dos animais. às técnicas
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ing. Bufalo: Firegly Books. 2004.
tos residem principalmente no fato de que `~ tarmacológicas, medicinais, agronômicas, tência de vários tipos potenciais de conflito,
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NORDSTROM, C. Global outlaws: crime,
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money and power in the contemporary world. as populações tradicionais, seus saberes 9 da construçao naval e da propria nave- que podem estar relacionados com apro-
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Berkeley: University of California Press, 2007. priação indevida, com o uso culturalmente
práticas, passaram a ser reconhecidos
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gaçäo, a metalurgia e à ourivesaria, à fa-
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REICH, R. Supercapitalismo. São Paulo: Cam- inaceitável e eticamente condenável dos
como a base principal da constituição dofi
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bncação de brinquedos e outros artefatos
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pus, 2008
diversos campos das ciências ocidentais. lúdicos, entre tantos outros. ^ conhecimentos originários e mesmo com as
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SALMON, A. La tentation éthique du capitalis-
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me. Paris: La Découverte, 2007. Os resultados dos conflitos geradoã
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V Ú etnocorrhecimerrto, portanto. pode ser
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pelos processos identificados com umã ‹_',' lílëntificado como um conjunto de saberes por meio de ações colorrizadoras eivadas
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nova colonização do mundo da vida d‹3'5 . 9 técnicas existentes rias sociedades ditas
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ETNOCIENCIA -*-= sr» _ . . . , . - quentemente carregadas de racismo, in-
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populações tradicionais se inscrevem flfi _,,f1 Pfimordiais, rndigenas, rustrcas, rurais e
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tolerância e preconceito. O reconhecimen-
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Renan Freitas Pinto atualidade como movimentos de grande mfllãlãšsnli
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i=f` Tradicionais, percebido como acervo de
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1. A etnociência tem como seu objetivo cialmente porque estao fortemente entre'
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essencial o estudo do conhecimento, das laçados com as lutas pelo reconhecimell' ,ÍGS daqueles reconhecidos como tipicas e parte das sociedades industrializadas e
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tecnificadas de um ocidente ampliado e
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das quais tudo mais se move, até mesmo tar dos europeus e, por extensão, de toda Í
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multipresente, não apenas na expressão partir dessašrelaçöes das sociedades com alimentação mundial.
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os movimentos étnicos por autonomia e
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de sua geografia, mas de seus sistemas de o meio natural que se esboçam as primei- Essa incorporação de saberes locais da . .t
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independência. Todos os saberes passam
mundo. é algo que nos ajuda a perceber ras explicações mitícas e as próprias teo- América pelo conquistador europeu cer-
a estar subordinados e redefinidos pela
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mais claramente o sentido das lutas étni- rias que alimentam tendências universali- tamente irão se limitou à disseminação do
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linguagem da mercadoria, da novidade
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chocolate e da batata em ãrnbito mundial.
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_ e da eficácia. Todas as linguagens devem
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reza colonizadora - hoje presente sob vá- A farmacologia e, consequentemente, a
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ser traduzidas e unificadas, toda a me-
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se meio natural de aspectos que são di-
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moda se desprende de grande parte de
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No sentido mais positivo em que tem ferenciadores entre etnicídades constitui
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suas significações e de seus segredos e o rável quantidade de novos conhecimen- ~
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sido considerada, a etnociência tornou-se tarefa necessária para o reconhecimento tos a partir do contato com os chamados
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imaginário, em sua extensão e complexa
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a forma principal de reconhecimento, va- dessas identidades culturais. "selvagens" do continente americano.
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lorização e apropriação dos conhecimen- cÊ Na verdade. de modo bastante ilustrati-
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pectiva de uma ,colaboração entre coloni- ( \
do colonialismo como processos mundiais
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tos produzidos e usados pelas sociedades vo, esse processo de aproveitamento dos
zados e colonizadores.
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identificadas como não ocidentais, cujas devem ser considerados para uma com-
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conhecimentos indígenas nessa área as-
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4. A maior parte das reflexões sobre a
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populações têm buscado obter resulta- preensão satisfatória das etnociências por
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dos em seu benefício a partir desse reco- várias razões. A primeira delas é a pró-
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conquista das Américas como o aconte- não apenas científica e tecnológica, mas,
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nhecimento. No sentido mais concreto e pria ideia de Ocidente como a expressão sobretudo, econômico-industrial, com a
cimento decisivo para a realização de
corrente, entretanto, a etnociência cor- causal do eurocentrismo que transforma valorização das farmácias verdes e com a
suas principais experiências fundadoras.
