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DICIONÁRIO DE

TRABALHO E
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e Trabalho e Tecnologm descreve e anahsa as novas '-'.-fg §f'>~;."'. ' ' i

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nahsando Os fatos e Inte reta Oes teoncas do mundo


O trabalho Os autores apresentam, preclsa e
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APRESENTAÇÃO DA 2^'* EDIÇÃO . . . . . . . . . _ _ . . . . . . . . . . . . . _ . _ _ _ ,O7

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Projeto gráfico. Alexandre Dias Ramos

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APRESENTAÇÃO DA ta EDIÇÃO . _ . . . . . _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .11

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Revisão gramatical. Mateus Colombo Mendes

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Copidesque. Renato Siqueira de Azevedo

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Diagramação. Camila Garcia.KielirIg

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AÇÃO COLETIVA _ . . _ _ . . . . . . _ . . . _ _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .15

Ê + N c.i ao ca s §!ôLoLo
Capa. William C. Amaral

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AÇÃO SINDICAL EM FACE DA AIJIOMAÇAO . . . . . . . . . . . . . _ _ . . _ . _ . _ _ 19
ACIDENTE DE TRABALHO . . . . . . . . _ . . _ . _ _ . . . _ . . . . . . . . . . . . . . . .24
ACIIMULAÇÁO ELEXÍVEI. _ _ _ . _ . . . . _ _ _ _ . _ . _ , _ . _ , _ _ , _ _ _ _ _ _ _ _ _ _27
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . _ _ _32

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Por respeito a todos Os profissionais que trabalharam neste livro (autores, tradutores, revisores.

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diagramadores, editores, impressoras, distribuidores e livreiros). pedimos que não seja feito xerox ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS . . . . . . . . . . . . _ . . . _ _ _ _ . . . . . . . . _ .36
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do neiihum trecho. A compra do exemplar, além de prestigiar estes profissionais, perniite à editora AssEDIO MORAL No TRABALHO _ _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .4O


manter este livro em catálogo e publicar novas obras que berieficiaräo O público leitor.
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ATIVIDADE DI_‹: TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ _ _ . _ . . . . . . _ .47


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AUTOMACAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . . . _ _ . .56
É lJ‹¬dos lliternaríonais de (ÍaléIl‹›ga‹¿{Ir› na Ptilnliualgän ((1111) AIJ'1”OI\IOMIA e EMANCIPAÇAO SOCIAI_ . . . . . . . . . _ _ . _ _ _ . _ . . . _ . . _ _ _59
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[Sindicato Nacional dos Editmus de l.i\z:'o. RJ. Blflšill


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I CONTROLE RIZOMATICO . . . _ . _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . . _ . . . . .85
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DEsEi×4I›REGo TECNOLÓGICO . . . . . . . . . . _ . . _ _ _ . . _ _ _ . . . . . . . . . _ .105
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ENERGIA ALTERNATWA _ _ _ _ _ . _ _ .` . _ . _ . . . . . _ . . _ _ . . . . . . . . _ . . . .154

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REESTRUTU RAÇÃO PRODUTIVA _ _ _ _ . _ _ _ _ . . . . _ . _ _ . _ _ _ _ _ _ _ . . . ..315

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ERCOLOOIA _ . _ . . . . _ . _ _ _ . . . _ _ _ _ _ _ . . _ . . . _ . _ _ . _ . . . . . . . _ . _ _162
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL _ . _ . . . . . . . . _ _ . . _ _ 319

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EROONOMIA . . _ _ _ _ _ . . . . . . _ . . . _ . . . . . _ . . _ _ . . . . . . _ _ _ . . . _ . .165
SABERES NO TRABALHO _ . . . . . . . . . . _ 322

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ESPAÇOS DE TRABALHO . _ . . . . . . . . _ . _ . . . _ . . _ . _ _ . _ . _ . . . . . . . _ _ 170

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SAÚDE DO TRABALHADOR _ . . . _ _ . . _ _ _ . . . . . _ . . _ . . . . . _ . . _. ..32ô

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ÉTICA DO TRABALHO . _ . . . . . _ . _ . . . . . . . _ _ . . _ . . . . . . . _ _ _ . . . _ _ 175
SINDICALISMO CONTEMPORÀNEO _ _ _ _ _ _ _ . . . . . . . . . . . . . . _ . _ . ..33o

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ÉTICA ECONOMICA . . _ _ _ _ . . _ . . . . . _ _ _ . _ _ . _ . . . . _ _ _ . . . . . . . . _ _ 179

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SINDICATOS _ SINDICALISMO _ . _ _ _ . _ _ 335

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ETNOCONI¬IECIMEN'rO E ETNOCIÊNCIA . _ . _ . . . _ . _ _ . _ . . . . . _ . _ . _ . .184
SOCIOLOGIA CLÍNICA . . . _ _ . . _ . . _ . _ _ 340


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FIM DO TRABALHO VERSUS CENTRALIDADE DO TRABALHO _ _ . _ . . . _ . _ . 19 1

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SOCIOLOGIA ECONOMICA . _ _ _ _ _ . . . _ _ 344

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FI.Ií›<IBILI7_AçAO . _ _ _ _ . . . . . _ . . _ . . _ . . . . . . . . _ . . _ _ _ . _ . . _ . _ _ . _ 196

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SOCIOLOGIA DA CIENCIA _ _ _ _ . . _ . . . _ _ ‹›~-zz z. . . . . . . . . . . . .. 350

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SOCIOLOGIA DA TECNOLOGIA . _ _ . . _ . _ . _ . _ . _ . . _ . _ . . _ _ _ . .

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FORMAÇÃO PROPISSIONAI_ _ . . _ _ . . _ _ . . . _ . _ _ . _ . _ . . _ _ . . . . . . . . _ _203
SOCIOLOOIADOTRABALIIO _ . _ . . _ . . _ . . _ . . 364

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GESTAO I'›AR"IIcIPATIvA _ . _ . . . . . _ _ _ . _ _ . . . _ _ . . _ _ . . . . _ . . _ _ . . _ _211

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SUBIETIVIDADE E TRABALHO . . . _ . _ _ _ _ _ . . , _ _ _ _ . _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 375

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GREVE _ _ _ _ . _ . . . _ . _ _ _ _ _ . . _ _ . . . . _ _ _ . _ _ . . . _ _ . _ _ . _ . . _ . . _ .216

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INI-`ORMAI_IDADI2 . _ _ . . . . . _ _ . _ _ _ . . _ . . _ _ _ _ _ _ _ . _ . _ . . . . . _ . _ _ _221 SUSTENTABILIDADE . _ . . _ _ _ _ _ _ . _ _ _ _ 378
TAYLORISMO _ _ _ . _ . . _ . . . . . . _ . . . _ _ 382

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INOVAÇÃO _ _ . _ _ . . . . . _ _ . . . _ _ _ . . . _ . . . . . . . . . . _ _ _ _ . . . _ _ . . _ _225

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INSERCAO PROFISSIONAL . . . . _ . . . . _ . . . . _ _ . . . . . . . . . . . _ _ _ _ _ _ .229 TECNOCIENCIA E TRABALHO . _ _ . _ _ _ . . 385

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TECNOLOGIA . . . . . . . . . . . . _ _ . . _ . _ _ 391

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INTENSIDADE DO TRABAI_HO . . . . . . . . _ . . _ . . . . . . . . _ _ . . _ . . . _ . _ .231

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.235 TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO _ _ . _

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_ÍLIsT~IN-(':ASI= . . . . . _ _ _ _ _ . . . . _ . . _ . _ . . . . . . _ _ . _ _ . . _ . . _ . _ _ _
_235 TECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO HUMANA 406

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.ÍUS'|`-IN-'I`I:vIE _ . . . . . . . . . _ _ _ _ . . . . . _ _ _ . _ . . . . . . . _ . _ _ . . . . . _
KANRAN _ . . . _ _ . . . . _ . _ . . . . . _ _ _ . . _ _ . . . . _ _ . _ . _ . _ . . . . . _ _ _ _237 TECNOLOGIAS SOCIAIS _ . . _ . . . . . . . . _ 410
TELETR.ABALHO . _ . _ . . _ . _ . _ _ . _ _ . _ _

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414

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LESOES POR ESPORCOS REPETITWOS . _ . . . . _ _ _ _ . . . _ _ . . . . _ _ _ . . _ .238

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TEMPO DE TRABALHO _ . . . . . _ . . . _ _ 418

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NANOTECNOI.O‹tâIA. . _ . . _ . _ _ . _ . . . _ _ _ _ _ . . _ . . _ . _ . _ _ . . . . . . _ .241
s TERCEIRIZAÇAO . . . . . . _ _ . _ . _ . . _ _ 423

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NEOLIBERALISMO E TRABALHO . . . . _ . . . . _ . . . _ . _ _ . _ . _ . . . . . _ . _ .245
TOYOTISMO. _ _ . . . , _ _ _ , _ , _ _ _ _ _ _

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OROANI'1.A‹;AO DOS TRABALHADORES NO LOCAL DE TRABALHO. _ . . . . _ .250 426

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TRABALHO . . . . . . _ _ _ . . _ _ . _ . . . . _ _ . , , , _ , , _ , _ _ _ _ _ _ _ _
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432

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POBREZA E 'TRABALIIO _ _ . . . . . . _ . _ _ . _ . . . _ _ . _ . . _ _ . . . _ . . _ _ _ _252
TRABALHO A DOMICILIO _ _ . . . _ . _ _ . . . _ _ . _ _ _ _ _ z - . . . . . . . . . . . . . 437
r- !) cr) q

POPULAÇÃO L'CONc1›MI‹:AMEN'I`E ATIVA . _ . _ . . _ . . . _ . _ _ _ . . _ . . . . . _ .257

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POI¬uI_A‹;_1:AO EM IDADE ATI\/A . . . . _ _ . _ _ . . _ . _ . _ . _ . . _ . . . . . . . . . _ .259 TRABALHO ATI'PIcO . _ _ _ . . _ _ _ _ . . _ . . _ 440

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TRABALHO DECENTE _ _ . _ _ _ . _ . _ . _ _ . . . _ _ _ _ . _ . _ _ _ _ _ _ _ _ . . . _ _ 445

à Í -, i.u; !-.i
PRECARIZAÇÀO DO TRABALHO _ . . _ . _ _ _ . _ . . . . . . _ _ _ . . _ _ _ . _ . . _ _ _259

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TRABALHO FM EOUIPE . . . _ . . . _ _ _ _ _ _ . . . . . _ . _ . . _ . . _ _ . . . . _ . _ _ 453
Lr') @ ri (o o rr1 o'í

PROCESSO DE TRABALHO 1 _ _ _ . _ _ . _ . . . . . _ _ . _ _ . _ . . . . _ _ _ _ . . . _ _265


TRABALHO IMATERIAL _ _ . . . . . . _ . . _ _ . . _ . . _ . _ . _ _ . . _ . _ _ . . . . _ . 456
q F- F- co cc.o o) co

PROCESSO DE TRABALHO II . _ . . . . . _ _ . . . . _ _ . . _ _ _ _ . . . _ . _ _ _ . _ _ .268

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PROPRIEDADE INTELECTUAI.. _ . . . _ . . . . . _ . _ . . . _ . . . . . . . . _ _ . _ . _ .271 TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA . . . _ . _ _ _ _ _ . _ _ _ 453
PROTEÇÃO SOCIAL . . . _ _ _ . . . . _ . _ _ . . _ . . . . _ . . . . _ . . _ _ . . . . . . . .276 TRABALHO PRESCRITO E TRABALHO REAL _ _ . . . . . . . _ . _ . _ . _ _ . . . . . . .461
PSI‹:ODINÃMIcA DO TRABALHO _ _ . . _ . _ . . . . . . _ . _ . . . . . . . . . . . . . .28O 1-`RA.ÍE'I`ÓRIAS PROFISSIONAIS . . . _ . . . . . _ . _ , _ , , , _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 465

:
QUALIDAIII'-; DE VIDA NO TRABALHO . . . . _ . _ . . . _ . . . . . . . _ _ _ . . . . _ .285
INDICE POR ASSUNTOS E VERBETBS _ _ _ _ _ . _ _ , _ _ , , _ , _ . , _ _ _ _ _ _ _ _ _471
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QUAIIITADE DO EMPREGO . . _ _ . . . . . . _ . . . . . . _ _ _ . _ . . . . . . _ . _ _ .289 4B
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QUALIDADE TOTAL, PROGRAMAS DE _ . . _ _ . _ . . _ . _ . . . . . . . _ . . . . . _ .294
APRESENTACAO DOS AUTORES _ . _ . . . _ . . _ _ . _ . _ _ . _ _ _ . _ _ _ . , , _ _ , _433

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QUAI.II¬ICAçAO . . . _ _ . _ _ _ . . _ . . _ . . . . . . . _ _ _ _ _ . . . . _ . . . _ . _ _ _ .301
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APRESENTAÇÃO DA 2“ EDIÇÃO I

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TRABALHO E TECNOLOGIA: A PERMANENTE MUTACÃO

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O traballio, como atividade vital que assegura a satisfação das necessidades'

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de produção e reprodução de qualquer agrupamento humano, é uma pràticat

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universal e uma realização social que define múltiplos condicionamentos e pos- 1

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sibilidades. Sua concretude, materializado distintamente em cada contexto histó-¡

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rico, pode se configurar em relações sociais marcadas, por um lado, pelos efeitos

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de poder, pela dominação e pela exploração, possuindo valoraçöes simbólicas'

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negativas e formando uma complexa trama de fios contraditoriamente urdidos. *

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Por outro lado, pode expressar coesão, consentimento e prazer com a criaçao de I

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uma obra coletiva, com vistas 51 superação dos limites impostos pela nat_I1re2_a_ _

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Nenhuma outra dimensão da vida humana passou e continua passando por

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tão continuas 0 profundas mutações quanto O trabalho, na sua organi7.açà'Io, nos

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seus estatutos legais O na sua base tecnológica. Com O advento do Capitalismo,

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ospecialrneiite, essas mudanças ocorrem num ritmo acelerado. É possivel dizer

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que nos ultimos 100 anos aconteceram transíorinaçocs mais substaritivas e cm

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décƒada observam-se modificações mais complexas do que aquelas ocorridas ao

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longo de todo O séc. XX, é provável que nos próximos 10 anos venham a ocorrer

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mutações extraordínarialnente diferentes de tudo o que conhecemos até agora,

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dada a rapidez das inovações.

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O turbilhão que afeta indivíduos, empresas, governos e instituições Ó ca-

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ótico apenas na sua aparência. O labor e as invenções humanas não o‹::orr‹-:rn

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por acaso; possuem sentidos inteligiveis, embora não facilmente captáveis pelo

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senso comum. Como avaliar Os aspectos positivos e enriquecedores do traballio

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potencializado pela tecnologia? Como estimar o seu custo em termos de sofri-

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mento e exploraçao desumana? E, sobretudo, como analisar a realidade atua] e

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seus impactos sobre as novas gerações?

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Na sociedade capitalista o assalariamento forma tipica de relações de

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trabalho e as particulariza historicamerIte_ Ao longo do séc. XX, e de torma
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Objetiva depois da Il Guerra Mundial, o trabalho assalariado tornou-se tome

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de segurança dos trabalhadores, possibilitando organizar suas vidas, projetar

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ANTONIO D. CATIANI & LORENA HOLZMANN Dl(`Íl()Nz'ÃRl(›l DE TR/\.BALl'l() TI-L("IN()LOGlA

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minimamente seu futuro, com eirpectativas de ascensão social para seus filhos.

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A montagem de um Estado provedor de serviços e de direitos laborais garantiu traduz a amplitude do interesse do tema de que a obra trata. O esgotamento da

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primeira edição do Dicionário de trabalho e tecnologia (2006), indica a relevân-

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essa segurança, corn amplitudes distintas em cada contexto nacional, depen-
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cia da problemática do trabalho e de suas conexões com a tecnologia entre O

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dendo do poder de barganha dos trabalhadores em obter ganhos no confronto

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público - não só O acadêmico, mas também de leitores com horizontes profis-

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com O empresariado. I

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A partir do último quartel do séc. XX, O arcabouço social e legal do traballio sionais diferenciados. Considerando o perfil desses leitores e a velocidade das

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mutações na esfera do trabalho e da tecnologia, nao cabia apenas reimprimir a

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protegido foi sendo desmontado como parte das estratégias da reestruturação

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produtiva, da globaliza ção financeira e das privatizações do patrimônio público. edição precedente, mas Organizar Lima nova, revisada e ampliada, agora com

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As minorias detentoras do poder econômico recuperam não apenas os privilégios contribuições internacionais. Não caracterizando-se apenas como uma obra de

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referência, O Dicionário de traballio e tecnologia acompanha, criticamente, os

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materiais, mas, também, a legitimidade social. O trabalho assalariado tipico,

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formalizado, garantidor de direitos laborais, foi dando lugar a modalidades tidas constantes e acelerados processos contemporâneos que modelam a sociedade e

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como inovadoras. Entretanto, sob formas flexibilizadas de relações de trabalho, preparam O futuro pró>;inIo.

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estas resultaram em precariedade traduzida, por sua vez, em menores ganhos
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Antonio David Cattani & Lorena Holzmann

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diretos (salários) e indiretos (educação, saúde e aposentadorias garantidas pelo

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(agosto de 2011)

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Estado). Diminuíram os grandes coletivos de trabalhadores e aumentaram as
outras rnodalidades de inserção na esfera produtiva (trabalhadores por con-
ta própria. em tempo parcial, com contratos temporários etc.}. A constatação
dessa nova realidade tem sustentado a tese da crise do trabalho, da perda da na:vv*›"»4UIrí'|u~I.u¬vhI›

sua c'eI'Itralidadc na construção de identidades individuais e coletivas e na sua


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potencialidade de integrar cada individuo em seu contexto social.


Contudo, a crise do trabalho assalariado não
inelutável; e tampouco seus efeitos levam para um patamar superior de civiliza-
ção. As grandes transformações no mundo do trabalho (resultado de inovações
uma necessidade histórica
:iiã:i;:É il:É f
tecnológicas, gerenciais e institucionais), O aumento do não trabalho/desemprego
e seus efeitos danosos são preocupações disseminadas entre acadêmicos, entre
os próprios trabalhadores e suas organizações fragilizadas e entre O público, ein
geral O grande desafio que se apresenta, objetivamente, na esfera da produção I

1
e na criação de valores, não e voltar às relações de produção anteriores, mas,
sim, avançar na direção de sistemas que atendam aos interesses do conjunto Í
da humanidade.
1
iiii
;i:-

Esta obra está sintonizada com todas essas questões. Ela aborda amplo es- _
z
pectro de temas, apresentados em verbetes de autoria de especialistas em suas
respectivas áreas de atuação profissional, analisando criteriosamente a realidade
t
e as inteiprctações teóricas, de maneira a informar o leitor sobre as dimensões ‹

essenciais de cada tema abordado.


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O TRABALHO E A TECNOLOGIA No SÉCULO XXI

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O trabalho continua a ocupar um lugar central na produçao da riqueza,

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na Construção da identidade dos indivíduos e no delineamento das condutas

ii
coletivas. Porém, nas últimas décadas do séc. XX, foi anunciado o seu fim Í tese
que teve expressiva aceitação entre acadêmicos e pensadores sociais. Sociólogos

á LáaE: +z si =1i17!;
passaram a proclamar o advento do ócio criativo; economistas, a decretar o fim
do emprego; e filósofos, a argumentar que o trabalho náo seria uma categoria
antropológica, isto Ó, não seria uma invariante nas coletividades humanas. No
horizonte dessas into1'pret'açöes estaria a promessa de uma sociedade na qual o
trabalho não mais teria importância no verdadeiro mundo da vida.
A realidade, muito rapidamente, pôs abaixo tais argumentos e previsões

- I tí
que, de certa maneira, davam legitimidade à reestruturação produtiva e as
estrategias de flexibili:1.açä‹J e de "precarização" do tral_›alh‹_›. As profundas e

i::;
rápidas transformações tornaram imperativa a retomada do mundo do traballio
como objeto prioritário de pesquisa e de reflexão. Entro os fatores que apontam a

=;i:,;i
im propriedade de descuid‹_ir-se do mundo do trabalho e da produção corno objetos

===:;::::i: Z'1':í:
de investigação elicciiitranrsez novos modos de organização da produção e do
processo de trabalho; 0 papel preponderante do setor de sehfiços na recornposiçáo

ii::iilli i:tt
da estrutura das ocupações e na geração de postos de trabalho; o ingresso maciço
das mulheres no mercado de traballio; o requisito de novas qualificações para

i
a força produtiva; a articulação inovadora entre as empresas, desenhada em

3:ir
redes; o aumento do desemprego e as sequelas individuais e sociais que ele

i+;i É;;::
gera; o ataque aos direitos laborais conquistados por meio de lutas históricas dos

i* : Z sâ+i;
trabalhadores; as inovações contratuais entre capital e trabalho, que sustentam
e concretizam a perda desses direitos; e a redução do papel do sindicato como

i,'
instituição representativa e de defesa dos trabalhadores.
Não é possivel que se desconsidere ‹1 extensão e a profundidade dessas

i
transformações em curso e que se voltem os olhos para uma sociedade sem

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trabalho, na qual o ócio venha a ser a condição da Criatividade, visao que

= É+
expressa mais um desejo do vir a ser do que um compromisso com a verificação
da realidade. Um componente inquestionável da abordagem do trabalho é a
-_

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Í .

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ANTONIO I), (LAT1'Ar~:I & LORENA I-IOLZMANN li DicroNÁRro DE '1`1i.ABAi.i¬io E TECNOLOGIA

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inovação tecnológica, que produz artefatos, equipamentos e processos que. cada Quarenta e oito autores, em noventa e seis verbetes especializados, respondem

afi:§ã:íi!írlÍ€af1!!

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vez mais, passam a mediar o li`ê`rme entre o homem e a natureza. O aumento a essas e a outras perguntas, indicando os elementos necessários para se

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acelerado da produtividade e a relaçäo inversa entre produção e geração de postos aprofundar o conhecimento sobre 0 trabalho e a tecnologia no séc. XXI. O novo

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de trabalho apontam para a ocorrência de modificações importantes no papel do Dicionário de Trabalho e Tecnologia retoma a proposta de obra em construção

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trabalho humano, o que não pode ser confundido coin o argumento do fim do desenvolvida no Dicionário Crítico de 'Trabalho e Tecnologia, cuja primeira edição

o
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trabalho nem levar a pensar que, em pouco tempo, veremos o desaparecimento data de 1997. O Sucesso desta obra é atestado pela publicação de outras três

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edições subsequentes à primeira, das quais a última, de 2002, hoje esgotada,

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do homo labor e o surgimento de uma civilização na qual, a partir da tecnociência,

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4;_o-",-óÉ
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será criado um “admirável mundo novo”. Todavia, desde já, verificam~se apontou a oportunidade de retorna-la, num esforço de avanço teórico e conceitual.

9;E -e5 r r:- i a=.l


transformações complexas na sociabilidade mediada por equipamentos eletrônicos Trata-se, agora, de uma nova obra, na qual 0 leitor encontra. para cada termo, uma

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". q ;-r ç :l ;, í
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9ç=,

2,*2?gí:!!?a
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e por dispositivos não humanos (ou seja, de inteligência artificial), 0 que leva a definição, sua gênese e seu desenvolvimento histórico, correntes e controvérsias

- c : i
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perguntar quais serão as implicações disso derivadas, às pessoas e às sociedades. em torno do tema, assim como os principais autores e referências bibliográficas

o c- : -o-o

; õ >:c,"

i
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A tecnologia extrapola a esfera do trabalho. Ao mesmo tempo em que pode que possam orienta-lo na ampliação de suas investigações, se assiin for de seu

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ipiZi=".
anunciar benefícios aos individuos e às coletividades, torna indispensável interesse. Cada verbete é redigido de forma a poder ser lido independentemente

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a analise das implicações que veiiha a gerar. Organismos geneticamente dos demais. Contudo, os iiexos entre eles podem levar à composição de “árvores

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inodiíicados, nanotecnologia, tecnociência de ponta e sistemas personalizados de de coiiceitos", de modo que ha a possibilidade de se construir uma visão

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vigilância eletrônica, por exemplo, avançam irisidiosamente em todos os espaços abrangente dos processos em curso. Obra de referência elaborada por uma

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da vida humana e das relações sociais. A longevidade e a propria reprodução equipo multidisciplinar, o novo Di'ci'onári`o apresenta, criticamente, as dimensões

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humanas são afetadas por inéditas tecnologias, ou delas passam a resultar. Nada do traballio e da tecnologia que ora afetam a sociedade e que condicionam, de

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parece escapar a intensidade e à aceleração das mudanças. maiieira problemática ou promissora, 0 futuro próximo.

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Longe de se constituírem em processos tranquilos e apa ziguadores, a
i: ã i :ii; i: iiii; i

intensidade da compressão tempovespaço e a natureza das transformações em

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Antonio David Caitaiii & Loreiia l-lolzrrianii

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curso ampliam as dúvidas e as incertezas. A utilização das novas tecnologias (setcniliro de 2006)
num instante de enfraquerrimento das forças sociais do traballio, ao inves de
apaziguar os r~onfIit.os, de reduzir as desigualdades ou de promover o bem comum,
tem acirrado a concorrência, promovido a concentração da riqueza e ampliado a
exploração dos segmentos mais vulneráveis da população. O emprego da ciência
e da tecnologia como instrumentos de poder revela-se claramente.
As Ciências Sociais são colocadas em face do imenso desafio de responder a
algumas perguntas cruciais: Quais são os processos relevantes e duradouros? As
l?iíij

mudanças estão sendo substantivas ou superficiais? Quem, prioiitariamente, tem


sido favorecido? Em que medida a dinâmica contemporânea afeta a identidade
e as condições de vida dos indivíduos e as relações sociais na esfera produtiva
ou fora dela? Lembrando-se ainda dos riscos ecológicos; questiona-se a própria
sobrevivência da espécie huinaiia. Quais são os quadros teóricos, os conceitos
r
e as referências essenciais disponíveis para que se compreendam as niúltiplas i
i

V
dimeiisões dos processos em curso? `

12 13

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D1c1oNÁ¡‹1o DE T|tAiâzu_no E Tecnotocm

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versus ação ou estrutura versus sujeito .i
AÇÃO COLETIVA

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põe em campos antagônicos 0 marxismo e
Antonio David Cattaru'

§ - i ; i i i . 3 Ê i i I '= ; ii i i ; i : j ! i É l;
0 individualismo metodológico. O enten-
dimento sobre as motivações e as conse-

t e: r I j Ê; :;i:j tiiê,í;;,?=::+;:;:Í: !;i:Ê::


1. Ação coletiva designa toda espécie de

sE

?r9; i;iix="1;; l: l::i;;:ii;i:=:I;!; i=:r,i


ato concertado por grupos ou categorias quências da ação social mobiliza inúme-
sociais visando alcançar um Íim determi- ros outros conceitos de articulação

;:ãi;: iÍii:;:j :il:!:=t ii\,;: : r:ii: ; ;:


complexa: identidade, consciência. alie-

;,i;x
nado. O conceito inclui, necessariamente,

i i i;ã:;
uma possibilidade de (urna iniciativa para) nação, classes, estrutura de classes, nor- E
¡
um poder de decisão e uma capacidade mas sociais, comportamentos etc. Apesar
para agir. Ação e, mais especiiicamente, da tentativa pós-moderna de reconcilia-
ação coletiva, opõe-se à passividade, ao ção entre teorias antinômicas, a realidade
padecimento de condiçoes ou de situa- continua não podendo ser enquadrada

iíii
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ções, configurando a possibilidade de o por um paradigma híbrido, unificado o
ser humano superar ríonclic-ionamentos e apaziguado. Para explicitar o sentido da

;;
imposições exteriores, de transformar seu ação coletiva na sua relação com o traba-
t
entorno físico e as estruturas sociais. Em lho e com os conflitos sociais sob 0 capita-

i
i
I
síntese, trata-se de romper com a repeti- lismo, é necessário situar 0 conceito em

íii:;ti
i
t,..
cão indiierenciada de uma pretensa e face de outras abordagens sobre as formas

rr
imutável natureza humana, de alterar um de mobilização dos indivíduos vivendo
destino sem finalidade e sem propósitos. em sociedade. Açoo coletiva é um concei-

:ii:;il
Ação c‹›¡ctivo é o agir acordarlo por indiví- to inexistente para ou hostilizado por uma
duos que ultrapassa os zlnterminismos im- versão liberal da Ciëricia Política, que tem
"¬›*‹~A-.r-¬¬,‹~-›<\
postos por estruturas autorreferentos, como referência a doutrina prescritiva da
indo além das voligöes individualistas. dentocracia 1'epresentativa. Segundo esta, -«1_«/W

ii+i;;Í:i
2. Ação. sul)stanti\‹'o do parlicipio pas- a organização democrática das socieda-
1vu
'::i
sado do verbo latino ogere (agir), Ó um des ocidentais está iunclamentacla na
tfoiiceito-cliave do todo 0 pensamento oci- existência de paitidos submetidos à con- ,.

;i
rt
dental, .sendo explorado pela Psicologia, corrência eleitoral e sancionados regular-
pela Filosofia e por todas as especializa- mente pelos votos dos eleitores; todas as

i:;iiÉ:Ei
ções das Ciências Sociais. Do ponto de demandas populares e os interesses gru-
pais, restritos ou ampliados, são encami- lz
vista sociológico, 0 único considerado

=:
nhados à discussão e atendidos ou não §Í
neste verbete, ação é um conceito central
e ponto de controvérsias em todos os qua- por rneio da via parlamentar. A teoria po-
:; dros teóricos clássicos e contemporâneos. litica contemporânea, formulada, entre

ãi;; ;is;r
Ele opõe a concepção holista e estrutura- outros, por Robert Dahl e Giovanni Sarto-
i : Éi ; : u,
lista - que toma o indivíduo como lrügger ri, estabelece uma definição precisa do
(portador) de determinações históricas - à ordenamento ideal da sociedade pelo Es-
concepção da Sociologia compreensiva. tado, com suas diversas instâncias, na

i: ir:
que entende 0 sujeito como relativamente existência de governo constitucional, nas
autónomo e dotado do racionalidade atribuições e deveres dos eleitores e no
estratégica com relaçäo a meios e fins. O papel dos agentes de mediação, especial-
embate teórico nos termos de estrutura mente dos partidos polílicos. Indivíduos,

15

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ANTONIO D CATTANI & LORENA HOLZMANN D1croNÁiuo na TRAi'zuu.H‹1 E Ti:cNo|.o‹;1A

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i z*i*iÉs::::Ê;;it:;;;íi
zi tiiiiiÉ:Í;::;i,í!::::+!::r;:!É;=;g anômico (tido como violento), irresponsá- mobilizam recursos internos (adeptos, di-

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(direitos humanos, reconhecimento iden-

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coletividades, minorias ou grupos df: Inte-

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nheiro, tempo) e externos (apoio da mí-

Ê: ;Â 3: ã; :
resse devein ter, sem exceçã0. P661?-0513 vel e ilegal. Tomando como referência ca- titário e cultural, defesa da natureza, livre
cívica, encaminhando reivindicações e sos de manifestações fora dos quadros da dia, da opiniäo pública e do governo) te- expressão sexual etc.) ou especificos, de

ílÊ;t; i;ãÉ;í É;í;;i: iÊ:!í;:§i::;;iã;iiÊ;


“normalidade” institucionalizada e domi- rão mais chances de atingir seus fins. ordem utilitarista imediata (associação de

F
demandas aos seus representanteã. dê-
nante, essas análises estendem-se tani- Diferentemente das duas outras elabora- moradores ou de usuarios de serviços pú-

ÊE
mocrática e concorrencialmente CIGÍÍOS-

ã
v

Nesse quadro, nada pode parecer mais bém para tentativas de emancipação das ções citadas, 0 paradigma da mobilização blicos, movimentos por reivindicações
populações que estão na base da hierar- de recursos pressupõe a legitimidade das pontuais e localizadas, p. ex.). As teorias

Éi
estranho que a ação direta ou as mobiliza- ‹

ções coletivas expressas fora das institui- quia social, classificadas como irracionais ações coletivas, uma vez que sua base de sobre os novos movimentos sociais fize-
ções clássicas corno os partidos e os sindi- ou visionárias. As criticas dirigidas ao mo- referência e sempre a capacidade de ação ram avançar o conhecimento sobre a ação

zi:!i ;t:já?:
vimento zapatista e ao Fórum Social racional referida a valores e intenções: 0 coletiva em quesitos fundamentais não
l

iiii:*;
catos. Ora, como a mobilização social
Ê

Mundial são os exemplos mais recentes que conta é a eficácia dos meios para se resolvidos pelas outras teorias: as motiva-

ii !:ilii'iI;:ÊÉ;!;r,: ii
frequentemente extravasa o ordendmëníü
prescritivo da teoria liberal. fl SOCÍOÍOQÍÕ dessa aversão à auto-organização dos su- atingir os fins, sejam eles quais forem. Em ções dos agentes para atuar em conjunto
balternos. O segundo bloco dessa produ- outros termos. todos os movimentos são

i i Í : : : Éi i: ã:
aparece como um recurso indispensável e o significado das formas assumidas pela

É; : : í
;›

para compreender a lógica que leva os in- ção intelectual manifesta-se nas váriaS justificáveis, necessários e autênticos; ação. Isso leva a abordar temas como as
dividuos a se reunirem e se unirem para versões da teoria elitista de autores como tudo 0 que serve para a ação (bens mate- condições de emergência das mobiliza- ‹

;; Êlií i is i; I :l i,?ie Isã ::; :l


v
ag enciar ações transformadoras. A produ- Viliredo Pareto, Gaetano Mosca. JHITIGS riais, armas, votos, autoridade, relações, ções, o peso dos contextos sociais nos

í
-.‹
ção intelectual sobre 0 comportamento co- Burham e Joseph Schumpeter. Também crenças] é recurso legitimamente mobili- quais desenvolvem as ações, as dinâ- ¬"i

z,;Ííí::É íEi
l
letivo pode ser dividida, Sinteticamente. podem ser incluidos nessa lista pensadores zável. Trata-se, pois, de urna teoria gené- micas politicas e a estrutura evolutiva dos
em quatro blocos, com nítidas preocupa- como Ortega y Gasset e Jean Baudrillard. rica e imprecisa, que pretende explicar movimentos. De certa maneira, essas teo- à

O que unifica essa linha de pensamento Ó. tudo (movimentos feminista c- ocologista, rias invalidam o chamado paradoxo do

E?s: !
ções ideológicas. O primeiro tem origem
nos primeiros, a concepção do papel demi- revoltas, gangues, Seitas ettil, mas Sein- free rider criado pelo economista norte-
7=,2iii

na França, e suas principais elaborações.


publicadas entre o final do sec. XIX 0 aS úrgico das elites, sejam elas sociais, econô- pre pos! factum. Seus pressupostos são os americano Mancur Olson (1967), para

:
primeiras décadas do séc. XX. ÍÍVQTGITI micas ou políticas, e, nos segundos, a aver- mesmos da teoria liberal, que toma o indi- quem, quando não existem mecanismos
?:;11;í;t:;;:àÊÍ i;iE

continuidade por meio da Escola de Clii- são à mobilização das massas (Cattani, víduo livre e soberano agindo em situação ‹:‹›mpulsÓrios, os individuos adotam um ¿»«Y
-. T

1991: 22-32). Para ambas analises, na so- de mercado concorrencial e conseguindo


i

cago nos anos 1930 e 1950 e reaparece- comportamento iitilitaiistu, pragmático e

i iÍi::i; iB:; ;íiii;

=iil:iiÉ
ciedade existe sempre uma hierarquia ne- antecipar custos e vantagens da ação egoísta. Serido possivel obter vantagens
i

rain quarenta anos depois. Em ])l`0f1U§0@5


(Fillieule; Péchu, 1993: parte ll). O ultiiiio
=

cessaria porque funcional, ordenada e sem esforço. eles não contribuirão para 0
iii

norte-aniericanas dispersas. A sua princi-


ii;l;

pal característica é a preocupação conser- conduzida pelos detentores de algum po- bloco designa a imensa produção sobre os bem comurn, limitando-se a "pegar caro-
der especial (talento, audácia, capacida- chamados novos movimentos sociais em na" no esforço dos outros. O cidadão é
;:: irÊ;:tirÍ; i

vadora e elitista em face das mobilizações


e revoltas populares. Nas primeiras elabo- des técnica ou einpreendedoral. A direção ação pelo controle da historicidade por reduzido a um consumidor passivo de
!

:
raçñes, é evidente 0 peso de um psicolo- qeral do processo histórico é comandada parte de agentes e organizações que não bens, operando um calculo custo-benefí-
?:

por predestinados ou pela concorrência se confundem com as antigas classes eco- cio mediocremente individual. As ações

i :Ê: i,ãi Íe§


qismo primario. Para autores como Taine.
trli;

;.i¬. -.,.

entre membros da elite. O terceiro bloco nômicas e suas instituições. O também


i

Tarde e Le Bon, as multidões agitam-SG dos agentes dos novos movimentos so-

i ;Ê:ã+
de elaborações, surgido nos Estados Uni- chamado paradigma identilário pretende ciais váo de encontro a esses pressupos-
?

movidas por instintos primitivos, por con-


íiÊllii;ã

í;i; i iííi
dos a partir dos anos 1960, Ó conhecido dar conta da complexidade crescente das tos do pensamento dominante e identifi-
i

tágio e por imitação irracional. A mobiliza-


como o “paradigma da mobilização de re- sociedades ditas pós-industriais ou pós- cam a oção coletiva como expressão da
ii

ção é sempre entendida como ato de bader-


na, contrário à ordem social pretensamente cursos", e sua referência mais conhecida politicas por intermédio de movimentos possibilidade da solidariedade humana e
! i ; rc,

e 0 modelo de Anthony Obersliall (1973l. plurais que agregam indivíduos mobiliza-


i ii i :

equilibrada e harmônica (Fillieule; Péchu, do engajamento e dedicação ao bem co-


1993: cap. 1). Segundo recentes ensaios em que a mobilização é entendida como 0 dos não mais por situações de traballio, mum. Apesar dos avanços, as abordagens . ʬ¬..¬ .U¬-.» W.._ .;.

iii:
norte-americanos sobre o tema, a ação co- resultado da integração social das comu- mas por valores c a partir de identidades sobre os novos movimentos sociais pade-
letivo é entendida como ruptura da ordem nidades de base. Em analogia às empre- específicas (Melucci, 1983; Touraine, cem ainda de duas limitações. A primeira
natural e legitima, como comportamento sas, os movimentos que mais e melhor 1978). Esses valores podem ser genéricos é a atribuição de excessivos desígnios
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A_›<'rt›N1‹"› D. CÍ.‹\i“t'ANr & LURENA l-lorf1.MAN N D1cior~rÀn1o DE "l`i‹Ars.1«i.i‹io E TEc1~io1.o<;m AI

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: interesses do conjunto da humanidade.
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:Eii::!:;É::ilí==i!!;i:t;r
3. Em contraposição às grandes disper- AÇÃO SINDICAL EM FACE

t il :iãE ;ZiZi;
âÍEi i í : i: : íl +i;i;=:
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si : ; i i r i ; ; !
para as mobilizações e a segunda é a im-

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‹ ‹ -.4-1.

ili:Íi:: iii;i: iiliit=i:;i: i;l;:i:;;ii; zÍt,


A ação coletivo dos trabalhadores é uma
precisão dos objetos analisados: o fdto é söes empírica e teórica no que concerne à DA AUTOMAÇÃO


força social concentrada e potencializada

i i Í í i i Ei Éi É; i : i : ; i ; ; ; : :
reduzido às manifestações empíricas lo- ação coletiva, a vinculação desse conceito Antonio David Callcmi (_.
calizadas oif, ao contrário, o foco é tão ao mundo do trabalho permite a formu- na busca da realização social abrangente Sílvia Mario de Araújo

:i iiÉ.;i íi; i iiii:;;: : ir i: ,iiii : t: à:;: ii


lação de uma perspectiva analítica mais e inclusiva; é criação e conquista de pa- ›. _.
aberto, que processos distintos são colo-
apropriada à compreensão dos processos drões superiores de dignidade e de reali- 1. Por ação sr`n‹lr`cul no que concerne à 'I ..‹1. -4-›..u-.-

E
cados em pé de igualdade. Ao exigir três
sociais que ainda são centrais na con- zação humanas. Seus princípios fundado- automação entendem-se as ações articu-
princípios para fundamentar um verda-

ã
H.
res sào a igualdade e a solidariedade entre ladas pelos sindicatos em face da mudan-
deiro movimento social - princípio da temporaneidade. A Sociologia, enquanto t .fÍ
consciência crítica e instigante da socie- os membros associados, de forma volun- ça do padrão tecnológico nas empresas. ,
identidade, que pressupõe autoconsciên-
cia, principio da oposição, com a identi- dade, ao identificar os agentes e as con- tária e independentemente de particula- Essas ações podem ter um caráter ou es- '...¡
ridades étnicas, religiosas ou de qualquer tritamente reativo, ou defensivo, ex post ÍE
ficação clara contra quem lutar. e princí- dições da sua agência na construção dos
pio da totalidade, que envolve o espaços de liberdade, resgata princípios e outro fator de discriminação. Igualdade faclum. Assim, por um lado, buscam retar- t.
5.

‹'o1ihe‹¬.i1nent.o pleno dos desafios do pro- categorias que permitem o entendimzzân- de oportunidades e de responsabilidades dar ou minintizar as transformaçoes con- r
-1

ri r r i ç.:"=-zi: ii !i 1:rj , i;iÍ !i ;i


Ó o corolário dessas organizações que se sideradas prejudiciais aos interesses dos t Í

: : ; : ; : ;;:
cesso -, Touraine (1978) estabelece um to das relações de poder que ordenam a
alto grau de exigência, que se traduz vida social. No sistema capitalista, per- materializam nos sindicatos autênticos e trabalhadores e, por outro, podem propor

Ê !;Ê i; i i ; +::Ê:í:
1 iii
num julgamento peremptorio: todo rnovi- manecem, como elementos decisivos, as nas diversas rnanifestaçöes da economia iniciativas, antecipando-se às mudanças _5;

'
mento social deve ser um fenomeno so-
cial total. Não o sendo, é socialmente ir-
r: I :; ; : i i i ; i i ÍZti; ; ;: : : : í i
relações sociais constituídas na esfera da
produção e nos conflitos decorrentes da
solidária, do novo cooperativismo e da au-
togt-stao. As múltiplas faces do movimento
ou tentando altera-las no sentido de hcne-
liciarent os produtmtzs diretos. Neste caso,

:
| I
disputa pela apropriação do excedent't>. associativo dos trabalhadores são formas a ação sindical leva cm conta os efeitos da
r‹:le\=antc. Em termos simples: Ó tudo ou
nada. Na segunda perspectiva, as anali- O traballio continua sendo uma categoria de se superarem as práticas preclatórias automação sotirf- o nivel e a coinposiçao do

;
:;,. ;; ;:iiii:i;,; j',
ii;iiiz:; 9;,;;;Éií:i;i!

sociologiria chave, mesmo quando ele do capitalismo liberal e, sobretudo, a lo- emprego, os impactos das inovações sobre
ses estão desconectadas de moviirlentos
rnaioit-*s 0 das relações de poder: desapa- ; : iE;;:; i ; i?;iÊ::rE ! ; :
exercido de forma precária ‹> intermitt-;izte, gica utilitarista e mtrdiocrmnentc egoísta a qualificação do tr‹z!›alha‹lor P os possí- l
ä.
do interesse individual. No sua dimensão veis prejuizos Er sua saúde fisica e mental,

í
re‹:‹ândo o objeto de estudo (como e o caso devido à flexibilização da produção t'- dos
de associações de rnoradores dissolvidas contratos. O trabalho permanece corno fa-
: mais generosa, a ação coletiva dos Imba- consequência da iritr-nsificaçáo do ritmo de
1_a
r'
tor essencial da construção identitária, da lhcidores visa à .sociedade internacional, trabalho e da clevaçã o da produtividade.
E
após o atendimento das reivindicações),
aulodeterminada, democrática e fraterna.

; *ít::ii, ii; iÍ; ;i i,


Neste verbete, automação refere-se a t`

:i;i.ííÉ;;i,i:ea:
:
fica-se corn unia teoria cid hoc não aplicá- socialização e da dinâmica das relações
vel a nenhum outro processo de mobiliza- sociais (Antunes, 1999). O processo civi- qualquer dispositivo técnico/tecnológico
i

Referências que reduza parcialmente ou elimine total-


«.. «zi
ção social. Em outros casos, toda e qual- lizador não é obra de estruturas autorrete-
li
i:i zzTi; ii:.ai: :

/\l\l^l`tJNES. R. Os .serilldos do traballio. São mente a intervenção humana no processo 4

i
quer mobilização coletiva é assimilada a rentes, nem de subjetivas e indeterrnina-
Paulo: Boitempo, 1999,
movimentos sociais igualmente válidos: das volições individuais ou, menos ainda, produtivo. Ela abrange tanto as máquinas
;

CATTANÍ, A. D. A ‹1ç(to coletiva rlos trabalhado-

=,,;=;i
de derniúrgicas elites ou autoproclamadas conto as inovações e os procedimentos de
i;,?lii:

ONGS belicistas mobilizados pela defesa res. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cul-
i

tura; Palmarinca, 1991. execução das opera ções, remetendo à trans- :Í


vanguardas. Os agentes do progresso da
É:

do porte de armas, ONGs assistencialis-


Is

liberdade säo os trabalhadores associa- FtLLiEU1.E. 0.; Piëciiu, C. timer a~z_‹t›mt›r‹ê.- três formação dos padrões de produção indus-
Í `-
tas, movimentos cívicos pacifistas e iria- Ilréories de l'action colletive. Pa risz ljl-larmattan,
..t 'Í
ii
nifestaçöes em defesa da livre opção se- dos na resistência à dominação de uma 1993. trial (mecanização, automaçäo eletrônica, l L
+l
:

xual ou contra o aborto aparecem minoria, na luta permanente em prol da l\‹1El,UCCl A. The new social movements: a automação niicioeletrõnica otra), aos equi- li,
:

theoretical approach. Socicrl Science Informa- pamentos (máquinas--l‹›rrarnenta de coman- (_,z


indiferenciadamente naturalizados e le- liberdade 0 da autonomia do ser humano
E:ãi
I

1ron,n. 19, 1983.


gitimados, o que revela um ingênuo e oti- enquanto produtor de bens materiais e do num‹':n`co, robíis, riiaquinas-trnltsler etc.)
: íl?: Í

OBERSI-lAl-L, A. Social conllicts and so‹:i‹1l

i. r
e as expressões gemfritas como inovações Í..'5-
mista evolucionisino. A ação coletiva não culturais. Esse papel não lhes com¡'›‹.1‹›p‹›1' Inovelrtenfs. Nova Jersey: Prentice llall; En-
I lti

glewotld Cliffs, 1973.


acontece obrigatoriamente sempre no alguma razão transcendental ou por m‹'›ri- tecnológicos e novos tecnologias. :gi
Ê;ã:

OLSON, M. The logic ol collective action. Cam-


sentido positivo, da mesma forma que o tos oriundos de uma pureza original, mas bridge: Harvard University Prt-ss, 1967. As ações si1t(li‹:uis ein fnce do automo-
'rt
avanço civilizador não Ó obra espontânea porque sua ação coletiva atende, mais do 'l"()URAlNE. A. La voíx el le regard. Paris: Seuil, çoo sao parte do um complexo de práticas

?
que às iniciativas de outros agentes, aos 1978. e de estratégias de luta relacionadas à
nem cria ção de elites predestinadas.
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DicioNÁRio DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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ANTONIO D. CATrANi & LORENA I-IOLZMANN

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Revolta dos Canuts, na França (1831) e,

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novas tecnologias prime também pela de-

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positivas, iiiterféririam nos desdobramen-

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ÉçÊ.íg: ri ::É Éí! íiÊ t:Êil;Éi;
questão do poder de decisão nos locais de
iã;gi::;ÉitÉ::9:iE;?!Íi:i:
especialmente, pelas reações aos princi-

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fesa de condições e “qualidade do traba-

i i E sÊ ; . ã i ;zz. : i I I Ê qã É : É ; ; i ; i i= ; É É i i ti;
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tos natural e racional do processo. Outros

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trabalho e dos seus resultados. Essas äções
argumentos prendem-se aos principios pios tayloristas, iio séc. XX. Todas elas, lho". Essa última cada vez mais pensada

i
são coridicioiiadas pela correlação das
dos sovietes russos e dos anarco-sindica- como "qualidade da vida no trabalho",

*
tayloristas, ressaltando as vantagens da

:
forças sociais e pelo contexto socio-político

*;;: ii !;:;i i ; : i: I i; ! : ; :i1i: : i Í : i j : i


listas franceses às experiências coopera- capaz de romper a tradicional dicotomia

: ; i: ; Ê É ; t : : i i t : i z :i 2i : i iÉ r *,9 e = ít* Í : :r Ê
:iÍ;iii

i;
gerência científica. Em suas variações,

3:; E l1É; iÉ ; ii

3:

íi
e respectivo quadro jundico, dependendo
esse enfoque elitista insiste na separa- tivistas, poiituaram a literatura defensora entre qualidade do trabalho (condiçôes
do sistema de relações de trabalho, da cul-
da propriedade privada e do capitalismo do trabalhador) e eficiência da empresa,

ts
tura empresarial e da capacitação dos sin- ção extremada entre tarefas de execução
e de concepção, apresentando a empresa industrial como tentativas de ressusci- incluindo os ganhos (La Rosa, 2004). A

ll:, : íi I ; i1,i1: i::=i iE iii:: ; ;:: 1;É Éi

Í;
dicatos (Neder, 1988). Envolvem acordos
tarem formas pré-industriais, arcaicas e participação das entidades representati-

j
como o único agente capaz de fazer op- ‹»-=~.‹¬ú›-»M\~»›. -

ij
formais e negociações no ambiente do tra-
ú!

ineficientes. As desenibreagens de novas vas dos interesses dos trabalhadores tem

Ê
çoes produtivas. Nessas abordagens, as

i
balho, em razão dos efeitos da utilização
máquinas foram consideradas atos do sa- mostrado que a modernização tecnológi-

?
condições, o conteúdo e a velocidade de

!:. t;::.:=e-=
ii
:

‹.le equipamentos, materiais e procedi-


aplicação da autoiriação, as condições de botagem de operários refratários ao pro- ca não pode ser uma decisão unilateral,

i i1;1i ; ;l: : i : ;;iiiiii: i:ii!;: li


t

c c: ; ; iÉ E i 1i i*'l ?iÍii

Ei
mentos novos sobre a saúde do Trabalha-
grosso técnico, quando, na verdade, teriain pois a discussão com os atores envolvi-

i,ii:
resistências e as proposições dos outros

i
ii ii i:: r;: i,;i1i :i:j i:i;:;ii i
dor, da adequação do seu coniieciineiito e
:: j!! l.+ :;

sido tentativas de barrar o aumento das dos serve para aperfeiçoa-la. ampliando

^
agentes sociais são desqualificados, apre-

i:
à

: + Ê ii;; t +; r á ii!
de suas habilidades às condiçíies de pro-
sentados como reações conservadoras, cadêncías e a intensificação do trabalho. os beneficios para a sociedade. Estudos

! j p-i lí Ê 5; É á e !; írii i9:.'-iã :i

i:
dução prograiiiadas.
que indicariain a incapacidade dos traba- Nos países norte-ocidentais, o pacto so- nacionais e internacionais constatam, de

ii

É É: Ii;;i Íi:

!!
2. A ação dos trabalhadores organiza-
lhadores de iniplementar a modernização. cial que \'i‹3bili7.ou 0 Estado de bern-estar' forma consensual, a posição favo;-ávg1(1Q,~;

É I ; + i i:'iii iE=!;
dos por meio da sua instância de classe
A evocação do luddismo no seu sentido representou a suspensão das iniciativas trabalhadores à mudança tecnológica em

i:

Éi:
: ;::;i ; çr-: : : Ê:: i !; iÉ Í lr iÉ
;i i +1!1íiiz;;f :;! l? : ! í: ::
- com ou sem participação da esfera pú-
blica - quando concerne, sobretudo. a negativo é um exemplo que ilustra esse sindicais no que concerne ã contest.-içäo geral e êi automação em especifico, desde É
preconceito. Na inglaterra, apos casos do controle patronal sobre o processo de que sobre elas sejam informados e parti- 1.

i?;, : ii?=,; ii:ía:;ài : a:i


adoção gradual e ‹li.<;‹.'uli‹la de tecnologia,
traballio e à introdução de novas tecnolo- cipem do processo. A percepção tem sido ¡zif

=
isolados de destruição de iriãqtiiiias, no

i;i
confronta-se coiii posições que nogarii
sec. XIX, ocorrei'¡ini três ondas de mani- gias. A reestruturação produtiva intensi- acompanhada do desejo de apropriação lã

i;::: l r,:;: É i!é É , -


‹"i possibilidade de iiitcrvciiçã‹i externa
festações violentas: coiitra os teares ine- Iicada a partir de meados dos anos 1980 não só das novas tecnologias, mas dos
na lógica de acumtilaçéio do capital. Um
; =:

cánicos [18i1 e 1812], coritra os teares obrigou os sindicatos a retornarem ações demais aspectos do processo produtivo.

i;
dos argumentos frcqiieiitcineiite evocado
:iI:;i

a vapor (1826) e contra as dobulliadoras específicas em face da autriniaçãry Mag- Os impasses surgem corn a recusa empre-
para impedir a ação sindical nesse campo
giolini (1988) retrata a situação europeia sarial em ceder espaços de participação,

í,=Eri
é o do deteriiiinisnio Ieciiologico. A auto- inecânicas (1830 e 1831]. Estudos recen-
; : i t':l=i i . i : ; : i :

tes indicam que essas niaiiifestações não e os diferentes acordos obtidos pelos sin- I-listoricamente, o capital faz concessões

! É q+:+§;
mação seria uma variéhfitzl independente
;:
ii;l;lí::!!,isl i

dicatos que náo se deixaram dobrar pe- mais facilmente nas questões de ordem

Ê t : ! :Éi PÊ : i i ; ; i
seriam rnoviineiitos nostálgicos, tentati-

i
"i‹."'-i. S‹'2".¡..‹‹à'.‹›¬1"uf›-'Íz-'f›1‹'t-
e dcterininante e ei rir'-ncia e o progres-
los padrões tecnológicos adotados pelas salarial do que naquelas que envolvem o

:
vas de preservação de ofícios em moldes

Í.
_ ä
so técnico, pifetensaineiito considerados
.;i:ii5:: r isr í

pré-capitalistas, mas, sim, protestos contra empresas, analisando as consequências poder nos locais de traballio.

;
como forças prortliitivéis diretas, possui-
i;,

Sociais da automação, cujo fim tem sido a 3. No caso brasileiro, a cultura patronal

;*

ã!É
a redução dos salários e a intensificação

:+ ;= ÉÉ àl;

í ?"€=:B,iíeZ
; !; ; g!Íi

iÊ;É:gã,-iÉ::
;;
riarn, igualmente, uni ‹"ai'‹'iler autônomo.
dos ritmos de traballio. Elas trariam, além substituição da força de trabalho por má- é marcada por práticas profunda mente au-
Uma variação desse argiiineiito diz res-
disso, demandas por melhores condiçoes quinas. Os exemplos indicam que, longe toritarias. Respaldados por decisões dos

i
peito aos benefícios "naturais" decorren-
: íi í :i= i::1

de trabalho e, iio seu cresciirierito político. do ser uni caminho inexorável segundo tribunais do trabalho, os empresários têm

s€! ; r
li ! :i; I í;
tes das alterações da base técnica no siste-
expressariam reivindicações de autono- os interesses das empresas. a automaçao recusado a negociação de cláusulas rela-

ii ; i: ; ; á

; ÉÊÉ ;Ut ;
ma de acumulação flexível. Ao substituir a
mia. O luddisino contestava a politica go- pode e deve ser acompanhada de critérios cionadas à mudança do padrão tecnológico -;-.'5&.`‹"-'E
base cletrornecâni‹_¬a tàiylorisra/foidista, as
sociais definidos pela ação dos sindicatos. (Neder, 1988). Ainda que, nas resoluções

"
modalidades rontoiiiporâiieas da automa- vernamental loridriiia e, de irianeira pre-
cursora, o que mais tarde foi denominado I-lá um esforço para que a própria ação dos congressos das centrais criadas pelo
= i: Íi

Ção trariain a valorização do capital liu-


de despotisino fabril (l\/luniby, 1971 apud sindical seja orientada além dos termos Novo Sindicalismo. se encontrem desta-

!;;i
mano, o enriquecimeiito das tarefas e a
de uma ação ^'reparativa". ampliando 0 cadas as questões relativas à automação

r, ;
requalificação dos trabalhadores, alem de Anibrosoli, 1986; I-lobsbawm, 1981).
Outras formas de oposição à lógica pro- Cluadro de reivindicações, no sentido de e à necessidade de intervençao sindical,
democratizar os locais de trabalho. Nesse
f-lue a implementação "compulsória" de até o início dos anos 1990, as iniciativas

=,_
dutivista podem ser exemplificadas pela
s

caso, as ações sindicais, reativas ou pro-


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1992, chegou a ser pensado como uma

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idã :,:zê :É i i :; :: íi:ã;
torna-lo ágil, eficiente e menos penoso,

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to dos sindicatos, mas o uso dggias novas
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foram csporádicas e desarticuladas, pre-

íii;j ur; i=:i; i:: =:; :i,::5:1..: ::;, í;:e;i;

;Éii:::Éji:.iji!ii:.,ií:ii1;É!
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: : ! : í ! E 'az i: ; ; : ii1 : í ; I : : : i i I ; : ; : ; ! ; i
"nova contratualidade", dado que as re- mas seu desenvolvimento e aplicação têm

É
valecendo a “influência contratada" (Bres- tecnologias e novas formas de produzir
Fe
lações no âmbito do trabalho caracterizar-

i:i :ã; :ie?iiiii: ii ii:;',i1== i::::i I : ! r ã


demonstrado objetivos de elevar a produ-

Ei ;ii1í: !: i;ii!: ?=,::'elii= í: i;!;Í i !,.: r r,


ciani, 1994). Alguns avanços sao devidos É Ífübãlllâf. que térn levado a alterações

íÊÉ)?i!::-à:;:+i
t:;:
se-iam pelo reconhecimento das partes; tividade, cortar postos de trabalho, dife-

: i ! ; ãi ! i :
ao Departamento Intersindical de Estatis- não apenas no ambiente de1r.3ba1h0` mas \

tiEii ; tÉ: riu: ; : :


tratar-se-ia de uma espécie de antago- renciar os trabalhadores por qualificação também nas relações entre o trabalhador Q
i: rÍ tiz,ii : i;l ii
ticas e Estudos Socioeconômicos (DIEE-
SE), cujo trabalho de alto nivel muito tem nismo convergcnte (Oliveira, 1993), sem entre si e faze-los trabalhadores poliva- o sindicato. São os efeitos daquela adoção
contribuído para a qualificação das formas dispensar o conflito. O movimento sindi- lentes, acornpanliados de restriçorâs às or- que se fazem refletir no comportamento
cal brasileiro ampliou sua atuação em al-

i
de resistência. Apesar disso, no cômputo ganizações trabalhistas dc-soncadeadas, do trabalhador, agora mais envolvido e
geral, continua fraca a organização dos guns segmentos industriais e de serviços desde as últimas décadas do séc. XX, por individualizado. Desfeita a figura do ator

iiii;r:

: i iã::
sindicatos nos locais de trabalho, devido [discutindo politicas de reestruturação), urna classe capitalista transnacional, coletivo, própria do fordismo, a acumula-
ao despreparo dos dirigentes e à falta de tomou assento em câmaras setoriais e em O avanço tecnológico produz a divisão e ção flexível estabeleceu 0 ator econômico
suportes técnico e científico mais amplos. Órgãos tripartites (como o Programa Bra- a exclusão tecri‹›l‹'›gi‹:as, alargando ‹› abis- (/\bf€ft-1. 2000). que rege sua conduta pela E”

;
Ha int1'ansig‹'3nriia do empresariado em sileiro de Qualidade e Produtividade e as mo social existente. entre regj‹"›‹›s f¡¿-ag Q maxiinizaçáo do interesse individual por

!' tii,,;;i: ij
¿
negociar cláusulas sobre inovações tec- comissões estaduais e rmmicipais do tra- pobres: de um lado, as que prortuzrzrii, as um processo de fidelização dos laços e É
nológicas, as quais existerii em menos de balho) e passou a fomentar pesquisas 1: qu‹:conso1n‹>rn e, do outro. as que r1aot€:rn Une interesses contrapostos. Essa indivi-

ji;iãiÍ:
1
30% dos acordos de 94 categorias pesqui- análises para subsidiar sua ação. acesso aos beneficios da tecnulogiéâ. 1.-Íntrg dualização e esse engajamento dos traba-

i :j;1:
sadas pelo DIEESE (2001), somada a au- Pesquisas têm apontado as dificulda- estas estao, por exernplri, o Sul do l\›-1¿;_ lhadores representam um grande desafio il

sência de mecanismos que regulamentom des do inovimcnto sindical em ampliar xico, bolsões da Airiérira (Tt-,m;¿¡], 1,,-,ígt-,S para os sindicatos ria riegociação de mu. i

É-e1É?
seu grau de resistência ou de influência dflflíliris, regiões du Brasil tr‹ipi‹'.'t[, ./tlricft

=
a introdução desses processos e garantam Údnšas na base produtiva, complemen-
maior participacao sindical na discussao. no trato da autrirnaçào, pelo conservado- Subsaariaria ri grande parte da Russia. tadas polas novas tecnologias do gestao.
ir i i:: ;l:;12,!i ; ii;;:;;:

rismo dos ‹':1npres¿'trios ou por especifici-

u,?;:'z:1ii
O prolƒcsso de inovações na esfera pro-
dutiva ocorreu nos anos 1980, nas regiões dades das catr-gurias, cujos processos do
trabalhos sào alterados pela tecnologia
raiiiii 2:ii:it Esso riistz-mciarnento df-\'‹>-se ao fato de a
pesquisa e o duserivolviirrrmto do pro‹_'‹-,‹;-
Alérn de se depararoni com os nhgrátmtgg
trazidos pela especializaçzio flexível, no

t;i l:i;i;ri; iii;::=


de maior concentração de trabalhadores. caso brasileiro, as orgariizaçõos gíiidifyaig

;!i,ii;:
5°-Q C PYÚÚUÍUS ÍÍ)3f-D) não sc tl‹e:=.,l‹i‹'ar‹=|n

r;::
Adorado inicialmente na indústria auto- de produção v de informaçao. Se a forrna dos paises centrais no processo do inun- continuam a padecer da herança corpora- v
mobilística (Womack; Jones; Ruos, 1992), pactuada não é ri regra e a tutela estatal tlialização do capital. Essa c‹2rit1';¡li7.açà‹) tiva. Reafirrriam, coritudo, posição favorá- r
sobre o ruovimentu sindical ainda se apre- `¬l
de poder provoca difereriças na ;1‹¿€i‹i q ue vel a uma política propositiva e de cons-

=
difundiu-se para outros setores econô-

I:
`

micos, com a aplicação da tecnologia e a senta forte neste início de milênio, entre- negocia mttdaliças que (ih(~garn za essas trução de alternativas quanto aos rumos
iE1i,,ii;rr i= :,:,

í?::
tanto, em setores econômicos de ponta, os
:

informatização dos serviços durante a dé- regiões, consideradas greerz!jel‹ls, onde a da automação e da proteção do emprego,

:: ; : i : i i ; i : : ; : ;
cada de 1990, A ação sindical voltada às trabalhadores organizados têm estabele- mao de obra está abaixo dos pafirüos de que conte com o apoio do Estado cê 0 for- ti
cido intercâmbio com outros paises, dan-
íí!

mudanças de natureza tecnológica passou remuneração, além do ser d‹fzl'›it o grau de talecimento da organização rios locais dt- zz

a ser incluida nas pautas de reivindicação do uma dimensão global à ação sindical. ertfrelilarnerito simliç-,=¡}_ traballio.
e nas convenções e acordos coletivos de 4. A automação também diz respeito a Corno as novas tecnologias mudam con- l
flexibilidade imposta ao processo de pro-
ai; iiã i;; I

categorias como metalúrgicos, bancários, tinuamente, as inovações exigern cada vez


Referências

d iÉ: ár iE: iia:


.F i;
!
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.^ :!!
petroleiros e trabalhadores do setor das duçao, desvelando a intensificação do tra- mais a atualização dos 11-¿-ibê_¡]]~,mtn¡¿_-5;; Q

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f\BRÃiU_. /Â. _Í0r9¬]. Proriuçáo flexível e novos

-!!
; e-
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:-: r i,. !::
oi ! !.: !;
;i I ;: .:r

!.
balho, motivo de constantes denúncias o
;

telecomunicações, entre outros. Merecem este é um desafio para as eniprvsas 0 para irrst1tucronril¡dodz=s no /tmerr'‹:‹z Latino. Rio dv
tratativas. Antes, a maquinaria iniprimia o Janeiro: l-Íd. UFRJ, 2000
:ã:;:i

05 sindicatos, cuja atuação e intitiilrzâçáti

^
registro as camaras setoriais, no inicio dos
AM BROSOLI, M. Dr'r_'r'onú¡¡`o de p0}j[¡'C¿¡_ B¡d5¡

ocl'ô:;^i:;\:an s=
ó- v
-ô,,ii;7
-9 t4-a-72
i
ritmo; hoje, o ‹'‹›ntro]e computadorizado da

*
tradicionais têm sido postas ‹_-in xeque,

!
anos 1990, conselhos tripartites nos quais lia: UnB, 1986,
tecnologia de ponta atrela o trabalhador à
;; i
Ê

empresários, trabalhadores e represen- instituindo, de Certo modo, rir_›v‹›.s tipos


BENKO, G. Economia. espaço rz¬ globcr.l¡zrrçr'r‹›

i=
,iJi.jr_
i= e L;ür
:?.?::r,
:Xql ,'
.-:+'=


tantes do governo negociavam as politi- sua regularidade, com avaliação simultâ- de organização e de riiilitância. A ques- na aurora do século XXI. Ii. vd. São Paulo; Hu ;.'.
;._..:›-. . f. -._-. .-
=

r - e:-!
nea em grau aperfeiçoado da produção tao não se resume em adotar ou df-jxar citr'-c; Arinablume, 2002.
i

cas industrial e empresarial e seus impac-


BRE5CÍ-“f-NI. L. F! Du rcêsislêncirr fl controtrrçmr

-e:
:.c
tos sobre os trabalhadores (Leite, 2003). O (Benko. 2002). Tooricamente, a automa- de introduzir .novas tecnolorrias por parte
tecnologia, traballio e ação sindical no Brasil.
i

ção é concebida para favorecer o traballio,


i

das empresas, corn ou sem o assrmtiziieri-


ç

prirn‹>,iro acordo no setor automotivo, em Sao Paulo: CNI; SESI, 1094.


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ANTONIO D. Cr-xT'r.=_N1 & LoREr~:A H01.7. MANN 1 Drcromuuo DE TRABALHO E TEcNo1_o(;1A

? iEi I i. i'=iiii i;, i! i: :i


: !:l!=,:,,,;:ii::;ii:t';! Ii :i;;?;:ilii:ii::ii;
:2 lfti!:ii:llii,=r::!;l;':; 6i ::::i5:;Éi:::-, =* ', r 2. Quanto às causas dos acidentes de

i Ê : i ãÉ ii ãi iá i ii ii: i: j : i g: ; ! i Ê i i ii
subempregados e biscateiros, entre outros

I â[iãii:E;;iÉ i;t Í'tiit


iiíiii;i;ãii ii;;;;i;;:';
I ii;§; Í ; ãi : f ! ; í i í; ii{ ÉÉ r ; : : t ; i; É; i ; i ! ; I i
ÉÊ

i
t iãiii: i í;l :iÍ ;, i í iii Í: Í;li;i; : Í i:i i : i :i ii
áiiã'u1,íi; I : ;; :ãsr: Ê ãi: i: ii;i
ê*
E
trabalho as seguintes entidades mórbicias:

::: i §,'::; iÊi:;:; i


rli*;e=É:Êitii?ii;iã:iil;
CASTRO, N. de (org.]. A máquina e o equili-
trabalho, a concepção mais frequenternen- com diferentes inserções na produção 50-

oÍ;
brisla: inovações na indústria automobilística. a) doença profissional, assim entendida a

íEêi?tt
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. te adotada pelas empresas é a de que eles cial. Assim, mais que desvelar o acidente

E:

i;i+ ;; iiiãi
produzida ou desencadeada pelo exercicio
DIEESE. As, negociações coletivas no Brasil. são resultantes dos chamados atos inse- e a doença relacionados com o trabalho
São Paulo, 2001. do trabalho, peculiar a determinada ati-
guros praticados pelo próprio trabalhador. na indústria e nos serviços, em sentido es-

i iii:;ri
:r::ã;Íi;l
vidade e constante da respectiva relação

ÉE
HOBSBAWM, E. Os trabalhadores. Rio de .la-
neiro: Paz c Terra, 1981.
elaborada pelo Ministério da Previdência Contudo, sabe-se que quando os acidentes trito, devemos nos preocupar com a ade-
LA ROSA, M. Qualilà totale, qualjtá del prodotto,
Social; b) doença do trabalho, assim en- ocorrem pelo descuido do trabalhador. mui- quada aproximaçäo ao fenômeno em sua

à
qnalità del lavuro e nuove tecnologíe: fine di uma
tendida a adquirida ou desencadeada em tas vezes säo condicionados pelo cansaço verdadeira dimensão, abrangendo o pro-


antinomia? ln: ia cura di). ll lovoro nella socio-
logia. Rorna: Carocci Editora, 2004. p. 137-152. função de condições especiais em que o provocado pelas horas extras, estala crôni- cesso de traballio em sua plenitude e dife-

;; i : i l:?;: i: l:
LEITE, M. Trabalha e sociedade em lransior- ca, horas não dormidas, pela alimentação rentes instâncias, identiiicando o que não
trabalho é realizado e que com ele se re-

: § : i i i iÊ í i',i
mação: mudanças produtivas e atores sociais.
São Paulo: Ed. Fund. Perseu Abramo. 2003. lacione diretamente, constante na relaçäo e transportes deficientes, pelas precárias esteja expresso nas estatísticas e aquilo
MAGGIOLINI. I-2 /ts negociações trabalhistas e mencionada anteriormente. No quadro de condições ambientais, pelo manuseio de que não Componha os dados oiiciais, mas
o introdução de ínowzções tecnológicas na .Eu- máquinas e equipamentos inseguros c/ou que sejam, particularmente, aspectos

ã;

i::;
ropa. Petrópolis: \›f'oz‹:s. 1988. violência urbana, notadamente a relacio-
nada ao trânsito e aos assaltos, assumem que requeiram atenção redobrada, pela significativos nas populações de traballio-

i; i íí;i i;:;:::iii
NEDER, R. ct al. Automação e movimento sin-
intensificação do ritmo do trabalho, polar, doros urbanas e rurais (Nlendcs, 1999). A

ZZ:i;i;
dical no Brasil. São Paulo: llucitec, 1988. particular valor os eventos ocorridos no
()Ll\/EIRA, F. de er ol. Quanto melhor, melhor: espaço da via pública. oxígências de um trabalhador polivalente abordagem da questao do acidente de tra-
0 acordo das mrmtsdoras. Novos Estudos Ce- e pelas mas condições de vida e dc traba- balho torna irnprescindivel, primeiro, que

i;ii,iiii.i; ,j:i:i:'=;;ii:
brap, n. 36. pri. 1993. Todo c qualquer acidente ocorrido no
traballio c- que não provoque lesão ou per- lho, entre outras causas. A lógica apresen- se identifiquem as relações que se restabe-
=

WOM/ÁCK, J.; JONES, D.; ROOS, D.A máqui-


ri
na que mudou o mundo. 14. ed. Rio de Janeiro: turbação funcional e incapacidade tempo- tada para se imputar a culpa ao trabalha- locem no âmbito da Saúdo do Trabalha-
Campus, 1992. dor “vai desde teorias da culpa, tem que é dor, para a qual “os trabalhadr_›rns apre-
rária ou permanente para o traballio não
l;:li:;
(e enquadrado como acidente do trabalho. cnfatizada a impor-icia do trabalhador; à sentam um viver. adoe‹:‹:r ra morrer
ACIDENTE DE TRABALHO
::

Ét ii
: ;;;i;;:'ii:iíi;;:;Í

acldentabilidade. que supõe a existência compartilhado com o conjunto da popula-

::;ii*i

:
Eventos com perdas materiais considerá-
Jussara Mana Rosa Mendes de trabalhadores acideniáveis; à predispo- ção, cm um dado tempo, lugar ea inserção

:i
veis e nos quais o trabalhador não tenha
::
;ii

tirado incapaz. para o trabalho costumam sição aos acidentes, em funcao de caracte- social, mas que também específico re-
1. Em uma definição mais ampla, aci-
=t;tii;:i:lí;iÊiii;

rísticas individuais. e à dicotomia entre os sultante de sua inserção em um processo

?=j-
não ser notificados corno acidentes de
;;i:l

dente de trabalho é iodo evento instan-

iitl; í:iii;i
fatores lrumanos c o arnbienle do trabalhtf' de trabalho particular." (Dias, 1995: 28).
trabalho se a empresa encaminha o aci-
-:

tâneo, imediato, não intencional, que


: : !i

dentado para outra atividade ou se ele (l\/lacliado; Minayo, 1995: 118). As legis- Nesse sentido, a Saúde do `]"r¡iba]had0r
: :i ;: ;:: i ir: :: ;
r: ?;?é;:'t:;: i ii !:

acontece no desenvolvimrênto do trabalho


retorna ao trabalho no dia seguinte ao do lações encontram-se embasadas nessa di- pressupõe uma intertace entre diferentes
envolvendo pessoas. Quando o acidente
cotomia entre fatores humanos o ambiente alternativas de intervenção que contem-

i;:iÍl+ i; t:i

i
não provoca lesão om trabalhadores, cos- acidente. No Brasil, para lim de enquadra-
de traballio. Os riscos, os atos inseguros, pie as diversas formas de clotfirmiriaçãt)

ii;;:iÊi;
mento no Seguro de Acidente do Trabalho
i
tl; ;Zlii. ; i: r

tuma-se detinir 0 evento corno incidente


:;t i i; i + 1; :: i

0 para o registro nas estatisticas oficiais, o risco aceitável e os limites suportérveis do processo de saúde/doença dos traba-
i;*;i

de trabalho ou qua.=:tl-. acidente. Em muitos


são excluídas diversas categorias, como o pelo trabalhador, em geral, são caracteriza- lhadores. Pensar o acidente o a doença do
:

países o conceito legal de acidente de tra-


trabalhador avulso, os autônomos, os tra- ¡ dos dentro das empresas. Isso se constitui trabalho no âmbito dos conceitos da Saúde
xlil; ã;ii

balho é definido como o que ocorre duran-


balhadores domésticos, médicos residen- Como mais um dos fatores o contn'buir para É : i :i i;: : Coletiva não deixam duvidas quanto ao
te 0 exercício do trabalho, que provoca le- 1
tes, servidores públicos civis e militares 0 ocultamente da realidade, agravando a tato de que a saúde dove ser entendida
são corporal ou perturbação funcional que l
tendência a se mascararem as responsabi- como direito do cidadania, devendo ser

:
municipais, estaduais e federais, trabalha-
i;, ! j !;

cause a morte, perda ou redução perma-


lidades patronais. garantida pelo Estado a partir do suas po-
nente ou temporária da capacidade para dores rurais empregados ou membros de
Esses eventos não aconteccrn somente liticas sociais e econômicas, bem como

:iii;
o trabalho. Consideram-se igualmente os unidado de economia familiar e traballio-
Com operários nO interior das fábricas, mas por outras medidas que possibilitem a rc-

;ri:
casos ocorridos no percurso da residência dores não registrados e do mercado infor-
mal. Tais exclusões têm contribuído para 0 também com servidores públicos, trabalha- dução dos riscos e agravos e, ainda, que
e do local de refeição para o trabalho ou
ocultamento da etetiva dimensão dos aci-
dores autônornos, artesãos, trabalhadores assegurem o acesso aos serviços por meio
=

deste para aquele (Brasil, 1991). Ainda


dentes e de doenças de trabalho no pais. Em tempo parcial e do mercado informal, de um sistema de saúde eficaz rf eletivo
q

em termos legais, julgam-se acidentes do


. . . W. -‹
. “._-â.-_ , `
25
24 . .-z=_ͬv-. ¬V._ z._
7

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1 e,::ê:EgaÊtit zii+:jii!
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A"'"Íi0Nl'~-3 D' C^TT^f`" 8* LORENA HOLZMANN D1c1oNÁR1o DE Tr›tr›.BAr_rio E T`i=.cNo1.ootA

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Il
e do acesso que os individuos tenham a

i ; ÍÉ: ã i+ ::

i E= e íi El ! s: i;:: i33E::íá§iE
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(Dias, 1994). Assim, tê necessário que se

EãEÉ€urE-là+
:: :;ii iíiÉí:'i=; :ii' :i:::,":;;:i; :i:ii.:

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ser utilizadas pelos gestores e formulado-

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tá i: É; Í;: +::i;i: i: i;.1: i::-rilr
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. Lei n°. 8213. Dispõe sobre os planos de

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;Êi É;if ;,fÉ


\-.-

g;,! = i
ã É
iiit:É iÉi; :: :a1'; :
pense a Saúde do trabalhador desdeti sua bens e serviços. A matriz de estrutura da res das políticas públicas. A quantidade do beneficios da Previdência Social. Diário Oficio]

"o

I *:;E T3Ê
[do] República Federativa do Brasil, Poder Exo-
organização na sociedade e no trabalho, prevenção e proteção da saúde no traba- ocorrências não notificadas é significativa cutivo, Brasilia, DF, 24 jul. 1991.
compreendendo essa realidade sob uma lho passa a constituir-se como mais uma ti

‹;

Êi; É.+
e decorre de inúmeras dificuldades, como DIAS, E. C. Saúdo do Trabalhador. In: TODES- o

É
,_
perspectiva de sujeitos coletivos, conhe- forma de controlo da força de trabalho; o CHINI, R. torg.l.Sm1de, meio ambiente c con-
falta de registro, desconhecimento dos en-

çi:
diçoes de traballio: cmitcú dos básicos para uma
cendo-os e reconhecendo-os historicamen- sistema encontra-se estruturado para dar volvidos ou receio das consequências dai ação sindical. São Paulo: FUNDACENTRO; t

a ; : ;:::
i;! i:i;
te. A saúde passa a Ser percebida como "re- rápidas 0 competentes respostas às neces- CUT. 1996.

i:E:I;e :.;:;:ji+',:=r?:
advindas. Somente os casos que compõem -3
sultante das condições de alimentação, sidades do capital, a qualquer custo, ten- DW'YER, T Life mond dmrli ol work. Industrial Í..,_

;r
:i;11r,;;!:;:!=l*;,"t
as estatísticas oficiais são remetidos aos Ór-

I;
accidents as case of socialy produced error.
educação, salário, nieioanibiente, trabalho, do, como base, a equação denunciada por gãos internacionais. Relacionando o perfil New York; London: Plonum Pres-;, 1991.

Ê sá;:;:::j
(J
transporte. emprego, lazer e liberdade, aces- Thèbaud-Mony: crescimento econômico do trabalhador do mercado formal, que LLORY, 1\/1. AC¡'d‹.*ntt:.s inrIrrsrrío¡`S: 0 custo do si-

I :; E: :: i'::ti?:11 : i + t a f?;:
"
so a propriedade privada da terra e acesso = progresso social, sustentáculo das regu- lêncio - operarlorczs privados da palavra e exu-

ii;,
1i

tem acesso ao seguro acidentário, com o

p!
i!.
cutivos que nan pode-rn sur rrnconlrados. Tra- (V
aos se-rviços de Saúde" (Brasil, 1988). lações sociais adotadas. tamanho do mercado de traballio (formal dução Alda Porto. Rio da.: Janeiro: MultiMaiS
Entender' ‹› social como o determinante No caso do Brasil, o fato de 0 aciden-

;i*ii:;:!i;:?
=',:i ;il,.: r..,: : i; :; i:i ; :

Editorial Pr‹›‹l¡:‹;üc‹.'‹: FIÍIKENSEG, 1999.

ilqiiEiá,;":É €!E!::=:?li,r:;:
'.
e informal), pode-se ter noção de quanto a

sÁi"7:iir >:-;E- IÍ:_!

lÊ 1; i 1 :: r. i=:i:::;€
1E;;ir.
das ‹or1t1it¿‹`›c›.s de saúdo, sem negar que te de traballio ter sua abrangência sob a t
=
lvl/ÁCHADÓ, J. hi. H.; (,'.ÍL').'\-'llÉÍ.~Í, (Í. Ív1.AcÍdeli.
legislação, voluntária e determinadamcn-

i7=;;:i:,,i;,:
'ti

!s:
tos de traballio: com,ep_c‹'›(-s t: dados. ln: Ml-
os ‹l‹›t-ntes devam ser tratados e que seja égide da Constituição de 1988 (no artigo r
i:
te, exclui, encobrindo grande parcela dos NAYO, l\/I. C. S. torg.). Os1m.u`ƒ‹_i.~; Brusjg; sàiúde
rimressaria ft prevenção de novas doenças, de n. 7, onde estão contemplados os di- sinistros referentes ao trabalho, dificultan- o populaçao na decada do 80. Sat» Paulo: Huci-
tec; Rio de Janeiro: ABRÀSCO, 1995. Í .
; ii ? ::
ptivilcgia ações df: promoção da saúdo. reitos dos trabalhadores urbanos e rurais)

i; i i:: i Z:,: i;:;;::;;i +;;!:


do o exato dimensionamento desse proble-

Ê:
É:
IVIENDES, J. lvl. R. (F Velso 0 0 Orzvorso do umrr
As múltiplas causas dos acidentes e das provoca repcrcussíies jurídicas. Assim, a ma para a definição de politicas publicas lltstóriuz 0 ‹'›cidr:r1l‹> e -i muito |i‹- trabalho, 1999
doeiujas do traballio têm urna hierarquia reduçätâ dos riscos inerentes ao trabalho e Tese (l)outorado| l`rot;|'uzim do l`‹'1s-gradtraçäo
;:ii;;t=:iii :i;i:, iii; mais adequadas.
Om S('l'Vig‹› $ucizs]_ l'.›|1liÊí< 1.1 lii¬.1\'¡'-rsidarle (Êd~
etttrz- si, nim sendo noutras e iguais, mas o seguro contra acidentes de trabalho são Define-se saúde como um processo di-
(.

;:iit.,=::,eà:'
túlica de São Paulo, l'¡ t _' Z *-`..-z llaúlo, 1999.