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responde a um amplo conjunto de con- a Europa, enquanto projeção histórica e industrialização em ampla escala de pro-
O primeiro aspecto a ser anotado é que ~.
dutas que implícam na colonização des- imaginária, no centro irradiador de uma dutos locais.
os diferentes graus de conhecimento do l i
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ses saberes e práticas tradicionais e sua concepção de mundo cujos limites são Não é possivel compreender em todas
mundo natura] por parte das populações
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consequente subordinação aos diferentes constituídos por territórios colonizados e as suas consequências esse vasto, divor-
nativas foram convertidos na principal
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agentes do que tem sido denominado 0 subordinados. A colonização desses terri- sificado e complexo etnoconhecirnento
ambição dos conquistadores. A partir
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mundo sistêmico, a partir do qual devem tórios e de suas populações corresponde que se produziu ao longo de séculos au-
desse conhecimento local iniciaram a
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ser destacados principalmente os proces- à captura do mundo vivido, desde os mais teriores e posteriores êr conquista sem
of upação dos territórios e a identificação
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sos econômicos e políticos, além daqueles próximos até os mais distantes povos do considerarmos suas dimensões cosmoló-
-\.._-.ç uinza-íãiwt-ec.-1¡h=
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nidade, que se materializam nos artefatos rã*
3. Um outro modo de abordar o papel .i . ›.-_
e comunidades. no sentido de que todos
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sua base de conhecimentos por meio da
das etnociências é o de considerar a cons- tecnológicos, nas inovações incessantes
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esses significados, usos, técnicas e práti- ,
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observação do mundo da vida das popu-
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tituição das próprias ciências e tecnolo- (contidas nos objetos e em seu manuseio. cas são partes da totalidade cultural des- 3:;
lações e das próprias explicações locais,
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gias tais como as reconhecidas hoje. A na mudança de valores para que se tor- _›z. ¡.«¿ ses povos. Portanto, um dos problemas
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0 que passou a ser o material dos inven-
história do desenvolvimento dos campos nem úteis à racionalidade da economia E ,_
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tários das plantas, animais, riquezas mi- presentes nas relações 'neocoloniais com
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de cada ciência remete à ideia de que o da ciência), na secularização das crençfiä as culturas indígenas e tradicionais é o da
nerais e, sobretudo, dos usos e técnicas ''s
›~':~.
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mundo natural tem um papel decisivo e dos valores tradicionais e sua substitui-
ã: tj i ta
- desenvolvidos pelos indígenas. A partir fragmentação dessas totalidades em bus-
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na diferenciação que as populações vão ção pelas ideias de lucro e de trabalhfi ca da apropriação seletiva de determina-
fíusses conhecimentos locais é que se tor-
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apresentar entre si na conformação de produtivo, nas conquistas da técnica e dñ 5`fi
dos segmentos, alvos de interesses pon-
` É. naram possiveis não apenas os saques e
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suas identidades étnicas - de modo que civilização e na imperiosa necessidadfl aÊ;-'z
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'fz ' 't¡ze.'-.t.z›'.-~
muitas populações e agrupamentos hu- do mercado. Esse processo simultâneo G ,it ;; _
segmentos percebidos como relíquias ou
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k`Ê10, mas o aprendizado e incorporação
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por elementos particulares do lugar em e colonização do mundo possui forças df aiii: ¡ . .,
ein seus exotismos e bizarrices.
TUSultaram em verdadeira revolução pla- f l ,
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que vivem, ou ainda por produtos de sua conquista, convencimento e autolegiti- ; .:-1
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na perspectica da cultura científica domi-
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da importância desses componentes cul-
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O tema das etnociências tem assumido
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da mandioca cuja diversidade genética foi
uma popularidade surpreendente, haven- turais e da possibilidade de fundação das ; sz nante, ou dela divergindo, para esclarecer
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as procedimentos e a natureza de alguns preservada por povos indígenas ao longo ëš
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do à disposição vasta literatura com cres- várias etnociências. cuja significação pode
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dos campos da etnociéncia, destacando de milhares de anos de experimentações
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cente prestígio não apenas na comunida- ser, em seu aspecto mais positivo, o reco-
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nhecimento de que esses saberes colocam sobretudo sua necessidade de legitimação agrícolas. .c;
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de científica, mas sob formas de divulgação
i, ÉÊ Éu',r€iáEiÊ'Êãiii,ãiirãriiliiiiiÉ
›'. Em seu ensaio sobre a “Etnobotânica de *
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as sociedades na condição de que devem e reconhecimento.
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bastante ampla em. programas de TV, em
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,,_ algumas tribos da A.rnazônia" Ghillean T.
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j;t;Éííi;I t ç r : t i *
Claude Levi-Strauss (1987), um dos mais
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ser respeitadas pelo que são e que os seus
ãI E IÊ ;E E : á[ E É ü ãE
informações disponiveis na internet, em
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;-z Prange (1987), chama nossa atenção para
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proeminentes defensores do etnoconheci-
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revistas e jornais de todos os continentes. conhecimentos sistematizados através do :Ê- f*
e 3 q ii ;i EIt
mento. descrevendo “O uso das plantas
i:;:; ;ã : : í:*ãi:!i;ããtÉi
5. A história da antropologia, em gran- desenvolvimento das etnociências têm sido -.E-=.
ãíí V
importantes para a busca de novos cami- fã!!
da America do Sul Tropical" por parte das cobertas e utilizadas por grupos indígenas
de proporção, serve como marco para o ¬. LÍÍY-
'..'-?~. da Amazônia. Destaca os fungos comes- ii.
reconhecimento das diversas e complexas 'nhos para o fazer antropológico. populações indígenas, destaca a grande ff, i.-:
Examinada a questão de uma outra pers- amplitude dos processos de domestica- tiveis, frequentemente não considerados :I ' 'fz'
-r
ú + "r
formas de etnoconhecimento, na medida
*ÉÊ,É
. ¡ ¡. pelos estudos etnobotânicos. talvez mes-
em que, ao traçar seu próprio campo de pectiva, a transformação dos diferentes ção e transformação de plantas silvestres *-_ Ji. _;
modos de etnoconhecimento ou formas de em plantas aculturadas com diversificado mo pelo fato de serem usados por poucas
atuaçao, tendo como alvo 0 estudo de po- . fi
emprego alimentar. Observou que povos populações indígenas. E menciona o seu .Pç,-,
pulações não europeias. se deparou inevi- conhecimento tradicional em etnociência
, *Í if .
indígenas conseguiram transformar uma próprio trabalho entre os Yanomami sobre 'liä
implica em grande medida em formas de
Êâá;ÊãiÊ3
iÉê;1l;E;
tavelmente com os conhecimentos destes tir
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planta tão Venenosa como a mandioca em o uso de cogumelos comestíveis que, ao
colonização e captura dos diferentes tipos
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povos com os quais necessitava conviver :_§-
Í'
'c 3 . 'lí'
uma das principais fontes de produção contrário da maioria dos povos indígenas
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e aprender, constituindo essa situaçao o de etnoconhecimento por parte de agentes .r
'K .si
de vários itens alimentares de sua dieta. que não utilizam cogumelos na alimen- .ai
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sentido primeiro do agir antropológico. do mundo sistêmico, ou seja, do dinheiro
g
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_.;` Darrell A. Posey (1987), outro pesquisador tação ou utilizam pouco, esses índios co- =' ,1rã-_.,
A atitude da antropologia e dos demais em suas variadas versões, do poder politico 'r
mem diferentes tipos de fungo, realizando ,rg I _
agentes coloniais nesses contatos iniciais através de seus diferentes agentes, assim com larga folha de serviços no campo das fi*
.ÀV¡ --
¿¿ " também um tipo de plantio não tão regu- ._.,E
com o mundo natural e selvagem desses como da cultura, da ciência e da técnica. *”'
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etnociências, usando o exemplo da biolo- wi-:_
através da indústria cultural, dos projetos gia, define a etnobiologia como o conheci- lar como o de outras plantas, nas roças `.} “
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acrescentando que ela também poderia antes desta, de acordo com suas necessi- .-Ei
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rar ou dar pouca importância às práticas, tecnológica, entre tantos outros.
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ser tomada como um determinado tipo de dades alimentares. Outro aspecto de par- š' ._.›:
aos conhecimentos e às crenças dos na- No caso do Brasil como típico territó-
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percepção da natureza, incluindo sistemas ticular interesse abordado pelo autor sobre
rio desse novo mundo conquistado e co-
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tivos, mesmo quando fossem obrigados a
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de crenças e de experiências de interação diferentes empregos de plantas é o da pro- tê
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lonizado, assim como espaço da ociden- §
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utilizá-los para se alimentar, se locomover -:Í
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interétnica das sociedades entre si e com dução de brinquedos entre os indígenas, - éf. zf '
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e adquirir os próprios meios de conheci- talização e da modernidade, possuimos § *'š;,j,
uma extensa tradição do que podemos os ambientes naturais que estão sendo chamando a atenção para seu estudo so-
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mento necessários para concretizar seus f.|Í¿;.
. , 5) *ie._
facilmente reconhecer como experimen- moldados culturalmente. O autor esclare- bre os índios Dent, que pareciam ter um ÊÍ
E
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s * ss-
preendida necessariamente como uma jetos de divertimento. ga :S
continua exercendo um papel fundamental desde os grandes inventários e compên-
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.lg ¡i , abordagem interdisciplinar e totalizan- Vale mencionar ainda os resultados do
de desvendamento, de tradução da vida e dios descritivos das coisas e gentes da ter- .J ;.¿-
z Y 11.-f
le, para que seja possível a interconexão “Estudo etnobotânico de recursos vege-
E
dos valores dos povos selvagens ou sim- ra, até os atuais trabalhos desenvolvidos a ' Ír
tais vendidos em herbários de mercados
iã ii !ã
plesmente diíerentes. Mas ela encontrou partir de conhecimentos tradicionais. qui' .;'.-,-. f-; Qfltre o conhecimento biológico e outros
também no etnoconhecimento a possibili- ocupam um lugar crescente nas açöefi À. saberes e praticas que associam plantas, populares de Mérida, Venezuela", cujos , ;_`.