; z <i::
c
;Ê= =: : É I n. i;: ':!;:
1;i!2i,
rl‹.›t‹‹rmin‹›udo ou <-mtdicionando outras direitos do todos os trabalhadores. Sem nâmico, expresso no corpo, na pessoa, no l\'ÍEz'\'DES, J. lvl. R.. l' I '\':;!H.-'t_ I? z\. H. l\'iL>d1-
l

:,:
(!\"lt'ii‹l^z›s; illivciia, 11195). exclusão do direito à indenização a que traballio, nas colidir,-(ros de vida, nas dores, cine du Trabalho: 0 dt~s.;t.‹1r5a um {¡t¿rlir.l6‹l‹¬ na
atmiçào (1 Saudi-. ln- \`llÉiR/\., fi. i. \J (cnurd). ( .S
3. A rliuâuuca da produção, as condi- iazern jus quando ocorrer dolo ou culpa,
=!to==,
jii
:;r{;i:;ii:?l::

no prazer o no sofrimento, enfim, em tudo Mcdicinri brisicn zfu Ir‹;hr..'!zo (`.nitil)¿:: (Struc-

Ê:É.-j:
gíws de trabalho e o mudo dc vida são todos os traballiadoros tem direito consti- 0 que coinponha urna história, individual SÍS, 1995. v. 4. (_
zw -,
os dottfimrnnnlcs' do processo de saúde/ tucional à cobertura do um seguro contra _¬¬__. /\cid‹2nt‹.~s dv Iizâhfsllirt; *violríncift urba-

;;',;'=i,
:,; ii=:: i; , i:i,
em sua singularidade, mas coletiva pela

r=Y :;:;r::e!
na e morte mn i“m't›› Alf-cm-?!l~¿.`S. (.`rr‹i‹'rn‹›:¬' de (.
.ví _.-
‹1d`(›er;r`n1c-nl‹› e morte dos tralialhddo1'eS. A acidentes de trabalho.
: i ; ; ; I i i i; i :iã: :

influência das múltiplas lógicas inscri- Saúde .l"úhÍrct¡, Rio dc .izi1ir~im, FI;\'SP,/ ]‹`l(_)-

r.
‹lo‹~.n‹¿a, ea saútlc: e a morte não se redu- A caracterização do acidente de trabalho
:i;i;l:;à!ii;:;í
CRUZ, \-'. 13, sinal. 2, p. 7.'t-84, N97.
j

tas nesse processo. As diriierisoos 0 con- { .¡ Y

,i
|
zem a c-vi‹l‹Í›u‹tias “orgânicas", "naturais", é realizada. adininistratívamente, no esta- MINAYO, M. (_.`. S. O ‹lo.~é‹.:t'r'‹› do con.'zccinienlr›:
t ) e ii - i ã" í 3 É-:lj
sequências traumáticas dessa r‹=.ali‹ladc Í

i I:
pesquisa qualitativa uni szâudtf. Rio de Janeiro:
"ol›j‹)tivas", uma vez que relacionam b‹›.1o‹:imento da conexão entre o trabalho para o trabalhador, para a familia e para É
iEa=8",!+í ;átf

ABRASCU; São Pätilu: i'1ll.i(Íl'l`l';C_ 1992,

i.:;j

i:;;ii:=
int.i1nainont‹-. com as características de exercido e o acidente e, t‹-:‹:nicamonte. por 1
i;t
n sociedade tornam o acidontc de traba- OLIVEIRA, S. C. de. Pr(ztr~‹,'d‹1 ¡`1¡n'u'.¡c.'u r`r .‹(rú‹jI‹_r

=
ri
carla sociedade. Essa perspectiva demar- meio da perícia médica, que determina o do tmbcllhodrrr. Í-l. t.-d. \f”r'i>säf.› ‹'sm¡Jliad‹r u atual. ( z

lho um dos temas mais aflitivos no âmbito

Ê: §e :-ü
São Paulo: LT1; Ztltll. .s
.zi-.z

czít - e nisso é roualadora - que a doença nexo de causa e efeito entre o acidente e da proteção social à saúde do trabalhador.
(_

í: ii:
'I`HÉBÀUD-l\z10z\1Y, A. Same, tra\-'ail ct precari-

i,,
Ó social.mr›nte construida 0 que o doente a lesão, a doenga e o trabalho, ou entre a
i;,

Como refere Oliveira (2001: 203): "é prati- zation socíale eu iyaitliolic parisienne. Soc¡'ol'u-

g:
2

é um ¡1›‹:¡'S‹)nc¡ge1n socio] [Miiiayo, 1992].


A coiiipmeiisziti do processo de acidente
causo morris e o acidente. Em termos da
legislação previdenciária, é grande a par-
camente impossivel 'anestesiar' a consci- gio Same, Paris, n. lo, p. 4t)-.*i.'i, 1997.
É }
ência, comemorar os avanços tecnológicos
f.

li
ó
o ar_lo‹:cimr:nto transcende a aceitação de cela de trabalhadores do setor formal que I; 1.
ACUMULAÇÃQ FLEXÍVEL

ij
i!;

e desviar o olhar dessa ferida ab‹-arto". Ú

sua tiitilticausalidatie, identificando-se, ficam excluídos de sua cobertura. Assim, é


Naifa Lima Lapis 1tt
.
no social, seu tivtrirminalite. importante ressaltar que somente os aci- Referências
;

t
i zi:
r

O }.›r'‹_›‹:‹-z;s,o soÚdcfdoonça/‹i‹:idz:nte do dentes que geram notificações ao sistema


:i:;

.|¡
j,=:

/\LBORN(')Z, S. O que é trnbrrlho? 6. ed. São


iz; i

4..; I9
§;
.i
o9

: ;:;
1./l('tmtuIuçÓ‹› fI‹*.¬<i\ cl Í.›^zF) Ó um cou‹°‹-i-

::;'
.E
traballio presstipóe 6 artitfulaçüo entre as público (( Íomunicaçao de Acidente de Tra- Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção Primeiros
l-lzissos, 171.
to que enfoca as riititaco-._~›; om curso no ca-
tlift~›ront‹›.s interfaces sociais 0 depende balho, CAT no caso do Brasil) são conso-
pitalismo ‹:ontcrupor‹.'1non, .-âl›ai'z~.i1›‹l‹› os
ã€

BRASIL. Constituição do República Fedcrrzlivo


i;

do rnorlo flo viver, da qualidade de vida lidados e gr-ram informações que podem do Bmsil. 1988.
l
ämbitos eCz'›1ir'h¡1ii‹':i, prilítico, social, |i:.i‹'n |

26
*

.›¡.I. Ii

I
rt,ú .‹ J . _

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i? :i:iEiÊqEiãÊ!Íiíiiti[É!;it:::;;ÉilÊÊ:í;il:rí
E Íãiã*jEii;;;;u?iEÉ;â::i;íÉi:i:gilii;:i;;l
i
*
Ahtrorsfro D. CATTAN1 & LORENA 1-l01.¡:MANN D|c10NÁRr0 DE Trmmtrio 1: TEcNoLc›‹3rA

É ;âíi;:;:Ê:I;;;àÊÉ:iiii;:i5i:rii::í*;::É;ii
' í?;t;gl;í:;i;;;íã:i=irlii';:;:Iãrí::;i:i;:

É *l::ii::;iijiijiEi+:i:;.i?iii::;j:r;i!.::É
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Í Êi i;i íÊãÊ. Ê::i:;;: É:i:": ii!, j,Et I liíE pãã E; i
:; Í:líiÍ;iil::;i:i;=:iii=i=Ei!::;;iiiil;i; Apoiados nas teses de economistas como do caráter forja-se em virtudes estáveis
ê
É
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ãl nsíãii!àjii;i:: ;:i i:;:i r:

tiltíi;l :É: I ii*ziilii;i : ii ;ii ;ii i: ílii:5i;

Éiãt?É :
entre concepção e execução, o trabalho

r iit:ãÉ!i i!ii i+:; :ii: i=:;;

:;t; FÊ;i?ii ; i:i i:: ii,: i I ;::,i;.ii::: ; Í i::


; É:Ê l; ;ã : ÍiiÉ r: : liiiiz:=É :i : i í: i ; ; ; ; i :i i+ ã
lógico e cultural. A AF designa as transfor-
i:í;9;::iÍ:;ii;i;Éã;:;;ril;;;;:ai

;i§:E ÉtÉ Es É;,; 3à i;íi'41i',; ;;;i:f;liÉ:ai :,;

E
;Ê § i:;É: Ei : i i;
Él i ç t íê ! Í ÉÊÉ'
i;:ã:iijãÉ i:;:
rãÉ; i i
l.eqãiii gr*Ei::íi::t;!::ti:;l;f?lÉ;i:!iã::É
Friedrich Hayek e Milton Friedmann, os relacionadas à lealdade, à confiança, ao

: i ; i i ; ; ?* i ; i : : i: tí! : i ; ; : ; Í , :í : i i : ; . : . , i
mações ocorridas nos modos de prõduzir parcelado, repetitivo, simplificado, espe-
bens e serviços e de organizar os processos cializado. corn ciclos operatórios curtos, governos Margareth Thatcher e Ronald comprometimento e à ajuda mútua, atri- 'r

giÊi;; ií;i;:t;ii; iE:iiiãiiÉi;ii!!:iÉí:ãi


I-
Reagan, na década de 1980, colocaram butos que estão desaparecendo na socie- t

E
de trabalho,' nos sistemas político e social ritmo determinado pela esteira rolante, `Í
-.
de regulação da sociedade, nas normas de independente do trabalhador direto, vigi- em prática medidas de politica econômica dade contemporänea, marcada pela visão
r
consumo, no uso do espaço e do tempo e lância dos Supervisores, severa disciplina que rapidamente se traduziram em perdas de curto prazo. Sennett indaga-se se não ¬
t .
z
nos padrões de cultura. Essa fase do capi- e controle. Do balanceamento desigual dos para os trabalhadores, como redução de estariam contribuindo para a corrosão do

ç
postos de trabalho na linha de montagem, direitos trabalhistas. A combinação desses carater, a instabilidade, os riscos contínu-

i I ; ê{ i;
talismo reflete as estratégias do capital,

ii;:iiiii i: izili!ii i;;i: :i;;i;ii ii;


visa ampliar seus lucros e tem como singu- resultaram desequilíbrios, com traballio- fatores repercutiu nas politicas públicas os e a supressão de carreiras estáveis e de t
'
lar caracteristica a intensa flexibilidade. dores subaproveitados ao lado de outros dos países desenvolvidos, registrando que- laços profissionais duradouros a que estão =4,

De imediato, há três limites ao tema: sobrecarregados, o que passou a gerar ten- da nos salários e debilitando o Estado de submetidas as pessoas em diferentes esfe-
-:
.-
o primeiro refere-se à necessidade de sões e conflitos no chão de fábrica (Coriat, Bem Estar Social. Declinararn os recursos ras de suas vidas, sobretudo naquela asso- ¡
v
estabelecer recortes, dado a sua comple- 1989]. Esse modo de organizar o traballio para educação, saude, habitação e previ- ciada ao trabalho. Ao analisar a transição
..
e a produção, com acentuada burocracia e dência, sendo atingida tanrliern a politica da modernidade “pesada” e “sólida” para

gi ii : : j i i : j
xidade; o segundo relaciona-se à impos- É
, ¬
forte controle, desencadeou estrategias de de pleno emprego. Esse foi o lim dos “anos a modernidade "leve" e "liquida", Bauman

§:
sibilidade de gerreralizações, pois as si-

i í: : ç; iE i: ;;
;rE
,i

resistência por pane dos trabalhadores, as dourados" do capitalismo. O compromisso (2001: 185) salienta que '“tlex_ibilidade' é a

=
tuações dependem da particularidade de
cada país, de sua cultura, de sua história, quais se manifestaram cm greves, alta ro- fordista z baseado no pacto entre Estado, palavra do dia. Ela anuncia empregos sem .gÍ

i:ít:
do sistema político vigente, do nivel de tatividade, sabotagens e absenteísmo, oca- empregador e trabalhador, por intermédio segurança, compromissos ou direitos, que 'Ê;'
desenvolvimento e da relação de forças
entre os atores envolvidos; 0 terceiro diz sindicatos lutavam para assegurar os ga-
i;il iii
sionando maiores custos para o capital. Os do seus respectivos Sindicatos - corntêçtirr a
desfazer-se. Novas estrategias passorarii a
oferecem apenas contratos a prazo fixo ou
renováveis, demissão sem aviso prévio e
i

¡ ¡

respeito ao carater provisório de qualquer nhos salariais e a manutenção de direitos ser esboçadas em resposta a crise. nenhum direito à compensação. Ninguém ;
1.

analise, visto que se esta em presença de trabalhistas, que, para as empresas, repre- 3. A reestrirturaçím da produçíio Ó ele- pode, portanto. Sentir'-se insubstituível ¬ 'Z
íi : : i;
um fenômeno ern curso. Nesse sentido, a sentavam rnerror taxa de rentabilidade. mento constitutivo da r'eord‹=ii¿rçíro em curso nem os já demitidos nem os que ambicio-

abordagem da AI* aqui exposta centra-se A rigidez na linha de montagem fordis- do capitalismo internacional. Sua singula- nam 0 emprego de demitir os outros". 1;
na reestruturação da produção capitalis- ta consistia, por sua vez, em um limite tec- ridade repousa na intensa tlexibilidarle, O quadro da reestruturação da produ-
ii; i,ii;i
j

¿
ta e nas politicas de ajuste de conteúdo nológico, visto que respostas rápidas às que pode ser associada a urna rede cujos ção envolve, entre outras ações, inovações
i:

t
neoliberal como ulernentos imbricados no flutuações da demanda transformaram-se fios entremeiarn-se e estendem-se por toda tecnológicas, transformações no trabalho, 1.
p.
ri
em vantagens competitivas no mercado a sociedade: flexibilidade das ernprcsas, organização das firmas, dos mercados e
Í i : : i iÉ : : i? iÉ r

interior de uma mesma lógica referida ao


* i Í: =: ã zi t: !: ã

:i;:
siE

. .a-.ø
atual estágio de acumulação de capital. concorrencial. A esse cenário somaram-se da produção, dos produtos, do traballio, dos dos fluxos financeiros ein redes, relocali- :1
i;rii
2. A AF remonta a meados dos anos 1960 os t=:Xp1^esSi\'os aumentos do preço do pe- trabalhadores, dos mercados, dos consumi- zação de empresas em regiões sem tradi-
troleo, em decorrência dos choques de dores, do tempo e do espaço, entre tantas ção cultural de atividade industrial e com ij
e aos primeiros anos da decada de 1970,
i:i:Ei;;:::.

tz
quando os países de capitalismo avança- 1973 e 1979, 0 fim da convertibilidâtde do outras formas que assume esse fenômeno. =; orgarrizações sindicais pouco combativas `šz
É uma trama de relações que caracteriza
1-
do experimentaram um periodo de crise. dólar em ouro (1971) e a flutuação das ~ particularmente em países do Terceiro 'tê
moedas, desencadeando desequilíbrios nos os movimentos da economia global, esta- Mundo (Harvey, 1992: 140) -- e novos mo- 5?
:;;i:::};

Mudanças culturais afetaram 0 conjunto


i:;;iii:!
É;: ! ;!

da sociedade, provocando manifestações balanços de pagamentos. O resultado foi belecendo fluxos quase monrentâneos de vimentos do emprego nos setores indus-
em diferentes países do mundo ocidental, o aumento significativo da inflação e a di- capital, de produto, de informação e de co- trial e de serviços. Esses elementos são
sobretudo nos desenvolvidos. O movimen- minuição do investimento produtivo, con- municação [Castells, 2000). partes constitutivas da propria lógica de
to estudantil questionava a racionalidade, figurando o que Lipiotz [1991] denominou Sennett [2001] aprofunda a reflexão a acumulação de capital em curso, afetando
os valores e o modo de vida prevalentcs crise de lucratividade, provocando o en- respeito dessa fase do capitalrsnio, consi- especialmente a esfera do trabalho.
no capitalismo. Por sua veia, o movimento fraquecimento das politicas keynesianas derando as transforrnações ocorridas no O mundo do trabalho vem sofrendo
Íi

sindical criticava 0 trabalho alicerçado no e descerrando caminhos à aplicação de trabalho 0 suas implicações sobre o cara- transformações que estao relacionadas, en-
É
paradigma fordista, corn rígida separação politicas neoliberais. ter dos individuos. Para 0 autor, a forma ção tre outras questões, às novas tecnologias,
--. J

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"ser parte" da organização; de outro, há o sobre os fluxos financeiros e efetuar re-

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às novas modalidades de se organizaram

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e de produção] antigos postos desapare-

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controle exercido pelos trabalhadores err- formas fiscais (Anderson, 1995]. Antunes

i F I: L:i ::--i.7='.:!;:
os processos de trabalho e de produçao, cem, e outros säo criados, demandando
tre si e o próprio autocontrole, o vigilante (2005: l7} amplia a análise Considerando Í
( li .

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ii; :iii: I: Í : ii:: ji :il:i:': ;i;= ;1::: t;ii1
aos novos postos de trabalho, ao novo per- um novo perfil profissional. Novos sabe-
res são exigidos e valorizados. Saber ser; interno. "Vcstira camiseta" significa, para que ”presenciamos dc lato um individu-

i::;
fil profissional dos trabalhadores e as no- 'tz
vas estratégias empresariais. Essas trans- saber aprender: saber fazer significam ca- muitos trabalhadores, Ser urn co]aI›orad0r, alismo possessivo cada vez mais despro- t

§ iu;:jii ;l: :!;i;:iiÍ izi=)t=li :: ;: ; =,,i i


iÉ 1; Éi-i.: e:i: $ J,.:líãF::
alguém que incorpora um novo repertório vido de posse, [...] cada vez mais amplas ›~,.
formações estão alterando o conteúdo do pacidades para identificar e resolver pro-
trabalho e, provavelmente, o seu sentido, o blemas e tomar decisões, aptidão para de discursos e conceitos às suas qualifica- parcelas de trabalhadores e trabalhadoras Í _
-l
ções. Na aparência, assiste-se à difusão perdem até mesmo a possibilidade de vi- Í)

i
que remete ao polêmico debate atual sobre operar novos equipamentos, detenção de
do estratégias empresariais que celebram ver da venda de sua única propriedade, a

j; j
sua centralidade. As novas tecnologias e habilidades técnicas. motivação para o
as novas formas de organizar o trabalho e trabalho, niveis mais elevados de escola- a ode ao trabalho criativo e à ideologia de sua força de trabalho".
ü;; !tl,: 1: i;,i:

pc-:rtença a empresa. Na essência, talvez 4. As repercussões dessas transforma- lb

íiÉ;;:
a produçao implicam inclusão de dispositi- rídade, raciocínio lógico e capacidade de
‹.›ste_jarrr sendo construídas novas subjeti- ções conduzem a um agravamento da ‹.
vos rnicroeletrônicos na esfera da geração se ajustar à flexibilidade da produção, de
de bens e sc.›wiç‹›s, ‹-nsojando um processo se relacionar com ‹:olegas e chefias e de se vidades e novas formas de zlominação. questao social, devido a um conjunto de
cornprorneter com as metas da empresa. Pode-se estar diante de um no\-'|1p¿~u7t‹› so- elorneritos corno; tocn‹›l(›gias poupado- l.

z t: I l=:
de tratisigjáti do paradignia fordistä dt-Z* or-

;
_i§›
5;:
gariizoçao do processo de trabalho - alicer- Polivalência, novos conhecimentos, traba- cial, diferente do fordista, entre emprega- ras de mão do obra, que elevam as taxas
çado em equipamentos de base eletrome- ;
lho em equipe, envolvirnento e aperfeiço-
: i :.":,:: : ;! : ; dores e trabalhadores. só que. agora, sem
a forte interferôncia do sindicato laboral
do rlosemprego, com empobrecimento
crescente de diversos segmentos da po- tg;
`‹

: 5 j ::- : 5i; :
cênica para uma nova base l.Ócni‹Ta amento permanente são atributos profis-
- r›lot1'o‹~letronica -, que possibilita orde- sionais requisitados nos esqucmas de enquanto mediador da rela‹_'Cio ernpreqa- pulação, diminuição do emprego forrnal ‹' _.

i i:
nar ea pr‹›ritr‹¿ão sob a forma do automação seleção e re‹:rutamento adotados. As es- dori-tralialltaclor e sern a eletivo p‹_irtir:ip¿1- o aumento do uso dos trabalhos tempora-
(Í A
Ê

l`l‹~_\'iv‹›l. l:.sf~a:~ altt›1‹içõ‹>spermitem a fabri- trategias empresariais subjacentes às no- ‹;‹`1r› do Estado enquanto regulador da re- rios, subcontratados c t-rn tempo parcial; ,r
rtaçiâo «lo d.f‹rrtzr-rt:-s produtos em conso- vas formas de uso e gestao da força de lação capital-traballio. acenluacla tcriclôncia do Ínforrrií-ili7.ação C ‹ :Í

Esso fase do capitalismo ‹- os ‹>leni‹:ntoS prertarivação do traballio cê desconstitui-

:;
i: j
trabalho requerem múltiplas habilicla‹l‹~s

=:;
nância ‹‹›nr as tzxiqôrrcias da derriarrda.
rf i V'
1

Em Iornros de oquipanientos, destacam-se e maior responsabilidade por parte do tra- que a cornpñenr, em particular a reestru- ção dos direitos sociais dos trabalhadores.
o conta ndo numérico computadorizado, turação da produção relar:ionada as trans- Essas rnutações 1'r~ali7.adas na esfera do (_ `

z:=':= ií ==:
balhador, bem como seu envolvirnrfnto in-
formações no trabalho e ao surgirnento tr'abalho atingem a dimensão psicológi- (.

=.;i;;,
sisternas f.`,Al')/'(1-'\l\~'l, robôs e 0 controle ló- dividual na realização dos objetivos do
::i;, r:l:: ii::íiii

=íi,ii;:i:

=
=

gico progr m1'r¿'rv‹;~l. Em termos de gestão da empresa, tendo em vista incremeritos de de um n‹›v‹) ethos ernpr‹:sarial baseado ca dos indivíduos. A incrrrtcxa quanto ao '‹.

i7:
prodrr‹¿é'ro aê do tr;-rballro igualmente são produtividade, redução de custos e melho- na colaboração, tern-se leito acompünlmr futuro gera o medo tanto no elnpregatlr). l.
?:i.; ã

‹.›f'r.-t.uadas iriovaç‹'›‹ƒ~s, que tem corno refe- rias na qualidade do produto, para fazer de políticas de ajuste de ‹:ontet'rclo neoli- que teme perder o emprego, como no de-

: rzit:ii:::i;;:
i?:ii-i::; E t;=is

rênffia a rnodolagem de orgarrização do frente à luta concorrencial. Tais estrate':-gias beral. As principais cúirarttrwístirtas dessas sernp1'egad‹›, que remia não recupera-lo, ,',\.4-\
politicas sào: o mercado como rrêgulador instalando-se o sentimento de ser descar- (...

5 !: :: - !
troliallio das t›rnproszas japonesas, particu- são sustentadas também pelo despotismo ..‹'5 1
larmente na 'l`oyot.a, :'azà‹'› pela qual ó no- do mercado, ou seja, pelo risco perrnanen- da sociedade e, em especial, da relaçäo tável. Para Castel (l999: 593), a questão
..“
capital-trabalho; a abertura dos merca- social. manifesta-se na existência dc indi-

ji
An`_' É
te de demissão a que está submetido o

t: i:::
meada de totmtisnlo. modelo japonês, ou,
,ñ t
ainda, produção enxuta. Essas inovações re mprega do. dos nacionais a tim de estirmilar a com- viduos inúteis para o mundo, de supranu-
áEi;:

visam comprometer os trabalhadores com A questão do controle merece igual- Detitividade; a dtfsestrutumçäo do Estado merarios e, em torno deles, de situaçoes

i:
:i;

E
1
os ‹›l›j‹-:tivos da empresa, para obter melho- mente uma reflexão. A cultura empresa- Ele Bem Estar Social e o enfraquecinien- marcadas pela in‹:onstân‹¬ia do amanha,
rias contínuas rios processos de trabalho, rial, em especial a relacionada às inova- to de suas politicas públicas, debilitando que comprovam o aumento de urna vul-

tt;i

distinçruindo-se os círculos de controle de ções na gestão do trabalho e da produçao, 6 rede de proteção social; a privati'/.ação nerabilidade de massa.

i;e +::
ili;:;

qualidzide, just-ill-tfrrie, konban, krrisen, parece uma importante ferramenta para a (le empresas estatais; a flexibilização da Neste contexto ocorreram, em meados de
l;

lfftlislzrçào traballiista; e a estruturação de 200'/, as pn`m‹=iras nianifestaçöes daquilo

'c-
‹'‹›nirol‹~ ri-statistico do processo c OS pro- obtençáo do Lim colitrole mais refinado _.. ...
gramas de qual1da‹le e produtividade. r um l;`stado minimo e forte, no sentido de que se constituiria na maior crise econômi- Qeigziz

i:
sobre os trabalhadores: de um lado, há o

': i
1:
1.. conter 0 processo inflaciorrëmo, manter a
A
Em face da incorporação dessas inova- controle desenvolvido pelos empregadores, ca desde zr Grande Depressão de 1929. Suas
,
ái

estrrl)iljrlad‹.› monetária, abolir controles origens estão no processo espu‹'ulativ‹i 1-rn

j
goes tecnológicas aos processos de traballio estimulando, entre outros, o sentimento de

,
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3

1.

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D1c:1oNÁi‹io os TRfuaAu-to E TEcNo1.ociA

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ANTONIO D. CAT'r,^¬N1 & LORENA l-IOLZWANN

? ilÊi:;!iÊiíi;:i::ti':: campo de pesquisa-intervenção (p. ex., da pós-graduação e a criação, no Rio de

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LIPIETZ, A. Aúdcicia: uma alternativa para 0

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torno de aplicações e financiamentos sem

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século XXI. São Paulo: Nobel, 1991. ` -za;
lastros e garantias sólidas. Em setetnbro de incidência de casos de distúrbios osteo- Janeiro, da Associação Brasileira de Ergo-
ORGANlZAÇÀO para a Cooperação e 0 Desen- musculares relacionados ao trabalho « nomia (ABERGOJ. cm 1983. Alain Wisner

i
9.:

Êrr: ÀiÍ ãi
2008, o Banco Central dos Estados Unidos volvimento Econômico. Disponivel em: www.
oecd.org/document/11/0,3343,en_2I349_ DORT] e busca construir um quadro ex- tem papel de destaque na consolidação da

á
iiiã:;:i:::l;;;=:i
não deu suporte ao Banco Lehman Bro-
3425l_43859787_1_1_t_1,00.html. plicativo e compreensivo de sua

=
AET no Brasil, pois formou, em nivel de

E
thers, que quebrou, arrastando consigo ou-
SENNETT. R. A' corrosão do caráter: consequ-

gi
ocorrência. doutorado, numerosos especialistas que

á=;§:
;;: !: I: z;:;: ; i, i il ;; ii: Ê: ii;::::;j j
tros agentes financeiros e aplicadores indi- ências pessoais do trabalho no novo capitalis-
2. A obra considerada precursora da AET

tiÊÊ,;;ii r ; ;Êi!i; :ii :ii :i;+;; litt;:l


passaram pelo Laboratório de Ergonomia

;i:i;iiÊÉ1 i:r i;ts s; i:ÉíÉii iÉ;!:É;üií


Êiii Í i: ii;:Ét;;i;i: :;;ill;ÉiãÍií;É!ã
viduais. Como 0 mundo real da produção e mo. Rio de Janeiro: Record, 2001. i

do trabalho está diretamente ligado ao é intitulada L'Anolyse du Trovoil -Facteur do Conservatório Nacional de Artes e Mé-
mundo financeiro, os reflexos negativos so- d'Économie Humctine et de Productivité, tiers (CNAM). No Brasil, a “escola” da Er-
ANÁLISE ERGONÓMICA D0

ã
3
Eã:
bre as empresas logo apareceram sob a for- de André Ombredane e .Jean-Marie Fa- gonomia da Atividade o 0 uso da AET es- VÉ
TRABALHO verge (1955). Nesse livro, os autores co- täo fortemente associadas aos traballios de

i;=?j
iii:i : í:,:';i a,:;íi i"?= ii;i i:: i;
ma de inadimplência, graves dificuldades
Mário César Ferreira locam em evidência a discrepância entre pesquisadores de diversas regiões brasilrzi- -t

íiÍlií:;i;:
=
financeiras e falências. Em uma economia
amplamente interligado, ninguém perma- o traballio prescrito (previsto) e o trabalho ras, corn destaque para os que atuam em
real (efetivo), enfatizando a necessidade universidades públicas como UFMG, USR

:i::ii;E:1Íii;::;,i!1;
1. A Análise crgonômico do tmb‹ilho

!Í:::;:i:í:a:i;;:;:;i;iii§;íi
neceu imune a crise. O crédito ficou prati-
=;=Êini::1iii{i;;:rrl::t,:::â
;iiiri:;:;áii;iÉ:iiEtç+ÉÍ:;:;
firximmz-.
camente paralisado, as vendas cairam (AET) designa o método de investigação de análise das atividades dos trabalhado- UFSC, UFRJ e UnB. Após três décadas, a
da escola tranco--belga de Ergonomia, res em situações reais de trabalho como AET serviu de instrumento para ccntonas

:;i;; !,;;;,;i::Í!:i:: !:i; i


abruptaniêzrnte e a repor‹^ussáo sobre o nivel
do emprego foi imediata, ampliando a vul- que combina 0 uso de diferentes instru- premissa para se compreender cientifi- de pesquisas-intervenções, dando origem ?.
'_'
nerabilidade da força de traballio. a infor- mentos e procedimentos de pesquisa para camente a interação entre individuo, ta- a uma importante bibliografia científica É

o diagnóstico de situações criticas de tra- rela e ambiente laboral. Essa perspectiva ÍLavil.le, 1977; Wisner, 1987; Santos; Fia- É
rnalictade e as perdas salariais. Por razões
metodológica afirma-se a partir dos anos lho, 1997; Vidal, 2002; Abrahão; Szelwar;
25
distintas do processo anterior, a acumula- ballio e para a iormula‹_;ão de recomenda- ‹
ção flexível continuou sendo utilizada de ções que visam transformar os contextos 1950, com o surgimento de laboratórios Silvino; Sdrmct; Pinho, 2009).
¡t~À-w. 1.-rt:
-
rnanciia delotéria, agora, roniojustilicativa laborais a fim de proporcionar o bem-es- de pesquisa na França, Bélgica e Suíça 3. Um balanço analítico do uso da AET :X ¬

que buscam compreender a interrelaçáo permite inferir a existência de ‹¬in‹:o tra-

!?il;iÉ;;Ê ii !r: Íí:


para a superação da rri.«;c~. tar de trabalhadores c gestores, a satisfa-
,
t ilt;izti't:i=;i ;;;iir; :

ção dos usuários/consuniidores e a efetivi- lioinem-traballio, com foco, sobretudo, em ços que Caractcrj za ni sua aplicação. Trata- "F

;
fatores antropométricos, biomecânicos se, a rigor, de diretrizes para ação do ana- ."

iii: ;:;iãi?:iÊ; i;
Referências dade organizacional. Do ponto de vista
epistemológico, a AET apoia-se em dois E psicológicos. Tais iniciativas terminam lista do traballio que condicionam o uso
i;:=i;

ANl)IÊRSON, P Balanço do nc-olihcralismo. Iii: por forjar uma veiteritc de Ergonomia, eficiente da ABT (Ferreira, 2003):
SADER, E.; GENTIIÃ, R (org). ¡'ós-ncolibera-
lisnioz as politicas sociais ‹.› o l:`sta‹1‹:› democráti-
pressupostos básicos. De um lado, a com-
de filiação francotônica (paises de língua a) Situação-problema: constitui. o ponto
3*
preensão de que a natureza do objeto de ÊÍ_
co. Rio deJa11vi1'o: Paz e Terra, 1995. francesa). Esta abordagem se consolida de partida da AET, que assume, regra ge-
investigação (interação indivíduo-conte» 'ÊÍ3
ANTUNES, R. O ‹:oru‹fol c sua rronclm; CIISGÍOS com a fundação, em 1963, da Sociedade ral, o formato de uma demanda posta por

Ê
sobre a nova moriologia flo tratmttio. São Pau- to de traballio] subordina o método. em ; 1
lo: lšoiteiupo, 2005. de Ergonomia de Língua Francesa (SELF) sujeitos no contexto do trabalho. Global-
consequência, o instrumental e os proce-
em Paris. Em nível internacional, com mente, a situaçao-problema pode se situar L:
i il i :i i i

BAU MAN, Z. Ivlodernidode liqurtitr. Rio dc Ja- dimentos empregados na AET. Neste sen- ii
neiro: Zahar, 2001. C1@Stäque para a França, merecem registro
tido, o uso da AET não tem como vocação no campo da avaliação de indicadores cri- 1
CAS'l`El_, R. As metuniorfoses do questão so- t
cial: uma ‹'r(›nica do salário. l'etrr'›polis, RJ:
Vo'/cs, 1999.
demonstrar modelos teóricos pré-estaba
locidos, mas servir de instrumento de
65 importantes contribuições de Suzzane
Pacaud, Jules Amar, André Ornbredane,
ticos existentes (Ergonomia de correção]
ou no campo do desenvolvimento do pro-
if
i-
C/\S'l`ELLS, M. A sociedade cm rede. São Pau- Jean-l\'larie Faverge, Alan Wisner, Antoi- jetos (Ergonomia de concepção). Ela cos-
i:ÍtiiE

diagnóstico da gênese e ocorrência de in-


lo: Paz e Terra, 2000. V. 1. no Laville, Maurice De Montniollin, Fran- tuma ser a “ponta do iceberg" das causas -1".
dicadores críticos no contexto do trabalho
CORIAT, B. A revolução dos robôs: o impacto
Çois Guériii, Etienne Grandjean, François mais profundas da problemática em foco,

É
sortioeconôlnico da autolriação. São Paulo: Bus- tp. ex., erros, retrabaiho, acidentes). De ou-
Danicllou, Pierre Cazamian, entre outros. exigindo do analista do traballio, muitas -,.~_.,›.»
ca Vida, 1989. tro lado, a AET apoia-se na lógica analítica
z
HARVEY, D. Conrtíçrio ¡›Ós-moderno. São Pau- No Brasil, o uso da AET tomou impulso vezes, uma instrução e redefinição do pro- ~›-z._~,. v_. . -.,_
.---.¬.›.¬-.z,_.:
do tipo inferencial indutiva (bottom-up), ‹*. l
lo: Loyola, 1992. 1-
ou seja, ela tem como ponto de partida um Õ Pãltir dos anos 1980, com 0 crescimen- blema posto inicialmente, identificando
HAYEK, F. O caminho do .«_-ervidrio. Rio de .la- l° (10 intercâmbio Brasil-França no âmbito variáveis e hierarquizando dirnensoes ana

E
neiio: Instituto Liberal, 1990. problema posto por interlocutores em um
.-1
z
. ¡.
ff. 33
32 -'
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;~_.“_-. :.-t.›';:..,`-_. -._‹
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lÊ.
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Anronio D. CA^r'rANI Si Loxrànê. l-IULZMANN D¡C¡ONÁ¡¬¿¡0 DE TRABALHO E -¡¬ECNm_OG¡A

,;

= :á:;ig::; iiii;,: !i:;


É ;i;Éíi;iiãj!i:;;: ii;;i;j i:ii;i:; ii;i;i;iiÊ
i i;;ii!ii;i ii i;izir;;,i: :,:;íi Ztiiiii: ii:
' ÊÊÊiíci?E;iilii;iÊr;;íi :;ii::::Fr
sões analíticas ínterdependentes na AETÍ

:it i:: ; t í:i;:i:1ii.:=,ii :i;ii ;i: ,rt: :j !i


;;iÊ;;Í: i;!i:t,:':,,, r i.i,ir,: ; :i;=i;:; ;; I
i : i i ! i I ;'ízil', ; u : ; : : :=,: i Í i : i i i i í : i i i i i ; :
líticas. Em síntese, a situaçao-problema tratégias operatórias de mediaçao indivi-

ãiuiiãi:!;iãij I:it,:::;:::i:

; ; Êi ã:
;Ersa:; :É i;l:i:i i::i" de Vida no Trabalho Í lA_QVT; Ferreira,
lie :;;iaíi ;E!,r;i:;.;;:i::tí1ii :;ã;ãi;ÉiÉi

; Ê i : I Ê É ; i; t; = ; l ; : = ! : , i i I i , , * É i E : : t t ; : iÉi
i;í:iÉiI=iiri;' r =.::i iiIi::1::ii: :; :;iii!
r ÊÍ i:;ÍiiÉ:úl:i; iiz:;: iiii:ur;'i;:
í:i ;i ã?;1íi,'+z::;;!=

iiÉÊ

::ãiÊ=l::;i1;j;t::i;rirÉ;:iii.:, ::; ii; :t;


serve, metaforicamente, de bússola ng pro- De uin lado, está a variabilidade intra e dual e coletiva (Ferreira; Mendes, 2003)

: 1 : : í i í : i ã i : i : ; i i i : : i r j ; i ; : i ;i ;: i ; i r : , : : :
2009). Do ponto de vista instrumental, os
cesso de coleta e análise de dados, interindividual, que se baseia nas dife- para responder às exigências que configu- recursos utilizados são diversificados, em
b) Participação: expressa o envolvimento renças dos sujeitos, suas respectivas sin- ram o custo humano do trabalho. Tais exi- virtude dos diferentes problemas de pes- }l

efetivo dos sujeitos direta ou indiretamente gularidades que influenciam fortemente gências são provenientes, por exemplo: quisa-intervenção presentes nos contextos É

'í:ii;
implicados na AET, desempenhando papel suas Condutas no contexto organizacional das condições disponibilizadas de trabalho organizacionais. Posto que a análise da
fundamental na investigação da situação- (p. ex., diferenças de gênero, experiência (materiais, instrumentais, suportes); das

':
atividade dos sujeitos em situações reais
problema e, principalmente, na implanta- de trabalho). De outro lado, está a varia- variações da situaçao lp. ex., fluxo do pro- de trabalho ocupa centralidade epistemo-
bilidade do Contvxto de produção, em que

!;ii
ção das recomendações ergonômicas. Para duto ou de clientes, fuiicionanieiito dos lógica, a observação (livre, sistemática,
ser efetiva, a participação precisa basear- cada instituição pública, privada. orga- equipamentos); das interações sociais de participativa] é requisito incontornável da
se no desejo voluntário dos sujeitos de nizações não goveiiiamentais (ONGs} o lfäbfillw tpfex., colegas. chefias, clientes); AET. destacando-Se como momento privi-

: g i;i=i : :.:,: ;
contribuir com a AET e ser global, isto é, sindicais possui especificiclades incontor- o da organização do traballio Íp. re- legindo para a checagem de hipóteses, em
contemplar todas as etapas da AET e não náveís e singulares em termos de mato- gras, rotinas, proxfedimeiitos prescritos). g‹--ral de natureza descritiva.
ser restrita à etapa de coleta de dados. A
parti‹¬ipa‹¿äo efetiva dos interessados irn pri-
me, aos resultados obtidos, o traço de obra
li;;i
Iiais. equipamentos, instrumentos, efeitos
sazonais, legislagmi pertinente, evolução
das situações lnurinal, acidental), perfil
A implenieiitação fiestas diretrizes da
AET, ao mesmo tempo em que desenha
a singularidade científica do método em
O olc-,rico de instrumentos que pode sor
utilizado na AET contempla distintos obje-
tivos: a) a análise docurneiital tiusca traçar
"E^“.\“1~"-'23

coletiva, uma coprorluçáo em que traba- dos clientes/usu;›':rios etc. que norteiam Ergonomia, coloca em primeiro plano a u cenário organizacional onde se inscreve
ii aplicação da /\E'lÍ líssa ca rocterística dimensão da arte na aplicação da abor-
=

lltadortrs, gestores, usuários Q clientes são a problemática eni rrstudo, coni destaque
:

tanibfini Coprodutores de conlivcinionto. metodológirƒfs torna ai g‹:iit~i'alizaç¡Êio de dageni metodológico. Cada contexto or- para a análise do trabalho prescrito [pre-
cl Informação: constitui um requisito resultados, tao im1›‹›rtaitte em outros de- gaiiizacioiizil constitui um caso singular,
i ri,ii : i i

\'1fiÍ'llÇ l`Jl ü entrevista, ein geral do tipo so-


esseiictal na Al`:"l] rondicionaiido os resul- lineamentos invtotlologjrwis, uni objeto do configurando um desafio, uma especie

j' =!
miostruturada, busca evidenciar as repre-

lz1ii,i:ii:i:;:
tados a serem alcaiiçôdos. A lntoriiiação ‹'‹›iitrov‹':rsias eiztic os p‹!sqiiis.1d(ires da dv quelmi-‹`aIJ‹:ça, para a ap]i‹_'açüo judi- s-'rzntaçoes dos sujeitos, ein especial a forma
configura o cenário contratual, pactuado áiuúi (p. ex., 0.¬‹`ul‹:s oinqlo-saxôiiitza versus viosii das diretrizes. Cabe registrar que os como e.<¡t‹:s avaliam a situaçäo-probleniu;
:::

entre o analista do trabalho ca os parti- escola fràticotôtiiva do lÊr‹;onomia). traços da AET. em especial as diretrizes cl a observação livre, aberta ou assistemei-
cipantes, sob a forma de regras a seiein el Atividade dr.: tmliollioz designa a cli- "sitnação-problema" r- "parlicipaçEio", ta- tica busca rlzializar o primeiro contato com

rirlj,ii;;;
respeitadas nas pesqilisas-int‹3r\'‹~i1çö‹=s mensão analítica central da AET. a esfera 'zeln-na aproximar-se do enfoque metodo- os envolvidos corri a AET e re('oiihec‹-,r o
i;!;'iiliifti:

relativas: i) ao acesso à base do‹'unienlaI q1iQp‹;,‹;f;jbj]jtf¡ ao íiiiiilista transitar da apa- lógico da pesquisa-ação [Tliiollent. 1997), ÍU1'1'@H0: dl a observação sistemática pres-
do processo de trabalho; ii] ao acesso às rência à esséiicia da p:'‹›l'›loritática em foco. no qual os tréiballiadores são também pro- supõe a definição de prévias de variáveis
ii:i;ii::

Nesse sentido, o que foz o trabalhador, clutores de conhecimento sobre o próprio


i,irt;

situações de traballio o aos sujeitos para para registro e visa avaliar hipóteses. cons-
coleta de dados (p. ex., i'eali;1.açáo de en- corno [oz e como iulâz-/'age com variáveis traballio. Tal perspectiva reforça-se pelo truídas ao longo do trajeto metodológico.
trevistas, aplicação de qiiesti‹›narios); e ainbientais. sociais, orgiiiiizzacioriais, ins- Izito do que o percurso investigativo da Aléni (testes principais recursos, a AET

:
iii) ao uso de equipameiitos de registro trumentais e matt-riatis no contexto de tra- AET não Ó do tipo linear, ao contrário: a apoia-se, frequentemente, no uso de ins-
(p. ex., máquina fotográfica). O trato da ballio niate-rializam a cuiitnilidade da ativi- llexibilirlade piocedimcntal Ó uma carac- trunientos para mensuração de aspectos
dade traballio |iara a construção do teristica marcante da condução metodo-
:;:i Iiili

informaçao conio lnatéria-priinéi da AET fisicos, ambientais (p. ex., luxínietro, deci-
está protegido pelo respeito de prizicípios Cenários explicativos de situaçàwproble- lógica em face das descobertas feitas no bolíinetro, trena eletrônica), bem como em
1t=:: iái

deontológicos que disciplinam a sua uti- ma. Ela (2 Íundaniental, pois tem um papel llercurso de pesquisa. _ recursos específicos para análise de pro-
li;

iiit'i!
lização instrumental lp. ex., acesso aos integrfldor da multiplicidade de fatores 4› A prática hegemônica da AET mostra bleináticas pontuais (p. ex., questionários
i

dados brutos da pesquisa apenas pelos que cstrnturani 0 coiirluta humana no con- QUE' ela se situa mais no campo de estudos do ti po clieck-list na avaliação de Interface
:ii=i

pesquisadores, difusão acordada dos re- texto org‹mi7.ãCiulml. A utividatle de traba- de nzitureza qualitativa e do casos, näo obs- Huniano-Computéidor - lHC].
i:i:
sultados proservando-se o sigilo de idon- llio cumpre uma lu1iç¿io m‹.~d1a‹Jora na in- |‹1nte venha crescendo 0 uso de recursos Para o conhecimento aprofundado da
ii i

tidade dos Sujeitos e da instituição). teraçäo individno-r_ontr›Xto de trabalho, fik* viés tradicionalmente quantitativo lp. AÉT, a reterêiicia bibliográfica de destaque
dl \/tirizlbilidridez comporta duas dimen- por meio da qual os sujeitos constroem es- 1%. Inventário de Avaliação de Qualidade
É

é o livro-intitulado Compreendero traballio

34
;

35 _. ...T._._,:¡.__.-..»,¬. `-
§¡Iz._.,.-“-`.Ã-.z»-_ L.«¬Z.-~z»-.rašií
~›-. J . - `

A_NroN1o D. CA'rrANi & Loi2EN/t I-IOLZMANN D¡C¡O,,_.ÁR¡o DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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OMBREDANE. André; FAVERGE, _lean›Ma-

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para tmnsformá-lo - u prática da Ergonomia geograficamente e especializadas seto-

Êi!;+ãÊ::;i;i
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EEgÊãEi;ii t:ii Í i;iÉ;;Ê;:;3.jÍ;;!;Íi ::;ie=;ÍÍ;;gia dução, interação, cooperação e aprendiza-

:E ;Ei i; ; : : I : ; I ei i ! j ; ; zÍEa= z::!Í ;l ?;:

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iÉi§iiÉ:iií;:i;:i;;i;i:iíl::::tíá:ic§iiii;
íii;i;;;;,iii::Êii;:;i:;i:;l,i!É;ii:íi:;;:
rie. Lfonulyse du travail: Facteur d'économie
tGuérin et al., 2003]. Essa obra caraeteriza-se rialmente. Esta definição, bastante ampla, gem" (Lastres; Cassiolato, 2005: 11-12).

iE
humaine et de productivité. Paris: Presse Uni-
por abrigar uma reflexão madura do méto- versitaire de France - PUF; 1955. abarca um conjunto grande de casos den- Já os A.Pl__s são aqueles casos fragmento-

E
=
àÉi!;l liiÉ:: i i:;i;:::aZ Í-1i,.', :;l: :irl::,2:É;:r
do da Ergonomia e uma riqueza empírica SANTOS, Néri; FIALHO, Francisco. Manual tro de diversos setores econômicos, tanto dos e que não upresentam significativa or-

ã E Ê+
í::;;
de análise ergonâmico do trabalho. 2. ed.. Curi-
ilustrada por diversos exemplos. Ela conso› nos países avançados quanto nos em de- ticuloçâo entre os agentes. Comparando os

li

[i ç !r: l: gÉrriZ;,: i;;iÉ;jiiii:;3iã:i


tiba: Génesis, 1997.
lida reflexões referentes ao trajeto de meio senvolvimento. Uma definição mais pre- dois conceitos. percebe-se que, enquanto

ÊÉ I ; í E=: i :

e::;:,ii:
THIOLLENT, Michel. Pesquisa-oçéro nos orga-

iaill-s
século de investigação científica de base nizações. São Paulo: Atlas. 1997. cisa de cluster se torna díficil, segundo a os sistemas (SPILS) são arranjos que apre-

:i
VIDAL, Mário César Rodriguez. Ergonomia na

§i;
interdisciplinar que busca estudar a relação literatura, devido à presença de variáveis sentam significativa interdependência,

íE
empresa: útil. prática e aplicada. Rio de Janei-
não mensuráveis, como a confiança entre
iEE
entre individuos e ambientes de trabalho e articulação e vínculos consistentes entre -¬-R. . .

I ;: ; ! ;,: Éi=! t.,,í=iiii

i;
ro: Ed. Viitual Cientifica, 2002.
propor soluções aos problemas encontra- os agentes e o enraizamento social da os agentes econômicos, como resultado

=i
WISNER, Alain. Por dentro do traballio. Er-
dos. O estudo desta interrelação tem, na gonomia: Método e técnica. São Paulo: FTD; rede do firmas no tecido social. Um distri- de interação, cooperação e processos de
:

l: ri; Í; í:gi; E.:;:;I.+i iü i;; ! ': I


Oboré, 1987.
to industrial -- no sentido do termo tendo
:

análise da atividade dos trabalhadores, um aprendizagem, os arranjos (APLs) consti-


?
papel de “bússola” para a investigaçao como referência a experiência italiana - tirem simples aglomeraçõcs territoriais de
s
;

:
{is jir: :É :;iii;!i!;i; íi::!í;

e
ARRANJOS PRODUTIVOS

ãti §í;1 ;1;,;ia,É:;: iíE:


t(`Íottereau, 1992). surge quando um cluster desenvolve mais agentes econôniicos, politirros e sociais que
i

.!.--]
ii;
i I i=*?í;: :t \,'=iç; i :Í :çii;i=,; õ:

;{i t u::;:::
LOCAIS do que especialização e divisão do traba- compartilham uma atividade econômica.

§
Referências Paulo Keller llio entre firmas. O distrito industrial é Apesar da pertinência da distinção en-
:;
§i ,:i+,Í r;iii:r:t; i::i :!l;i;!i
:g !:,;;= :i;?§ ii;Í

ABRAHAO. Julia I. et al. introdução à Ergo- marcado pelo surgimento de formas im- tre os termos urrariƒos (APLs) e sistemas

i:i:,::;
;,
nomƒo: da prática à teoria. São Paulo: Edgard
1. Arranjos produtivos locais (APLs) são plícitas ‹- explícitas de coriperaçiio entre

i:t::.i;!É';
iÍ;:;l;i=:!l iE=2""i;'i'*{
(SPILS), segundo a qual nos sistemas as

. -.,.::t
Blücher, 2009.
i
aglomeraçöes territoriais do empresas nas os agentes ocon óniicos locais e pelo surgi- interações e os vínculos entre os agentes

i;::::,
(Í(›TTEREAU, Alain. Tlieories de l'action ot
ii;i:?,

É
nation de travail. Note sur quulquos difficulties quais os agentes econômicos comparti- mento do fortes associações empresariais pr.-rmítern “gerar 0 incrt-êinento da capaci-

r"
:-1 quelquos perspectivas. ln: (Íolioque lntcr-
lham uma atividade econômica tz se rela- setoriais. Dcsta forma, podemos (fizer que dade inovativa ondógena, da competitivi-
disciplirmire Trflvailz R€cli0r‹:he et Prospective.
l`lieir1e 'Transversal ri. 1 - Concept de Trävail, cionam com atores sociais e politicos viii- um distrito industrial Ó um cluster maduro dade e do desenvolvimento local" (Cas-
E

1992, Lyon. Actes... Lyon: CNRS; PIR'l"l`l£M; culados a esta atividade. São temas para Ou que desenvolveu as suas potencialida- siolato; Lastres, 2003: 27), conforme foi
ENS de Lyon, 1992. p. 41-52.
FERREIRA, Mário César. O sujeito forja o am-
a pesquisa examinar em que medida os ÚOS. atingindo sua eficiência coletiva salíentado por Noronha & Turclii (2005:
illi:iili

agentes econômicos do arranjo articulam (Humphrey zé s‹-hnmz, 199õz 1863). 9), "tal distinção perdeu importância no 11

Ê:
biente, o ambiente forja o sujeito: Mediação
individuo-ambiente em Ergonomia da Ativida- cooperação e competição, se geram inter- O grupo responsável pela difusão do ter- debate público dado a generalização do

'-
ll:;:ti
de. iii: FERREIRA. Mário Cesar; ROSSO, Sadi
dependência e vínculos sociais consisten- mo Arranjos Produtivos Locais {APLs) no

j:;:::
Dal. lorgs.), A regulação social do traballio. termo arranjo [APLs] para aglomerados
Brasília:Ed.Paralc1o15,2003, p. 21›-46. tes baseados na confiança e se formam Brasil foi a REDESIST (Rede de Pesquisa com graus de interação e cooperação or- Ê-

i. j , i: i 11it i
_; MENDES, Ana Magnólia Bezerra. em Sistemas Produtivos e lnovativos Lo-
uma rede enraizada no tecido social local ganizacional distintos”.
'líliolho e Riscos de Adoecimc.-nto: O caso dos
e regional. Cãifil. ligada ao instituto de Economia ln- 3. A trajetória histórica de um arranjo pro-

:Ziigii;;5i
Auditores-Fiscais da Previdência Social Brasi-
1.
leira. Brasilia: Edições Ler, Pensar, Agir tLPA), APLs podem ser tornados corno uma tra- dustrial da Universidade Federal do Rio de dutivo mais rudimentar até um sistema lo- 5
i:::i:Íi;::E

2-E003. il
dução do termo cluster, cuja definição mais .Janeiro (IE-UFRJ). Conforme desenvolvi- if
cal de produção mais complexo e articulado .lr
!::: iã. i":ãg
i::t

_ _ Inventário de Avalioçâo de Qualidade


tic Vida no Trabalho (lA_QVT]; instrumento de simples foi formulada por Schmitz. & Nad- do e proposto pela REDESIST, a compre.- envolve a “construção de identidades e de

i::ii,,=
í_l; ;U;:
Ê
Diagnósticos e Monitoramento de (JVT nas Or- vi (1999: 1503) corno “urna concentração Gnsão do termo APLs está articulada ao formação de vínculos territoriais (regionais
ganizações. ln: Anais da 61'* Reunião Anual da
SBPC, 2009. setorial e espacial de firmas", ou seja, são conceito de Sistemas Produtivos e lnovati- e locais), a partir de uma base social, cultu-
concentrações geográficas de empresas vos Locais (SPlLs). Segundo definição des- ral, política e econômica comum" (Lastres;
S;i

(SUÉRIN, François et al. Compreender o traba- ....-`. ;_s¡,


llio para Iransformá-lo - A prática da Ergono- que apresentam algum grau de especiali- sa Rede: “Sistemas produtivos e lnovatívos Cassiolato, 2004: 2). Sem esquecer a impor-
mia. Sáo Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2001.
dade no setor econ õniico em que atuam. Locais (SPlLs] são conjuntos de agentes lância do meio em que o arranjo está inse-

l1
LAVILLE, Antoine. Ergonomia. São Paulo: Ed.
i;ti;:

Pedagógica 0 Universitária; Erlusp, 1977. 2. Há uma distinção conceitual impor- €*f'0nÔmi‹:os, políticos (: sociais localizados rido, estos autores afirmam que: “Sistemas
:i i;

i
MCIRAES, Auamaria; SOARES. Marcelo Mar- tante entre "Cluster" G "distrito industrial". Um um mesmo territorio, que desenvolvem são mais propicios a desenvolverem-se em
E

ill
cio. Ergonomia no Brasil e no mundo: um qua- Ellitndades econômicas correlatas e que
A definição simples de um cluster é a de ambientes favoráveis a interação, coope- ‹.=¬ _^+_-s~›ø‹

a3-
*6
o.á
r:
dro. urna fotografia. Rio de Janeiro: ABERGO: š. I
I
UERJ-ESDI: UNIVERTA, 1989. um aglomerado de firmas concentradas alireseritam vínculos expressivos de pro- ração e confiança entre os atores. A ação
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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de políticas. tanto públicas como privadas, O interesse internacional pelo estudo A ocorrência da cooperaçao interfirrnas,

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e privados brasileiros (SEBRAE, MDIC,

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i; !i,É: ; í!i ! ;: , i t i;;:rl i iii ,i;i= i:: !:;: irj


das aglomerações industriais surgiu e se

; : i : i !; r aí; i: i : í; : i ;; i i; : i Í i
pode contribuir para fomentar e estimular = IPEA, CNI) ocorre em um mornento de um delimitador fundamental do grau das

i
desenvolveu nas décadas de 1980-90, a

; : ; ; r É ElE í: à : ;; i ; l ; i i r i
te até mesmo destroçar) tais processos his- reflexäo e de construçao de uma nova experiências de aglomeração, conforme a
1::ii! l.E

ri
tóricos de longo prazo." partir do entusiasmo gerado pelas expe- politica industrial e de um novo modelo literatura internacional sobre cluster tem
Ê; rr: iii\;iii l: iÊ l?1;ii; Ei::
As principais características dos Arran- riëncias bem sucedidas dos distritos in- de desenvolviniento, centrado nas ques- mostrado, tende a ser seletiva - e algumas

;:
dustriais da Terceira Itália. As histórias

; í§!l E;
tões do território e do local como espaço

E
jos e Sistemas Produtivos e Inovativos formas de cooperação aumentam mais do
Locais (ASPILS) são: a dimensão territo- de sucesso das experiências italianas nas privilr-giado para a execução de politicas que ou tras. A cooperação vertical entre fa-

:; 3 íi I i;
i t à r. i=Éi:+:t;: , = r
;t

:i:;
rial; a diversidade de atividades e atores décadas de 1970/80 despertaram o inte- ativas de promoção do desenvolvimento e bricantes e compradores tem se mostrado 1 tr
resse de acadëmicos e de formuladores de no papel fundamental das pequenas em- i'
econômicos, politicos e sociais; o conheci- muito maior do que a cooperação horizon-
ili3i:;i;li i.=.;i,:=,; i:i;;*+i +iii:i:

it
ul'
mento tácito; a inovação e o aprendizado politicas públicas, tanto nos países avan- presas nestas politicas. Essa estratégia de tal entre os agentes econômicos de um -.; t

i:::;
z._
;`.
interativos; a governança; e o grau de en- çados como nos em desenvolvimento. O desenvolvimento se tundamenta tanto na segmento econômico particular. ij

1t .tii .'::i 1ir.i :. r ã;í:i:;li:,li?.t,.",1


iEi;:;

raizamento [l..astres; Cassiolato, 2004: 2). interesse no estudo da situação de aglo- crítica ao modelo da grande empresa for- A discussão da literatura sobre aglomera-
ii::;it

.|.`:.
A gênese o o desenvolvimento historico meração industrial não ficou restrito aos dista quanto na perda de consistência das ções iiidustiiais enfatiza a importância da

i=i:I=
do termo APL estão relacionados ao interes- distritos industriais italianos. estendeu-se politicas setoriais que colocam a pequena cooperação intertirmas, dos recursos e das «ii
T. .
se internacional por situações industriais para diversas outras experiências de aglo- empresa apenas como uni agente margi- estruturas de governança locais. (Tontutlo,

r:
i:i
meração nos países avançados e depois i*1..v-w'
em que há aglorneração ou concentração nal da diiiftniica das grandes riorporacões como o global e o local estäo interligados,

í :j :!:; !: aE :i:;! Eit+i


-,.-. -.,am
para os países em desenvolvimento. {I,ast1es et (il, 2002). Ó preciso articular essa discussão com as

:'. i :; i, j ; i; ;:: ;;i' ; ; i',!:


de empresas tem geral pequenas e médias)
ii:i:i:::t.:i;

As duas principais caracteristicas das 5. Uma questao importante é o impacto ._ L


especializadas em um determinado setor questoes sobre as cadeias globais de valor, zfi'g

:=i: :i1iá:f li:g:E::; l::i


i: il;: iÍ:,; ; iiri;i : ; i'i ;,
;. ;i lii t=.1i rÍ :i !l;i' ;:;

s!:,., l.I9;:.ii
econômico, bem como ao reconhecimento abordagens teóricas dos distritos indus- da governança da cadeia global de valor que tê-in enfatizado o impacto das estru- ri
E= iz;i;:=É::, r= i

._ .z,
das vantagens advindas desta particular triais que aparecem na literatura sao: pri- solirr-. as empresas aglonieradas (em geral turas de comando destas cadeias solire as
situação inrlustrial. A ideia de que há van- meiro, a ênfase na rede de firmas como pc-qutâiiasl que otuani f:Unu'1 torriecedoras perspectivas de upginrling das ‹'›inpre-sas i¬ -1
tagens em uglomeroçoes (1 antiga. Segun- fator chave da constituiçfio do distrito siihcontmtadas para compradores estran- agloineradas Iocalin ente. Esto impacto tari- 1.1-

=
›'
do Schmitz St Nadvi (1999), a perspicácia industrial típico, com empresas relativa- geiros tem geral grandes oinpresas). Uma to pode possibilitar processos de aprendi- =ti.
. gš
analítica fundamental vem da velha teoria mente pequenas e nao integradas verti- estrutura do comando assimétrica na ca- zagcin e de nielh‹›i'ia tem geral limitados zi' .tv
1
com a obra clássica "Prin‹:ípi‹›s de Econo- calmente; segundo, a ênfase no enraiza- deia ulobal de valor [particularmente na ao iipgrritlirig no processo e no produto) as- -«z t
==1i:z;aii ii:ÉÉ: ; ;a:
::ili;; É;;; i; :: j
i i+-;: !;í:+= i! i 1; i

mio” de Alfred Marshall [primeira edição mento da rede de firmas no sistemíi social estrutura de coniaiido quase liierárquica, sim como minar perspectivas e estrategias
;i! ii- :i;:Íi:ji,tá
l::;
de 1890). Esse autor (Marshal1.1982; 231] local e a necessidade de considerar as Hu qual o poder tê exercido diretamente do desenvolvi mento local ou regional.
;:Íêt;i:ÉilE:i:,

tr
abordou de forma pioneira a temática da caracteristicas do território (ou do tecido pelas firmas lideres sobre seus fornecedo- 1:. if
ët'
“concentração de inclustrias especializadas social local] para empreender a análise do res com alto grau de coordenação explíci- R‹;te:'c`fii‹:ias Êâ
BRUSCO, Sebastiario. The idea ot the indus- .tê.-

j,1:,:,ii;,:i,i:if
surgimento e da transformação dos distri-

:!::i
em certas localidadt-ês", mostrando que a lãl faz com que o upgmding seja limitado
i; : ; :: : ; ; ãi

ia : i i! : I j r

":-,|. .-
trial district: lts genesís. ln: FIKE, F.; BECAT- if t
aglomeração de indústrias poderia ajudar tos industriais (Brusco. 1990]. a melhorias no processo e no produto, não TINI, G.; Sl_ÊNGl5.NBERGER, W (etls.]. Indus-
ii;=É=:i r!:

as empresas, particularmente as pequenas, 4. A cooperação inlerfímms e os vin- flvflliçando para novas funções de maior trial disrricts und im'erf¡`rrn cooperation in Italy.
§+

i.
Í' -ti
Geneva; International Institute for Labnur Stu- ll xâ .
a obter vantagens. A argumenta‹¿âo central culos mais consistentes entre os diversos valor dentro da cadeia (l~1uniphrey; Sch-
j! i: i= ;* r,
",ii+i

dies, ILO, 1990. .ffi


mitz, 2000]. Ademais, a maioria das situ- 5-,
de Marshall era de que a situação particu- agentes tornam-se um delimitador funda-

=1;?
HUMPI-lREY, .l‹›hn,- SCI-ll\/IITZ, Hub‹_›|-t,

=i:
lar de “indústrias aglomerados" envolvidas mental do grau do leque de experiências ÕQÕGS de agloiiieraçáo (clusters ou APl-s} The triplo C approach to local industrial po- Í* v _
;Z*i;1;i

H '
licy. World Development. Oxford, v. 24, n. 12, ú-›,z-_
em atividades similares gerava um conjun- de situações de aglomeração industrial, raramente tê inarcadza por processos de in- 1118.59-1877. 1996.
*I
1-ii

to de vantagens econômicas (chamadas de variando da simples aglomeração indus- Íf?Fäç‹"io envolventlo agentes econôrnicos __* ___. Governance and upgrading: linking in- . ›.›. l

iu,+;

:i:];;Í
i
“econotnias externas 1narshol]i`onos"). Es- trial [cluster rudimentar ou APLs) até al- Išllldls iate mesmo no caso italiano); ou dustrial cluster and global value chain researcli. «;
:iÍi;

B;j:
IDS l-tforkiiig Paper 120, Hriglitonz Institute of Uo-
sas vantagens nasciam da própria divisão cançar um carater mais sistêmico (distrito Wlifl. lizi, em geral, uma desigualdade de velopint-nt Studies, University ot Sussex, 2000. it
do trabalho entre os produtores de um ines- industrial, cluster maduro ou SPILs). l70d‹;r tanto na estrutura de comando da LASTRIÊS, H. M. M. et al. t‹'‹›mds.]. lnlerogii ¡ _
,.
mo ramo industrial concentrados em uma A ênfase nos ASP] Ls por parte da RE- Cadeia de valor quanto na estrutura inter- puro cum,r›e1ir: promoçao de arranios produti-
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vos e inovativos no I”-rasil. Brasilia: SEBRAE/ ›


mesma regiao geográfica. DESIST e por diversos órgãos públicos Tia. do arranjo.
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FINI-Il”/L`Nl`>q, 2002. Í.

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ANTONIO D. CATTAN1 & LORENA HOLZMANN ,

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; Dicionàiuo DE TRABALHO E Tiscrvotocip.

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LASTRES, Helena M. M. & (`LASSlOl.AT(_), J. vendo ou não a exclusão daquele que é
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2002; Freitas; Heloani; Barreto, 2008),

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ser histórica e nao pontual. Neste sentido,

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iiitíltts;!iÉi;içzi:iri;Ê::
ãi21:13Êli:Ii
r;ir;?i:iii: i;i,r;r,ii:?i=i i=i::ii;sl
E. (coordsxj. Glossário de arranjos e sistemas
alvo das agressões. Outros tipos de violên-

É5E : : =
produtivos e inovotivos. 4. rev. Rio de Janei- como essencial na conceituação do que é necessário reconstruir a história contex-

E!i;
ro; Redesist z IE/UFRJ. 2004. Disponível em: cia (verbal, física ou sexual) por vezes apa-

É
wwwredesist.ie.ufrj.br. Ó assédio moral. No entanto, é delicado tualizada da agressão como num roteiro de
recem aiticuladas com o assédio moral, es-
_. Prefácio. ln; LASTRES, H. M- M.; CAS- adotar a intencionalidade como critério filme, com dados atuais e anteriores refe-
.*. "' rEllZ,: ã ! !;:::r;::,i;1Í-:i;ir:;;ê: pecialmente em casos muito prolongados.

F
É
SlOl_.AT(), J. E., ARROIO, Ana (or_c¡s.) Conheci- definidor do assédio moral urna vez que rentes ao contexto de trabalho e ao padrão
O assédio mora] pode ocorrer em qual-

!:E
mento, sistemas de inovação e desenvolvimento.
sua aferição é dificil e subjetiva. A percep- da relação. Numa avaliação pontual [do

i+: ,
iq;iÊ;;i:
Rio de Janeiro: Ed. UFRJ; Contraponto. 2005.
quer relaçäo entre trabalhadores no

!,.,i:; ã;i:E
MARSHALL, Alfred. Princípios de economia: ção de premeditação é independente da tipo ”foto") pode-se apenas revelar a ocor-
contexto de trabalho (dentro ou fora do

i jãÊ i ;iitji :i rzii:itiH: ::I l;:;i

i
tratado introdutório. São Paulo: Abril Cultural, sua existência efetiva, a qual só pode ser rência de atos hostis, sem indicar a sua re-
1982. espaço fisico da empresa), independente-

I:
verificada por autorrelato (Sobol1; Gosdal,

;: 1; i i i ; ; : i : f f '
petitividade e a sua duração e, portanto, a
NORONHA, Eduardo; TURCHI, Lenita. Polí-
Ê;l:

mente do tipo de contrato de trabalho, en-

É
tica industrial e ambiente institucional na aná- 2009). Mas, ainda que fosse possível di- con figuração ou não do assédio moral.
volvendo potencialmente traballiadores

{ s:
lise de arranjos produtivos locais. Texto para inensioná-la, o que é intencional, o dano O processo de liostilizaçâo no assédio
discussão rz. 1076. Brasília: IPEA, 2005. efetivos, temporários, estagiários, terceiri-

:
C
ou a atitude hostil? Reafirmando as con- moral pode ser direcionado para uma
SCHMITZ, Hubert; NADVI. Khalirl. Clustering
Iii

zados e até mesmo consultores ou presta-

==zi;i
and in‹l'ust.riaIi7.ation: lntrodution. World develo- siderações de Einarsen e colaboradores pessoa ou para um grupo, assim como as
dores de serviços sem vinculo direto com

=: i; i;1i =;:;

i:i;€!: !::=
pment. Oxford: v. 27, n. 9, p. 1503-1514. lí-199. (2003), a prática rcpotirla de ações hostis agressões podem ser perpetradas por uma
a empresa. Assim corno o tipo de contrato,

:
nos casos de assédio moral pode ser de- única pessoa. como tainbém por várias

r.
a posição hierárquica não é um aspecto
Assíânro MORAL No
lÍi , ril i i:r Í irl: i ;i: Êii ii

iÉtE
3e i ! ; I ii i= i i:1:!:!íl

liberada ou inconsciente, ainda que não pessoas ou, também, pela aplicação de
TRABALHO rlefrnidor do assédio moral, podendo ocor-

:
csteja presente a intenção de ofender. No uma politica ou de um mecanismo orga-

?
i
rer entre colegas (assédio horizontal). de

í
Lis Andréu Pereira Soboll assédio moral, mesmo que as hostilida- nizacional. No início dos estudos sobre o

ii..r
subordinados para superiores (assédio

1., : l::
ii!
' ::{ : t
des sejam constantes e prolongadas, estas assédio moral, na década de 1980, surgiu
1. () frssédio moral no tmbcrlho é um ascendente), de supervisores para subor-
+

:
podem acontecer de forma inconsciente, o conceito que previa apenas comporta-
pro‹'‹.-sso grave c extremo de violência psi- dinados (assédio Lkrsccrldente) e entre

:i:íeiii:í;
crnno quando a agressividade surge corno mentos de um grupo contra um dos seus
ftoltigica, que acontece de maneira conti- pessoas de diversas hierarquias cm rela-
i
i:;:r::: uma defesa psíquica (Dojours, 1999; S0- membros, em forma de constrangimentos,

=- :=;::
nuada e repetitiva no contexto dr- traba- ção ao alvo das agressões (assédio misto).
boll; Gosdal, 2009). (Íonceitualmente, o visando sua exclusão (Leyrnann, 1996),
lho e que produz efeito de humilhação, Não ha necessariamente uma desigual-
Ê

importante é que sejarn observados o ca- Este conceito se aproximava do bullying,


ofensa e constrangimento. No cotidiano dade de poder (formal ou informal) no 1... ‹_.›ml_‹uÍ.~Fv.-L'.L

!!
ráter processual e os efeitos de humilha- referente à coação entre uin grupo contra .l
início do pr0c‹~:sso de assédio; e este não
=

organizfuäiorlñl, este processo aparece em


Í;: cão, ofensa e constrangimento, indepen- urna ou poucas crianças, no ambiente es-

É
forma de práticas recorrentes. perturba- e um ‹7ritóI'i0 defiltidor para ideiitilicaçäo
ii

doras, rudes e hostis, por meio de ação destes casos. De acordo com a literatura
i;:i l: l::t thzntemente da intenção de causar dano colar. Quando a expressão assédio moral :~i
ã

Ou de ser hostil. passou a ser usado por grupos diversos


ou omissão (isolamento), concretizzzadas (l lirigoyen, 2002; Einarsen; I-loel; Zapf;
!
==

=
lzi::

ji:
OS estudos iniciais (Leymann, 1996]- (trabalhadores, sindicatos, empresas, pro-

i :::{ ;i ::!it

e:rÍ*iEs,q Eii
;::r:.::=r t7:
;=!;;;ilí:,;Ei
em gestos, palavras (escritas ou faladas) c (_`‹›op‹_:r. 2003), o desequilíbrio na relação il
2"

ã;!:
*:

ziclotiavam como critério definidor do assé- fissionais da saúde e do direito, pesquisa-


coniportamentos ou procedimentos expli- d c› poder entre os envolvidos apresen ta -se
ii
:

dio moral a existência do agressões com dores, entre outros) este foi aplicado para
citos, camuflados ou silenciosos. como uma resultante e não como condi-
El
;;
' zf i zztLl

frequência semanal, por no mínimo seis


Alterações no padrão de comunicação ção inicial. para o assédio moral. Ou seja,
i: i! §Éj:F:. sinalizar outras situações de constrangi-
-=

-. VUCSGS. As pesquisas mais recentes (Hiri- mentos, favorecendo a fleidbilização e a


nos contatos pessoais, na autoestima, na no decorrer do processo de assédio, aque-
j i;:iit;l
i
; : : iili;i

I iÊ;.- ô
liÊt::

90yen, 2002; Einarsen; Hoel; Zapf; Coo-

ã5
ampliação do conceito. . _.,. _
situação ocupacional e no estado de saúde le que agredido é progressivamente
ii: e: i+;l

Der, 2003) indicam que apenas o caráter Einarsen e colaboradores (2003) identifi-
são resultantes do processo de assédio mo- colocado numa situação de inferioridade 1 5 Ã
Ê

Í Pfocessual, prolonga do e sistemático, sem caram que o termo assédio moral (bullying) íl
ral. As condições e as relações de trabalho Q de dificuldade de se defender, indepen- Ii i.¡
'"
';

q:

zE obrigatoriamente seguir um padrão de também estava sendo utilizado pelos traba-


EÉ;!
tornam-se degradantes e deteiiorada seja dentemente de sua posição formal na hie- 2
duração e repetição pré-definidos, carac- lhadores para nomear situações na qual a E
pela consolidação de um ambiente hostil, rarq uia da empresa ou de sua condição na terizam 0 assédio.
i !, :'

f íi
r; r,

violência estava inserida nas estratégias or-


insidioso e estressante de trabalho. seja relaçäri no início do assédio. L?'xi-3.lñšf
F-a›`
3911610 0 assédio moral um processo e ganizacionais. O autor denominou estas si»
por um processo aberto de perseguiçao, A intencionalidade é outro aspecto que il. 1130 um acontecimento isolado, para sua =:: tuaçoes de assédio organizacional (bullying

-_›..w

§:
desprezo ou huinilhaçoes públicas, envol- é apontado por alguns autores (Hirigoyen,
É

correta identificação a avaliação precisa


j

fzrv organizacional), de maneira a diferenciar


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D1c|0NAiuo DE Tiz.‹=.1i/«Li-io E TECNOLOGIA A

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Aurowio D. Cftrrzwi & LQRENA HoL'¿i×iz-mu

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processos organizacionais que geram o dos assinalados corno agressores, são con- ¡.

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iã:isí;ii; x iii;iÉ;i;iiãi:;::i;ãi;:i,E:i i:
cia de dedicação total e de obediêiicia

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?:;ii; iii= : l I ;- : : : ; l,;; lã; ;;;i:Ê: i ;É:i l: i:
do assédio interpessoal (bullying interpes-
:;;;ãtii!::iri]:1,,1i,;:ii:t=::::iili:i:'i;j

iiÉ'"i
i7; l-;! !;b2: i: r.l::'--='''= "
incondicional, sob ameaça de sansões, assédio moral e nienos para os compor- sequências de urna pressão generalizada

iãl::.i
soal), termo relativo ao conceito original
humilhações e exclusöes. Por vezes, 0 tamentos das possoas envolvidas. A ên- que se desenvolve no muiido do trabalho Í.

Ê - ?E_i,,: : ii
estrito. Estudos anteriores (a exemplo do li-
vro de 1976"l`he harassed worlrer, do psi- discurso gerencial e a ética economicista fase dos estudos no Brasil tem sido nos ÍGaulejac, 2007). Portanto, a questão cen- l
comportamentos singulares, no perfil dos tral näo está no comportamento das pes-

ã i;; É i i í: i I ::; : =: i i , i ; . , = ? E i , : i É; E . a Ê :

!i
quiatra americano C. M. Brodskyl já reco- buscam justificar tais práticas corno ne-
i


cessárias, na tentativa de legitimar e na- agressores e das vítimas, na ide1itificaçá‹i soas, mas na maneira como a organização

it
nheciam a existêiicia do assédio originado
do traballio define as relações entre as

;:;i7;ii;,i i:i' :; =ii,'.:::i:;i ii;=:::i


por fatores organizacionais. No Brasil, des- turalízar a violência, utilizada como uma das alterações na saúde e nos comporta-

il:;!:i; politica de gestão (Soboll, 2006). mentos tipicos de assédio moral, de forma pessoas. Os esforços devem ser direciona-

E ?:= ii :;i=i j iJ ri: : ii;ilÉ s *í;:i:,


de 2006, são desenvolvidas pesquisas espe-
a personalizar e individualizar os casos, dos ein desvelar rio cotidiano de trabalho

s:::
3. Assédio moral interpessoal é distinto

çí\Z;.:l!1 ii=iz ;.=ziF:Ê i=iÉ: ::i:I


citicas sobre o assédio organizacional (So-
b‹;›1l,2Z006; Reis, 2006; Soboll; Gosdal, 12009). do anterior, coincidindo com o conceito minimizando a participação dos mecanis- os mecanismos que solicitam e estimulam ii
f Â
2. O assédio moral organizacional con- original de assédio moral. Ele contempla mos organizacionais na sua consolidação. o comportamento de assédio, incluindo as .gi
templa interações entre 0 indivíduo e a situaçoes pessoalizadas de perseguição e Por se tratar de interações humanas, não 1')‹_›lític‹is de gestão de pessoas. l .¡
de armadilhas no ambiente de trabalho, ‹'› possível descrever todos os comporta- Geralriirzute, as iiiteivençöes são volta-

I
mganização ou a adniinistração da em-

: ; I I !1:i: i i:: : ;Ê :ij,:=ii i t;i!1i


na qual o alvo é sempre a mesma pessoa mentos que podr-rin ‹_¬onl`igurar uni caso de das aos individuos diretamente envolvi-

li;
i:i:i:
presa. as quais utilizam da violência o
assédio moral c nem mesmo as especilici- dos e não ii orguiiizaçâo do trabalho. Para ( .
ou algumas pessoas “escolliidas" pelo
=.i?1-

da hostilização, de torma continuada e


dades das alterações na saúde, o que tor- quem vim-=iicia as hostilidades, corri frequ- ii
‹:rõnica, na formulação de procedirneii- grupo. Neste caso, 0 propósito Ó a destrui-
t
na o estudo dos comportamentos típicos e ência, recoliienrlam-se tratamentos psí-

í;;;
tos e politicas organizacionais, na gestão ção, o prejuizo ou a exclusão do ambien-
das alterações na Scltitie sempre relativos quiátricos e psicológicos personalizados e
‹,l)usiva, sem necessariaiiieiite existir um te de traballio, embora geralmente haja iq.-
.agressor personalizado. O alvo das agres- um eleito secundário de fazer o coletivo (ainda que com suas contribuições). ftirriitliações rlr- deuúiicias que deem visi-
I .I

Os sujeitos r~r|volvi‹'los intercambiani os liilidíiflv a c--ssa proiileinática. Os Casos são

i
:',uiiii ;3 11=iíZÍ;l; :: I
s‹'*›‹~s' Ó generalizado e atinge ‹.liret‹›iiientr,= ouiiienlar O ritmo de traballio 0 indiilel'
papéis, ‹-slando ora no de vítima, ora no aiialisatlos scpa|'a‹los de outros seineilian- ( tn

=:ui:,;;:
it iiiaíoria ou toda a equipo de traballio a tilicrliôricia às regras, por mello do ser tz
-4
ou urn grupo corn perfil definido tp. ex., tanibéin agredido, humilhado e exposto. de agressor -- 0 às vezes nos dois simul- tes no im-srn‹› setor ou organização. Rara-
,‹

todos os portadores de doenças ocupacio- O termo assédio moral atualuiente con- taneamente. Dai questiona-se a utilidade mente li‹'i uni triitaiiiento de iriforriiaçíies --s
!:iii :,i;i :i12ii:à

templa tanto as situações de assédio inter- um estudar o perfil de vitimas e agresso- de lurrna âi oliseivar denúncias repetidas

::
nais ou todos aqueles que não atingem as fã
metas). O propósito destas práticas não é pessoal como as de assédio organizacional res, pois 0 assédio moral pode envolver zi cnvolvniido as mesmas pessoas, o mesmo
todos, ora corno vitima, ora como agres- setor ou cíislis s‹':iii‹í›lliaIites eni difererites l.
pessoal, mas sim adniiuistrativo. Busca- -- mas esta diferenciação tt-:iii sido usada
:ii;i
-i

se 0 reforço do controle e da submissão apenas recentemente. ()bserva-se que, sor, independentemente de sua perso- locais da ‹'-riiprresa. Os agressores (geral-
do coletivo dos trabalhadores e o aumen- embora na descriçao do conceito alguns nalidade. Desta forma entende-se que a mente sup‹'êrio1'‹-=.s na hierarquia), quando
i::;:;
=

1'
autores adotem a definição mais estrita rotulação entre vitima e agressor apenas i‹lcntiii‹:a‹los, podem punidos o excluí-

i;iiià:
to da produtividade e do ritmo do traba-
':'r=::

llio por meio de ameaças, humilhações e (coincidente com o conceito de assédio iridividualiza o processo ao qual, na ver- dos, sem que iicnliunia análise sobre 0 que ll

constrangimentos. Um exemplo tipico de interpessoal. que envolve pessoalidade, dade todos estäo subnietidos, até mesmo gerou tais rroniponainentos seja elaborada,
:? ;iie! i i i : :

ij;::!

-3%
assédio moral organizacional e identifi- intencionaliclade e objetivo de excluir ou aqueles que são sinalizados como agres- aI.ribuin‹.lo toda a culpa e responsabilida-
de prejudicar) na exposição dos exemplos sores. Isso não significa que quem prati- de ao individuo singular. Quando algum tl.
cado no uso do ranking de comparação
to
íÉ

de resultados ou metas, acompanhado e casos Ó muito irequente o relato de situ- Cd tais atos não deva responder por eles. questionamento é realizado, não raras ve-
: i : +;:: ; :

il
do exposições constrangedoras e de vio- ações de assédio organizacional. O termo Mas, certamente. eles não agem sozinhos zes, a origem da agressividade é atribuída
a''=i ? !'-=

assédio organizacional tem sido avaliado Q não sao, na maioria dos casos, os mento- à história pessoal, ao estilo de personalida- if'

i;:::::
lê-ncia verbal (gritos. palavras grosseiras.
res das armadilhas psicológicas. de o a descoinpfg-nsaçóes mentais.

Ê
como capaz de representar as situações HÍ
:Ii :::

xingamentos etc.) direcionadas aos últi-


i ;, : t:

mos classificados, com am‹.>a‹,ta de demis- que estão sendo observadas ou vivencia- O assédio moral não é simplesmen- De mi-ter forum, Ó mais reconfortante
te um problema entre uma vitima e um avaliar o êisserlio moral como uma proble- li
=,;::

são e de prejuízo na carreira. O assédio das rios ambientes de trabalho.


organizacional e uma forma de violência A especificação do co1ic.‹›.it‹› de assédio agressor, tendo corno palco o ainbiente de inática intlividual podendo ser resolvida ul
moral em interpessoal e orgoriizocionczl trabalho. Os comp‹.›rtarnentos de assédio. apenas com a inudança cornportarnental t

:
institucionalizada que cumpre a função
Ii
de alertar todo 0 coletivo sobre a exigên- iavorece uni olliar mais retinado para os tanto dos indicados como vitimas como do agressor ou ei sua exclusao do ambiente
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Awromo D. Carrrtur & LORENA Hor.zMANN `“ Drc¡o:×=ÁRro os TRABALI-ro E 'l`EcNoLocr.f›.