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.lp `_ 1 :pr,›.- 3: änimais, caçadas, hortícultura, com es- autores (Jatem et al., 1997) assinalam que .Fi
dade de reduzir o cunho colonizador de seu brevemente descritas acima. z- .
if! -_ “ Ê-".:«-T' píritos, mitos e práticas rituais. Janet M. “a medicina tradicional dos Andes vene- z
6. O modo como a ciência entende 21 -ër
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'Lili' E -.
zfáf 1. T Chemela (1987), ao partilhar com outros zuelanos é um sistema médico com uma .IQ
efetivo e autocrítico com as alteridades ma- importância e 0 lugar das etnociênCifl5 ._¬,¿ _¡¿
...,
nifestadas na revelação de seus saberes. está registrado na obra de alguns autoreS alii-.'_A ríif Pesquisadores a preocupação de apontar estrutura simbólica e uma prática tera-
.nu-
›-.:- st pêutica muito particulares, que tem suas .:.
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Essa atitude representou 0 reconhecimento e pesquisadores que assim contribuem. Para a importância da botânica e da agro-
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Há uma crescente consciência por par- da população. os autores assinalam o res-
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origens na medicina indígena aiidiiia e
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;É::t::;E; Êiis;ÊrÊii;=i?,i?iÉi:!ts
populares de Mérida, Venezuela. In; NARAN-
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se nutre em outras fontes como a medi- to das populações tradicionais que vem se : . mito alcance desse acontecimento diante
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JO, Plntarrn; CRESPO, Antonio (ads). Op. cit., Á
; . : E E ; : n uÉ, : ! i * ; Ê
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1997. V. 1.
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.: E::'k;Éiã;s:;: E ; 3: : i*e ! É;
manifestando, por exemplo, em encontros
! ! ãç g ? É:g E ! i i?''; I i I !: [ É*
cina medieval espanhola e a medicina da força da medicina acadêmica.
t:-or o dd1
.l9.:*39 iê,ol,i,
z:9
sobre etnoconhecimento e etnociência dos l B. Apesar do reconhecimento das etnoci-
E E :" ; E ç ! 4 T! á i e H 6 ü
árabe". Consideram a medicina tradicio-
b L o. .5 J,^L:
-: h -õ o ã ..d
rocentrismo y ciencias Sociales. Prespectlvas
E k á=.E ; E i o 5 ã
nal, apesar de seu forte reconhecimento e quais participam, e a admissão de que os latinoarncricanas. Buenos Aires: (Ilacso, 2005.
E ; É : ã: ê iE:;-
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À.--:___ éncifis como
' parte integrante das ciências
.
uso pela sociedade de Mérida, como uma representantes dessas populações e cul- _.{z¿ em sentido abrangente, torna-se ainda LÉVI-STRAUSS, Claude. O uso das plantas sil-
':;ó› vestres da América do Sul Tropical. In: RIBEIRO,
turas devem ser incluidos nos quadros do necessário que as populaçoes adquiram
3q i Eç -:o
alternativa Complementar da medicina
..
acadêmica formal. Reconhecem ainda a lí É _ â autonomia cultural capaz de lhes asse-
..õ
necessidade de estudos Iarmacológicos NARANJO. Putarco; CRESPO, Antonio. Etno-
ã
,..
! @- Ê
medicina: progresos italo-americanos. Quito;
para se garantir o uso racional das plan- dicionais estão em uso. A esse respeito, É-fl cimentos, sem a necessidade de transfor-
Universidade Andina Simon Bolivar, 1997.
tas medicinais. Fernandez, abordando a articulação entre V
:na-los em etnociências subordinadas às
á !,; o7 a - Ç = 6 - 4 = .- ! -. -- n
iíi"r;É::;;$i:;Êgi;i:Eefl;iÊ;ãice
*Â
Brasileiro. 2. ed. v. 1 (Etnol;|iologia]. Petrópolis: -.À
= 5 ü!
obras de Gabriel Soares de Souza. Padre nal, destaca a importância da iniciativa lógica mercantil, ora pela lógica acadêmi- Vozes; FINEP, 1987.
Joäo Daniel, Alexandre Rodrigues Ferrei- do Peru em haver instituído 0 Instituto *:._¿ ca e em sentido global, colonizada pelos
rã;. Ê. ::;;Éi;iÉíiií;iÉ;ã:
PRANGE, Ghillean'II Etnobotânico de algumas
ra, Barbosa Rodrigues e Nunes Pereira, Nacional de Medicina Tradicional como i distintos agentes do mundo sistêmico. tribos da Aniozônia. In: RIBEIRO, Darcy (cd).
: i É | ! r.=: ij : c ! .
Jackson (apud Granero, 1996), em seu Sumo Efnológico Brasileiro. 2. ed. v. 1 (Etnobio-
3 !o6Ê&qqiroYo
entre vários outros autores que realiza- órgão da estrutura formal do Ministério logia). Petrópolis: Vozes; FINEP, 1987. ‹-rz›-¡›. h
ram marcantes trabalhos etnocientificos, da Saúde. destacando ainda que a OMS *z `fÊ`_I artigo “Existe uma maneira de falar sobre
ã--; 9 2 3 e
conferindo aos povos indígenas o papel apoia e justifica o reconhecimento da me- fazer cultura sem fazer inimigosl" nos ad-
FIM Do TRABALHO vsiesos
iÊ
- E
dicina tradicional por três razões básicas. Ç_. verte para a situaçao de que a presença
gn.9
de produtores e usuários de conliecimen-
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tos, cujo sentido para a ciência acadêmica *i/‹\ primeira delas é o aspecto intn'nse‹:o '.,_'_f Ê, das etnociêiicias, quando vivenciadas pe- CENTRALIDADE no
t I p3.E II t-:; F ; !
.... _ _
'r;RAsALrio
i ? B Ê+ : êÊ q:
e para o mundo da vida das populações, segundo 0 qual a medicina tradicional las populações indígenas, nos indica que
iiE : i : Í :
,
indígenas e não indígenas, só presente- percebida como um bem comum do povo as mudanças culturais que provoca sao i'\ff1'rÍam De 'Toni
mente adquirem urna maior visibilidade que a produz e cultiva. A segunda, por seu `f__:_ pane das estratégias de reforçar a noção
Í‹ àez.‹ ›-ez-ae.-‹.ai
iÊE!;;rríÊÊÉrrã;r[t
7. Para as populações indígenas, tradi- caráter liolístico, ou seja, a medicina toma .; de que não há conceito de cultura com- 1. A acepção fim do lrabolho refere-so .I
i:áe;;-!-8í
às teses que propugnam a perda da con- ;-E
cionais, nào ocidentais. a situação defini- o homem em sua totalidade como matéria ~¿fÍ. pletamente apolítico e isento de juízos de
e espírito e parte do princípio de que a valor e que, quando falamos de cultura lrolidade do trabalho enquanto categoria
"
dora de seus posicionamentos em relação AL..
=f,'v__ .
às etnociências é sobretudo a convicção falta de saúde ou enfermidade resulta de tradicional estamos falando do uma C01S& furidante das retaçöes sociais e da cons-
-M ¶. rj
um desequilíbrio do homem com seu am- _ boa. que devemos conhecer e aceitar mais trução identitária dos individuos. Essas
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de que 0 etnoconhecimento lhes per-
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tence, não sendo este o caso das etnoci- biente total. E finalmente, considera que 6 >ÍÍz._ji i profundamente. teses foram formuladas no contexto da cri-
ii
i:;iiZ,eÉ
.!'_.,
ências, que são instauradas por agentes medicina tradicional é comprovadameiitc se do capitalismo. desencadeada no último 9.
i.! u:.,.:.
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rianiente sobre seu mundo vivido e sobre tura da atenção sanitária no ineio rural. - profundas transformações no mundo do 13°
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CHERNELA, J. M. Os cultivares de mandio-
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seus saberes e práticas. para aproveitar .sendo agente da medicina tradicional 0 j ra na área do Uaupes (Tukâno). ln: RIBEIRO, trabalho dela decorrentes, as quais emer-
c.ê ô -:
or 9 i,,!:
fu
- Darcy [ed.). Sumo Efnológica Brasileira. 2. ed., v. gem após um período de relações virtuo- 1
de um modo fragmeritário e unilateral, fator mais importante desta proposta, por'
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zÍz._~:Í- E Í lEtnobioloqia]. Petrópolis; Vozes: FINEP. 1987-
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aspectos da totalidade de suas culturas. que o curandeiro é conhecido no seio da H -;- - ' sas entre capital e trabalho. caracterizado
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›Ê.`f~'=5 Í'HÚNNETH, Axel. Lula por reconhecimento:
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Os povos indígenas, de forma crescente, comunidade e vive nela" [Fernandez apufl pelo Estado de bem estar social, que asso-
1
, H gramática moral dos conflitos sociais. 2. od.
consideram positivas todas as iniciativas Naranjo; Crespo, 1997: 194, v. Il).
sào sauioz Ea. 34, 2009. ciava trabalho e cidadania, transforman-
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ên o.tr s Í
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zzgz JACKSON, Jean. Existe uma maneira de fa-
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sérias ein defender' os etnoconliecimen- Ao mencionar a presença de curandeir .a do o trabalho assalariado ein emprego
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.j GRANERO, Fernando Santos [compiladorl. :.t< Íã
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tos, pela razao principal de que assim as ros atuando junto com os demais profis-
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Quito: Ediciones Abya-Yala. 1995- V~ 1-
e suas lutas recebem legitimação e reco- como importante conquista de uma luffl um processo de reorganização nas formas ›.‹:«i.' z'.
; JÁTEM, Alicia; R1cAiu;›1. Mario; ADAMO.