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Í :íii!i:í;i

" ;Ê;:Í;i: ::::i;: lÉii::t;riÉilge ir;i;=:.=


a distinçao conceitual por entender que representa pequenos ataques ocultos e

ÊÉI ; ri;i i i E i ;i r; ii E ii;; iij;i; I:i ::i; li :Í: i

ãÊ i; I lii!Êã:;;;;i;:

::Ê i;: t i 12ii: - i'1 ii i! ;, 1i , i 'lÊl a. § ;?:i, j,: i;


t Fi:: iê: !iÇ.7;;=-.

E E i;t i;ã z iiE ! i -=


3 E-ã V Í s r g ? I : t í; : E ir ! + f _:
agressões e humilhações no trabalho (Ley-

Í:;ii: i!

iZ; E: : i : I : : i i ! : í : r i , . i í i f: : i: : : Ê ; : : : i :
i i:: s;i: ír i::

ii iil ãii,; É::rr :iirl,i;;;: ,iij!!;; iiii


de trabalho. Entretanto. o assédio moral

PÀ : E: i; É E ? P ã
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E;iã; i;íiÍíÊ :;i :;;;11:;;::i i:: ii:=ÉÊ

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3;?93í;§5:
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ÊF:EEri:É:?;:i;?Éi=â?:!É::;i:;IrEÉ;E;;;i:!
não é um problema individual, mas uma mann, 1996; Einarsen et al.. 2003; Freitas; no mobbirrg os comportamentos são ela- insidiosos tanto de um individuo como de
E
‹.
situação de conjunto orquestrada pela or- l-leloani; Barreto, 2008). borados com muito cuidado e sofisticação um grupo. contra urna ou várias pessoas. li
ganização do trabalho, que define os limi- As empresas, via representantes da área e, na maioria das vezes. nào ocorre a vio- Para a autora. a palavra “moral” tem um

;:
tes das interações humanas neste contexto. de gestão de pessoas. da saúde e ouvido- lência fisica caracteristica do bullying. O duplo sentido: sinaliza as agressões de

:
Fatores individuais, grupais e da socieda- rias reconhecem. em sua maioria, a exis- autor propõe que o termo bullying fique natureza psicológica e a noção de bom e

E
de também interferem nos processos. mas
áã! tência de praticas hostis crônicas no am- destinado para se referir ao comporta- mal atrelada ao que deve ser leito ou não

r
as pessoas serão agressivas ou colaborati- biente de trabalho. de modo que algumas mento dos grupos de crianças. Mobblng no convívio em sociedade. noção definida

ir=
il iÉ: iir Í;;: ;; :i::, í;t =lã

vas na medida em que suas personalidades iniciam esforços com o propósito de admi- descreveria, então. apenas as situações culturalmente.

E
É
encontrem espaços de expressão nos limi- nistrar ou prevenir esta problemática. Em- envolvendo adultos e seria equivalente a Os estudos mais recentes, em sua maio-

íi i i; í:i :i; i: ; i l; ; i: :i : :iÉ: ii ii ; i

i
i

tes e na estrutura dados pela organização. bora haja este reconhecimento, percebe-se psicoterror e a assédio moral. ria, consideraram os termos mobbing, bully-

ÍEii:i;:
E;
Êi!,:Éii*; i :i:='i:i;iÉ;iii; íÍl
De qualquer forma, a organização é uma resistência no meio empresarial para a Leymann também elaborou um instru- ing e assédio moral equivalfõntes. lltrracè-

: i::: i i;:: Í;€? i;i i; !! r'; !;= l Í: ii


ii:iíÍ;;i;:ii=:;i:iui=;iiiÉ:i;Í

responsável. uma vez que se trata de um adoção do termo assédio moral. a qual não mento para identificação do assédio mo- lement nroml (França). ucoso ou moltmlo

?=
se deve a urn desconhecimento do assun- ral, denominado de LlP'I` (Leymamr ln- psicológico (Espatiha), corrcçdo moral

*
problema processual. continuado e que
depende de conivência administrativa to. A expressão é muitas vezes substituída venlory of Psychological Terrorizritionl. a (Portugal) 0 rnolestie psicologiclie (Itália)

r:::

:Íié==,;; +).i,;.=:riÉ!=j=r::
i
para sua persistência. E. mais do que isso, por terminologias como conflito. cornpor- partir do 45 comportamentos identificados são outras expressões utilizadas para des-

Í
l:ià:, ?i'ttl:;, :,iliti ii;Zt

a situação de assédio moral muitas vezes tamento antiético. abuso de poder ou, ain- corno os mais frequentes em casos de mo- crever as mosmas práticas.

r= i*i :_r- - ::Z: i+ :; i; ;!§*+à;

7,32;É;E
--ri-
(1 estimulada e solicitada pela maneira da, tratado de forma sutil no bojo de temas hbing. Este material foi referência para os 5. O assédio moral, errquarito tema. ,¬._z‹;¬¡.»
`f
corno o trabalho está organizado (Soboll, mais amplos como discriminação, lideran- grupos de pesquisa de Dieter Zapf [Ale- chegou ao Brasil apenas ‹_~m 2000. mas

i.:l::;:
ti::;
lt.

2006; Soboll, 2008; Soboll; Gosdal, 2009). ça, trabalho em equipe e ética. Contudo, o Iuanha). de Helge Hoel (Inglatcrra), de rapidamente adquiriu relr-vãucia social G El
que causa mal-estar no uso do termo assé- .lose ]..ui7. Gonzalez de Rivera (Espanha). acadêmica. ein ‹li›corrôri‹^izi da publicação -r

=
Devido ao seu modo de funcionar, a or-

t,
E

liaraltl Ege (Itália) e de Stalc Einarstrn

ji
ganização pode pôr em ação formas de dio moral dentro das empresas é o deson- de importantes tràiballitis nesta época: (i)
i!§i::i: i :li âÉi; : l:;

"
volvimonto historico do conceito no Brasil. (Noruega). Em 1997. Eínarsen elaborou a tradugão do livro de l\‹lurio-Frarice lliri-

r
-
gerenciamento que favorecem o assédio
4. Bullying e mobbing são termos em- um instrumento de identificação do as- goyen ./lssérlio moral: u violrêirciu penferscr

u;
r :: §',=
moral e que suscitam nos trabalhadores
:ii

i a?jd Fliii;: r :lJ! I i

== :
comportamentos perversos, agressivos, pregados para expressar o que no Brasil sédio moral. com 21 itens. chamado NAO no cotidiano; (ii) a aprest-'ntacao da dis-
de exclusão e de ostracisrno (Gaulejac, é chamado de assédio moral. Heinz Ley- (Ncgcrllve Acls Questionncuy). traduzido e sertação de mostrado do lvlaigarida Bar-

.
l::
i:
vèllidatlo no Brasil por Maciel o Gonçalves

j::
rnann, psicólogo alemão, que fez suas r‹_+l.0, pela PUCÍ-SR sobre humilhação no
;:iiii;

l'
2007). Portanto, qualquer proposta de in-
pesquisas na Suécia, utilizou o termo mo- (2003). O NAO e 0 LIPT são os instrumen- trabalho. Estes dois estudos .sã‹› citados

E i ã; Ê I +: i;
tervenção riecfossariarnente devo envolver

i:
;
í

a forma de organização do trabalho, in- bbing, na década de 1980. para descrever ÍHS utilizados como referência nas princi- nacionalmente como marcos históricos e

l=;
:
cluindo as politicas dc gestão de pessoas. comportameritos agressivos de um grupo Däifl pesquisas sobre 0 terna no rnundo. referências centrais. Em 2001, Maria Es-

il:

r
i
no sentido de excluir um dos seus mem- /\ partir de 1998 o livro Le lmrctíêloment ter de Freitas publicou o prirrieiro artigo

:
O contexto do traballio nas empresas
ft

:
apresenta inúmeras circunstâncias per- bros no ambiente de traballio. Antes aiii- .É moral: la violence pen/erse ou quoticlien. brasileiro sobre assédio moral. diferen-

{
íj
i
da. em 1972. o médico sueco I-leinemann É da psiquiatra francesa Marie-France Hi- ciando-o do assédio sexual.

;
missivas e estimuladoras do assédio moral
+ ri t!:: il:
›‹

i =;;iti:-!t=;
.r
havia aplicado esta mesma denominação “ÊlU)'0T1. divulgou de maneira intensa A visibilidade da problemática do assé- -lt
ãi; l;;;;i

(Soboll, 2006; 2008). Os crescentes índices


E

=
:
(emprestada das pesquisas de Konrad
-. Ê ö l€'mé'rtica do assédio moral. em varios dio moral no Brasil deve-se muito ao tra-
É

;
de afastamento do trabalho por problemas

Éi
E1i1:

.ft paises nos quais o problema ainda não


psíquicos e de suicídios no trabalho têm Lorenz. sobre o comportamento dos ani- balho de Margarida Barreto, que atua ii

,
É 3
sinalizado a insalubridade deste contexto, mais) para representar comportamentos zf Era noniinado. inclusive no Brasil. Hiri- junto ao movimento dos trabalhadores,

:
;:

=
no qual o assédio moral é apenas a perita altamente destrutivos de um grupo de 9“l"<fIl (2002) optou pelo termo assédio desde tnearlos da década de 1990. Sua

L:;
'
i:

crianças contra uma única crianca. Loy- tir.


.á`.r;1.'. “Wfõl nos seus estudos, avaliando que atuação profissional no rnovirnento sindi-
visivel do lceberg. Doscompensaçües do

:::;
i:'-:
'lã
natureza psicológica e psicossomática são mann (1996) seguiu este padrão concei- “Isle ora mais adequado do que mobbirrg, cal muito contribuiu para uma rápida in-
i ::
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indicadas como as repercussões mais rele- tual ao encontrar situações semelhantes 'lmtllfigado para designar ataques de um Corporaçao e dissciriinaçäo do terna, por -'J
Í:

vantes na saúde de pessoas que vivenciam no âmbito ocupacional. O autor justifica WUP0 it uma pessoa. Já o termo assédio meio de palestras, da elaboração de um c,
‹.t¿.]
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44 45
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,ANTo.\' ro D. C`./Ji"/›. NI 81 LFIRENA Í-Í01Ã1'MAl\'f\*

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É Dic1oNÁR1o DE TRABr›.Li-io E Tlécnotocim

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verbal, conflitos pontuais, agressões pon-

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site (www.ass‹›dionioralorg), da distribui-
ATIVIDADE DE TRABALHO

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dialética quo imbrica 0 espirito e o corpo,

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ção de cartilhas, da promoção de m`até1i'as tuais) ou ainda coni estratégias legítimas o fazer e o pensar, o imposto e o desejado
Daisy Moreira Cunha
na mídia, do ofeleciiriento de palestras e e coerentes de gerenciamento (Soboll; Maria Clara Bueno Fischer em seu processo de realização aqui e ago-
da assessoria a sindicatos e trabalhadores. Gosdal, 2009). O rigor conceitual evita a Naim Lisboa Franzoi ra. Contudo, se a atividade implica modi-

; i i i iiãii
A adoção da nomenclatura assédio moral banalização e respeita as especificidades ficação permanente, pela iiecessidade vi-
no Brasil, não obstante a existência de ou- das situações, de forma que o conceito 1. Atividade distingue-se de ação, con-

i;l;i;;i Ê;;i;;; ;: ::;;ii:;iii!i;;!ãií;


tal do ser humano de preservar sua saúde
tros termos, assim se configurou pela influ- viabilize a correta identificação das pra- ceito de vasta tradição filosófica e cujos {Canguilliem, 1995) e de fazer história e
ência que Margarida Barreto recebeu da ticas e a construçao de intervençoes efe- contornos podem ser determinados nela se inscrever, renoriiiatizando as situ-

ài
:: 11,';:1Í;l.i j;i ;i: iirT:iil;;;iflil;
autora francesa l\fIarie-France I-lirigoyen. tivas para o gerenciainelito e a prevenção (Schwartz, 2001). Trata-se de um conceito ações em que se encontra envolvido, não
Os debates, pesquisas e ititorvençöcs destes casos. à procura de definição rigorosa, seja do poderiamos encontrar descontínuidades

,
(
que ‹:ontenip1ain o assédio moral no Brasil ponto de vista diacrónico, seja do ponto absolutas entre as atividades humanas
se desenvolveram a partir de um ritmo de- Referências de vista de suas diniensões nas diversas (doméstica, de lazer, esportivas etc., ativi- t

É
finido pelo movimento sindical. Para não ARAUJO, A. R. O assédio organizacional. Dis- esferas da vida social. Ao definir o concei- dades privadas e associativas em geral) e

;ii:i,:ii:i: iii;;;;.:iil;Êi?:l
j:i::fii:;:i,j;;

i:=
t
reconliecer a legitimidade das ações sin- sertação (lc: ziiestrazlti. Pontifícia Universidade to, a ergonomia da atividade l(`zuèrin,


a atividade de trabalho - econoiiiicaiiiczri-
iI
iir;:=,., i:,;;,;,:;:iii:i=::.

Cízitolica de São Paulo, São Paulo, 2006. t


dicais relativas a este problema, os setores 2001) o faz remetendo-nos a atividade de te qualificada. Há, riecessariarneiite uma

1*:::l:
DEJOURS, C. A banalização da injustiça so-

I ii,,,;.
em pr esariais evitam utilizar este conceito. trabalho e nesta "a esfera das múltiplas

ii! : :; I l:i Í=§ iiÍ:§ ii ;; j i iÊ


Cíuf. Rio dcJa1if'.Ír0: Ed. FGV, 1999. circulação de saberes e valores entre as 1
No dis‹'urso dos agentes sociais no Bro- EIN/\RSl':`N, S. et al. The concept of bullying microgestões inteligentes da situação, às mesmas. Nas situaçoes de trabalho, entre-
sil, liá uma tendência à gclieralização, at vrork. Tlm l€ur‹›p‹›an lradilion. ln: Bullying tomadas de referências sintéticas, ao tra-
r
tanto, a atividade se mtpressa no espaço
ond Eniotionol Abuse in the Wonkploce: inter-
englolzzando soh a assiliatura de assédio national pr-rspeclives in r‹>sear('l1 and pJa1`t!c‹>. tamento das variabilidadcs, à hierarqui- entre o trabalho prescrito ‹= o traballio real t
moral ‹i\ mais diversas situaçoes desagra- .l.‹›ndon: Taylor 84 Francis, 2003. p. 3-30. zacäo dos qestos e dos atos, às constru- (aquele efetivamente icalizado), pois, sa-
l'-`Rl£lTAS. M. E.: HELOANI, R.: BARRl;'l`O, M. l
d‹'|\`1:1s no traliallio. A ampliação conceitu- ções de trocas com a vizinhança humana, be-sc, depois da er_c¡ouoniia da atividade,
Ass‹-dm moral no trribullw. Sao Paulo: (`.‹-i|g.:r¡‹_>
al, em`u‹›ra inapropriada acacleiiiicziiiieoto. num vai e vem constante entre os horizon- que o ser humano renr›rniali;f.a em maior
;i:ii=i i:it ii;; i: ::i:

l.:-arning, 2008. t
responde a unia necessidade de nomear C3AllI.E.lA(Z, V. Gestao como doença social: tes mais proximos re os horizontes mais ou menor grau, as pr‹-sr riç‹“›‹-as e as normas
=É=::

i;i;,iil.;i'i;i::i ii
Í
vivência do mundo do traballio, marcado ideologia, poder geirencialista 0 fragnientaçüo longinquos do ato de traballio estudado" de traballio. Entao, o sujeito confronta-se
social. /\p‹.irecida: Ideias e Letras, 2007.
pela prffcarietlade, desigualdade social, (Schwartz, 2000: 420). Esta ergonomia, com macroelementos o ini‹'roeluni‹êiitos l
lllRlCšOYEN, M. F. Mal-estar no trabalho: re-
rrxploragao intensa, abusos do poder dire- defiiiinrlfi 0 assédio moral. Rio de .laneirot BH- que tem sua origem na lingua francesa, da realidade, pois, através do corpo oni-
tivo, ‹los‹uuprogo estrutural. desrespeito trund Brasil, 2002. distingue atividade de traballio de ativi- presente, faz escolhas, com base em valo-
f.l`:\'l\/IANN, ll. Tlie content and development of
É:i;iriiii
;ii!í:ií:i ;: ::Í i=
às leis e aos direitos traballiislêis. Por outro dade liumana em geral para denominar o res, vivendo um verdadeiro drama, a que
niubbing at work. Ei1ro¡l)rz-an .lourlml Of VL'0rl\' mm'
lado, se qualquer comportamento puder ()rgmt¡7.at¡u1ial Psycliuloyy, Mohbing and vicli- trabalho como atividade humana finaliza- os estudiosos do campo da ergologia cha-
ser (lr-.ê|io1ninz'¬idr.i de assédio moral, estas iiiixatioii at work, UK, v. 5, ii. 2, p. 165-lt-l4, 1996. da, marcada por constrangimentos so- mam “dramáticas de uso de si". Poder-sc»
rlismissíies ficam arnoaçadas de não pas- MACIEL, R. H.: GONÇALVES, R. C. Pesqui- ciais. Na abordagem ergológica do traba- ia, então, destacar algumas marcas funda-
sando o assédio moral: a questão do método e a
sar de um modismo, destinado ao esque- validação do Negative Acts Questíonuiy (NAO) lho, atividade humana aparece como mentais da atividade de traballio. A
cimento e à naturalizaçâo, gerando reação para o Brasil. ln: SOBOLL, LA. R (org.). Assé- atividade induslríosa representando “opo- primeira delas é a rossingularizaçao, in-
dio moral c violência psicológica no tmbnllm:
de inseiisíbilidade e de descrédito frente a sição à inércia e a indiferença do meio em cluindo aí o conteúdo desse traballio, que
posquisas brasileiras. São Paulo: Casa do Psi-
situaçoes reais de violência (Soboll. 2006). cólogo. 2008. relação às exigências do que significa vi- acontece entre o prescrito e. o real, dada a
É importante destacar que 0 assédio SOBOLL, I.. A. P Assédio morallorganifacio-
::i
;;!iii

ver para u ser em questao" e “conjunto distância existente entre ambos. Isto se dá
nal; urna analise da organização do traballio.
moral é apenas uma forma de violência dos fenômenos [...] que caracterizam o ser pela confrontação de um sujeito singular
São Paulo: Casa do Psi(*ÓlOg0, 2008.
|›sicolÓgi‹:a no traballio e não deve ser . Violência psicologico c assédio moral Vivo” (Schwartz, 2000: 421). Ao definir as- - que atribui um sentido único ao que é
il;?i
r:,.it

confundido com assédio sexual, estresse, no traballio bancário. Tese (Doutorado). Facul- sim tão amplamente o concr-ito, a ergolo- viver no trabalho - com a variabilidade de
dade do Medicina, Uni\fersida‹le de São Paulo,
rlotrnça do traballio, discriniinação e ou- š gia revela o carater transversal do termo e situações que se apresentam. A segunda
São Paulo, 2006.
tras ocorrências inadequadas ou indese- É Tetoma este impulso vital para rearticular marca é a presença de uni corpo-si: um
_________,; GOSDAL, T. Assédio moral interpesscnil
;i

jadas no ambiente de traballio (violência e orgrinizacíonol. São Paulo; LTr, 2009. 0 movimento do ser numa perspectiva corpo, na sua niultidimensionalidadce, que
Ê

4.6 _4-. -'“_.'_¬.


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DicioNÁi‹1o DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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Asn-onto D. C/›.r'rr›.Ni & LoRENA Hor.zMANN

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'? rEE;i:u*i;;iii!,::;iiiÉi;iiiii;:ÉÍi;!i:Ê;: emergentes relativas ao trabalho, tais como

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intelectual" frente tanto às deíiniçoes e «_-. -

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pectiva da ergologia exigirá reincorporar

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toma decisões e faz escolhas de forma
i

i!!á;ÊÉã:iÉ:ÊãtÊ?i§ii;i:Ê;iãii;:;àãÊãiÉ;;E
nas análises do trabalho real as dimensões gestão, saberes, valores, qualificação e conceitos pré-existentes sobre o trabalho

í
iiii;;; :iiii !!i+:
nem totalmente consciente e nenirtotal-
que em Marx estäo mais relacionadas ao competências. Amplia o entendimento do como às criações em ato à espera de con-


mente inconsciente. A terceira é o arbí-
trio: há nešta confrontação um debate de trabalho concreto. Assim, a atividade hu- termo gestão para além dos cânones da ceituação. No bojo desta tensão, pode-se
Administraçao enquanto campo de co-
valores do sujeito consigo mesmo e deba-
tes de valores da “ordem do social" e do
mana fará síntese entre, no infiino do ser,
trabalho aqui c agora, trabalho abstrato e
trabalho concreto. Podemos aproximar es-
nhecinierito, ao tornar claramente percep-
tível que gerir variabilidades é urna ca ra c-
produzir conhecimento mais próximo do
traballio efetivamente realizado. matriz de
mudanças c, portanto, de variabilidades,
l

ii;ii:;
I

=;
"bem viver juntos" que funcionam corno
1
elos entre o macro e o inicroscópico. tas perspectivas teóricas do trabalho como teiística ontológica do ser liurrrario. Isto de irnprevisibilidades. Face à demanda por
porque a atividade, na sua relaçäo com o verbalizaçäo pelo trabalhador do ocorrido

ii ;i : i r iti : ; i : ri;: ; :; ;: : ;ii


2. A noção aparece como tal para a filo- atividade das abordagens etnográticas e
íi

P
meio marcado por variabilidades, em certa em atividade e, ao mesmo tempo, ¿¡ pro-

i: il ;: : ;lÍ
sofia sob o termo tätiglreit, primeiramente clinicas que buscam compreender o traba-
lho tal corno ele acontece em seu próprio medida também, imprevisível e respon- bleinatizaçáo do já nomeado, em conceitos

:r; ii ii i : i r ;!É! g:; ;:: i j iãl [ã:i i;


i! : u s : ; i:: i i:::i;; iÍe;i : r. ; ltÊ:i
em Kant, para buscar naquilo que in- ..... .
descritível e íiiconceptualizrivel, porque processo. Mas. a ergonomia e, posterior- de à demanda de gestão das variáveis do ou em normas, de forma antecipada sobre
sempre inacabado c porque resultado da mente, a ergologia vão levar a radicalida- rneio. Neste movimento implicam, seni- o traballio humano, ha urna convocação ao
d e tal perspectiva ao busca r revelar como o pre, ein maior e menor grau, os valores c diálogo entre trabalhadores e pesquisado- '‹

ii= iii,, ;.
cooperação de faculdades heterogêneas,
uiiia contribuição ao ato de conlieccr. Em trabalho e a atividade se transformam em os saberes do trabalhador sobre a situaçao res. Numa especie de contiiiuum para
dois momentos, ao nieiios, o termo apare- elementos permanentes ~ face as variabili- laboral. Nesta perspectiva, propicia cn- aprofundar fi possibilidade efetiva de diá-
ce em Marx. Em O Capital, aparece como datles presentes nas situações laborais. A teridcr e potencializar o complexo campo logo entre sujeitos situados nesses polos
1;v.
noção de atividade de traballio amplia pos- de experimentação de formas de trabfzllw pode-se citar a Comunidade Cjemiƒjgg

i'ii:; i::; li; i:: ;; ;it ,:Éi


atividade orientada para um fim que, as-
sociada à matéria e aos meios, compõe os sibilidades de se conhecer este processo a associado e autogestionário. Consideran- /lrriplimla (Oddonel e o Dispositivo Dinâ- r~
';*l
1'\¡~:"'
partir do infinitamente pequeno c singular do-se que lia a presença de uni hriiiioiii. mico ri 'Iirés Polos (Schwartz). Estes dispo-
i
Ê

elementos do processo de traballio. E ria -L

no cotidiano de traballio em sua relação nem totaliiiente consciente e riem total- sitivos do colaboração coiigtiturzin-gt; em 5;.
z

'l"esc I de Feuerbach aparece integrando ,ri


dinâmica e dialética com dimensões ina- mento inconsciente, que pode ou náo “la- alternativas para produzir conhecimento
;iil : i ::i ; i i i ;i É; i!

o sensível, o real e o objetivo num cori-


::

~l
trapoiito com a atividade puramente alis- ciossociais, políticas e econôinicas do tra- Zor do outra forma", coiiclui-se que liú ao se tornar a atividade corno noção cen-
r-:ngenliosidade inrplicada e, portanto, ha tral prira conhecer e transformar o traba-

=li;;ili
trata, presente ria tradição Íilosólica que ballio. Alõrn desta articulação inacro-ini-
;i!:' ::: ;

vai de Kant a Hegel. O termo reaparece cro, a analise do traballio corno atividade uso e produçao de coriliociiiicnto pela lho liuinaiio. 'Tornar a atividade como cerr-
aplicação da linguagem, bem como de ou- tral é reconhecer, entao, a existência de ,ri
na contribuição dos teóncos russos Leon- humana permite reintr-:qrar na análise do
.‹.
tiov e Vygotski. E sera a partir disto re- traballio os sentidos, sign.ili‹3ados, razões tras dinierisöes do simbólico rio humano. "sal'›eres engajados" e "saberes desenga- _IÍ
zšz
zr
teleológicas, valores, rnotivos e crenças ao O que remete, inevitavelmente, à proble-
É

apropriado pela ergonurnia da atividade l‹'1f1<lS" (Schwartz. 2009) na realização da . 11

ifl.
que a promoverá em seu conceito matriz. sujeito humano e as suas ações no traba- mática das relaçöes entre o rioriheciriioiitti atividade. Alem da dimensão irrvestigatíva,
of
já existente sobre o trabalho e aquele im- o olhar atento sobre a atividade provoca 0 Hi
A ergologia a herdará desta última, colo- lho. A percepção do dtgsmivolvimeiito da .1I
ݐ
'-i

cando-a num diálogo tenso com 0 patri- história a partir deste lugar provoca e ten- bricado nos meios e formas de traballio -- repensar das propostas de formação do
siona análises do trabalho desde as cate- que, por sua vez, está em estreita relaçäo trabalhador, em que a dialética entre 5,_z¡_ .ff
às
mônio filosófico ~ e com o patrimônio das
chamadas ciências liumanas. gorias teóricas que, por definição, refletern iii;iiíifii
com a capacidade de abstração, lormali- lieres ciigcrjados e ctesengujudos seja fun-
21!
ii: ;;

apenas regularidades - como é o caso de zação e, consequentemente, de ação do damento em projetos político-pedagógicos
iÉã:ráÉçi

3. Para explicar o funcionamento do ca- za.faz-c

pitalismo. Marx busca as regularidades e, muitas noções no campo da Sociologia. De sujeito a respeito do que e realizado ein de trabalhadores. Aparece aqui o proble- =â
alguma lornia, rccoloca o debate perma- atividade. Tomar como referência basica a rna da vorbalizaçâo da atividade de traba-

: ã: i :
para tanto, busca no trabalho aquilo que
ele tem de universal, o quantum de traba- nente de como articular as categorias me- atividade para se pensar o traballio impli- llio pelos próprios trabalhadores, proble-
lho de que o capital se apropria para ex- todológicas totalidade, particularidade e ca ressituar a rela ção entre o conhecimen- rna vasto que nos convida a refletir sobre
ii;;:

trair-lhe a mais valia. Nesta direção. Marx singularidade e, também, as relações entre to pre-cxisterite sobre 0 traballio e aquele os limites e as possibilidades do conheci-
ação e determinação na história humana. oriundo da experiência humana cin atos mento em ciências humanas quando no
ã

tormulará a ideia do traballio como merca-


4. O conceito de atividade tern fortes irri- laborais. O que gera, ou deveria gerar, nas contexto de abordagens compreensivas.

i:
doria, como traballio abstrato. Retornar o .iz,‹~_›-.r,»n`;.fslZ`.,_i¬",.I`‹Â.Â
plicações para 0 entendimento de questões palavras de Schwartz, um “desconforto Abre-se, então, um diálogo necessário Coin E~Í
s

trabalho como atividade humana na pers-

i ll
-J


49

3
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48
e
i
:
; ;iEeii;:;:;:+í:?:!;;;;i ;:i:!;iíj:;ilísii:i
i ;É;::;:ii:;t;i::r:il;,=,;tã:i;i::::iiliiíi
Aivronro D. (¬.Ar'rm×'-r & LORENA l-Io1.zMANN Drc1oNÁ1‹io DE TR/tB.=u.no E Trcworouiâ A

? : i ; í í; t i ; : :í:i
i iÊiili íi! i;ii
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z ei,t:
r

questões, Iazem 'parte do debate de quem históricos de lutas da classe trabalhado- Í?

Éi Éiiii:it::;t:u :: ilii;is:;E: l íÉ; r!iÉ;:i:ii


i;ãiãàÉíÉ;; l; rii l;i; íi;i:i: ;i ; ;; íi gi i:Éiii
si: iiij il;i i: iir,:;
lhes traçar sua coexistência com outras

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il;, iiii ::!i ii.i,ili., ã: :iiiii:iii;i;:ii:

É
àiÊã ; ãii:i3E:::i:r=:;i';i ã: iÉ i;;i;;;Í; ííiÉi;

;
a produção de conhecimentos na Sociolo-

;Íii;i
: !is;r:::;i:r:s:l:iiÍ:i rtulíii;íi;i i::ii
gia do Trabalho. principalmente no*-que se propõe a assumir a centralidade da ati- unidades coletivas. ra. De acordo com essa proposta revolu-

.:ii:i; i;iÉ ::i;:+1::;;iii:i : : ii í:i: i ::i::


vidade para se entender e transformar o Em sentido estrito, representa uma pro- cionária. a autogestão não se resume aos

É
diz respeito aos saberes tácitos dos traba-

+:;i:;;zÉ;: i:- i;,: :-,ii: it; i',',i::: É ;;; iÉ


lhadores. Da'r visibilidade e analisar a ati- trabalho humano. posta democrática e coletivista de gestão, limites das empresas, pois significa um
historicamente construida a partir de um projeto global de sociedade, na qual os

É
vidade de trabalho com a colaboração dos
mesmos avança na identificação e com- Referências ideário socialista, segundo 0 qual, alem da próprios produtores associados dirigem

s
preensão do porquê e como se produzem CANGUILI-IEM, Georges. O normal e o polo- propriedade, as decisões e o controle do as suas atividades e o produto dela resul- Ã,

I : t==i;: i t:z -i1? ;7:,i;ii= íiÍi i=; É!i;:


l:
lógico. 4. ed. Trad. Maria Tereza Redig de Car-
os saberes na experiência de trabalho. OS E empreendimento são exercidos pelos tra- tante e, assim interpretada, requer não so-
valho Barrocas e Luiz. Otávio Ferreira Barreto
balhadores. Assim interpretada, identifi- mente a propriedade socia] dos meios de

:ii:i ;' ii : l, : : i : "'= ii'


Leite. Rio de Janeiro: Florence Universitária, . .‹¬-:.›.'

1
debates sobre a atividade de trabalho con-
:jÍ l995. 306 p.
ca-se com uma forma inovadora de gestão, produção e de intercâmbio, mas também if
T+

tribuem sobremaneira para as reflexões


GUÉRIN. F. el ul. Compreendero trabalho para
contemporâneas acerca dos saberes dos tmnslormá-lo; a prática da ergonomia. Trad. em ruptura com os paradigmas e modelos uma transformação da organizagáo social
trabalhadores, das suas qualificações e Giliane M. J. lngratla e Marcos Mallet. São clássicos de administrar_;ão. Quando se e da vida, permitindo, a cada hornem e
l;:
Paulo: Edgard Blücher; Fundação Vanzolini, a cada mulher, adquirir as capacidades
competências. Reconhecer a singular im- trata de experiências na esfera organiza-
2001. 2001).
plicação do sujeito om atividade de traba- cional. é essa a interpretação que geral- criativas para a organização da socieda-
':;ii

SClIWAR'1`Z, Vi-'es Le porodigme crgologr`que


lho remete à rellexão sobre subjetividade ou um métier de Pliilosoplir-_ Toulouse: Êditions rnr.-nte se atribui à expressao uutéigestâo de de maneira livre (Guillerm; Bourdet, E-'*'*'1Í:''"*:
Êil;:i:

Oclares, 2000. 763 p.


no trabalho. a exemplo de uma questão (Guirnaräes,- Corrêa; Korosue, 2005). 1976). Taniliém nao significa democrati-
. Théories de l'actiun ou i`en‹?onlr'‹›s de
muito presente no debate das competên- l'activit‹'=.. ln: Baudouin, .l-M. e Friedrich. .la- 2. Expressão polissèmica, ela reapare- zar a economia capitalista, mas, sim, mu-
cias: corno validar e rrfconhecer as varia- nelte. Tliéorics do Focrion cl ‹'>ducuf¡`on. Bruxel- ce na literatura acadêmica e errrpresarial dar seus fundârnentos [Fz‹n'ia, 1985). r
les: De lšoeck Sr Larcier 2001. 324 p. rt
hitidades singulares na ocupação de um nos arms lfšlíltl, após algumas décadas de A despeito de silas diferentes interpre-
'
;,,;,:,::;

posto de trabalho para al‹':m dos valores


__”. Pro‹lu'1.ir saber‹::¬- entre aderêiu-ia e de-
relativo ostraci:-xrno. Esse rP¿i]Jal'e‹”iri'|e11t0 tações, a historia demonstra que a auto- ii
' ;;i;ii :::i;

saderëncia Educaçäo t,'riisiri‹›s, 13(3}; p. 264-


colnpéâtitix-'os prr-sentes no mercado de 273, set./def.. 2(JtI9. se da um lunçäo do crescimento alarinzili- gestáo náo é apenas um ideal utopico, za'
lc
tr-~ das rh-siotialtlatles sociais, das taxas de mas uma experiência concreta, realizavel
i
i,jiiiii!i:iix:ilii;i

trabalho t'a|)iI.alis‹¿i? lsio t-, como traba-


¡ É
lhar na perspectiva de garantia dos direi- AUTOGESTAO rlesemprtrgri estrutural e do teclianiento ra partir dos movimentos e lutas dos traba-
iÉÉi:

tos coletivos de traballio dando visibilida- de inúmeras unidades produtivas como lhadores. Nesse caso, a concepção de au- .-1.
Valeska Guiniomes Naltos 1.1

de, ao mesmo tempo, às subjetividades, ‹'‹›nS(.'qu‹"›ncia do processo de r‹1'CStr11tura- Iogestáo encontra-se intimamente associa-
E1
mas sem cair nas rnalhas da rrooptaçào do 1. Autogestáo. em seu sentido pleno ou ção produtiva e da globalização da econo- da a autonomia das lutas operárias (Bruno,
i:ii ii; ;Í;:lii! ;i
J.
trabalho pelo capital, tendo em vista sua macrossocial, representa uma ruptura. e mia. Neste sentido, a autogestäo assume
uma conotação de “estratégia de sobro-
1990; Faria. 1998). Portanto, autogestäo e
autonomia são conceitos atavicamente as-
fr
val.orizaçáo? Mas é jt1.<t.=miente neste ter- uma revolução paradigmática. pois trata
::;

\=iv‹'mcia" das organizações e dos traba- sociados, entendendo-se que autonomia '2
reno problemático que o conceito de tra- de um sistema de organização de toda a
i; ::'


balho como atividade humana amplia e sociedade - incluindo as instituições po- llimlorns, identificada com organização e “remete a uma vasta gama de valores e de tz;

enriquece as leituras das transformações liticas, sociais, econômicas e produtivas gestãro, pelos proprios trabalhadores. de experiências sociais que têm como centro 1
íi-ii

i-:i I i ; i i I
ern curso, realçando o antropológico e on- -, na qual inexiste a divisão social do novos empreendimentos associalivistas o principio da livre determinação do indi-
ii i i i ; i ; i ; :

tológico da experiência de traballio, tra- trabalho, a separação entre economia e (forno cooperativas e associações) ou de víduo, de um grupo especifico ou de um iz
empresas talinientares, permitindo a ma- conjunto político maior” (Cattani, 1999}.
zendo elementos para se pensar as múlti-
plas facetas, bcm como as perspectivas
política, o Estado, o mercado e as classes
sociais. Uma sociedade autogerida uma
z
j !
nutençao e a criação de postos de trabalho Quanto à origem do termo, Guillerm e
r”,
_.
emancipatórias abertas na contempora- sociedade na qual todas as decisões são O a garantia de renda a um contingente Bourdet (1976) referem-se á palavra france-
É:i;l:É

1
neidade. Se a atividade humana por- tomadas pela coletividade, que é, a cada expressivo de trabalhadores. sa oulogesfion, que aparece nos anos 1960, ii
Ís
tanto, enigmática, levanta-se ainda assim vez e por sua vez, concernida pelo obje- Fala interpretação restrita da expres- originalrnente concebida para denorninar a
a necessidade de um prolicuo dialogo en- to dessas decisões, um sistema no qual são unlogcslrio contribui para olrliterar o experiência iugoslava nos anos 1950, como
z¡_
tre as disciplinas para melhor compreen- aqueles que realizam uma atividade de- seu significado mais amplo, relativo a um uma tradução literal da palavra se1vo-croa- 11
dê-la ¬- e, quiçá, faz-se iiecessária uma cidem coletivamente o que devem fazer e .».-~.› . prorr-.sso revolucionário de socialização ta somouprcivlje, na qual sumo corresponde
Cl-2 cconoinia e decorrente dos niovimentos ao prelixo grego ouro e upravlje significa
H
lrcmsdƒscipliriaridode. Estas, entre outras como tazê-lo, nos limites exclusivos que
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50 ᫬›¿-.z¬a.«. 51 | .
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ANTONIO D. Cfcrrâui & LORENA l-lor.zMA:<N _: D,C,0NÀR¡0 DE TRABALHO E TECNOLOGIA A

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ria). Porém, na' prática, as experiências

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algo semelhante à gestão. Trata-se de uma
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ií:i: i ; it :r;ii;: iz:.1: r;ii ;: iÊi; i::iá;Éi;i,
4. Desde a Idade Média tem-se noticia

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: :ãíi I: içis ;Í=iir ii:i iir: :Êi;i iisi; Flii :Íi
lanstério seria uma comunidade autoge-

*
i í í;if i;, i: i ; ; : i i;l : i Í : i;:; li i i t i ; ii ; ; : : i;

;: iltÊ í;ÍíE i:;: i::: ;: :: 1í:;; l:iEiÍ iÉ;


de cogestão demonstraram que o poder

ãi Éi :l ; : : : i
i í ; 5ÊÉ Ê i ; ; ; í, :i,+ ; E :
expressão recente que, após o movimento de experiências coletivistas. como as so-

i É s Éi;
rida, onde "haveria estabelecimentos in-
de Maio de 1968, passou a ser difundida gerencial e a vontade dos acionistas não
êr
ciedades de ajuda mútua, as corporações dustriais dispersos num contexto agricola,
pela imprensa mundial. são ameaçados, pois não prevalecem um de ofícios e as associações de mutualida- de modo a eliminar as diferenças entre ci-
3. Pelo seu caráter polissêmico, observa- Compartilhamento igualitário de poder e,
í; de (conhecidas como guildas). Porém, é dade e carnpo" (ibidem: 13). Da mesma
se, na literatura atual, nos documentos e tampouco, a participação plena. c) Coope- a partir do séc. XIX que se elaboram as

ii iíj
forma que as comunidades idealizadas
textos informativos em geral, que o termo mtivas são identificadas com a autoges- bases teóricas da autogestáo, entre socia-
í

por Owen, as propostas por Fourier não


outogesíão é, muitas vezes, utilizado de tão pelo fato de constituírem experiências
i ; É; í i i
listas utópicos, anarquistas, marxistas e perduraram por muito tempo. A mais du-

íi íi : i ii i Éj i i i il i? 5:: ; i tÉ f ; i i : Í É: i i
maneira equivocada, comprometendo a associativistas e vêm demonstrando que, outros pensadores libertários.
u,
radoura permaneceu ativa por dez anos.
sua interpretação original, de acordo com ao contrário de representarem uma tran- Os socialistas utópicos, entre os quais se O pensamento autogestionário também
uma perspectiva política e histórica. Os sição ao socialismo, mantêm-se atreladas
:i=,i:?; :j;
destacam Robert Owen e Charles Fourier,

:i;ii:i
sofreu grande influência dos anarquis-
termos mais frequentemente identifica- ao sistema capitalista. à sua lógica de ex- basearam suas ideias em um modelo con- tas ou socialistas libertários, entre eles, o

Ê;
dos com autogestão, são: gestão participa- ploração do trabalho e dependência do traposto à sociedade capitalista emergen- operário francês Pierre .losopli Proudhon,
tiva, cogestão, cooperativas, comissões de

iiiii i I ; : li
rnf:'.rtfad(), distanciando-se do seu ideário
i ir ii

te e caracterizado por uma sociedade sem que desenvolveu teorias sobre organiza-
fabrica, controle operário. a) Gesfdo por- e seus valores, originalmente propostos conflitos e desigualdades. Owen concebia ção social baseada na cooperação - defi-
tic¡`pnlivo é uma estratégia gerencial, um pelos seus iclealizadores. Reconhece-se, a sociedade futura como uma federação nida como federalismo no âmbito politico
nicio de regulação de conflitos. que tom entretanto, que há Cooperativas que apro- de comunidades cooperativas governadas e mutualismo na estera econômica. Os
nsscgtirado aumento da pr0dutiví(lad‹2 sentam características autogestionarias pelos próprios produtores. Realizou a pri-
;

;;;i;i i i: :s iif i j ; i iiiigii


mutualistas buscavam uma sociedade na
nas organizaçoes capitalistas, evocando marcantes. aproximando-se da çoricopçáo meira tentativa para formar uma comuni- qual estivessem reunidos a igualdade,
tjorno matriz teórica O itleológica o mmfi- de autogestäo. d) C‹'›miss(›cs de iúbrico, dade cooperativa em New Lanark, Escó- a justiça, a independência e o reconhe-
mt'-nto das relaçoes humanas e da psico- quando impostas pelo movimento operá-
;i

cia, a partir da aquisição de uma fábrica


=

cimento dos méritos indivitlnais em um


logia industrial, revisitados coin suprema- rio. representam um pequeno embrião da de algodão, que passou a ser adminis-

mundo de produtores unidos por um sis-


autogestão, uma conquista das lutas dos trada coletivamente. Suas ideias não flo-
:i i íi ! i i ; i i i ÉÉ ii

cia f› inteligência pelo ”mod(-ilu" japonês tonta de livres contratos.


dc gestão. Trata~se de urna tentativa de trabalhadores, permitindo a expressão da
=

resccram na Grä-Bretanha, de modo que Proudhon rcjeitava a propriedade pri-

::;;i;iiiiii!iii;;
envolvimento e comprometimento do tra- democracia direta no local de trabalho. tentou introduzidas nos Estados Unidos,
: ; i : ;- i; i : : I : É ; ;ã;
i i i i; : i : É i ; ! i I ; É :

vada e o Estado e acreditava na interven-


balliador com a empresa, valendo-se de Mas podem ser propostas pelo patronato onde fundou, em Indianópolis, urna co- ção revolucionária permanente da classe
um conjunto de técnicas que in‹:entiva a e/ou estarem atreladas aos sindicatos, 0 munidade semelhante, denominada New operária (politicamente, sem voluntaris-
participação parcial ou mesmo a pseudo- que lhes retiraria parcela significativa de Hä1`l1'¡0ny - “a primeira aldeia cooperativa mo). Para que isso acontecesse, deveria
partícipação, jamais a participação plena sua independência e autonomia do ação. Erxperimental de que se tem noticia" [Mot- haver uma revolução de consciências.
(Pateman, 1992]. Esta inclui a tomada de o) Controle operário corresponde a uma ta., 1987: 12). Sua vigência foi breve, mas Proudhon fazia duras criticas ao comu-
‹.l‹;-cisão democrática em todos os níveis intervenção conflitual dos trabalhadores, Sfiflrviu de in spiração para 0 movimento co- nismo estatal, que considerava ineficaz,

.:
organizacionais (operacional, tático e es- buscando arrancar dos empregadores Operativista e os kibutzim israelenses. em função da perversão do poder politi-
=E=

:iãiãiiiÉii
tratégico) com igualdade de poder e de concessões ou direitos ainda não conquis- O francês Charles Fourier defendia a co. Ele defendia a autonomia do trabalho,
condições. h) Cogestão é uma modalidade tados (Guillerim Bourdet, 1976]. Repre- Passagem do capitalismo para 0 socialis- pois considerava ser este o principal cri-
de gestão participativa segundo a qual os senta um avanço com relação à cogestão, mo sem violência, a partir de pequenas tério para a instauração da democracia
,.-›.«-.¬‹-. .›
trabalhadores participam dos órgãos de- mas ainda não é a autogestão de fato por iniciativas e experiências socialistas base- industria] que ele denominou de Federa-
cisórios da empresa, por meio da repre- ser uma ocorrência episódica, quando os ädfi nas falanges e nos Íalanstéríos - fa- ção Agrícola-lndustrial (Ferreira; Neves;
É

sentação, sempre objetivando a melhoria trabalhadores. através de greves ou mo- Zëfldas de produção e consumo coletivos. Caetano, 2001). Considerava a sociedade
do desempenho organizacional. Inclui, vimentos organizados, temporariamente. Nas falanges, grandes grupos de homens autogestionária corno uma sociedade. au-
ii:I

;
portanto, a codecisäo e, teoricamente, controlam parte do processo de produção, Ímbalhariam para um fundo comum e a tônoma, estruturada a partir de um con-
deveria representar um balanceamento mas sem o objetivo imediato de ruptura divisão das riquezas ocorreria em funçao junto de grupos autônomos coordenados,
tvz.u`.-rQ. z. i.m. . VM,
de poderes (no Caso da cogestão paritá- com o sistema capitalista. Clã contribuição de cada individuo. O fa-
É

mas não hiera rquizados.

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= :i::Ê :;itii'.Étj:il,e:ÉÊ.-;;ii';
[i\/larx, 1984; Luiremburgo. 1986), Em sua

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; r;: i t: i 2382i i i; -!ir:;:i;;:;::,iii= ii;;l


;;;i r;i i: ii i:É; ;É;:j Íi u:: i; r+.Ét?:
EE; ii i fi;Ê í:i,j! :i|ti,,ii::É: :;ii:iÉi i:iil
;::;:ii:Íii i, i r i, ::, : i,s ii?=:i ::ii;, t: i;;r
s;T:1Éi*rzEi.
Outro socialista libcrtário que influen-
i:ii:ii'iii; ilili,:i :i ii.i:: i' i:; ;ij;i:ili democracia operária direta z por meio dos A Cornuna de Paris é o símbolo da mani-

ÉtíiàÊ;1ít:iti:rii:rt::;i [;r3;::ÉÊ;i!:i!;
§

Ílã;i rr;Eiiê;;iiÍ;:ii:iiiÍtii= l,ijii;ii:;


E;i ; íti
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EÉj !:§ir2çzz: iii iÍ: il:; Íi : i.i*íiii:5;= :i?
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ciou corn suas ideias a concepção dé"`un1a Mensagem Inaugural da Associação In- conselhos operários - e crítico das corren- festação espontânea e criativa dos traba-

Í; ::;,:i r í:i
iqãíiiiÉij: ;: iii

sociedade autogeiida foi o russo Mikhail ternacional dos Trabalhadores (1864), Karl tes reformistas. Gramsci acreditava que a lhadores em autogestäo, por meio do auto-

:;,; ià;É: =?:::


Bakunin. critico forrenho do autoritarismo Marx reconhece o potencial das coopera- semente que impulsionaria uma organiza- governo dos produtores, com ênfase no fi i
.
Í
c que, assim como Proudlron, negava o Es- tivas e a capacidade dos trabalhadores de ção operária que servisse de base para a federalismo, no coletivismo e na democra- 1.
il i
tado e a lgreja. Segundo Bakunin, as mas- autodeterrninar seu traballio e produzir de ‹ I

i 3'! à; i:; i t:Zi= ,:2..: iiizili j; Ei ã:;Ei


criação de um Estado socialista encontra- cia operária.
.ul
sas populares revoltaclas é que deveriam forma tão eficiente quanto uma empresa

E
va-se nas Comissões Internas de Fábrica, 5. A realização histórico-concreta da au- ‹.=

É: ; iii:: i:;:; ;;: i i_:i;1!;ieiE;; ;ii;


dirigir o movimento reorganizador da so- que segue os padrões capitalistas. constituídas na Itália desde 1906, princi- togestão depende de diversos fatores, de Í .»

ii! ::i iiÉ:i::;i;? ;,i 5 íail;ii:ij;íjj


fi,
ciedade. Para superar a condição sewil do Rosa Luxemburgo acreditava na espon- palmente em Turim. Essas comissões se- caracteristicas do pais, da fábrica, do terri- ‹

r:í:iliii::,;
‹-
¬l
homem face ãr .subordinação do trabalho taneidade revolucionária do proletariado, riam o organismo de representação demo- tório em questão, entre eles: a demografia,
ao capital. afirmava que a luta politica de- cuja manifestação se presencia nas greves crática de todos os trabalhadores de uma a indústria, o nivel de vida, a cultura e a š'-ší`
i
veria estar direcionada à emancipação do de massa e na luta por uma socierlade fábrica. Assim, o trabalho coletivo organi- história do pais ou da região, o processo ‹
i; i, zi:1i::i: tÍiii: :;

«a.V-
trabalho. Bakuinn convocava todos os tra- igualitária (gerida pelos produtores por '/.ado em comissões internas teria condi- revolucionário (Guillerm; Bourdet, 1976).

Ê
balliadores a associarem-se a formarem meio de conselhos operários). Criticava os z‹, i
ções de controlar o dirigir todo o processo A literatura acadêmica e os documentos

; si
1.
‹rrganiza‹¿‹'›es coletivas, a fim de ensaia- sindicatos tradicionais, r;onsi‹l‹;:rava-os bu- de produção e promover o surgimento dos produzidos pelos trabalhadores e associa-
rerri relaç‹'›os solidárias e diferentes das rocráticos e acreditava que eles deveriam conselhos de fabrica, que forrnariam a se- ções de classe destacam a atualidade da
_ri
ser destruídos na gr^‹i\=‹-~ de niussa para mente de uma nova lorrna de organi'/.ação ei
l,

praticadas nas sociedades capitiilishis. Na ex_pressäo autogestão, em geral correla-

;i : rl:
sua concepção, as associações seriam uma que fossem substituídos por outros orga- da sociedade: a autogestäo. Os conselhos cionada as estratégias de sobrevivências

É
ii*
forma de trarrslormar a culturrr individua- nismos de combate (corno os comitês de possibilitariam 0 surgimento de uma real das organimçöes dos trabalhadores. A
:

iI
l
lista dos homens para uma cultura liasmr- greve). Além disso, deloirtlia os partidos deniocracia operária que se nporia ao Es- ii ir
=

despeito da grande disserninaçao do ter-


|
da na s‹›1id‹;Irierlad‹r e no coletivisirirr. Ern- autogeridos que, em periodo revolucioná- tado burguês, pois neles os sentimentos de mo, as controvérsias sobre a efetiva rea-

ii:ii
1 L
;~1‹
‹.
bora o autor não acrerlitasse no potencial rio, apoiassern os formas de autogestao afeto c solidariedade se desenvolveriarn e
;

lizacao do que ele propõe referem-se ao

ii:
ri;:

das cooperativas e demais orgaiiimçõos das massas -- os ‹‹'›1'i›.~ell:os nperarios. A manifestaiiam de forma mais intensa a emlxâte politico e ideológico acerca dos 1?

: : ti Í

=
autora combateu o roiormismo e o buro- Ê.
coletiv‹is para G eriiancipacáo do traballio; verdadeira solidariedade operária que, li- paradoxos, contradições e limites de uma -z
porém, reconhecia que tais formas de or- cratismo dos clirigoirtes .socialistas e sindi-
:ji': vre, exerceria sua soberania e seu poder experiência organizativa "socialista" e l
ganização podiam ajudar a preparar as or- cais da França e da Alcniarilia (Guillerni; tGrams‹¬i; Bordiga, 1981). democrática, inserida no modo de produ-
-zi ri

r ::
í,

r
ganizações do futuro (I-šakunin. 1975)). Bourdet, 1976). Quanto às cooperativas, Além de teóricos c militantes, diversos ção capitalista, especificamente na sua r

Karl Marx teceu críticas a teoria anar- Luxerriburgo {l986) as considerava como movimentos sociais contribuíram para a fase atual, neoliberal, que restringe os es- Í
i,ii;il

t;iiii;ii?
Ii
quista e, juntarnente corn seus seguid‹)res, elementos de “forma hibrida" dentro do consolidação da autogestão e a sua paços de práticas libertárias, autônomas e ‹. zw

áriiiE i:
como Rosa l.l1×oInlurrgo_ ‹?o|isi‹lerava que capitalismo, em pernianente ttontradiçäo tr z
iiiiii
pressão plena nas lutas operárias. É o caso coletivistas e a democratização das rela- 'z

as organiza ções cooperativas geridas pelos com 0 sistema dominante, em iunçào das da Comuna de Paris, em 1871, da Revolu- ções de traballio. i r
leis do mercado a que teriam de subme-
i tÉ
próprios trabalhad(›res representavam 0 .‹ ção Russa, de 1917, das Revoluções Hún- l
primeira brecha no modo de prodtrçãro ca- ter-se. Defendia que elas eram incapazes 5 gara, Alemã e Italiana, em 1919, da Revo- Referências
il
E t
pitalista. Todavia, essas cooperativas não de atacar as bases do capital e que, por- lllção Espanhola (Guerra Civil), de 1936 a
;lil;iz:

B/\KUNlN, M. O sociolisniri libertório. São

; =à;
sw
eram urna forma perfeita de ruptura, pois tanto, não representavam uma ruptura 1939, das revoluções rio Leste Europeu Paulo: Globo, 1979. t
:

›¬.-¬~.‹
os trabalhadores, em vez de ustarorn sub- com 0 sistema capitalista. (Hungria e Polônia), em 1956, da revolu- BRUNO, L. O que é ciuiorromia operário. 3. ed. ( :š . z
É

São Paulo: Brasiliense, 1990.


rnetiflos ao domínio do capitalista, assu- Ao se comentar sobre as principais con- Çáo Tcheca e da “Primavera de Praga", em E
E

i;rj::

miam o papel de seus próprios capitalistas. tribuições teóricas para o debate historico 1968, do movimento social do Sindicato = C.-'\R\¡ALHO, N. V. Aulogestáoz 0 governo pela
autonomia. São Paulo: Brasiliense, 1983. l
'r
ã:ii+
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explorando a si mesnros. Para os marxistas, da autogestào, além dos pensadores ci- Solidariedade, na Polônia, no final dos CASTORIADIS, C. Socmlismo ou barbárie. São
i;i

DO capitalismo as regras sao as mesmas tados, náo se pode deixar de assinalar a anos 1970, da Revolução dos Cravos, em Paulo; lírasiliense, 1983. Í.

li
CATTANI. A. D. Autonomia. ln: Trabalho e tec-

:s
tanto para empresas convencionais como importância do pensador italiano Antônio Portugal, em 1974, e do Movimiento dos Í
nologia: dicio1if'ri'io‹.'ri.tico. 2. ed. Petropolis: Vo-
para organizações de trabalho colú;-tivo Gramsci (1891-1937], grande delensor da Tralaalliadores Rurais Sem-Terra, no Brasil. i ll
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zes; Porto Alegre: Ed. Ufgrs, 1999.


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ANTONIO D. CA'r'rANi & LORENA l-IOLZMANN

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vapor na indústria têxtil, na Inglaterra, na como forma, dimensão e superfície; bl ao

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FARIA, J. H. de. Rclaçocs de poder e formas de ta, podendo ser aplicado a qualquer tipo
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gestão. Curitiba: Criar Edições, 1985. «_ caráter tecnológico, dizendo respeito a ta-

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metade do séc. XVIII. O trabalho manual

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de máquina ou artefato que opere desse
FARIA, M. S. tle. Se o coisa é por cri, que uu- foi sendo substituído por máquinas e as tores operacionais. como velocidade e ro-

É:às l1E ai Ê!: ! í: .i: É =: í : s É:;;* !i q 1: éiÉ i:


Iogestdo é essa? Florianópolis: UFSC, 1998. modo. Inclui, assim. tanto os moinhos,
ferramentas, antes manipuladas por mãos tação do mocanismo; c] à sequência das

ít É;iiÉ á,iiíi,íí;ti ic;;:;si íãiíÉ!i: :; i i


Dissertação' [Mestrado em Administração] z movidos por forças naturais (água e vento)
Programa de Pós-graduação em Administra- humanas, passaram a ser acopladas a um fases, seu controle, comandos e recursos

ã
ção. Universidade Federal de Santa Catarina.
e utilizados desde tempos remotos, como
mecanismo e por ele operadas. O funcio- de proteção.

E
Florianópolis, 1998. as máquinas mais modernas de controle
namento articulado de diversas máquinas Na automação eletromecânica, as so-

É í:=.:= q:ii;;-_í.,.ii_:" e;:: i:: a i;íE:: I r:


FERREIRA, J. M.; NEVES. J.; CAETANO, A. computadorizado e dos robôs eletronicos.
(courds). Manual de Psicossocioiogia das Or- cøginstitui o sistema de rnaquinaria que luçôes para se operarem as informações

i;;zÍ*:
:
ie
ganizações. Lisboa: l'\/lcGraw-Hill, 2001.
2. Corn o advento da indústria, a auto-
Marx, ao analisar a moderna indústria in- são de caráter estrutural, traduzidas em:

:
FOLLIS, M. Autogestãn. In: BOBBIO. N. cl mação entrou na este-ra da produção de
^-‹ +-¬ ‹-.«‹¬~|. z.
glesa do sec. XIX, considerou como um al na especialização e simplificação das

;
al. Dicionário de Politica. 12. ed. Brasília: Ed. modo intenso, permanente e continuado.
UNB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, “grande autômato". Este. além de fun- unidades operadoras, concebidas e cons-

1
2002. v. 1. Antes disso. na Europa. já era conhecida
cionar sem a í1'it‹.=.I'Vt-inção humana direta, truídas para usinar apenas uma peça, ten-

i
; ;i': izr?Í Li: Éi ii,í;1;:; ii; : ; *
GRAMSCI, A.: BORDIGA, A. Conselhos de Ió- e difundida a construção de objetos se-
Irrica. São Paulo: Brasiliense. 1981. já havia incorporado alguns dispositivos do, portanto, ‹:ongeIadas. em sua própria

:
rnoventes. que ficaram nos registros da

iii:i; ; . :; i :-:
CUILLERM, A.: BOURDIZT, Y. Autogestão: que perrnitiam aumentar sua capacidade estrutura, as informações g(:ornt-'›1.ricas e

i Í : 1 i= : ;= i l, f : Íiií:i j ; ; Í É ;
‹':i‹'=.ncia mecânica ‹:‹:›in‹› expressão da cria-
lima mudança radical. Rio de Janeiro: Zahar de operação, bem como interromper seu tecnológicas para aquela usinagern; bl

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Editores. 1976. tividade e da cngenhosidade de seus iabri-
luncionamonto no caso de haver irregu- na execução das distintas operações em
rgurrvr/IRÃES, v; CORRÊA, E 2, M.. Ko- cantes. Esses objetos tinham apenas fins
RUSUE, A. Ttzciiologia Social Emergente: a laridades ou imprevistos no processo pro- paralelo ou ao mesmo tempo, na mesma

L
lúdicos e despcrtzir.nn grande curiosidade
autogestao de empreendimentos em Santa rtuiiico. No final do séc. XIX a eletricidade peça ou em peças rlifcronies, segundo a
Catarina. ln: IX Seminário dc ]\'IoderfliZoÇ‹`r0 no seu tempo. Sua construção baseava-se ai
tecnológica periiérico. Recife, Anais... 2()tl5. passou, gradativamente, a substituir o va- sequência operacional; cl em sistemas
no conhecimento de mecânica acumula- :ij+il ; i=ti;i;i;f
(ID-ROM. por como força motriz. Contudo, a auto- automáticos de transporte das pc-ças en-
do ao longo dos tr.›mp‹_is e que, originado ›
l.I.`~XEMBURG, R. Re¡`‹›rnm socio! ou revolu- iiiação era, ainda, de caráter mecânico - e tro as máquinas simples que inte-grem a
ção? São Paulo: (jlolial. 1986. na Grécia clássica, chegar;-1 à Europa por E.
tz-1.
meio dos árabes. Tais artefatos r-.rain os ou-
tltfbitl Ii`l(`)(l0 ])(“Tl'Ilr'tIl(*(`P.Tl[lO FOIIIO ä 11656 linha de usinagem (Dina, 1987: 14). Uma
MARX, K. O capital. Os ecoriomistas. Sao Pau-
u'~‹_'nica do desenvolvimerito da produção vez que a memória operativa das máqui- Í
lo: Novo Cultural, 1984. \'. I, t. Ill; livro terceiro. lômoios, acionados por niocariismos pneu-
Wii!
MOTTA, F. C. E Alguns precursores do partici- de bens e serviços ao longo de quase todo nas e dos equipamentos consubstancia-se
pacionismo. ln; VENOSA, R. (org.). Participa-
mãiticos ou liidráulicos, por sistemas de F!
-vz
o sec. XX. na sua própria estrutura física, e que eles
çúo e pcirticipoçócs; ensaios sobre autogestão. pesos e por erigreriagens do rodas denta- â‹
gl
4. A automação pode ser entendida incorporarn, na sua coricepção (3 Constru-

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São Paulo: Babel Cultural, 1987.

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das, evoluindo em estreita relaçäo com as
como “a elaboração automática em tempo ção. as operações a que se destinam na

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inovações que foram sendo introduzidas .if-
AUTOMAÇÃO real da maior parte das informações rela- produção. a automação de base eletro-
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na fabricação de rr:lÓ‹_1ios. Esses autôniatos


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tivas ao processo produtivo. Elaboração mecânica é chamada de automação rígi- =‹;
Lorena H olzrnfmn eram, com frequêirrria, considerados obje- É
ii
automática signiiica que. se antes a infor- da, embora ela admita possibilidades de
tos mágicos, suspeitos. e seus construtores
mação passava pelo ‹°érebr‹› e pelas ope- variações dos produtos e peças que cada
1. O termo automação ó empregado, perseguidos pela Inquisição. Contudo, t
t rações manuais do operador da máquina, máquina, ou conjunto delas, elabore. Mas
atualmente, para definir o processo de “mais tarde, quando os homens comrâça- s
agora se tenta fazer tudo isso automatica- essa possibilidade é limitada pela própria
inovação tecnológica de base rnicroeletrô- ram a compreender as leis que rc-geni o i,==ir â
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nica na produção de bens e de serviços. mente, evitando a intervenção do homem" estrutura fisica do sistema operativo da
mundo, os sentimentos suscitados por cor-
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11
É com esse significado que se nomeiam, (Dina, 1987: 13-14}. Nesse sentido, é 0 maquinaria. A produção de produtosfpe- lx
tas máquinas deixa ram de ser de assornbro ›r.
processamento da informação que está no ças com especificações distintas requer a
F
por exemplo, os processos de automação religioso ou mágico para tornar-se apenas
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bancária ou de automação industrial, tra- de jocosa surpresa. {...] o pasmo passa a


centro da concepção de automação. So- substituição do ferramental de operação e 1 Í'

er Qundo 0 autor, há na produção de usina- a consequente interrupção do funciona-


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1
rluzindo a utilização da informática nestes ser um meio que induz a refletir sobre as
ri ii:

'JC-rn mecânica très categorias de informa- mento da maquina durante um período i gi


setores de atividade. O significado do ter- possibilidades técnicas descobertas pelo
mo é, no entanto, bem mais amplo. Ele diz homem" (Losano, 1992: 311). ÊIÕHS que devem ser processadas, estando de tempo variável, geralmente longo. A á'1?L_

lclacionadasz a} às características geomé- inovação de produtos toma-se assim mais


respeito a todo instrumento ou objeto que 3. Na esfera da produção, a automação ` ~r›.au.`‹á-H-z«w“úwL,¢.›¬ww-`z'fl-.w;in.-`
tricas das peças a serem produzidas, tais onerosa e mais lenta. A sequência das
funcione sem a intervenção humana dire- iniciou com a introdução da máquina a

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ANTONIO D. (_Í/trmxi & LORENA I-lo1.zMnNN Í lÍ›rc1‹_›.~.'Á1uo DE TILABALHO E TEcNo¡.ooiA
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canismos de segurança e de correção dos NEFFA. J. C. El proceso de tmbojo 1,/lo econo- der decisório e discricionário empresarial

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operações e seu controle e a existência de

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mía de tiempo: contribución al análisis crítico
dispositivos de segurança e de interrup- procedimentos, bem corno as relacionadas ou estatal-burocrático. Opõe-se, também,

í : : [ ? ; i t: ; í; à ; ;
íáiiiiii;ll Ii; í;;i;';j i 1:1=;;i;; i; ;;ii ii ii
de Karl Marx. F. W Taylor y Henry Ford. Bue-
tores, acionados por chaves eletromagné- com o registro dos dados, são armazena- nos Airos: Credal; Hnmanitas, Is/dl. ao colaboracionismo ou ao participacio-
ticas ligadas a um complexo sistema de das no computador, que “gerencia” todo o REBÉCTÍHJ, E. O stxjoilo Ílcnle à inovação lec- nismo promovido o controlado pelas elites.
nológlco. Petropolis; Vozes; Ibase, 1990.
fiaçäo elétrica, reforçam o caráter rígido processo. Schmitz e Carvalho distinguem A autonomia compõe o imaginário liberta-
RUJAS, l'-`.; PALÁCIO, G. Tecnologia de lo in-

ir!:=r=
da organização da produção. tornando- os processos de automação daqueles de rio o impulsiona. do forma espontânea ou

é'3."
Í‹›!I11clCr'/›1t: una nueva estratégia capitalista de
a apropriada e rentável somente para a intormatizaçào. Para esses autores, au- =ul›‹›Jtlli1a‹'1‹'i|i de los trabajadortis. Cuadornos induzida, as reivindicações e as práticas

í:;l
n
de Economia, Bogotá, v. 11, p.17-73, 1987.
produção em grande escala de produtos tomação refere-se às máquinas e a seus que se opõem às normas arbitrárias, às

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ir: ii
::Ê: a:: rÉ,i t::ii,ii;;i?ii;t:,jr : :ri

SCHMITZ, I'I.; CARV/\í.H(), R. C1./tutonicrçon,


homogêneos. Os trabalhadores ficam sub- procedimentos operativos, enquanto “in- cmnpetítivlrlode e lmliullmz a e>:pe1'1r'›ucia inter- hierarquias opressoras e à racionalidade
metidos iortemente ao ritmo da maquina- formatização é a gestao automática das nacimial. São Paulo: lluciler, 1988. produtivista privada. São seus corolálios
ria, e sua intervenção direta no processo
" 3'i informações necessárias à execução das a apropriação coletiva, a descentralização

íiii;É
AUTQNOMIA -

Ef;
=â.
de produção é minima ou inexistente. operações" (Sclnnitz; Carvalho, 1988; e a participação consciente no processo

i:iuii:?iii
EMANCIPAÇÃO SOCIAL

i : l=ai.=: r1+;i j+ rti1; i ;: i€=is


*
Esso tipo de automação Ó identificado 23). Essa distinção traz mais precisão c ri- produtivo, na vida em sociedade e na cria-
corn o “modelo” íordista de produção. gor na especificação dos distintos proces- Antomo Ilm-'id Cal!‹rm` ção cultural. A organização da sociorlade
5. A partir dos anos 1970, um novo pa- sos tecnológicos em curso. De um lado, segundo os princípios da autonomia po-

i:i; íi i,::r ::!;:


i;4

drão de automação começou a ser im- encontram-se as mudanças introduzidas 1. /1.ulr›norrilc1 ixariitetc ti uma vasta gama pular implica o associativisnio livre, tun-

;::,:::! : : ;ii :i:i:l :t :il:ti;


i l: i, ,i.:l= ii 1,,-i É;ii ; :j ; :
:. i:::;; ,: i r:: l: i, ,;Í ;::;l;

i.=,.='i!.i!io'=i:;i.'t5:.i";
plantado, em resposta aos problemas na produção industrial, entendidas corno do \f‹1lori-s re ‹-:x¡›t:i'i(-.in'ias sociais que tôrn dainentado na igualdade dos individuos.
iÉ;:;ii;
!: i i ::zi s i i i i
econômicos, sociais e políticos enfrenta- mudanças nos meios de traballio. De ou-- corno centro o princípio da livir- dotvrnii- que a ele arlorcm de lorrna voluntária,
i:

dos no interior da produção e em âmbito tro lado, há a concepção mais ampla das nação do indivíduo, de um grupo especí- consciente e contratual. Subentondo, tam-
::1,

rnticrossocial. Esse novo padrão constitui profundas translormaçöes decorrentes lirn ou do um conjunto politico liiaioii Ile Iu'-in: responsabilidades e oportunidades

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a automação llexível, entendida por Diria das formas 1n‹)vad0ras de proccêssanieiito .êcrirdo Mun zi lilosolia kantiana, que r‹›- iguais para se atingirem os fins comuns;
como "o sistema produtivo lque permite] de informações, que ultrapassam os limi- lunia o .svntido ‹:tin1ol‹'›gic‹› do termo, au- divisão de tarefas o sentido dc traliallios li-


produzir elementos diiererites, [...] aceitar tes do espaço tabril, penetrando todas as t‹.'›:io1ni‹l signilira a ‹_'ondiç‹`1o dc- u sujeito vremente estabelecidos; e elegibilidade e
:1i:;lt:ii;iíÍã
i c ! a 9'r,:

esferas da vida cotidiana. No como das tlotminiiiar-se por si mesmo segundo suas revogação dos cargos de direç¿`a‹›. Na atua-

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mudanças ou melhorainentos do produto,

;ir=.;:: : i: Íii=*,
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t'..:;i=:' ;'ii;'i;; i
presta-se à produção de versões ou va- inovações tecnológicas em curso, a in- 1Jr‹'›|›rias luis ou segundo as leis que ele lidade, a materialização desses princípios
Ê

't;il::

riantes diversas Om pr‹ip‹.›1'çÕes dilurentes, formatica suscita um amplo debate a res- : rD¡'n1t.‹'- legítimas, não pela natura]iza‹¿En`1 L: passa pela democracia direta (na qual o
e tudo isso sem exigir mudanças fisicas no peito das implicações e dos impactos que '.t=1:i IML-los costumes, mas pela conscif'.-ncia. os- orçamento participativo e uma dinmnsão
ri,
sistema”. Para esse autor, num processo provoca sobre todas as dimensões da vida, cftart-~‹:i‹'la. Para que lei e liberdade p‹›ssan1 coinplemcntarl e pelas niúltiplas inanifes-
produtivo automático, ilexibílidade signi- não se restringindo às que ocorrem no zâstar assot;ia‹l¡~is, é necessário distingui- tações da economia solidária.
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âmbito da producao de bens e de serviços. 1'C|n-so as boas leis das mas. As priniviréis
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fica que "as informações sobre o próprio 2. No mundo do traballio, o principio go-
I E F.I

processo, que na automação rígida eram >»‹1‹'.| t~:.~.tal›t1~le‹:i‹las pelos 0 para os sujeitos ral da autonomia, sintetizado acima, reme-
comunicadas automaticamente, mas sem Referências lí\"1":s; e as segundas são meios de opres- te a outros vocábulos que traduzem concei-
É.
ii .ia
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possibilidade de moditicação, continua- 5¿H> dos tortos sobre os fracos. A autonomia tos ou experiências históricas, tais como:
CORIAT, B. A Revolução dos robôs: 0 impacto
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rao a ser tratadas e elaboradas de maneira socioeconômico da automação. São Paulo; Bus- "I›ai'er:‹,ê, entao, não como a capacidade autonomia dos produtores, conselhos ope-
: i ! r ! u i I 59

automática, mas agora elas poderão ser ca Vida, 1989. 11€ se agir segundo a lei, mas de se defi- rários, associativismo operário, autodeter-
õf-

DINA, A. A íúbrico outomálica e (1 orgmilzuçúo nir ú própria lui. A rt:aliza‹;‹'io 0 o discurso


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modificadas som que haja a necessidade


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.i¬»ú‹-› .` minação, auto-organização, controle ope-
do traballio. Petrópolis: Vozes; Ibase, 1987.
de mudar fisicamente o sistema produti- da autononiia no seu sentido coletivo são rário, sovietes [Rússia cza rista), oulogeslion
FELDMANN, P R. Robô, ruim com ele, pior
EE:À

vo" {l`)ina, 1987: 19-20). sem ele. São Paulo: Trajetória Cultural, 1988. léilribéln if.l‹.›ntiÍica(l0$ sob o conceito de (França), worl¬'er's control, selƒmonogement
A grande in‹'›vaçá‹_› ocorreu no sistema LOSANO, M. G. Hrsíórirrs dc outómolos: da f:1n‹.:¡1cÍp‹.'§'Õo social, sendo que, neste ver- (Inglaterra), Arbeíterrüte (Alemanha) epo-
: ci,

óJ
iil,

de processainento de informações. As in- Grécia Clássica a Belle Epoque. São Paulo; Cia. l›‹_›t‹, os dois termos serão tornados como tere opemío (Itália). Mais recentemente,
das Letras, 1992.
formações relativas instruções opera- \iní`›n1rnns. O prinffípio geral autmiomista economia solidário Ó o termo que esta ten-
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MARX, K. El capital. México: Fondo dc' Cultu-


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tivas, ao controle do processo e aos me- ra Económica, 1972. 3 v. fl"""l“'l)Õ‹'r-se ëi logica autoritária e ao po- do uma consagração internacional para
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derno do pensamento hurnanista sobre a de experiências práticas. Proudhon nha de Weimar. Nesse periodo, as formas

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Í rãÉ;:;i E;i i;s:i :í;ã; ?;iÉi:iiiiã;ãtãi;Iii


designar as múltiplas experiências de

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:EÊ: I aã: I ãi Í
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ÉÍÉ IÊ;Êi â; i i;: l;:: i iiÍ; i: ;; i iit=; :ii+: u, ; r
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; ; : : i Ê ; ; : ! ; 9 , i É : ; i E : I : i : ; + Íi; É: ; i ; ; ! í i i ê
Í emancipação social na esfera da produção. "cidade ideal". Nesse primeiro ciclo, des- (1809-1865) é o autor que se destaca no de auto-organização operária deixaram

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O princípio da autonomia supõe a refor- tacam-se. também, Tommaso Campa- período. Sua obra foi prolífera e influen- de separar a ação sindical da ação políti- Í.
~._;.›.z. .
mulação do poder da empresa, da autori- nella, comA cidade do Sol (1602), e Fran- ciou correntes doutrinárias antinômicas, ca; suas reivindicações ultrapassavam as
dade e do seu corolário (disciplina fabril). cis Bacon, com A nova Atlântida (1627). abrangendo de reformistas sociais a anar- questões específicas dos locais de traba-

É
A propriedade privada, fonte de domina- Essas obras têm, como caracteristica quistas revolucionários, passando pelos lho, envolvendo problemas urbanos e

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ção, é substituída pela propriedade social principal, colocar a possibilidade de or- adeptos das doutrinas cooperativista e chegando até as demandas de cidadania
«--. .z_~w.«. -. -.ur .'2,.-¬ ._ .- ~. -¬._
dos meios de produção. A comunidade de ganização diferenciada do poder politico rnutualista. Nos seus escritos, aparecem ampla. Os sovietes, criados após a revolu-
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trabalho passa a ser livre e responsável e das relações sociais, num momento em as ideias da democracia industrial- recu- ção abortada de 1905, derivaram, num ttiii
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pela definição dos rumos e do sentido da que 0 absolutismo monárquico vigorava peradas, posteriormerltc, pelo Sindicalis- primeiro momento, dos comitês de greve ll:.V.,
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produção. Autonomia refere-se, portanto, inconteste e em que as relações sociais z‹-.ú.a-. '-.vw. -. . .¬.›«¡».-»¬›. - mo Revolucionário Francês - e o conceito criados de forma espontânea. Do 1905 a
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às realizações fzoncretas que se opõem às permaneciam rigidamente estratificadas. de Iederalismo autogestionário, que ins- 1917, eles se transformaram nas institui-
formas econômicas e sociais dominantes, e Com o advento do capitalismo, surge 0 pirou anarquistas como Bakunin, Kropo- ções mais representativas do operariado

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não às experiênr-ias de autoexclusão (co- segundo ciclo do pensamento utópico, tktn e Malatesta na formulação de proje- russo. sendo admitidos como interlocuto-
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que terá duas dimensões. A primeira ins- ›¬
tos envolvendo a criação de uma res legítimos pelo patronato e pelo Estado

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rnunidades alt(?i'nati\'¿is] ou àquelas que

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adaptam nos intersticios do sistema (coo- pira-se na ideia da necessária volta ao federação de comunidades autogoverna- czarista. Lenin conclarnou em 1917:
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perativas empresariais, setor informal), estado de natureza e à idade do ouro da das em substituição ao Estado burguês. “Todo o poder aos sovietosl". Após a Re-
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tampouco àquelas que nao contestam a humanidade, autêntica, harmoniosa e es- Ainda no séc. XIX, ocorreu o evento con- volução, a capacidade organizativa do vil

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proerninência do poder patronal fcoges- tável. Essa dimensão confunde-se, por siderado como dos mais importantes na Partido Bolclievique traduziu-se num ffl‹êé
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tão). A referência a autonomia, no sentido vezes, com uma visão nostálgica da situa- história das lutas populares espontâneas processo de autonomização do aparelho fil

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de autonomia no trabalho, também apare- ção pre-capitalista. As experiências cori- e autônomas: a Comuna de Paris. Os de Estado em relaçäo às massas trabalha- il
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cc na Sociologia das Organizações, na So- cretas também são diversas: p. ex., comu- acontecinientos de 1871 não resultaram doras. Na obra A doença infantil do Co-
ciologia. Industrial e nas teorias da admi- nidades alternativas de espirito de nenhuma ação planejada nem foram munismo (1920), Lenin preconiza a trans-
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ecumênico e coletivismo dirigista im- conduzidos por lideranças ou por organi- formação dos sovietes e dos sindicatos 3.