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nhecimento (Honnet, 2009] por reconhecimento dos valores culturflífi .Í'.j¡_ Giusseppe. Estúdio etnobotánico de recursos de produzir e nos modos de organizar o l
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desenha um "mundo sem trabalhadores"
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trabalho. Observa-se redução do emprego
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do trabalho ao capital, muito mais do que
ie:;Ê:ãEÊit;:E;;i É:*AiÉÊ:E;ti:5:§ÉjiE4;:t
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da atividade dos indivíduos. Afirma que Z~..^.í -.".=` ou “um capitalismo sem trabalho", con-
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assalariado (especialmente na indústria), --IF
t a emergência de novas relações autôno-
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e' precisamente o abrangente poder de › _-. I-l“.;'=
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proliferação de atividades em serviços, ex- mas, de realização pessoal e de humani- -ea
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Ambos propõem um novo contrato social,
1P§ -^";
g; E:
t determinação do fato social do trabalho 2; * -5.* Â.
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pansão de formas atípicas de inserção la- zação do trabalho, como querem deter-
encaminhando como solução a expansão
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boral (frente ao padrão assalariado ante- ill;
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l do trabalho no terceiro setor (Riflcin) e o minados autores.
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rior) e, principalmente, ampliação do
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desenvolvimento do “trabalho público",
Castel (1998) foi dos mais enfáticos na
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t desemprego e sua manutenção em pata- ciologicamente questionável. Essa "im- _ ¬ .-,,,
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análise da precarização do trabalho e no . ×,‹ F
Ii!ãi
~ : que criaria novos centros de ação e iden-
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plosão da categoria trabalho" apontaria .lts 5--.~
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mar elevado e 0 declínio do movimento
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1 -f^:‹'^‹"-1 resgate deste enquanto inserção social . «
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lidade políticas em meio à sociedade frag-
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sindical. Considerando a centralidade para uma crise da sociedade do trabalho ¬.~._«,,
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':`r1:]z_¿ z ri-Lz'-.
mentada e contra ela (Beck). sólida. Analisa os impactos das mudanças ¬`:
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que o trabalho havia adquirido no decor- nas ciências sociais, o que. agregado à ex-
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of, ‹.11f=¿.; sobre o trabalho, destacando o desempre-
Dominique Meda postula que o tra-
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z=','ã í uaeP,!.:
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pansão dos serviços, dá origem à chama- ..›¡›z;i ¿
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rer do séc. XX, mudanças nessa esfera so-
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1 go como a manifestação mais visivel e o , ..1__ z
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É... 1 balho é um valor em vias de extinção e
cial se tornaram objeto privilegiado da da sociedade de serviços. pós-industrial. .›
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risco social mais grave, e a precarização do
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não teria sido inventado para exercer as
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investigação sociológica. O papel do tra- 2. Na década de 1990, amplia-se a dis- -¬~i
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trabalho. como o processo central induzido
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,,.. funções de laço social. Todavia. enten-
r cussão nesse campo, com estudos surgi- .›,. .,_. '_ . tt»
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balho passou a ser questionado e redi-
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1;» dendo que o trabalho acabou assumindo pelas exigências tecnológico-econômicas
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dos em um outro contexto, no qual o de- v.
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mensionado e as interpretações que bus-
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Í 3 ., -1_¬- um lugar importante na vida das pessoas, da evolução do capitalismo moderno e o .| *_ ¡{¡,¡
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semprego e a expansão de formas atipicasç .. ¡|I,_ ii'
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cavam apreender a direção e ressaltar as Ê
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fenômeno que suscita uma nova ques-
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propõe a redução do tempo de trabalho
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implicações sociais dos fenômenos em e precárias de trabalho aumentavam ra-
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pidamente. Sobressaern analises como a e a partilha do trabalho como condições
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curso ensejararn intenso debate. .l
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de Ritkin (1995), para os Estados Unidos.
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O pioneirismo nessa discussão coube às
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_- .I
" fã' que leva o autor a sustentar que “a trans- ãft
‹ tros modos de sociabilidade - conforman-
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teses a respeito do ”Íim do trabalho" de- a do sociólogo alemão Beck (2000) e a da ¬.~ _-tm "_.
do um verdadeiro “espaço público" e um formação tecnológica e administrativa do
'-. i!
â-Í.:
o.
f filósofa francesa Meda (1999).
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senvolvidas por André Gorz e Claus Offe, zz
"
trabalho e das relações produtivas dentro
"tempo livre", fora da esfera da produção,
",
“_
s.É
Aíirmando que as novas tecnologias
3ç
no inicio dos anos 1980, tendo como pano
óü
_-- vv
e em torno da empresa emergente em rede 'Ê' Y
‹
E
consagrado a outras atividades. ' .E1 ›_,
E
. M
o
de fundo 0 contexto europeu. Esses au- permitem e, de fato, provocam redução Í ' 'M ..z ¡
é o principal instrumento por meio do qual `_Lu.
I
3. Numa visão alternativa às aborda- _
É,
‹=.
'É
da quantidade de trabalho necessário ao
.a
!
!