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nistração de recursos humanos, corno
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forma de destacar a possível capacidade pregnado de religiáo, como foi 0 caso das zações dispondo de um plano estratégico. ern correia de transmissão do Partido. O
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de o individuo tlefinir estratégias próprias missões jesuítas no séc. XVIII, situadas A Comuna caracterizou-se pela esponta- cumprimento dessa diretiva liquidou as šr.
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no seio da eniprffisa. Nesse caso, trata-se de entre o que é hoje o Rio Grande do Sul e šzl neidade de caráter fundamentalmente possibilidades de expressão autônoma do

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uma utilização equivocada e empobrecida a província argentina de Misiones (outro democrático e pelas ações que remaneja- operariado e deu início ao processo de x
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caso semelhante foi o dos Shakers, nos rarn, de maneira criativa, a administração degenerescência e burocratiração da ex-
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do conríoíto, na medida ein que destaca os


pequenos espaços de autodeterminação e Estados Unidos. no início do séc. XIX). A e o abastecimento de uma cidade comple- periência revolucionária.
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de intervenção no promfsso de trabalho. segunda dimensão inscreve-se na reali- xa, tendo, por isso, um valor simbólico 4. Após a I Guerra Mundial, as lutas
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colocando-os enganosamente em pé de dade capitalista, buscando espaço alter- que perdurou durante muitos anos. No operárias e sindicais sofreram um nítido ls.
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igualdade com 0 poder empresarial de nativo ou confrontação direta, como é o inicio do séc. XX multiplicaram-se as ten- revés, particularmente nas questões rela- Ê
controle e de definição do conteúdo e do ca so do movimento cooperativista impul- tativas autonomistas de enfrentamento cionadas ao controle do processo produtivo.
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destino da produção social. sionado por Robert Owen. da criação dos da ordem capitalista e do poder do Esta- Além dos fatores políticos, a concentração
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3. Existem muitos registros sobre falanstérios por Charles Fourier e das co- 510. Entre as mais interessantes, desta- da capacidade técnica e, especialmente, a
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experiências de trabalhadores livremente munidades libertarias, cujo exemplo mais Cam-se as ações levadas pelos shops adoção dos princípios tayloristas e fordis-
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associados ao longo da historia; da mes- próximo é o da Colônia Cecília, Comunitá Stewards comitees na Inglaterra, nos anos tas reduziram a capacidade de interven-
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ma forma, não são poucos os textos ficcío- Anorchica Sperimentcrle, que existiu no 1920, os conselhos operários no Norte da ção dos operários. As plantas industriais,
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nais sobre a organização mais justa da Paraná entre 1890 e 1894. No séc. XIX, Itália, após a I Guerra Mundial, os sovie- cada vez maiores, mais complexas o auto-
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sociedade humana. Thomas Morus, com observou-se, em todo o mundo ocidental, ÍGS na Rússia pré-revolucionária o o matizadas, fizeram com que a disputa pelo


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a obra Utopia (1516), inaugura o ciclo mo- a multiplicação de formulações teóricas e 4 Rätesystem e os Arbeiterräte, na Alema- controle tivesse que 1|ltmpas.~+‹u^ ii íunbito É
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fabril para situar-se na esfera global da compreendido entre 1946 ejinal dos anos 'Ê
duas primeiras décadas do séc. XX ocor- sobrevivência de uma populaçao miserá tI .
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sociedade. O cenário sindical do -pós-I 1970, e do argelino, de 1962 a 1965. As reram tentativas esparsas de emancipa- vel, sem condições de ingresso no merca-

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Guerra caracterizou-se, basicamente, transforma‹_;ões e as ingerências políticas, ção proletária, vinculando a organização do formal, revelou-se, rapidamente, como .‹. -_

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pelo desenvolvimento de praticas refor- partindo da própria esfera governamen- sindical às práticas sociais e culturais l 'L

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um fenômeno quantitativamente expressi-
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mistas que edilicararn o Estado de Bem tal, além da incapacidade de compatibili- ‹

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estimuladas pelos sindicatos anarquistas. vo e politicamente surpreendente: nele, a

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Estar Social. Os Conselhos Operários de zarem os interesses da complexa rede de A exemplo do que ocorreu rio resto do 1!
autonomia e a emancipação social deixam
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Turim (1919-1920] fz- as formas de auto- unidades produtivas, inviabilizararn a 1;zi mundo ocidental, as transformações do de ser ideais utópicos, realizando-se con- I~I

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olgaliizñção proletúria durante a Cllcrra continuação dessas experiências. Os prin- 5 aparato produtivo, somadas à imposição cretamente, ademais de todas as adversi- ÍÍ
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Civil Espanhola (1936-l939} são exem- cipios autonornistas voltaram a ser revita- do modelo corporativo nas relações in- dades materiais e das oposições ideológica til

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plos da dupla adversidade [interna e ex- lizados na França, na esteira do movimen- dustriais, reduziram o esforço lihortário à

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e política das forças econômicas dominan- _-_.
terna] enfrentada pelo movimento auto- t.o de Maio de 1968, tendo sido, inclusive, ação de pequenos grupos ou de personali- tes (Santos, 2002]. As múltiplas manifesta- t
nomista. Os Conselhos de Turim. incorporados como plataforma de luta
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dades isoladas, sem haver impactos signi- ções da economia solidária (denominadas, (
vê.
teorizados por Gramsci, pretendiam ser pela Contederation Française Démocrati- tirƒativos sobre o mundo fabril ou s‹›l›re as undo as particularidades, de "novo co-
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formas pernianentus de organização da que du Travail (CFD'l"). Trata-se de uma das esferas politica e social. Com a oxploszio

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operativismo”, "empresas recuperadas”,
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democracia a partir do espaço fabril. Dife- principais centrais do pais, que, entao, grcvista no final dos anos 1970, voltaram "empreendimentos autogestioiiános")

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rcntc-:menl.c dos partidos e dos sindicatos buscava implementar a luta pela constru- a cena. politica os principios de autodeter- apresentam resultados positivos, que väo rt
- segundo (fšrainsci, “organismos criados ção do socialismo, contraporido-sv, de riiiiiaqão e do ai1to‹:oi1struçào de instân- muito além da geração de trabalho e ren-
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ii
no tci'r‹';nO da d‹¬i¡1‹›(trar;i¿-1 l›urguesa" -, OS maneira explícita, à via leninista do cen- cias organizativas e representativas dos da, fomentando práticas cidadãs, a cons- I
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(lonsellios scriani a base do novo podcr tralismo estatal. Na Itália, 0 autonoinismo trahalliadoros - princípios que aiiiiiiamiri ciência e a responsabilidade ocológica e, 'I'_l P
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industrial ‹› da ziconontia popular (Grams- reapareceu nos anos 1960, tendo sido teo- -.1-4‹. .z. , os primeiros anos do Novo Siiiilinilisrno, (_ .
sobretudo, a solidariedade, princípio in- fê-
‹'í. 15981). Po1‹'›ni, o controlo técnico da rizado, em grande parte, por Raniero Pan- em especial, buscando a ‹'riaçf'u› do contis- dispensável para 0 avanço civilizador. Em I
]Ji‹›|iuçao nao foi r¬ulicieiitf› para se imple- zicri tr, d‹2poi*;, por !\ntonio Ncgri. As ideias soes de fabrica. Mas é com o ag1'avam‹':1ito especial, após a realiztiçëiti do Foruin So- :¡.,

riimitzir um ¡›rot'‹fsr.¬u do lraiislorniaçíio da divulgadas pela revista Ouaderni Rossi das desigualdades, no quadro rr›,c‹-ssivo e cial Mundial, cm Porto Alegre, em janeiro
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totalidade da sociedade, do modo que o formaram uma geração de militantes que, de dcseniprego estrutural da de‹1nl.i de de 2001, as experiineritaçoes levadas iso- (
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projeto autonomista esharruu na incapa- a partir dos anos 19?O, passou à ação po- 1990, que ganha importância a cr;onornia
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ladamente em diferentes paises passaram
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cidade de so aliarcar 0 conjllnto da produ- litica, depois à ação revolucionária e, por '¬<;ti.'‹~.«-z.-zs.f›'.¿i - solidária. (J domínio ideológico e politico a ter articulações internacionais, fazendo (. ., `
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ção social (Farias, 1987). Por sua vez, o fim, aos atos terroristas {Canevacci, 1985). ii.fi do neoliberalismo fomentou o individua- com que a economia solidária se apresen-
sucesso efrfâinoro das organizações autô- C) fracasso e os equívocos dessas experi- if lismo, ao mesmo tempo em que forçou o tasse como alternativa factível em escala
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nomas dentro de uma ótica colctivista na ências não arreiecerain o espirito liberta- erifraquocimento das forças sociais do tra- planetária (Cattaní. 2009).
Espanha Rcpublirrana foi possível on- balho. À resistência sindical e ii nmltipli-
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rio. As duas últimas décadas do sec. XX


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quanto o país vivia a situação de guerra, viram o reflorescimento de um sem-nú- Cação de novas instâncias de r1iobilizf.agä.o
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1 .

e
Referências
com suas indú~lini‹¿(ie.«; politicas e legais. mero de iniciativas em todos os paises 5015511 (especialmente por meio do ONGs) iãz
äé CANEVACCI, M. A experiência da autonomia

i:=: :i;i:
Ve1irerloi'as, as forças direitistas e a rc- economicamente avançados, agora sob a somaram-se iniciativas de construção de z1
Ê

operária na Itália. Desvios, ri. 4, jul. 1985.


pressáo franquista lançaram-se contra 0 bandeira da economia solidária. formas não capitalistas de organização da (LATTANI, A. et ol. Dicionário J'm'ernacionnl do
' outm H‹:onomi‹1. Lisboa; Almedina, 2009.
movimento, dcinonstrando a feroz oposi- 5. No Brasil, as ideias autononiistas tive- Produção. Em pouco mais de uma década
ção das elites conservadoras a qualqiicr surgiram milhares de ernpreendimentos FARIA. J. H. Comissões de fábrica. Curitiba:
ram pouca adesão popular e foram neutra-
v
Criar, 1987.
experiência libeitária {Santillan, 1980]. lizadas pelas práticas tutelares das elites envolvendo centenas de milhares de tra-
GRAM SCI. A. Conselhos de fábrica. São Paulo:
`s
/tpos a ll Guerra Mundial destacam-se dirigentes. As poucas realizações concre- balhadores regidos por principios de uma Brasiliense, 1981.
«luas experiêii‹2'i¡is de oigaiiizaçäo produ- tas orientadas pela ideia de emancipação ; "Outra economia” (Cattani, 2003]. O que SANTILLAN, D. Orgonisino eco1iôrm'co da re-
i;

tiva autogestionária -- porém, implemen- inicialmente foi entendido como apeiias roluçúor a autogestão na revolução espanhola.
social são encontradas no cooperativis-
São Paulo: Brasiliense. 1980.
tadas de forma trwnocrática pelo aparelho Uma tentativa de desenvolvimento de uma .~_w.-47|. .-4`‹._-.f4‹›‹
`-..‹-vw»._.-.,
mo e no mutualisnio implementados na
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jr-.›,' S.›^›..\'TOS, B. B. Íorg.). Produzir para viver. Rio
de Estado. 'l`11~zta-sc dos casos íugoslavo, região Sul por imigrantes europeus. Nas ' €Cunoniia popular destinada a assifvgiirar' a de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. i
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"-- tais descobertas destacam-se: a das célu- pesquisa resultou em um banco de dados produtos como butanoi, acetona, glicerol,

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Fabrício Monteiro Neves
las, por Hooke, em 1663; os estudos de he- do materia] genético humano responsável ácidos, enzimas e metais. Também há um

o!"4;
Leandro Raizer
Mari Cleiše Sondaiowski reditariedade, feitos por Mendel, ein 1863; pela formação e funcionamento do orga- grande campo de aplicaçoes para a bio-
= illlsiàjÍe:;ri:i;iõ;;ii:iiFi!+iÍÊtr;i
a descoberta do DNA (ácido desoxirribo- nismo. Os esforços atuais concentram- tecnologia nos setores energético e am- -.».Tí
.-. f"_Z.'
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1. Biotecnologia Ó um conjunto de técni- nuCléiC0], por li/liesche, em 1869; e a pos- so na compreensão da função específica ip":
iiá;;!il;;Í;;:i;i!i:Íiiií:i iiíiiiiii
i;r: *sr: E:uÉi ííi liE: ir Í l;:: EEi! i i:ii
=i:i;;i;É!::ii5;ii;gÉiiíir;ii:iii;i:I:

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biental, por meio da produção de biossen-

;s::!+;::i.!3t+t=?LÉtzi+ii1i"e
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cas, que através do conhecimento de vã- terior comprovação. por Avciv, em 1943, de relacionada a cada sequência. Os resul-

l:
sores, etanol. biogás e biodisel, do

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rias ciências e áreas aplicadas (Engenha-
11 tados dessa fase são os que atraem mais

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que a transmissão da liercditariedade das tratamento do petróleo e lixo e da purifica-

i:;i ÉE:;i : i=.;


:::i;==! il;;: : t:';j;il ;;iii ili;:i;

ii:ir;jíi::l-
ria Genética. Quimica, Informática, espécies estava ligada ao proprio DNA. O interesses de setores como a medicina e ção de água e residuos. Também na área .z.-1.-- .›‹zu¬»-›¡-az.
Matelnática, Bioquímica, Biologia etc.) ápice destas transformações ocorreu a indústria farmacêutica, na medida em da bioinformática, além das contribuições fé
permite ao homem a manipulação de quando, em 1953, W'atson e Crick revela- que potencializam o conhecimento sobre da computação para o mapeamento e a

t: ii:
¡

agentes biológicos para produção de a].i- ram a estrutura de dupla-hélice du DNA. 0 funcionamento do corpo humano, o que analise genética, registram-se importan-
mentos, bebidas, energia, produtos farma- Esses marcus históricos viriam a incidir provoca também mais indagações éticas. ç

ii
tes avanços que apontam a possibilidade

"
cêuticos, purificação de água, tratamento nas pesquisas atuais em Biotecnologia, O impacto da Biotecnologia moderna o de construção de computa‹lort~_›s de alto l
de resíduos, produção de armas biologi- principalmente no que se refere à técni-
ii,, 0 drzsenvolviniento do vários subcampos desernpcnho baseados em estruturas de 1

;i: i;i :t : ii.i;,;:


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cas, tratamento de animais e plantas ca de transgenia, ou seja, a possibilida- especializados atingt-_-.m os setores mais

ii;ii,,;:;: :;:
memória e de processamento similares às
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transgônicas etc. Assim. biotecnologia de de alteração do material genético dos diversos da economia. causando mudan- dos soros vivos.
pode ser considerada como “toda aplica- Organismos. 'lol procedimento é O quc se 1 ças significativas na produção e organi- Outro setor que tem sofrido grandes

='ii:;li!:l;;iiiiÍ::i;ãií
ção tecnológica que através da manipula- convencionou cliamar de biotecnologia zação do traballio. Na agricultura (green impactos graças às inovações na biotec-
i ; i= i :; i ;ã

ção de sistemas biológicos, organismos moderna. A partir da década de 1970 es- bioleciinologyl, destacam-se as transfor- nologia 0 da saude (red biolecimologyl.
vivos, ou de suas dvrivaçoes, modifica ou sas pesquisas passaram a receber vultosos ma<;F›‹~s geradas pela chamada revolução l`)‹>stacam-se novos e poderosos antibióti- ¡,
i:tt;,

: =;i
cria produtos ou processos para uso espe- financiamentos privados e estatais, que V<"fl7<“, que. juntamente com o uso de no- 5.6'
cos, liorniôiiios e outros produtos farma-

ii;:i

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cifico" (Convenção sobre Diversidade. ‹linami7.aram o Iriaflrx ‹_^¡r">ncia-teCnol<›gía- vas biotecnologias, alterou radicalmente cêuticos, vacinas, reagentes e testes para
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«avr-

Biológica, ECO-92, Rio de Janeiro). Cro- inovação, resultando om produtos biotec- a forma de produçao através do uso de diagnósticos, além dos avanços alcança- F"-'Q.t._'
¡
nologicamente, o uso da biotecnologia di- nológicos inovadores que repercutem, de adubo composto, pesticidas, silagem, mn- dos em novos tratamentos (como os que

;;i t!tr;=ir*i; õ;=


vide-se em duas fases: a clássica, marcada uma forma ou de outra, em outros siste- das de plantas ou de árvores, seleção de utilizam células-tronco). É também nesse -aos
:-2
pela produção de alimentos o a seleção de mas. Exemplos dessas rfzipercussões são f*Sp€*ci1i1es mais resisteiites etc. -- desta- setor, graças ao mapeamento genético re-

: :;: iiíj i:íi;ii!


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espéciines e animais com caracteristicas as legislações de hilissegtlrança, a regu- Cando-so, mais recentemente, a criação alizado pelo Projeto Genoma e pelo de-

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;...,.;_..,;.‹¬' ._'-;.¬. ., . .› ii:
desejáveis; e a moderna, que apresenta lamentação e apli‹°a‹,'¬¡`âo de legislação su- -1 9 hrod1'1‹;ão in vitro de organismos geno- senvolvimento da Engenharia Genética, as
i: iiÍ ;: ;:i; ; i ;

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grandes avanços e inovações em diversos pranacional de propriedade int‹;:lec1.ua] e iii_; _¡ ticamente modificados. Estes últimos, que está se verificando a possibilidade de

j ii: ; ;:s;
iii; íj : ! ; : ; í

1
setores, com a manipulação e produção patentes e, não rm'ui(›s iinporlanle, as pró- .¿i lflfltamonte com a engenharia genc':ti‹:a identificação, isolamento o manipulação
através de engenharia genética, clona- prias discussões a respeito das consegu- äplífiada à produção de embriões e ani- dos genes causadores de doenças, defor-
i r,I;i;i iii

í
gem e transgenia. ências de tais técnicas sobre concepções à mais transgênicos, vêm gerando profun- midades e infecções e dos detinidores de ›2¿'
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2. As primeiras aplicações biotecnologi- dfiã H polêmicas mudanças na economia ck =
do que seja a vida. atributos físicos e psicológicos, além de
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cas datam de 1800 a.C. e consistiam no Essa área de pesquisa envolve técnicas figfímlér e pecuária mundiais. Entre essas surgir a possibilidade crescente de se rea-
uso de leveduras para fermentar vinhos e de clonagem, ou soja, a obtenção de in- É* muddnças, evidencia-se o surgimento de li:/,arem clonagens de seres humanos. 4
3
ay
pães, na utilização medicinal do coalho de divíduos idênticos geneticamente, sendo :¿, Qfändes corporações transnacionais que Mais recentemente, a Bioinformática
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soja mofada como antibiótico no tratamen- um dos marcos da pcsquisa a clonagem da detêm parte significativa do mercado de apresenta-se como um dos campos mais
Fê_;1
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Sementes 0 de insumos agrícolas. i
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to de .tumores e do ciisântemo em pó como ovelha Dolly em 1997. Em 2000 foi anun- III
promissores das biotecnologias (Lc-ask,
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inseticida. Essas técnicas não envolviam ciado o término do sequenciamento do ge- Já na indústria química [while biotecn- 2008), cm função de suas implicações no Í.
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a intervençao ou alteraçao do material ge- noma humano, um projeto que envolveu HOIÔQW destaca-se a redução na quantida- campo da biologia rnolecula r, nos sistemas
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nético das espécies; descobertas cientifi- 18 países e consumiu aproximadamente rf
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de dt” insumos utilizados, graças ao uso de de inteligência artificial e na produçao de
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ANIUNIO D. CATTANI 3: LORENA HOLZMANN DicioNÁR1o DE Truta/›.i_i-io E Ts<:r×=o1.oGiA

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aos interesses de todos os individuos ini- localizam para além da ciência, área de

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biocomputadores {ou seja. sistemas híbri- humana para além das suas funçoes utili-

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dos no qual interagem elementos orgâni- tárias ligadas à mera sobrevivência; c) A *Í plicados e serem por estes aceitas. incidência majoritária do conhecimento

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cos e sintéticos). terceira é a posição humanista. Enquanto 4. O conhecimento biotecnológico ino- biotecnológico tradicional produzido em
3. Dianteda abrangência e complexida- 0 modelo apresentado por Hans .lonas derno e a forma como é praticado e apli- Mode I _
de dos temas abordados pela biotecnolo- parte do princípio da responsabilidade, o cado corresponderri a quadros conceituais A análise do surgimento dessas redes,
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gia, o seu desenvolvimento cientifico e debate apresentado por Habermas (2004) que emergiram em contextos interdis- denominadas. por alguns autores, de redes

; ;.ii á; ili:i:
tecnológico passou a ser acompanhado de está centrado no principio da discussão. ciplinares que buscain dar conta dessas sócio-técnicas [I.atour, 1994), fornece-nos

ii
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um crescente questionamento ético sobre Diferentemente do modelo anterior, que transformações na pesquisa. Duas dessas subsídios para apreender as transfor-
i1: e==ii.;11= :., r I i i É íi;-:;2;; t: +: i
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a responsabilidade e os procedimentos preconiza o medo e a renúncia em frente formas, os modelos do Triplo Helix e Mode mações operadas pela incorporação de

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adotados pelos cientistas. Tendo presentes às possibilidades que as tecnologias apre-
ei 2 {Gibbons et ol., 1996) ganharam mais conhecimento biotecnologico em várias es-

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os diferentes tipos de críticas e de pers- sentam, a terceira perspectiva tenta refle- Li

notoriedade junto a sociólogos, economis- feras produtivas. No âmbito da agricultu-
› ‹.
pectivas relacionados a esta temática, 'Ta- tir sobre esta qu estäo de modo mais abran- tas e politicos, Os dois modelos têm em ra. por exemplo, as redes envol.ven1 atores
guieff (1995) destaca a oinergência de três gente. Para llabermas. a preocupação comum o fato de proporeni mais proximi- coirio: eniprusas biot‹›ciiolo‹_Tli‹í'as trêuisiia-

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posições, nas últimas décadas, acerca des- com as biotecnologias não implica renún- dade entre universidade. indústria e go- cionais, detentoras degrandes1oli‹›r.1tiÍ›rios

3! iu,íi,i

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ta questão: a) No posiçao tecnicista, o sa- cia aos postulados da razão prática en- verno. O segundo modelo porte ser usado e patentes de insumos agrícolas; politicos

iii
íi!:: i ,i;t, i

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ber é tomado como um poder sem limites; quanto princípio orientador da ação hu- 'z-.-:-3
-.Lú para entender ei forma de produção da bio- comprometidos com distintas orientmƒies
mana, mas esse postulado é colocado

i?iiEiirlit+::
a vida humana é apresentada como sinô- lE(Íll(lltJQli¬l l`l]ÍNl(*]'l]d OIT] (.`O1`llI‹15l.(š ÍÍOD1 6 éticas e demandas da sociedade civil
É

diante das mudanças tecnológicas a partir clássica lcliéunadéz pelos autores do Mode

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nimo de matéria, constituindo-se em um organizada em torno do tenra; cooperativas

;
; É:

conjunto de eleirieiilos a serein manipula- da ética da discussão. Desse modo, a refle- 2 do Mode I). Nosso sentido, à produção dc agricultores, o1'ga1ii;¿aç‹Íir~s não gover-

1
:i::
dos livroirieiito, do acordo corn os desejos xão, a arqumeiitaçáo às a ação coinuni‹:at.i- lJiotccnol‹'igicn atual d¡'i~se t1'a1is(li.scipli- namentais nacionais ou iiii‹`rn‹icionais

i:
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va que pei¬passam os comitês de ótica e nainientc, em oposigáo a forma rnonodis-


É

variáveis de certos individuos dotados de G c‹JTp0 lécni‹¬‹›-l1uro‹raticri i't:\¡›‹›r:.=;¿š\'‹'~l

i',ti:
poder de decisão. Sou imperativo técnico- bioética dos grupos envolvidos direta ou riplinar ou multidisciplinar do _Mo‹z'‹: 1. pela regulação da aplitacào ‹- .i\*.:tio‹)'ä‹)
i :E ãi ÍÊ :r ; ; ;iÉãE Í i ; i É

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científico enuncia-se tora de toda preocu- indiretamente nas pesquisas e aplicações Essa produçâo cai'actcri'1.a-se por sua ins- do impacto destas trovas |Jio1‹zz'nolr›gias.

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pação ética; bj A posição abstencionista das novas tecnologias são centrais a fim tittirfiriiializagãri em contextos externos ao l)<*st‹irtc. cibrígando diftrrvnti-ts int‹:r‹~sse5

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de se pensar o desenvolvimento dessas universitário, ernliora este continue ainda

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zteteiide a tese do principio da responsabi- e argiiriienllis, a ii1‹?‹irj)‹›1'¿ii;ã(ida lii‹›t.er'i10-
lidade para esclaiwíer as demandas éticas, técnicas. A deliberação não se apoia em como locus de produção, ainda que não loqia à agricultura tem prod:i:¿.i‹lo mudan-
í;i;i irl,,=;;;ii:i

por meio da existência e da transtorniaçao principios univcrsalrnentt-: estabelecidos, exclusivo. O inodulo do rode surge conto ças no modelo de o1'gariiza‹¿íio do 11'-.iballio
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;
E conceitualmento relevante na medida em
mas parte de casos analisados, tendo por
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do agir huniano. Para .Jonas (1990), tal e da produção neste setor. O rn‹›d‹~>lo emer-

:
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processo impele, obrigatoriamente, a urna objetivo traçar uma política da açâoi Ha- 'lue essa nova turma de produçao dá-se gente, coiiceituudo como agronz-g‹.'i‹'io,

:
transformação do conceito de ética. Dian- bermas (200-4] questiona se há. alguma Dela iritei'a<_;ão de diversos atores, locali- prioriza a produção inecanizéâda em larga

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te do desenvolvimt-:nto tecnic‹_›-cientifico- possibilidade de autonomia e moral em zados om contextos variados (mercado, escala, com inclusão de te‹fiiologi.z'z alta-
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industrial, temas como a explosão demo- uma sociedade pós-moderna, fragmenta- 9'°\*fi'1'f1o e ciência). De‹:orrr: disso a en- mente solisticacléi, voltada para o rrirânrado
gráfica, a catástrofe ecológica e a da. na qual não é possível constituir uma traria de novos agentes na dinâmica de inteinacioiial. Esse modelo entra ein con-
transformação do indivíduo em objeto com vida ética absoluta. Da mesma forma, o Droduçíio de conhecimento, o que muda llito com uma organização mais tradivioiial
ji; *i

base nos controles genético e comporta- acordo em relaçäo às normas somente é Processos (como avaliação por pares, a da agricultura, de base Íümilior, que dá
mental são cada vez mais debatidos pela viável a partir de uma discussão publica fltifll passa a incluir instituições de bioéti- pI'Ín1aY,id à piotlugáo de slil'›.=.Íst‹Í›iicia e às
g?í iã;j

sociedade, la'1.endo transparecer um senti- que seja realizada de forma intersubjetiva. Cd. controle sanitário e impacto ambiental, denianclos locais. Os produtos l3lote‹ƒiiolr'›-
mento de angustia e ansiedade. A alterna- Esse procedimento é regido por dois prin- 1: q“1l¬0s de defesa do consumidor, empre- gicos, bem corno 0 conlie‹'irri‹-ntri tjemclo
É=;:

tiva proposta pelo autor está centrada na cípios fundamentais: a discussão, cujas ¬__' sários e politicos, entre outros). O conheci- liessd área, refor‹¿‹1m 0 z1groiâ‹:riúr_'i‹;›, uma
heuristica do medo. Não basta assegurar o normas somente são validados quando mento bi0l‹3‹:¡10lÓgic‹) emerge então corno vez que configuram um morlclri dz-, explo-
tw
futuro físico da espécie humana; é neces- tomadas públicas, e a universalização, por um Produto problemático, pela heteroge- ração intensiva de carater produtivista,
i;

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sário preservar e r‹.›s;witar a integridade meio da qual as normas possam satisfazer neidade de agentes interessados, que se buscando o niàxinio de resultados no
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Drc1oNÁ.R1o DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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Ar×='roN1‹“› D. CA'r1tAN1 & LORENA I-1or_zMANN

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ligados. Para Castells (2000: 498) “rede é vi

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dos e levadosfao mercado. Este conjunto estao localizados dentro de um único país.

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curto prazo. Os dois modelos. marcados

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por uma grande assimetria de poder, estäo de atividades econômicas - sucessivas e um conjunto de nos interconectados". Nas O uso do termo regional tanto pode reme-

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integradas funcionalmente - envolve uma análises de rede, os “nós” podem ser indi- ter a contextos subnacionais como a regi-

Ê
em permanente conflito, especialmente no
que concerne às novas biotecnologias e a diversidade de atividades de trabalho que víduos, grupos, empresas ou organizações. ões continentais. Entretanto, a cadeia de

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í[;iiiiiiii il;; ;: : ai ::,=i: iii íi:; ;iii


sua aplicação. adicionam valor ao produto ou serviço. Nesse tipo de análise enfatizam-se a po- valor realmente “global” surge quando os
Para Kaplinslcv Sr Morris (2001) uma ca- siçâo do no na rede, as conexões entre os nós conectam trabalhadores, empresas e ;_`. I`.Z.".l¬'". .` .'I ¡E"
deia de valor compreende quatro nós prin- nós e seus respectivos conteúdos (trocas É
Referõriciäs países de mais de um continente. Í: I
cipais, implicando cada nó em um pro- ~.-mr...l‹›z_.~ ».«, ¢",.z¬N.`_ , tangiveis ou intangíveis). A aliordagem de 2. Hà urna diversidade de termos usa- F
BOWEN, David ct ol. Understanding Biotech-
cesso de trabalho e de produção de valor Ê rede investiga o padrao das relações nela dos para descrever as complexas redcs de

st*

ã
nology. Nova York: Prentice Hall, 2003. É
1 mesma, as estruturas e os conteúdos das
GIBBONS, Michael et nl. Tire new production of (Marx, 1975), com suas divisões internas e trabalho e de produção que configuram a

E
lrnowledgc: dyrlamics ‹›Í science and research in conexões (cooperação ou subordinação),
especializações. O primeiro nó envolve as economia global. Todos partem da ideia de

;:i:
a
coriteruporary socitâtios. London: SAGE. 1996.
atividades de design (sentido de projeto) além dos conteúdos mais amplos em sua que as atividades econômicas que inte-
l-lABERl\'1AS, Jr'inge1'. O luluro da natureza hu-
ou de concepção do produto ou serviço; inserção em ambientes políticos e insti- gram as diversas cadeias de produtos estão

;;ii:;;;i
mano. São Paulo: Martins Fontes. 2004- 159 P~

f ; ;, : ; i iÍi=.iti
JONAS, Hans. .Lv principe responsnhilité. Une o segundo. compreende as atividades de tucionais (PoweIl; Srnitlr-l`)oer, 2005]. En- distribuidas entre trabalhadores e empre-
.-›‹.z¬à,`. -,M;.‹-.›
etlriqtm pour la rfivilization tcclinologique. Pa- quanto o termo ajuda a mapear a sequên-
produção ou manufatura, tais como, logís-
l sas frequentemente localizadas em paises

íp ; : :;
ris; Ed. dt! Curt, 1990.
Ll\'l`(`1tlR, B. .Iormris fomos modernos. Rio de tica interna, transformação dos insumos e Ê' cia de nos necessários para levar o produto e continentes diferentes, rnoldando redes
Janeiro: Ed. 34, 1994. erripacotamento; 0 terceiro nó envolve as até o consumidor final de forma linear, o globais de produção ou cadeias mercantis
E ví
..»
LlíSK, Arthur. |'rrrroducrion to Bioinƒormalics. 3. atividades de cornercializaçáo e de ma- termo rede -- redes de produção, redes in- globais. Bair (2009) afirma que nas últimas il
od. ll.'~`.Az (Jxtord Univ‹=.rsity Press, 2008. lí
rketing, com destaque à criaçao e à gestão terempresas ou interorganizacionais -- aju- duas décadas acumulou-se urna imensa
l\'l,/\.RTlI\“lí, (1 ; CASTRO, C. de M. Biotecnolo-
gro ‹› ›:‹r‹;'i‹›rlrrrle: o caso brasileiro. Campinas: da marca; o quarto no está relacionado ao da a entender as ligações entre os atorcs literatura sobre redes de produção e de co-
llf\`l(.`A."›iP; S¿'1oPúul‹›;Al.MED, 1985 consumo tina! e à reciclagem da mercado- cconôrnicos dentro de urna ‹'onfigurfrção mércio internacional e argumenta que tais

:"=i?: i;ti : C:;?3€âiióE


,ir
Pl~2EN'l`lS. Steve. lliotechnology - A Now ln- socioeconômica mais ampla. t,_,
ria, envolvendo atividades que dão supor- redes foram descritas primeiro como com-

: i;,
dustrial Rr-volutiorr. Nova iorque: George Bra- r., i
te ao consumidor final. Para Kaplinsky & Os diversos agentes econômicos que modity chains, depois corno global com- :'~.
Zrllel, 1984. r
TA(3Uil¿F-F, l`i‹›rre-Artrite. Uespoce de ln bioé- l\/lorris a produção ou manufatura ape- tfonformam uma cadeia de valor, em geral, modity Chains e reccrrterrrente como global 11

Ihiquc. Esquisse d'urr‹z: problématisatrorr. Res estão inseridos em redes sociais e erroriõ-
nas uma etapa dentro de um conjunto de value chcrins. Corno um construto teórico.
Publica, Paris, n. 21, p 30-7. 1995.
atividades que adicionam valor. ~«H
›-_. ¬=-~._vr‹¬-«.w¬fsJ=úun»--f micas interagindo corn outros atores. Es- a cadeia da mercadoria busca r-:ntender as
Ê

i : i,;
TRIKSLEEÍRO. l\'1i‹¬helangelo G. S. Clone Prome-
A cadeia de valor tem um significam) ope- SBS agentes podem estar ligados a outras transformações advindas da globalização.
teu; A biotecnol‹›gia no Brasil -- uma aborda-
gem para a avaliação. Brasilia: Ed. UnB, 2002.
racional para 0 capitalismo em termos de
i, Cadeias ou interagindo com outras organi- A autora sustenta a existência de três
: n?4;: ;bi,i,i!i

agregação sucessiva de preços, mas neste 'z 7-ãções dentro de um arranjo produtivo lo- abordagens que constituem o campo de ,. .

CADEIA DE VALOR verbete dar-se-á ênfase às relações sociais Cãl ou regional. O conjunto de atividades estudos da cadeia global da mercadoria ou
: i : ! t : a íj ír t

de produção, assim como às relações so- ‹; de uma cadeia de valor particular. (1 priori, de valor. Primeiro, a análise da cadeia da
4,
Paulo Ferzrandes Keller
É

ii ::!
É

cioeconômicas e políticas entre os diversos


l 17069 estar contido dentro de uma única mercadoria que enfatiza uma abordagem
: ãi: ii

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1. Cadeia de valor ou Cadeia da merca- atores econômicos envolvidos, seja no in- empresa, verticalmente integrada, ou es- macro e de longo prazo na tradição do
doria compreende o conjunto de ativida- terior de cada nó, seja entre os nós. Cadeia
t
s Íöf fragmentada entre diversas empresas “sistema-mundo”. Segundo, a estrutura 2,
des econômicas sucessivas e necessárias de valor diz respeito tanto a uma relaçäo Íefipecialízadas). As atividades podern ser analítica da cadeia global da mercadoria
í

técnica e monetária quanto a uma relaçäo '?~ executadas numa mesma localidade ge- desenvolvida por Gary Goretti e parceiros,

;;jtti:
para levar um produto ou um serviço, des-
5

,li
de sua concepção, passando pelas fases de social e politica entre formas de trabalho Otlráfica ou estarem dispersas em áreas conjugando abordagens da sociologia eco-
E *«111-‹-›* ¬›‹«›«-z.
e de produção envolvendo diferentes tipos m¿liS amplas (sejam elas nacionais, regio- nômica e organizacional e dos estudos de
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É

produção ‹_› comercialização, até o consu- a

midor firral. Também definimos cadeia de dc trabalhadores, organizações empre- nãís ou globais). A cadeia de valor nacio- desenvolvimento comparados, Terceiro, 3
'vvvs-v.t_z,r.
sariais e países. Ela é urna forma de rede Fr "Ô1 Ele um determinado produto é aquela análise da cadeia global de valor que
valor corno a sequência de processos de
trabalho o de produção de valor na qual linear (Olaveg Amato Neto. 2001:_298). Os 5:
i
na qual todos ou parte importante dos nos constitui a variação mais recente surgida E1
ir,¿.
*.-
E 51165 respectivas atividades econômicas partir dos desenvolvimentos anteriores da B:
bens e servicos são concebidos. produzi- termos cadeia de valor e rede estäo inter- É
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Hopkins e Wallerstein (199./-1) enfocararn o

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des avançadas (core busmess] dentro dos além do fato de que o termo valor abrange

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cadeia global da mercadoria. Bair apro-

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i i ! i i : i i ? i i i ; i : ; :, ::1 it
funda as similaridades e diferenças em poder do Estado moldando o sistema de nós particulares, assim corno promovem a o sentido de valor adicionado das ativida-

Ê
i Ê ii i ; ; , i ; : ; ; :
cada uma das três abordagens com seus produção global, Geretfi (1994), ao revi- coordenação do processo interativo entre des de trabalho e de produção ao longo

'i;iiiiÊ
respectivos autores e escolas de pensa- ver o conceito commodity chains, passa a OS diversos nós. Gerefii (1994: 7) sustenta da cadeia e a questão da produção e da
mento. Aprotunda também a historia de dar ênfase às estratégias e ações das eni- que as cadeias de produtos possuem três apropriação do valor gerado pelo esforço
‹:a‹la construção teórica assim como as aii- prcsas no contexto da globalização e da dimensões principais: al estrutura de in- humano.
nidades disciplinares e teóricas. liberalização comercial. O loco de Goretti sumo-produto - sequência de atividades Até a segunda metade do séc. XX, as
Dentro da primeira abordagem aponta- (1994, 1999. 2005) nos atores econômicos econômicas interligadas, envolvendo pro- cadeias de produtos estavam internaliza-
da por Bair (2009) destaca-se a contribui- ein suas relações o inter-relações de poder dutos e serviços, que adicionam valor (ca- das dentro das fronteiras organizacionais
çäti de Hopkins e Wallerstein (1994: 17) e na questão do poder relativo das empre- deias de valor agregado); bl territorialida- de corporações integradas verticalmente,
que cunharain o termo commodity chains sas aliliadas e parceiras surge em função de: dispersão ou concentração geográfica quando a estrutura de poder da cadeia era

i.:;: .1,l.ri;=ii!:
(cadeia da mercadoria) ern seu artigo do habilidade restrita do Estado no con- das redes interorgani7.acionais; c) estru- sinônimo de hierarquia corporativa. Na
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=iz;ii
"(;`onirnodity Chains in the World-Eco- texto neolíl›t=.-.ral. A abordagem da cadeia tura de poder ou governriiiçrt -~ relações medida em que as cadeias de produtos fo-
. ;.-.ó. .
noiny Prior' to 1800". publicado em 1986. globai da mercadoria desenvolvida por de poder entre os agentes t»-‹,:‹›nôrnico5 ram se tornando cada vez mais globais e
'

‹lr›:íiuirid‹›-o como “urna rede de trabalho ele cm meados da década de 1990 tomou- (empresas) determiiiairtto cotno os diver- em que os vínculos internos passam a ser
:i 't, , , l,ii: ., ,i :-:; i\''::il

e pro‹;os.=;os de produção cujo resultado se a referência principal nesta literatura. sos recursos são dislrilniidos te, principal- externos (via Subcontratação internacio-
;:; íii,r:

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Esse autor define cadeia global da mor-
final rë um produto acabado". Esses au-
j IIIEHÍG, CUITIO (JC0l`l`(3 U ])l'()(`(-*SSH Fil? (`l'lä(s`ÕO nal), a estrutura de comando ou de poder
tores apontam que 0 conceito cadeia do cadoria como "‹'onjuntos de redes internr- c de apropriação do valor. tornou-se poça fundamental na coordena-
ganizacionais agrupados em torno de um

i ;=1i
uit':1^o‹lo11`o teria por objetivo mapear as Gerefli, Korzcnicwicz sz l(‹›r2.‹.-riiewicz ção administrativa dos sistemas produti-

=
.cri--_-â .articulados às diversas cadeias, re- produto ou mercadoria. articulando domi- Z.-Ji-.-L
`_l`- _,.-ú.›"‹'› .'›‹ (1994: 13) argumentam qtitrz 'As cadeias vos globais (Gerclfi. 2005).

.i:;;:;
cílios, empresas e Estados entre si no into- globais de mercadoria nos ptxrmitein focar A abordagem da cadeia global de valor
?

wzlzzi .i:.pucto:¬' importantes da divisão e da

=i;ii;:;i::i;;l::;:Êr
rm..t¡_|.zt_..‹› tic: processos de traballio 0 do riot' da t›‹íonorni‹i rnnndiol". Rcssaltti que 6 criaçíio e a distribuic‹`‹io da riqueza glo- adota a metodologia de rede para enten-
pi‹.‹šu‹\‹io, m=nnt‹:›r'ar os desenvolviinentos essas redes são construídas socialmente bal como estando incrirporatlas em uma der a economia global. O objetivo é iden-

;;:,;:; Í ;:€ É; ; ;: :F ii
:. ;)1,i: i;:ti:i=,.i :X;

:°-ii
rzmistaritos e ri transformação do sistema c intogratlas localmente, Em suma, as rc- 1; ; i ; I :i i : ; .1- Sequéiicia de atividades multidimensio- tificar os atores principais e as complexas
de ¡›r't›‹l11t`‹i‹› na economia mundial. Kor- des que tormam a urdiduru das diversas fiais e de múltiplos estáfilios, ao invés de redes das diversas cadeias e de que iorma

i;ii; ; i i j ;;i;á;É;g
.-Í”¡f›‹ _ _. _."_`.\ta.v"`a¡ "~`a='|"°.`"§É':i=" `
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cadeias do produtos estão cnraizadas no tcstririgii'-se sornonte à industrialização. o poder É: exercido. Dicken (1992 apud
i'
;;t‹i1i‹-twic/. C l\flort.in (1994) arguincntani
Nesse sentido a abordagr-em das cadeias
::iili:

rpm a ‹p.n;~st.¿'i‹_› central. cm qualquer inves- tecido social. Sturgeon, 2008: 2) argumentou que é a

;:;; :ÍÉ i: i;j ; É:


tšgaçâio da uconornia mundial, Ó 0 concei- A contribuição de (Jú-:refii tem p‹›rrr|iti- Qlübais do rnercadoriias fornece a base to- integração funcional das atividades inter-
do avanços importantes, partictilarrnente Órica e metodológica necessária para uma
=

to de divisao internacional do traballio. nacionalmente dispersas o que diferencia

ii,,i:!ãi?á: :ã
por causa de seu toco nas relações de po- análise mais sistemática de processos mi-
i' : ?'

Í-t-‹_;nn‹l‹1 ostrés autores. o ‹:on‹1'eito cadeia a atual era da globalização da anterior era
ao ¡ii‹_:1'c‹›‹l‹'›r¡u foi introduzido visando der que estäo embutidas na própria aná- CY0 e macro no interior de urna nova eco- da internacionaiização, que foi caracteri-
1
:'
dar conta de um problema fundamenta] lise da cadeia do valor e na importância -1;»
nomia politica do sistema mundial". zada pela simples difusão geográfica das
nos tastiidos do sistema-mundo, qual seja: da coordenação das atividades da cadeia 5;*
_, _ 3- A abordagem das cadeias globais de atividades econômicas através das frontei-
atraves das fronteiras nacionais. Ento-
; i i r ; r :,

como retratar e investigar as cornplexas VBÍOI é uma variante da abordagem an- ras nacionais. O capitalismo hoje implica
redes que sustentam 0 reproduzem a re- cando explicitamente a coordenação das tenor. Além dos avanços teóricos e me- uma desagregação dos estágios de produ-
laçao centro-periferia no tempo 0 no es- atividades economicas dispersas o correc- Í°Cl01Ógicos recentes, a nova abordagem ção e de consumo atraves das fronteiras
Ê
i::: i::

`‹'.-''zb›w
tadas globalmente, o autor tem buscado 5UbStitui o termo mercadoria por valor nacionais. Nesse sentido, Gerefti (1994)
=

p.1co? A utilidade do conceito estaria não 31' «-


mostrar que muitas cadeias são carac- Ísíllfgeon, 2008: 10) por causa do signifi- retorna a questão da integração funcional
;i

czpviiris ern ¢lescrev€>,r as “redes do traba-


-.-_
llio c de produt¿ào", mas sim em abordar terizadas por uma parte ou partes domi- -à Cado que a palavra commodity possui nas das atividades econômicas ao longo das
t,!z

-›<~= :z.- .-~


i ::

de que forma estas 1'ede_S atravessavam nantes que determinam o caráter total Clã re1fiÇÕ0s comerciais internacionais, de- cadeias 0 0 surgimento da necessidade de
Â:
fronteir‹1s de regiões 0 países dentro da es- cadeia. Essas empresas dominantes. 011 Slêlflñndo um tipo particular de mercado- coordenação administrativa destas ativi-
lideres, são responsáveis pelas atividir -if Uü em estado bruto ou produto primário,
i

trutura do sisienia capitalista mundial. Se dades dispersas internacionalniente. Daí


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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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Auronio D. C/\rrANi & LORENA Hoi.zMAi×\i×1

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direcionando a análise para os nós dinâ-

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(design) e vendem (marketing), mas nao

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i i + l;: i;5: l i;::f iã;i:j']:;+


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governo ou coorclenaçao das atividades

*tÉ : :ã eã ;=-;: i'.é íí:?i?I í i,


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!i!;;':';?12üt*.
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i; ii ;ii1:
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a necessidade de compreender os tipos de
t;iãiili:ii;:i:i:iii:;ii;rí:si;r:iãEÉi;i;*
à;itÍ:EÊÊiÉEii i:i:i;:i;::liil:init!:iiE;i
t manufaturam, utilizando a subcontratação que estariam associadas a três variáveis micos entre atividades que váo além da-

É,Í;s::r; :É::ã;:i
coordenação da cadeia do produto; seus
internacional. distintas: a) Complexidade da informação quele setor particular (Gereffi, 2005].

!l 9 i7
t agentes principais e suas relações de po-
Humphrey e Schmitz (2000: 4) também trocada entre tarefas na cadeia; IJ) Capa- Essa abordagem torna-se ainda mais
der. Segundo Fleury e Fleury (2005: 126),
‹ interessante na medida em que se arti-

i íÊ : i: !; : ! r: i í;: iii: E i; i: ; ; i ;i ;; lã' i i{ i


apresentam uma tipologia das principais cidade de codificar a inloririação; c) Ca-

É;i;Í
; ! ia :- :;;
'ZA ideia central é a de que as cadeias de
cula ao esquema conceitual da relaçäo
‹ valor têm estruturas de comando (gover- formas de coordenação das atividades
econômicas: a) relações de mercado; bl
pacidades presentes na base da cadeia de
fornecimento. Os cinco tipos de governo ‹:entro~periferia, construida pela Teoria da

F
nance), em que uma ou mais empresas
É:ii;ii i. i: :: :::; i:zi,:*,ri;;ii;;ii;

t Dependência. Desta forma, a abordagem

; i i ; É i ; ::,i i ; i = :;1 ; i ! ; i I i I i i i ! ; i : : ;
coordenam e controlam as atividades eco- rede de empresas; c) relações quase hie- säo; a) Mercado -- relações baseadas no
possibilita pensar as relações antagönicas

iiitti
rarquicas; d) hierarquia (integração ver- preço; b) Modular - complexas informa-

"r;";
nõniicas geograficamente dispersas. Nes-
tical). Para esses autores, a governança ções são codificadas e frequentemente e complementares entre as posições de

Í:
se quadro, a racionalidade que preside a

r; i:j i j:: ! i;;;i;;i : : j: :; : ÊÉ; Êi* :;; J:


‹ é definida como a coordenação das ati-
;,. t.z_c.i-»à.«,¬›.<â‹,-.'~›¬(.z- ,.›zs'
ÉÍ. digitalizadas antes de serem transmiti- comando e de interdependência ao longo

; à:r:E
organização da cadeia está associada ao
‹. vidades econôrnicas através de relações da cadeia de valor. t=.vid<".éri‹:ias teóricas e

;li; E : : :É +'; i ;: : I : ; i! li=i= : =! [ ; i, i ;:


das para fornecedores coinpetentes; c)
É:

: ",: -,= =.-_:


fato de que als) e1ripre5a(s] que pas5a(m) ms-.-.
a comandar a cadeia procura(m) dominar que näo sejam estritamente de mercado. ›
Relacional -- informações tácitas são tro- empíricas indicam que a criação de valor _.
( está ligada aos div‹,:rs‹›s processos de tra-

ir:
as atividades estratégicas e mais agrega- Nessa perspectiva, a governança da ca- ä cadas entre contratantes e fornecedores
: §; iiiiiiíiiÍáii:;iEíi

! : zÉr-jai ; íÊ; : ; ! l: ; ; i 3i
ballio, seja ele inateriiil ou imaterial, e de

=
deia implicaria estruturas de comando de altamente competentes; d) Cativo - lor-

e:{;.:::;
t doras de valor."
produção - dentro de cada no da cadeia. A

j =:,i
très tipos: redes, quase hierarquia e hie- riecedores não tão competentes recebcrri
t A função de coordenação da cadeia é di-
;i;ã;É1tíí?íi!:s'u:u!iE;;?[

i.,;ez=. ¬.
abordagem ajuda ¡-i inxfnstigar de que for-

; :i t ;=,-=çr; :i +i: ::'.1i


rarquia -- desde o “comando corporativo" instruções detalhadas; c) Hierarquia re- ¬-.›

=
ferenciada por Gerelfi (1994, 1999) em dois ír `~:-
‹ (tipico das corporações transnacionais), l
lações no interior da mesma firma gover- ma as iiquezas são produzidas e apropria-
=:

g; ,
tipos de estrutura de poder: os casos em
altaiiieiite hierarquizado, com alto gran nada pela gerência (Sturgeon, 2008: 10). das ao longo dos diversos nos da cadeia.

1:;;:,:;: !ii:ii:!t!
t que a cadeia e dirigida pelos produtores e

:
A perspectiva do cmlvia global de valor

r: !:::;"-7+
os ursos em que fi cadeia é dirigida pelos de controle explícito e assimetria de po- São mciitorios os esforços do Sturgeon
l der, passando pela quase hierarquia, com (2008) ti de diversos pesquisadores rio sen- traz diversas vantagcns para a análise so-

i,
iii
conipràidores. Estas duas configurações de

i{58:
ciológica dos processos de reestruturação
< cartelas de produtos implicairi dois tipos controle significativo do comprador sobre tido de solidificar a base teorica da estru-
industrial e das traiz:<toi'iiiriçõos no mundo

ri
o fornecedor e alto grau de coordenação tura analítica da abordagem (Torloni global

;;
de firmas lideres: a) Cadeias dirigidas pelo
l explicita. até as "redes de empresas", tí- de valor. Sturgeon (2008) enfatiza a possi- do traballio: traz a dirnoiisào internacional

I .;i: ã: i:;;=:i ii:;:


1ir :;
produtor, nas quais grandes corporações,
i

dos teriônienos erioiiôiiiicosg prissiliilita

L; , : r i-t=.;::
picas do modelo italiano de distrito indus- bilidade de haver coriibinações de pad rõcs

i u ; : i i:: ; ;
Í;;
em geral transnacionais, desempenham os
trial, no qual as relações de poder entre as de governo em diferentes partes da cadeia estabelecer c.ompzii'aç‹')es - rfstahelecendo

; ;t: il: lii""a:iEl; ; !: ã Ê;;;


papeis centrais na coordenação das redes
produtivas; esse tipo é mais característico einpresas são mais sirnétricas, contendo assim corno mudanças ao longo do tempo. similitudes e difert,-iiças - entre formas de
trabalho e processos do produção ao lon-

=i

das indústrias intensivas em capital e tec- um forte comprometirriento mútuo. 4. A ahordag em cadeia glob‹1lci'e valor ‹Í:
:_.›=. -i.«sA.i-,»~_

:
go da cadeia do produto e entre diferentes

=:Éii;;:i
nologia, tais como as de automóveis, com- Sturgeon (2008: 8] aponta um outsour- uma ferramenta analítica que possibilita
cing wave que tem levado os "produtores" ganhos importantes em terlnos de com- cadeias; traz a diriiensáo do poder e das

!: i F €; ?+ !:: ::
putadores, aviões e maquinaria eletrônica;
nas cadeias dirigidas pelo produtor a se preensão do dinamismo das atividades relações hierárqnicas extrajmlaiido o ain-

Í!
sao firmas lideres neste tipo de cadeia,
por exemplo, General Motors, IBM e Dell; tornarem mais buyer-like. O autor formula Ofonôinicas dispersas geograficamente e biente interno da orgaiiizaçrao corporativa
b) Cadeias dirigidas pelo comprador, nas uma crítica da tipologia de Gary Gereffi integradas funcionalmente. A aborrlageiri em direção às liieiarquias que se formam
argumentando que há um dinamismo, vai além do modo tradicional de análise nas complexas redes que conectam tra-

: ::; : ; :;Ei
quais grandes varejistas e comerciantes 1
proprietários de grandes marcas desempe- seja em termos tecnológicos, seja em ter- zl econômico-social centrado no estudo de balhadores, empresas e paises. redes que
nham o papel central no controle das redes mos de aprendizagem no nível da indús- caso de uma empresa ou industria isola- configuram novas divisões internacionais
l

iilii
tria e da firma, que se propaga tanto nas de traballio; possibilita pensar as relações

! É:'i;
t flü. enfatizando a interconexão dinâmica
produtivas; é o tipo de cadeia comum nas
ÉÉiEiÊ

entre o global, o nacional e 0 local; e por

?E i:;i
indústrias mais intensivas em trabalho entre as diversas atividades econômicas,
l.

; it:É
=,*

industrias de bens de consumo intensivas


i;
wf~iø~¢?
t
em traballio (confecção e calçados, por quanto nas mais intensivos em capital. Possibilitando urna maior compreensão lim, contribui para pensar as desigualda-
~‹'¡
( O autor propõe uma visao mais dinâmica dos fluxos ria economia global. A análise des socioeconôinicas que se vstabelecern
qÉ::

exemplo); são firmas lideres típicas desta


i:l
fi entre trabalhadores e empresas na rela-
**

da governança da cadeia global de valor. dd Cadeia de valor supera lragilidades im-

"
( cadeia JC Penny, Sears, Wal-Mart, Nike e
Ele identifica cinco modos genéricos de
1. ção centro-perilerífi.

=
Portantes da análise setorial tradicional,
É

Lyz Claiborne. São empresas que projetam mà


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( 73

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72
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AN-ro|×=i(› D. CAi^'r.‹u~i1 & Loimnzà I-Io1,.7.MANN Di‹_:ioNÁRi0 DE Tio-,râALHo E TEcNot.oc;1A

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Referências ______; Morris, M. A Handbook for Value Chain poração do progresso técnico. Na década
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:;:;rÉtr:i-:=i;i:i::i;::;::;l:;:;í;;:;'
-itui;::iríiíj*iii:,iÍ:;:i:::;
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;1ií;;; E=ii.! :, i;;: : iiiitiiiií9:i ;ii íi


ii:
2. A Teoria do Capital I-lumano apresen-

: a ;rãiã: Éi i; Êi ;EiÉ! É: ! i : !ei:

à,


:i : i. :i : 5t21i ;i,, L ; :: 3à j ii:;l! ! +i ;+ Ê : .;if :
:!-c,
i'4.88 E
Research. Brighton: lnstitute of Development wi'
zm
de 1960, Theodore Schultz, professor da

;;i*t ii;;ç i:!;i.i;ii;ii: ::ii*rt; :,i: i:ii, .ii,:;ii


;::íÍ;:i:ri !i!;i!.i!:r';? :i:§E::irÉ:!á=r+i- fÉiiíiiil

Éq;=,: ! i;gÉ:i; i: i;ii,,: :ii;= li:;i:;;;= i::i


BAIR, Jennifer. Global commodity chaiit: Ge-
::iÍiiii:;:: *i=::'i=':;i:;';!=i"i"iiiií:i;=i.j!:í:,:
ta-se sob duas perspectivas articuladas.

:;iÉi::;t:; :i::i:iii:i::; ;iii;;i==;:i; ;ii!; i;:;::i;=


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i
E : -: -r I c E , ; . . : : ! i I :.:
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:
ford, CA: Staiiford University Press, 2009. balhador aparece como fator de aumento

o a--:==
i!gíi; i ii ij i i í í: ; : i i i i eiÉi
ffi, Gary; Korzeniewicz, Miguel teds.]. Commo-

; à: áÊi I i ; ; ; Í:
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ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
CT EUA; Londres; Praeger, 1994. obra obtida graças às formações escolar e dutividade, publicou os textos que forma-
«l,,¡

f :é iãrI;
FLEURY, A., FLEURY, M. 'IÍ Em busca de meto-
dologias para o estuda de cadeias de valor. ln: MARX, Karl. O Capital- Critica da Econaniia profissional potencializaria a capacidade lizaram a nova teoria. As raízes da Teoiia
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do Capital Humano encontrain-se nos es-

:
de traballio e produção. Os acréscimos

É
Novas tramas produtivas: Uma discussão teori- 1975. livro 1, v. 1.
tudos para se controlar e manipular o fator

I
marginais de formação proporcionariam

:-tr ::-
‹¬o-irietodológica. São Paulo: Ed. SENAC São OLA\r'E, M. E. L.: AMATO NETO, J. Redes de

!iii=ÍÍiiiiii !:i:
j;í: i*;;;iãr :;::
Paulo. 2005. Cooperação Produtiva: Uma estratégia de com- acréscimos na capacidade produtiva, o que humano na pro‹l1içäo, os quais têm, como
GEREFFI, Gary. The organization of buyer-dri- petitividade e sobrevivência para pequenas e
médias empresas. Revista Gestão e Produção. v. permitiria maiores ganhos para as empre- referência, 0 quadro tr'â‹:nico o disciplinar
von commodity chain: How U.S. retailers sha- v~``tnã:
~ut.-›wgu›'-1Ir›un-.-ñufh
pe o\~'et'S‹?aS production networks. 111: GERE- 8, ii. 3, p. 289-303, dez. 2001. ft sas e, também, para os trabalhadores. Na da gerência cientifica, elaborado por F. _`.
T-`l`~l. Cary; KORZENIEVVICZ, Miguel t`eds.]. SMI'I`l-1, W WT; SMITI-i-DOERR, I., Networks segunda perspectiva, a Teoria do Capital Taylor, e que reriparecern na contempora-

i
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Humano destaca estratégias individuais neidade sob o enfoque das lielacôes liu-

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no que diz respeito ä constituição do seu rendeu-lhe, em 1979, 0 Prëntin do Banco

iii
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fÍo\'~.>t'narir'c and Development. ln: Sl\'lEl,SlÊ.R, MA, EUA: M IT - Industrial Performance Cun- "capital pessoal", avaliando se o inves- Central da Sufëcia em lioirianagein a Al-
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timento f: o esfnrçfi enipreqados em sua

::-
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;ri= ãS; ;:;ÊiÊ:i
(,`t¡‹¡m.s to Value Chains: Interdisciplinary The-
ory Building. ln: Age of Globalization. Cani-
formação seriam comp‹›nsados em termos
de melhor remuneração pelo mercado no
Prêmio Nobel de lšrorioimal. A teoria teve
um impacto expressivo no 'l`‹ercciro Mirn-

r?
)-
=
_? ____; KORZIENIZÊWICZ, lvligtiul, KCIRZE- biiclge, MA, Eli./\: MIT- Industrial Perfornian- do, sendo cunsideratla uma alternativa a
futuro. A Teoria do Capital lfurnano, cujo

: i.- ç!c!
N]EV\f'lC'¡., Roberto R lntr‹›du‹'tinn: Global cc Conter, 2008.
ser alcançada pelo des‹_~nvolviinenfo eco-


f,`omm‹›dity Chains. ln: Gereffi, Cary; Knrzu- prestígio é cíclico, é uma derivação da teo-
ni‹-x\\i‹:z, Miguel (eds.i Commodity Chains and ria econômica na-oclasslca, segundo a qual nômico, a fim de se redu'1.irt-.in as dosigiial-

: | 7 -- 7
Lilobul ffripitulisni. Westport, CT, EUA: Praegcr.
CAPIIAL HUMANO, TEORIA no
Í: :;; i;ii ;Êi,::?i
à!i
É, §i iii;; tiã;;;;
I o traballio é considerado um fator de pro- dades sociais e aumentar a renda dos iu-

i
________M; liUMPl¬lREY, John; STURGEON, Ti-
/flntomo David Cattani dividuos (Frigotto, 1995). O cntuntliriieiito

ri1
mothy The Governance of Global Value Chains. "'`.Í.z,q.-›'=¬\.z-¿i~u.m_a«-›i.¢»f-¡ .u"\-,.¬-.À' . dução valorízável ao rncsmo tonipo, uma
V
Review of International Politica! Economy. Rou- de que a educação seria coiiiparável a um
Colalioraçíiti dc- lšmiida Espfndula reafirmação do axioma liberal do indivíduo
tlodge, 12: 1, p. 78-104, teh. 2005. 't:
.,_
.›
ui livre, soberano e racional. Com d CFÍSB (10 investimento produtivo tomou corpo na

: :!'-ir-:-
________: KAPl_.lNSKY, Raphael led.) The Value .t:
1. A teoria do capital humano é um .M
of Value Chains: spreading the Gai ns from Glo- modelo tayloiista, ela ressurgiu associada área econôinicra, a ponto de ‹':sti.rnulai' um
à::;i!iÊt::;;c

íii:ãi;; :i i;r ;

:
i il

balisation. Special issue of the IDS Bulletin. 32 : ¡E'


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;
? .: o --l Àf-
(3) Brighton: Institute of Development Studies; «ill
associa trabalho humano a capital físico,

i
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HOPKINS, 1". K.: WALLERSTEIN, 1. Commo- ambos tidos como fatores de produção

:
nal. As referências à ideia de que 0 aper- tro premiado pelo Ba neo Central sueco, em
ã:;tÉ::;:; ,

diti,' Chains in the Capitalist World-Economy


regidos por lógicas de rentabilidade eco- feiçoamento da força de trabalho eleva a 1972, contestou a existência de ligações

i;i i ;: ;;:Í

;
Prior to 1800. In: Gereffi, Gary; Korzeniewicíf.,
l\/ligue] (eds.]. Commodity Chains and Global nómica a partir de cálculos utilitaristas de positivas entre educação e salários. Na sua

i
eficiência do trabalho e do capital encon-

É t,
x l
Capirulisni. Westport, CT, EUA; Londres: Pra-
rnaxiiiiização do beneficio individual. Sob Teoria do Filtro, procurou demonstrar que

=
eger. 1994. tram-se nas obras de Adam Smith e de Karl
a alegação de promover as capacidades Marx. Entretanto, essa ideia Ioi, durante a educação operária funciona, principal-

i 7::t ;,
ti:É."=;

r
Y:-_.-^- "_.2. --.,~.-.-
I›lUMPl-IREY, John; SCHMITZ, Hubert. Go-
vernance and Upgrading: Linking Industrial humanas, esse quadro teórico reforça o muito tempo, ignorada pelo pensamento mente, como um processo de seleçao dos

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Cluster and Global Value Chain Research. IDS
Wortking Paper. 120. Brighton: Institute of De-
domínio ideológico do capitalismo, acir- É›-.Q~. econômico tradicional. Os aumentos de individuos, reforçanclo a estratificação so-
valopnicnt Studies, University of Susscx, 2000. rando a concorrência entre os indivíduos 1!' F'T0dutividade eram explicados pela Ca- cial (Arrow, 1973).

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K/xPl.lNSl<Y, Raphael. Globalisation and Une- e transferindo, para os traballiadores, a Sob outros ângulos, essa posição apare-

ii:
pacidade gerencial, pela intensificação do

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qualisation: What Can Be Learned from Value
responsabilidade pela existência das de- trabalho, pela eficiência da política econô- ce, também, na visao sociológica de Bour-

cc
Chain Analysis? Journal ol Developmeiit Stu-
,.-_._,.-»
dies. V. 2. n. 37, p. 117-146. 2000. sigualdades no mercado de traballio. ¢` . mica, ou, mais frequenteincnte, pela incor- dieu 'e de Passoron [B0urdieu; Passeron,

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Ar~.-"Tomo D. CATTANI & Lor‹ENA HULZMANN DICIONÁRIO DE TRABALHO E TEcNo1_oerA

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1964; Bourdieu, 1970). No Brasil, as ideias
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tanto, uma decisao pessoal. Cada indiví- criticas apontam para irrsuficiências empí- rendimentos superiores; outros se acomo-
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de Schultz inspiraram diversos`*autores duo investiria até o linrite no qual o esforço ricas na fundamentação da Teoria e para a dam em patamares inferiores. A segunda

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vinculados aos governos militares pós- deixaria de ser rentável (Becker, 1962, visão equivocada sobre o sistema escolar e conclusão, decorrente da primeira. é a de
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1964 (Simonsen. 1969; Langoni, 1974). 1975). Para esse autor, a escola seria neutra sobre os limites do livre arbítrio na consti- que o sistema educacional apenas res-

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Predominou, nesse período, a noção de e o calculo dos agentes adaptar-se-ia de tuição do “capital pessoal". Rossi denun- ponde às demandas individuais, não ten-

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que, por meio de políticas educacionais forma a maximizar seus ganhos em face ciou, ainda em 1980, a visão conservadora do como atribuição promover a igualdade
impostas de forma tecnocrática, seria pos- das dificuldades impostas pela realidade
E do que ele chamou de “messianismo pe- de oportunidades. Legitimam-se, assim,

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sivel promover o desenvolvimento econô- social (Clerc, 1993). A Teoria do Capital dagógico": a educação generalizada im- as propostas neoliberais de desmantelar
mico. Wagner Rossi (1980), entre outros, l-lurnano também se relaciona às recentes plementada pela tecnocracia elitista não o setor público e de traustormar a educa-

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demonstrou que havia uma grande dife- rt-:definições do padrão de gestão do traba- buscaria reduzir a desigualdade de opor- ção num negócio submetido à lógica do

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rença entre o discurso genérico e as práti- lho. O imperativo da competitividade, ago- tunidades e 0 caráter da dominação nas mercado. Os processos educativos passam

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cas limitadas, resultando na manutençao ra em escala internacional, obriga as em- relações sociais de produção (Rossi, 1980). a ser de iniciativa empresarial, atenden-

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de privilégios para setores específicos. presas a desenvolverem estratégias O discurso sobre a necessidade de mão de do a interesses particulares e localizados

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lt A ofensiva neoliberal vitoriosa nos visando a qualidade total. Para tanto, tor- obra mais qualificada, recorrente em épo- (Gentili: Silva, 1994). O mais alto grau de

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anos 1980-90 permitiu a revitalização da na-sc necessário conquistar o comprometi- cas de crise, esbarra nos limites concretos manipulação alcançado nesse sentido é
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'teoria do Capital Humano, então reforça- mcrrto dos trabalhadores no processo pro- da produção, rios interesses particulares materializado nas universidades corpora-

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da pelas mudanças organizacionais das dutivo, especialmente quando se trata da das empresas e na lógica excludente e se- tivas (Cattani, 2005). O utilitarismo priva- 1-
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ernpresas e pelos trabalhos de Gary Be- oper'a‹_;‹io de máquinas e equipamentos so- letiva do mercado ÍFrigotto, 1995: 158). O tista regido pela logica do lucro substitui,
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cker, outro premiado pelo Banco Central fisticados e caros. A contribuição da mão que ocorreu no Brasil, nos últimos trinta assim, os princípios de igualdade de opor- QE

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sueco, em 1992. Becker, professor da Uni- dc- obra qtraliiicada. até então subestimada anos, é a prova desse desencontro: os re- tunidades, de democracia o de solidarie-
ver^si‹iad‹': dc Chicago, valeu-se da 'Teoria no sistcrrra taylorista-Íordista, passou a ser cursos realmente alocados para a educa- dade, que se articulam em torno da escola

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do Capital lluniarro para explicar e justifi- valorizarla para atender às novas necessi- ção foram muito inferiores aos anunciados pública, unitária e politécnica, sob a Ótica
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car as diferenças de salários como sendo tlades das empresas. Políticas especificas ÍÍ nos discursos e nos planos empresarias da emancipação hurnana. A Teoria do Ca-
de responsabilidade dos próprios trabalha- de formação passaram a ser adotadas se- e governamentais. A perspectiva critica pital Humano, ta] como é posta em prática
dores. Ao mesmo tempo, buscou explicar a gundo princípios de seletividade dos tra- aponta, também, a estratégia utilitarista pela lógica dominante, pode ser entendi-
torrnaçao das prelerêricias dos consumido- ballradores. Em função de mudanças no .., adotada pelas empresas rio que diz respei- da como suporte ideológico das transfor-
res. Para ele, o cálculo racional nao se limi- gerenciarnen to do traballio. a Teoria do Ca- to à formação profissional. A valorização mações atuais do movimento do capital, fi
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taria às questões ecorrôrnicas, mas poderia pital l--lumano alcançou. nesses últimos do capital humano permite a apropriação no sentido de que tenta, do ponto de vista
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de qualidades sociopsicologicas do traba- tt
ser aplicado a todos os aspectos da vida so- dez anos, um grande prestígio. Ela se rela- da teoria económica liberal, construir uma
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cial (casamento, amizades, religião. lazer). ciona às práticas e aos debates que dizem lhador, promovendo o consenso e o espíri- noção mais alargada de capital e inovar o
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No que concerne à educação, essa versão respeito à segmenta ção do mercado detra- t to de lealdade à empresa, acenando corn a entendimento da categoria trabalho. a fim
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do utilitarisrno racional supôs que a forma- balho. à politecnia, à polivalõncia, à tlexi- ilusória possibilidade de participação au- de refinar a subsunção real do trabalho ao

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ção aumentaria a produtividade. Quanto bilização e êt qualidade total. Ela se situa, tônoma 0 livre no processo produtivo. capital e ser instrumento politico de ofen-
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mais o indivíduo investisse na autoforma- tarnbém, no campo de discussão sobre o 5. A Teoria do Capital I-lumano funda- siva contra a resistência dos trabalhadores.
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ção. na constituição do seu capital pessoal, neoliberalismo em educação (Gentili, :S menta-se na crença de que todos os indi-
tanto mais valor de mercado teria. Porém, 1995) e sobre o papel da formação dos tra- .'0- Víduos têm condições de tomar decisões
.z Referências
os individuos são desigualrnente dotados. lialtradores corno elemento emancipatório livres e racionais. Seguem-se duas conclu-
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ARROW K. Higher education as a filter. .lour-

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Para alguns, a formação exigiria muito ou condicionador da ação. É sões a esse axioma. A primeira é a de que nol of Political Economy, v. 2, n. 3, 1973.
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mais eslorços que para outros, Cliegandti 4. As críticas a Teoria do Capital Huma- dS desigualdades sociais e as diferenças na
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BECKER, G. Investment in human capital: a


ao ponto de o gasto de tempo e o esforço no, nos planos internacional e nacional, distribuição de renda são de responsabili- theorical analysis. Journal of Political Economy, ‹\-'re.~-v.=‹¬|-«in-1›rv‹-\.
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1962. Supplernent.
serem superiores aos rendimentos no futu- desenvolveram-se já nos anos 1970 (ver 4.
dãde dos próprios individuos. Alguns in-
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_ Human capital. New York: Columbia
ro. Corrtinuar ou nao os estudos seria, por indicações de Frigotto, 1995: 42-58). Essas zfl Vêstem mais na sua educação, garantindo University Press, 1975a.
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ANTONIO D. CATTz\Nt & Loruë.\'A }l‹›1.zMANN ' D1‹:roN/'uno DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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__V___v. A frecrfíse on the fomily. Cambridge: seu ingresso no :mercado de trabalho. O prescrito. Aumenta, assim, a pressão so- trabalho z uma vez que este pode estabe-

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Harvard University Press, 1975b. .x
modelo de competência sustenta-se na bre o trabalho em funçao da interiorização lecer as formas de remuneração do tempo

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BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. Les heritiérs.
concepção de um conjunto de habilida- dos modos de controle em razão do com- ‹-. das qualificações de um trabalhador as-

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-
Paris: Minuit, 1964.
des necessárias para agir e decidir cm promisso com os resultados. A cultura or- salariado, mas nao sua disponibilidade a

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__; Lo repioduction. Paris: Minuit, 1970.
iiii situações iniprevjstas. Essa redefinição
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ganizacional, ao buscar tornar-se central mobilizar-se e a engajar-se ao trabalho de

=',-,E;.=.4-,-.
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CATTANI, A. D. O ideal educativo e os desíg-
nios do capital. ln: BIANCHETTI, D.; QUAR- conceitual associa-se à transformação das e estratégica, força o indivíduo e o grupo maneira completa e vigorosa.

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TIERO, E. (orgs.). Educação corporativa. São 1
formas de gestão do trabalho, alterando a a tornarem-se autorreguláveis. Em oposição ao modelo do saber fazer,

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Paulo: Cortez, 2005.
bierarquização dos empregos, a avaliação 2. A definição de rfomlivtência associa-se proprio da noção de qualificação, o modelo

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ií: É
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CLERC, D. La Thóoric du Capital Hurna1n./U-

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ternotivcs Economiques, mar 1993. das atividades, a remuneração e a ênfase à promessa de transformação das relaçoes de competência impõe a ideia do saber ser,

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<›_,_.‹_;
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FRlC3C)'l`TO, G. Educação e crise do capitalismo da formação profissional (Ségal, 2005]. O
il. entre 0 empregador e 0 assalariado e está cuja definição apresenta um forte compo-

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real. São Paulo: Cortez, 1995. z|z
modelo de gestão que toma a noção do presente no cerne da ideia de empregabi- nente relacional. Para fazer frente aos im-

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GENTILI, fl (org). Pedagogia da exclusão: crí-
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competência como central propõe uma Y: lidade, tal como apresentada pelo discur- perativos crescentes de flexibilidade. os

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tica ao neoliberalismo em educação. Petropolis:

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i -; .,
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Vozes, 1995. diferentes modos de saberes (técnicos,
individualização crescente do re‹.'‹)r1lir›ci- SO das novas formas de gestão ffioltanskií

!:
,_,__,___; SILVA, T. (orgS.]. Ne0liberolí.smo, quali- mento das habilidades necessánas ao tro- Chiapello, 1999). A gestão das cornp‹-.t‹"ân- práticos, generalistas, comportamentais]

l::
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:

-
d‹'1‹f‹> total e eu'uc‹rção. Petrópolis: 'vu'/.es, 1994.
cias Ó apresentada como uma resposta aos devem ser colocados em relação uns com
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balho e à sua rernuneração lPiotet, 2(l0$l).

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LANGONI, C. As cmisfls do cresriznentn eco- . .' .-¬.z
nómico no Ilmsil. Rio de Janeiro: Apec, 1974. O conceito de competência ganha im- novos imperativos técnicos ‹: de compe- outros, como uma miríade de Competên-

ã; + : : : I q í g i: t i* í: r E€: E: t i
ROSSI, WÍ Capitalismo e educação. São Paulo: portância coin as transformações do rnodo titividade por meio dc nm incremento da cias passíveis de sr-roln ativadas a partir
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l:i:;ilir:l':::
1:|

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l\/loraes, 1980.
de produzir c trabalhar nos anos 1980. autonomia e niobilizaçäo dos trabalhado- das diferentes situaçoes que se manifes-

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:

i.. ; !12,1
Fi/\UL, R. As raízes 1'e11egadas (Ia teoria do ca-
quando ii mobilizacão e 0 engajainmitv da res, assim como uma uxigêricizi inédita tam. O modelo de comp‹›tência associa-se
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:: ; i= i: íE! trÉÉ!4;à=,jtíiÍ
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pital humano. Sociofogios, Po1toAlogre, ano 6.
ri. l'l,p:l._1'(l‹37.. 2004 mão de obra tornam-se tâlmnentos liirzria- de inovação. Ao se apresentar Conto uma ao sistema Iécnico-opt-ratório, à organiza-
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SCHIILTZ, T. O capital humano. Rio de Janei- mentais para a garantia da q1mlirla‹le-- do resposta às criticas do empobrecimento ção do traballio e ao regime de mobiliza-

i: i t' :i ]
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ro: `¿'.‹:l:.:r, 1973a.


p1‹i‹luti\-'idade. No lugar de um t01il~url‹› das tarefas no modelo lorrlista-iaylonsta, 0 ção da mao de obra. So, por um lado, há
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. O vn.for económico do ctíucoçdo. Rio de
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predefinido do posto de trabalho, srfgundo novo modelo demanda, aos trabalhadores,
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v i ; j : !i : !=
:

.lm10iro: Zahar, 19731).


SIMONSEN, M. Brasil 2002. Rio de Jaiieiroz a tradicão fordista-taylorista, a 11‹)g'‹'r‹› de um engajamento completo nos objetivos bilidade para garantir o fluxo produtivo Q,
a

!;a i::=iíso
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Apec, 1969. competência associa-se às exigências do e metas das empresas. Nessa direção, os por outro, há as n‹›.c¬essi‹lados de o traba-
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modelo de trabalhador ideal que enit-vrqe procedimentos rígidos dão lugar a um ide- lhador realizar um trabalho inteligente e
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COMPETÊNCIA
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da reest:1'uturaçào produtiva. A dis‹í'1rssäo al de fluidez produtiva 0 social, devendo interessante, a lógica do modelo de com-
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(jinoro Lerrer Rosenfield das competências surge como forma de z-1* Os trabalhadores serem capazes de reagir petência vom, teoricamente, fazer a me-
i :

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otimização dos re‹:ursos humanos em dois _,


.I 1 a novas situações. Atitudes de responsa- diação entre as lógicas individual e orga-

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Henrique Caetano Nardi
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bilidade, de autonomia e de tornada de

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níveis, quais sejam: na adaptabilidade às nizacional. Algumas ressalvas, no entanto,
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1. No campo da gestao de recursos hu- diferentes circunstâncias para gerenciar iniciativa e de decisão, aliadas à disponi- devem ser feitas. Primeiramente, as com-
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manos, a noção de competência reme- os ritmos de produção e na redução dos


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bilidade, sociabilidade 0 à capacidade de petências individuais articulam-se neces-
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te à demanda e avaliação dos “atributos custos salariais, extinguindo postos antes trabalhar em grupo, de se comunicar, de sariamente com competências coletivas
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+i+ : Ê ;: !: ;

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pesso‹:ris" do trabalhador, tais como espi- 1' Se relacionar e de aprender, traduzem a [Reynaud, 2001), sejam elas ligadas à cm-
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híerarquizados e diferenciados. O traba-
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Í: =:paE_{.

rito de equipe. iniciativa, pró-atividade, lhador deve produzir de maneira autóno- «~¬_» llêcessidade organizacional de ir além da presa em particular ou ao :setor de ativida-
1i :js::

interesse, atenção, flexibilidade, mobili- ma 0 mobilizar suas competências de ina- Plescrlçäo das tarefas. O traballio real ne- de. Assim, por exemplo, ser pedreiro na
zação subjetiva e capacidade de comu- neira a reagir com o máximo de eficácia Cessita mobilizar competências oriundas construção de uma usina nuclear não re-
;i ; : r,i:
= : 1í :

nicação e relacionamento interpessoal. tanto às circunstâncias previstas como às dos saberes, do saber fazer e do saber ser. quer as mesmas ‹:ompetênr:ias do que ser
;, r: ;

O termo nasce em contraposição a ideia aleatórias. A ferralnenta da gestão das coin- A questao colocada às organizações é de pedreiro na indústria da construção civil Ê*
=;yi--

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a :.:
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de qualificação marcando uma mudança petêiicias apresenta-se corno uma lorina de COMO garantir que os trabalhadores mobi- (Celerier, 2005). Em segundo lugar. a natu-
nas formas de avaliação das "qualida- incorporação e formalização do traballio lilüm competências inscritas no âmbito reza das competências pormanece proble-

i:
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des" dernandadas aos trabalhadores para real e da transformação deste em trabalho da subjetividade, ausentes no contrato de máticaf Estarlam elas, as competências, no


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l:)lClONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

i I;fiÍi§+ i:i:i:::: i.;iÉ;ii:;l,l:r:;i:;ii


trabalhador, no processo de trabalho. nas postos de trabalho para moverem-se em

ãã:líi;áilã;: ixíj;!: *;i;i iiÉÉ:;itr;ÉÊii::i

i ííi É i ! iÉ ;; : i ;; !i i i; ;: i Í i Í Í i i: i;: : i i :l i il i
á:É;:Ê ;; i: à;:i; I Zir l :: i I ; í: i: iê :; ii: E i! : I i

âÉ r ; Í É E ã : Ê 5 i: i ; iil ãíÍ i; f i:ízs ã i i ; i ; ;: i ? i i ;


ltliij;:;j9;riii
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ffcoçdo, apontando para as restrições da LE FLOCH, M-C. [Iidée de qualité diferen-

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rotinas, na organização do trabalho, no direção às competências individuais ad- tielle: une notion opératoire dans l'analyse des
lógica da competência 0 ressaltando que a

! i;; t: i::: , L+ * i ..: i: i: z ?1i;. i: :::É:i:!:::


rapports entre I'indi\ridu et un contexto d'ac-
agenciamento técnico-humano? Elas são quiridas, que se associam êt individualiza- qualificação, como conceito, inanteiia sua tion. Iii: CARADEC, V E; MARTUCCELLL

É
pré-determinadas ou relacionais e evolu- ção dos salários. Por último, a avaliação D. torgs.) Mcztérieux pour une Sociologie de
superioridade em termos de capacidade
1'1ndividu. Lille, França: Presses Universitaires
tivas? Há, ainda, o risco de se pensarem de competências é feita, de maneira geral, explicativa (Tartuce, 2004). Essa perspec- du Septentrion, 2004. p. 232-254.
as competências a partir de uma lógica com base em entrevistas individuais, que tiva baseia-se na visão relativista da quali- RAMOS, M. N. A pedagogia das competên-

i!;i:;;;:::
snbstancialista ou estritamente cogniti- servem ao recrutamento (quais compe- cias: autonomia ou adaptação. São Paulo: Cor-
ficação de origem francesa (defendida por tez, 2002.
vista (Floch, 2004). Ein terceiro lugar, as tências sáo desejáveis), à promoção (quais .,_. .,u. ;,›. ,.~ _¬. Pierre Navillo), segundo a qual a qualifi- REYNAUI), J. Le management par les ctinipé-

ElÉ
coinpetências de natureza subjetiva de- competências são mais necessárias e va- É
5 cação é entendida como uma construção teiices: un essai rfanalyse. Sociologƒe du Trovuil,
z V. 1, n. 43, jim.,/mar. 2001. D05siurCornpélenCe.
senibocam em demandas por determina- lorizadas), à mobilidade interna (quais so‹:ial derivada das relações ‹¬apitaI./traba-
das cara‹'ten'sticas de personalidade; a SÉGAL. lí. Les cnmpétences "relationelles"
competências se fazem necessárias à atu- lho e da lógica da cultura que influencia en question. Les Cahiers d'É\/ry. llvryr Centre
avaliação individual passa a ser um modo ação ante uma dada produção em deter- o julgamento e 0 reconlieciinento que a Pierre Naville; Uniwsrsité d'Evry, 2005.

E;r=-:€:
5.....-.s-¬
do apropriação pelo trabalhador - a recru- minado setor), ao treinamento e a formação 'l`AR'1`l.JCE. G. L. B. P Algumas reflexões sobre

i
Sorfietlade faz dos individuos e das ocupa-
tar, a promover ou a iiianter no emprego a qiialifiraçëiri do traballio a partir da sociologia
de pessoal (quais conipeténcias devem

;
ções. Tartuce (2004) defende que, em um francesa do jiós-›qu‹.-i^i-â-i. Fdunição 8. Sociedade,
dos comji‹iiiaint:ntos esperados e dese- ser desenvolvidas), ao aprimoramento da contexto de forte desemprego, de sugnien- v. 25, n. 87, p. 353-382, maioƒago. 2004.

ii;:
jados pela organização, o que aprimora os organização do trabalho (quantos devem i tação do mercado de traballio c de flexibili- ZARlFl.AN, ll O modelo do cornpefénciu: traje-
tória histórica. desafios atuais e propostas. São
meios e modos de Controle da organiza- possuir tal ou tal competência, qual nivel i zação dos vínculos empregaticios, torna-se

;iij:iz=; , ;':l;;7";i:iÍ.itã§r:l
Paulo: St"na(', 2U0.'l.
1
çao sobre os trabalhadores (Durand, de polivalêiicia) e à escolha de quem fica- fundamental recuperar êi compreensão da
;:,; í:,:ii;,::i;ii::;:,;i

2003). Outra ressalva Õ. a de que 0 modelo rá e de quem será despedido (quais com- construçao social da qiialilicaçao, opondo-

!
CONSÓRCIO MODU LAR

ç;;!i:: Êsii:*;it;EÉ;i;!

i.
dz- coiiijicêten‹`ia. -:io apoiar-se em uma di- potências são obsoletas, quais podem ser Fi a uma perspectiva iii‹lividuali'¿ante da

í
Elaine Mrirlriva Verizon Francisco

1:;i;;
nâmica de "rlest:nvolvimento pessoal", aproveitadas). Avalia-se, assim, urna ra- noção de coii'ij_ic1êii‹_¬ía, pois a perspectiva

i;:;i,
visa desenvolver roiiipetëricias de nature- ;,,,.. ¬. . . -
pacidade infinita para aprender e inovar
i; relativista da qualificação pr-rinite com- 1. Con.'›'ór(.'io modular Ó uni conceito de
za intra e iiiteisubjetivas e a promover 0 nos mais diferentes contextos. A compe- preender como a gestão das ‹'onipot‹"ziicias organização da produçao pautado nas ca-
lioin-estar ‹›, a integridade do sujeito. En- tência torna-se uma exigência simultane- articula-se às formas de tloiniiiaçäo carac- racteristicas da produção onxuta, através
i
tretanto, o niodelo, igualmente, desenvol- aincnte de saber-ser e saber-devír, as teristicas do capitalismo contvinporáneo.
u I : i ; ; : ; : i;ài; ; ;
do um just-in-lime cxacerliëitlo, na qual os

;
ve novas lorinas (le dominação e aumenta quais são de dificil avaliação. lornerfedores parti<ripain da moiitagein do
irí; : : ; E â: I i:: ;Zç

a carga psíquica presente no trabalho, as- 3. Além dessas questões, cabe salientar produto dentro da fabrica contratante. A
Referênrrias
sim como o controle sobre 0 sujeito. Ade- que não existe um consenso na definição inoclnlari7.ação da produção tem se confi-
BlTEN(IOUR'l`, C.: BARBOSA. A. C. Q. A gos-

i:;i!:ii::;ii,i:r:r
mais, o inodtàlo de competência engendra do termo competência. A revisão da lite- ..,'',. ._._-._
j

3 täo de corii|j›etên‹.'i¿ts. ln: Bl"|`ENCOlJl'ÚÍ C- gurado em um padrão mundial. no setor

=;;iÊ;ii;i:ii:
iiifliiêiitƒiêis péi1°ad‹i>;ais no coletivo de tra- ratura realizada por Bitencourt e Barbosa ÍOTÇIJ. Gestão contemporâneo de pt=-ssoos: no- automobilístico, de modo que a maioria
balho. Ao mcsiiio tempo em que prevê o Vas práticas, conceitos traflicioiiais. 2. ed. Porto
(2010) aponta para pelo menos vinte de- das empresas tem adotado variações des-
A.leg1'e:Bookinan, 2010. p. 175-196.
desenvolvimento de atitudes polivalentes, finições distintas, com ênfases diferentes. te modelo. Dentre as mais diversas expe-
BOLTANSKI, L., CI¬lIAPELI.O. E. Le Houve) es-
cooperativas e relacionais e de qualidades Segundo este levantamento, os autores do prft du tflpifcilisrne. Paris: Gallimard, 1999. riências de iiitidiilarização da produção, 0
coiiiiinicacionais e de socialização de in- campo da gestão de competências privi- CÉLÉRÍER S. Cumpétence collective et qua- consórcio modular é a mais radical, dado

::ir;iã;É
I
lités individnelles. Contribution à une ana-
formaçoes, o contexto é de competitivida- legiam, nas suas definições. uma deter- que 100% da planta está assim organiza-
lyse sociologique de la siibjt>‹'ti\¬ité au travail.
de crescente, visto que a competência minada combinação de perspectivas em In: DURAND, .l. P; LlNl-{AR1Í D. (orgs.), Les da e constitui 0 caso mais expressivo de
avaliada Ó sempre de natureza individual. ressorts dela iiiobilisafioli ou trai/oil. Toulouse,
torno da ação, da formação, da aprendi- liorizontalização das relações interfirmas.
França: Octarès éditions, 2005. ji. 1:39-166.
A conipetitividad‹.›, por sua vez, é incre- zagem, dos resultados, das aptidões, das flfii DÍETRICH, A. La dynamique dos compe- Nele. os fornecedoies se encontram den-
mentada pelo enxuganiento das organiza- dinâmicas de interação c do desempenho. ._-,1 lç-'¡1í`\*5, point aveugle (105 techniques rnanagé- tro da fábrica como unidades de negocio e
.i
ções e pela redução da força de trabalho. Ilales. Formation Elnploi, n. 67, p. 9-24, 1999.
Ainda que o termo esteja relativamente vii
participam da inoiitagein dos veiculos di- -w ú›«.‹»-›
Ainda nessa direção, as formas de remu- DURAND, J. P A refundação do traballio no
consagrado, existem críticas à sua utiliza- fluxo tensionado. Tempo social. Ion line). v. 15, retamente na linha; não há produção, ape-
neraçao e promoçao dissociam se dos ção em substíuição ao conceito de quali- “› 1.11 139-isa, 2003. nas montagem. Uma experiência inédita é

80 3
B

É: 81
._.› › ‹ _- . _, ,›z ›-._

¡\1<r‹w|‹) D. C/tri'/mr & Ltinrzrwx I-l‹;›1_z1~4ANN Drc1oNAmo os TRABALHO E ']'¡¿‹:N01_‹.›‹:1/›.

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levada a termo pela fábrica de caminhões Collor, em 1990: com a abertura do merca-
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Esse processo aparece nas relações um nível bem abaixo das expectativas,

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0 onibus da Volkswagen (doravanter VW) do para produtos importados e também com ~3
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interfirmas, nas quais as novas plantas.

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além de utilizar reduzida força de traba-

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em Resende. Rio de Janeiro, em que esta os incentivos criados pelo Estado. estimu- tanto de montadoras já instaladas no pais, lho com maior grau de qualificação.

ã:g: i: ;Zi;E i Ê: I áài1:iÍ r ÉÉ:;: í,íiÉ ; iÉÊiii:


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à

empresa é responsável pelos projetos. pela laram-se investimentos fora das áreas ge- como as de instalação recente tnewco- As características de produção enxuta.


logistica, pela auditagem do processo, ográficas tradicionais. Uma importante mers). adotaram o sistema de condomí- associadas ao sistema de consórcio modu- I

F;::5 Ej: :i;É: ; 9;: : l ii; e rá;:Ê tii r s *;u

-, i: l: lÉ..l's 1*;Ê ::i,=i;.

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pelo controle de qualidade. pela Supervi- mudança no setor se dá a partir do Acordo nio. trazendo os fornecedores para dentro lar numa localidade greenƒield. possibilitam

:
:ãi

eqi i ! ;
são geral do processo, pela venda e pelo das Montadoras. realizado no interior da do terreno (site) da fabrica. São os casos, a alta lucratividade da planta com a con-
11

:
pós-venda [Francisco. 2004: 101). São sete Câmara Setorial Automotiva, em 1992. e quista de novos segmentos do mercado. 1

;
por exemplo: da General l\/Iotors, em Cra-
‹-rnpresas parceiras. mais a VVU que. dia- da edição do Novo Regime Automotivo vatai, RS. e em Resende. RJ; da Ford, em Esse tipo de organização da produção. pu-

i ÊÊ!

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i ; ; ; t: ; ; i i i i i i Á' ; = ;; I e i i : ã : á o.:;i
rianu-,-nte. definem volumes de produção e (NT/R1, ern 1995, complementado em 1996 Camaçari, BA; da Volkswagen-Audi. em

;
Xada pela demanda, no consórcio rnodular
padrões de qualidade. Além das empresas (Cardoso, 2001: 111). Segundo Ramalho e _(

ɧ I =:: lu ii1.;í:
São .José dos Pinhais. PR; e da PSA-Pew vai se configurar numa produção flexível e

;
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i=.?i:i: ;:i1?í, ;i:3ii:i=:=;:i:;:

1i::i,;iii:: ii;:iiii;i,;iii:,i
par‹:eiras. também chamadas do módulos, Santana (2001: 3), o Novo Regime Auto- geo!/Citröen. em Porto Refil. RJ. enxuta. No entanto. essas características ft
‹'-xistúi-';~m várias empresas terceiras que motivo foi um instrumento para consoli- O consórcio modular foi inspirado nas deixam a planta bastante vulnerável à
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i= r; : , .i, i! f : i -., i , :::

í . ! !: { i - i Í . i , t } i ) i -:8 : ê :
atuam ern. tunções de logística, manuten- dar e atrair investimentos no setor auto- ideias do enger1l'1‹-iro .lose Ignácio Lo- ação Sindical. Os limites desse formato de

:
fjño. recursos humanos. restaurante, lim- motivo. e seus objetivos foram: manter em
1;ii i it: ;íi:;;;;;: lj i; c í;i i
pez de Arriourtúa. segundo as quais os organização baseado no just-i`n-lime, sem

!:ii;.i',
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pe'/.a, sr-ëgumnça, entre outros. OS contra- funcionamento as montadoras e indústrias fornecedores são considerzidos parceiros a produção das peças em local próximo.
;

i:

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:
tos dr, VW' corn os parceiros e com as de autopeças já instaladas; reestruturar as da montadora na produção, nos investi-
i:;at:

corno é o caso dos condomínios industriais,

i i : I : ; ; ; ii=ti I= := : i. ; ,Í
‹›inpr‹›sas terceiras são temporários e po- empresas brasileiras do setor; atrair novas mentos e nos riscos. "distanci‹'intlo-sr: das o deixa vulnerável até à ação sindical de t
Í;: i: ti i; =-:'i tí:t,i; i: ;: ÉÍ =

:
ii,i:iaÍl
tlzun ser ren‹›\'adoS OU não. companhias e estimular a construção de re1a(;‹`›es de e>:t‹:›1'i‹›rida‹it› que marcam as outros categruias en] outros lugares. Dado

=
l
2. _\*os anos 1980 as formas de gestão da novas plantas e marcas; consolidar o Mer- terceirizaçñesfl' (/\rbi`~;: Zilbovicíus, 199?: o caráter bastante enxuto da produção,

= = i;"': ::;=

I
ti,-||rli¬_,‹`.‹› sofrerani transformagões consi- cosul e reforçar a posiçao do Brasil como 45-1). Segundo Rrnnzzllio rf Selritzâiiä. as esta fica mais d‹êp‹\n‹l‹=nt‹=~ da cooperação
‹i‹~r‹'tvt-is fi partir de experiências trazidas ator cliave, atraindo empresas que pode- '.-`*r,f‹I~“'1.-.»w^Iv*fi,nih.a-‹¬-`è»n4›^t‹.-~mw"u›'4n;"v~az‹-_'¬. -'
ernpnàsas do consnrr to modular por eles dos trabalhadores (-, também, do sindicato,

I
\

do .lzipao e que passaram a intluenciar a riam investir em outras regiões. estudadas estivcrain en\'ol\'idas direta- pois. parando uma onipresa terceirizada.
iiiii;l+iã:iiãii[;l

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1
antiga gen'-nci‹1 científica. (Zilbowcius. Configurou-se. assim, um terreno fértil

!::;
mente na construção das instalações da para-se a fálirica toda.

i
15197: 285-287). Tais transformações foram para os processos de reestruturação das fábrica, investindo ali niilliöes de dólares. No caso da VV\{ apesar de ser um con-

:
iti;ii:íÉ i!íí;
'|
pautadas pela “produção de carros inun- empresas já atuantes e para a criaçao de Do ponto de vista do prot'râ~àso de trabalho, sórcio formado por oito empresas diferen-
"* t;e + s iEç z; íi:i:

l
diais, utilização de tecnologias mundiais. novas plantas sob formas até então inédi- a experiência do corisontio modular traz tes, há uma politica minima de recursos
mercados locais. produção local desen- tas de organização, como os condomínios poucas novidades. O nível de automação humanos - e todos vestem um uniforme if
i;ií;
it,

í
volvida com base em referências globais". industriais e a experiência do consórcio Ó pequeno, apesar (ln seu lrryotlt ino\›'a- igual que só se diferencia pelo emblema

i..iisll:
:íi
entre outros [Zawi5lak; Melo. 2002: 107). modular. Cabe destacar ainda que, nos -:ti dor que the possibilita a execução de um da empresa. Os traballiadores do consór-
fit:

=
No Brasil. essas novas formas de orga- processos de reestruturação das empresas just-in-tinie exacerbado. É uma fábrica cio são regidos por um único acordo co- '\

-=, i:;=, = =li,


nização da produção aportam na indústria já existentes ou de irnplantaçáo de novas com um processo de trabalho tradicional. letivo. No entanto. há um descompasso

i
;Í.
de ponta. principalmente a automobilísti- fábricas no setor, incentivadas pelos acor- Também são conservadoras as relações de interno entre as condições e relações de
ç t lç: i€: l:

:
.vz
ca, em um intenso processo de reestrutu- dos. há uma característica fundamental trabalho. no que tange às decisões sobre trabalho dos trabalhadores do consórcio e rt

if:i, . . - 2 i 1; =it1 ":

;2=
ração produtiva que envolveu toda a ca- que pode ser descrita como: "por essência, › Processo de traballio e funcionamento da dos trabalhadores terceiri7.ados. -r

E:;
deia de produção na busca da produção urn processo de hierarquizaçáo da cadeia
i? :

Empresa. () traballio em times (2 restrito e O elenco de dificuldades decorrentes

;
1'
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enxuta, a partir dos anos 1990. Essa deca- produtiva e de redução do número de forne- É t
há pouca autonomia dos operadores sobre da integração de diferentes empresas sob

:.
3
da foi marcante para 0 setor automotivo. cedores e. nesse sentido. um processo que -â
05 processos. Sindicato ‹› comissão de fá- o mesmo teto ou, corno di'/.em alguns ge- r

:
r,= == i
\
No bojo do processo de 1'eest1'uT.uraçã0 das concentra atividades de maior conteúdo brica não participam de dz_›‹:is(›es rrrfeien- rentes, os desafios de “trabalhar na casa

;iz:
`l
‹ânipr‹›.‹a.‹; foram realizados acordos que tecnológico nas mãos (le um grupo redu- les à produção (Rarnall1o; Santana, 2002:
! F€

i i:
do Cliente", é tarnbern significativo. Evi-
dc-finiram 0 desenvolvimento do setor nos zido de empresas, os fornecedores de pri- 93)- É uma fabrica poupadora de mao de denciam-se conflitos de culturas geren-

=
1
anos subsequentes. A partir do governo meira linha" (Zawislak; Melo. 2002: 110). obra e que, portanto, gera empregos em ciais entre a \‹'olkswaqen e os parceiros rf
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A.N'r‹.›N1o D. CztTTANi 8» LORENA l-¬lo1.zMANN ,If DKJONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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; ::ãiii;ití9iii;j;:ti:i;i§:il:ãÉ!;Ê;iiif:!i
entre os próprios parceiros; entre Volkswa- tagem e cria, com isso, espaço e tempo

ÉÊli;;:í;iÍi:;irij i.:-:;izti:.i:r::: Iii,i


iÊiii::ii
iíi: ii íi?i;:: iii;;;:;. i=::ii:i

iã'íi ã i
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3
ZAWISLAK, Paulo A.; MELO, Aurélia A. A

*:*l;§iãi:Í 5§ i:,:i; :ii;Éisia:


;5tEi;;
:;:ãl§;
entram em cena o banco de dados e seus

;iiri§g í:Éi
:alg;iÊ :lP: :i!:+:ÍEi;r::iciÊitEi,id^!Ê;:i
i ÉiEEEiãllÉlãÊãiÉi:iiÉ:ii:iÊi;:,iiiííiiiÉ
'!;rc;?â;íi;;:íí;iiiii::!;::ãlài:!i:ie!lii
¡_
gen e parceiros na relacao com a represen- maiores entre o fornecimento e a produção, Industria automotiva no Rio Grande do Sul:

Íã: i ei q§:;::
tação de trabalhadores e com o sindicato; ampliando a margem de estoque para uma
semana. O trabalho é realizado por tercei-
impactos recentes e alternativas de desenvolvi-
mento. In: NABUCO, Maria R.; NEVES. Mag-
usuários em potencial. Enquanto a princi-
pal funçao do panóptico era garantir que
na relaçäo' entre parceiros e sindicato; e
iE Í i i5 :A§~_.› -›-«_=›m- dfl de A.: CARVALHO NETO. Antônio, M. de ninguém escapasse do espaço vigiado, a
[orgs.). Indústria automotiva: o nova geografia
entre parceiros e comissão de fábrica. Pode- rizados de uma_ empresa de logística. Ou

ií; i z it)::Í: i;i: i:=;;; :,.; ;:i;ii3ii;s::


do setor produtivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. principal função do banco de dados, hoje,
se constatar que as diferenças criaram seja, o inodelo sofre adaptaçoes, sem per p. 105-135. ó garantir que ninguém entre sem ter cre-

Ê
ZILBOVICIUS, Mauro. Modelos de produção

;;:? ã!
urna necessidade de articular saídas con- der as suas características principais. con-

::,, Í,
denciais adequadas. Ao contrário do pa- ¡...
_z..›_.,¿_;,_,_ u¿_L

sensuais de forma a garantir a produção e figurando-se em uma experiência singu-


-_›. - .-z tz-=;~ e produção de modelos. In: ARBIX, G.: ZILBO-
iii

i
VICIUS, M. lorgs.) De JK ri FHC: a reinvenção nóptico, que impelia à posição vigiada, o
a produtividade contormando um clima lar de dificil reprodução. É
I dos carros. São Paulo: Sri-itta, 1997.1). 285-326.
banco de dados é um veículo de mobili-
lí*.t kl
iã;

Orgdnizaciorial peculiar. A partir do exposto É dade. Autores que se dispuseram a seguir i


â
fica evidente a complexidade das relações Reterên cias CONTROLE R1zoMÁ'rrco

: lr;=;li:

g
algumas das ideias traçadas por Foucault
interlirmas no modelo de consórcio modu- ARBIX, Glauco; ZILBOVICIUS, Mauro. Con- Carmem L. l'. Grisci a respeito do panóptico acreditam que o
sórcio Modular da V`\'v': um novo inodtrlo de

iii;,;iir, j:ii ii;i ;ij1 ::?Íii= :i:iii


lar, tendo em vista diferentes culturas
i

produc¿'io?. ln: ARBIX, (5. e ZILBCJVJCIUS, l\1. rápido desenvolvimento tecnológico, par-
enipresüriais que Se encontram em cons- 1.. Entende-se por controle rizornático ‹
i:
+;i

torgs.) Dc' JK ci FHC: a reinvenção dos carros. ticularmente 0 surgimento dos bancos de

:E.iEÍ::.!=íl:iri;;t;iiÉ;íiÍi
:i:lE;:;iÉiiÉ:i=:::;í::iAi;i:
§::; É';=,ii: i iÉ ;:Ê : í;iÉrl i i
tante enfrentamento. No entanto, o pro- São Paulo: Scritta, 1997. p. 449-469. a forma de controle que, potencializada
.-«._-M;.«s›.-«¬.; dados, obriga-nos a repensá-lo. Poster
cesso é farrilitado pelo perfil de grecnrield, BO\'l€R_ Robert; FREYSSENEIÍ Micliel. Les
ii;

é
pelas novas tecnologias e de modo não (1990), por exemplo, refere-se ao super-
niotf‹`=¡r›s p¡'oductr`1s Paris, Édilions La Décou-
principalmente o perfil da forca de traba- confrontador, se expande e se invisibiliza t
i s;::-: i r =+ .? í: =: i. =E. j =ii:

\'‹:i-te. 2000. pcmóptico, derivado da informação codifi-


lho: iovem, alta escolaridade e sem expe- ___. Le Monde qui a change la machine: -¬;_ :_;~_
em centros permanentemente móveis que cada digitalmente que não encontra limi-
i;,;:;:
';:
riência fabril anterior. Syritlilièstr dos tr‹i\-'aux du GERPIS/\ 1993-
i,
li -1
constituem os modos de uahalliar c de vi-
, i : ij i i i;! ; Í ;

taçoes técnicas. .lá Gordon (1987) sugere


i (199. z'ttJt(fS de GERPISA, 2001, 31.
Por outro lado, a possibilidade de repro- ver, vindo a moldar individuos e coletivi-
,::_=

(ÍARl)(Jt~1(J, /\.dalb‹+i“t‹› M. A Nova lace da in- que o termo panópljco eletronico é o que
dução da 0›‹pt¬1'ifrn‹'i¿| do consórcio modu- dustria automobilísticti brasileiro: ri tese do dades na forma de autocontrole. No mo- melhor capta a natureza da situação con-
lar em outros locais é que parece de ditítil ‹'oi:\‹_>rL¡èn‹'ia rt-visitada. Novos Estudos CE- delo fordista de produção ‹› trabalho, para temporânea em que todos estamos presos.
i'ealizti‹_¿áo. Passada mais de uma década
liR/-U”, Sao Paulo, u. 61, p. 109-29. 2001.
que o controle inipcdisse os movimentos Por sua vez, Lyon (1995), num estudo que i
-1
Iri; i;i: t,=t,1i11;.;;i3

CASTRO, Nadya de A. Reestruluragäo produ-


de funcionamento da planta de Resende,
-,;ji;,: ii!!i: j

tiva, novas institucionalidades c nego‹;iaçao da autônomos, impuscsse a disciplina e ho- oferece uma visão panorâmica da vigilân- `-i
ela ainda permanece como experiência llt.-xiliilitladu. São Paulo em Perspectiva, Funda- mtigeiwizasse o comportamento, ainda se cia, aponta 0 olho eletrônico como o auge ,.
única dentro da própria corporação. A di-
‹,-.aa sn/›.1JE, sào Paura, n. ii, p. 3-8, 1997.

t
fazia necessário manter os individuos fixa- da sociedade do controle. E Mansano na
l'1l¿/\.N("lf~I(Í(`), Elaine M. V. A Comissão enxutu:
=;

ficuldade pode residir na reprodução das :¬1‹_'_'äo política na fabrica do (:ons‹'›rcio Inodtrlar dos sob o fo‹:o da vigilância. No modelo (2009) indica categorias como vigilância
coiidições que viabiliza ram a implantaçíio vn: livsrâiidt-2. Bauru, SP: lítiilsc/z\npot:s. 2005, pós-fordislía de produção ou traballio ima- disseminada. controle-estimulação e con-
do consórcio modular, desde o linunttia- RAl\-1Al.ll(). .lose R.: S/\.N'l`AN.f\, Marco A. terial, em que o trabalhador é chamado a trole de riscos para dar a entender como
Prr›mc::sus 0 efeitos práticos da inzpluntaçiio do
mento público através de insumos, intra-
ati
ser sujeito do traballio, além de o controle ....Í
*_
os indivíduos participam ativamente em

;;r;íijjÍiijÊ
¡r¬z‹tii.striu outomohilístrkra no Sul Flurninense.
estrutura e renúncia fiscal, a localização Caxanibu, l\×1G: XXV En‹:on1.ro Anual da AN- prescindir da irnobilidade dos corpos para uma rede ampla e complexa de controle. tl.
i1:;:

P(`)(`S, 2001.
no eixo Rio-Sao Paulo, próxima ao 1ner‹:a~ se exercer, faz-se notar a demanda por cer-
iii! ii


O controle sinóptico é outro mecanis-
_______À__À. A indústria automobilística no Rio de
do consumidor e de vias para exportação la diversidade e mobilidade. Para Bauman mo de poder que decorre do desenvolvi- »-â.-M _.› .‹,- .4_ .

g
.lanuiroz relações de trabalho em um contexto l J.
'51
(Via Dutra e Porto de Sepetiba). as condi- de desenvolvimento regional. ln: NABUCO, (1999), numa comparação que sc pode to- mento de novas tecnologias. O sinóptico
coes do mercado internacional para este Maria R.: NEVES, Magda de A.; CARVALHO
mar por contraste, tais modos de exercício é, por natureza, global -~ e 0 ato de vigiar
NETO. Antônio M. de lorgs ). indústria outo-
segmento automobilístico e o perfil da lor- do controle podem ser considerados sob a
;it;;;: ;

ntotiwr; ri nova geografia do setor produtivo. Rio independe da localidade e da distância .:*.-*t!.:' P.“`~.`
ça de traballio ali disponível. de Jtirwiroz DP&A, 2002. p. 83-103. denominação de panoptico O sinóptico. 5:
ein que se encontram os vigilantes. Se 0 *“^r---
Cabe salientar que a singularidade des- _____; FRANÇIISCU, Elaine M. vt Labour re- 2. Se o controle panóptico era uma arma panóptico podia ser relacionado à imo-
1i ; i:

EI
lations in the modular system: ten years of the Í
te modelo de producao tão enxuta ne- VW f.~›:p‹zn`0nce at Resende, Brazil. ln: PULIG- (Outra a diferença, a opçao e a variedade, bilidade ou ao sedentarismo, o sinóptico
_

cessitou de ajustes, como a implantacao l\ÂAl\'()_ Valeria et ui. {orgS.). Flexíbility at \1'‹Jrl¬': @SSa não é a proposta que se coloca diante pode ser relacionado à mobilidade ou ao
?,1

-
critico! dmfelopments in the international outo- vt»._¿¿_,_
de um centro logístico que opera interino- da nova relação produção/consumo ad- nomadisino. A sociedade de controle pas-

Ê
mobile industry. Londres: Palgrave Macrnillari.


;-,ze-=.›e¬-.zw
diaudo os lorneced‹)res e a linha de mon- 2008. p. 151-171.
‹.
Vinda do trabalho imaterial. Atualmente, sa, assim, a potencializar a invisibilidade i

Ê
:
lfi
84 85
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._ _, . , __, í

D1‹,|nNÁR|o nr TR/tn/àLHo E TECNOLOGIA

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ANTONIO D. CATTANI & LQRENA Ilo¡_zMANN

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transformando hierarquias de observação

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i ;ii i
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controle ou manipulação e que, por isso

i i; ; É ei i: i ii; i t; i ; . i : i, : i; i ; :i,í;; Eii;;;§ ;

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infinito, pois possui diversos centros que

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=7 i ; i 5 ; : ã 5 r s ; i i i 1 i i í i : r ; i i ! ;= ; : t ; s'-;, : I j t : . I
do poder, que se dilui com as fronteiras ,..fg» -
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i É :: , Ei : E:
i2;i;: :ri:,riu :. ii,: i...:iiii;:i;i;,,1:,f:i
nues e com as redes flexíveis, despertan- são permanentemente móveis. e permitindo uma investigação poderosa, mesmo, se torna autocontrole intensifica-

EIil;+ií?:;iil=;
;
" S,I
Tomando como base os estudos desen- tanto nas instituições corno na população do. Trata-se da passagem do poder disci-

E
do uma sensação de aparente liberdade,
e
volvidos por Deleuze e Foucault, Hagger- em geral, através de diversos centros per- plinar para o poder do management, que,

: i ; e : i : ! ; ; í ; : i i ; : : i ! i i :; i : : í a i i : : i : :
como se o corpo. o ritmo e o desejo não se

í,:
submetessem a uma modulação continua. ã ty e Ericson (2000) sugerem que ocorre manentemente móveis. Tal como um rizo- segundo Gaulejac (2005: 83), se apresen-
I

a “uma inoldagem autodeformante que um direcionamento do que foram os siste- ma que funciona por variação, o controle ta como “um progresso notável face à ca-

ii;i:
siÍ iiÉiij i;:: ::: : :,,i:j:: ;:;:i;
:
i'-
mudasse continuamente, a cada instante" mas discretos de vigilância para a emer- tem grande qualidade de expansão e de racteristica opressiva e estática do siste-
; i:;

;i:
{Deleuze; Guattari, 15392: 221). gência de um conjunto de vigilância que regeneração. Indivíduos com distintas prá- ma disciplinar ".
É nesse sentido que se pode tornar o opera abstraindo os corpos de seus terri- ticas Iinariceiras, ed ucação e estilo de vida 3. O controle rizornático é fundamental

t i'-:

Êiiii
ii=;iiii;ri:::ii:i:l,rí:ji:É=:;;;r
conceito rizoma, advindo da Botânica, tórios solidifícados e segmentando-os em entrarão em contato com diferentes insti- para que seja possível uma moldagem de

is.it
tuições e, portanto, sutmieter-se-ão ao que si que envolve o corpo e a mento. Lern-

: ; ;;;t=: : . I ; r: i::!!:;âit ! :: I 1: i:
uma série de fluxos discretos, realinhados

i:, i::
para se compreender os modos como o
novo paradigma tecnológico potenciali- em distintos bancos de dados que podem se pode denominar sinopticismo. Isso sig- brando as caractortstirras aproximativas do
za rt roritrole na perspectiva do sinóptico. ser acessados para intervenção. Nesse nifica que, essonciâilmeiite, um grande rizoma, o que se observa é que o controle
> !::1i

Alguns dos principais caracteres de um processo, estaríamos testemunhando um número de indivíduos pode ser rastrearlo instala-se em diversos centros permanen-
: i:

e
i:; z: l: ; ::
ri'/.nina dizem que “diferentemente das direcionamento iizomático em termos de a respeito de alguma coisa em comum temente inovois - e que esses centros re-

!:§Ê

l;e;l:; iÉ:9: iiir.i tii


árvores ou de suas raízes, o rizoma co-
:i:::
controle, tanto que grupos historicamente
-. . ,.¬:'~.‹,_-. ¿_.z- ~». ,-. « ._ .
j. (Bauman, 1999). 'l`rata-se do desapareci- velam-se cmnpostos pelo todo, como se
necta um ponto qualquer com outro ponto nao vigiados estão sendo agora constan- Ã, mento que decorre da curnbinação de um vela a seguir (‹'ont‹'irn|e Grisci, 2008).
qualqur-r. [...] Ele não é feito de unidades, temente moiiltorados. como Ó o caso dos l conjunto de tiontrolcs tecno-burocráticos, Esse controle pode estar: na tecnologia,
:nas de dimensões, ou, antes, de di1'e‹;Õ‹_=s
;;??::
clientes de serviços bancários. O traballio processo em que ri cada vez mais difícil, que o torna 1~ut:I 1* impfrssool; nas incon-

Éi;:ii;
i j1.

nu›\'-'z Ci l fz:G. ff. Elo nao tem conieço nem fim, banc¿uio mostra-se paradigniatico em re- para os individuos, manterem seu anoni- testa\'‹=is vstaii:-.'.|‹'‹:s. que refletem tanto o ti
=
i

r j iÊi;;;: i ii i

mato, ou es‹~ap.'ircu1 do monitorainr-:nto resultado c_oI<.~I'|\>o corno individual a partir


Ãt
mas úeniple um meio pelo qual ele cres‹'e laçäo as transformações da gestao, condi-

ii;:.,'i,-'i+it-
:

zf transl'›on,la" {De1euze; Gtlattari, 2000: zentes com a noção de trabalho nnaterial das instituições sociais. de f‹›rrainr›iitas alirm›nt¿ioas pelos próprios
32-33). Seis principios enumerados por u que implicaram inodificações nos rola» As configurações que o controle assume traballiadortâsg nu linzrz'-irquia, que não mais ”~'~.-.¡.¢:›-và«sa
;izu.ia.,i;'=::i:i

.¡.
rã;

-: -l ::

De-ilcuze e Guattari [2000] Contém Caracte- cionarneutos, na organização, no armaze-


l nas orgariizacíies colocarialn em pauta a repriine, pune uu inipüe, mas busca G ade-
i;:i
risticas aproximativas do rizorna. Os Prin- nainento e na manipulação de inforniaçáo dupla tarte do processo de engajamento são \-'oluntária via s‹›duçÊi‹1, gratificação
É

cipios de Conexão e l-leterogoneidade (1 via sistemas eletrônicos; íideniais, ilustra subjetivo, característico da sociedade de ou cstínnilo ao cúmiprurnetinierito indivi-
ii
!

fi 1!] explicitam que qualquer ponto de um a nomadizaçäo do controle instalado nos controle [Deleuze, 1998]. Ele distingue as dual; nos prot‹1‹':.›lo.×' de avaliação de de-
=
,i: ;:i::;: it;i:t
=i:!;

rizomõ pode e deve conectar-se a qual- ficliários de papel para o monitoramento inodzilidaclos o relações de trabalho na em- senipenho iritornxatizados. que não são
! ?1-,:,:: tt
:t:
ir

presa innderna, constituindo-se, ao mesmo contestados, por ta'/.eri=.in crer que sua
quer outro. O Principio de Multiplicidade eletrônico, ou de uma versão mais buro-
š tempo, numa forma de controle e domina- transparência fz oiijetividacte portam con-
,£,r..,r_.
(3) expõe ser sempre uma multiplicidade crática para uma versão mais teciiolúgica.
que fala e age, que muda de natureza ao Consoante a análise de Bauman (1999) ção do assalariado e também numa fonte fiabilidade e wgiiraxiçér; nos projetos de
ji
=

se conectar com outra, ou seja, qualquer em relaçao à constituição do banco de dados de possibilidades para sua emancipação, gestao. que expandeni as fronteiras orga-
I

a;.+

tragntmito, quando analisado. pode se e ao sinóptico, o dispositivo tecnológico que tal como apreciado por Zarifian (2002). As nizacionais até o lar dos trabalhadores;
iii; i.:;
i:ii;

revelar como sendo composto pelo todo. captura e controla a intimidade do cliente -.-'.-H. ._.a¡. facilidades tra7.idas pelas tecnologias fora da empresa, em função do imperativo
ã

O Principio de Ruptura A-significante (4) na forma de um banco de dados captura n contêm, em si, novas estratégias de domi- à satisluçào dos clientes; na formaçao, que

+:
rc-fere-se ao fato de que o rizoma pode ser controla também o traballio diário do tra- nação. que contemplam a busca dos pro- padroniza ptzrfis antes mesmo da contra- _.:
;: :t

i; = rl

ruinpido, quebrado ou retomado desde balhador. Este dove registrar a quantidade tš Prios indivíduos para se manterem em tação para o tialztllliog nas prescrições ou
i:.:;:

í;i Éii
qualquer uma de suas linhas. Os Princi- de contatos estabelecidos, horários e du- determinados segmentos, numa servidão näo prescri‹;{›es n‹.‹rmalizailoras quanto à
;::

i,]:l:
pios de Cartografia e de Decalcomania [5 ração de cada contato, ritmo de traballio, Voluntária. Isso é possível a partir do que e1eg‹'iucj‹i na ap|'esentzi‹_~ã‹› e condução dos
e 6) regem que um rizorna funciona por contratos efetuados e produtos vendidos. Gaulejac (2005) chama de não prescrição Corpos. por meio da gestão da imagem; nos
a:

â
proximidade, sendo estranho a um mo- A pertinência do conceito de Controle normolizodom, o que se compreende corno colegas de traballio, que zelam por tudo.
;:

delo que remete à ideia de reprodução ao riromrifico esta no fato de essa prática estar um movimento que em nada deseja lembrar na expectativa dos ganhos profissionais e
;

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D1cioNÁRio DE Tiusârnci E TEcNo|.ooiri

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A:×"r‹.>N1‹'.1 D. CA'r'rANi & LORENA HOLZMANN

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de trabalho Ou serem organizadas para a mas também técnicos (de telefonia, p. ex.)

i Í: e Ê;a; ! Él:; iE:: ãE â r r i,; rt =riz:i rá;lf i5f


; §r ir r; : i É ! i àÉ :; Ê iil E :É ::: í; : : É : ;?z:: i' í; Í
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Referências '

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financeiros; e no próprio sujeito, que, reti-

s;i:ts1;,
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terceirização da produção. Elas são frau- e profissionais de áreas como computa-

Í
cente, revela deixar de lado a vida pi.-fssoal, BAUMAN, Z. Globalização: as consequências

=:i:
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§:ia-i; c: :i;:ãi
ii! ;fiii iij Íi Ii íi;i: ii?irl e- iíirrzíí
i'i iã: i; ii:ii: :i:,!=i= i'"i,:i Ê ÉiÊiãÉí;
ção, arquitetura e consultorias diversas.

É
independentemente dos prejuízos que humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. dulentas quando utilizam trabalhadores
DELEUZE, G. Com/efsoçóes: 1972-1990. Rio como cooperados sem se constituírem Nestes casos, são chamadas também de

E
possam lhë acarretar, e afirma que o esta-
de Janeiro: Ed. 34, 1992.
formalmente enquanto cooperativas. No cooperativas de trabalho, estabelecidas

2
do civil pode lhe trazer ainda mais cons- ; GUATTARÍ. F 1933 7 I\/licropolítica e
geral, se estabelecem como cooperativas por meio da associação de profissionais

:
ri,; :F==,i;íi=i;;t:; ?u,ii:1,;;l
trangimentos, considerando, porém, ser seqmentaridade. ln: Mil plutõsz capitalismo e
esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996. v. seguindo, em tese, os mesmos princípios distintos para a prestação de serviços para

?+=:
necessário fazer algumas cedências em
3. p. 83-115.
determinados momentos da vida e defi- de uma cooperativa de produção ou de empresas em geral. Nelas, a autonomia e
__; . Rizorna. ln: Mil platôs: capita-
nindo sua disponibilidade total para o tra- lismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, trabalho: autonomia, participação dos tra- os princípios autogestionários podem es-

i.?;i;!:::Íirii:::
Iir
2000. v. 1, p. 11-52. balhadores na gestão e propriedade cole- tar presentes, mas, grosso modo, termi-

:
ballio corno autodisciplina. A autodiscipli- .ç ¿
GAULEJAC, V. de. La societé malode dela ges- :i tiva dos meios de produção. Na prática, a nam funcionando "pragmaticamente" na

, -i i ; :
na associa-se à necessidade de mostrar-se tion: idéologie gestionnaire, pouvoir manage- ittz autonomia pode ficar comprometida devi- intermediação da força de trabalho.
sempre engajado para merecer boas ava- rial et harcèlement social. Paris: Seuil, 2005. i

liaçoes. Como lembram Deleuze e Guat- GORDON, D. The eletronic panopticon: a case do à dependência com relação ã empresa No setor industrial, as coopergatos são
study ot the development of the National Crime 5r
tari (1996), essas composições não só coe- que contrata os serviços. Por sua vez, a organizadas para terceirização dos cha-
íi

É,.
Records System. Politics and Society, v. 4, ri. 15,
xist‹~i¬.i, mas também se entrecruzam, se p. 483-511, 1987. democracia interna e a participação dos mados “gargalos da produção", como a fi-
trabalhadores relacioriam-se ao grau de nalizaçáo e o acabamento de calçados e

: í:j ::i::iI:i
GRISCI, C. L. l. Trabalho imaterial, controle

=i: ::: i: ;i: !i;; nÉ


i,tii

ll'iiIISÍ()l'I`l]¿lIn, [)Í:lSSëll`I'l Umas 1165 Oll1'l`äS POI”


rizomático e subjetividade no novo paradigma autonomia vigente, que, em rnuitos casos, confecções ou mesmo produções comple-

ir;,1,;;;',i

;,i;;l;l;:;;;iÍí;ítiq!iq:f
mt'-io de variações.
(Í) controle rizoniático poderá encontrar
tecnológico. RAE -- Eletrônico, v. 7, 11. 1, Art. 4,
i› pode significar supervisão e controle da tas, tendo se estendido a diversos ramos
..›
3i;; i?i;iEr,,z,i:ã:i;i:ii

jan./jun. 2008.
::i;

produção por parte dos funcionários da industriais. Essas cooperativas podem ser
1'esistÔnr'ia em face de qualquer um des-
ses c‹>ntros móveis e ser rompido. Mas
ti:il ri;:.:= Êí, ::*i;rii
HAGGERTY, K. D; ERICSON, R.V The sur-
veillant assemblage. The British Journal of So-
ciolugy. V. 51, ii. 4, p. (505-622, det. 2000. ¿_
empresa contratante. Com isso, a preten-
sa autonomia narla mais e que zi subordi-
resultantes da reCupera‹_,'ào de empresas
em estado falirnentar ou organizadas di-
tambúin poderá ser retomado a partir de 1
liii;:;iji

LYON, D. El ojo eicclroriicoz el auge dela socie- l _mv.-rt-:

r]1.talr.juer uni deles, assurnindo novas e rlad dela vigilí-iricia. lVl‹sdrid: Alianza Editorial, nação em novo formato, seja pela depen- retamente por enipresos e rnesmo por po-
:+r. ti:.::É;+iil

1995. dência dos cooperados aos funcionários, líticas estatais de atração de i1ivef~.tilnen-
inipievisí\f(:is configuraçoes, sendo algu-
'ii;::=

MANSANO, S. R. V Sorritl, você RSIÓ sendo por meio da intorvençíio da empresa na


mas delas a introjeçáo e a reprodução do tos industriais e de geração de renda.
contmhrdo: resistência e poder na sociedade de
.1 escolha dos membros fi serem "eleitos" 2. Diversas crirreiites do movimento ope-
discurso gerericial, que se tornaram pos- controle. São Paulo: Suinmus, 2009. r

iií?:t
:H
para a diretoria, seja pela niarititeriçári
síveis porque o controle, hoje, não mais se POSTER, M. 'l"Iie mode of informolion. Chica-
go: University of Chicafo Press, 1990. .â de hierarquias verticais no processo de
rárío do filial do séc. XIX 0 início do séc.
XX combatiam as cooperativas, conside-
patria pela recusa, interdição, repressão
ZARIFIAN, H língajarnento subjetivo, discipli-
trabalho, com a separação entre planeja- rando-as reforrnistas por sugeriram alter-

=
ou punição; pauta-se, sirn, pela sedução, na e ‹:‹.mtrr>Ie. Novos Estudos, 11. 64, p. 23-31.
sofisticação, sutileza e justifitração. nov. 2002. mento e concepção. nativas de trabalho no capitalismo. Tam-
No meio rural e no setor de serviços, bém já existiam referências, desde esse

: i;:í:;;:

;iÉliii:iil:i c
cenario de controle errio‹:ionai gera uma
a-1!:‹.\»r ¿ ~z»›i' ._u-r.«_ú
COOPERGATOS (ou FALSAS destacam-se cooperativas onjonizatlas es-
êãi i í?::li:

momento, as falsas cooperativas, organi-

i : l: i i ; i ! í :

;i:;i
E t; :: i q: i! i

adesão voluntária aos modos de gestão


il!:Ei;É

~ r ._.,. ._4~;. _-
i
pecificamente para colheitas ou fases de- zadas por empresários para a diminuição
Coin base na gestão de si compreendida COOPERATIVAS)
j!,r;E-ii,É

como autocontrole. O controle rizomáti- terminadas do plantio e para a prestação de custos e obtenção do benefícios como
Jacob Carlos Lima
§ ri I

co não se limita aos modos de trabalhar, de serviços antes realizados pelas próprias redução de impostos, sendo elas vincula-
1
atingindo, igualmente, os modos de viver 1. Coopergotos ou falsas cooperativas empresas. Essas são as chamadas coope- das a organizações de cunho mutualista.
v
rativas de rnäo de obra, cuja existência Marx [1977) referiu-se ao cooperativismo

i
dos individuos e das coletividades. Disso são cooperativas organizadas por empre- A
. _. '°.:¿£. .
vincula-se apenas a interesses imediatos e à autogestäo como possíveis germens do

i::;;:
resulta uma subjetividade padronizada, sas, ou por sugestão destas, para rebaixa-
atualizada na submissão às condições vi- mento de custos empresariais na gestão de empresas na contratação da força de modo de produção socialista, mas aleitava
ítiít

“rh/L›Ç.t trabalho. Taís cooperativas incorporzim para o perigo de os trabalhadores se tor-


gentes de produção, consumo e circula- da força de trabalho, evitando impostos iili
:!ii

T1510 apenas trabalhadores de apoio e ma- narem seus proprios patrões, se autoex-

c
ção que caracterizam o traballio imaterial e obrigações sociais. Essas cooperativas
não só no que diz respeito às expressões podem se constituir como empresas de v'.¬'~.›i nutenção {como prestadores de serviços plorando com a intensificação do trabalho M.

do afeto, mas também à sua exploração. de limpeza e consertos de equipamentos), e atribuindo-se baixos rendimentos como .-um-u »
intermediação na contratação de força :E
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vez mais atacados pelas politicas neolibe-

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Ao lado das coopergatos multiplicaram-

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E
regulador. O funcionamento de cooperati-

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forma de competirein no mercado. Luxem-

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se também cooperativas organizadas por rais nos países de capitalismo avançado.

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burgo (2001) vai mais além, considerando vas rurais foi incentivado como contrapo-
sindicatos e fábricas em situação falimen- Na América Latina assistia-se a movi-

ü
as cooperativas de produção como uma sição aos conflitos pela terra e as lutas
-T;=-=-Íw.:i.
forma ltíbrirla de capitalismo. A Compe- pela reforma agrária. Cada vez mais a co- tar, convertidas em cooperativas tendo 0 mentos tcom graus distintos de organiza-
titividade do mercado exigiria o controle operativa passou _a ser percebida como apoio de ONGS e de outros sindicatos. O ção) pela manutenção de empregos com o
desenvolvimento dessas cooperativas iria Crescente fechamento de unidades indus-

Ê
alusoluto do processo produtivo, resultan- uma forma de gestão vinculada ao merca-

:::ii ;ziiii i;':'íiiii!'


do em mais exploração do trabalho por do, sendo destituída de qualquer prática distingui-las das coopergatos, de modo triais resultante dos processos de abertura
i

meio do aumentos da jornada diária, como social emancipadora. No Brasil, isso se que passariam a_sercl1ainadas de autênti- de mercados, a privatização de empresas
i? jÉ;:!Eití:i ;;;.:r ie ã;i, .+2'tr:ãã
ii: i:;. :ii:; li, :;::,: ii: ii

forma de se atender às demandas. Destar- evidencia no enfoque empresarial presen- cas ou verdadeiras por observarem, de públicas e o tim das politicas de proteção
I::

te. a deniocratizaçäo interna daria lugar te na Organização das Cooperativas Brasi- fato, os princípios c‹›opereitivistas da auto- industrial. Esses movimentos assumiram
ao autoritarismo da empresa capitalista, leiras e suas seções estaduais. nomia e participação democrática dos tra- distintas dimensões em países como Bra-
ainda que de maneira autogerida. Essas 3. O termo coopcrgato referiu-se inicial- balhadores na gestão. Entretanto, proble- sil e Argentina. No Brasil. vieram a se

Iir:r l::
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‹:‹z.'zp‹-ia1i\fas transformar-se-tam em em- monte ci organização de cooperativas por mas relativos a dificuldades da gestão construir progressivamente organizações

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pn1-.sas capitalistas regulares ou se dissol- fazendas produtoras de laranja no estado coletiva da produçã o e as necessidades de de apoio à recuperação de empresas fali-
-z.z‹.~i iam. I\'z›ssa inesma linha, encontra-se a de São Paulo no início dos anos 1990. Para permanência no mercado levaram parte das e em processo faliinentar. Na Argen-
dessas cooperativas à condição do tercei- tina, na década de 2000, a crise política e

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-xrítirra de \›'\'ebh e Webl) (1914), na tese da reduzirem os custos sazonais de contrata- -z-z_.c='-».¬t z-_._z,.-_EW-i'_ . .ii

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rizados, recornpondo liierarquias verticilis econômica tem levado ao movimento das
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ttfer;r›iier‹2s‹;êltCia das Cooperativas. Para os ção de trabalhadores para cultivo e colhei-
ziutuitrs, u sucesso da cooperativa irnplica- ta da laranja, as fazendas organiz.aram e subordinando-as, em grande medida, às fábricas recuperadas (Fajn, 2004). Esses

l:
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|¬.;z sua progressiva transformação eni om- grandes cooperativas, valendo-se dos in- empresas coritratantvs. lissos Íatoi'‹f:5 com- movimentos, que no Brasil Íorctm incorpo- 132?
prometem a autonomia tz a participação rados ao ideário da Economia Solidária, Í'<.

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termediários que autos agenciavam os

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prâ .sa 1‹-‹;1.1lar‹=tn prejuízo da atltonorniii 0 ~ r
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democrática dos tr¿ilJ.'-illiarl‹›i'‹›s, tornando resgatam a proposta da Cooperativa como
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-;‹›_-tzzo dl-›mo‹trz"it1‹'a. chamados “boias frias” nas penferizis das
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I^~'o Iàiasil. nosso mesmo periodo, as co- cidades do interior paulista. Esses inter-
i:t ditusas as distiiigozrs entre falsos c verda- uma possiliilidade de eriiaricipacšio dos
‹›¡›r-iatixuis foram comliatidas pelo anarco- mediários, conhecidos como gatos, orga- deiras cooperativas. trabalhadores na direção de um novo so- ;_;äKz"
:i.l,

4. Corn a reestruturação produtiva veri- cialismo. Entretanto, ao mesmo tempo, de

ii:
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uizrlicalisino, que contrapunlia a ação nizavam cooperativas que envotviam até
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10.000 trabalhadores. Tais cooperativas Ír, ficada a partir da década de 1970, 0 co- forma contraditória, as cooperativas apa-

=!
‹'t'irr:t‹3 dos Lralialhadures à falácia do mu-
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operativismo adquiriu novo fôlego, não rerfeni como possibilidade para o cr-ipitíil,

! i!:i:igÉ!;i;i;;:
itnzlisiiirl ‹: do cor:purativisino, que eram cotistituiarn, portanto, uma estratégia para . l

apenas pelas transformações econômicas, dentro das teorias pariicipativas resultari-

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pv:i‹:t~zl.›i‹los corno ilusões, tuna vez que os
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se baixar(-im os custos de produção, quan-


Lil mas também pelas mudanças culturais tes do questionamento do paradigma for-

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tr.11›aiha‹l‹›res riáo toriani como concorrer do as indústrias beneficiadoras da laranja
_j. ,-: l:1.:

;-1: e politicas do periodo. Cornforth (1983) dista e do reconhecimento da importância


‹'‹.›zn ú grande industria (Ferraz, 2005). estavam em processo de focalização de suas
denomina o novo impulso do movimento de 0 trabalhador envolver-se no processo

i; ti; =g: i: i j:
No l`-Luropa, o crescimento do cooperati- atividades, o que, mais tarde, resultaria na
*!

'.-'isnâo de traballio vinculou-se a periodos separação, em parte, dos produtores, be- cooperativista de new age. Este não se li- e na gestão (10 traballio, posicfioriarido-St:

do ‹'lr-.pressâti econôniica, havendo a orga- neficiadores e exportadores. As cooperga-


3
mita ria apenas a uma reação ao progressi- como agente de qualidade e aumento da 'tr
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;

-v. vo desemprego estrutural provocado pelas competitividade. Cooperativas exitosas,


ni;›:‹i‹¿{io de frentes de trabalho cooperati- tos da laranja seriam fechadas, posterior-
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1'
vas coni apoio estatal variável de acordo mente, pordeterminaçãojudicial. Contudo. :'1 transformações tecnológicas e organiza- como 0 Complexo de l\/londragon, na Es-
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com o connêxto, A partir do final da década foi nesse periodo, marcado pela internacio- cionais, pela d‹:stcrritorialização da pro- panha, atraein segmentos ligados as duas
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dução, pelo declínio de áreas industriais perspectivas: lideranças sindicais e de

i:;;.u;
df; 3Fl.3t), a lgicja Católica apoiou o coope- nalização da economia e por ajustes es- E
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rritivisnio, visto como uma possibilidilde truturais de cunho neoliberal, que se rnul- tradicionais e pela redução crescente de trabalhadores em busca de alternativas
«lv trcàr U avanço coniunistai. No Brasil, a tiplicaram, no país inteiro, as cooperativas postos do trabalho. Esse movimento veio de autonomia e emprego; e gerentes e di-
+:. t::

É a abrançrer também formas alternativas de


¡~.z||ir da ‹l‹ë=:‹i‹la de 1930, o cooperativis- retores de grandes crnpresas analisando a ecsf*
_.:-of.:
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de traballio e produção, justilicadas corno


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i::

:no .ipar‹›‹¬e cada voz mais como política forma de se reduzircni custos com a força
3» lltodução ecologicamente sustentáveis e a autogestão como possibilidade de aumen-
ii:

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est'-ztíil subordinada. tal qual o sindicalis- de traballio e de se aumentar a competiti- resolução de conflitos sociais por moradias to de competitividade e redução de custos
.__, G por serviços sociais, movimentos cada com a força de traballio (Kasmir, 1999).
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mo, a um Estado progressivamente mais vidade das empresas no mercado.
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D1ci0NÁruo DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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5. O caráter híbrido verificado na propos-

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capa da autogestao, modelaram uma for- ignoradas nos delineamentos do que se

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sociais « organizadas por incubadoras uni-

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ta cooperativista - autogestao dos_traba- ma atípica de assalariamento, mantendo a versitárias de cooperativas ou vintülâdëls â entende por autonomia e democratização.

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lhadores e permanência no mercado z- tor- heteronomia dentro do coletivo de traba- prefeituras municipais. Geralmente, a con-

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na a con fro_taçáo entre falsas e verdadeiras lhadores, mas garantindo renda. dição de sobrevivência dessas cooperativas Referências
cooperativas um problema. Ao caracterizar Estudos de casos têm apontado para está na participação cm licitações públicas ALBUQUERQUE, Paulo P Autogestao. ln:

í:Ê

; iÉ : : íg
Economia Solidária, Singer (1998) destaca situaçoes hibridas, o que dificulta que se para a prestação de serviços em áreâS COIHO CATTANI, Antonio D. A outro economifl- 130110
Alegre; Veraz Editores, 2003. .__.
a importância da organização do trabalho façam afirmações peremptórias ideologi- limpeza, alimentação e afins. Entretanto. ANTEAG. Aulogestâo. Construindo uma nova
em cooperativas como possibilidade de um carnente fundamentadas, mas com pouca numerosos Termos de Ajuste de Cflllülllâ cultura nas relações de trabalho. S50 PEIUIDI

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novo modo de produção, justo e solidário, sustentação empírica (entre elas a de que do Ministério Público do Trabalho têm ve- ANTEAG. 2000.

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mas ressalta igu alrnente as dificuldades a autogestão ou é autonomia e democra- CORNFORTH, Chris. Some ioctors oƒleoting li,

ii ãiií :i:!:'u!17i.
tado a participação de cooperativas cm lici-

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the success or failure of Worker co-operativos: :,=¡
..¡
d esse processo num mercado competiti- tização de fato ou não existe). Numa eco- tações, sob a ameaça de fechamento 011 de cr review of empirical research in the UHÍÍGU
vo, assim como o risco permanente de elas nomia de mercado, em que ii cultura do que se constituam como empresas regula- Kingdom. Economic and Industrial Democra-

il;i=í;zi,Í t i:zÍe!!í;: í; i iíizE ;


-. ‹'.1'.-‹.
cy. London; Beverly Hills; New Delhi: SAGE, 'zi-i
perdeu-,ni suas caracteflsticas constituin- assalariamento entendido como acesso a res. Vale ressaltar as pressões de empreSdS

:;: iiii; Ei i;j: ::; : !Í; ;j iEE i ;É;


1983.13. 163-190.
tes, As cooperativas mais representativas direitos sociais e cidadania é liegeinônica, de prestação de serviços contra as coopera- FAJN, Gatiriol. .F‹it_›ricu.=.- Recupcmdos. La orga- -1
-4~:.-;›‹_n«.,-‹›¬×_rú-‹¬».q-‹|.:›fq-_z1;_
desse ideário seriam as cooperativas popu- a autogestão enquanto autonomia do cole- tivas, vistas como concorrentes em poten- nización eo r“.uest.it'›n. Disponivel em: www.usg.

É
lares, organizadas com a população do bai- nl/làbouragain.
tivo de trabalho é um processo de constru- cial. Um projeto de lei de mudança da le- FERRAZ, Ana Lúcia. Drumoturgias do autono-
xa renda como forma de garantir ganhos ção que dura mais de um século. Conside- gislação enconrrfz-se no Congresso miu. SE't0P¿.tt1ln_ Tese de Doutorado em SOCÍOIO-
-›¢_- n-ø›
r: ocupação, comparativamente àquelas de rar que isso mudará com a adesão formal a gia-USP 2005- .:f

j;
Nacional. Porém, polémicas quanto a al-

:ã:;i:*;i:!:; ; il; i; ;i i!: :; i


~.
trabalho e produção vinculadas a indústria principios solidários é ilusão. Como restit- guns de seus dispositivos têm dififllltflflfi
KASMIR, Sharryn. 'l'h‹› Morrdrogón Model GS
Post-For‹i¡`st Discourse: Considefflllfâflh' OH me Íí
r- aos serviços. tado, temos uma situação ambiqua no mo- sua votação, como, por exemplo, assegurar
: il;i i; i i i: Í ;i: ;i;Ê í: íi
Pmduczion of Post-Fordisrrr. Critique ot Anthro-
Apos um período inicial, rzaracterizado vimento sindical, quo reconhece apenas as
:iii;s::
;:;iii;9i;,,Ê;ie+;;:Êi

aos associados direitos trabalhistas simila- pology. L,‹_|nd‹1n; 'flititisaiirl Óaks, CA; NEW
Delhi: 1999. \'. l9(/1), p. Ii'/'tl-4ÍJU.
por fraudes sistemáticas e, posteriorincnte, chamadas cooperativas "autônticas", mas res aos dos trabalhadores assaIari‹1d<›5 011 UM/tj ,],,‹;@b C. As urrirrimilzos do flexibiliza-
com a fiscalização do Ministério Público sem ter muita clareza de seu significado, estabelecer fundos de reserva, inviáv@ÍS

:
ção; o tmtiallio t‹¬rceiri7.ado cm cooperâ-tl1vdS (le
do Trabalho, pane das coopergaros, oii fal- mesmo que elas tenham sido organizadas para as cooperativas populares. produçao. São Paulo; Terceira Margem, 2002.
sas cooperativas, está formalizado e atuan- por sindicatos ou centrais. Lutas sindicais UMA, JM-gb (2_ ¡_j;¡oçõr.-s Perigosos: trabalho ra;"_u'~. _.,'.». .:
O debate está longe de acabar. Após
flexível ra traballio associado. São Paulo; Anna-
do dentro da legislação conperativi.-sta o internas e o envolvimento de direções de uma decada de furtcionrimcnto das coope- _.l
blt1i11v,'.2fiÍl'Í. 1-i.
outra parte encerrou silas atividades. lnde- cooperativas nesses sindicatos mudam ra- rativas de produção e trabalho no Brasil. LU)šEl\'ll3URG(), Rosa. Reforma 0 revolución.
pendente de como foram organizadas- por pidamente a classificação das cooperati- temos uma diversidade de situações que
Buenos Aires: l..r'›ngs‹:ller, 2001. tr
empresas, por meio de políticas estatais. vas de verdadeira para falsa. O abandono MARX, Karl. Manifesto de lançilmentü dâ
iÉi

necessitam ser conhecidas a fim de que Associa‹,ão lnterimcíonal dos trabalhadorefiz


por sindicatos ou ONGS - e de seus objeti- tz
ou o simples descaso com os trabalhado- possam contribuir para a elaboração efeti- 1564. mz MARX. K1; ENGELS. F. R›>‹f0S 1550
vos iniciais - rebaixamento de custos em- res das chamadas falsas cooperativas não va de politicas que se pretendam juStäS H Paulo: Etiiçüos Sociais, l977.
presariais, terceirização ou ma nutençào de contribui muito para o desenvolvimento SINGIER, Paul. Uma rzltipirrinilƒtanfe. Repen-
solidárias. Entretanto, necessário reco-
iÍ;::gii!Ê:

sando o socialismo. Petrópolis: Vozes. 1993- .rfl


empregos -, seu desenvolvimento e per- de uma perspectiva autogestionária. nhecer que essas cooperativas significam
Ê

WEBB, S.; W'líBB, B. Cwoperative Productiüfl


manência criaram uma situaçäo de tato. A ausência de mudanças na legislação nao apenas possibilidades de autotlümíõl and Proíit Sharing. Special Supplement IO the -2-
Por um lado, desencadcaram um movi- coopcrativista (vigora ainda a lei de 1971] dos trabalhadores e de uma nova perspec-
New Stotesmrm, v. 2, n. 45, 1914.

à: i;:iiE
mento que coloca a autogestão como pos- tem sc tornado um problema para as coo- tiva socialista, como também funcionali-
sibilidade real, como uma opção num mer- perativas de trabalho e produção industrial. dade para o capital em uma economiä de CULTURA ORGANIZACIONAL
cado de traballio cada vez mais restrito, Isto porque a interpretação juridica da rela- mercado fleiiibilizada. Considerando-S8 Angelo Gomy
z
assim como uma maior autonomia no tra- ção de subordinação presente na prestação . . _-.z¬ ._-szae.- f:>;~.à-»õf.z=.'›'~ä.:,‹¡=;¿It,i›»¢~.¿>i›_‹';=-úf«-‹.».' «. á.q,.;-. ›. ,"
que a inserção no nicrcado é Condição de
balho e, talvez, uma maior conscientização de serviços tende a inviabilizar parte signi-
1,.
existência das cooperativas, independen- 1. Cultura organizacional pode ser en- *til
t ea
na direçao de um projeto político próprio ficativa das cooperativas populares - que 1

desses trabalhadores. Por outro lado, sob a podemos chamar também de cooperativas
temente da matriz ideológica DIGSEHÍB
em sua constituição, elas não podem 501
tendida como um conjunto de entendi-
mentos, interpretações ou perspectivas
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compartilhadas pelos individuos na esfera e 0 controle organizacional.. Há a crença

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sentação comum que da 0 contorno a cada

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psicológicas nos indivíduos que traba-

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de uma empresa especifica, represeiztando na existência de uma cultura corporati- lham nas empresas, repondo um quadro institui‹_;ão, ou sendo constituída por dife-

i, rs:;: !-ii
uma complexa rede de princípios, valores, va, a qual, quando bem gerenciada, é ca- de valores, crenças e pressupostos orien- rentes culturas trnulticulturalismo ou hete-

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crenças e pressupostos, ritos e cerimônias, paz de impactar no comportamento das
É
tadores tle um comportamento Coletivo rogeneidade cultural), ressaltando as dife-
estórias e mitos, tabus, símbolos etc. Cor-
iiiiÉt i;;i;;ii :;í pessoas, oferecendo um sentimento de conveniente aos objetivos organizacio- renças existentes entre os diversos grupos

5 s E Ê s'À

itiiÍii;,2iii;:::; i= Íi:iii:;i; i;:::;;


responde, assim, a um sistema de ideias, a direção, de pertencimento o de significa- nais (Freitas, 1991). Não seria, assim, uma que conipõein a organização ou mesmo a
uma rede de significações que circulam do comum, refletindo-se no desempenho qualidade, uma variável, mas um contex- noção de que existem valores partilhados
dentro e fora do espaço organizacional. econômico e nos processos de mudança to, um sistema de relações, de interações ternporariamente pelos vários indivíduos
Essa rede define o modo pelo qual um de- nas organizações. Ma1-_n *-:_ que envolvem os conflitos e as relações de que atuam na organização, A contracultu-
"|
terminado grupo de indivíduos aprende a 3. Diversos autores desenvolveram mo- .J
._ -e poder no espaço organizacional. Nesse ra tarnbém Ó mencionada, e significa que
3.!
lidar com problemas, que, por sua vez, Ó delos de Cultura Organizacional a fim de zr

*;
um determinado grupo não compartilha

É
sentido, a cultura pode ser consideratla À*._z`. . .
passado para os novos membros. melhor entenderem e diagnosticar esse fe- como algo que a organiza‹_;áo é (Freitas, dos valores e da missão da organização.
2. Cultura tem sido um conceito central nômeno, visando um coiilitõciniento mais 1991; Srnirci‹:li, 15183)- Assumir a possibilidade de existência de
nos estudos de Antropologia e Sociologia,

i
ii;ii!l:;;ii:zle.:iÊ::
profundo do universo organizacional. Um Para os que se ir'1.sm'mn :nesse segundo uma contracultura implica em aceitar,

=;:;:r3:. E: ; ?i'rrÊr;ia!ii?1
.lá os estudos de cultura organizacionzil. dos mais conhecidos Ó Scliein (1985), enfoque (cultura como algo quo a organi- além da coexistência do diversas culturas,
.~_.=-._~._.1;'
surgiram na década de lfltitl, atrelados para quem cultura existe ein três níveis: zação é), a cultura vista como um sistema 0 antagonismo e a luta de classes inerentes
(is práticas do chamado Desenvolvimento artefatos (visíveis, tangiveis ti anditiveis), 5,;,. estruturante, isto Ó, um .sistunia que leva ai ao próprio modo de produção capitalista, a
Organizacional (D.O.). Porém. foram utili- valores (princípios sociais, filosofias, ob- fi perttelicr e organi7.¿-ir o ltftiôriimio I'n‹1Tei'ial, divergência entre os interesses dos indiví-

i i : : ; : i ; iJ:
zados mais intensamente somente a partir jetivos) e crenças sobre a realidade ta a gi duos o os das organizações e contradições
;

as coisas, os eventos, os comportamentos


dos anos 1970/1980, inipulsionados, prin- natureza humana. Neste sentido, para
;!:',. l : i i,,i

te as t:iri‹›‹_'‹'›t~s, s‹›nt.lo uma tnaniiestaçãto ‹:ntr‹: os niv‹-*is altos 0 baixos da pirâmide


cipalmente, pelo interesse, na t'-porra, pr_~]‹› se diagnosticar a cultura orgaiiizéatiioiial da mente humana u tr-ndo uin conteúdo orgàiniz.a‹'ional (Freitas, 1991).
.sucesso das orgtini'/.ações iapoiiesus, Iioin Ó importante que se atente, entre outros, simbólico on mt.-sino in‹~ons‹`it:nte que nc- Há, ainda, a diferença entre cultura na-
!

seus ganhos de competitividride cirzdit.â- para elementos como 0 co|i}n›‹'im‹‹iito do


l:É

1 cessitíi ser iiittârpretatlo e ‹lcc1lratlo para cional e organi7.a‹'ional Íllofstetle, 1997).


dos, entre outros fatores, aos valores v ao _)il `,-
histórico da empresa it: de seus fundado- .tl ser entendido. Cultura fuiiciona corno um A prinioira interfere na organi7.acional, na
estilo de gestão, centrados na participação, res, da forma como ocorre a so‹'ializ,‹içáo ;l
contexto dentro do qua] os sujeitos inter- forma como os gestores tomam suas deci-
no comprometimento tê no espírito do coo- tios novos membros, das politicas do re- sões ein relaçäo aos problemas das orga-
.,: t;ti;

.ll.ílš pretam, organizarn tr dão sf:i1tirl‹.I às 51185;


pcraçãt› desse povo, boni como na busco cursos humanos, do processo de comuni- vidas (Jaime Jr., 2002: 81). nizações, em suma, limita ou deii no a iorma -~. +-._
pela qualidade e pela inovação sistêmica. cação e da organização do traballio. A organizaçëio É vista como uma expe- corno as decisões de recompensa por de-
É, assim, a partir dessa perspectiva (pu- O estudo da cultura organizacional por- riênciêi siibjetiva, sendo necessário inves- sempenho são adotadas, a gestão por ob-
:i:.:i

;i; í t;t:ÊiÊi:f
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radigma funcionalista), que consultores o rnito que se entendam os processos que ligar como ela molda as atividadt-:s e os jetivos e a estrutura organizacional. Cada
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gestores passam a dirigir maiores estorços gorairi 0 moldam significados vitais para a i
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Significados, que, por sua ve;/., são impac- nação tein formas específicas para resol-
na expectativa de desenvolverrâni padrões existência da organização, tendo em vista tados pela cultura riacional, pelas pres- ver os problemas.
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de comportamento de alto desempenho que eles representam as relações capazes Sões institucionais, pelas comunidades Não há consenso entre os estudiosos
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desejados para suas empresas. Nesses de detorminarem estados de motivação. llrofissionais, pelos conflitos e pelos pro- de que a cultura organizacional possa ser
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tudos, cultura é encarada como uma variá- inovação, criatividade, adesão, com uni- cessos de aprendizageni (DupuiS, 1996]. mudada ou gerenciada. Os favoráveis à
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vel, ou seja, algo que a organização tem e cação, possibilidades de asuânsáti, status, 4. Outro debate em termos de cultura or- ideia de que ela pode ser gerenciada re- -s;..

que, ponanto, pode ser gerenciada. prestígio, divisões entre classes, divisão Fãênizattioiifil reft-rre-se à questão da sua ferem que, quando se objetiva manter os
Parte-se do pressuposto de que a orga- sexual e outros mais de nattircza compor- llomogeiieirlarie em oposição à sua hetero- padrões vigentes, as possibilidades de
nização é um organismo, sendo a cultura tamental e social. tlflneidade. Nos estudos sobre cultura. a planejamento e controle säo maiores; en-
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parte do ambiente ou o resultado de uma Cultura organizacional pode ser enten- -_' ié Organizaçáo pode ser visuâ-ili7.ada como
-t~s tretanlo, quando o objetivo é a mudança
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ratificação ou promulgação humana - o ‹.f.


dida, também, como um m‹›‹_-anismo de Possuidora de nina unica cultura [homoge- de patirõos culturais, as resistências que
interesse subjacente é a pre\=isibilidacl‹_= controle que busca i'‹2staumr as perdas neidade cultural), ressaltando uma repre- eniergem sao enorrnes, embora se possa

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Antonio D. CATTANI & LORENA Hoi.7.MA.~1N

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teresses ou desejos, eles estão na depen-

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pensar nesse processo em consonância TI-IÉVENET, Maurice. A cultura da empresa

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na análise de indicadores críticos existen-

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hoje em dia. Revista de Administração de Empre-

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com outras alterações estratégica.s_ dese- dência de significados atribuídos ao que tes nos contextos de traballio. A gênese do
Ers
sas. São Paulo, v. 26, n. 2, p. 32-39, abr.,/jun. 1991,
jadas pela organização (Fleury, 198613). está em jogo. Deste modo, cultura nao conceito de CHT se apoia, principalmen-

ÊÍii;Ê;iÉÉi.:!ãciriil::i:i:: iiilit!:iÊ;i
deve ser vista como um poder que deter-
,.,.
Contudo, .corno aponta Cavedon (2004), te, em uma análise crítica à noção de car- sl1:
o estudo das realidades organizacionais mina os comportamentos, pois cultura é Cusro HUMANO no ga de trabalho, largamente utilizada nas _. fi

É
um contexto de significados" (1996: 201).
:si TRABALHO !¡:

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revela que não necessariamente uma cul- _,¡
*T ciências do trabalho (Gopher; Donchi,

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tura selecionada, escolhida como a dese- _ | Mário César Ferreira 1986], com destaque para a Ergonomia
jada por uma organização, que passa a Referências
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(Wisner, 1987). Conforme assinala Mont-
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se esforçar para alcança-la, representa a CAVEDON. Neusa R. Cultura Organizacional: 1. O Custo Humano do Trabalho (Cl-IT) mollin (1995), esta noção aparece associa-
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cultura realmente existente. gerenciável, homogênea e quantificável? ln: expressa o que deve ser despendido pelos da às ideias de hipersolicitação das ativi-
BITENCOURTI Cláudia. Gestão Contemporâ-
Os que considerarn a segunda hipótese nea de Pessoas: novas práticas, conceitos tradi- t trabalhadores (individual e coletivamente) dades dos trabalhadores, de efeitos
entendem que a cultura é o resultado de cionais. Portn Alegre; Bookman, 2004. rias esferas fisica, cognitiva e afetiva a fim negativos e de distinção entre carga física
Ér

DUPUIS, .Jean-Pierre. A.ntropologia, cultura e .íjf de responderem às exigências de tarefas


um processo de aprendizagem, antes de ,I
e carga mental.
organização: proposta de um modelo construti-
ser um material a ser construido e inedi- (formais e/ou informais) num contexto de A preocupação dominante de pesquisa-
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;;i;á:l::.grii:!
vista. In: (Il ÍANLAT, .lean-François (coord). O
ticado: a mudança na cultura. só poderia individuo nu orgnnizoçöo: dimensões esqueci- produção de bens e serviços. As contra- dores ri gestores esteve sempre centrada
das. São Paulo: Atlas, 1995. v. 3.
ser pensada no sentido de que ti cultura dições existentes nos ambientes organi- na busca de mensurar a carga de traba-
FLEURY, Maria T L et ol. Cultura e potter nos
âfjr zacionais, que obstaculizam e desafiam a
de qualquer sociedade evolui ao longo do
tempo. não se podendo modifica-la a par-
organizações. São Paulo: Atlas, 19B9.
FLEURY, Maria T. L. Cultura Organizarional competência dos trabalhadores, traçam o
lho, principalmente, nas dimensões fisica
{Grandjean, 1998] e cognitiva [Ilancocl‹; zt
tir de um objetivo fixo (Thévenet, 1991)., - os modismos, as pesquisas, as intervençoesz perfil do CHT, caracterizado por três pro- Meshkati, 1988) para, em consequência,
uma discussão rnctodológlca. RE'\-'istü de Admi-
Para esse último grupo, como refere Du- nistração de Empresas, São Paulo, v. 24, n. 1, p. priedades: a) é imposto externamente aos padronizar tarefas e universalifar sua dis-
':._. '-:.1:
pms (1996), a cultura e um fenômeno 3-9, jan./mar. 1989b.
;ii ::i:iiii trabalhadores, em face das características tribuiçáo entre trabalhadores com base no
l'"`Rlíl'I`/\S, Maria E. Cullum Organizacirmftli do contexto de produção, sob a forma de
que se estrutura pelo jogo dos atores que paradigma “homem ceito no lugar certo"
grandes temas em debate. Revista de Adminis-
atgvrn na organização, e o tazoin em um tração de Empresas, São Paulo, V. 31, n. 3, p. constranginientos para suas atividades; bl - perspectiva típico dos modelos de ges-
ambiente de múltiplas interações. 73-82, jul./set. 1991. ë gerido por meio das estratégias de me- tao do trabalho de iiliação taylorista-ton .-. .N.
Si
JAIME JR., Pedro. Um texto, múltiplas inter-
=eil;iir: ii+?S !i;i:;;Íi

5. Outro ponto a ser destacado Ó o que diação individual e coletiva (atividades) dista (l-aurell; Noriega, 1989). Subjacente
pretaçoes; antropologia hernieriíautica e cultura
se refere ao espaço do sujeito em relação organizacional. Revisto de /ldministmçúo de Ern- que visam, principalmente, responder à a tal perspectiva etlcorltra-se o "mito do
'za
..
corn a cultura. Corno aponta Motta (1996: presos, I¬`G\,{ São Paulo, v. 42, n. 4, out./dez. 2002. ._,z_..¿_ ____ z : discrepância entre as tarefas prescritas pe- homem médio" (largamente clesmititi- l z

199). embora a cultura tenha a capacida- ltA'l`CTl~l, Mary Jo, The dynamics ot organiza- los modelos de gestão e as situações reais cada pelos resultados de pesquisas em
i:= ;;iíji:ii=i

cional culture. Academy of Management Re-


de de designar, classificar, corrigir, ligar e view, v. 18, n. 4, p. 657-693, 1993. ÚG trabalho; C) está na origem da produção Ergonomia da Atividade), para o qual se tt
colocar em ordem, ela “está muito longe HOFSTEDE, Geert, Culturas e organização. sli de representa ções mentais de bem-estar e deve medir Os esforços físico e cognitivo -

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de atribuir a cada individuo um papel de Lisboa: Silabo, 1997. ÚE mal-estar que os trabalhadores constro- carga máxima aceitável - para se realizar z
I»/IARTIN, Joanne; FROST, Peter. .Jogos de
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qual ele náo pode escapar. O que a cultu- É em com base nos efeitos do CHT. uma determinada tarefa.
guerra da cultura organizacional: a luta pelo r,_
ra faz é influenciar as orientações particu- dominio intelectual. ln: CLECG, St.ewart Rt; 'fz 2› O Conceito de custo humano do traba- Na esfera do custo fisico, os resultados
HARDY, Cynthia; NORD, Walter R. Handbook U10. em termos de definição teórica, é his-
lares que assumem os jogos estratégicos de pesquisa sobre carga de traballio foram
de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas. ET
pelos quais cada um defende seus inte- 2001. v. 2.
-â Ífifitamente recente. Surgiu nos anos mais bem sucedidos. Estudos nos campos
resses e suas convicçöes, no int.erior de MOTTA, Fernando C. P Cultura Nacional e 2000, com base em pesquisas realizadas da Biomecânica, da Fisiologia e da Medi-
z*
cada conjunto social". O autor afirma que
cultura organizacional. ln: DAVEI., Eduardo;
VASCONCELOS, João. Recursos Humanos e
J
(Freire, 2002; Ferreira, 2004, Veras; Fer- cina do Trabalho mostram o desgaste fisico f :ti
3'
“toda cultura é caracten zada por determi- subjetividade. Petrópolis: Vozes, 1996. ft "*ÍT¿l. 2006] no Núcleo de Ergonomia, dos trabalhadores (proveniente da execu-
nadas formas de oposição, pertinentes em SCHEÍN, Edgar. Orgunimcionot' cultural' ond Cognição Q Saúde (Ecos) aa Uniwrsâaa- ção de tarefas de deslocamentos, carrega- :~www
Heinz-
.t._. . . .
leoriership. San Francisco: .lussey Bass, 1985. 5%
.›.
carla cultura, que levam a uma d<-termi- df? de Brasilia. A noção tem revelado ser mento de cargas, manipulações etc.) por ;;;¡
SMIRCICH, Linda. Concepts of culture anö -Iii 41-:
g.
nada articulação de interesses". Por mais .-,- um instrumento conceitual pertinente, útil meio de indicadores fisiológicos (p. ex., rit-
organizational analysis. Administrative Science
"naturais que sejam ou pareçam ser os ín- Qunrtely, n. 23, p. 339-358, 1983. E dê fácil aplicabilidade no diagnóstico e 'zs
mo cardíaco, consumo de oxigênio) que
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ca racteristicas do contexto de produçao em do ponto de vista interno as formas de ge-

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funcionamento (p. ex., divisao do traba-

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podem estar na origem de agravos à saúde

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très esferas individuais interdependentesz rir o CHT (estratégias de mediação) estäo

: *; i i É ri à I:
dos trabalhadores (Graodjean, 1998-l. Em lho, produtividade esperada, regras for-
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contrapartida, ria esfera do custo cognitivo, física, cognitiva e afetiva. al As exigências mais, temporalidade, ritmos, modalidades na origem das experiências de bem-estar e

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fisicas se referem, globalmente, ao cristo mal-estar dos trabalhadores nos ambientes

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os resultados obtidos pelas pesquisas sobre de controle, tarefas); b) as condições de
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corporal em termos de dispêndios fisio- trabalho que expressam os elementos es- organizacionais. O enfoque das noções de t
É
carga de traballio estäo longe do consenso.
Um dos problemas recorrentes consiste em lógicos e biomecânicos, principalmente, ;-ê'Á.
truturais presentes no locus de produção f-J bem-estar e mal-estar é de viés cognítivis-
É
l'
considerar a carga mental ein termos de sob a forma de posturas, gostos, desloca- _ ,'
:-1-'I caracterizam sua infraestrutura (p. ex., si- ta. Elas são representações mentais que o
L

quantidade continua e homogênea, a fim mentos e emprego de força física. bl As . ›r


rralizaçäo, espaço, ar, luz, temperatura, trabalhador faz em dado mornerrto sobre o
=_:

de se estabelecer urn limite que a configure exigências cognitivas, por sua vez, dizem som), seu apoio institucional (p. ex., su- seu estado fisico, psicológico e social rela-
corno sobrecarga. Neste caso, estudos ern respeito ao custo cognitivo em termos de porte organizacional) e suas práticas ad- tivo ao Contexto de produção no qual estão
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-Er

dispêndio mental sob a forma de atenção ministrativas tp. ex., remuneração, desen- inseridos: as avaliações positivas indicam
E

Ergonomia mostram, por exemplo, que a t


necessária, do uso da rneinória, forma de volvimento de pessoal, beneficios); C] as as representações de bem-estar, enquanto
á

associação entre carga e fadiga deve ser


t.1

judtciosa, pois em diversas situações os aprendizagem roqtrerida, de resolução do relações :socioprofissionais que consti- as avaliat¿‹'›es negativas indicam as repre-

":ii3:;i;;*=;1ii:
l

trahallrarloros preferem realizar uma tarefa problemas e do tornada de decisão. cl Por tuem a dimensão social do trabalho em sentações du mal-estar.
:::a-=

L4.
mais fatigante, mas, ao mesmo tempo, inte- fim, as exigências afetivas estabelecern o termos de interações liierárquicas tp. ex., As principais caracteristicas das repre-

l;:
i;

ressante e estimulante, do que urna tarefa, custo em termos de rlispëndio emocional chefias imediatas, chefias superiores), in- sentagiios de bem-estar e mal-estar sao: al
cogrritivanrrente, menos fatigante, todüviõ. sob a forma de reações afetivas, de senti- teraçoes coletivas intra t-2 intergrupos (p. o corrteúdo das representações se refere
mentos vivenciados ‹~. do estado de humor ex., niernbros da equipe do trabalho, às corrsot¡uêricias individuais 0 coletivas
;:;;i

‹lr:sint‹~r'e-ssarrte. Dai o risco de se pensar

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=';; =i:
manifesto. Em sintesre, o cristo humano do inembros de outros grupos de traballio] e do CHT; bl elas tem um carater dinâunico

i
um “limite de carga" como fator de ple-

!.,=.
\'ent¿ão ir fadiga sem considerar, por exem- trabalho (Cl-{'f`] abratrgu as propriedades interações mtternas fp. ex., usuários, corr- resultante do confronto entre as exigên-

:
/

humanas do pensar, do agir e do sentir cias fisirtzas. cognitivas e afetivas (prove-


ti:;it ziii=;!;ii!r : ; ri
plo, a importância da evolução de compe- .I suinitlorrjs, lorit‹3‹'‹:tlore:;].

z1:ii!,;iii::i:;
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que, por sua vo'/., ‹<z'n1irt‹^1^i:×..‹'1l1i tz traçam 'il Essas três tliincrisões estaliclocern o ce- nientes dos contextos de procluçíiol 0 as

=i=iÉ:ii;;F;iÊ;s=
tórrcras dos trabalhculores (3 o iritertrsso
l.:

i'.;Z;)
táfotivo que dada tarefa possa d‹_¬sp<=rtar. os perfis dos modos de ser o do viver dos nário de parâmetros bzisicos que são con- est1'at(',-gias de mediação individual o co-

i! ii:;:

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i:l i Ê.; ! : i:;:: i; r=i
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11,!1

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3. lim balanço dos enfoques de carga trabalhadores nos coriterrtos de produção.
4. O contexto de produção gerador do
.llí
Íiguradores das fontes do CHT, com base
nas quais são construídas as estratégias
letiva dos tra|:›alhaclores; c] as representa- l
ções de born-estar e do mal-estar se carac-
"

de traballio na literatura mostra; a) ênfase ~tlÍ


:::

nas exigências fisicas c cognitivas em ter- CHT Ó, conceitualniente, tlesigriado como de lnedia‹;õ‹¬s inrlividliais e Coletivas dos terizam por urna dinâmica à rnàneirói de
mos de injunçoes de natureza errlcrna dos um contexto de proclugãio de bt-ns t: servi- trabalhadores. No conjunto, elas forjam nni pêndulo que tende a oscilar no eixo
i;i:i!
i:i;'

ambientes de trabalho sobre os indivídu- ços (CPBS). Ele expressa o locus rnaterial, ü Culttira or'gani7.a‹tionãl 0 tecern a Corri- do processo saúde-doença. O movimento
ii,i 1

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i:

l
os; bl destaque para os efeitos negativos organizacional o social r-ut quo se operam ploxidade do contexto do produção ein pendular depende da eficiência e eficãrcia
i'tu


em termos de fadiga. desgaste e exaus- as estratégias de rirediatƒã‹› utilizadas po- Íflnçäo, sobretudo. da variabilidade, da das estratégias de mediação. i

jlijj
( j::C:;rC

los tralJalliad<›|-os na i.rit.oração corri a rea- diversidade-:. da dinâmica e da imprevisí- É neste czenárío que emerge uma pro- l

!;; :;; i i, í2,


tão; c) busca do nexo predominante en-
,.
tre carga, condições de traballio e saúde, lidade de traballio para gerir o CHT (Fer- bilidadc de seus elementos constituintes. priedade, de natureza dialética, da inter-
; .i ; ir i
:l :É l:: i::i

reira; Mendes, 2003]. Esse contexto Tais dimensões têm uma iruporlânrtia di- relaçäo entre contexto de producao (con-
;; ; ; ! ;
É

ficando em plano secundário os aspectos


íii1i,i

:iii!:
da or^gani?,a‹,'äo e das relações sociais de articula múltiplas e diversificadas dimen- :šz Íerenciada no contexto de produçao, ou írointesl, custo humano do trabalho e
11

traballio; dl dificuldades de rnensuração, sões, compondo uma totalidarlv integrada Selfi. o peso dado a cada dimensão pelos representações de bem-estar e de mal-es-
:; ljjj;Í
e articulada que estabelece as brutos obje- .l-z._,-_. modelos de gestão do trabalho náo é line- '~t
sobretudo, da carga mental e de limites tdr Íosfreiiittztsl, com base na seguinte di-
=

de aplicabilidade dos resultados nas situ- tivas do custo humano do trabalho. Ele é itr. impactando as modalidades de estra- nârnica: quanto mais eficientes e eficazes

i::
constituído de tres xiiriáveis interdepen- tégias de mediação individual e coletiva forem as r~str‹itc'~gias de rnediação indivi-
i

üçües reais de trabalho -alguns deste li- *[5“fã”


i::

-,-_-._,_
Í
dentes: al a organiz-rç.3o do traballio que .,,_'- ÚUS trabalhadores. duais ‹: coletivas dos trabalhadores para
É

mites já são bem conhecidos na literatura


É,_
engloba as con‹~op‹_:‹`ies e as praticas de se do ponto de vista de eidgências exter- gerirerrr as exigências do contexto de pro-
Éãi

(Paraguay, 1987; Brito, 1991).