É
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o
processo produtivo, orientam sua preo-
)
no mundo do trabalho pela via da perda
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ã§
de sua centralidade. Gorz, entendendo cupação para os impactos desfavoráveis
o.c
9o
.. ,¡
trabalho assalariado não implica o fim do (Castells, 1999: 223). Nesse contexto, des- 11;:-. Ê.,
É*
( que as sociedades industriais estariam sobre os trabalhadores, acarretados pel05 .--.¡.;_
taca duas transformações fundamentais: a
EE
-‹-_'-.= .-:fz
z.,z;- 'z r..T trabalho, seja no sentido de que o tempo É *Í
novos modos de produzir e de organizar
!
_;."›
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dedicado ao trabalho necessariamente
ão:^:"!=.oqK.93õ
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1 dade do tempo e a abolição do trabalho ção das sociedades (que estariam ficando
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argumento de que a redução do tempo 1 š. jr¿.
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e identidade politicas. Rifkin e Beck pëf'~ ---._=; vg.
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¡h0 e a organização social. o que os leva os movimentos sociais). Enfatiza a necessi- ._,kÊ«
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semelhada aos movimentos sociais, com z az ,_'. dade da redescoberta democrática do tra- .'--U
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sendo privado, tambem, de seu papel precários. A partir daí argumentam quâ 5°; â . ". T 'ríil
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Porquanto inserçoes laborais alternativas,
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. vida e a orqanização social. As mudanças
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do produção, e da construção de um novo ou atípicas, não representem uma novida-
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carização do traballio adquire carater es-
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de na América Latina. O impacto da rever- 9 a tendência à precarização das relações
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contrato social. consideravelmente mais
são da tendência pró-assalariamento se ”'.';Í‹` de trabalho nas últimas décadas levaram trutural, talvez dando sustentação à tese
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inclusive que o contrato da modernidade,
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ii' este organismo a implementar. junto a de Bourdieu (2000) que erigia a precari-
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configura ainda mais grave nessas socie-
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pois deverá incorporar o polimorfismo do
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trabalho tanto quanto sua natureza.
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con ceito de traballio decente. Este implica tipo novo". Para contra-arrastar esta ten-
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e restritivo das regulaçöes construídas em
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Autores como Schnapper e Bihr tam-
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dência nefasta, bem como equacionar os
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o 2ç.
'É promover o acesso ao emprego produtivo,
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torno do trabalho. De la Garza refuta as te-
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bém afirmam que 0 trabalho permanece
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ses acerca do fim do trabalho, contestar-ido *` - lastreaclo na igualdade de oportunidades impactos da crise sobre os trabalhadores,
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central, pois persiste 0 elo entre traba-
a agenda do trabalho decente coloca-se
J 9,1.
a margirialização do mundo do trabalho e nos direitos do trabalho e na proteção
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lho produtivo e cidadania, uma vez que
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c no diálogo social, fatores considerados como um caminho promissor.
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relativamente a outros mundos de vida
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o trabalho "é a maneira de assegurar a
dos trabalhadores, na constituição de suas Í 9 cruciais à segurança no emprego e à re-
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vida material. de estruturar o tempo e o
identidades. Reconhece que “o trabalho, `,; _` ç dução da pobreza.
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Referências
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ainda que não tenha a centralidade imagi-
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dade de si próprio e das perinutas sociais" ANTUNES, Ricardo. Adeus ao tmba}ho.2 En-
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nada pelos clássicos do marxismo, segue crise econôrnico-financeira mundial que saio sobre as metamoríoses e a centralidade do
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(Sclinapper, 1998: 18). Reportam-se ao
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mundo do traballio. Campinas: Cortez, 1995.
eclodiu em 2008, a centralidade do tra-
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sendo suficientemente importante para
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tempo de traballio, rejeitando sua distri-
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BIHR, A. Da grande noite à alternativa - O mo-
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a maioria dos habitantes do mundo capi- balho ganhou destaque face aos impac-
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buiçao extremamente desigualitária, que E
õ vimento operário europeu em crise. São Paulo:
ins negativos da crise sobre a economia Boitempo. 1998.
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talista, permitindo que se sustente que é
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leva ao desemprego massive e à instabili-
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um espaço de experiências que, junto a [Í e especialmente sobre o trabalho, com a BOURDIEU, E Contruiogos z Táticas para en-
dade, cspeculam sobre a possibilidade da
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lrentar a invasão neoliberal. Rio de Janeiro:
acentuada elevação do desemprego. O
o r lã:
centralidade do traballio se deslocar para outros, contribui para a rotinização ou re- .Jorge Zahar, 2000.
' desemprego, de um lado, e a manutenção
o o q,:,
o tempo livre, ensejaiido novas formas de constituição de subjetividades e identida- CACCIAMALI, M. C. Proceso de inlormalirlad
des" [De la Garza, 2000: 31). dos empregos, de outro, foram alçados ao y sector informal - Reexamen do una discusi-
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centralidade do trabalho tem recebíflü
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a capacidade de integrar os individuos na
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atenção especial em estudos de Antunes.