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iii
gestão de pessoas e do trabalho presentes
É
I-2”, :
ii

“¿lS 0 CHT é fortemente influenciado pelas dução, menor será o CHT, configurando o
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Em contrapartida, o CHT integra as exi-


É:
gtí-ncias impostas aos trabalhadores pelas no locus de produçao e que balizam o seu li caracteristicas dos contextos de produção, predomãnio de represerrtaçöes de bem-esta r
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AN'roN1o D. CAi'rA.N1 84 LORENA HOLZMANN

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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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FREIRE, Odaléà Novais. Ser. atendente ri vida

ri;ÊÉíiÉEÊrãri:i?:'?i*:!;i;ii!ti:
r:r::iil:ri;;;=;r;i,iiit;i:iiii,:, ;S ii:ãi;iiç:li
ãÊ;il Ís;p;: x:+-§. i
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individual e coletivo. E quanto menos efi-
itãii:;;:iÍ :;:ii::
f!;fÉl FE!ii,:i ri:ÍiÉ;:,1i:;;:iÊ :*i:ii:,â;;i=
l
toda é humamente impossível: Serviço de to-
Í cientes e eficazes forem as estratégias de leatendimento e custo humano do traballio.
nal do séc. XIX e é, portanto, tão recente gerada pelo mesmo. No paradigma neo-
mediações individuais e coletivas dos tra- 2002. 143 f. Dissertação (Mestrado em Psico- quanto a instituição do mercado de tra- clássico, portanto, “a flexibilidade salarial
Í logial, Universidade de Brasilia, Brasília, 2002. balho. Como locus da oferta e demanda (é) vista como condição necessária e sufi-
balhadores para gerirem as exigências do
VERAS, Vanessa Sales; FERREIRA, Mário (Ié-
Í contexto de produção, maior será o custo sar. Lidar com gente é muito complicado: Re-
de trabalho, 0 mercado de trabalho se ciente ao ajuste do mercado de trabalho.
lações socioprofissionais de trabalho e custo instituiu no contexto da Primeira Revo- (pois) [...] o nível de emprego, o salário
t humano do trabalho, configurando o pre-
humano da atividade em teleatendimento gover- loção Industrial, expressando uma confi- real e a distribuição de renda são deter-
v
A
1 _,,.
domínio de representações de mal-estar namental. Revisto Brasileiro de Saúde Ocupacio-
1 . É
guração especifica do traballio. enquanto rninados simultaneamente no mercado de
ls


individual e coletivo. Tal propriedade co-
loca, portanto, em primeiro plano a ini-
nal, São Paulo, v. 31, ri. 114, p. 135-148, 2006.
GOPHER, D.; DONCHI, E. Workloadz An -t categoria historicamente definida: a do tralialho" e só não haverá pleno empre- 'š
\
Ê l
examination of the concept. ln: K. BOFF; l.. "t
portância das estratégias de mediação trabalho livre livro das tutelas e obri- go “se existirem distorções, a exemplo da
KAUFMAN (eds.). Iiarrdbook of Human Pcr-
't (atividades) dos trabalhadores para lida- ception and Performance. New York: John gações tradicionais, despejado de meios ação sindical, que criem uma rigidez sala-
Wiley, 1986. v. 2. próprios de trabalho e corn livre trânsito rial” (Furtado, 1997: 8-9).
Í rcm com o CHT.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergono-
do trabalhador de um patrão para outro. .Já segundo a teoria keynesiana, o de-

i;i;;iii;;;':::r;iiiÉi;Éiiilii
5. Do ponto de vista conceitual, a no-
;:!li:;lii:ri!::i=

1;;i:
‹ ção do custo humano do trabalho bus-
mia. Adaptando 0 trabalho ao horri‹3ri'i. Porto
Alegre; Artes Médicas, 1 998. . z-_-v-_. A constituição plena deste rncrcado, no somprego está associado à situação invo-
r ca contribuir para a análise do trabalho, PIANCOCÍK, P A.; IVIESHKATI, N. (ed.<¿.). Hu-
man mental Worklond. Non h Holland: s/e, 1982!.
entanto, só iria ocorrer no séc. XX, com o luiitária de não trabalho -- oferta de força
pois, diferentemente da noção de carga ,fl desenvolvimento da relação social de as- de trabalho disponível aos salários vigen-
‹ LAURELL, Asa Cristina; NORIEGA. Mariano. .i

!!,i.,;iii:
de traballio, ela: a) considera tanto as exi- salariarnenlo corno forma hegcmôriica de tes que não encontra aproveitamento. Il
.1'l~|

:a'i; : i j i : i ; : i:i
Processo de produção e saúde: Trahallio e dos-
‹ gaste operário. São Paulo: Hucitec, 1989.
1°» inserção laboral (Castel, 1998). E Ó no âni- Em sua Teoria Geral do Eniprego, do

;;ir
gências do contexto de trabalho, quanto
ã

Í
MONTIVIOLLIN, Maurice de. Charge de tra- bito dessa relação de assalariarnento que
‹ os eleitos destas sobre OS trabalhadores; Juro e da Moeda, .John M. Keynes formu-
i
;:z:i?;==

vail. ln: MONTMOLLIN, lvlaurice du. (org).


li) coloca a dimensão afetiva no mesmo se constrói a noção de rtescinprcgo, como la criticas à concepção neoclássica, ques-

ii; iia;=;ifir:ãiii:iÊii
Vocabuloire de l'crgonomte. Toulouse: (')ctart'~.¬'
Í plano de importância das dimensões lisi- r.‹m¡‹›n, 1995.11.42-.i4. 0 “outro” do emprego (Guiniaraos, 2002). tionando a capacidade de o rriercado do ‹ ¡:
Í

‹~a e rogiiitiva; c) leva em conta, tanto os PARAGUAY, Aria isabel RH. Ergonomia. (Kirga 2. Na teoria econômica ruêoclássica, trabalho, isoladanicnte, determinar 0 ni-

: ?: : l; :; ;;rii
I
de trabalho. Fadiga mental. Revisto lirrisilciro do
efeitos negativos (p. ex., fadiga), quanto lt pcnsainerito dorninanle até os anos 1930, vel de salário real, provocando alterações
=;

Saúde Ocupacional, v. 59, n. 15, p. 39-43, 1987.


\t 0 desemprego é concebido como resulta-
os positivos tp. ex.. desenvolvimento de Vt'lSNER, Alain. Por dentro do traballio. Ergo- nos niveis de emprego, pois, de acordo
::
'l
competôiicias); d) busca estabelecer nexo nomia: metodos e tfrcnicas. São Paulo: Ubore: do de uma decisão voluntária do trabalha- corn o autor, não é possível assegurar que
FTD, 1987.
entre Cll"lÇ estratégias de mediação e re- dor ¬ todo o indivíduo que desejo traba- aumentos de salário nominal, negocia-
;

il lhar encontrará traballio. Essa afirmativa


presentações de bem-estar e de mal-estar ..,-tv dos no mcrcado de traballio, incidam na ›é.
tl ,Ê
DESEMPREGO
Á: :! i:i:i:;iEÍ

decorre de urna concepção do funciona- ›i $=I:›".l‹¬=_ '


mesma medida sobre o salário real, já que
s iíti!iri 13E ;

rio traballio; e) estabelece novas bases z,


-r
para mensuração e aplicação em ceiiários Irene Goleozzi mento do mercado de traballio assenta- afetam indiretamente os níveis de preços. J'
i
i:

gt
-__;
do análise do trabalho. Clã ein dois pressupostos: que o objetivo Keynes contesta, também, o pressuposto
1. Desemprego. na acepção corrente, Clãs empresas é. a maximização dos lucros rieoclássico de que a demanda agregada
= !i i; 'l
liliÉi:i;i;;

refere-se à situação em que se associam *ff num mercado de concorrêiicia perfeita e é constante no curto prazo e independente
Rvferêiitiias .ra
líf
; ;;:i:i!;:.iii

t
a ausência de traballio - acompanhada Íš jiQUE elas operam corn uma tecnologia de do mercado de trabalho. Afirma que a de-
BRITO, Jussara C. Procurando compreender os
!rl,ii:i;iit;

‹-. ›¬«.
I
conceitos de carga, trabalho e risco (tecnológi- da disponibilidade para trabalhar - com a ‹
rendimentos marginais decrescentes e ou manda agregada é resultado da propensão
roj. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. ,J
5916. a um dado estoque de capital e rna-
;Éã
a consumir - consunio agregado - e do ni-

ii:iii
busca por traballio. O conceito de desem-
72, n. 19, p. 38-39,1991.
prego está referenciado, por uni lado, as às _ Íëf`¡ôS-prinias, a incorporação de mais um vel de investimentos, mas não na mesma
l-`ERRlilRA, Mário Cesar; MENDES, Ana :Í
Magnólia. Trnbalho e riscos de odoecimento. interpretações acerca do funcionamento Ufibalbador gerará uma receita sempre medida: ao aumento do emprego, e con-
i: ; a:

O caso dos auditores-fiscais da Previdência mflnor do que a geraria pelo trabalhador


iii;;
do mercado de trabalho 0 da relaçäo de sequentemente da renda agregada, nao
Social brasileira. Brasilia: Edições Ler, Pensar,
Agir (LP/x), 2003. p. 33-G4. oferta e demanda por trabalho e, por ou- Contratado imediatairicritc antes. Assim, corresponde igual aumento da parcela ›~-l-.ú_/-z»tw¬-ts.'-«vFfiëi
‹« ilifl

___”. Interação teleatenclcnte-teleusuário e tro, pela conformação cultural e institu- P-Uä gerar novo posto de trabalho bastaria destinada ao consumo; da mesma forma, íiš
É-É
Ê.

custo humano do trabalho em Centrais de Tele- :;¡¿


cional dos mcrcados de traballio rios dile- eslfibëlecer um equilíbrio entre os custos a parte não consumida da renda (poupan-
i:
atendimento. Revisto Brasileira de Saúde Ocu-
pacional, São Paulo, v. 29, ri. 110, p. 7-15. 2004. rentes contextos socioeconômicos. de Contratação (leia-se valor nominal do ça) nao se transforma automaticamente
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relações de trabalho, com a flexibilização A Organização internacional do Tra-

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e econômicas. Assirn. mudanças recentes

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em investimento. Assim. na teoria key-

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n r-üs: i; I:: e: i::; :ít


iiesiana, o combate ao desemprego*-tonia dos direitos trabalhistas e sociais. impuseram o debate sobre a capacidade balho (OITI, em sua Resolução da 13*
Ao final dos anos 2000. uma nova cri- t Conferência internacional dos Estatísti-

--
coiiforniação diversa do preconizado pelos das estatísticas nacionais de revelarem

iii
se, desta vez gerada no âmbito do siste- É cos do Traliallio (l98'l}, confirma Cinco

-1

É i2-=iÉ; i *:; :É:;j:: i , ,'t ;q: i;:Z::Í:::


neoclássicos, pois considera a articulação esses lenörnerios (Hotfrnann, 1996).
de um conjunto mais complexo de variá- ma financeiro, provocou outra onda de 4. Na construção do conceito do deseiii- definições básicas para classificação da

:u;ir!:':,:;: :" lil.,.


veis macroeconömicas com o nivel de eni- desemprego que afetou mais especifica- prego, para um rnoicado de traballio ho- condição de atividade dos indivíduos (a

i
prcgo e os salários vigentes: “o combate mente as economias mais desenvolvidas mogëneo, corno o que foi observado nas sabor, população econonricarnerite ativa,

fi
ao deseinprego só se pode realizar a partir - Europa e Estados Unidos. Os niveis de economias industriaiizadas no periodo do empregados, des‹:riipr'egados, suhempre-

iii
z
de urna politica niacroeconôiiiica [...] que desemprego aumentaram significativa- › pos-guerra aos anos 1970. os parâmetros gados, população iriatival, consideran-

i
ir
exerça o controle da demanda agregada" mente, sem, todavia, gerar mudanças na para aferição da condição de atividade se do, corno variáveis chaves o trabalho c: a

ii;= ;:+';1
e:
r
(Furtado. 2U02: 12). estrutura desses mercados. De fato, o ini- resurneni a procura de traballio e ao exer- procura por ele e partindo da noção de

í; la,iá rEi ;1=


Apartir das últimas décadas do séc. XX, pacto dessa nova crise se deu no aprofun- 1? cício efetivo de uma or°rrpa‹¿é'ro, permitin- força de trabalho construída a partir de
damento das novas caracteristicas desses li três aspectos: atividade produtiva, perio-
pririrripalrrierite rios anos 1990, os estudos «r do considerar rles‹^:r'ripr^eç_;ados aqueles

;i;:j :i't -:t;iii,ii;i+;i: ii'


+;
sobre a estrutura e a diiiârnica dos iner- mercados de traballio associadas 21 rees- -,1 do de rrí-forfeircia curto o precedência do
, individuos sorri tr¿il.r.i|tio, por'r^~rii, que pro-
fërdos de traballio nacionais revelaram truturação produtiva e à flexibilização eriiprego.

-,
curam traballio dc frjrrinri ‹›.fr›tr\-'zr.
importante elevação do patamar das ta- das relações de trabalho, Todavia, ein ccorioniirrs de irirlrrstrializa- Segundo esses parâmetros, cleseinpre-
›:¿r.< de desemprego e a intensificação da 3. No Brasil, corno nas demais econo- ção tardia a lietciiigoricidade da estruttira gados são os individuos com idade igual

i
pr‹~sr>rrça de íorrnas precárias de inser- mias de desenvolviiiiento tardio, os movi- econôrnica irirpírv L`¿rract‹›r'ísti‹i‹'rs rnriito ou superior ii especiticzrda quo, durante o

i
:
i;;1::i;
=: =, =;:.. . a,;1.:: i",i1
‹j:'r‹› na atividade produtiva, inoviniontos mentos gerados pela crise dos anos 1990 particulares a iri.-crcírrr da Ior‹;.i de traba- período de referência, atendam simulta-
:'1 .:,?i::

1111.' com origeni na perda dr: dinarnisruo se somaram aos efeitos de uma forrnaçäo lho: ‹_'apar<idad‹-' l:r;:;r‹rr_iz'i dc ge-rirçšio de riearnerrte aos scrrrrjritr-s critérios; l] estäo

i==
do p.rr1r€ro de crescimento industrial que econônrica lieterogêtrea, na qual O de- postos de traI›alh‹› :res s‹~t‹›r‹›-é znodrêriios; sem tiaballili: 2) têm disrioriiliilidadrf para
.~.r‹,r.'‹orr us três drëcarlas posteriores à ll semprego, a par de revelar os eleitos dos l.
atuziçãio restrita dos _~i.<t‹-tira.-. pribllcrrs de tralialhar; Is] pi'o‹:umi‹rni trabalho assa-
Guerra Nlrrndiiil, apontam para uma nova crises recrâssivas o das nrudançâis tecno- t ernprego; frágeisrm_›‹'ariis1rrr›s de .×r\guridfi- lariado ou autônoino em uni período re-

-t :ii;ii;ii::i;i
contorrnaçào e uni novo modo de funcio- lógicas, apresenta uni aspecto crônico, o de social; aniplos :<‹:qrncntos ocuprrdos eni cente, i‹lentitir_aiido providêrrcias efetivas

=ii
riarnerrto desses mercados, desemprego estrutural, resultante do pró- atividades por L'.oittz1 prr'rpri¿i (floífniarin. nesse sentido.
A irrlensiíicaçáo (l‹.:S;5es fenônienos gt-2- prio niodelo de desenvolvimento. !\.~';siin, 1996). Nczste âinlnto iršio r'~ ‹:l.zrr'a rr zirticu- Dada a coniplexidade que os mercados

=;
;;: :11:rl;:=;i
rou o retorno do ideário iieoclássico em as translorinaçöes econômicas dos anos ;i lação entre otortza e prorzura de tmltmllro, de traballio iiacioriziis vêiii apresentando.

i'u::i:: ;: ij iÉ:::
riovas roupagens: a vertente inais alinha- 1990, aprotundarain o desemprego e a dada a limitação ou iri‹_'_xistôi'i‹.:ia de meios as estatisticas assim c‹_›ristruiclas continu-

i; i; l;iá i:*.i!
ii:::;
r

da aos pressupostos t1'adi(:ioriais atribui os precarização do mercado de trabalho bra- de rrraniit‹:nr;é`i‹r pr-rr-tr os 1ndi\-iriiurizs em de- am iiicapazes de desvendar as especifici-
z;:ziiil;ui;ii

t'.=11
altos patamares de desemprego à rigidez sileiro (Pochrnann, 1999; Mattoso, 1999; semprego (p1'ovir1r":rrr_zra, segrrro ‹'lt¬serirpi1zë- dades corn que ocorre ri iriserção da força
do rnercado de traballio (patamar eleva- Baltar, 1999; Saboia, 2005). 90 ou outros), impedindo-rízs do e›;‹:rcereni de traballio. Sogrrndo Hoffniariri (1996),
do de salários sustentados pela forte ação A magnitude desses movimentos e 6 6 procura efetiva de tralizdho sein a reali- os limites dessas defiriiçrfres decorrem, por
sindical); a outra vertente os interpreta sua presença nas economias industriali- 1-üção de qualquer atividade 1'eint1rierad¿i. um lado, da noção de força de traballio
corno resultado do comportamento das zadas -- as taxas de desemprego duplica- Os indicadores Cla ssiríos sobra-1 0 rnercado construída a partir do modelo de mercado
; i: ;;; ;i:

empresas que estabelecem padrões sala- rarri nessas economias no período entre o CÍE? traballio, em pros:-rrça de forte hetero- de trabalho das economias deseiivolvidas,

ii,í='. Í.
›.=\=`- «J-r
ririis elevados -- salário eficiência ~ para pós-Guerra e meados dos anos 1990 ~ tor- 'r
geneidade, não rosprrrrrierii ao objetivo do rio qual o contrato padrão de traballio as-
garantir maior adesão e produtividade nararn estratégica a rnensuração desses revelar as diferentes faces do leriõnieno. salariado era a regra fcoiitratos com du-
iiii
dos traballia‹lores. feriôrnenos, assim como o refinamento e a __'_|_.: Esses liniitos levaiaiii fr rcflexí-.ri O coiistru- ração in‹ieterniirizi‹ta, jornada de traballio
A tentativa de superação da crise passa lioni‹›gc›iroização dos conceitos e das me- SÚU de iridic‹idor‹:s ‹tuj‹i ¿rirrpl‹Irr‹ir': pudes- :; =: completa, noçgrrciriçäo coletiva, entre ou-
:, r :

‹;r ser garantida através de medidas assen- todologias de captação. Tanto conceitos SG abarcar toda ri rtiver'zâr`da‹te do sitriações tros aspectofz), e, por outro, a centralidade ¡__
,. _

tadas em duas vias: a tecnológica pela via como inétodos de investigaçao evoluem Ofllpacioiiais presr~iite em riierc‹rdr›s de tra- da categoria emprego para a definição de

=
1
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da reestruturação produtiva e a via das irrtltlenciados pelas circunstâiicias sociais ballio cara‹'t‹›1i;/.adrrs pcia lietero‹_rtíâneidade. atividade dos individuos.

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duos que se encontram numa destas três

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!ii; Êliii;it; i i::E: i i:iii: t=:':iiiii lfii


í{ ;;; ! Ii ; ;;i i} : :i:: :,; r: ::ií!Íái;ii:E
DIEESE. Emprego e desenvolvimento tecnoló-

â; i:5; r: ;: i E ii L í t;: i:; : : i: I i:; ; if ;É;:i" ri;;


; ; ã:

i*! i,; j+;::i


Quanto ao primeiro aspecto, a univer-
ii:i:ii: ii!::::i1: ii::;: :. itx ::i:;iiii itií,
.z
il iiiiil ii i! : : i i ; i ;i ; i i i: ; iii: iiii iiii: i gico: artigos dos pesquisadores f São Paulo: produtividade do trabalho, sem que haja

ã;
situações involuntarias de não trabalho: a)

i:ti ; :;:i I; r:!ií;;;;:aiiiz,i:iá1;Êi


salização do assalariamerito regulamenta- DIEESE; Campinas: CESl'l`, 1999.
tz'

do nas economias desenvolvidas conferiu desemprego aberto - pessoas sem trabalho uma necessária contrapartida em termos tl .

HÊÍ
El-IRENBERG, R.; SMITH, R. A moderna eco-

li
de incremento na demanda de trabalho. 't l-

; iii;II
liinpidez às relaçoes de trabalho nesses nos sete últimos dias e com procura efetiva nomia do trabalho - teoria e politica pública.
.fi
São Paulo: Mal-:Jon Books, 2000. Uiii dos autores que primeiro chamou a

=
inorcados, perniitindo que a classificação de trabalho nos QO dias anteriores à entre-

É:'!; Ei E j=:ijÉi
f:'

Ír rr;;B:;Ê
š_l~`

Iq'Éi: i:Hiir ã: !i ::; :i


ESTEVES, L. A. Teorias alternativas do desem- atenção para a possibilidade de existência
da populaçao em idade ativa como empre- vista; bl desemprego oculto pelo trabalho

âü;
prego persistente. Revistu FAE, Curitiba, v. 5, n. .z;
gados, desempregados e inativos relletisse precário - pessoas ,que realizaram, nos 2, p. 49-60, miiio/agr). 2002 do desemprego tecnológico foi o econo-
últimos 30 dias, trabalhos precários e que mista clássico inglês David Ricardo (1772- ii

=tt;í
a realidade. A centralidade da categoria FURTADO Adolto C. A. R. Estudo sobre o do-
sernprego. Estudo, dez,/1997. Consultoria Le- l823], um seu livro Princípios de Econo-

;"ii:
buscaram substituir este trabalho nos 30

Ê
emprego, por sua vez, confere ao desem- .l¡ gislativo, Câmara dos Deputados, Brasilia, DF
mia Politica e Triliuiziçáo, publicado no

ii=:i:iii
prego e à inatividade o carater de negação dias anteriores à entrevista; C) desemprego GUIMARÃES, Nadya Araújo. Por uma sociolo-
'l-.=

ji
'im
do traballio, caracterizando-os como vali`z^'i- oculto pelo desalento - pessoas sem traba- gia do Desemprego. RBCS, v. 17, ii. 50, out. 2002. primeiro quarto do séc. XIX, no contexto
šfl'
HOFFMANN. Mansa 1!; BRANDÃO, 5. M. C. da Primeira Revolução Industrial na ln-

i i':ríi i ; I i : : : i r i ; ::;i: í i i i i : i
llio e com necessidade de trabalhar, porém

::i i: ii ;;iz ii i;:Í J r= l:,:!l


!i:,
veis complementares. Sendo a condição do
Medição de emprego: recomendações da L)l'l" e glaterra. No capitulo XXXI dessa obra, .x
‹'ui'ipregudo definida pelo tvxoicítrio de. no sem procura efetiva por desestiiiiiilo do

t
.,, práticas iiacioliais. Cadernos do CESIT, Caiiipi-
mínimo. uina hora de traballio no poi-ioclo niorcado ou por circunstâncias tortuitas. ;1, nas, n. 22, nov. 1996. intitulado Sobre ri Moquinario, Ricardo

i:
-.Ê
A pertinência da discussao do ‹_^0n‹_'eito destacava o fato de que a incorporação do :ze-

i:
de iclei'êiici¿i, a classiíicaçäo da c:‹ii'i‹liç£i‹) KEYNES, J. l\4. Teoria Gera] do Emprogü. f¡0
I

:,1:
l

+I: i;ti- j:i: ! !"8 rÉi:


:vii
e, mais do que isso, da operacionalização .i Juro e do Moeda. São Paulo: Atlas, 15382. iiiáqiiinas nos processos produtivos pode-
dt: atividade tica limitada à \'ariá\~el tern-

íir::j;:

ri=i=;i2.IÉ;::
tl ,.

i
IVIATTOSO, .llirge E. I.. A desorlleni do imba-
po traballiado. Este indicador diante de do mesmo para a sua niciisuraçäo. pode ria ser poupatlora de mão de obra. A partir
llw. 550 Pñult): Scritta, 1995. Ê.
uma realidade com forte heteroçieiieidade ser considerada a partir da iiecessidnrle de então, o deseinprogo tecnológico tem
pf. 'l`ransforniêiçõos econôniicas recentes o

i7i=,:i:: i:-.i
É::i it ii.: = =<::
:i:l
na inserção laboral e limitado sistema do do desenvolvimento de politicas ativas -'p›`._ -`_ _¬_ ¬. mudanças no mundo do traballio. ln: OLIVEI- sido obieto de aiialise das diferentes cor- tl-;.
1 (

capazes de intervir nos efeitos desses ino- RA, M. A. de (orgl. ]šc‹_›.1iomi'o e llulinllio: textos rentes do p‹fnsanieiilo cconóinico (Free- .it
;irolt-çà‹i ao traballiador, perde sua capaci- basicos. Caiiipiriéis, SP: Ul\'lCAl\'l P, IE, lílflfl. _; 1
viinentos sobre as condições de traballio e nian; Socte, 199/1; Staiicliiig, 1984; Viva-
r, li;;: : i, :i;ii!: :ii:

tri


‹l<n_l‹,› cl‹'issific¿itória 0 deixa de expiiëssai' os OIT. Paiiorêiriia l.aboréil 2008. Oficina liit‹.~in-â-
zii

r:
l`ciiôiii‹:nos em sita real dinicnsíio. de vida dos individuos. A iiitcnsiíicaçäo do cional do Traballio, Genebra, 2008, ielli, 1995 e 2007]. Eni termos aiialiticos,
tii?

z`
número de rcl‹i‹;öes de traballio precárias OIT. Panorama Lalioral 2009; linpacto do la cri- o primeiro aspecto a se destacar a respeito

i:
='ii:
Num coiitcxto de intensa ilexibilizaçíio

j,,i,
_*
sis mundial sobre el empleo en Aiiiérica Latina ,‹‹-_
do tralialho o de recoiistruçäo iristitiicioiial e z~i manutenção de altos patainares de de- do iuipacto da tecnologia sobre o emprego
i

i el Caribe P(;i'spectiv¿is para O1 2010. OÍÍCÍUB - i


‹¡.
semprego aprofunda ni ei exclusão social de relaciona-se com os seus efeitos sobre o

:
tr norniativa do seus padrões de ¡ir‹›t‹à‹;Éio, Regional de la t`.)lT para Aiiié-rica Latina y el
parcela crescente da população. A ação de i Cõribe, Lima, 2009. crescimento da produtividade do trabalho
uma tentativa de siiperação desses liiui-
POCHMANN, Márcio. O traballio sob fogo ia;

§.!
comparativamente ao do ,produto (Sylos

2'J
tes está na inclusão de outros pa râineti'os politicas desse tipo não se efetiva sem um
cruzado: desemprego precarização no final

nc =ü ='
Labini. 1993]. Neste sentido, de uni ponto zzíf
paira a classificação da condição de ativi- niiiliociiiiento adequado das especificida- do século. São Paulo: Contexto, 1999.

ú
.ä V
z;¡-1
da‹le: a) aiiipliaçäo do tempo do referência des da dinâiiiica e da estrutura do ni ercado SABOIA, João. Vonturas e desventuras do iner- de vista rnicrooconóniico, sempre que hou- z.-3

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de trabalho no qual pretende intervir. tado de traballio no Brasil. In: CASTRO, A. C. ver crescirneiito sisteinático da produtivida-

t - iN
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i
pa ra a rnfaclição da condição de eniprega- . 1,...
el fil- l0rg_). Brasil em desenvolvinieritor insti- ,zu
do cf da de desein1ii'ega‹lo; bl investiga‹¿ão lllíções, políücos e sociedade. Rio de Janeiro; de do trabalho superior ao do produto face Irã
Pr*
Referências Civilização Brasileira., 2005. à incorporação de inovações, se estará .g z
j

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da situação de trabalho (remunerado, não gi:
roiiiuiierado e excepcional); cl do tipo de AMADEO, E. J.; ESTEVAO, M./-l teoria econo diante de um processo de racionalização
El:i i;

l-lF
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mica do deseinprego. São Paulo: Hucitec. 1994.


xf-ii1 DESEMQREGO produtiva poiipador de iiiäo de obra, uma tt
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trabalho exercido [regular ou irregular);
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BALTAR, Pëtulfi E. A.; IVÍATTÔSO, .lurge E. L. ›:'|›
TEcNoLoGico vez que se prodiizirá mais com um menor
, :

ô -o
d) da disponibilidade para trabalhar sem 'l`ranslormaçi'›‹is estruturais e emprego nos anos "¬"›€`z'."`

90. Ensaios FEE, Porto Alegre, 1997. Raul Luís Assumpção Bastos número de trabalhadores empregados, 14';
d

procura eletivo. Nessa linha de investi-


a

i
à

§
.
sendo supostamente constante a extensão

ã
gêiçãio se insere a Pesquisa de Emprego e CASTEL, Robert. /ts metuíormoƒes da questão *kltkäiâkv zsi
social: uma crônica do salário. Ptztrópolis: Vo- .xi-
da jornada de trabalho.
-

1- O desemprego tecnológico refere-se


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ii:1"

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Deseiiiprego, que, ao utilizar esses outros
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zes, 1998,
Deve-se ter presente que se Pode obter

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pzirâinotros, constrói uma defiiiiçíio de de- 51 redução do número de trabalhadores
"ã:
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DEl)ECCA, Claudio S. Conceitos e estatisticas


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semprego anipliada (Seade, 1995]. basicas sobre mercado de traballio. Iii: OLI- decorrente da aplicação da tecnologia um processo de racionalização produtiva e =:
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À,^:

No âmbito dessa metodologia, a popula-


VEIRA. Marco M. (org.] Economia e llabalhoz
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'r Ífödicioiial ou das inovações, na medida de aumento da produtividade do trabalho a Yi
textos basicos. Campinas, SP: UNICAMP! IE. .E-ir
Gin que elas representam racionalização partir da incorporação de inovações tanto
lt.

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çíio desempregada coiiipreeiide os indivi- 1998.


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ANroN1r`› 1'). C.Ar'rAN1 & Loruz'r׬A l-lo1:z.MANN . l)i‹:ior×fƒ›.R!o DE Ti1Arr,\r.r-io E TECNULOCIA

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de natureza rirganizéiriional quanto tecnoló- tado qtiantitativo do impacto da mudança

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trabalho, 0 que trará como consequência

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Outro elemento, relacionado à mudan-
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gica em sentido estrito. Quanto às 'inova- tecnológica sobre o emprego (Freemanz ça tecnológica 0 ao emprego, refere-se à mais geral a elevação da duração média do

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ções de natureza organizacional, um exem- Soete, 1994; Sylos Labini, 1993; Vivarelli, composição da estrutura ocupacional e desemprego na economia. Há evidências

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plo clássico é o da linha do montagem 1995 e 2007). Em parte, isto se deve ao fato

3:il i
ao perfil da torça de trabalho. No presen- de que a difusão de novas tecnologias, nas
introduzida nas primeiras décadas do séc. de que uma abordagem niicroeconômica ultimas très décadas do séc. XX, foi um dos
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te contexto histórico, no qual se obsewaz

;!il==-:.r.'::1c
:

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XX na indústria autornobilistica, que contri- - ou seja, no âmbito de firmas ou setores fatores i'‹;›sponsaveis pelo aumento da du-

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desde os anos 1970, a transição da base

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buiu para uni grande crescimento da pro- isolados - não Ó suficientemente abran- técnica eletromccânica para a microeln- ração int'~‹.l1a do desemprego (Wolff, 2005l~

: i, rÉ í;! : 5it;:í:i i: ::: :: ;; i:;; j: :É:Í

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dutividade do trabalho coinparativamrznle gente para permitir um balanço no plano Em face dos diferentes aspectos assina-

i r e1 ; !! I : : I ! ã i : i; i í I i I ; i : : ; I i ; , I 1:
trñnica, percebe-se que os vários segmen-

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às formas anteriores de produção nessa in- macroeconôrnirro dos efeitos da mudança tos da força de traballio são atingidos de lados, o desemprego causado pola incor-

'i:::;i:,:ãí5;;:j

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dústria. Quanto às inovações tecnológicas tecnológica sobre o ernpmgo, pois aquele
ti forma diversa quando da introdução de poração dc novas tecnologias deve ser

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om sentido estrito - ou seja, em terrnos do escopo de análise não leva em conta os inovações (Autor et al., 2003; Ferraz et al., enfrentado de diversas formas. Por um

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novos equipamentos -, um exernplo con- efeitos componsatórios anteriormente re- .lÍ. lado, existe a questão anteriormente refe-

-:7
1992; Freeman; Soete, 1994; Tauile e Oli-
1

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temporâneo seria o da difusão da rob‹'›tíca feridos. Adernais, existem. também, difi- .-r..ir, . veira, 1988). Neste sentido, constata-se rida do c‹,›mport.a1nento da produtividade
i;tiiÉ.r

i a c t
j i 1 : :: :'i:
nos processos produtivos in‹.lust.riais. culdades nietodologicas o empíricas para 'ti que os trabalhadores rn‹:nos qualificados vis-r`1~\-'is ao do produto, a qual irá rebater

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2. Existe uma série de efeitos compeli- se mensurarern corri precisão os cfeitos da 11ÍfF ou corn qualificações que estejam passan- no rfiiipimfci. Neste sentido, Ó relevante que

Li ,a :==:i c!:!r
satórios que necessita ser ponderada para difusão dc inovações sobre o emprego. De do por um rápido p1'o‹~esso de obsolescôn- 0 cre.=;r'in1r›nto do produto seja 0 maior pos-
i:.,=,,:i:

:
-
que se faça urna análise cuidadosa dos im- qualquer forma, um aspecto reconhecido cia são muito mais atingidos em termos sivel pa ra contra-arrestar Os cfeitos negati-

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pactos da tecnologia sobre o ‹>iiipn_-go [Fro- Ó o do que estes efeitos são portadores de de perda de postos de tmlialho. Assim, vos do (resciinento da produtividade do
ernan et of., 1982; l¬'r‹›ern¡-tri; Sovte. 1994; desequilíbrios na relaçäo geiaçãoƒclimina- empregos que r›nvolvain ati\=i<lartes roti- tr¿zl_›.1llzo sobre 0 emprego. Esses efeitos so-

.
iii
_;Ç_.~.¢. ¢`.-
Sylos Labini, 1993; `\›'i\'ar(3lli, 199.5 r- 2007). cao de postos de traballio, tanto cm termos neiras, ropvtitiifas o com baixos requisitos bre o ‹›inpr›~g‹› larribëni podem Sei' mino-

,i:i1;,: i; ; ii; : iã, 1izí


Fin primeiro lugar, rlcvL¬-se ter pre:<‹inte intersetoriais quanto interternporai.s.
:1i?::; ;í=;i i; : a:.:: i:

de escolaridade são mais afetados ilegali- rarlns .<r'zlioi1v‹-r, conconiitanternentc, uma


que a lt-cT1‹_›l0gia tariilitërii esta ri:-zsociada a 3. A mudança t‹é‹°irolÓgir:ti também afe- vamentr: pr-lo prorrfsso de introdução de rciluçao proporcional da jornada de traba-
;

i= -!j

i';i íi;:;iÉii;i;ji;i
criaçao do novos produtos, serviços fz incr- ta zr estrutura setorial do emprego, pois o inovações de hêisr-› rnirroelotrônica, o qual lho. l'f›1 ~~:Jt1'‹› lado, no que diz. respeito às
:11;ii;.

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i :É í ;= Ir i: i: ; tii; ;;i
cados ‹›, conscquenterncnte, a novas tren- ritmo da incorporação do progmssri téc- exige, dos lréilialhadows, maior capacida- novas ‹¬:‹it¡‹'›nr'ias de qualificações da tor-
tcs de cxpansáo do einpr‹¬r_;o. Em segundo nico r: do crescimento da produtividade de de aprr›ridizagem, habilidades intera- ça de traballio em face das mudanças na
-“J-f-'
¬¬.z-z-zé;
lugar, na medida em que O crescirnerito da do trabalho apresenta diferenças inter- tivas e conhecirneiitos gerais, tornando base tecnica do sistema produtivo, estas
i; : ;=ê, i:; j ',ii\ZÍ
l: t;i,; ;;::::i:i:

produtividade do trabalho ocasionado pela setoriais. Desta forma, constata-sc como :.ôEFi, seus postos de trabalhti menos estreitos e po‹leI'imn ser enfrentadas, de modo geral,
incorporação do progresso técnico traz, tendência histórica, nas economias ca- Sllü especialização menos rígida. por meio de programas de retreinamento
consigo, a redução de custos, caso esta pitalistas, uma redução da participação 4. Uma dimensão do desemprego que a para os trabalharlores, especialmente para

Íii
implique barêitcaniento do preço das iner- da agricultura e da indústria no emprego difusão de inovações: pode também afetar os rnenos qualificados, ou que tiveram
l

...:tl
cadorias, ele terá efeitos positivos sobre o total e, consequenternerite, uma elevação a da sua duração, fenômeno que se co- suas habilidades tomadas obsoletas.
ij;í:;iii

=
3:1
comportamento da dernanda. Nesta ines- dos serviços no emprego. Mais recente- §¬
10Ca em ambientes em que se acelera o rit- 5. Outro aspecto que também podeiia

:lÉí;;::iÍ:
=
ma perspectiva, se o crescirnento da pro- mente, a experiência internacional tem -it mo de difusão do progresso técnico, corno contribuir para limitar os efeitos negativos
=izÉi:

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^..=4i,
dutividade do trabalho for repassado para evidenciado, para alguns paises, inclu- :ft O observado desde os anos 1970 (\'\lolfÍ. das inovações tecnológicas sobre 0 empre-
os salários, implicando inn aumento do sive, redução do emprego industrial em 2005). A argumentação a esse respeito é go está associarlo à participação dos ato-
poder de compra dos trabalhadores, este termos absolutos. Não obstante, seria 6 de que, na medida em que os trabalha- res sociais no processo de incorporação do
também podera contribuir para estirnular inadequado afirmar-se que a indústria dfires desempregados pela adoção de ino- progresso térnico pelas empresas. Ou seja,
:

a demanda e, em alçniina medida, contra- deixou de ter rr-1ovân‹.'ia para a determi- Vflções tecnológicas tenham as suas liabi- na medida em que a introdução das novas
arrestar os (zlcitos riegútivos da difusão do nação do uniprego total, pois ‹-_-ste setor liflades tornad-as obsoletas. eles enfrentam tecnologias lol' acmnpanhada por neg‹Jci¿1-
:: i:

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progresso técnico sobre o omprt-go. continua ocupando uma posição central maiores dificuldades em voltar a obter um ções r:r›lutivas entre trabalhadores e firmas,
;i,

Esses aspectos ‹:orrrluzr;›ni ër conclusao de no processo de desc-nvolvimcnto capita- Posto de trabalho. Assim, esses trabalhado- abro-s‹¬, a possibilidade de se reduzir o seu
que não é trivial a determinação do resul- lista (Castells; Aoyaina, 1994). Ét. T@S aurnentarao seu tempo de procura por irnpacão cm termos de perdas de emprego.

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107

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ANTONIO D. CATTANI & LQRENA HoLZM.âNN ' D¡C|0NÁR¡0 DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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Referências
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i +: íãÊIi tl g§::Ê! i:; íÉi iÉ:;i !ii iE

ÉÉe'i^iÉ:3;é:
somente corri alternativas desfavoráveis. currstâncias- voláteis e constantenrente nais e se este-nderia à vida, permitindo a

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5: Í; !€ ii::; a-i= r;.: í = F; z!+ +; i: I a",;i;-;:; ? i


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São iontes de dilemas pessoais no traba- instáveis é jogada sobre os ombros dos in- invasão do privado pela atividade laboral

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AUTOR, D. et al. The skill content Fil recent
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technological change: art empírica] explora- lho os modos de trabalhar e de gestão que divíduos - dos quais se espera que Sejam em uma espécie de “colonização do espa-

;
íiiíi'i;
tion. The Quarlerly Journal ot' Economics, Cam-
exigem a cooperação necessária à pro- "ireo-choosers" e suporteni plenamente ço e do tempo pessoal" (2007: 180). Aque-

i;;ii
bridge, v. 118, n. 4, p. 1279-1333, 2003.
dução, tanto quanto incentivam a indivi- as consequêntfios de suas escolhas" (Bair- le tempo destinado ao lazer e ao descan-

u
CASTELLS, M.; AOYAMA, Y. Hacia la socie-
dad de la información: estructura del empleo dualização condizente com a sociedade mân, 2007.3: 10). Ainda segundo este au- so, por exemplo, passaria a ser gerenciado

i=
en los países del G-7 de 1920 a 1990. Revisto
liquido-moderna. A vivência de dilemas tor, não há boa escolha. "Näo se pode ficar de modo a tornar-se produtivo (Weber.

Éãí

iiei*çÍ+iilii:r=iiíii:::;::EFii!;r;i
Internacional del Tiobajo, Genebra, v. 113, n.
1, p. 5-35. 1994. pessoais no trabalho ultrapassa segmen- com a torta e comê-la - mas é exatamente 2010). No que tange ao tempo e sua rela-

i
FERRAZ, J. ct ol. Developmerrt, technology and tações como gênero, geração, alocação isso que você é pressionado a fazer pelo ção com os dilemas pessoais no trabalho

r;;ti;;
:l::',i'
i:r:,;ii;:;:;a;:i Í :j::i i::i; ;t::
E:3

giÊ
Ilexibilily: Brazil faces the industrial divide.
na estrutura hierárquica das empresas ou ambifânte em que tenta compor sua vida" pode-se argumentar que as relações de

i Ê ; í ; i : i ; ; i i;ii: ! ; I : i ; i : : I : i : j í ; ;

iii:?; I: =
Londres: Routledge, 1992.
FREEMAN. C. et ol. Unemploymenl and tech- tempo de formação e experiência profis- (Bauman, 2007b: 142). Vivemos numa so- trabalho estão calcadas em uma lógica
ÍiÍi.ii

niccrl innovation. Londres: Frances Pinter, 1982. sional. lmplica tomada de decisão ou esco- ciedade líquido-rnotícrrra na qual, para que elimina os ancoradouros e desconsi-

!

iÊ:ti:;
FREEMAN. CL; SOETE. L. Work Ior all or mass llia experimentada como algo de respon- bem sutíeclmz r1e‹:essári‹› ajustar-se à dera as trajetórias pessoais, iazerido com

ÊÍ i ; i : Êi ; !

\
unem1)l0)›'nrer¡II¿ Londres: Pintor Ptrblisliers. 1994.
sabilidade exclusivamente pessoal. uma redrrçéãri do tczripo de ‹:onsol.idaçáo de que a capacidade de abrir mão e permitir'
Rl(.I.›'\.RI')O, D. Principios de economia político
E f¡'ÍlJt.|I(¡Ç(Ít0. São Paulo: Nova Cultural, 1982. vez que, reforçado por uma sociedade in- hábitos, rotinzrs e turmas de agir, condi- que o passado fique para trás tornern-so
{CoIr›‹;ào Os Economistas). dividualista, frente ao dilema o individuo cionando a uidstôiicia ta uma sucessão de tundamentais à medida que migrar de ta-

: : i;; ;,i
:i;t : i: :: t;,.
i;1ii,.j:!:;:li,Ét;i: EÉi i;i:!

STANDING, G. Lil Imción de desernpleo tecno-


is

percebe-se só, 0 que torna a experiência reinívios, êitirial “sf-fr cltrixado para trás” Ó refa em tareta, de emprego em ernprego,
lógicti. Revisto l'nle1'rrczcíonflI del T.l"(¡b0jD. Conc-
bra, v. 103, n, 2, p. 155-179, 1984. ainda mais dificil ou penosa. Dilemas pes- “não ericontrar um lugar na proxima ro- de um lugar para o outro são uma exigên-
soais no traballio dizem respeito à vida dada da ktaritƒzt das ‹¬adeiras"' (ibidem: cia na busca de colocação profissional

i:i:;É;:
SYLOS LABINI, P Nuevas tecnologias y de-

:Ít,";21:Y+E:ii:t:
i: ;iii i,,;ii :!i

sempleo. México: Fondo de Cultura Económi- corno um todo ao apresentar consequên- 10), strgzflrc: ao iritlrviduo que “qualquur (Sennett, 2001), de modo que "aquele que
ca. 1993.
cias que alcançam também aqueles que escolhít que taça, está arranjando contu- resiste Ó catalogado como não eiiiprogá-
TAUILE, .l.; (')I.lVElRA, C. Difusão da automa-
compõem as relações do in‹iivídu‹), sejam sao" Íibitlt-itnz 142). Àlais pcrcepçöes corr- vt-l" {Gauleja‹', 2007: 241).
ção no Brasil e os eleitos sobre o emprego: uma
z
resenliét da Literatura Nacional. Literolurfl ECO- elas de coleguismo, atetivas ou familia- tribuiriam para o surtiirnvnto de dilemas 3. Dentre as questões que surgem no
gã;

f
nômica, Rio do Janeiro. v. 10, rt. 2, p. 161-192,
res. Exempliticam os dilerrras que atloram pessoais no traballio, oriundos dos atuais cotidiano do traballio, algumas são pró-

i;j:; !::ai;;;j ;i;i;


jun. 1988.
no cotidiano do trabalho, entre outros, o rnmlos de gtlslšrrr O dt? traballio que privi- digas no tocante à produção de (lilearnas
VIVARELLI, M. Tire cconomics of technology cmd
z¬rrrpluyrrr‹.›nt. Andershot; Edward Elgar, 1995. medo de demonstrar incompetência e 0 lcgiani tão sornvrrte os resultados instintos pessoais e evidenciam parto dos desdo-
i
=,

\¡I\¡ARELl.l, M. Innovation and L=riiplm,-'rrieritz estigma de perdedor, 0 nomadismo invo- no aqirioagrm-1. brarnerrtos vividos pelo trabalhador nas
:É : Ê ! : ;iiÉÉ i ; : i ;

a survey. ln: HANUSCH. l¬I.; PYKA, A. (cds).


luntário, a captura e d‹)minaç¿'ro do tempo De â:r'oro'o corn Sermott, no atual contex- relações de trabalho contemporâneas,

:;j jií?
;Ê ;? Íl iiât;:i: ;

Elgur Companion to rreo-Sclirmrpeterirm


economica. Cheltenhani: Edward Elgar, 2007. de vida, a corrida individualizada para 0 to de porspfrctitfas voltadas ao curto pra zo e algo que pode implicar em tensão e sofri-

t:tí;;;t
p. 719-732. de incentivo a fragrrientaçäo das experiên-
mérito, o medo da estagnação proiissiona! mento psiquico, sendo o traballio bancá-
WOLFF, E. Computerízation and the rising un- cias \-'ividas. a ‹;'apac1`dade de estar aberto a
e a saúde na precarização das relações de rio paradiginático nessa questão (Grisci,

=
employrnent duration. Eastern Economic Jour-
nal, Hampshire, v. 31, n. 4. p. 507-536, 2005. traballio. Tais dilemas coexistem, se entre- Constantes mudanças e a elas rapidarnente Scalco e Kruter, 2009; Oltramari, Weber
cruzam e se intensificam uns rios outros. se adaptar dificultam a coristruçâo de laços e Grisci, 2009; Weber, 2010). Os atuais
iiiíj

i
lt|i.' ?-£.-.- .

DILEMAS PESSOAIS No levando os indivíduos, em geral, a preterir de mrrtiarrça o ajuda mútua. Desta forma, modos de gestão permitem ao individuo
;

TRABALHO os relacionamentos pessoais tanto no âm- 3 lógica vigente apuntaria o sujeito como certa sensação de autonomia. No entanto,

aiz3,i=ii
Ligia Iochins Grisci bito do coleguismo quanto no dos alelos. Senhor de si, incumbido de responsabi- a atual exigência de que cada indivíduo
em prol da rentabilização do trabalho. .z›;.+|à;~.-:'àr: ]-Ílfif-Se por suas escolhas e estilo de vida seja gestor de si sugere "que a redenção
i;i;:i

íi;
I. Por dilemas pessoais no traballio 2. Autores como Bauman, Sennett G 9. össint. "rcS‹)lver os dilemas gerados por e a condenação são produzidas pelo indí-
::Éãi

; ; =; i
' i É:

conipreende-se a vivência de uma situa- Gaulejac se revelam irnportantes a Com- <`1I'Cun.<t‹"m‹;ias voláteis P constantemente víduo ‹-f somente por ele - o resultado do
›_z=i‹.~í'*v`
ção difícil ou embaraçosa que aponta sa- preensão dos dílemas pessoais no traba- ¡nStáV<*is" (Bauman, 20U7a: 10). que 0 agente livre (ez livremente de sua

tt;
idas árduas. urna vez que. para a tornada lho. Para Bauman, “a responsabilidade Para (šarrlcjav, um constante estado de vida", diz Bauman (2001: 76), o que otor-
de decisao ou escolha, o individuo conte em resolver os dilemas gerados por cir- ülertzr textrapolérria as relações profissio- na 0 responsável por cultivar os méritos
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Diante da possibilidade de ser julgado uma visao individual te chama de bobo,

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de constatações como: “se eu fiz débito

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e reparar os fracassos (Bauman, 2007a].


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:5E:
1?!:
Racionalizações sobre 0 trabalho levam 0 como acomodado, estagnacio, o individuo automático naquele mês, no mês seguinte porque tu deverias ter guardado isso para
individuo a aderir ao ideal da instituição, enfrenta o seguinte dilema; aceitar os a pessoa não vai mais aparecer para pagar ti. Se 0 resultado é imediato, porque tu vais

5;
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l,it:i ;:: i i 55ii,izt=!: ;;iiiã:É:5iãiiiE
de modo qlíe os modelos de valores das desafios de uma ascensão, por vezes pre- a conta, ou seja, a meta aumenta, mas a dar para o grupo?" Sendo assim, afirma-se 1

r;Êiái::i5

i=:::; iiiíi=t:?i;
empresas se tornam também seus mode- matura, e, concomitantemente, conviver possibilidade diminui". O enfretamenlo claramente que “as pessoas têm a infor- l

i; riÉ ii;
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Í;

los de valores {Gaulejac, 2007). com a ideia e 0 medo da incompetência; de tal dilema corrobora com uma exaus- rnagao, mas elas não passam". Diante dis-
Resultados de pesquisas (Grisci, Scalco ou resignar-se ao fato de que não tem o tiva busca de reconhecimento do trabalho so, especula-se a vivência de um dilema
iz;r;;

e Kruter, 2009; Oltramari. Weber e Grisci. perfil para a [unção e iiear subjugado aos realizado, atinal "quando os critérios de pessoal no traballio. nao verlializado e até É--4.1

'i;i;;:ii:
-*V_-._,. .¬¡üv-
comentários de colegas. A racionalização sucesso se tomam cada vez mais exigen- mesmo negado, relativo à própria imagem

i,i;i i íi i :; i
i: ; ; t: ;ll i; : z ;::i
2009} permitem dizer que, por vezes, não
Vl
há como encontrar um ponto em comum sobre o processo de ascensão e a autoco- tes e os riscos de fracasso cada voz mais que o sujeito constrói de si, em consonân-
i

entre os valores pessoais e os da empre- braiiça surgem como modos de enfrenta- presentes” {(3aulejac, 2007: 227), 0 sujeito cia com Sennett a respeito da corrosão do
r:;?i. i r = i:;:

sa, derivando um dilema. Ou o indivíduo mento do dilema, assim verbalizados: "há se vê compelido a prejudicar-se para al- caráter. Pode-se dizer, então, que a vivência


lados positivos e negativos [...]. O lado cançar objetivos estabelecidos pela em- de dilemas pessoais no trabalho se sns-
cunipre as solicitações para manter-se in-
ii'i i

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!€ t\iz,

cluido no trabalho e perde a paz de espíri- positivo fã que, querendo ou náo, eu sou presa. Iironto ri isso. Ó comum os indivi- tenta na irrstalaçàri de s‹1›.ritirrieril'05 opos-

::
to, ou preserva a paz de espírito e arrisca- nova e já consigo ser gerente, é um reco- duos entenderem que "a medição Ó essa: tos que passam a coexistir nos indivíduos,

i i; :
. .Q
a ser excluído do traballio. Qualquer nhecimento. O lado negativo é do peso da quanto mais tu atinges as metas, mais tu dezsericadezitlos, ein especial, polos atuais

l;: lt v=í;ijÉiii?5ii
r:.=;(`o1lia que faça não se mostra satisfató- responsabilidade. Perdi minha saúde por- és cobrado". Trata-se de um dilema que se modos de gestão que acentuam 0 desem-

i:iiii a:: ii i íÊ:;ii z+íi'r;=


ria. No que diz respeito ao processo de as- que sou uma pessoa que se cobra 100%. dinamiza na relaçäo com o tempo. Privile- penho, a estiginatifiiçäo C ii individuali-
1

i; l:: i:i;;!
censão prolissional, por exemplo, ele ro- então me pergunto se tenho ou não perfil giar o aqui e agora em termos de alcance zacao mesmo no traballio em equipe.
i r? :; ; í :! i i i;i Í ;;

quer que os inilividuos estejam dispostos para trabalhar nisso". l)e acordo com Bau- das nivias o diminuir as possibilidades
=:; l::: :=.i,,.=ti:i!ii

=i,
iuturas, ou fragili7.‹ir o aqui e agora em l{‹%lei'r`>,iicias

=
a deixar seu lugar a qiialquer momento, man (2007a], o sujeitri é o tree-chooser e,
1

aceitando oportunidades assim que estas portanto, respoiiszivr-l por resolver os dile- termos de al‹~an‹'e dos metas e aumentar llf\l'l\/lAl'\'. 7.. Moflr-midorlc liquido. Rio de .la-

l:ii;i,:;
ir. i ;;; -:,i12;;:;ii==i;ii
i : ; .::i,:; tí;1: i;.:;i;;
:; .l;
l
í::;

mfiro: .loi'g‹= Zahar, 2001.


apareçam, mesmo que, de lato. não se- mas advindos de ‹¬ii'‹*un.=,té"1ncias instáveis, as possibilidades futuras. lim geral, a op-
l;

_____. 'Ièmpos liqiiidos. Rio do .lanr-nm: Jorge.


jam, verdadeiramente, oportunidades. A por vezes, tora do alcance de sua compre- çao é pelo aqui e agora, mas postergar a

: i;:;Í::i;ri,ítti;.;::i.
Zahar, 2llU7a. .f¬~..
construção da imagem do profissional fra- ensão e capacidade de ação, além de ser ansiedade e o sofrimento não é sinônimo
;r:

=izzi:i;i
V___¬¬_. Vida líqliídri. Rio de Janeiro; Jorge
obrigado a suportar as consequências de de sua inexi5tí:r1t:ia. Tanto que se Consta- Zahar, 2(lU'Fb.

j
(Íi'lSSE]{l() HÊU Si? IGSÍUHQH il].)(3l1¡'_1S ¿i(.) Hldll
ri I i: :i :i
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ta, também, a prática de, quando possivel, GAULlE.lAC, V. Gr.-.sido corno drieflçrr .sociril','
\=‹=.r1r.1ed‹n', mas, principalmente, àquele suas escolhas. Alóin disso, a busca pelos
ide‹_iIogií:, poder gurer1r:ialis1a e Íragirientação
colega que näo buscou os meios para a melhores lugares implica a convivência reservar para o mês seguinte algum exce- social, São Paulo: Ideias ra Lzâlras, 2007.
;!;

ascensão e se encontra corno usualmen- em um ambiente propício a competição e. dente ern termos de metas atingidas, caso (3RlS(_`.l, C. L.. I.; SCIALCÍO, P; KRUTER, G.
=;

;:iir,,;:i: ::::iii:
i: ii

',i1=..:iÊ,ii ji:i:
te referido -- artoinodúido ha muito tempo deste modo, os indivíduos racionalizani a ãlgum contratonipo ocorra 0 possa vir a
'Trabalho imaterial bancário <=. a dinâmirra dos

irí ! : I; i::
dilemas pessoais contemporâneos. ln: XXXIII
no mesmo cargo. Quem já está em pos- respeito do preço que pagam pela possibi- prejudicar o alcarice das metas definidas. Eiirjontro da ANPAD, 2009. São Paulo. Arrais...
Í:l

tos de maior responsabilidade e julga ter lidade de estar entre aqueles bem sucedi- 3 O receio do estigma de perdedor leva os São Paulo, 2009. 1 CD-Rom.
Sujeitos a desenvolverem entre si uma re- OLTRAMARI, A.: VVEBER, L.; GRISCI, (Í. 1..
assumido 0 risco inerente ao cargo pode dos. A esse respeito, ecoa a verbalizaçáo
: ! r : Í É; i i i

l. Trabalho imaterial, carreira Q relações farni-


considerar um colega corno acomodado, de que “para se dedicar a algo, tem que laçäo ambigua que os coloca ora como

: ii; li;! í
liares: fi dinâmica de dilemas pessoais na con-
percebendo-o como aquele que "fica mor- abdicar de alguma coisa".

ömigos e engajados na equipe, ora como tcniporaneidade. ln: ll Encontro de (`šestao de
É

Pessoas e Relações de Trabalho -- EnGPR, 2009.


tinho ali, não faz nada, não pensa nada, No que diz respeito às metas, os dile- rivais em potencial. Tal ainbiguidade leva
i: Ê i;i:

;E
: : I Í i Ei

Curitiba. Anais... Curitiba. 2009. 1 Cl)-Rom.


não é nada". Aos que não se disponibi- nias aflorani exacerbados, pois afetam il comentários que perpassam desde a SENNETÍ R. A corrosão do Cordlerf consequ-
.-
lizam a se mover rapidamente e perdem diretamente os resultados da empresa e.
t
manutenção de um discurso gerencial ências pessoais do trabalho no novo capitalis-
r:i:

mo. Rio de Janeiro: Record, 2001.


supostas oportunidades, restaria a culpa portanto, de interesso de todos, inclusive que racionaliza esta ambiguidade até a
i.i;

1
WEBER, L. Trabalho imaterial banrãirio, lazer
pela estagnação profissional {Baun1an, dos colegas, pois as avaliações de desenr- fixternalizaçäo de como se dá esta dinâ- e a dinâmica de dilemas pessoais Contempo-
:;i
u
2001). A imobilidade passo fi ser sinônimo penho os tomam individual e coletiva- miüfl. "Se tu dás uma dica para a melhoria râneos. Dissertação (Mestrado) -- Programa de
Pos-graduação em Adininistração, Universida-
i

de inutilidade e, mesmo, de morte. mento. Desta forma, 0 dilema se originä ÕG trabalho no grupo, o colega que tem
É

de Federal do Rio Grande do Sul, Utrgs, 2010,

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ANTONIO D. CATTANI & LORENA HOLZMANN DicioNÁiuo DE TMB/u.¡-to E 'TECNOLOGLA

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1

ção de normativas tutelares voltadas ini-

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entidades integrantes da organização sin- trabalhista 0 mito de que 0 Direito do Tra-

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DIREITO Do TRABALHo_`_

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dical (Centrais Sindicais, Confederações, balho, na construção teórica e legislativa cialmente à limitação da jornada de tra- .\
Aldocy Rachid Coutinho ._ ,

g: : : i ; i :, ;, . : i í i;
Federações e Sindicatos), atuando na defe- pós-Revolução de 1930, teria sofrido a in- balho e proteção aos menores, à mulher,
z
sa dos interesses trabalhistas individuais e/ fluência do modelo fascista e, mais preci- aos desvalidos, às aposentadorias, aos
ou coletivos de seus integrantes. samente, da Corra del Lavoro, de Benito sindicatos e às sociedades cooperativas,

Éi:g: : i i =:íi+;+:Í,
Ê;r: :i=:;l::;:;;1::==:;;i:i;;;iiil!iê;
t. O Direito do Trabalho define-se como

;i; ;tÉ;::: i;: ; t::ál Ê: ií: lÊííÉ:;iÉ;Ê;iÊ


Eۋ;!ii*=E:iij:: ::ij: ;! :t ii:; ;t;! i;i i
desde a última década do séc. XIX (1888) fl
2. Ao longo do séc. XIX (e desde sua Mussolini. A noção Direito Sindical era

: ;
urna disciplina jurídica e, também, como
uni sistema de regras e principios, com origem) a disciplina jurídica recebeu dis-
*Ç redutora de sentido, ao canalizar a atua- até 1930. A fase de oficialização do Di-

l;:i: :j;: i;=;;i=!!


carater normativo, que estabelece uma tintas nornenclaturas: Legislação Social, ção no âmbito coletivo apenas aos sindi- reito do Trabalho (1930-1945) decorre da
onl‹':in na sociedade por meio de critérios Direito Operário, Direito Industrial, Direi- catos. O epíteto Direito do Trabalho, de adoção de um novo modelo, acompanha-
do organização (qualificação, regras so- to Social, Direito Corporativo. Direito Sin- qualquer sorte, tampouco se mostra como do do mito da doação e do "bom direito",
dical. Todas, pela insuficiência, se mostra- imune a criticas porquanto falaz; seu con- a partir da ideologia trabalhista do Estado

ir
bre regras, regras que estabelecem efeitos
iuridicos), de conduta {tunção‹›rie1itadora ram inadequadas e foram superadas. teúdo não abarca toda regulamentação e em um período politico centralizador e
do agir humano] e de decisão (solução de Legislação Social induzia em erro na me- jurídica do trabalho huinano, restringin- autoritário, que manteve sob controle es-

:=
do-se a uma de suas modalidades, a do tatal [longo nmmis) a atuação sindical.

i i : ; i: ; ; ir i : ig i I I; ; Éii i r [ãi
casos concretos] para as relações indivi- dida ein que o Direito não se restringe ao
contido em lei formal ou material. Direito trabalho subordinado ou emprego. Cabe O Direito do Trabalho nasceu como

=
duais e coletivas de emprego. Sob a ótica

; :: ! :r ii:u,j,
t“Jperãrio, empregado pela Constituição de ao Direito Civil a normatização jurídica ramo juridico autônomo, por especializa-

=
=;r;;: : : : ;;

ii ; i : i r : : ; : : ; : i :
sulijetivista e material, é um sistema de
proteção do traballio subordinado com 1937, em seu art. 16, inc. XVI, ademais, faz do traballio autônomo e do eventual, as- ção, em pleno séc. XX. Marcou seu nasci-
pit-val‹"¬iicia dos iritcrcsscs dos emprega- menção somente ao trabalhador manual ou sim como a regulamentação do cooperati- mento o rompimento com 0 Direito Civil,
i: ;i i: i ;1ii; : i!i ;t :: íi ; i :

i?i
dos, porquanto roconhccidaniente lupus- me‹-Eurico, enquanto no Direito do Trabalho vismo; o Direito Administrativo diz res- comuni e geral, historicamente confundi-
não liá distinção de trabalhador manual, peito à disciplina do trabalho prestado do com 0 direito privado, por conta da

"
snficientes. Sob o aspecto ecoiióiiiico, ‹'› -i
‹1rt'l|¬injui'ídi›:'a do capitalismo que regula intelectual ou técnico. Todo einprr-gado pelos servidores públicos, restando à le- eiiimgíaiicia da qiresläo Social e da insufi-

:t,lit

!;iittz
.I ventla da força de traballio enquanto um recebe tratamento isoiiômico indepen- gislação espàirsa a reg ulamentação do tra- ciência teorica para dar conta das deman-

il:;r:-l:

-:
dos fatores de produção. dentemente da posição ocupada na hie- balho temporário, trabalho voluntário, tra- das de regras difcrenciadas no jogo de for-
balho avulso e a relação de estágio. í
O Direito (lo Trabalho é dividido em Di- rarquia enipresarial ou da condição de ças econôniicas, com vistas a minimizar a
:=; : iÉ i:liiiEl I rii,

reito Individual do 'Trabalho e Direito Cole- tempo, modo ou lugar em que desenvolve O Direito do Traliallio surge após o rom- exploração do trabalho, tendo como ápice

s ; =' i : I : ; Ê i I ; = !
tivo do Trabalho, em conformidade corri os a atividade laboral. O Direito Industrial pimento coni o sistema escravagista de a Consolid.-ição das Leis do Trabalho

: ;; :: ; t;ÍÊ : i*. ls,


: i : : i i; : ;
.-4
sujeitos envolvidos em uma relação juridi- limitava-se a identificar apenas um dos produção, rio florescer do sistema capita- (l943l. O Direito Civil foi erigido dentro
ii: 1:;ii: ;iEÉi:i

ll;i i ;Í::;
fi
fl
ca voltada ao emprego. O Direito Individual setores econ‹`›micos nos quais o trabalho lista brasileiro e no periodo de transição de concepções individualistas do liberalis- z.¡
't
do Trabalho dirige-se aos sujeitos de direito subortlinado se realizaria, deixando de fa- para o traballio livre {pressuposto históri- nio econômico, absolutaniente contraditó- l

zer referência. portanto, ao traballio rural co-material para surgimento do emprego) rias coni as reivindicações coletivas da
:Éii

individualmente considerados, a saber, cm-


pregado (trabalhador que presta serviços 0 ao setor de serviços, conteúdos do Direi- expresso em leis esparsas e em manifes- classe trabalhe-idora e com a atuação inter- El

=
to do Trabalho. Direito Social, cuja alusão tações incipientes, regulando a venda da ventora do Estado ein legislação profissio-

É
com pessoalidade, continuidade, subordi-
remonta no Brasil ã obra de Ciesarino Ju- força de trabalho, até então regida pelo nal c protetiva. A categoria Civilista do gl

iii;i:
nação e onerosidade) e empregador (orga-
ii
nização dos fatores de produção. na forma nior, ao contrário. peca pelo excesso, na Direito Civil. Os reflexos do positivismo contrato de locação de serviços, livremen- -1
I;i;::i

medida ein que (al todo direito é social- e a influência anarquista, anarcossindi- te pactuada por sujeitos de direito em situ- -",

=
de empresa ou por equiparação), que en- zâ
Calista e socialista que acompanham a 7.
mente construído e determinado e (b) ação de igualdade encontrava-se total-
; 2+:;;:
tabulam diretamente uma relação juridica ,I

i ii:;:Z
¡-
ê.
de eniprego, mediante a celebração de um nem todo Direito Social, sistema legal de migração de trabalhadores para o Bra- mente divorciada da realidade. A situação

i;li
proteção aos economicamente fracos, eS- Sil. abrem frentes para a presença de um de subordinação do trabalhador, despos- lln
contrato individual de trabalho. No Direito ,.

I
‹Í
Coletivo do Trabalho são consideradas as tabelece preceitos destinados ao trabalho movimento operário com capacidade de suído de bens - salvo sua força de trabalho

{!:i
¡,
relações jurídicas estabelecidas por grupos como categoria central. Direito Corporati- Organização e pressão. Suas práticas e - e premido pela necessidade de subsis- ii

)
z
profissionais e grupos econômicos, consti- vo ora uma denominação ardilosa e ilusó- resultados, no plano coletivo, retiram da tência, acarrotzi o surgimento de um prole-
ç

ü;

ria, uma vez que reproduzía na ideologiö inércia a atuação estatal, mediante a ado- ;Ê tariado que, na identificação associativa
Ê.
1

e
tuídos como pessoas jurídicas na forma de
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113

:
112.
:

_-.L-......
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Auromio D. CArrA:~ii & LORENA HoLzMANN D¡‹;11QNÁR10 ng TRABMHQ E '1“1;ç1×-0¡_0<3¡,z,

Í iil;;Éã;iÊãíii i;i: i;:::ii: ii;i: íil?iiãi: i:


É iiài:;Ê;:i;rti i::;r;=.1i; i 1i::i : É=;: :i
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É r:Êá;;:i;::::;1:iji:;É=:.=::::::r:iiáEiÉ;É
profissional, exerce pressões, levando à de um locus de fegras e princípios traba-

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respeito à identificação, no sistema juridi- e para superar as dificuldades do enqua-

! §: Ê i;E ! ! ã; i

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iE É :: Íi: ; ;;;- ; Éi iã, :==;
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iÊ:Ei::EiÉ;i;:ri:; ::,:;:: i1i;:;iii',, : i:;
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i e:i i-: !: I é -; r;: É i i .:::

Ii:; ;í:1Éi=.;: : : :; ::' i::tití=;!li; i iáE;,::


É

i:ii:; i iii!:;íi,:i ::j l;


Criação de novas categorias e instñuttis lhistas, mas de um novo perfil, mais demo- co, de normas de direito privado e normas dramento, outras posições vêm a lume,

; : Ê ; i : i É r Ê i t : E : ; : . ; i ; =i i u Í ; i ; : ; i ; i ; § Si :l; :

ɧ
peculiares e um arcabouço de regras e crático - ou menos autoritário - das rela- de direito público, pois: a) visa proteger agregando, no entanto, novas problemá-
princípios nos marcos do capitalismo. O ções de emprego, com 0 reconhecimento

ii : ÉÉ ii i ri i ; ii i i
tanto interesses pnvados, individuais e co- ticas, quer para adotar uma terceira hipo-

i tçi
contrato de trabalho _ com níveis de prote- dos direitos dos trabalhadores como direi- letivos quanto publicos, náo se podendo tese, a da natureza Social do Direito, quer

;:;; i:; r:i;i!


ção pela restrição à autonomia e liberdade tos fundamentais sociais, albergados pelo sequer precisar algum critério de predomi- para negar a dicotomia com o reconheci-
de atuação dos sujeitos contratantes, em princípio do não retrocesso social, no trilhar nância ou exclusividadf-:; h) a supremacia mento do público/privado, como a do Di- amvv--'-:Q-1;
›, p`
tipicidade contratual. embora igualmente do valor social do trabalho como principio do poder e a subordinação que se apresen- reito Misto ou näo. como a da Unicidade

=
com a função de mascararnento do poder republicano, garantia de emprego contra tam como caracteristicas normais das rela- ou lndivisibilidade do Direito. A natureza

_!
diretivo do empregador e de ocultação da demissão arbitrária 0 estal)ilidades provisó-

=
ções de direito público estão presentes no de Direito Social foca 0 caráter coletivo e

?::.u::7
mais-valia pela comutatividade (equiva- rias de gestante, dirigente sindical e elei- contrato individual de trabalho, que cria socializante do Direito do Trabalho, com

; i z i :=i'; i i i ; : í j z ' t : i = a = ; i ' ; 1 a ; + t


lência das prestações bilaterais ou sina- tos para cargos de direçao da CIPA. Inclui, um vínculo juridico entre péuticiilaros, em primazia sobre o individual ou público, A

:
lagniática) - garante a peífrpt-atriz-içízri da en- ainda, cláusulas de não discriminação no categoria propria do direito privado, no tese de um Direito Misto parte do reco-

?: F: iE
trega da força de trabalho como fator de- trabalho, atuação sindical livro da interven- qual deveriam estar p:'z:s‹z~1itâ›s relaçoes de nhccinlento de um conjunto indissolúvel
produçáo no sistema capitalista e a manu- ção estatal, com normatização autônoma, paridade e de coordcriaçao; cl no contrato de n ~gras de direito privado e público, que
tenção da “normalização” da classe traba- participação dos tralralhadozcs nos locais individual de trabalho se reconhece uma resultain em uma impossibilidade de se

=
trÉt: :.'.:1;iÉ:
lhadora. No Bra sil, o período de consolida- de trabalho, fim da representação paritária situação de (le.-'igual‹la‹l‹- real entre os su- inlerir por uma ou outra natureza, senão
ção do Direito do Trabalho (151-if:-19ttti) v classista e limitação do poder normativo jeitos contrataiitcs, Sendo rlistiplinado não éunbas ‹¬on‹:omitanteme-nie, reveladoras

!: Ê t=;= r!I;
denota um caráter expansioiusta, corn a _;A‹
da Justiça do Trabalho. pelos principios da libtfrdado e autonomia do cazíztt-r privado de uma relaçäo entre

i:
it':i:l':.rr;:;: i::tiii;

edição de novas leis e novos direitos tre- 3. Para fixar a natureza jurídica, a di-
l
j

:í:i=, b: 2:? is-:rrr


da vontade, proprios do direito privado em parti‹'ul¿i:'‹:s, silrgida pela contratualida-

:i:: i Í;g;;i: iL:€:õ

i,
potlso selnanal remunerado, feri‹i‹lo:<, afli- cotomia público/privarto, do traclição ro- sua c‹›i1cepçízo indi\'idualista do liberalis-
:

de, te pulilico, pela intervenção estatal ein


i::,:;; j ;í;i:

; : 1i: i ; i i ; ; : i; i: ; = = =
l
cional de periculosidade, qrat›li‹ acao nu- iiiauo-canônica, (Encontra no Direito do mo econonnco, mas a partir do principio da regras imperativas destinadas ao interes-
: i : : i! ii i :

I;:=
talina, contrato dc 8|)l'el1(i17.‹.u_;|i-ni 1: de 'traballio seu principal ponto de vulnera- |›r‹›teção do tialmlliador liipossuliciente se politico. Rejeitando a propria utilidade
::: : ;; i::

_l. _.

1
obra certa). Tambérn sofreu os eleitos da bilidade. A classitirfaçâo da natureza juri-
=

(princípio reitor) diante do poder econômi- da clicotoini.-1, a corrente que situa o Direi-

:i;:
=

5
politica do período do ditadura pos-19ti4, dica remonta ao direito romano clássico. co do capital, reprodu7.ido no poder juridi- to do 'l`ralJall1o como tim Direito Unitário

!=--1

:;E; Éi=iú: ii;2..! i=,


trazendo a racionalidade e‹7on‹"unir;‹l às 'Tendo sido confirmada pelo Lligesto (Ul- co direlivo do enipieõga dor, em direta inter- afirma ti impossibilidade de classiticação
leis protetivas, com a instituição do Fundo p¡`(1no) na noção dos interesses prott-fgidos, 1,, veiiçäo estatal liniitadora da esfera jurídica dos ramos do Direito a partir do parâme-
do Garantia do Tempo de Serviço ll"C;`l`S], loi mantida na Idade l\/Iedia como summu individual; dl não encontra respaldo a di- tros pautados pelo interesse em tutela,

:ii;liii i:,,t:
politicas salariais ditadas pelo t;>o\f‹_-rn‹›, ‹'1¡V1`S0, ganhando espaço privilegiado com ^‹ cotomia na alerição da qualidade dos su- qualidade ou posição dos sujeitos de direi-
t'ii:j:

ziii:;i
Programa de integração Social (PIS) r-. a grande sustentação t‹:‹'›rica na superação jeitos paI“li‹;ipar1tos das relações jurídicas to; o Direito seria um todo orgânico, indi-
l=ii:: !liii:l

participação nos lucros e nos resultados do Estado Absolutista, pela necessidade de einprngo, sempre tratando de vínculo
j;

ferenciável pelas suas normas, institutos o


(PLR), bem como rest1'içä.o ao direito de de fixar os limites de atuação do Estado. entre particulares. ainda quando o Estado valores. A manutenção da dicotomia não
greve (1964), eficácia ergo orrmcs as con- No Estado de Bem Estar Social, todavia, ülua como einpregador, pois se posiciona
:Iti!

mais encontra alcance prático no plano


j É;=Ê,_


venções coletivas de traballio. tendo o Direito do Trabalho como uma de em igualdade de condições como um parti- da lierinonêutica para efetivação do direi-
A partir dos anos 1970, com za lei do tra- suas mais notáveis klentihcaçöes, a inter- cular, se despojando de seu múnus publico to, independentemente da imprecisão ou
i l:: i : i

balho temporário. o Direito do 'trabalho venção no dominio econômico para asse- 011 poder de irriperiirln ou soberano; e) as indetorminaçäo conceituais de público/
:i :i;:= ;

j !d
passa a conviver com lenõrnenos do exter- gurar a igualdade inateriâil e o fenômeno normas são imperativas e não dispositivos privado. O nucleo da crise das categorias
d

~c`
nalização do traballio produtivo o tzstréitú- da constitucionalizaçao do direito privado lífldispouihilidade/irrenunciahilidade de
i ! ii

reside na indiferença diante da adoção de


gias de terceirização. A transiçao durnocrá- coloca cm X‹:r.[u0 a Elistinçíio e seu alcance Úircitosl, rnesmo quando voltadas para os novos valores axiológicos provenientes
., ,

:iv
tii;

'‹.
tica surge com a Constituição da Rvpública pratico sob parâmetros ultrapassados. Íflleresses dos particulares. de um sistema constitucional de direitos
:,

de 1988, em um processo de constituciona- Os dilemas que mitreiitu o Direito do Diante da fluidez da fronteira que esta- fundamentais e de um sistema democrá-

q:
lizaçáo do Direito do Trabalho. Não se trata Trabalho, assim como todo o Direito, dizem
j

hfilece os limites do público e do privado


=

tico do regras e princípios constitucionais


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114 115
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Anronio D. C/trr/mi & LORENA l-Ioi.zMANN

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2
que convergem para a dignidade da es- das modalidades contratuais de trabalho

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do pacto ao atendimento de interesses pú- soluçao para problemas socioeconômicos

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pécie humana. Diante da siipremaisia da que se apresentam como alternativas para

E
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Í;i:ããi íii: í, it:,i li;i::;;iií:i, i:E ii;i


blicos e coletivos. Nas marcas do Estado atuais. alguns de caráter niultitacetario,

f I EÉÉ; i : : i
Constituição, com força normativa, e a fraudar a legislação trabalhista. Ademais, c
.-
Democrático de Direito, da sua parte, se tal como 0 desemprego. Assim, nenhuma

e " , ;i ,i3:+
imperativickacle de sua observância mes- encoberto o insuperável conflito capital propõe a translormar a realidade (e não organização produtiva contratará mais

íi;iiii i;:i:;:; :i,i:, ;:;i;i::iiii;i


v
ino nas relações entre particulares, eni um versus trabalho _- “cooptação do trabalho a sua versão] na busca de igualdade ma- trabalhadores em razão direta e exclusi-
Estado Democrático de Direito há de se pelo capital" -_ mediante a perda da sub- a'w:Ji
terial que assegure às pessoas condições va da redução de direitos. A acusação de
reconhecer' urna crescente intervenção, jetividade trabalhadora Ípertencirriento a mínimas de vida digna, por meio da Soli- paternalisnio merece a ponderação da ne-
coin o abandono de uma situação passi- uma classe) por mecanismos de identifi- dariedade, a partir da perspectiva de uma cossidade de uma intervenção estatal de

i ZZii:
í : Í r! F ;= =-
va, em prol de uma atuação estatal pro- cação com o capital (assalariados desig- Constituição dirigente e coinpromissória; proteção diante de uni poder reconheci-
tagonista. das relações econômicas, coin nados como “colaboradores“), pela cons- porem, sofre os revezes de politicas neo- do e mantido pelo Direito do Traballio às

iii
»
disciplina cogente em normas de ordem tituição de uma conflituosidade insolúvel

É
Éi:i;;r ;'t:1;:!:

liberais. A mudança da racionalidade ju- margens de princípios republi‹*aiios como

= i : r ; : : r : ;
r
pública, na qual a autonomia da vontade com o terceiro ("projeção para terceiro", ridica da legalidade em proveito de uma

r;i: ;ni; ',E: :ii


o da legalidade; o poder diretivo do em-

i
[liberdade de atuação dentro do quo não contra quem não se pode se iiisurgir) o, racionalidade econômica da o fi ciência, ao

=
pregador rião esta oxpressaiiieiito previsto

i; t; i: ;: í;; É;; ;i Êii ! ;;i í:ijfi

:;
é vedado) cede espaço para a autonomia ainda, pela iiistalação de concorrência lado de eleitos decorrentes da reestrutu- na legislação e é mantido sob fu ndanien-

i:i;l:i:i:
E; j : :
público-privada [poder de autorregula- entre os proprios traballiadores na dis-
ji t ração produtiva, gerani retlo>‹os negati- to de sua iiierëncia e iiievitaliilidade. Da

:
É À Ê:;: í , i: i! i::Eií !:
nieiitação dos proprios interesses dentro puta por uma situação mais vantajosa em vos ao Direito do Trabalho, om constante mesma Íorma, suas iiiariilestaçíies de po-

i
z

:;iiiii; ilii
do espaço de poder assegiirado eiii abso- termos de remuneração e estabilidade das transiormaçäo. Acusado de excessivo pro- der liscali'/atório e punitivo: não há previ-

=r i =ç! E
s
luta observância dos direitos fundamen- relações jurídicas [“externalização produ- tecionismo aos trabalhadores subordina- são de sanções na Coiisolidziçfio das Leis
tais). Há aperias uiiia ordeiii juridica, com tiva", inclusive traballio oculto realizado is
r dos e de rigidez na sua disciplina normati- do Tiaballio, tais como advvrtêiicia ou hi-
a Constituição iio seu núcleo e a atuação por coiisiirnidores e "fragmentação/iiiul- va, visto como incompatível coiii aspectos p‹'itese<: de cabiniento da suspons‹`â‹›. Ali-

: : : = a=.;iii;1,'.râi
do Estado e dos particulares voltada fi efe- tiplicidade das relações juridicas“). rolle- dinêiniicos e lluidos da pos-rnodrziriiidzi de, ás, até a noção (le sulioiuliiiaçíio é constru-
tivação dos direitos luiidarneiitais sociais teiii a pouca representatividade das orga- a pressão por uma alteração de seu siste- ída doutrinária e jurisprudeiiizialiiiente. A

: t : a r ! r í ; t= z u : r : r : i ! ;
zl «zoa-
dos trabalhadores, que coriilui interesses iiizoçoes sindicais e das diiiculdades em ma Íreiorma da CLT) em busca de mais proteção, Como priiicipio reitor' tlo sisleiiia

1::=;i;:il:;:i;,
fz
garantir avanços em negociações Coleti- .i ›zÍ7‹›-
antes públicos e privados. eficiência (resultados/lógica dos custos) decorre, portanto, não da d‹~peiidôii‹;ia

i,:

É
-1. Sob tundaiiiento de redução de cus- vas. Flcxibilizoção e Desregulomentaçâo. aponta para a desregiilamentação do Di- e‹'oiiõinica ou técnica, mas do recoiilieci-

_{ i i . : i iE I i Í I I s s i=..

::íi:
.‹,
tos e na busca de maxiniização de elici- O Direito Capitalista do Trabalho cnierge reito do Trabalho (retirada do Estado ou mento pelo próprio direito da si tuação de
ência, as transIormaç‹`ies no mundo do como ordem juridica econômica nos mar- Estado Mínimo] ou flexibilizaçào de suas
Í*:;

:r ; i: i irá::;; i s i
:: ; i i l i E l;; li ;

sujeição do trabalhador siil.›oi'diiiado (de-

i:i:;:';{i"í:ç i ág á
Kfll
1'
traballio abriram as portas para a externa- cos de uni Estado de Bem Estar Social, ou normas (primazia do negociado sobre o peiidôncia juridica) e devo ser mantida
lização da produção, através de terceiri- se quiser, de um Estado Social de Direito/ legislado, ou seja, de fontes autônomas como coritrole do poder para iiiinimizar

Ê
'+›

t1:;;ii:i:;
zaçôes e subcontrataçñes, por consórcios Estado Providência, passando o Estado a .Êf
Em detrimento de toutes lieterônomas e o inipacto da direção e da expropriação

Ê: :Ê5: -
e empresas como organização de capital promotor das garantias coletivas por meio maior liberdade de disposição] em tempos da mais-valia. Outrossim, a autonomia do
?-ii;ã4Ê

É?

sem traballio. Este quadro leva a frag- das leis que se constituem como seu ins- de consenso. Em períodos de crise ecoiiô- iriuiido do texto, nos processos hermenêu-
I-as
mentação das relações jurídicas com o in- truniental de ação; coin vistas a corrigir
j j

rtiica manifestam-se o “consentimento do ticos, projetam re-sigiiiíicaçoes, tornando


cremento constante de novas formas jurí- distorções por meio de benefícios em prol -A Sacrilicio" e a “assunção da culpa”, toma- desnecessária a mudança do texto gráfico aiflflal

dicas de apropriação da força de traballio, de um “bem-estar geral". Os direitos so- 'À;-É


ãf
ÔOS na aceitação de redução de direitos, a partir do qual se fixam as normas jurídi-

91i-= ::o i
-u
!il
qiic-brando o paradigma do emprego. O ciais e econômicos, ditos fundamentais de salário e de proteção. ein prol da ina- cas, não servindo a origem supostamente -L.
. . . :. .
Â
Direito passa a prestar um desserviço ao de sczguiida geração, afloraram e, assim. nutenção da empresa e dos postos de tra-
gl Í íi ;

“fas‹°ista" ou "corporativista" como tuiida-

i:
Direito do Trabalho: leis do traballio tem- 0 Direito do Trabalho, no qual os sujei- balho que se traduz na possibilidade de merito a legitimar mudanças.
I I r;3

i*'ië'‹ i`»'€ 1.. . .


porário. cooperativas. trabalho autônomo, tos, dentro do espaço de uma tipicidadê Consumir, O Direito do 'traballio não É o
:
i: i:

I Eã;
3%_z¿_ Reforôiicias

i *::
eveiitual, avulso, traballiaclores constituí- contratual, agem em consonância com 0 Úifeito dos empregados, mas Ó, também. 0
ii;

.__, direito do capitalismo. É o Direito Capita- BIAVASCHI, M. B. O Direito do 'Irubulho no

;i;
il
dos ein pessoas jurídicas, leis de estágio dirigismo que mantém a autonomia da
.4
.¡ .-i
Brasil ~- 1930-1942; a construção do sujeito de
e contratos de aprendizagem são algumas vontade, embora vinculando a validade 1¡5Í& do Trabalho, que não é empecilho oii direitos trabalhistas. São Paulo: l.Tr, 2007.
3
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DrCioNÁr‹io DE 'l`RABA1_i¡o E TEcNo1.‹›‹_'.1/x

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A:×."roN1o D. CATTANI Ez LORENA 1-IQLZMANN

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i ranrlo do trabalhador 0 domínio que ainda
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i ; : ãÉ ii , :i
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cedcra, baseada na contemplação passiva

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realizava-se do ëxtenor, por meio de re-

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(_`l'í?-SARINO JUNIOR, A. F. I)¡'reito social. São
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É: Ê! :trá"1;
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iÍÉ!;;
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Paulo; L.Tr, 1980. -L
gulamentos e inspetores que os faziam pregacla pela Igreja Católica. Segundo detinha sobre seu próprio trabalho, como t

:
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q! i i E; ; : ; É ; : ; i ; ;
§:::!íl:i
COUTINHO, G. F. O direito do traballio flexi-
cumprir. Já o problema das grandes fábri- Weber, para o protestantisrno, 'A perda documentam matérias de revistas empre-

ã l ó + : ; : ã j ; ; , : ; : i : : , ; : : : i i E : i= t T ! i
bilizudo por FHC e Lula. São Paulo: LTr, 2009.
cas é criar um controle continuo. ao lon- de tempo [...] é 0 primeiro e o principal sariais da época (Pign0n; Querzola, 1974).

i;! ii ãÊ; ; : i ;í: ; ; i ; ; ;; :i u ii ; Í t i i : ; : ; ; i ;


t sl É l*=:'É e=i::1;:::
DELGADO, M. G. Curso de Direito do Traba-
lho. 8. ed. São Paulo: L'l`r, 2009. go do processo de trabalho, 0 qual :liga de todos os pecados. {...] e de toda hora Foram tais as medidas autoritárias dentro t

i :: É
MONTEIRO DE BARROS, A. Curso de Direito
do 'irubolho. São Paulo: LTr, 2009.
respeito tanto aos aspectos estritamente perdida no trabalho redunda uma perda das fábricas, que o governo none-amer1ca- ‹
materiais da produção - matéria-prima, de trabalho para a glorificação de Deus" no viu-se obrigado a estabelecer punições

^i.É;zi;2
i
MORAES FILHO, E. do. Do contrato do lrubo-
lho como elemento da empresa. São Paulo; l.Tr/ instrunientos c produtos - quanto à ativi- (Weber, 1985: 112). Nesse esforço de ins- contra os abusos cunietidos (Fleury, ÍI9H3}. I

;;É
Edusp, 1994. dade dos homens, passando a fa7.er parte tituir uma nova disciplina para o trabalho, Quando da introdução do taylorismo nos t

iieiít:ii?:
SÚ¡_Ê'l`O IVIAIOR, J. L. Curso do direito do tru- EUA, as novas normas impostas à produ-
integrante do processo produtivo em toda foi fundamental, tainbém, a contribuição
boiiio. São Paulo: L'I`r, 2008. I
ção entraram em conflito com as normas

;;i ;ii i:,ij,í; ; i:i; ; 1íL', ;';ii;


a sua extensão. dada pela escola. Essa contribuição cru
ARAUJO, S. M. de: FERRAZ, M. (orgs.). Tm- ‹.
bulho ca sind1'caIi.s'rn‹1: tempo de ir1‹;‹àr1.e'.¿a5. São 3. O desenvolvimento fabril exigiu a explicitada por seus defensores. que viam estabelecidas polos sindicatos, visto que 0

;:;=à;=i:€i-
:
.l:: :::=1::i:i;i!::
Paulo; l.Íl`T. '20t)6. nela um meio de fazer com que a criança controle dos tempos 0 moviuieutos efetua-
instauração de uma ética que desse su-

z#;;i!: : iÉ[:;: ; iÉii:


VIANA, lvl. 'F Direito de r‹:sistên‹¬iu: possibili- t
:iiii, ã :1:i=l r:;;i;:!ãÉ;::i

porte a uma nova configuração do traba- se habituasse o se identiiirasse com 0 tra- do pelos ca].)atazes teria a ética dos traba-

;r;;:
dades de auiorlelesr-1 do ornpr‹\gado um face do
r:mprogarlor. São Paulo; L'l`r, 1996. llio 0 tornasse possivel a habituação dos ballio I: a fadiga [Powell apud Thompson, lhadores (l\/liontgomr-ry, 1985]. Para 'l`a\,flm', t

ç i: i:tr;:;; ,i.:ig :ãi:É: i;i:;;i


_ ¬:_@~zeun -nz
W.‹\l\iDELl.l, L. V Despedida abusivo: 0 direito trabalhéldonšs a ela. A i11‹*ul‹ia‹;{1o de urna 1982). Nom todos ossos dispositivos foram a gerência tinha irem-essirlacle de conhecer'
(flo trabalho) em busca de uma nova racionali- t
nova noção de tempo ganha centralidade .~;uI'i‹'i.e1iti:s para dolirar o rúasistênria dos e Compreender o proricsso de produçãüã

::1,1;z:i
dade. São Paulo: L'I`r, 200-1.
trab‹'illiudor‹rs, fazendo com que os eni- conheciinento 0310 que. até então, estava ‹

: i : ; ::?i i :i, É ii:


na produção desse novo trabalhador. Até
vntáo, o trabalho fora regido polos ritmos progadores laziçàssnin :non do medidas nas mãos dos trahalliaclorz-s. Tratava-se do I
D ISCI PLINAMENTO FABRIL
:íii1:ii,!;
E :iiiliitiÉ*lE;iii;i

da natur‹:z.a. Thompson (1982) úlosvix-\‹: mais coercitivas, como os rt-g¡ulain‹::11n:›s uma disputa fz-ntre a glrrériria e os operá-
:;:
-*\'‹'m‹i Frrinzoi
com detalhes a crôiiica da murlfrntja do do oficina, vigentes no final do séc. XVIII. rios pcln contr‹›l‹›. do proflasso do produ- 1
i=i I it
1. Por di.sCi¡Jlinmn‹z'nto fabril entendo-sie
conceito de tempo, desde Ei i11.~.¬'tunra:¿§úo
das primciras fabricas até a ‹ila‹;a‹› dos l luis. regulamentos foram ostabelecirlos
pelos patrões, com força de l‹-i, cuja trans-
ção. A ]Jreselir,ú do especiulistii no estudo
dos tenipos o nm\'im‹~ntos junto aos ope-
í
i

0 iumportamento imposto pulos empresá-


rários Íéizia com que estos passassem ú
t
primeiros relógios. A “Santa suqui1<Ia-tr_>i- gressão em objeto de sanções. Uma das
i;i::ic,ir,Z*;íi'=iiii
:

rios aos trabalhadores dentro das fábricas.


ra " era então vcncradu, fosse por ingleses disposições do Regulamento da Verrerie trabalhar mais devagar (1\'1atl1‹zwson. 1.
ii::iiiii: ii::i;

visanrlo à Coiisectiçáo dos olnetivns do


Sâiínt-Édouard, de1875, na limnça, ilustra 1931 apud Montqoniory, 1985: 146). Para

i ii ; ! ; i i i : : r; i i:r
ou franceses, como dia de não traballio.
capital. No sistema capitalista, os donos Í
Um tnstunie vigente era 0 patrão ir bater bem tais medidas: "Todo operário empre- Forrl, o trabalho ora tonto do riqueza, não
- i<:;
i tii;:

(lo Capital ííolnprani no mercado ¿l força


a porta de seus empregados, para acordar gado na Verrerie cuja conduta não for a do permitindo desperdícios, e ea disciplina do I
de t.ral›¡~1lho ou a ‹:apa‹:idarle de traba-
os "dormi.nhocos". A utilização dos r‹;=.tzÍ1- homem honesto, sóbrio fa trabalhador, que trabalho era um iii'1p‹..'ra1.ivo da produtivi-
lho dos trabalhadores. Para transformar (
gios foi, pois, uma imposição da grande procura om tudo e em toda parte o inte- dade. Dizia ele: “Não há quase contato
ij õ 3 5 i:

essa pr›têr|ciú em traballio realizado, ne- Í


indústria. A grande difusão dos relógios. resso dos patrões, será mandado embora pessoal em missas oficinas; os operários
i

cvssitfàm agir sobre o tempo de produção, (.


cumprem o seu traballio c voltam logo para

::i
segundo o autor. ocorreu na última :forrada do estabelecimento E! denunciado à justi-
j ii É::; ii::
;:;:

retirando-lhe ao máximo a porosidade, e


ça se for o caso" (apud Castel, 2003: 333). os seus lares. Uma fábrica não é uni salão
do séc. XVIII, no momento exato eni que
iãii::?iin
i' iiÉ f ! !;
à

sobre a atividade dos trabalhadores, diri- (


a Revolução Industrial exigia uma maior Se o relogio foi 0 primeiro instrumento de conferôncias." (apud Fleury; Vargas,
3: i'' i.:

gindo-a da maneira mais eficaz aos fins


sincronização do trabalho. Porém, mais de disciplina fabril, com 0 Cronômetro de 1983: 27). t
g;

exrílusivos do aumento da produtividade.


Frederick Taylor, esta ganhou contornos 4. No Brasil, o inicio da industrialização

: ír:,;:
do que dotar o operário de um relógio de
ri=.iii
?

2. Pode-se tomar disciplina fabril como t


bolso, 0 puritanisino pretendia dota-lo de mais definidos. O controle e a disciplina suscitou a mesma questão já colocada an-
:! : "?i

sinónimo de adestramento. O poder dis-


fabris constituíram metas essenciais das teriormente para os países industriaIi7_a-
ã

um ”re]ógio moral interior". O protcsmn- É t


ciplinar tmn a função de "adostrar para
lismo contribuiu de ionna essencial para formulações de Taylor I: Ford. A história dos da Europa, ¡'\1i1t':1'iC€i do Nortf: e Ásia:
retirar o se apropriar ainda mais e me- I
a nova disciplina fabril, imprimindo uma do inicio do taylorismo nos EUA foi mar- a da formação dc um contingente do tra- (_
lhor " (Foucault, 2004: 143). Para 0 autor.
nova ética, baseada no valor do trabalšao o Cada pela introdução :le um rígido sistema balhadores aptos à indústria. Composta
no regime inanufatureiro, a vigilância
i

que abalou a ordem social que lhe anto- (10 repressão no interior das fábricas, ti- então por imigrantes estrangeiros, ea força
I

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1.18 119
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... , .-- .-.›..¬¡ 4,-. › vc

i : ;Ii I Íiaili::i;,=i;:ii:i:?::i:;:l:tjíti;Ê

ANTONIO D. CATTANI & l'_oRi¿i\'A Hoi_zMAN.-»i - Di‹::ioNÁR1o DE TizABA1_Ho E TEcNoi.o‹;iA

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i ãi Ê=il, iiii iiii i :i::ii=i ili ii i: l


L

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ti ii ?i: : l::: ii;=;: ; : : i; : ru==r.i
conferida à disciplina pelo modelo taylo-

;É : +,t:içi,;;, rÍÉ:: :l;ij ! : :§ := i- i:r= a, It : i


i;â;:ã; [ágii ; =:: E: Í i: ; ;ii : i i; :r ã: t9ii
ria e que na sociedade capitalista é regida contram empregados, seja pela imposição

j ; I : íÊ :; : ; i i : : i Ít;:=iI ; i ; . : ; : ! : ! : : : : : : :

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de trabalho precisava ser substituída por
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uma mão de obra local, princip`almente pelo objetivo da valorização do capital, rista,/iordista, outros consideram que esses lieterônoma, seja pela introjeção das rne-
porque a primeira trazia o ideário anar-
E:;: i:;; I t:; i :; privilegiando. sempre. o controle sobre os novos métodos apenas reeditam tal méto- tas e valores patronais. ¡J-
i

cossindiõalista de seus paises de origem. trabalhadores. Os escritos de Ure datados do, agora com uma roupagem menos au- 'iSiii.,.
Sendo a mão de obra nativa basicamen- do período das primeiras invenções, que toritária, ou até intensificado. É possivel Referências

Ê
¿t

te oriunda da zona rural, era necessário deram origem ao que se chamou Revolu- que se identifique algum grau de conver- BRAVERMAN, H. llobojo y capital monopolis-
-tz
,z

disciplina-la para a indústria. Uni dos ção Industrial, estäo entre os principais gência entre algumas dessas novas lor- ta. México: Nuestro Tiempo, 1978. zsir
s.
importantes ditusores da necessidade do documentos citados na sustentação das mas de organização c gestao do trabalho ri CASTEI., R. As inelomortoses do questão social:
uma crônica do salário. Petrópolis; Vozes, 2003. fi'
disciplinamento da força de trabalho foi o teses dos autores a esse favor. A respeito reivindicações h.istÓn`‹:as de movirnentos de
CORIAT, B. Ciencia, técnica y capital. Madrid:
IDORT (Instituto de Organização Racio- da invenção da máquina de tiar algodão, .if trabalhadores, em sua resistência a méto- Blume, 1976.
nal do Trabalho), criado om 1931 por um por Arkwright, Uru escreveu: 'A principal ›i dos disciplinares coercitivos e em sua luta FLEURY, A.; VARGAS, N. Aspectos conceitu-

Íi;s i,ri;i'iiiiiii:i:i:?;t.i; ã ill;i


l
ais. ln: FLEURY, A.; VARGAS, N. (org.). Orga-
grupo de empresários nacionais que in- dificuldade [encontrada por Arkwriglitj por urna humanização do traballio. No

.li;i:
:;Í:::i ii:iíii!i::iii:i,=;i;:ii

nização do trabalho. São Paulo: Atlas, 1983.


tirirlu'/.iu no pais os princípios da adminis- não consistia tanto em inventar um :noca- entanto, as práticas de aparência mais FOUCALÍII M. Vigiar e punir. Petropolis: Vozes,
trétiçã‹'› cientíiica de 'laylor {\/argas, 1985). nisino automático para estirar o torcer o 3! “virtuosa” não tiveram a dilusíio que al- 2004.

ii:
5. IÍÊ consenso o fato de que a disciplina algodão em um fio contínuo, mas antes guns analistas rlwgaram êi prever nos MARGLIN, S. Origem; e funções do parcela-

É
mento das tarefas. ln: M/\RG1.lN, S. et ul. Divi-
tabril nasceu com a fábrica, tendo sido em ensinar os homens a desfazerein-so de anos 19170 e 1980 e convivein com claros
=iji:u,,l,,,,,j;ii;:1:;ii,;
:

são social do traballio, ciêncici, técnico e modo


._
apriinoratla com o tayloríänio/to1'diSmo. sinais de aumento da pressao sobre o de- de produção copilulislo. Porto, Portugal: Publi-

:i
Scus hábitos de traballio dF3soi'denado.s rf a
caçõfzs Escorpião, 1974. i
(ls estudiosos dividein-se, porém, quanto identiti‹*zireni-se com a regularidade inva- sempenho dos tralialhadores; pressão esta

; iÉi :5Í;:: s +:: ;É;: i jiiÊi-


J i.
I MARX, K. O Cupitül. Rio de Jaiieiro: Civiliza- ' 5
a considerar' que a imposição de um con- riãivel da àiiitomatização coinplexü. Pro- quo, muitas vezes, toma fi forma da oxi-

:
+:

É Çào Brasileira, 1980. É


trole c de uma disciplina tenha sido sou
*Â géncia do um “comproinisso" ‹:‹.un]nils‹'›rio i

"1;
mulgiir e pôr ein vigor um código cii('¿i7. MUNTGOMERY, l). El control obrero en Estados

i,iil'i;;
vcrtlzidoiro objctivo e 0 motor do dcsen- de disciplina industrial, apropriado às no- Corn os objetivos oii1})1'e.<_â‹'ii'i‹_ai.*‹. 'ferido como Um'rlos. Madrid: Ministerio del Trabajo, 1985.
.1
vol\fiin‹›iito da tecnologia ein geral, desde cessidados da grande produção -f tal toi t1 cerne engajar a todos na qurilidode lolol PIGNON, D., QUERZOLA, J. Democracia C . if?
autoritarismo na produçao. In: MAR(3l.lN, S.
as primeiras maquinas a vapor até os priii- hcrcúloa, a obra grandiosa de Arkwriglit" da produção, as novas formas do gestão et ol. Divisão social do trabalho, ciência, técni-
cipios .administrativos tayloristas. Esse de- [Ure apud Marx, 1980: 421). lançam mão de diversos dispositivos, tais ca e modo de produção copirzilislo. Porto, Portu- ._
gal: Publicações Escorpião, 1974.
bate, já pi'eserilz-1 nos estudos inarxian0.'s', 6. A partir das décadas de 1970 e 1980 como: círculos de controle de qualidade;

5
TAYLOR, F. Principios da mlministmçáo cientí-
tem, na ‹lóc¿ir'la de 1970, um im}J(›1“tai1te assiste-se ao que muitos charnain do uma estoques minimos e produção na medida fico. São Paulo: Atlas, 1989. .
za
e no tempo exato da necessidade {just-ín- THOMPSON, E. E O tempo. a disciplina do 5
inarco no livro 'Frobolho e Capital Mono- terceira revolução industrial, com a intro-
tímel; kanbun; e Raizer: ífazer certo desde trabalho c o capitalisnio industrial. ln: GRA-
jlolistci, dr: Harry Bravermiin (1978), que dução da microcletrônica e do desenvol- CIIO, S. ct ul. |org.). Sociologia da educação.
inaugura uma nova fase de grandes dis- vimento de novos materiais. Por um lado, d primeira vez). Por um lado, tais disposi- Lisboa: Horizonte, 1932.

iZ,íi
cuss‹`›re..s ace1'‹:a do processo do trabalho. têm lugar um reordcnarrimito das relaçoes tivos mobilizam a subjetividade do traba- VARGAS, N. Gênese e difusão do taylorisrrio
lhador para os fins de produtividade e eti- no Brasil. Ciências Sociais Hoje. São Paulo. , i
Sua tt.-.se central Ó a de que o objetivo pri- econôinicus internacionais e uma nova 1985. p. 155-189.
::g ::t,,;i!:

,J

meiro do capita] Ó sua valorização, fazendo forma de acumulação capitalista. Por ou- Cácia da empresa, conlundindo seus WEBER, M. A ético protestante E 0 espirito do ca- i tz:

com que o controle da força de traballio tro lado, desde O final da década do 1960 interesses com os dos empresarios. Por pitalismo. São Paulo: Livraria Pioneira Ed., 1985.

; :i ií: ;li
seja o motor de toda e qualquer inovação o movimento sindical reivindica melhores outro lado, tais dispositivos promovem a

x§ .;Eiã
tecnológica, a qual leva, inevitavelmente, condições de traballio. O setor produtivo visibilidade do processo de trabalho tanto DISTRITOS INDUSTRIAIS
i; í,:;
1

¿`‹i degradação do traballio. incluem-so nes- passa, então. por intensa reestruturação. Para trabalhadores quanto para os niveis Mo uro Roese
:tlã;ii

É
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z y.
4
se debate diversos autores (p. ex., Coriat, afetando as relações de trabalho; instau- Superiores, de supervisão e gerência. Isto
+

1976; Marglin, 1974], que se colocam ram-se novas tormns do gestão do trabalho.
i
deixa os trabalhadores mais expostos e
í: i: :; 1. O termo distritos industriais designa

ÉÉiii
-'.-¿¬~'-r1..:-_;-_.-. .
contra a tese do determinismo tecnológico. inspiradas principalmente no chamado . Vulneráveis. A partir da década de 1990, aglomeraçöes locais de empresas, predo- i
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segundo a qual a tecnologia é inevitável e modelo japonês. Enquanto. para alguns. @Specialmente, o de.~;emprego em massa minantemente de pequeno porte, altamen- fi
tt
nrfutra. Ao contrário, esses autores afir- essas novas tormas constituem-se em uni Ilëlrece intensificar em muito o potencial te especializadas e com algum grau de
*:

1%
mam que a técnica é unia escolha arbitrá- “novo paradigma", que desloca a ênfase ir dE sujeição dos trabalhadores que se en- coordenação da divisão do trabalho entre .
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cia sobre as políticas ecorrorrirca e industrial

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Ao longo do séc. XX houve um interi-

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elas, beneficiando aquelas localizadas nas

;:
que sutocaram a produçao em pequenas grandes corporações multinacionais; bl a

Ii;1;:: i ; ?i'i+=r:;zi
chamadas "economias de aglomeração”. A
E so debate na Ciência Econômica sobre os
proximidade iisica, o compartilhamento de
;:ii; chamados “limites ao crescimento da fir- empresas (“l›cra¡'tproduction"]; b) rios anos hipótese desse modelo de desenvolvimen-

E
i l É:== i:É;' ;+,'i;i: r11=,ít;';11-::i:
b
1980 a produção em massa entrou em crise to ser menos concentrador de capital, mais

:
uma infraestrutura local e a possibilidade ma". Esses limites abririam espaço para Hi

i:
"; c*'E j:e i:: I i ! iZ Z: l: i: i:.:; ,i !;s; ?; +:
e as grandes corporações foram obrigadas gerador de empregos 9 renda e ter maior

i
de maior interação entre as empresas pos- o crescimento dos distritos industriais.
sibilitam a redução de custos e uma melhor O debate foi protagonizado por autores ._ .¬_ _¬ r a adotar modelos mais floxíveis de organi- capacidade de gerar crescimento econô-

r:
ãE iíi:,jÉ::t;;i : li i :;;i:; : : í
coordenação das atividades produtivas. como Ronald Coase, Edith Penrose, .losef 2.a‹;ãr› tsulrrzontratírrrclo ernprcsas lnenores mico local e suslentado.O pano de fundo
especializadas, por exemplo] para poder deste debate têm sido os limites e as pos-

I
àÇzÉ
Esta coordenação pode ser exercida de ior- Steidl, Oliver Williamson, entre outros.
í i1l1:zi i:

iÉii,r;:
?
rrra mais ou menos consciente e mais ou A concepção de distritos industriais foi sobreviver a competição global. Aléni disso, sibilidades de desenvolvimento local sus-

?í.=:: ü i É !1=Í;:; i; ;=é-E aa: I : s


resgatado e ganhou ampla projeção a par- os arranjos alternativos (dis1.1'il‹'›s indus- tentado rro contexto da globalização.

ã
ruenos formal, pelo poder local (através de
tir dos anos 1980 em estudos sobre aglo- triais, polos de alta tecnologia etc.) ganha- Entre outros autores, Becattini (1994) ar-

i i Ei:t: i ; : :: ; +; ; i r, i:1i ; i i i i ã i :
uma politica industrial), pelo coletivo das
nierações industriais de regiões como er ram força e passarzim a ocupa r os espaços gumentzi em favor da tendência à dissemi-

-:,i
empresas e suas instituições representati-
Lombardia Oriental, Emilia Romagrràr, al)‹>1'los pela “crise do l't1›r'flis|no"r nação d‹› modelo do desenvolvirriento ins-

:?:: ,
vas ou por uma ou mais empresas maiores.
pirado no distrito ni¡~r1'slrallia1r‹_›, por ele ser

i
Išrrrbora fr noção do t':s¡›or':iali7¿r‹;ãrt› flo-

;::.;i'-r:
que .síro graritles compradoras de produtos Vêneto. Toscana e Marche na ltzilia, Badar-
xivel tc-nha sido mrrilo czrntrastatla, ela considerado não um mero conceito descri-

i:;;:'::i:.
Wurttemlrerg na Alemanha, entre outras.

=
‹-â s‹:r'vi‹;os das demais. A principal questão
Estas regiões notabilizaram-se pela relo- t:onv(:rl‹!tr-st: mn iritrtlclri irispirhdrrr do tivo, mas uma nocao soc1oe‹:onônnca: "o

r,i
envolvida na discussão desse conceito Ó se
a proximidade física implicaria na inten- mada do crescimento econômico, alavanca- trér1isl‹i1“rna‹;äo da t¬xperi‹'zrrc'itr dos distri- fato de abordarrnos ierrôrnerios concretos
tos industriais ein rrrrrtlvlo rtllornalixrri de que pcrdurarn no tempo, como acontece

'
do por empresas locais de pequeno porte,

,:t
si[¡m‹_-‹1‹r dos vínculos sociais e políticos

t;' ;,:i; : ;i ;:,,.ill ;ii:


;;I ii i; i!i:;i:i : i:I;ii

fenômeno denominado por alguns autores d‹\s‹¬.1rv‹›l\'i|rrflnio in‹l=r.<it|«rl, f<‹›hr‹*tu‹l‹r com o distrito de Prato [Emilia Romana,

=
entre os participarrtes (lessas atividades
11,em-_ ,.
do "r‹:g‹-rrieraçao das economias lociris" pëträ us pnlxvs rltr 'l‹'t'‹'t š|‹r .'\li. r(l‹1. .~"\l- llálial tranquili7.a-no:~. quanto 21 coerência

i:i:i:=:ei:t; i; ii i;,,y:.; i:;i


‹›r:o:rrzr›ri~íz'rs. possibilitando urna forma di-
;r::i zi?i,t; q; i;!1:;iíiã
,

r1:
quris autores' crrrrro lltr|r.;riirc\_' 1: hrilrrirrtz intrínseca do ft-rnotrierrrr t~.~tilizaclo_ na irre-

:i,i',i=iili:l;i;:i:i!
lr-r‹~rr1‹z de organização econômica além da {Segerrlrerg(zr; Pyke, 1991).

i,=.=:.
No literatura aparecem l‹1mb<"nr os |‹=r'- (lflšltia, lflSlh`l›_ Htlllill- ¡›zrf<.¬¿:;.zJrr tr dt=l‹'rr‹l‹'^r dida em que todo tr terríimtrircr drrr‹1donr'o

a:Éi;:;.
‹¬‹›rnirr'ronada pelas leis do rrrertzado.
dt-ve ser ‹'onsidcrado corrro possuindo a

:;ili
rnos clusters, aglornruaçoes irr‹lnstr'iais, ar- ‹l ifleitr de que ctorrrrrrrizrs lrr‹_'n1s ¡›‹›d¡‹'m1

:
2. O tcrrno distritos industriais foi tor-
=

;i
=

ranjos produtivos locais e sistemas locais ser qlol)alru‹'fnt‹› ‹^orr¡p‹^liti\`as, desde que sua própria l(rgi‹'¿r. E, so rontinuarrnos a
nado ‹t'>lel)re por Allred Marshall (1842-
sc arlolcrsstl-nr prrlíticãm i1r‹lustr'iais locali- referir-nos ii certas teorias existerllcs, po-

i',1ii:::;=::
l£`J24] para desigrmr aglonrerações de pe- de produção como sinônimos de distritos
'/.adus. !¬`‹:hrniIz (1992 ‹> ltitilãl enl`¿rtir.on a dcrt.-rnos aprcerrdcr as novas inrplicações

;
industriais, ou como tentativa de distinguir

=:.: : =<.;:
quenas empresas na Inglaterra no final
:

e classificar os casos conforme o grau e o noção de "cticiÕrrcin ‹1‹›tt=ti\¿i", anrurrrcn- do modelo int‹:rpr'etativo c construir um

';:r.:=::;l:l;;;
do séc. XIX. Contrariando teses clássicas
tipo de coordenação (l\/lover-Stamer, 1998). tando que nos distritos irrtlustriais onde quadro integrador das observações empi-

,i:i
da economia, o autor argumentou que a
=i ii:+:: i; ;2íEí

crorrcentraçäo de capital e o crescimento Na Sociologia este debate foi retornado l10uvt:ss‹zirit.‹~nsa t'‹r‹rp‹'ra‹;‹"1t›t-*nttcusern- 1'iCa5, quais, dt) outro modo. permane-
ceiianr isoladas" (Becattini, 1994: 19). Al-

:
das empresas encontravam limitações nas nos anos 1980 no bojo da discussão acerca lÍ11"('fs¿1s(letrri1a cadeia protluliva ér ('‹›lr›tivi-
dado t‹:.ria niveis do t:fici‹Í-rrvifr tr rgompcti- guns autores vao mais longe e defendem

:
da “reestruturação industr-ial", focando a

=
chamadas "deseconornias de escala”, ou
tividade que enrprú-:sas ‹l‹- p‹_›qu(:rio porte a ideia de que nos distritos industriais er

ij;i:i;,:r
relação entre 0 porte das empresas e sua

-=;: .: iii;'.i
seja, nem toda atividade econômica pode
ser desenvolvida por empresas de grande inserção na economia e sociedade locais. irrdividualrncnte não tcâriam contliç-ões de dinâmica da sociedade se irnpõe a da eco-
porte, existindo limites ao crescimento de- Em 1984. Michel Piore e Charles Sšabel atingir. Para Hurnplimy tz Sclrnriiz (1996) nomia, pois ncles "o comportamento eco-
publicaram "The Second Industrial Divi- ‹1 efi‹:ir'encr'a coletiva pr‹.-..×'é¬up‹'›‹› ir existêrr- nõmico Ó preferencialrnentc moldado, em
: ;iÊ
r:::

las. Ao crescerem, as empresas acabavam


E
i

de", obra na qual lançaram ‹'¬r tese da “es- fia de contiança (“rrus!“I. ruas Ó preciso parte, pelas normas da comunidade [...]"

i;:
sendo obrigadas a externalizar parte de
suas atividades, contratando fornecedores pecialização ilexivel", apoiada em duas ›
Construir essa corrliança zitroves da edu- (Segenbergen Pyke, 15992: 15)).
i ;;::

do bens e serviços. Pagando tributo a Mar- grandes linhas de argumentação: al a lie- cação, da inÍ‹_›r1nzaç¡'ro rf, ;›rincip‹rl1ucnte, 3. Outro debate fundarnental dessa épo-
shall, alguns autores em estudos realizados gemorria da produção em massa toi con- Clt? políticas industriais lovóis a‹l‹_-qllmiëis. ca rlmr-se acerca da possibilidade de expe-
ã::

l!i=
nos anos 1980 denorninaram casos de aglo- quistada não só por sua eficiência técnica Trava-se, a partir daí, um intenso debate riências virtuosas s‹¬rvirem de inspiração
meraçñes locais de pequenas empresas de e econômica [a qual os autores questio- J. Sobre: al fr possiliilid-.ido do o ‹~re.<cirnonto a politicas industriais em outras realida-
Clãs econornias locais tornrrr-s‹: urna alter- des. Essa tese é defendida por liumphrey, *""›_ ii

r
“l)istritos Industriais l\/larshalianos". nam), mas principalmente por sua influên-
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Í Tanto os defensores como os críticos dos

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Ér:l:if ;á;ãi:;i
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Schmitz, Pyke e Segenberger. Segundo

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ca serviram como justificativa da divisão

BIE!8ilÉPI!ãHELÉ
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i:27
SABEL, Charles F.; ZEITLIN, Jonathan. Histo-

i;Êíííi'ÊiÉ
::E;E:lrr!Ê;E;l;;;:

õã-ã- Àa cali] Yi;"

ã;;:

:1:Ê :e§Â: ::l:


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:; iíi;;ij;;,: liiíái;i;;;i i:iã;i;tÉ:::;ãiÉi
:t;É ; ; ii;:i?'ir y; ;l- ;:; i íi ;iE-:;i:i:i ; ziti
L
àii; i::; ii;;;. i,:i::,::,i:i:';;t,i:::i;ii:
distritos industriais contribuíram para colo- rical alternatives to mass production: politics,
t os dois últimos, “existem diversos.princi-
markets and technology in nineteenth-century
sexual do trabalho, legitimando-a como

ro.
pios Claros de organização que poderiam car em evidência o problema da economia um processo natural. Estudos comparati-

-,:i?!
sÉ=
industrialization. Past & Present, n. 108, ago.
( ser usados em outros contextos e países. regional, de suas relaçoes com a sociedade 1985. p. 133-176. vos de sociedades culturalmente distintas
í

i"sEli eit:

=ã !:f
l SCHMITZ, Hubert. On the clustering of small

;!mi;:i19
-
;-
::=i:
!= ÀtY ü:;;
estes princípios devem ser trazidos a pú- local e sua inserção na economia global. demonstraram a impropriedade desses
lims. ln: IDS Bulletin. v. 23, ri. 3. jul. 1992.
blico" (Segenbergen Pyke, 1992: 3). A Atualmente, nota-se que a dicotomia argumentos ao revelarem que os supostos

ê
(

,: ",-
SCI-lMl'l`Z, Hubert. Small shrielnakers ond

E +4

Esá =i\-
conclusão destes estudos é que onde não que caracterizou o debate em seus anos “dons naturais" atribuídos aos homens e

i::iiiiil=i:i

: ; : : : íiiÊ,::
lordisl gicmtsz tale of a supercluster. Brighton:
( existern distritos industriais, ou onde eles iniciais perdeu força e. em seu lugar, a University of Sussex, IDS Discussion Paper,
às mulheres não são similares em contex-

:al:Él: s+É
331, set. 1993.
são incipientes, politicas industriais loca- ideia de uma pluralidade de políticas in- tos culturais diferentes. Os estereótipos do
( SEGENBERGER, Werner; PYKE, Frank. Small

í!t'-
<i--
o:-

;"lir
1.1
-! Ê-!
lizadas podem Contribuir ou até mesmo dustriais parece predominar. Nota-se que i lirm industrial district and local econurnic re- “ser homern" e "sur mulher", que susten-
( induzir o crescimento sustentado de eco- as políticas industriais voltadas para as generation; research and policy issues. Lubour
tam e legitimam a divisão sexual do traba-
cmd Society. Genebra, v. 16, n. 1, 1991, p. 1-24.

-
nomias locais. Pode-se afirmar sem modo pequenas empresas, para as aglomerações lho, são construções culturais particulares

iii Í i:
Í
de errar que ao longo dos anos 1990 essa de pequenas empresas (distritos), convi- e de Conteúdos concretos e siml§›oli‹?o5 es-
DIVISAO SEXUAL no

âÊ:
{

Í$ -:;; I
Bs
i : ::"",:;;;::i;;;iir::;i;;
tese foi amplamente aceita e serviu de vurn com a polítitta industria] dirigida HOS pecíficos muito ‹liver'sificados, comportan-
Í i1'¡spi|'açâr_i principal para as políticas in- grandes setores estratégicos e de infraes- TRABALHO do uma grande variabilidade de arranjos
trutura, hein como com políticas de Ciên- liorenu H olzm (inn

!
i= ii::Éiíí; i i;i:i: íiãti::: i
dustriais regionais. › na determinação das funções, tarefas e

Í r; í
t Por outro lado, esta tese foi veemen- cia e Tecnologia visando tanto a setores de trabalhos que devem ser desempenhados
Í temente contestada por alguns autores alta tecnologia, como a setores e regiões 1. A divisão sexual do trabalho diz res- por homens ou por rnullier‹_-s.

i: :Í=;Éi Éi: iiii!:;ãã; íi ;i


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:i ;!.l:;;;:i:r::iiiin*;==::a'
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ii=1+f;íiii.iiEi;*;ÉE:i:í
4
(Amin; Roliins, 1994], que a consideraram de menor intensidade tecnológica. peito à separação e distribuição das ativi- 2. No processo de toristituiçao da socie-

;=::;i:; +:<i-.;ii;iiiíí:
i+.s; Ei ! +eá É Ei;i

;:;:z:::::;i= i j5::i::,;1*
Í Í.

1
uma “nova ortodoxia", ri qual, a partir _-? dades de prodnçfio e r‹>pr‹›tluç£i‹› sociais dade industrial o ‹>s]'›‹iç‹1 de traballio foi sc- ,.
-ie
i it:iiuii

da giirieralimgao de experiências locais Rrzferfrricias de acordo com o sexo dos individuos. Essa parado do espaço domÓsti‹:o, de modo que
I.
é uma das formas mais simples e, tambr'ini, . âêâ

i;iÍ;
lierri-.<.uCedi‹las, superestirria 0 virtuosis- BECATTINI. Giacomo. O distrito marshaliano, se manteve a concep‹,'ão tradicional de que

;;!i_,:it-;r :c::tr r:;!j


;'F;E.E;i*i §;:i§rr:fii::j;
,r:;:!l;i:i ;;i;i; ã;:il I;
r uma noção socineconórnica. ln: BENKO. G.:
mo das economias locais e, dernoni7.an- mais recorrentes de divisão social do tra- o lugar natural da rnulhui' seria a casa, G
do n fordismo, subestima a ‹:apacidade
Ll PIETZ A. [org5.|. As regiões grrnlifldomsz dis-
tritos e redes. novos paradigmas da geografia ballio. Qualquer sociedade tem definidas, sua função primordial, ter filhos e cuidar
“fil z;

de flexibilização das grandes empresas e ‹âconomica. Oeiras, Portugal; Celta, 1994. C0m mais ou menos rigide'/. e exclusivida- deles. Tal concepção Õ paradoxal, na medi- ;
llUMlll¬lRlÊY, John; SCHIVIITZ, Hubert. Gover-
da proprio política industrial (l\/lartinelli;
nance ond upgroding: linking industrial cluster
de, esferas de atividades que comportam da em que grandes contingentes de mulhe- ã :li
'e trabalhos e tarefas consideraflos apropria-
Schoenberger. 1994]. 'l`aml:›ém se argu- and Global Value chain researcli. Sussex: IDS. res e, também, de ‹:rian‹¿as foram se inte- , ,:~i-=.
menta que as especificidades econôrnicas, nov. 2000. ll)S \‹Vorking Paper, n. 120. (111imeo.}. dos para um ou outro sexo. Tradicional- grando a produção social, particularmente

É
13:
\ «`.i. ‹¬›
›_“____› _; _H____. The triplo C approach to local .›¡. -«.
sociais, políticas e culturais locais são de- mente, a esfera feminina restringiu-se ao após a introdução da maquinaria. Na socie- ;'z_._.»_
industrial policy. ln: Word Development, v. 24.
;;

ut
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ttrrminaiites, partindo-se, desse modo, da mundo doméstico privado. da produção dade industrial, a maior complexidade e

i+ as i ã* # i'Ê 9E
n. 12. p. 1859-77, 199üa. É-ti
›.z'.~
1 I
análise de casos consolidados de distritos __,____; ›_______. Trust and economic develop- de valores de uso para o consumo do gru- diferenciação da divisão social do traballio, 5 ':.›;
mem. Brighton: University of Sussex: IDS, agos- Ífr.. . _,,f
iÍíii;l11;i;;i,

industriais bem-sucedidos, ignorando-se P0 familiar, da reprodução da espécie e


r
Ê; à3t :2;;i;
to 195-16h. IDS Discussion Paper, n. 355 lmimen).
que se intensificam contin uarriente, reper-

os que fracassaram e não se investigan- do cuidado das crianças, dos velhos e dos cutem em mudanças, também continuadas
do a relaçao desse sucesso corn a historia
MEYER-STAMER, J. Estratégias de desenvol-
vimento local e regional: clusters, politico de iäzrz
f iii
Ínfidpazes, enquanto que as atividades de e profundas, na divisão sexual do trabalho,
tg?
local. Tudo isto não autorizaria falar-se locolizoçóo e cornpelfilfvidocle sistêmica. FES/
Dfüdução social e de direção da socieda- que é redesenhada corn a entrada da mu-
de um novo modelo de desenvolvimento,
ll.Dl3S, 2001. (Policy Paper n. 28).
l\”lAR'l`lNEl.Ll, Flavia; SCHOENBERGER.
fr de. desempenhadas no espaço público, lher no mercado de traballio. No conjunto
z «,'
_ 2;
2 'e'
muito menos de sua generalização. Erica. Os oligopólios estao de boa saúde, obri- É effím atribuições masculinas. A distinção da economia ou no interior das empresas, iai'
_ ,s
4. Concorda-indo ou não com as teses qadol ln: BENKO, G.; LIPIETZ A. (orgs.). As entre traballio de homens e trabalho de config uram-se setores de atividades ocupa-
.il. ¿,
regiões gonliarlums: distritos e redes, HUVUS
supracitadas, ao longo dos anos 1990 pro- paradigmas da geografia económica. Oeiras. ITtull1e1'f:sjá foi considerada corno expres- dos predorninantemente por mulheres, em
liferaram uma literatura sobre o terna e a Portugal: Celta, 1994, p. 103-119.
Sãü de atributos e capacidades inatas aos oposição a outros tidos como apropriados
Etr
_ ~`¿i
3, ir,
PlORl:`, Michel J.; SABEL, Charles F. The sc-

«T-'€.
apresentaçao de estudos de caso em uma -'. indivíduos, diferentes em homens e em apenas para os homens, distinção que ain- . rã
I cond industrial divide. New York: Basic Bool-<5.
infinidade de regiões ao redor do mundo.
.J
F.. mulheres. Argurnentos de ordem biológi- Ui:
Ê

1984. -T 13? zf-_-_ da é, muitas vezes, sustentada em argu-


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Aivrowici D. (ÍA¬r'iÀNi & Loruz'NA H<›1.zr~-mrcm

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ruftritos alusivos as caracteristicas naturais e a demanda de novas qualificações decor- do trabalho, tanto mais extensa e protun-

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quem deva executa-los, mas a assimetria

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de um e outro sexo. É ii sustentação-da va- rentes das transformações em curso no tra- das relações entre os sexos, delinidoras da da quanto mais desenvolvida ela lor. Essa
ê

iii
lidade desses argumentos que se devo o balho e na produção redefinern e redesc- submissão das mulheres aos homens e da
t
divisão pode estar fundamentada nas ca-
distinto direcionariierito para a inserção O nliam a divisão sexual do trabalho, mas
:ití.1ê:r.',,;;r,,,, ;,',r.,:::= :i,,,:=,
opressão que estes exercem sobre elas. racteristicas biolr'›gic‹is dos indivíduos, dis-

:i I : ; ; ; iii,i
para as oportunidades do homens e mulhe- não a superam. As ocupações corn deman- l tribuindo-se as atividades de acordo com o
res no ruercado de trabalho, além da discri- das de qualificações tecnologicamente sexo e a idade, e essa parece ser sua torrna

;!i
i
Referências

Ê;?i,:!r:'li;!,:,.i;Í.i.:=
minação feita as mulheres (bem como a avançadas e habilidades cognitivas ‹:onti~ mais geral e recorrerite, delínida corno di-

=ztrri:i
;i ii;;,1.,;Íi, :':;i+i i;i;,i;i: í, tf:ii:ii
ABREU, A. R. l! Mudanças tecnológicas e gê-

i,ii:
outros scriitneiltos da força de trabalho cs- nuam a scr desernpenharlus, preteroricial- nero rio Brasil. Novos Estudos, São Paulo, ii. 35, visão natural do traballio. Em sociedades (_
tigiuatizados por atributos de idade, raça e iiionte, por homens, enquanto as mulheres l mar. 1993.
i

mais desenvolvidas e mais coniplexas, a


etnia), dificultando seu acesso a deterrni- são alocadas nas ocupações e nos postos BRADLEY, ll. Men's worlt, womeifs. Caiiibrid-
l divisão do traballio também mais com-
ge: UK Polity Press, 1989.
nadas atividades, setores e postos de traba- de traballio menos qualificados. Isso ocor- plexa. e atividades são mais especializa-
1%

rli,
COCKBURN, C. Machinery of dominante: wo-
llio -- em geral, os de maior prestígio stitfial re em muitos países, inclusive no Brasil,
i ! i ; i':' i 1i i 1t :!
men, men and tcotlnical 1-uiow-how. London: das, separando~se: as atividades praticadas
re rnfullior rer11r1iiC'.r'‹¡Çã0.
3. ltfi uma r‹.›lat:i`va recorrência, no cou-
tr_-xto dos ]JaÍ.<âes iritluslrializarlris, desrznvol-
ainda que, entre as mulheres, a escolari-
dade seja mais elevada do que entre os
lionimis e que a presença delas nas carrei-
t Pluto l*r‹-ass, 1985.
COSTA, A. O., l3RUSCI¶INI, C. (ui^gs.). Uma
qrleslàri de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos
Tcmzicis, 1992.
na cidade daquelas e.\cert¬idas no campo;
atividades do co¡|‹;°ep(_:¿â‹› de atividades de
execução; atividades inteiecltiais do ativi-

í:ii
1ií?i=i ;,.!=i :;:
virlos ou um d‹-senvolvinierito, do padrão ras tríz‹'nolr'igit:as de nível suiierior cresça H]ÊYZÍiR, N. (org). Dflttghiers rn industry: work dades manuais; atividades cuiripltixris de .fi

iiii'
:;i
de tlrstribuiçäo de hornens e de rnulhores skills. and coiifwiriiisiiess oi women workers in
continuarrionte. A expractativa de que o atividades simples. A essa divisão do traba-
Asia. Kuala Lumpur; Asian and Pacific Devolo- -(.Í
mas atividades sociéiis de produção de avanço do eniprego de tecnologias de base pmeiit ("‹_-iilrv, 1988. llio, Corresponde urna liitsrarqtiizaçao das

ii l, r. i ii ,t:ii
limis o ser viços, ericoritrarido-se éi intão de mi‹:roeletrôriit:a na produção de bens 0 ser- HIR/\'l`.‹'\, ll. i\-'ovo ‹1`r`vi.sti‹› .sexual do traballio? pessoas e grupos, sogurido as atividades a "f

i::::i;:;:iã;l:Ê:iÉ:;;=ã
Um olhar vollarlo para a ‹~ni¡ir‹=~.‹'i ‹= a .so‹'i‹>rla- Í
‹~L~i.f iitast uliiiza em toclos os seus ramos; ti viços reduziria ou porta lim à deiasagieiii que se dedicam, unit 'ri ‹_¿u‹; se expressa em
de. São P‹tt1l‹i: lloittrrnpri, Ztlllfll. I
toi:-s, viuitiaiito que as inullieres con- na divisão do trabalho entre hoinr-¬ns tz mu- tliierericas e rle.siguziltl.itie'~; soci‹ri.~;.

j. tii,i; j
lU\R'l`ClfÍEVSl<Y-l.'›lJLPK )R'l`. A. vt ol O sexo do t

,.: i i::i:a o
\'v|1ti‹iii'z-:¬'‹› em alguns dt-los: na íti‹lt'ist'.^ra, lliervs, pela qual se corrtrzipíuêrn tarotas
.‹ ,.
trulrnlho. Rio tiejalieiroz Por 0 'lt im, l€Ntt›. 2. Na aiialisc riam flw? da rirgaiiizaçäti l.
-t
rio¬ r'zi1nti.~¬ de textttis, vestuário, cdlçatlus, uãto qu:iliti‹.-atlas reservadas as iii1illiere.~¬. e KERGt`JA'tÇ D. Les orrvriiflrcs. Paris: la Sycoruo- capitalistzâ do ti';it_..'illzo, .Vlarx llÉl72] exa-
IG. 1982.
¿iliiii‹\|it‹i‹,‹Ím tz mais r'‹)‹:enternt=nte, nr) ele- ti'‹'iballios qualificados aos liorneus, não se minou detolliariziiiioiitt a d ivisáti do traba- I
LOBO, E. A classe operúritr tem dois sexos. São
ti'‹°›riir‹›; nos sr-iiviçztis, rias atividades so- concretizou. llersisteni operando latores quo llio na inanulutura n na tátuiría e sua irri-
: ;iiã.:: z.lil;'r: i

Paulo: Brasiliense, 1994.


‹i.'zis de ensino, auxiliares de saúde, co- t
discriiiiiiiain e segregarn as mulheres na VARIKAS, li. Quelques retlexioris vn vrac ti portânria na diritirriica fftipttalista. Para ri - ‹

i:i?:;,i
inzÍ=rcio, po:.~;so¡il de estfiitrfirio 0 serviços esfera do traballio cz na sociedade em geral. |)r0])US de l'usagc de "‹_]0rire"_ rapports sociaux
autor, a divisíw do traballio dt-uitrri da ma- ri
df' Sexe et division s‹-vxuelle du travail. Crrhiers - .i
pessoais. No interior das categorias ocu- 4. O conceito de gênero veio trazer uma Du GEDISST, Paris, v. 3, p. 55-56, 1992. nutatura está ‹:ondi‹'iori‹‹ida pelo avarigti _; i

:
¡.'›a=.¬i‹›iiai.~: e/ou das empresas, mesmo que importante cr.›ntril_›uição à abordagem dos da divisão do traballio na sociedade, pres-
t{'

YOUNG. K. [ed.l. Serving two nitrsters: Third ll


tê. World women in development. New Delhi:
vias eiiiprogurârii, prodominantomente, estudos sobre divisão sexual do traballio, supondo seu aurnento rf derisidade. Origi-

: i= : :'',=,1,
.ti 1'\llied Piiblishers, 1989. .IL
ruim tlzi- obra feniiuina, os cargos de clietia sendo entendido couro processo liistórico nalmente, cada rornunidadt-=, teria provido
.tl

iZ1+ii;:i:i,
/›
re tlri- si1|JerviSäo são utiupados, prefermi- de construção hierárquica e interdepen› ¿r,:-. sua subsistência utilizaiido os recursos z. .

: Éi ;i;:= ;::
1'.i i'-=,t 1it

"ãɧ
cialriit.›rit.e, por liomens, submetendo as dente de relações sociais de sexo. Estas . ;^
fi
Drvtsâo socmr. Do *r: naturais disponíveis em seu entorno. À
riiirlšitrics Zi autoridarirš masculina, estari- iniplicairi antagonismo ou conflitos ligados
íií
TRABALHO medida que comunidades, antes isoladas
(_.,›
(ia

do elas ‹~on‹¬entradas nas posições interio- .Q


ii dominação e à opressão e atravessam 0 Í-Ofencr Holzmonn
rt-s nas liierzirqiiias técnica e luiiciontil e conjunto da sociedade, articulando-se com "lã
aff
i e indepelidentus entre si, passassein a cs-
tabelecer relaçoes de troca, as distintas t .i.
.(
. fl
jt;áÍi
rtesviiiiierilirinflti laltrlas txinsideradtis as demais relaçoes sociais (Varikas, 1992]. 1- A divisão social do trabalho (3 o pro- órbitas de traballio :>vr'iaru relariioriatlas,

€: i ; l:
iÉiiÉ;
,YIS
rii‹~uo.<: qualilicatlas, niais repetitivas e A divisão sexual do trabalho Ó um dos as- É
.zi- 03550 pelo qual 'as atividades do produ- constituindo. ‹:at'la uma difltts, um mino ‹i¬
iu;-tis rzioiiotoiias, pelas quais recobtz-rn sa- pectos das relações sociais de gênero. As- §`¿° E' reprodução social diferenciam-se e Í
5 da produção global da socictimíle, inten-
ii:i

zši 4
É‹`›i'i‹›s irileriortzs. São escassas as opoittrni- sim, a existência de trabalhos de homens e Espertiali'/iaiii-se, sendo desempenhadas sificando o ãriibito da rlivisão espacial do

i'i
i¿.li‹
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(lattes de |'›r‹›iiiog¡`io e de acesso a cargos de de trabalhos de mulheres oxpressanao äS DOF distintos individuos ou grupos. Toda e traballio. POI" Oxeiiiplo, uma r:ornuriida(l‹?
7:1 - ›'~ l
clietià. A mnergência de novas octipagoes possibilidades e capacidades naturais de qu‹`=Ú(]'uer sociodacte comporta urna divisão poderia -ter se ‹:s}.1e‹;izrl1?.a‹'!o ria ('riat_;u0 de
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ANroNio D. CATTANI & LORENA I-IQLZMANN

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intelectual, também referidos como traba-

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das tarefas por meio do estudo de tempos

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!:i;;ii i: s:t:i:iri i=:;;Ei::i! iÊ; ?::,i;:EEI


T; . .«-2.

tra na fabricação de artigos de co-tiro, ou lho de execução e traballio de concepção, *; e movimentos e ao treinamento e super- tencialidades dos individuos.

e
de têxteis, ou de metal e, ao estabelecerem respectivamente. A concepção do produto visão rigorosos dos operários na sua exe-

É
5. Para autores identificados com a
relações de troca, criariam laços mais ou e a organização do processo de trabalho cução (tarefas/tempos prescritos). Henry corrente que faz a critica da divisão ca-
menos estreitos de interdependência, ao passam a ser prerrogativas do empresário ¬-i
}_'. Ford deu nova dimensão à divisão técnica pitalista do trabalho, esse processo leva
il «..
mesmo tempo ein que aprotundariam sua ou de seus agentes, cabendo aos produ- do traballio, aprofundando mais a frag- à degradação do traballio, com prejuizos
f r
especialização e intensificariam a divisão tores diretos eletuar os procedimentos de mentação das tarefas e fazendo-as serem aos trabalhadores. O beneficiado é ape-

E
do trabalho no seu interior nas tarefas trabalho tais como prescritos pelos seus descnipeiiliadas ao longo da esteira nióvel nas o capital, que aumenta seu poder de
necessárias à sua subsistência cotidiana. programadores. A divisão técnica do tra- na lirilia de niontageni. Cada tarefa pas-

=i.
controle e exploração sobre aqueles que
iiíiii !i: i iE:lii1z;ií;; i:;;ii a:;át

Segundo Marx (1972), 'A base de todo re- balho comporta, tarnbém, a fragmentação, il sou a ser desenipenhada por um operário, toma a seu serviço (Braverniam, 1981;
^›
gime de divisão do trabalho um pouco de- em operações parciais, especializadas e :,í fixado no seu posto de traballio, trabalhan- Gorz. 1980; Marglin, 1980). Como reação
E,
senvolvido e condicionado pelo intercâni- simplificados, do conjunto de operações do segundo o ritmo imposto pela acelera- ao que foi considerado excessos da divisão
Ê;:;r; rrí

bio de mercadorias é a separação entre a processos iiecessários para a elaboração ção do niecanisrrio (tempos impostos). do traballio, provocando a rcsistêricia dos

í: : Ê i i:: i: ii i i ;;; ; : ; !: ãi: i Í i

i!,
cidade e o campo”. Tal divisão pressupõe de um produto. Cada uma dc-asas tarefas 4. No estudo que f‹::‹ da tlivisão do tra- tralialhéidoics e refletindo-se na queda da
a criação de um excedente alimentar ca- divididas passa a ser executa-icla por um ballio social, lhirklitriiri (1967) abordou-a produtividade, desde os aiios 1920 torarri

:
trabalhador que tende, pela repetição,

:i
paz de manter parte da sociedade desvio- como um }irocess‹i sociológico explicativo formuladas e implantadas inovações com

1
a desenvolver ao máximo a habilidade J: da trarisição de socierlazles simples para a
culada da produção de meios de Subsis- o objetivo de se minimizarem esses exces-

::'1i;,
-.'l
tência, que vem a compor a população da parcial requerida. Ao parcelamento, sim- coiiiplexa .‹;rici‹¬d‹i‹l‹› iiidustrial. Nas socie- sos e corrigirem seus efeitos indesejados.

; i =";, i i
cidade (Mar>;; Engels. 1971). Ela possibi- plilicação e especialização das tarefas na dades siniples, -1 coesão social decorre da Entre as inovações riiencionéiiii-se o alar-
lita, tariiliérii, a separação entre trabalho niíniufatiira, corresp‹Jn‹_le urna multiplica- Sviiielhaiiça entre os indivíduos ef da ino- ganiento e eririqiietriniento das tarefas e a
nianual e traballio intelectual, logo, apar- ção e especialização dos iiistrumentos de ›;ist¿~nciéi de tfspr-rializaçãiri das funçoes abordagein da empresa como integradora

í i =-.:: j a i: ?+ - i^; t: a-!;;


tando as atividades de produção do meios trabalho, fator decisivo na concepção e fa- Sociais. (3 que iiiaiittëiii a coesão dessas do dois sistemas, o social e o técnico. A Es-
de subsistência e de troca daquelas ativi- bricação das máquiiias (Mr-ir:‹, 1972). Para sociedades tê o tipo de solidariedade que cola de Relações liumanas teve papel de
dades: relacionadas ã superestrutura ide- Marx, a divisão técnica do traballio incre-
= nelas predomina, fundada em sirnilitudes. destaque nas inovações daquele nionien-

; i,. i i ; : i i ; ;,,j ;' i


ológica, de legitimação e reprodução dos menta a produtividade Íanteriorrnentë' Diirklieirri clianrou essa solidariedade de

E
! ; : : i ! : I ; ; ; ; ;Í i I I ; to. Tendências receiites na organização do

;'.',]: i,;: i i; :'tz=:


mecanismos de dominação e exploração. observada e louvada por Adam Smith) tàni solirlariedadtf iiiecáriica. Quando aumen-
::i; :;: ; É; ; -! : : :Ê processo de traballio tem incorporado es-

iÉ:: ;i:ii:i;i;:Ê;
:jy
prol do capital e fragrnenta o tralialliador. tam o voluint: ri a densidade materiais e
Éi

Nestn processo está a origem da proprie- tratégias de redução da divisão técnica do


dade e da diferenciação da sociedade em impedindo Seu desenvolvirnento integral morais do uma :=oci‹.:dade, cuja coesão es- trabalho, da individualização das tarefas
classes, que assumem formas liistóricas e inibindo a concretização do suas poten- \ teja fundada naquela similitude. a luta e da rígida separação entre concepção e
distintas à medida que se desenvolve a di- cialidades, bem como iritensifica o ritmo P016 sol)r‹›fvi\f‹':1icio torna-se mais acirra- execuçé'ro do modo de fazer, implantando
visão do traballio. O advento da socieda- de trabalho, rebaixa o valor da força de üd. debilitando a coesão social. A divisão procedimentos de alargamento e enrique-
de capitalista intensifica a divisão social traballio e reduz a capacidade de os trabii- I;
rcf-
Social do trabalho, lui natural da socieda- cimento do tarefas e de traballio em equi-
do traballio. A produção de mercadorias lhadores negociarem a seu favor as con- de. tern, então, a fruição de restituir a coe- pe, bcrn corno abrindo espaços para inter-
É

: ; i é : : t : l;

r í:i i;: i:;


realizada em empresas passa a substituir, dições de troca e uso de suas liabilidadeã são social. A seiiaração e a especialização venção dos executores na modificação dos
gradativamente, a produção de valores de de trabalho. Para esse autor, a divisão (10 -=. dâS funções sociais criani, entre os indiví- procedimentos de traballio, permitindo-
uso realizada rio âmbito doméstico, re- trabalho, tal como se dá na sociedade ca- .Lã
ÚUOS, laços de intertleperidêricia e coope- lhes alguma autonomia. Essas inovações
sultando no surgimento de novos ramos pitalista, beneficia somente o capital, _;
!

-,- Iação, produ'.×:iiido uni tipo superior de estão estreitamente relacionadas ao cha-
2-'
produtivos, continuamente especializa- 3. No final do séc. XIX, nos Estad0S Sülldariedade, que ele clianiou de orgâni- mado modelo japonês, e seu significado
i;ã,; s

ca. Para Duiltlicirri, nas so‹:i‹'‹ladeS onde e coritroverso, consistindo num dos tomas
=

dos e diversificados. A divisão técnica do Unidos, Taylor aprofuridou a divisão técni-


Ê:
traballio, iniciada na fase da manufatura ca do trabalho, atribuindo urna iiiiporíäfl* :rt T-'f0d0miria a solidariedade orgânica deri- do debate atrial sobre 0 mundo do traba-
¿¿¬ .
capitalista, aprofunda na produção a se- cia decisiva ã separação entre concepçä0 Vadü Lia divisão do tralmllio, a especiali- lho (Salerno, 1987; Coriat, 1993; V\7orna‹:k,
paração entre trabalho manual c trabalho e execução, ao planejarnento detalliadfl Zflšão das furiçócs possibilita uni maior 1992).A formação de um mercado mundial
g

E
.--z¬._
fl «. s¿-~,ma
128
§

'V 129
,~ 1. _ .»..
1 Í,-. . _. ..,._,.., V ._ . _

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Auronro D. CATTANI & Lorzrâua l-tor.z.vrANr×= _ ,

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l)1CroN/uno DE Tri/\r‹mr.r-to E TFCNOLOGIA

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diálogos e necessárias composrçoes corri

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sob a égide da expansão capitalista levou

íii
iãii:i:iÉÉ
iÊiiã:Eilii

iE:i:E!3í;íEJ
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por trás de cada pesquisa, o que estimu-

i'
à
desenvolvimento sustentável, à inclusao

;i,E::jiiil::ii lí:.,ã.
â: :i :i;:

liÉii:
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á;

;ii::i:; íri:;;;;i:::;;tii;:irí;::j;;r:,::
à especialização geográfica das atividades o conhecimento social (ou prático) para
laria um ceticismo exacerbado e propi- social e à redução das desigualdades so-

i i: :
econômicas, dando origem à divisão inter- o melhor direcionamento do desenvol-
ciaria visões conspiratórias da ciência. ciais e regionais em paises historicamen-
nacional do trabalho. Originalmente. esta vimento da sociedade. A comunicação e

É
O autor propõe um terceiro modelo: o da te marcados por elas, como 0 Brasil. Esse

E E E É ã i -s: I =:,::;:r;=-i
divulgação científica envolvem a cons-

:
opunha regiões/países produtores de ali- “Perspectiva Cívica", que tem por finali-

i * ; -id ;;, i: <rii ii ; I + I


debate remete êr importância crescente da

:
mentos e de matérias-primas a países na trução de uma ecologia dos saberes e não
dade fortalecer a pratica da cidadania ao apropriação, por parte de diferentes ato-
lr

l: i i : ; ij
vanguarda do desenvolvirnento industrial. apenas a tradução da linguagem cienti-

iã;!, íi : : : ;i : : I = ; ;, ; i ; :i ::i
suscitar no individuo a responsabilidade res sociais, de conhecimento científico

;ii

iu +:É;:,1: ;:i;i::a::: t t,?ii :iãi ;:i;


Desde então, essa divisão internacional do fica para o público leigo (popularização) pela ciência que é produzida ern seu pais. que possa gerar inovação social (Baum-
trabalho está em permanente transforma- ou a disseminação dentre as coletivida des
Para tanto, necessário que se conheçam garten, 2008).
ção, correspondendo à dinâmica da eco- cientificas de conhecimentos (difusão) cs- as caracteristicas intrínsecas da atividade As profundas reestruturações organi-

Í=: I Ii:; t;Í;;; iE::;: j =íz: :: i;: j !1


nomia cres‹;entement.e globalizada. peciticos ao proprio campo.

ii:ii:
cientifica e saiba como esse tipo de co- zacionais e culturais presentes na con-

i::ii;::ii; ;;ÊjiÉ:iiii;ii:!i:i
2. O conceito de divulgação cientifica nhecimento Ó produzido. Diferentemen- figuração conternporânea da economia
Referências assumo diferentes signiiicados ao longo
,ii;ii;!=:.í':';iii=,:ii':

te do nrocielo de Déficit, que apresenta a capitalista se fazern acompanhar por dis-


CORlA'l`. B. Pensar al revés: trabajo y organi- da história. A partir da década de 1950 inforrnacão ‹'ieritili‹:éi como uma ‹°ascata tintas exigências quanto à orientação e as

;t
7.a‹¬iún en la empresa japonesa. Madrid: Siglo passa a ser utilizado corno sinônimo de que \-'orrr tios pontos rrrais altos (os (tien- estratégias de ação dos diferentes atorcs

; ir:

;
\-"c1'r|ti11r1o, 1993.
popularização da ciência (na tradição
tistos) para atingir os vales (os leigos), a sociais. As formas assumidas pelo desen-

i':;,1,; l: : i i : ! + : j l : : : I ;, :, u i
::-ir.:i:;il;li:jrii

DLERKHEIM, E. De lo division del trabajo so-

i:;;
ciol. Buenos Aires: Editorial Schapire, 1967. de paises anglo-saxônicos), referindo-se "l'crspe‹'tiv‹r L"ivic«i" crrsirra a divulgação volvimento capitalista, enr escala global,
MARX, K. El capital. 2. ed. México: Fondo de a atividades que buscam dilundir o co- liorizoutrrl da ciência por meio da difusão criam grandes tensões, que, por sua vez,
Cultura E‹'onÓnrica, 1972. nheciinento científico para públicos não
originam diversas demandas de politicas

r.,:, ;i';:
ã-
PW l1UlJií<`‹1f.ƒ‹`›‹~s jrrrririlislicas, clubes de
M/\R)<.`, K.; ENGELS, F. to ideologia olcrnano. especializados. Expiessíies corno comu-
l\1onte\'idf:o: Puelilos Unidos, IST/`1. L`lÔllÍ`l|¶, lllll?¬(ÍllS Í! (!S¡`()l‹¬l5, (?i]Íl'L“ Ulllfflfš. c de instrumentos de regulação social e
nicação pública da ciência, \ful‹_;ari'1.ação
i;i::: :i,i;iii;;;
:i;z:
Para isso, a rir”-livia tem que ser passada

: : 3 :,' i : i:
l.-IRAVERMAN, H. l'i'oboƒho v trnpitol monopo- r=‹*onÔmi‹?a. Neste contexto torna-se cada
lista. Rio de .laneirrrz Zahar, 1931. Científica e jornalisnro cientifico também Urano uma ilirstração da realirlad‹¬ que vez mais necessária maior acessibilidade /-×í7,‹-‹f-‹
FRIEDMANN, G. O Imlrolhu cm niigollios. São são usadas para essa finalidade. não deve ser detormada, mas representa- ao ‹:‹›'r1lreciniento cientifico ein todos os

I
Pzruloz l'crsp0('tiVñ, 1983. Dois dos principais modelos teóricos da de modo fiel (Re‹le..., 2010).

=
(z'()I‹7., A. Crítico do divisriri do traballio. Sao âmbitos (Baurngarten, 2005).
utilizados para estudar a divulgação Contemporaricarnente, a popularização O acesso à irrlorrrrirçíio e ao conheci-

=i:i;iiiç:i:I
Paulo: Martins Fontes, 1980.

::;:-

:.=+
científica são: a) o modelo do “Déticil
:i:

MARGl,ll\*, S. Origem e iunçoes do parcela- fla ciérrcia tem sido encarada coriio urn rncnto cientifico 0 tczrtiiologirfo (2 estrategi-
rnerrto das tarefas: para que servem os patrões? Cogni.tivo", no qual parto-se da ideia instrurnento para tornar disponiveis co-
›-.

ln: GORZ, A. Crítico do divisão do traballio.


co para a tornada de decisão na sociedade
de uma sociedade dividida entre espe-
São Paulo: Martins Fontes, 1980. p. 37-77. flflfifirnentos e tecnologias que ajudern a atual, mesmo (talvez até principalmente)
cialistas e leigos - os primeiros detêm o
',tli;

SALERNO, M. Produção, tr'alidlho e partici- rnelhorar er vida das pessoas e que deem em questoes ligadas ao cotidiano das pes-

i;i:,sj?3i.i:
pação: (ICQ 0 kdlilmn numa nova migração conhecimento cientifico e os demais ne- Suporte a deserrvolvimentos econóniicos e soas, corno uma simples ida ao supermer-
ii ;; íS.j;: ; ;;
i;

::::i::
japonesa. In: FLEURY, M. 'l`.; FISHER, R. M. cessitam dessa intorlnação especial; bl o
Proc-es.so e relaçoes de traballio no Brasil. São Sociais sustentáveis. Tais ações podem ter cado (que envolve escolhas que pressu-
Paulo: Atlas, 1987. modelo "Contextual", segundo o qual a
Um importante papel de apoio ativida- põem conhecimentos sobre estabilizantes,
\'\.'OlvlACK, J. 12 ct al. A r'\'lciqur`no que mudou o inlnrinação sobre ciência deve apresentar iii;;i:' i::
i. ãÍ" !i;

Úes escolares, mas não devem ser vistas consenrarites, niveis caloricos, potenciais
mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. os contextos social, econômico e politico
ii:;:i;
ii:

üllenas como um coniplern‹-:nto ao ensino de agressão ao ornbiente de produtos.


no qual a atividade cientifica esta inso- l0rrnal_ pois se dirigem a um público am- entre outros). Por outro lado, as escolhas
DIVULGAÇÃO EM CIÊNCIA
:ii
:

rida. De acordo com Quintanilha (2009)


úE: §i;

Dlo e carr^‹1›g‹rrn urn significado diferente ptiliticas. a capacidade de reivindicação


E TECNOLOGIA os dois modelos têm problemas tais como
i ; ; ::

dü Iorniação escolar (a saber, um signiti- e debate em torno de melhorias sociais,

:
Muito Batrrngorlen 0 uso, pelos jornalistas, de nietáforas x.
:ãi : i

V. füdo informativo). as questoes de energia, saúde, problemas


v
inadequadas que levariam a distorçfu-35 3. O conlre('iirr‹-*rito Científico e te‹'nolr'›- urbanos e violência também envolvem iri-

:=ii
.=n.
1.
1. Divulgação em ciência e tecnologia é na comunicação da ciêricia, no primeiro
ii;

Élico e os pro‹*c.<;sos de inovação (econômi- formação e corilieciruento_ o que remete


17
um processo que reflete a construção dos caso, ou a prática. no segundo modelo.
:;

'.- ffl H social) que dele decorrcrm podem ser para a importância do debate sobre as tor-
conhecimentos cieiitilicos, seus embates. de apontar possiveis redes de interesses
;

.‹_ V
lflstrumentos estrat‹5gi.‹_'os à promoção de rnas de distribuição do saber.

130
E

131

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?vv ‹¢ . . - _, 1
‹ __._.. --........_, , . .

ANTONIO D. CATTANI & LORENA l-lo¡_zMf›.NN , DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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ii
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.t rs:si;áis;iiri;i:;;
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ç i;,içliiitÊiil:1,: s: t,l,ii:i,u; ;Êi:§i!*3 r;;

i ii i!,i: iÉi=s=;i! I
Essas considerações nos conduzem à em um dos grandes desafios para os cien-

iiii Ê:!i:;r:i:':: i i:::;i;i iii:;;:i:ãi :ii:


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Éi!i :; ;i:i: lã;i igii í?;i: :iiE:ãii ;É ííe isã:
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i i IEE iÉãÊiiii i ãs ; ;
do de forma recorrente em documentos da CRSCT&›I - Documento final da Conferência

;lii;iili;liii?: ii.;:i;i:jÉ;iiííi * iri


;rtE:rl+i;!
Í;tqãi;;i*i;í;;;ii::r';;i:i;ji:;Í;;!ã; lris

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ideia de que inclusao social, ecoriomica, tistas e a sociedade. Atualmente, não há Regional Sul de C'I`&I - eixo 4. Canela, abr.
Sociedade Brasileira para o Progresso da

+t;ÊE 5;Ê ;; i
2010. tmimeol.
política e desenvolvimento da cidadania no Brasil adequadas transferência e utili- Ciência, da Sociedade Brasileira de So- CECT&I/'RS - Documento final da Conferência

ãi$ í§i
ora dependem da educação cientifica, do zação social dos conhecimentos aqui pro- ciologia e de outras sociedades cientificas. Estadual de (ITM - eixo 4 e Rio Grande do Sul.

i:É

É::;t,?tii,í;; i;*;; I
conhecimento social sobre a ciência e a duzidos, 0 que contribui para a relativa Porto Alegre, SCI mar. 2010. tmimeol.
Ao mesmo tempo, as conferências estadu-
tecnologia P de uma relação mais intima QUINTANILHA M.A. Las dos culturas. ln: 1°
distância entre sociedade e academia, e ais e regionais de CT&l têm sublinhado Foro lberoamericcmo de Divulgctçao e Comuni-
entre 0 senso comum e a ciência, de forma pouco aproveitamento social do conheci- a importância da divulgação científica e coçáo. Campinas: Unicamp, 2009.

ãÊ í:3 áç iÊi : s íã: :iE ;: ;iiã;i çi Ê F É;:


a desmistificar c clesmitificar a tccnociên- mento produzido nas universidades. Ao REDE DE 'TECNOLOGIA SOCIAL. Disponível

n
apontam para a necessidade de incentivo
em; www.rts.org.br/noticias/destaque-2/profes

ii;
cia, aproximar a produção da ciência e mesmo tempo, dificulta a identificação à criação de linhas de financiamento para
;Í:i;;i?í:;:;

sor-propoe-divulgacawda-ciencia-baseada-nar
tecnologia das necessidades sociais, de- e o acolhimento adequado das necessi- projetos do divulgação cientifica, indi- cidadania. Acesso em: 5 maio 2010.
mocratizar informações e obter apoio poli- dades e demandas da sociedade à C&'l`. cando que tanto 0 exercício da cidadania SOCIEDADE Brasileira Para o Progresso da
-.4iu|fl. ¬_ ¬
Ciência. Caderno 25, São Paulo, 2003;
tico para a produção do conhecimentos Questões nacionais, como a degradação na sua plenitude, como a necessidade de
:r i:i;; ii==.,:i:::i;: i;+;:ÊgÍ;:::

SOCIEDADE Brasileira de Sociologia, Docu-


científicos o a ampliação de possibilidades ambiental, a saúde pública, a qualidade atrair bons futuros pesquisadores e cien- rnemo base para a “Cesta de reinvindicaçües"

lÊ:i =,:;; iii;;iiÍ ;iiÉ: ;: §;:


tecnológicas, construindo iiiorliacõtis entre nos serviços de saúde e nas escolas, a vio- tistas torna extremamente importante o da SBPC para o Presidente. Porto Alegre, 2009.
(mimeo.).
as instâncias produtoras de ciff*u‹'ia, tec- lência urbana, as desigualdades sociais, 0 entendimento público da ciência. ISBPC,
nologia 0 inovação [CT8zI] e a sociedade. desemprego, o acesso à informação, en- 2008; SBS, 2009; CEC'l"&l - RS, 2010;
DOENÇAS no TRABALHO

Á: :;ti;i=::;;;::i;:i:;:l;
A comunicação sobre ciência tz tecnolo- tre outros, não dependem apenas da C&'l`, CRSC'1`&l, 2010)
gia (C&T) e a circulação de conhecimen- mas em muito podem se beneficiar da oti- Um novo mundo, mais inclusivo e dis- Álvaro Roberto Crcspo Merlo
tos obtidos através da divulgação cienti- mização da sua participação na constru- tributivo pode se tornar possível para a

iiiil iiiiiiiiiii; s ffriâ


fica em todas suas tormas e crucial para çao de alternativas que possam permitir o maior parte da populaçao do planeta se e 1. I'›o‹,>ri‹;‹i do traballio é toda patologia

;;;:í:iiÉit:Í;;É:tiis!:
a ampliação do debate público sobre o seu enfrenta mento (Cl3¿SC'f`&l, 2010). quando partirmos de uma lógica que co- na qual 0 traballio 0 resp‹›nsá\'el princi-
; :Ê

tr-ma. Apesar de a toniática das relações A presença do descrivolviiiiento social, loque 0 social e o respeito ao planeta que pal ou tem um papel preponderante no seu
I :i,i;i;,i: iii i: iii;

.
entre ciência, tecnologia e sustentabili- particularmente da inclusão social na habitamos como referências fundamen- apare‹'iu1eiIto, ainda que exista no indivi-

==
dade estar assumindo importância cres- agenda das politicas de ciência e tecnolo- tais da ação dtâsenvolvimentista. Neste duo alguma disfunção patológica prévia.
i; rii;ií: ãiÉ ;i.; il

cente no atual mundo globalizado, no gia, é bastante recente no Brasil. Pode-se sentido, é imprescindível que o conl1‹-ci- Os agravos à saude no trabalho vão desde
Brasil a divulgação te a popularização do
(.Í&T näo têm recebido a atençao neces-
afirmar que seu lugar nas prioridades do
setor não é significativo, como se pode ver
l:i:l: mento assuma 0 paradigma de liberdade
de criação, escapando das amarras da
o acidente súbito (ver o verbete Acidentes
de trabalho), até o leve distúrbio psíquico
RFB;

saria por parte de produtores e gestores pela análise do montante de recursos con- Perspectiva produtivista e da apropriação ou mesmo n pré-patológico sofrimento psi-
do conhecimento. Um indicador disso é o cedidos para educação básica. extensão. Privada e excludente de seus resultados, quico ligado ao trabalho, tal como concei-
tato de que as atividades de difusão, ex- divulgação e popularização de C&T, estu- de forma a preservar a capacidade inova- tuado pela Psicodinâmíca do Trabalho.
tensão o educação científica não são ade- dos de repercussões sociais da C&T, para dora da sociedade, única maneira de fazer Quando se pensa em traballio, habitual-
áBi'Éri i

ill!;i=

quadamente valorizadas nas instituições o desenvolvimento de tecnologias sociais frente à complexidade dos desafios que monte os aspectos econômicos e sociais
de pesquisa c nas universidades, ou mes- e também pela menor importância atribu- 'lemos para a preservação do planeta, sua nele envolvidos são os mais visíveis. Po-
mo nas agências de fomento e gestao de ída às ciências humanas relativamente às ,_ biodiversidade e da própria humanidade rém, o traballio pode, também, ser fonte de
CT8zI no pais. SÓ recentemente foram lan- ciências naturais e, mais recentemente, às (CRscT&1, 2010). sofrimento e adoecimento. A percepção de
çados editais para projetos de divulgação engenharias, na gestão e no fomento à _;~f~; que pode haver uma relação entre trabalho "fiflä
Referências
cientifica. mas ainda com valores pouco pesquisa (Baumgarten, 2008; CECT&l - J›L=1‹'* c doença é muito antiga. As primeiras des-
'tz BAUMGARTEN, M (org.]. Conhecimentos e re-
significativos. RS, 2010). ...-
dv?
criçöos sislcmatizadas de doenças relacio-
= íp;
,

..'=;
.t¿t¡__ d°31 Sociedade, politica e inovação. Porto Ale-
As articulações entre o campo de pro- A necessidade de investimentos, nä0
r*i;

gfei Ed. Ufrgs, 2005. nadas a atividade de trabalho ocorreram


B?$g

3:
dução de ciência e tecnologia tC&T} e a apenas na produção do conhecimentü. -ã __%. Ciência, tecnologia e desenvolvimento: no séc. XVI por Bernardino Ramazzini
.r
sociedade são complexas, dinamicas e PÊZ- ... T9505 e inovação social. ln: Parcerias Estratégi-
mas também na divulgaçao da informaçaü (1633-1714). Em uma obra intitulada De
_ -3;
¡ .
Brzzsiiiâ, DF, col-213. tz. 26. p. 101-121, jun.
interativas. Sua otimização constitui-se e do conhecimento científicos, tem surgi- 8. Morbis Diatriba (considerado o estudo
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D1c1oNÁR1o DE TRArsA1.Ho E Ti:cNoi_oG1ià

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ANToNro D. C/i'i'r/mi & LORIENA l-lor.7.MANN

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É importante lembrar que não existe, ne-

1i: :
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r ; :: :; ! =::l
CÍã;:;;i
i
s; ii;Êiiii 1;i:ii:;,i1::ii1i !Í1ÍÍi:;
(Barbarini, 2002; Merlo, 2001, 2003, 2004,

ã- : Í ;: tiÊ:;l; . i, ! : tí 2;ir',iiZZ::: : i; : :l i;;t


àq. F :Ê; ; E: : i:i : lí
2004 ter sido de apenas 27.587, na rea-

;à;;; :iiiji;:
fundador da Medicina do Trabalho), este
;ii:i::iq I
i : :iir
.i z 3 r i
:;i::'-rl;l',::,.,1:=:i,..:,i.
-: ? 5 É +

cessariamente, uma concordância entre o

Ê
autor produziu uma classificação empírica lidade. o número de casos certamente é 2005; Assunção; Almeida. 2003].
muito maior. Os trabalhadores brasileiros convivem que é uma patologia do trabalho (definida

:
em que lista as doenças que poderiam aco-
3. As doenças do trabalho ocupam um com ambientes de trabalho nos quais por um diagnóstico médico] e 0 que é re-

ltiÉ;
meter várias categorias de trabalhadores
encontram-se combinados diferentes mo- conhecido corno tal pelos organismos que

i::i;:, ::it ;'':=i;'ií;i'z:j


da epoca, como lavadeiras, mineiros etc. amplo espectroda nosologia médica, tais
como: neoplasias ttumoresl; transtornos delos de gestão ttaylorista/fordista e ile- definem as legislações referentes ao tra-
d'!

(Rarnazzirii, 1971).
2. Pude liaver uma grande dificuldade mentais e do comportamento; e doenças xívoll. Os serviços voltados aos cuidados balho. É necessária essa distinção porque
iiiíl;É : i: i:;..i i:; :;:ii t:;i,i
r :- : : j : : -, .t 1

em distinguir as doenças que foram pro- infecciosas e parasitárias, endócrinas, nu- da saúde do trabalhador atendem atual- podemos encontrar importantes discre-
vocadas pelo trabalho rlas doenças que tricionais e metabólicas, do sangue 0 dos mente tanto acidentes corno patologias ~ pâncias entre as definições estabelecidas

isÍ,ii: tí,í',;:;;= i ;É ;:ã; g:iÉ:::j:


: i5 ; ! = = -: ; :;:, = . '3 :' u i; i-:: i au: :: : í I

tii,;iiiÍ : : i i i ii=;;i;iii;i5;i
foram agravadas por ele. Scliilling (apud órgãos hematopoeticos (onde o sangue indício de que, apesar da implenieritaçáo entre as diversas entidades públicas [como
Melides, 2003: 51) classifica as doeriças, é produzido, como a medula Óssea), dos de novos modelos de gestão, ainda estão p. ex., a Organização international do Tra-
;iii;i:,

presentes rios ambientes de traballio, no balho ou a Previdência Social brasileira) e

;
segundo a sua relaçäo com o traballio, em olhos e anexos, do ouvido, da pele e do
três categorias: a) tr‹'ii.›zêlho como causa tecido subcutâneo, do teciclo conjuntivo e inicio do si?-‹.¬. XXI, riscos à saúdo. 'l"ral'›a- o cotidiano dos consultórios médicos.

i Ést i: ; ; 3:É
necessária -- i|1t.‹:›xicaçào por ‹tlrumb0. si- dos sistemas nervoso, circulatório, respi- lhadores int‹'rxi‹^'ados por metais pesados 5, Para a Previdência Social brasileira
licose, do‹-:nças ]iroiis.~;ionais lvqalriic-ente ratório, digestivo, osteomusciilar e genito- [sendo o cbui'nbo 0 mais comum] são fre- "doen‹_;a profissional (Ó) assim entendida a
",i;.=::i==::i;

prescritas; b) trab‹illio corno fator do risco urinário. qrrernteriierito registrados. As consequên- produzida ou desencadeada pelo exercício
==

contributivo ou adicional, mas não neces-


r'
1:::;::;
Nos serviços públicos que atendem cias dessas iiitoxicações são graves riscos do traballio peculiar a determinada ativi-

i==-)i,^-._;l;.-=

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; : j ; i i.i i,.l': j:-' : ! ; ; :!;S
i Êt L3 ;7 +;:
ai:ii.'-i11é''
à saúde - e o tratamento é demorado dade; a doença do traballio, adquirida ou

l: ;:Éi;i:ii: l:iiÉái;,,,*,
sario - doença coi'i_izi¡riiaiizi, doenças do doenças do ti`al)‹'illio, Como os centros de
a:::: =:;:;. ! =i 1!
; - - - 1 . .