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vida coletiva.
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4. Nos meios acadêmicos brasileiros e
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zes, 1998.
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Clësenipregados (OIT. 2009). Parece que,
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era da informação: economia, sociedade e cul-
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na classe trabalhadora - a "classe-que-
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do traballio não tem encontrado respal-
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vive-do-trabalho" -, mesmo tragmentarla.
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do, sendo referido fundamentalmente no
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sentido de criticar ou refutar as teses em ___ (coord_.). 'llraiado lutirioamericrmo de
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`P0f.l@ provocar, o trabalho é reatirrnaclo sociologia del trabajo. México: Facultad La-
E
voga. Tais posicionamentos encontrarn-se polo central. Afirma que “as tendênffiös
elemento central para a construção tinoaniericana de Ciencias Sociales, 2000. p.
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em curso, quer em direção a uma rnäífif
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755-773.
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identidade e da autonomia dos indivi-
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GORZ, André. Adeus uo proletariado: para
para o reconliecimento social, bem
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incremento de trabalho qualificado, out-*T aléni do socialismo. Rio de Janeiro: Foreiise
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E
capitalistas avançados. a regulação do tra-
Universitária, 1987.
para o acesso a bens de consumo,
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balho e as proteçoes sociais construídas em direção à desqualificação ou ã 5'-la
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ficaram no meio do caminho. O trabalho
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universo de uma sociedade produtora Enílin, à medida que as transformações MÉDA. D. O Ttoballioz um valor ein vias de ex-
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cado de trabalho, nas formas de inserção
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D1c1oNÁR¡o DE TRABALHO E TECNOLOGIA
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em tempo parcial (port-time-workers) e os
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de direitos a benefícios e serviços decor-
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BALHO. Panorama laborol 2009 - Américo La- às leis que regem os contratos de trabalho
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rentes de sua condição de trabalhadores. ' junto da economia práticas flexiveis que
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são distintos em cada contexto nacional, '
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rania/panorama09.pdÍ. Acesso em: 4 mar. 2010.
Para os defensores da flexibilização, possível a mobilidade dos assalariados
pois resultam de lutas e de negociações
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entre empresas. ofícios e regiões, segun-
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entre trabalhadores, empresários e o Esta-
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agenda hemisférica. 2006-2015. OI'IÇ Brasil, do o volume de produtos demandado pelo
entraves legais à mobilidade da força de
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ago. 2009.
bretudo, quanto à sua dispensa. Segundo lidades pode apresentar dificuldades para
mais rígidas quanto maior for o leque de Í
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Íiã§I ;iliÊ § EiàlEãiãllFãIi:
RIFKIN, J. O fim dos empregos. São Paulo: sua implantação, incidindo umas sobre
:;:;ÊÊirlir: § 3 E;*!Éf;-;e!e::s
ii * i fr2eià€i*!:rÊ ifr|ê5i
ROJAS, E; PALACIO, G. Tecnología de la in- e mais reguladas forem as condições de
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de ajustamento dos efetivos pode impe- il
formación: una nueva estrategia capitalista de
-3?É.3:
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subordinación de los trabajadores. Cuodemos dir inovações tecnológicas, como a ado-
no meio ambiente, podendo concretizar-
reitos coletívos são também considerados
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E s E: E q í; E ee :g ;i
de Economia, Bogotá, Universidad Nacional dc
o:
Colombia, n. 11, p. 17-73. 1987. se em modalidades diferenciadas. A pri- ção da mecanização flexível, ou diante de
fatores que impedem respostas mais ágeis
9! ; :
r!;:
SANTOS, Boaventura de S. Reinventar a de-
às alterações da demanda, desestimularn E meira modalidade diz respeito às escolhas um processo intenso de rotatividade dos
Y- -
mocracia: entre o pré-contratualismo e o pós- trabalhadores, a polivalëncia pretendida
investimentos produtivos, podendo levar tecnológicas e organizacionais feitas no
E.9
contratualismo. In: I-IELLER, A. et al. A crise
õ ^ Í
1:
dos paradigmas em ciências sociais e os desa- momento da concepção da unidade de pode ser objetivo dificilmente implantável. À
à diminuição do dinamismo econômico
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Ê.
fios para o século XXI. Rio de Janeiro: Contra- 3. De modo simplificado, vê-se que a
produção. as quais condicionam as possi-
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E;
e LÉ
E
ponto, 1999.
bilidades de adaptação àquelas perturba- flexibilidade ocorre em dois âmbitos: na
zada e altamente competitiva.
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la
=¬.-:.u_n-:n.1-e|f-uv
boa: Terrarnar, 1998. ções. As organizações de tipo forclista, de dimensão macrossocial e na mícrossocial
2. O significado da flexibilização no
: E"-
it..
IÍ;
base tecnológica eletromecãnica rígida, (no interior das empresas, num movimen-
contexto contemporâneo evidencia-se na
ô
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