:-
: : = a-'=
referência em saúdo do trabalhador e os 4. Os novos modelos de gestão, que exi- desoricadeada em função de condições es-

É
:;:i;;::: §i:::

aparelho locoinoior, i*{'zri‹'i-r, \=ari7.es dos

zii
Ç;'
i:. i - z n.= r:5
menibros inferiores, r-iitru outr‹i.<=; tr) tra- arnbiilatorios dos Iiospitais Universita- gem a indr\i‹'lualização das avaliações de peciais em que o traballio (1 realizado e que

i i u ; iÉ i; :g i;j;§,_ : ti gi.:
í = =- : r=- j=:=: produtividade, assoiiados a novas ferra- com ele se rcla‹:ioi'ia diretamente. Nestes

É
Imlliti como provor'«idrn do um rlistúrliirr rios (p. o Anrbriiatório de Doenças du

r- í+
latente, ou agiavorlor do iloeiiça V|(i esta- 'lrabaltio do Hospital de Clinicas de Por- mentas de traballio com as quais âi ativida- dois rrlt.imos rasos, a doença deve constar

É
j:=;,i'+ii=:i;:; iz:ii=,
=

b‹~!c‹'icla z- bronquite cioniczi, derinatite de to Alegre Ou U /limbulatorio de ilorfnças de pode ser r‹›ali;¿ada fora do espaço do tra- da relaçäo de que trata o Anexo ll do Ro-
:

! ;: i-= .::. B I i = : I; ú ; ?" =:;:


contato e alérgica, asnia, domrças mentais. Profissionais da llniversidade Federal de ballio, tom le\›'ad‹i a irma mudança no perfil gularnento da Previdência Social, aprova-
''! !' :;:ii,Í:I
:

O l\/linistório da Sai'irlc¬ ]_rublicoti, em l\-'finas Gerais), os principais diagnósticos Elf* patologias e de categoria de trabalha- do pelo Decreto n. 3.048, de 6/5/1999. Em
n.

=. = ;t

;= i ti iÉ i i :i1:f

':
têm sido os de patologias classiíicada5 dores (Merlo, Lapis, 2007]. Assim, vemos caso eprcepcional, constatando-se que a
:

2001, uma iiirportante i'ull‹:r‹7:ricia para


; : : i. = -.

hoje, junto aos executivos de empresa, por doença não incluida na relação constante

: : : r; ; : : i t : t
esta dis‹_'ussí`io ein l)ot'nç‹is Reiucioliridos dentro das Lesões por Esforços Repetitivos
i-::;:;: 1;,;i:;

==

no 'Ii'ub‹:rlho: Mc:/in‹1¡ de !'rocedi`im»:irtos I Íloenças Osteomus‹fulare:~; Relacionadas


a;,e : o ,' \ i. l.. exemplo, o surgiinento de novos sintomas, do Anexo 1I resultou de condições espe-
puro os Serviços dc Somie. Nesse manu- ao Trabalho - LER/DORT tver verbete es- corno insônia, irritabilidade, depressão e, ciais ein que o trabalho é executado e com
i: -- :-.-,:=-
--,

al encontramos urna rirriiriiçfio sucinta de pt~-cítico) z consta que estas patologias são mais 1'ec0nterr'1enI.‹:, epidemias de suicidio ele relaciona diretamente, a Previdência
" i = c-i ic :'Y.: F -

ligadas ao traballio (/tlrneida; Merlo, 2008). Social (INSS) deve equipará-la a acidente

;:i:!:iiiiã;
carla doença, sua epidr=iniologia, seu qua- iesirorisavreis por. pelo menos, 70% d0S
i,:;,,,
I i i:;i:=: = =:=

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OS casos que tiveram mais repercussão na do trabalho". Porem “para que o aciden-
dro clinico e o1'ieritai,;‹^i‹:s ao diaçpióstico, atendiineritos (Reis; Pinheiro; Navarro.
í;; i' láij;;
E
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ao tratamento c à pi'e\=eiiçáo, além de uma 2000]. As LER/IJORT são a sogirnda cau- Ímprensa foram os suicídios de cinco en- te, ou a doença, seja considerado como
ç
I i ii

iv
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; : :,:,:= lt;

Qanlieiros do Tochnocentre da Renault em acidente do trabalho é imprescindível

E
breve lista de biblioçiralia e leituras corn- sa de afastamento do traballio no Brasil e
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plomcntares. se aprescntarn dc forrna epidêmica. E556 2006, em Guyancourt, na França (dos quais que seja caracterizado tecnicamente pela

i!;i iiSl
á
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filldtro no local de trabalho), e os suicídios Perícia Médica do INSS, que fará 0 reco-

ã
Sabe-se que no Brasil as estatísticas re- problema e um fenômeno rni1ndial--atir1-
:;;.::;
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ferentes às doenças do traballio são muito giu o Japão, na dé‹`a‹.ia de 1.1170, e a A113- de 35 trabalhadores da France Tólécom, nlrecirnento técnico do nexo causal entre o
; ;;: -
íii :tl

}'›rer.'arias, devido ii enorrrre subnotitica- 35 Gntre 2007 e 2009. Todos esses casos foram acidente e a lesão; a doença e o traballio; e
trália, nos anos 1080. Em 1908 o‹°orrer‹3ITl
í:iÉ
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ção e, além disso, roi‹=i'eiii-se apenas aos 650 mil casos do LER/DORT nos Estadoš if: fl*-f'0Iilieci‹los pela previtlência social fran- a causo mortis e o acidente" (art. 19 da Lei
: : lr

,
i

ti.
cesa (Caissc Piimaire d'As.surance Mala- 8.213 de 24 do julho de 1991).
trabalhadores do in‹›r‹:ado formal. Assim, Unidos, responsaveis por dois terços 1165
?.
:: !

apesar do riúirieru do doenças do trabalho ausências ao traballio, a um custo 'estima- dÍE} corno ligados ao traballio (Merlo, 2009; As doenças do trabalho, como implicam,
i; i..
=-.

Deiúurs; iiê›gzre, 2010). frequentemente, em desdobramentos le-


=

rerronliecidas pela l-'rovirlônciêi Social em do de USS; 15 bilhões fi USS 20 bilhÕ@5 ii


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Awrouio D. CATTAN1 & LORENA HOLZMANN

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' ;irçíãiiii!::lia;?=,ui,s;;;;:iii;n:?e:i :=i í
Di‹':roNÁi11o DE TRABALHO E 'l`EcNoi_oc1A

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gais (afastamento do trabalho, emissao de

:ei:i;i:::'iiiiii:;iii::ili;,;;rii::i ;
e sofrimento psíquico em Cargos de gerência.

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confrontados com a miséria a se voltarem

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procedimentos para os serviços de saúde. Org.

sc,:?i:s; i:;§i i: :: i=;t:, :'li r:;aiÍ

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ai gii ;=; l; i;:t ;Í ii ij ;; !r;;i


Cadernos de Psicolr›gio Social do Trabollw, v. Elizabeth Costa Dias. Brasilia: Ministério da
Comunicação de Acidente de Tm-balho z para um mecanismo de coordenação opos-
11, ri. 2, p. 139-157. 2008. Saúde do Brasil, 2001.
CAT -, avaliação por médico-perito da Pre- ¿ _ I
to ao interesse: a associação solidária. Na ' r

i!i:;iÍi;jii
ASSUNÇAO, A. A.; ALMEIDA, I. M. Doenças REIS, Ricardo J.; PINHEIRO, Tarcisio M. M.;
vidência *Social etc.), levam, muitas vezes, osteomusculares relacionadas corri o trabalho; 1 NAVARRO, Albert cl al. Perfil da demanda primeira metade do séc. XIX, na França, \ :
a que se estabeleçam relações diferentes membro superior e pescoço. ln: MENDES, atendida em ambulatório de doenças profissio-
René (org.). Patologia do traballio. São Paulo: nais e a presença de lesões por esforços repeti-
partindo do latim iurídico in solidum (por
das que ocorrem entre um médico e o seu Atheneu, 2003. v. 2, p. 1501-1539. tivos. Rev. Saúde PÚblico,v. 34,11. 3, p. 292-298, inteiro), Loroux introduziu no vocabulário ,_
paciente, nas quais, habitualmente, a con- BARBARINI, N.: MERLO, A. R. C. Reestrutu- 1. jun. 2000.

=
filosófico a noção de solidariedade, defini- VI

ração produtiva no setor bancário brasileiro e RAIVIAZZINI, B. De nrorbis tirrlificum r1'iulrib‹I,

:ã;
fiança e a empatia são fundamentais. Um da como 0 laço social voluntário entre ci-
sofrimento dos caixas executivos: um estudo de l 700. As doenças dos ircibolhodorcs. São Paulo:
paciente que chega à consulta corn dor no caso, Psicologia Social, v. 14, n. 1, p. 103-122, Fundacentro, 1971. dadãos livres e iguais; em outras palavras.
braço esquerdo e sensação de desconforto jan./jun. 2002.

i ! i i;
o laço social sucessor da caridade na de-
no mesmo lado do peito, levará, imediata- DEJOURS, c.; BÉGUE. E szzicídio e irabairwz f

ECONOMIA SOLIDÁRIA mocracia. Na América do Sul. e na Europa,

-
o que fazer. Brasília: Paralelo 15, 2010.
mente, um médico a levantar a suspeita de múltiplas iniciativas sociais são feitas para
MENDES, R. [org.). Pulologia do 'l'lr1b(rllio. São .leon-Louis Laville
um infarto do miocárdio e a ericƒarninlrá-lo Paulo: Atheneu, 2003. conjugar ação coletiva e afirmação da
[Tr-id. Patricia Chitloni Ramos Reuillard]
para um serviço de urgência/enr‹~›rgôn- MERLO, A. R. C.; .IA(Í.`Ql.lES, Maria da Graça
cia, para que o diagnóstico seja realizado i;ji ;.'* :r';::ti'i,=
Corrêa; HOEFEI_, Maria da Graça Luderitz_ l
igualdade. a fim de que esta., estabelecida
:aí;Ér.!;!g:;::!;;+ãi;:,::

1. A econonuo solidário caracteriza-se como princípio político, produza eleitos

:iit::::ii
É
Trabalho de grupo com portadores de LIÉRJ
o mais precocemente possivel. No caso DORT: relato de experiencia. Psicologia Re1'l‹.'~ por um conjunto de atividades que contri- nas relações econômicas e sociais.
1

i
de um paciente-trabalhador que venha a XÕO G Crilicu, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 253-
buem para a democratização da economia No séc. XIX verifica-se a articulação

:
iÍ:
258, 2001.
consulta com uma queixa de dor no braço a partir de comprnnnszâos cidadãos. Essa entre debates politicos e práticas econô-
et ol. O trabalho entre prazer, sofrimento
esquerdo, com surgimento insidioso do vá- c ado:-cimento: a realidade dos portadores de perspectiva tem a pt-rrtic'ularida‹le de de- micas. Seia qual for a diversidade das ox-

:=:i:
rios meses de evolução e na qual a relação lesões por esforços r‹>pvtitivo.-:. Psicoltigiri fr So-
senvolver essas atividades não somente periências iniciadas pelos t1^‹rl)all1ador'f-rs,

z:z:É
ciedade, São Paulo, v. 1.5, n. 1. p. 117- lflñ, 2003.
com o traballio apresenta-se de lornia mais através de seu estatuto lassorƒiatixfo, coope- sua o.spe‹iili‹:it'lade pode ser avaliada por
______g. el ul. Traliallio, prazer, .siilririiurrto e atin-
ou menos evidente, a atitude do médico po- ocinicntu em portadores de l,t_›sü‹'::-1 por Esforços rativo, rnutualista 0t‹`.], mas também atra- dois traços: a] o agrupamento voluntário
dera ser muito diferente. Frequentemente, Repetitivos. ln; MERLO, Álwiro Roberto Cres-
vés de sua dupla dimensão, u‹'on‹"›mica tê no qual um laço social prático permanece

:i;j:;; atít:i:; t;ii


po (org.). Saúdo do rrubnlliodor no Rio Grande I 5
será, tanibérn, levada em conta, corno uma do Sul: realidade, pesquisa e intorven ção. Porto politica. As duas dimensões ericoiitrani-se em urna atividade econômica, em cuja

;i.iii;
alternativa para um diagnílstico diferen- Alegre, 2004, v. l, p. 12?-144. Ínrbricadas, pois a mobilização permite aos participação não se pode desvincular o

!i;ii
;=i: i: Í:: i:É ;;Ê ã! í
f :i.>ii"s

cial, a possibilidade de que esse paciente- _ ,' GHISLENI, Angela Pvña. Tr‹|I,\all1¿idor
cidadãos actrtit-1'tiâiT1 ao espaço público, laço social que a motivou; b] a ação co-
contemporâneo e patologias por liipc-.r.=.oli‹'ita-
trabalhador esteja fazendo uma simulação construindo as condições de sua indepen- mum, por estar baseada na igualdade dos
l
ção. Psicologia Reflexão ra (.`rr'1i‹:‹r, Porto Alegre.
ff
de doença, com o objetivo deob1‹:r"g'arrh‹›s V. 18, n. 2, p. 171-176. 2005. dência ecoriôrnitta. Porém, a capacidade de meinbros, permite que eles se façam ouvir
se‹:undari.os", isto é, que ele esteja apenas __,____; VAZ, Marco Aurélio; KAROLCZAK.
-;iii':rl:§' :l::Í:s :i

l realizar mudanças depende da relação en- re possam agir corn vistas a uma mudança

'
Ana Paula Barcellos; l-'*RElTAS, Cintia do La
procurando um afastamento do trabalho e Rocha. Sindrome do 'l`t'ini:l do Carpo. Revi.st‹.i tre o exercicio dessa liberdade positiva de institucional.
um encaminhamento para a Previdência Brasileira de Flsiotcrupizr, São Carlos, v. 9, n. 2. össociação e de cooperação e uma ação Devido a essa dupla inscrição nas es-

it;
;: Ê;li i: ii
r;;ij;j;í;ij
iii::iiiiii
jul./ago., 2005. Í'-i
Social. Isso, evidentemente, vai provocar Pública, única capaz de estabelecer direi- feras econômica e política, expressam-se
; LAPIS, N. L. A saúde e os proct.-ssos do
;iÍt::i:::a :i

uma importante degradação na relação de trabalho no capitalismo contemporâneo: refle- l0$ e definir as normas de uma redistribui- no espaço público a reivindicação de um

:
't fi
confiança e empatia, indispensável para xões na interface da Psicodinâmica do Trabalho
i+i'rlíi;F;i :

fšäü que reduza desigualdades. O alcance poder de ação na economia, a demanda

í:i;
e da Sociologia do Trabalho. Psicologitl & Socie-
uma boa prática médica, além de um enor- da economia solidária esta relacionado, de uma legitimação da iniciativa inde-
dade, v. 1, n. 19, p. 61-68, jan./abr. 2007.
me sotrinrento para o trabalhador. sobre o . Suicídios no France Telecom: as con- D01'lant‹›, a articulação entre dois registros pendenternente da posse de um capital.
qual recairá 0 ônus de buscar comprovar sequências nofastas de um modelo de gestao da solidariedade democrática z a aulo«or- Contudo, essa vontade coletiva, sofrendo
É
sobre a saúde mental dos trabalhadores. 2009. ' 1'\
que realmente está doente. .J Qönizaçäo coletiva o a obtenção de direitos urna rcpresszfio maciça, vem-se atenuando

i:i
:
Disponível em: vnvw.do‹:s.google.corn/tileview Tí -É
Ê
?id=0B6mh9Kwi‹Í)kPlÊl\'izk§.fMjg\,'MzltZn1F1Z Êlulšjustiiiqueni a r‹\distril)uiçào pública. proqressivamerito, ao passo que a econo-
SO0NTBlLTg3MDOlMl)Y4ODU2NmNkZmU 1'
Referências 2. Coin a emergência da questão social, mia de mercado vive um desenvolvimen-
w&hl=pl__BR. 1-n'i-V

ALMEIDA, L. L.; MERLO, A. R. C. Manda 'f"§"'._'z a fimplitude intoleré'ivel das desigualdades to inédito graças Êi concentração de meios

ii
MINISTERIO DA SAÚDE DO BRASIL. Do-
quem pode, obedece quem tern juiszoz prazer enços Relacionados ao Tmballioz manual de possibilitada pela sociedade de capitais.
.qc lelfä perisadorvs, camponeses e operários
I

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D1r'1i‹)N.-'litro ur-: 'l`RAriAr.iro E '1'i:‹_:NoLo‹_;rA

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Awroisio D. CATTANI & Loirrêm. l-io1_zi×4ANN

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;: etÉ;i;ílzii!
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reatam corn 0 impulso associativo do séc.

ái:i:ii
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i i ã; E i;;: i i: Íz:ii ;
para se distanciar de práticas mais anti-

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:;; i;ij:; 1l

ii ili;:;j ai:;,,,.;; ' ,!: =u,,í: j:.'::='=-ii..tz:i


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E:!F;Í+='é-aaLl
iái É:: Íiã;'i:Êt ?lÍ saazEE
Os três estatutos jurídicos V- cooperati-

'iãéÉ;;i i+t'* ii-:: i'r:s;; íÉ;: ii;Í+i


;Êã F3çii= i;:
! :r -; e E i t t ;''": ::=:Ê l.-, í -t17zrj;.
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Ao mesmo tempo, diante da miséria pro-

=?3EsfrátÉ:ç; l;:É;;i:;Er.,:e?ji.3;,?tsc :â
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eEt r:r E i; i::7.,:à21,,i Ei:;i: iol i: i-+;; = i; É'=
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1í.=,; :
r=i:si;e;:::;;:::::: :iii:i;zií:{à:i;i:;;Ê
,iã?:Éi

t42ii
gas enianadas de um movimento coope- XIX. inserindo, no centro de sua passagem

Ê
duzida pela Revolução Industrial, sirrge a vo, mutualista e associativo - tornam-se
rativo tradicional, tido corno próximo de- à ação econômica, a referência à solidarie-
necessidade de normas sociais de justiça, subconjuntos tributários do modelo de
mais dos poderes politicos e econômicos dade democrática. O reconhecimento e o

ii
asseguradas pelo Estado social. A proibição desenvolvimento no qual se inserem, em
do trabalho infantil e a limitação da jornada particular da segmentação que se instaura Íl dominantes ou de uma economia informal desenvolvimento da economia solidária i

â; iÉ:;::
.i
.‹ de sobrevivência que deixa pouquíssimo são indrssociáveis de compromissos de nn-
de trabalho são promulgadas por governos entre a economia de mercado e o Estado

i
E:
++:;
espaço para lógicas de acumulação ou de tureza sociopolítica, que apresentam três
social. A hiera rqurzação e a complementa-

I Ei.=H gÊ Í.i;::::
submetidos à pressão operária. O Estado é
Í=:ti í:i.i ii iz::izl:i=:i:=ilÍi;É

i:!:Í
à: i Í H:i:;i;: +: i;
transformação social. Na Europa, as mu- (linierisúes. .~`,-`_,_
uma expressão do interesse geral, aplicado ridade. entre economia de nlercado e eco-
l
í

Urna segunda dimensão política tange

"
danças no modo de vida e, depois, 0 que

íi;i;'ii.;it!j;i;:;i
graças à ação da administração. A solida- nomia social estatal produzem eleitos de

:E-i! ãi:":i=,?!:
l; a;i: :ii=:",

tl se chamou de "crise" e‹:or'1õn'iica, gerarzini ã insr1'riçã‹› dos membros, grupos de pro-


riedade diz agora respeito a uma redistri- dissociação entre os diterentes componen- zil

=
i::rí:;;iã:'íiilijiE

novas ações, dentro de urna prilitica da dutores ou de consumidores, em espaços

í;',ii i,i
buição pública considerada como a solução tes da economia social. Nos dois extremos,

Ê
vida cotidiana, preocupadas em preservar mais 11 rnplos de discussão, reivindicação e
para resolver o problema da divida social. as cooperativas consideram-se corno em-

l;

:
o meio ambiente, criticar a descorisideréi- participsição no ‹iel›at‹-'. público, ‹':it('›. ines-

t;t.i.;
r
presas no mercado, enquanto as associa- là l

;=,1:ii=i1=1",,:!i: : i
O Estado protetor endossa as responsa-
íi :É:i,,í :?:j Í?i; iÉit?E itl;
:

ção dos tisuários na concepção dos servi- mo dc coconstruçáo da agen‹:l‹'i de poli-

t;;

bilidades sociais que o associacionisrno ções ficam limitadas à esfera social.

; : i : i; ái.l ; ii: t. t
l; ;,-:,=li:íiti :: iiãi;ltií::

i
ços que lhes dizern respeito, stllimett-*r à tica publica. Provérvolmcnte, é no Brasil

+;i
contribuíra para detinir, tentando assu- 3. A partir dos anos 1970 surge o corr-
i reflexividade as relações entre os sexos e que tl !nol)ili7.ação e fi ‹~››;pr‹:ssão pública
mi-las. Instala-se o regime institucional, ceito de economia solidária na América ›
::

as idades e lutar contra a exclusão. Essas estäo mais flvariçzidas, corn a existência

it
do Su] e na Europa. Na primeira, a econo-

i,:
rcpousado sobre a economia de mercado
formas inôditrrs de expressão se acompa- de moviinentos de auto-orgariização po-

;; : :;,: iÍi;i;,,i:j i:,:


acompanhada, por sua vez, de urna redis- mia solidária remete a iniciativas oriundas
nham da tendência zi uma moditicaçáo litica, 11 ‹'›x‹_›iriplo do l-`Órum Brasileiro da

:;i:i1:ii.:i
i É: i:i::;:::iilli,íii=,;
.,
:1i:
tribuição pública que atenua suas desi- principêrlrnente do inovimento de retoma-
,;' ,;I,i'=,- das Íorrnas dc engajainerrto no L>spar¿r'› lÊ‹'o11uru1‹_i Soliclárifi (l*l`5lÊÍSl, cujos princi-

i :',-:,: i .:: :i;:,;: rr!: i r


da das empresas pelos ‹iss:rlan`‹idos sob ri

tãÉ
grraldaries, cujo apogeu se dará na segun-
}Jt'ililir.o. lëntrzrqurirtc-st-3 u uiilitáncia gene- prirs ‹f‹›in;'zrincr¬.t‹:s uniram suas forças, em

= I ! 7. - : : ; S r : ; iE i : = i :
da rnr›tadr› do séc. XX. forma de coopczr‹zti\›'zis ziuttigestirinánas,
:
.i;
ralista, ligarla a um projeto de sociedacle ÊUO3, ptzra reivindicar a criação de uma

g
A crnrrplerrientarirtarte entre mercado e do apoio do l\loviriiento dos 'liêrbíilliadtires
it

0 que irriplic.i uma ação de longo prazo Sec:r‹:tarr¿: nzicional de economia solidá-

1: ;: :;á; s ;-s;; i s i2í3 I

ii;t;
Estado social Ó acorripanhada da criação ‹le Sem-Terra a instalaçiio dos agricultores em
í

E grandes rlel‹_-gaçöes de poder no âmbito ria. Por mr-io de urn procrrsso de descen-
diferentes estatutos jurídicos que revelam cooperativas rurais, do des‹~n\'olvimento
É:

de estruturas lederativas, cromo demons- truli7.;n_t(iu, esses iórriris foram insli-ilàdos

zi,iiÍi;
uma modificação dos rrrétodos solidários das incubadoras teríriológirxis de coope-
j, ':
:

tra o recuo do certas pertenças sindicais e nos estados da Federação, espaços de


pioneiros. Os sindicatos sirrgiilarizam-se rativas populares rias uni\-'crsid¿idcs, da
:i
É:

ideológicas. lírn compensação, a crise do promoção c de valori7.a‹,:ão dos atores ce


em seu papel de representação dos traba- criação de instituições de poupança e de
=. ;:ii:

\.
voluntariado, constatada nas êrssociaç‹'›‹zs r:1ripresas solidárias e de construção de

i:'
lhadores, separando~se das organizações credito solidário, de associa‹¿íóes e de coo- ›,
j
:
i r::9"ç:::q;i'-;

mais institucionaIizadas, ‹': acornpanhada politicas públicas rierrjiorrêris 0 regionais

i,tri ;i;;;r. i:
perativas de reciclagem de lixo urbano ou.
=\:.r

de economia social, Dentre estas, as coope-


!.
?!:;;

9. de urna eíervriscrí-ncia associativa fundada de fecononiia solidária.


rativas ›- que passam a ser urna forma par- ainda, da participação dos rnorarlores das
'
r::?:

em engajamontos corrrfretos de du ração li- A torc‹_›ira dimensão refere-se ao reco-

',iiãli; 1;1 i
:i
ticular de sociedade do capitais, centrada favelas em serviços tzoiriiiriitãrrios de habi-
:i : ! i i:;
;;

.9`.
-f mitada, centrados cm problemas particu- nl1ecirn‹:›nto da especificidade das inicia-
na função de produção ou de consumo - tação, alimentação, saúde e educação.
:,;i:li:
r : E; *;t;:-t

:i lares com vistas a fornecer respostas rápi- tivas srilirlárrias na açiro pública. De um

i
:=,i=i; ii

diferenciam-se das sociedades rnutualistas, A originalidade da dinâmica latino-
i: í.1i;

(-._.-
ÚBS para os sujeitos envolvidos. Dentre as lado, elas visarn, pela nomeação de rc-
que se concentram na função de auxilio. AS americana da economia solidária deve-S8
=r=ii1,
:i;iiii

iiil;.:,,=

a
iniciativas que revelam essa inllr-são do presentantes locais, pela implantação de
atividades criadas para defender uma iden- à imbricação dessas iniciativas e à econo-
í!

enêlöjarnento, numerosas são as que invo- administrações ou pelo apoio ei estruturas


tidade coletiva, ajustando-se às regras do mia popular preeiustente graças êi rrovo5
1;

133.1 Cüln uma perspectiva de ecoriornia solidá- representativas, ri construir politicamen-


sistema do qua] fazem pane, vão, em con- intermediários (sindicatos, ONGS, univer- 'I-gl»
I

Úfi. afirmando sua dimensão econômica te a cot~rr"=n‹`ia de erupreender de modo


trapartida, modificar profundamente as re- sidades etc.}, que atuam té-:rito na asseõ-
=

-Ji- associada a uma vontade de transforma-


J” distinto, o que, em razão da diversidade
lações de ajuda mútua que as originaram. Soria técnica quanto na interprêlaçäo d05
i:ii

ii::

: l1
i;i:

¡.-
ÇÕ0 S(iCj¿¡l_ eStatiitái'ia. setorial (2 orgírni'1acional dos

-----l
.lá o estatuto de associação, menos estrito poderes públicos. .wir
Globalmente. as iniciativas que se de-
j;

:i
í‹riividudr_›s e erirprosaszi, está longe de ser
i:
em seu objeto, vê-se limitado quando asso- A terminologia de c›‹¬or1omia popular
:i
i;

Sefivolverarn no último quarto do séc. XX evidente. Por outro lado, essas politicas
ciado a urna atividade econômica. solidária toi niobiliz:-ida por esses grup05

139

E
138 iii
I
rV- «
-.‹ " _ -z .,_,...¡ V . __

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'*' Dicio.×iÁruo DE TR.ÀBAi,Ho E T1=.cNoLoGiA

: ii;ilãiri:ii!;Éãiilit:::iÉiil::iiiiÉã;;iii
É
: iiiiiÉiÉr:í; ri:irãii:; i;,iE ;:ztíjil:iiiÉ
A_N'roNio D. CATTANI & LORENA HOLZMANN

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i;

i ?j g:iiã;;;íi iii,::ii:iii!iEiiE;;ilii;;i!:;
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ção que só nos anos 1990 alcançaria toda

Cgã É É ;: iã:Í :; : !t ti =:=


§;r:E
i :i áÍ;à!Ê;É:

:IIrt;i;;!Ei; i:r:;it::
públicas registram oficialmente os limites a instruçao considerada mais adequada cacional dentro da empresa, por ela ge-

::gi;

iÉi: +gr ls i;i i:5;í: i i; ,; i Z:=:j i1i:à:;i i=;t :


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É renciado, que visa a institucionalizar uma a sua concretude. Nessa década, só nos
iiii=;; íiiiri.;=.;Ii:ii;;:
do “mercado total” e reconhecem a._neces- para formar 0 conjunto de seus funcioná-
sidade de intervenção pública em muitos rios e consumidores. Nesta perspectiva, a cultura de aprendizagem continua, ao pro- EUA. estas instituições passaram de 400

:
iç [ 9: :ii'í; l; ! =";: É,: e!I rE I út i i É; ! ::*:
setores até então fadados a uma privatiza- EC desenvolvida no ambiente de traballio porcionar a aquisição de novas competên- para 2000. Estimativas indicam quo, no


5.; Brasil, há atualmente um número de 250
çao sem limites. ou oferecida em espaços distintos daque- cias vinculadas às estratégias empresariais
az

i;rii;iit
É
‹.É
les das universidades e escolas, soh 0 aval Í. com 0 propósito de assegurar vantagens UC. Segundo Silva et al. (2009), a apren-

j .i

e;
Referências E. . â
competitivas permanentes. Esta definição dizagem organizacional que é realizada
,i;:
e responsabilidade da corporação, procu- ‹§.

i;

lgii i+=ÊÉíl: ;:l; :i !+;lÉ:iii;iÍ:,i iaíE


ãl;: E: r : i;;l
SOUSA SANTOS, Boaventura de (cd). Produ- ra atingir todas as pessoas que se relacio- .3- contém a id eia de uma forma ção continua- nessas instituições tem como foco â ges- ii.:¬_ '¬'f

:
zir para vivcr. Us caminhos da produçãci Dão Y.
nam com os seus produtos ou são destina- ..._-V.. da, ligada diretamente ao ambiente de tra- tão do conhecimento com 0 objetivo de

:i;;

E
E
uipitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasilei- .‹ lj,,i
tários dos seus serviços, desde os que os balho. A difusão da EC, nesse sentido, está torna-las mais eficientes ao reduzir o des-

5
ra, 2002.

:
IBOIIRGEOIS, L. .'šolidariIé. Paris: Colin, 1902. conectada à tão propalada necessidade de perdício do recurso mais precioso, que é
i:,

concebem/planejam, passando pelos pro- .É

:i

7E
(ÍÍ.-'¡.'l`TANI, A. D. ol ui, Dicionário Internacional formação continuada para os profissionais o tempo, e enfatizar as práticas da cultura
L'1Ul0reS/funcionários e iornecedorus, até

i:r; :tiI i€iii l;:.::


i
da Outro I-Írrnnomiu. Cíoimlira; São Paulo: Al- Í
a outra ponta da cadeia produtiva, o con- inseridos, em processo de inserção ou rein- organizacional.

i; i :

i
ma-.\dir¬ia, 2009. 5
sumidor. Para além de funcioi'iários que serção no mundo do trabalho. Historicamente, ‹letectani-se quatro

';;
=:
t.`Él¿lÊZ.t..lELLl£, D. Pour un nutre développe-
.i:i,i=:i;,.:'=.i:'r:

.›
mr'iit.<‹'›ci‹il. l'é_ii-is: lJescl‹'~.‹=. de Broiiwer, 15196. vestem a camisa da empresa, de divulga- As grandes e1nprc›sas o corporações es- momentos distintos nesse processo da

.=i;i:;.:
i:
('ÍORAG(3lO, J. l... áüiié es Io economico? Mate- z
dores das virtudes dos produtos/serviços täo Cada vez mais entrando no setor da ccinstituiçãodarelaçãioentreuniversidade/
iialus para un debate necesario contra el fata-
e de consumidores dispostos a coiisuniir, .'‹ educação, realizando experiífncias com o escola e empresa ou entre o mundo da edu-
lisino E‹li‹:i‹nics Circus, 2009.
j i

i::it::;;i
hiisca-se, via EC, a fidelização de tndos, a aprendizado presencial 0 à distância, lor- cação e o mundo do traballio (Bianclietti, É
i
lÊMl1`, B.; L./\\-'lLLE, J. L. [sous la dir). CohéS1`on
sor iate ef ‹:inploi`. l'ans: Dcsclóe de Brouwcr, 1994. indiido parcerias 0 tleseiicadfêaiido estra- 2008]. Em um primeiro momento. que
iini de garantir que os indicadores de pro-
=

.z-. as-1.
I"l2f\š\1Ç/\ FILE IO, G. C,; l.AVIl.l.E, J. L. Econo- .Íé Í*
duçao o lucro da empresa niaiitéêriliàini-se tégias c-ni estreita colaboração com uni- tem seu auge entre os anos 1940 e 1970,
;: i: i ;:i:; i j ;i; : i i ; ; i i:

;:
:f:i‹i srilirioriri, uma oborgo‹'l‹-m irilemaciorifil. IA ê
ê
l'fi:1uAl‹›gr(>: Ed. Utrgs, 2004. iiidefinidaiiieiitc em asceiisão. versidades, criando ambientes eletrônicos pode-se dizer que a empresa depende
3 ; .fi
.,;,
.lAÍ\‹'tÊ, J. Garcia. l.A'\/ILLE, J. l.. Crisis c‹ipilo!i*=- 2. .f\ rfducaçào, principalmente nas últi- para ëlrmazenaincnto de inlorniaçöes e da escola/universidéidc para a titulação - f

,i;:

=E
i:. ;; +: zitEii::,: ??:t
tu y cconfirnio .s'‹rli(1(in`r1. Barcelona: It aria, 20119.
iiuis duas (lt'¬‹tz'idaS, tornou-se pauta oliri- instituindo modelos educacionais volta- dos seus iuncioriários; as universidades z:
.âç
i;;;t',:.;;;.j

lšl:'l"›T:R-SUFIÍRIN, (Í. Echrmgcr les .srivmr Pa-


gatória de discussão entre empresários. dos para o mercado. ou as escolas técnicas encarregavairi- 173

:zi =:tz=i,i= -=i tiiir=


:=
`\›"\‹
ris: l'1escl‹':e do tšrouwcr, 1999.
A análise do lenöineno da educaçao se de suprir as necessirlades formativas

.i:i:;:i;í;:
governos e organismos internacionais, em

iÍ'r:",ii:-:;:
I.-^¬\.'ll.I..l.¬Í, J. l- Srilidarité. ln; LAVILLE. J. I-.; 1 -1.;
f.Í.›'\'i"i]t\Nl, A. D. l`Ji`clr`‹imiuiro de ¡'rJuIrc óc'‹›n‹›- corporativa compreende a necessidade do imediatas, rnediatas e de longo prazo das f*-Í

i: r i í;r:ai= ! iÍiílÍ
todos os países e lJl‹_i‹oS, corri êrilasc nos

I'iÍ:;
;::
::iã:j:
mic. Paris: l)v..<t'lI'~c do i'lrriuwur, 2005.
debates sobre a qualidade do ensino ofere- discutir 0 entorno no qual se Inzfiitcfríaliza empresas. É um momento histórico em
__ _______ç; f.1./\Ti`l`.›'tNl, A. D. Diciiomiairc do l'uutm
úšcmmniie. Paris; lJescI‹'f:e de Brouwm, 2005. cido ea a gestao dos sistemas do educação esta forma de educação que, em uma pri- que as empresas iicam na dependência `>'z›.
V __V__“ _ cl ul. Acl'infi publique et écciiioriiie .soli- {l3iri‹l(â, 2007; Antunes, 2008]. O sistema tê meira aproximação. pode-se drftinir como das instituições educacionais.

i: I :É:
:Há
¿inir‹›.~. "l`oi1lo|_is(-: Eros, 2005. d proposta do setor empresarial para a Em um segundo momento, as empresas
oducativo contemporâneo tem sido objel0
':-šlER\/t-Í`l] J. M. Une éco/ioniit: sons urgenl. Pa- ÍÉ .H
do duras críticas por parte do setor onipre- .:‹5í‹' adequação da educação formal as neces- continuam a depender das escolas das tvi
tg»
1`.¡S:SUiiÍl, lí-199. :;_.3.
sanal quo considera sua estrutura inade- zé. Sítlõdes específicas das empresas. A ado- universidades para a titulação dos seus

iE;: +:I Fir!


Vl/\l-<l), 13. A lo sourrx? perdoe du sficirilísnm
"i

.sãf
-.-2
Irunçuis Antliologitr de Pierre Leroux. Paris: quada para enfrentar as novas solicitações 'fu Çäü deste modelo traz impressa a ideia da funcionários, mas, paralelamente, passam
:

Âzfir
l)e.=cl(':‹: do Brotiwcr, IQQ7.
0 demandas de qualificação do mundo Possibilidade de uma maior agilidade o a incrementar a atuação dos DRHS: por
?ç ;;j :i !

do trabalho. O não atendimento dessas dëf um alto nivel de adequação ou aderên- meio da contratação de palestrantes, or-

j i;Í:, ::
31

EDUCAÇÃO CORPORATIVA
;ii :ii :

Cíü dos programas educativos às deman- ganização de cu rsos de pequena duração,


f

demandas tem levado as corporações ã H

Jíliso :'\1ori(¡ Quorƒiero transformarem os chamados Centros dt”- às -z' das do setor produtivo. pontuais (tanto para propiciar a atualiza- -tz
. i:i

É A proposta de educação corporativa não ção dos funcionários, devido às transtor-

;Éigi
1' iicídio Biurichelti Treinaincnto 0 Desenvolviinento de RG'
ää 3,

ii:;:
cursos Humanos (DRH) em Universicladêã ii' É nova. No ano de 1955, por oizemplo, a mações tecnológicas em processo, como .r-
=

1".
1. Erliicoçóo cor¡›(›rnIivu (EC) designa as Corporativas (UC). Os proponentes destd É empresa General Eletric criou a primeira de autoaiuda ou motivacional), para fazer 1,

iniciativas e ostràitégias utilizadas pelas instituição e do tipo do “lorinaçãO"_que Blfi Universidade corporativa, a Cotronville, frente às mudanças na forma de organiza- .gi
.Išä
empresas ou corporações para fornecer engendra a definem como um espaço edil' ,ad -⬬: _ df-Bsenvolverido um conceito de educa- ção e funcionamento da empresa. Esses --1
t f.
53.
.tê Yšãiz 'Í1'.'."
gl!
140 141 j.-zr

=
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_); __»
ANTONIO D. CATTANI & Lorierâzx Hoi.zM,~.NN * DMONÁRM DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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j; ::li ;;í:',ÍiÉi;;;É!*i; :::=í!::ii:;i;;ti;


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É
passam a criar ou a implementar escolas

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\l;Íi i:r tii:i ;' i:, iij ; i;i : ,: ri;;
dois primeiros momentos sao caracteristi-
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iE íE iigií; ir,:11.i: :;;; ij :: ii:: !i


: ;il í; ii ; i i*
mica incapaz de proporcionar a forma- mesma forma. o termo universidade não

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i; iÍVii;!:i':i; i;; I ; : ; t,;iiz;-, ;:,: ! i.. ii

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-1ó ã; J, : ê " : i É4.;L-^c-:!
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F

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r -e
cos do domínio do paradigma taylo:.i_sta- no seu interior, em busca de uma “edu-
ção exigida pelo mundo do trabalho em deve ser entendido dentro do contexto do

o c

_.-

1!B; L,p,=;3
fordista e da sua transição para o chama- cação sob medida” (Meister, 1999). Nesse
reestruturação. Considerada autoridade ensino superior, o qual designa a educa-

íl;l-
do paradigma pós-fordista, “modelo momento da relação escola/universidade
em ensino empresarial, Meister (1999. ção do estudantes e o desenvolvimento

! ', 1..
J c::
japonês" ou paradigma da integração e e empresa, começa a delinear-se uma in-
2007) vai tornar-se a grande referência na de pesquisa em várias áreas do conheci-

Â: !;:
llexibilidade. Em cada um destes momen- versão histórica em termos do que se en-
área ao criar a dolinicão de UC que per- mento. Na UC, a educação, os programas
---_`,.- L. @.-
tos ‹1 importância e a necessidade da e de tende por educação. De um ideal de odu-
meara a coristitriiçãio destas instituições de capacitação, 0 desenvolvimento de
educação é muito distinta No primeiro, cação publica, laica, universal e gratuita

t,t!
Ei p‹3r1;i1` do ini‹:i.o dos (mos 2000: “É um competências e as pesquisas sempre us-

-:.:

r;:
era suficiente uma formação inicial, pois a passa-se a conviver com exemplos cada
guarda-chuva estratégico ao desenvol- tarão relacionados ã área do negócio da

iô..

n
qualificação especifica se estabelecia no vez mais evidentes de um espaço público
vimento e à edurƒr-:ção de funcionários, organização. Ao defenderem este modelo

=L
E-:
ôE

= -
processo de execução de uma mesma lun- apropriado pelo setor privado. Na atua-
clientes e Íorr1‹=.‹f‹e‹l‹›1'r¬s, buscando otimi- de educação, alegam que materializam o

j:§;:;;
11ii,=:

=
ção por longos periodos, uma vez que lidade, a mais contundente crítica sobre
ll;
zar as estratégias organivacionais. além

:-i
conceito de organização voltada a apren-
bases teciiica e organi7.aci‹›na] pouco mu- esse processo, a partir da Ótica do sistema

;,' j,,' :,::' t1i i ii i


de ser um lal›orat‹_'›rio de aprt1+n‹;lizage1n dizagem tleoming orgon1'z‹'1!i0n] de urna
rilavarn. No segundo momento, as mudan- educacional. é aquela reali'¡.ada pelo pes-
para a organizaçàflm té um polo de edu- forma muito mais corisisteiite ‹lo que o

:l==',i : i: i i l:;Ê :
I :: I = : i; :i í: ;.1 i i!:;1: iE §:: g;
;_,íii:
: : i Li ; !
r. i;ç:
i
:;.:

:.!!;
ças propostas para a inlracstrutura tz a quisador lrêincés Christian I.a\-'al (2004),
":ia.li:

cação perrnaner|tr:“ tlqtlllz ill. A primei- tradicional modelo da area de Téšzl). Anali-

:
tornia de organização e luncionamento no seu livro A escola não é uma empresa
ii ra década do séc. XXI lui foc1in‹_la entre sam que não se trata de uma simples troca

::
das ‹-mprosas geram demandas ré nerfossi- -- O neoliberalismo em oloque oo ensino
os l.eÓri‹¬os da Adniirristração, da (Éestáo de marca ou de fachada, mas que as ca-

:,
ii5;
i,:;;
‹iu‹ie de Í›1'oct:ss‹›S formativos pernianeri- público, em que discute o envolvimento
i;, ;.

do Conlirrciinento c da Edu‹'a‹;ão on linc- racterísticas dc um Setor de Tlšzl) padrão

:t

i :"r=:,íi==+:Íi,iiiri; iÉ:, !:
:
tcs para os trabalhadores - a assim cha- da escola no novo capitalismo, a intro-
que se ‹leln'i¡ça1'õin solne o fr›nün|eno das se tornaram tão desgastadas que melho-

r : ;=ii

I
.

!=i ;!1iç!,Ês
nmrlsr "‹-zlrrcaçãri ao longo da vida". rlucão das l‹'›gicài.<; du mercado no campo
universidad:-'s rorporíitivas, rinris especifi- rias on mesmo uma reongenharia mais

:
'
ti'rl
_-\. trariàtgíiri do discurso para a pi;-'itica vrlucativti tê corno ele está cada vv'/. mais
Liinieiitrà, Soho' os aspr'‹'tos ligados à sua forte não s‹~riain sulicicntvs para adequa-

:
:
. !
ri 1'‹,~ali7,;irlz'r no terceiro momento. Isto, no vstrutnrarlo como um rnorc‹‹do.
Criação, gr-stilo r= ao sou crustíirmârito como lo às novas mwcssidades do educação no

: t;:z i; i ; ; : i Í! t*'; 5iái


t=
=
..:.:
i'^= = :l=
Hrzâszl, turma-se visível a partir da d‹'-‹-arla Por lim, crrrislralzl-so a tristaIi'¿e|ç-Íao do
espaço de lorinaçíro qnt: está svndo gra-
ziíi1:t,,=

espaço trrnpresariril.
de 1990, quando os empresários passam a um quarto momrênto dessa relação, se-
i:! í!ii:ii
;: i :; li ::it:i:;

dativaniento adotttrlo pelas organizações 3. Ao criarem UCs, as ompresas estão

! ;.i: i : : : s.i : | 1:§ =; i.


: :i!)-

ir;,i
assumir ri responsabilidade pela instrução dirnentarlo por dois importéintüs aconte-
atuais, em especial pr-las de grande porto preocupadas cm desenvolver ações para

*
dos sutis funcionários ou a transformar o cimentos: o rlesr-rnvolvimento da área de
(Allen, 2002; Wlir-reler; (Ílcgg. 2005; Gren- obter respostas às suas atividades lins;

=
arnlnente da einpresa em um z~:spaço edu- tclornática, quo vai proporcionar os meios
i:

Zer, 2006; Plnllipsz lÊ.ll‹‹,âl‹,.›s, 2007). Apesar ou seja, estão procurando treinamento e

=.
i1= ;i:,!i, 3;,, : ;.,
ca‹'i‹›nal. Uma análise da motivação des- para a organizagäo desta educação, e as de enfatizareni que nom toda organização desenvolvimento para seus profissionais

;i
ses einprosãrios permite constatar que reformas educacionais instaurados a par-
"!'i;isiil;i

precisa deste modelo de educação corpo- nos assuntos de seu interesse operacional

: 1',',-=:? : ii i ; ; ;
i,i\ii
são vários os fatores que rlesencacleiam tir da metade dos anos 1990. que regula-
Tütiva ou vai conseguir nhtcfr vantagens 0 c=:‹trat|T~gico. Por outro lado. não se pode

; )á=:
:.=;l:
-=

i=i;ç
esse momento, entre os quais: as rápidas montam e permit‹¿âni o luncionarnento de com a sua i|nplanta‹,:ão, os autores valori- deixar de analisar que este contexto de
e rgonstarites mudanças nas bases técnica uma série do cursos er modalidades, com
:;i;# ii;i

Zam e divulgam as experiências exitusas educação permanente gera uma popula-

= ! e; : ?.. i r
e organizacional da produção; a preocu- destaque para a educação à distância fr os
0 as principais causas do sucesso da uni- ção de clientes que cresce continuamen- N,`
pação em atender os requisitos necessa- cursos Stiqutmciais.
-'t=l
qLr:
t a'r:
!:o.I;.-ãX:l
c.- "
=-:Eã;!t:l-

::
i7P'l;*uoii

versidade corporativa: organização, con- te: os adultos protissionais/alunos. Nosso


rios para as certificações da Irrlernuliorral É neste ('onlE:>‹;to que a discussão sobre
í,,,"'I"

I * 3 i S r?.o
!:)-ra-)41
:;:
2 i = :à.7.c j
c l; ! =tA _-É
-;:

leúdo e processos. sentido. surge um grande mercado para


ã;Ê
: r;
Stczndordizolion Orgarrirotirm USO); 0 a criação do espaços de EC torna-se cúdfl
f

Ao explicitar o que seria esse espaço UCS, consórcios educacionais, universi-

9d+ : t1."
:
interesse em berieficiar-se dos incentivos vez mais hogcrnônica nos dis<:nrs‹›s dos
N

FÍO aprendi'/.agcm, os seus proponentes dades virtuais e empresas de treinarncnto

ii,:
estatais, nas deduções advindas da cha- empresários e de seus teóricos - originá-
=!4-
i'a1 É!,/

,^
::1x

";?-.

r salientam que na exprossíio universidade cspccl¿iliza‹io. A ‹›clu‹‹a‹;áo do aluno adul-


i,a
=-. J;

rnada ruspoiisabilidade social das einpro- rios da área de Gestão do Conhecimento


:
i;li

Cürporativo 0 termo r:or¡_›‹›mli\'o significa to torna-se um grande, diversificado e


sas íAz‹-f-vràrlo, 2()()8}; a competitividade no e Aclminlstração (Meister, 1999; Senge.
ii ,l_ a
úú.

_fr‹ ql-10 a universidade ‹Í› vinculada a uma lucrativo negócio. É importante assinalar
-co

:n‹_=rcadn; e a garantia de maiores taxas de 1996 e 2005; Stewart, 1998; Ebolli, 2004)
C0I'poração e que s‹~r\~ir;‹>s e‹.lucaciona.is que nas pesquisas realizadas junto a em-
::
.:

lucro. Dentro desse contexto, as empresas -- ao considerarem a universidade acadê-


;

11

-"

Não constituem seu principal objetivo. Da presasque possuem a sua UC constata-se

c.
¡L.
7.J 3'-ef
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142
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ANTQN10 D, CA1-TAN1 gt LORENA I-IQLzMANN - Dif:ioNÁ¡‹io DE 'Tr‹,uâ,u_u‹;› E Trz-‹.::×'oLoci,~.

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f mesmo tempo que sinaliza a demanda por

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as UCS {Roes1erf 2007), em que a estrutura qwøim

::t;Éi:
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tuais a UC se aproxima da universidade

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que muitas delas oferecem serviços edu-
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cacionais a outras empresas e não apenas física e organizacional das universidades acadêmica. Esta, conforme a etimologia, um novo modelo de educaçao, parece re- .¡'

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velar um caráter subjacente de competi-

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acadêmicas é replicada - desde a figura "designa a instituição que tem as funçoes

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aos seus empregados, funcionando como

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uma empresa dentro de outra. do reitor. à gráfica própria. É como se a educativas mais abrangentes, mais com- ção, uma vez que “a UC procura atrair

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ligação ao modelo acadêmico confensse pletas, enfim, universais" [Cattani, 2005: uma 'clientela' de alunos, criando cursos

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Um aspecto que chama a atenção quan-

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do se analisa a constituição das UCs é o legitimidade a essa nova proposta de uni- 320). No interior da mesma concepção, exclusivamente voltados ao mercado de ` umaÃ

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t traball1o“. Segundo esses autores, emerge

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espaço físico que ocupam, que aparece versidade, pois, mesmo quando seus pro- Chaui (2003] reforça que “a universidade

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ii ;iiiii'i?iii;uii,=i:íi:;É:Éti ii íiã é uma instituição social e couro tal expri- um embate silencioso om que se contra-
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marcado por duas formas distintas. Na ponentes e teóricos enfatizam a necessida-

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primeira, a UC apresenta-se corno o novo. de de afastamento da formação oferecida l me de maneira determinada a estrutura põem as empresas (por meio das UCs) e as

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proscindindo de espaços fisicos graças pela academia, 0 seu respaldo social ainda e 0 modo de t`unci.onamcnto da socieda- universidades tradicionais. E questionam-

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a utilização da educação êi distância e, está muito presente e seu modelo garan- de como um todo". Define-a ainda como so: corno a universidade tradicional irá re-

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dentro dela, do e-learning e de videocon- tiria o aval de seriedade à educação rea- “urna prfiiicfl social" que se constitui fun- agir diante das exigências o das mudan-

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forêucias. Em diversos depoimentos do lizada no espaço corporativo Ao mesmo dada no reconhocinionto px'i1›li‹_-o de sua ças decorrentes do ensino corporativo,

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profissionais que atuam em UCs com este tempo esta visibilidade, por meio de gran- legitimidade e de suas atril.›1iit_'‹'›‹:s o tcrirlo visivelmente cont1¿1dit‹'irias se compara-

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formato, é enfatizado que este :-1 um novo dcs construções, veicula uma deterinina- autunolnia, Ei partir da sua ‹-':.<p‹â‹7ificicl‹id‹›., das as suas proprias funções? Pnndorain

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conceito de educação, em que a limitação da imagem da empresa, que lhe serve de perante outras instituições sociais. que o (:onl1eciu1‹.>uto disseminado pelas

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imposta pelo espaço fisico, pelas salas do grife. A importância da educação para os Formação Ó um processo bz-rn diverso UCs não contempla o ser humano em sua

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aula internas ou externas, deixa do existir, pim 'ossos do desenvolvi mento socioeconô- do treinamentos de ordem ins1|'un'i‹>nlal Ím'maçá‹› ampla, tratando-se apenas de fi

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pois agora passarn a valer, também, os am- micos, propalada nos atuais discursos ein- c/ou coniportainmital praticatlo no inte- mais uma cfêtratcgizi lucrativa das organi-

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i:it›nt‹>s virtuais de aprendi'/.agem. Nosso piixstirifiis, ganharia sua efetividade tieslc rior das nlgaiiizações. “E si|upIt>slti€'t1- zações ernpr't-sariéiis, por meio da qual so

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sentido, 0 comportamento estíinulzãdo no tormato de educação continuada. tc ignominioso utilizar ‹~s:¬‹: sutisttintivo privilegia o leriuo u¡u`\'‹'isid‹1‹ic ao invés

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aluno/trcin‹'indo deixa do ser o de apren- 4. Estas propostas, tidas como inovado- Iuniversidado] para iclmitiiirar atividades (lc centro dc trt-.'inrr¡nenI‹J ff baiitiliza-se o

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dnr ouvindo t- passa ti ser o aprender ngm- ras, uiemcvni uma maior análise à luz doía' circtinscritas ëi área de ntitaçíao de uma c‹›nl1ecin1t-into itc-*H-›ss¿'irio para a formação
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L-studos realizados na área de capacitação f*mpresa" (Cattani, 2005: 321)). Para osso do sujeito/trahalhador.

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‹1‹_1. Esses dfzpoimeritus são permeados

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Por lim, quando se fala de cducação ou

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pela aposta na potencialidade dos atuais profissional em serviço. Em primeiro lu- ütltor, a educação não pode estar limitada
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meios do crm1unic¿1çé`i‹› para a realização ÉS dornzindns de uma esfera proiltltivêr Na de universidade, dever-se-ia poder fazë- É

-
gar, ‹_i‹3ve-se rlostacar que se, por um lado,
a proposta de romper com o modelo de mesma perspectiva, Cliauí critica a noção lo som necessidade. de recorrer a adjeti-
1:;1i:i:i;iiiili

da EC ne‹'‹1ssaria, sup:-:tando distâncias e

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otiniizando os espaços de aprendizagem. c‹¡âpac:itaçáo até então desenvolvido pela de educaçao p‹-1-rmanente ou uântirniada vaçöes. Se assim o‹.'orro porque se está
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trrnprosa traz uma mudanca ao apontar a t câinpregada pelo setor t-sniprcsarial, afir- diante do conceitos dOsistot'i('i?.ad0S, acri- ~ .f

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Nesse forrnato virtual, 0 grande destaque

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Ó a empresa IBl\›1 (lnmrnofiormi Businc-ss necwssidadra do atualização permanent!! lmlndo que educação Ó coufunditla com ticos, redutores, par‹_¬el¿1res r.: parcializa-

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Muchinc), quo, em 2004, tinha a sua UC, da comunidade empresarial, por outro. reciclagem, sendo esta última a “aquisi- dores. A cduffaçño -- dif'orontemento do
não consegue se distanciar do formato dê quo propunha Schultz (1973) ao reduzi- É ~

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Ção de técnicas por meio de processos do

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a IBM Global' Campus, presente em 60
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paises. oferecendo cursos em 18 idiomas capacitação utilizado, pois a intenção per- ãflestrarnento e treinamento para saber la ao seu valor econön1i‹ro - deveria estar
e com cerca de 300 mil alunos [Fanclli. rnariecc a mesma: as necessidades espe- Gtnprcgá-las de acordo com as tinalidades relacionada (1 promoção de todos os seres
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2004). O autor aponta que a principal atra- cíficas do mundo dos negócios. Ao mesmo das empresas". Conclui que "c‹incaçáo humanos 0 cm todos as suas dimensões.
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ção do e-learning é a qualificação dos fun- tempo, aponta à prescindiliilidade de ulliñ Ífl-Soparávol da forinaçào o Ó por isso que -I
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cionários em um tempo menor e com cus- epistemologia, bem como de uma teloolür l elf-1 SÓ pode ser pernianente". Referências :›
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tos reduzidos, salientando que a economia jogando todo o peso da formação na Dentro destes mesmos questionamen-

àíoré
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ALLEN, M. (od). The Corporate Uriivtzrsity

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de tempo pode chegar a 50% e a de custo utilização imediata e pontual do determi- tos, Silva 0 Bal:/.on (2007: 1] ‹list.'utcm as Handbook dvsigtiittg, managing, and growing ~r

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a successful prugrain. Now York: l\l\/lACOl\/Í, .fI_

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a 60%. em relaçäo aos cursos presenciais. nadas informações sobre o campo de atü' implicações ideológicas da UC para a ._
2002. Ez
Na segunda forma, constata-se a cons- ação da empresa. Neste sentido, nom em »›
Êüucação superior formal, visto que a nx-
ANTUNES. F. A nova ordem educacional. Espa-
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truçào de grandiosos prédios para abrigar terinos históricos e muito menos concei- . .Ff
Ê, Dülisäo dessa modalidade de ensino, ao ço europeu de educação e aprendizagt-rm ao lou- ."; É
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l-JICIONÁRIO DE TRAH/àl.l{f) E TE(.ÍNÍJl.OGlA
AN'roNto D. C/tr'rm~zi & Lor‹iz'NA l'lr›i_z.›»1A.\1N

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dc sua operacrioiializaçáo em entidades Ã

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go da vida; Actores, processos, instituições. Sul)- lho: um estudo de'caso da criaçao da universi-

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ii: t= : * iãi; iii:
;3ã;
iii;
sidios para debate. Coimbra: Almedina. 2Q{_18. dade corporativa “Grande Banco". Dissertaçäu, indivíduos a um agir social transformador públicas e privadas e de suas implicações =‹.

i=
AZEVEDO J. H. .Responsabilidade social e Programa de Pós-graduação em Educação, ' .›
de condições tidas como Iimitantes seja para a vida de indivíduos c coletividades.
Universidade Federal de Santa Catarina, Flo-
educação: O raso do projeto pescar. Florianó-
rianópolis, 2007. de suas próprias potencialidades, seja da- Swedherg, indagando-se sobre a ra'/.ão .l

:
polis; PPGE¡^'Uriiver:¡idade Fetit-'rol tie Santa
de ser do “iervor 0niproeriirledorista [en- .‹__

::i;ii i;;=jt;, iiil=,;


Catarina, 2008. Dissertação. SCHULTZ, T Wi O valor econôruico da educa-

i{iÉii li;ií::,.i;i;:; i:1,

ã Ê ; i í iÉ i : :: ! : - ; a i: . ='-- í i; - :. :. ; ; * ! :I c.:
quelas dos ambientes em que se situam.

íi."s
ção. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
BIANCHETTÍ, l... DO Cltavü de Íeftrla ao laptop. Não é ocasional, portanto, que governos, trepreneuríul ten/or) dos anos 1980” asso-

;.:2):,
r-Eí'-;
-;
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j :
"l`utn‹'›l‹›gia digital e novas qualific'a‹,'õLes. llosa- SENGE, ll A quinta disciplina. Arte, teoria e
universidades, organizações da sociedade Cia-o ta) ao revival do p‹¬‹.p.i‹~1i(i negócio, (la) :Ê

z;:
tins ãà educação. 2. ed. Florianópolis: Ed. Utsc, prática fla organização de aprendizagem. Uma
2t'›tJ8. nova e revolucionária Concepção de lidvrança civil e empresas venliam empenhando às mudanças na i(1e‹›logia 1›o].iti‹;o-er‹mô-

:=
ÉE; i ?.: =' : : :: i=
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e gerenciamento enipresarial. São Paulo: Best
i!;iiif,;i;

(Í.‹3,T'l"ANl, A. D. O ideal edtirativo G (is (lc- inica provovadas pelos govcrrttos de lvlflltta-

=: ã.o- :: I?- cj !c i: i!. : :c ja! : J ü i =: t.: " ; z


em difundir 0 itleálio do empreeiidedflris-
sigriins do mercado. ln: (.)UARTlER('), E. M.; Seller. 1996.
mo por meio de seminários e cursos com te- rctli Tliatrlier cz Ronald Rr-taqan e (rf) à pre-
it.

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; : = i:r : =-,
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BlAN(Il{E'lÍ`Tl, L. (orgs.}. Edticoçáo corpora- _________. Escolas que aprendem. Um guia da
tlvu. Mtiiido do trabalho e do ‹:o1iIir‹r¬in1ont.oz Quinta l)isciplir›a para educadores. pais e to- mas como “enipreendedoiisrno inclígena", ocupação ‹'°om o nxuinço do desoiiipreçto e à Í(

it-:
i;
/\p1'oxirr1açñ‹e5. São Paulo; Santa Cruz", do Sul: dos que se interessam por ed ucaçäo. Porto Ale- ideia de que a criação du novas entpresas
"empreendedorismo, ciência 0 inovação",

_ :i = : ::::! =
i
Corte'/.; IÊdUNlSC, 2005. gre; Säo Paulo: Artrned; Bookman, 2005.
"omprc>end‹›dorisrno ‹ligital" c "empreen- prtunovtlriéi 1.1 mniwrito da rtlerta do em-
(.

li
:.! a::i:1.
; Í = '- \;-.i 1 =- 2..: r?.=:?i
l`-=lI\'l)É, J. (coord). Rumo às socimilrides do co- SILVA, M. W. da; BALZAN, N. C. l_lrii\~'ersidade

Í
ƒ:h‹›.=('i!¡t‹f11t‹›. Rfelatório mundial da l,'.'\`l_7S(`IO. Corporativa: (Pré-ltendêncía do Ensino Supe- dmlorismo s‹1cfial", para rrtenriionar alguns. prego c-.ni ‹ê.<‹:‹ilét >uti.r¬i‹rnte para absorver

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Il.

I.i:;l›‹›a: lustituto Piaget, 2007 rior ou anieaça? Avaliação (Campinas) |un-li- a lurçzi de trnb‹tl.l°tu ii1‹lustrial que se rtftlu-
Au mestria tvrnpo, lala-se, f.2nt|.'‹2 Outros, Om

-.,, ,. :. : : ::=i!'-:"-Lo::i,
f.`H/\Ul, l\/I. A univürsidarie públiva stili iluvn nrrl. 2007, v. 12, n. 2, p. 233-256.
SIl_\/fx. N. P ot al. A edu‹'‹1çÊ1o Corpnralivéi “mulher empivmirlerl‹ir‹i", "vu(:a‹_:í1o eni- zia de rnndu sigtxiliratixfo.


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Rio de .lan‹aim. ANPECI, u. 24, p. 5-15, set.,/mtt.,' corno forma de desenvolver talentos por meio pi'‹t‹i-ndet'it›t'a (ln Í‹íimíliza", "r›r'‹ui‹nnia te ein- 2. Em pF›rs]_i‹_~r'ti\ra liiââtórirfa mais ampla, ir

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|'|fi\',Ít`l‹"?.. 2003. da aprondizagorn no contexto atua] das organi-
prtrendetltuisiim (~tnit'o" 0 “‹?Lltt‹'dçã0 Um- pode-e¬'e dizer que os \11l‹›;^‹:›; que corres-

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lÊlš()l.l, M. I-Írlucnçào corporativa no Brasil. Mi- zações. Revista INGEPRO - ln0\'oç‹'iu, (iestúo o
iil

l'ro‹t'uç‹'r‹), v. 1, ri. (S, p. 78-85, 2009. prcend‹=rinra". Em todo raso, trata-se do pondeu; ao eu1,'>r‹›r.-r1dwi‹›¡'isir1u tem um

=: . =.;=... r:1!i=:
:
tos fi u-rtlades. São Paulo: Gvntrz, 2004.
S'l`E\/\'1\RT, 'lÍ Capital mt‹.-lu‹.'luat' -- a nova van- pai, _l()z-;(;z]›l'¡ .›'\lt.'l>› ͧt`l1|i¡=it)‹>l‹'l'. Ffäl O (ECO-
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l'/\Í\¡l;LLl, (Í. /\. (Íustus em e-learning. l)isp‹mi- esforços fujo sentido Ó. Suløliulieir it rt.-lação
xi l ›z~s:.^ wwwuniversiabrasil.net/gtt›f~t‹›i/tnatt-~ tàgenl ‹ír›t'npt'titív‹) rias ornprcsús. São Paulo:
entre um ('0njunto do valtnvs 0 dctnririiria- nmuista ‹m:ztit..‹¬› tpu-tri propôs que se

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fla I:|'tt‹l‹¬:>t‹x‹“{ti‹:. AFEESSU em: lfl jtll. 2004. Campus, 1998.
dos grupos 0 ativirlricivs sztriâurâ. 7 p‹.›t|!~2éi×s‹: ‹› tios:-'nv‹1l\=iint-iitti (lo Capitalis-

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(;l{Ez\`ZlEl{, J. Duveloping/l'mpl(=rneritirtg ‹i (jur- \'\'HEELlÊR, K.; CLEGG, E. The (Írirpfiiutv Uni-
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ver.s'¡':^y l/Vorlfbouizi. Laundiinq the 2t:¬'t (`unlu|y Há nessa C‹›n‹:‹:pçá‹› urna evidente ins- mo, z› fluxo ‹'ir‹'ul¿:.f (ló rugtiri'/.H na Sovie-

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Learning Organization. San Francisco, (IA, Es-
t.-1 t.`«rm‹¬l‹'i; Estatutos Unidos: HRD Pifzfzs luta. piração íunrtional rczlúttiva à ideia de que tlaúle ‹:‹ipit‹ztistz'i, a paitu -lo papel (leavin- ,1

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de alguns valores para quo os inclividtms: real Itu irlt-ritili('‹ud‹.› pr-lu autor dv Útrpilct-

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iburiilisltio (rm ataque ao ensino púliliru. Lon-
EMPREENDEDORISMO

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ttrniaz Pl.int¿1.200-4. E as iristituiçõus op‹~1'm'i1 adequatlamente. lis-rii‹›, S‹›‹.'inl¡.-Jrru rf l.7‹~r¡ii‹ir.rr'rir:i(i Fumo 0 l

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t\-1l¿lS't"[iR, _I. (_Í. I-Íduc‹içdo corpomtivn: ai gestão Marcelo Serálico
Entretanto, individuos ‹z iiistituiçües exis- agentrâ Ce-1'iti'é_âl ‹;t.'i›é :in1‹iàt|'tgas ocorrizleis na

t-:;;
do capital iriielectual através das uiii\'crsiri¿¬1des
t`o.fpurz¬zttvas. São Paulo: Makron Books, 1999. lvrn, vivem e constitu‹;›m-se ‹-em relações tlii'iâri1i‹n clu ‹?apit.›zlístuo. A tflcé rastariâ as-
1. O crnpre‹›.>11‹iedorisino pode ser visto l
_ _ _____. Training / E-Lcaming: Vtleb-Based Cor- Sociais liistorivanienle detormiiiadas. Sr›‹.°ia‹'lO um agir 1‹*\'‹›Itn'io1iái'io, fujo Í(›C0

;
pui‹it‹~ l.e‹ârnin|_:¡ Takes Off. The Net (J0m››rat.i0r| como um conjunto de valores cuja incorpo-
Destarte. cabem as questões: em que con- não Ó 0 luffro - t.'a1'a‹ft‹2i^isticfu da ação do

;.:
"1
is cliõinging the way companies are tackling ração pelos individuos tende a c‹›n\‹'0r'tor
the ‹"I1‹'-tllenge of institutional learning in tlm texto surge e se difumlu 0 ideário do “em- (empresário -, mas situ a incixfaçâti, vista

=ieãi
4,"
suas condutas em fontes do dinamização
'¿1st century. Disponivel em: www.j‹›-aiinetnuis- preendedor” e q ue problemas sua diftisáo como produto do comportanifânttâ pautado

P . ç r1.,.
=
:
t&:f.r`‹`tln/tl0wnloadfhrf0recast20(J8.pdl. Acesso da economia e da sociedade. Pró-atividõv
om: til dez. 2009. Visa a superar? por um conjunto de nonnzâs té padrões im- ft r
a
de, inovação e investimento em si inesmü
PHJLLIPS, J.; ELKELES, T. The Chi:-:I l.‹-wtrrziiig A pergunta sugere que se penso ‹› em- t ptfrantvs mu tlnfla ¿›p‹~‹'‹1.

::iÊ?;.:+
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()Ít'r(‹~r: driving value within a changing orga- são alguns desses valores que. norteado- |
Ilroendedotismo romo um cornunto do va- Partinriu da úr1ali:>‹= da ‹.'ldss‹f dmniuan-

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í
ziizzitífm through learning and development res da conrluta individual nos arnbiuntes
tluâpioving Human Perto1'ma.nLe|. Oxford, Roi- ~. lüres cujos próprios surgimento ditusíio te, Sclitunpê-ter pr‹»c|n'‹.›u nmstrar, um di-
í:
L
de trabalho, das organizações politicas
s

nn línšrlo: El'-¡t›\'1‹>i', 2007. Dletisani ser compreendidos liistoiirfarnen- álogo dirvto rom i\1‹irx, que se é verclade
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e mesmo da família, traduzir-se-iam em
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; r t áã
;,29Eo

tJ`t3AR'l`lERO, E. M.; BIANCHETTI, l.. [orgs.t.


le. tendo-se em conta suas repercussões que HS "ighir.s;0nz¡‹l.=t::", zw irlilio liberal do
i€ ;i

l`‹ltrcuç‹io corporativa. Mundo do tralialhtz e do Contribuições para a superação de proble~


rm'.l¬.‹_-‹:imc~i1to: Aproximações. São Paulo; San- S0‹:iais. Cabe, portanto, apreender ei lógica "homt›m-ilh‹i"_ são num vtsfio ‹listor('ida l
j::
i

mas concrr-:tos. Essa mudança nas condll*


t‹z~ Cruz do Sul: Cortez; l3dUl\IlSC, 2005. Sücial norteadora da própria ideia de em-
1; (lo capitalista, 6 i‹ior|ttt'i‹`.iÇ‹`io estrita des-

r;
i

"--
tas individuais estaria., pois, diretamente 1
o

l‹t)ESl.kR. V. R. Uma nova fase no relaçao en- Dreendedorisirio, dos fins a que correspon- te u)m..‹í1 cliissc dutenttara (los riieios de
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nz-~ u mundo da educuçúo e 0 mundo do traba- relacionada ao desenvolvirnerito de Cd'
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147
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DICIONÁRIO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

Na sociedade do big business - em que

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das funções que desempenha. O qpe lhe desestabilizadores implicados pela pró- presário seu emblema, foi profundamen- avançaram a concentração e centraliza-

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interessava era ressaltar o que, na conduta pria inovação (Schumpeter, 1976: 132). te moditicada em virtude de alterações ção do capital, 0 pequeno empreendedor

É
de Robinson Crusoe corresponde, de fato, 3. Apesar de não ser per se um bur- ocorridas no sistema de propriedade do foi despejado de sua função inovadora

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a um modo especifico de ação económica guês, a funçao revolucionária que o em- capitalismo entre 0 tim do séc. XIX e a pela rotinização da inovação sob controle

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e como esse modo de ação se afirmava so- preeiidcdor desempenhava no organismo primeira metade do séc. XX. Ao observar das grandes empresas 0 0 progresso téc-
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cialmente. É a partir dessa consideração econômico permitia que ele tosse cons- “o mundo do pequeno empresário", Mills nico implicou a substantiva redução da

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que Scli umpeter traça o perfil do “empre- tantemente absorvido pela burguesia, concluiu que o aumento do volume de demanda por força de trabalho - os valo-

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endedor” como sendo a força motriz do revitalizando-a. Scliumpeter Iormulou a produção, isto é, da produtividade decor- res típicos do empreendedor se transtor-

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hipótese do empreendedor no quadro do maram em valores cuja difusão envolve

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capitalismo e sugere algumas das reper- rente do maior emprego de tecnologia no
ii;i :,á'i ri :i. ::1:ii:iiliii:: :

capitalismo concorrencial, numa socieda- a criaçao de indivíduos movidos por uma

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cussões do seu modo de ação sobre a con- processo produtivo, confrontou o sistema

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figuração da classe burguesa. de cuja organização da produção estava de produção com extremos desperdícios “ética do traballio empresarial" (López-

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Para o mupreendedor era o índi- profundamente marcada pelo pre›domíriio e irieticiêticia, Sorfialrrieritfà, tratavr-i-se de Riiiz, 2004}.

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víduo cuja liderança decorria da perse- de pequenas e médias ornpresas, cujas um conlronto eiit ro o pequeno 0 o grande 4. Corri as transíorina‹_;öes ocorridas no
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verança e vigor corn que afirmava seus operações se davam nos limites da loca- protliitoiz este vendo nas unidades nie- capitalismo ao longo do séc. XX, a teoria
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ohjr-.t.ivos. Cfontrapuiiha-se, quanto a isso, lidade em que se situavam. Mas, corn o nores dr- venda a atacado e a varejo um económica neoclássica foi reformulada
à visão de Marx de qu‹z= a luta do classes surgimento das grandes corporações, ele ln-io para «is ‹vrigrcri‹ig‹›ns flo progresso nos termos da teoria do Capital humano,

:;.i
estaria no centro da dinâmica do capita- revisou sua hipótese inicial ao constatar capitalista. l'or‹'vrn, essa mudança não particularniente a partir do íinal da déca-
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lismo; para ele, o “valor pessoal", a per- que a função inovadora havia se tornado levou ao tim dos pcqnuiios empresários, da de 1950, sobre o “mistério do cresci-
"!i1i:i:;;;:;
-1,

soiialidíitle típica do eriiprveridedor Ó que rotineira, capturada racionalniente pela mas sirn Ii conversão deles em “agentes inento econômico na Sociedade opulen-

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o lialiilitava a guiar os liioiris de produção estrutura dessas niodcriias orgariizaçoes, rlvpuiitliglitvs do grande negócio e priva- ta" libideml.

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cujas operaç‹'›es se dao em granrlrê escala dos de sua antiga fruição empreendedo- Se antes o ernpreendedor recorria ao li
por novos caminhos, t'ontrariando mesmo

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os interesses estritainorile econômicos da C ctimpreeiitlsrin articulações entre vastas ra" (Mills, 1957: 26), passando a desem- “capitalista por ex:-‹âlên‹:ia" [o banqueirol
burguesia. Por isso. Scliumpeter entendia regiões de uni mcsnio ou do vários terri- penhar outras funções na niaiiutonçäo para obter o financiamento de suas orn- 'â
esse "personagem" corno um reiormador tórios nacionais. f5‹'I'lii1iiip‹:lor nolava que tio sisteina e‹.7o1ifi1`r1iCO. A ‹*iiie1'gência do proitadas e poder inovar, hoje a enorme

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ou rovolucioiiário, corno alguóni que alle- essa função lendia a se tornar obsoleto e big busiricss ruodilicara o equilíbrio ca- acumulação de capital-dinheiro, de que a
rava os padrões de produçao a partir da dospersonalizada ein virtude do desen- racterístico da “sotziedade dos pequenos linanceirizaçáo é uma expressão, deman- .' E

experirnentação, da exploração de possi- volvimento de práticas rnonopolistas 0 da enipres¿'n'ios", acarretando 0 surgimento da a criação constante de novas oportu-
bilidades tecriologicas não testadas antes, rotinizaçao da inovação. Isso a transfor- da uma “lunipemburguesia" e de seu co- nidades de lucro de modo a assegurar a
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da organi'/.ação de novas indústrias e da maria, progressivamr.-nte, numa atividade tolófirio ideológico, a "ret‹'›rica da compe- reprodução do capitalismo. Para que essas
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exploração de novos; produtos. Era preci- de equipes de especialistas treinados cuja tição". É iiessos termos que se pode coni- novas oportunidades de lucro se eíetiveni,
i=,;r*,ê

samente esse papel desestabilizador que ação se pautaria pela resposta racional e Dreender a progressiva dependência do necessario produzir os "empreendedores
q
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r_'onl(>l'ia ao E-ëinprtêcandedor uma [unção (li- operacional a demandas específicas. Daí Pfiquenti empresário em relaçäo ao big inovadores” (ihiclern) que deverão ser os
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a conclusão de que "o progresso econô- business (ihidem: 58). dinamizadores da acumulação de capital.
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nâniica na ordem capitalista.


A atividade empreendedora, segundo mico tende a tornar-se despersonalizadø Desprovido das condições sociais que Portanto, o conjunto de Valores Sinte-
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e automatizado. Os trabalhos de escritório lhe conferiani relativa liberdade política tizado na expressao empreendedorismo
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esse autor, seria responsavel, assim, pelas


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recorrentes prosperidade e recessão que e em comitês tendem a substituir a ação E econômica sobre suas próprias ativi- está relacionado, de um lado, ao modo
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como são compreendidos os impasses da


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atingiam o “organismo econômico". A pri- individual" [Schumpeter, 1976: 132-133l‹ dades, o "pc~querio empresario" se apro-
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zlt:,.
físsa mesma tendência, porem, obserr >Limaria, cada vez mais, do “trabalhador acunuilaçëo de capital e, de outro, as es-
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meira Oro virtude das revoluções promo-


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vidas pelo agir inovador. não rotineiro e, vada sob o prisma das mudanças na es- `? dfë])endorite", pois sua liberdade e se- tratégias adotadas para sua superação, no ^›
z-,
por isso, desafiador das condições sociais trutura da sociedade norte-anioricanä. ~“ É-lllrariça estariam atadas à dinâmica dos periodo em que as grandes corporações
levou \'Vright Mills a analisar corno 6 dominam o processo produtivo.
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vigentes, mais ou menos resistentes a mu- Qtandes negócios.


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Referências de outro, os não proprietários - os traba-

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O esforço de acumulação tangido pela

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controlador dos meios do produção, que

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lhadores. Essa divisão estrutural se man» concorrência exige, portanto, 0 controle

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BARAN, Paul., SWEEZY, Paul. Monopolywa-

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transforma a riqueza material em capital,
pital: an essay on the American economic and tém como relação entre as duas classes, dos meios necessarios à criação de con-

- 2
em meios de valorização e satisfação do

: + ? : : i'-i- -.iti=. =! i-i:;; :,:; iil:;grrÉl


social order. New York: Monthly Review press,
norteada pelo interesse dos capitalistas diçõcs econômicas e não econômicas que

7 x= !
seus próprios interesses.

É :,:ç-i i i
1966. '
LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo Javier. O ethos dos exe- em aumentar sua lucratividade por meio Disso decorre uma primeira condição possibilitem o baratr-amento dos custos de

'.:;é l à;: l:':-::;:


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V.
cutivos dos trcmsnacionois e o espírito do copi- da exploração da força de trabalho e pelo produção e a ampliação de mercados de

o E'9
lcilismo. Tese (Doutorado), Campinas, IFCH/ para a reprodução do capitalista, como
iiiteresse dos trabalhadores em aumentar consumo, de fornecimento de matérias-

>-:
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Unicamp, 2004. individuo o como classe, que depende da

§: i;:; I r;::r': r;: I Í:::::


sua participação na apropriação da rique- primas e de força de trabalho. Não basta a o

I o u;
MARX. Karl. O Capital. 3. ed. São Paulo; Nova reprodu‹¿än da classe trabalhadora. Ainda ',,z_›.~-;.r';.-¡‹u;-'v‹›
Cultural, 1988. V. 1. za, da qual são os principais produtores. empresário, visto como indivíduo e como

f
segundo Marx, “O processo de produção
MICHALET Jean-Charles. O que é tr mundia-
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O esforço do acurnulação do capita- classe social, simplesmente reproduzir seu

i .r a
liznçöo. São Paulo: Edições Loyola, 2003. z capitalista reproduz, portanto, median-
lista sobre a força de trabalho se realiza 1.
te seu próprio procediinento, a separa- capital, pois a própria reprodução simples
MIILS. C. Wright. The power elite. Oxford: Ox-

ir;: ii l::=:;a=;Ín,::-i i É:1 i:'-:i


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pelo aumento da extração da mais-valia

:1:'n; ;: + .=:,
altera as condições sociais de produção de

; ,1i I:; t;; i : : ; : : i: I É: i: : íi; I :


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torri University Press, 2000.

i=1 i o ==:

!:::1::+
L : J =::

i:=::E=.
ção entre força ‹¬. condiçörzs de traballio.
SCI-lUMPE'l`ER, Joseph A. Copitolism, socia- absoluta ou 1'(›tativz1 -- aquela se da com que partiu. Daí a ideia de átomos de valor,

:Ê:;9;!
=.;:
Ele reprnduv. e perpotua, com isso, as

.;-:: j;: :: j : : tlrlrr:


lism and democmcy. New York: Harper and
o i1i‹:rr:mont‹'› da produtividade do traba- que, por sua vez, deram origem ao fato dc
i=-j; : :
l+ =.; =;-
Row Publishers. 1976. cnndiç‹'1r=s de exploração do trabalhador.
llio decor|'(›nt‹> do maior número de horas as relações sociais de produçao econörnica

t,:-s - j -- \'=:
___. The theory of economic ri`evel‹ipniem. (`)b1'iç]a coi'istantt:nie1it‹: 0 trabalhador a
10. ed. New Brunswick: 'Transaction Publishers, trabalhadas; esta, resulta do emprego do
:q Ê: i;il;1i;i::ii;,!;.;il '

näo subsistirem ou subsistironi como algo

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vmitler sua força de tral)all1(› para viver
2004. -.i
tecnologias que incidem no aumento da
t !2 : i=::=í,:: ff capacita constaiiteirtcrite 0 capitalista distinto do que eram.

=.. i,=;;
produtivitiadí: do traballio por hora tra- 3. Ao mesmo tempo um que 0 empre- Í

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i:::::;1
a r'oinprz"i-Iii para sr: ‹:nriquOCcr. |...1 O
EMPRESARIADO balliada. Na capacidade do capitalista pr‹›ccss‹› dc prmluçäo ‹`apit¿iliSt‹i, consi- sariado Ó uma camada una, um termos
›z
-

Marcelo Seráƒico de c‹›ntl'olar os traballiadorus de modo a de sua posição na estrutura social (como
. r:'= =j;=:ii:;:

: :É:":l:
dcrado como um todo articulado ou conto
torná-los mais produtivos reside a possi- proprietários e controladores dos meios
Z _ 2 Z a a Í

) r : 1:,-:
i; +:_1_:

.+;:;;.;.;;11;=
proctësso dc repr‹)dução, prc›du7. 0 lcpro-

=€i t ci 4 i -= 3!€ 3+ 1; g-:=:


l. O empresariado (2 uma ‹'‹=.ni.icla so- liilidadt- do aumentar a extração da mais- de produçã‹›} e de seu interesse ocmiônii-
: j 2:1=^_;j _: e;ji '.;::

(luz a pr‹'›pria rotação capital, de um lado


;: = - =.!::!

cial constituinte da classe capitalista. A valia el, portanto, ii éicumttlaçãn. Svguiidr) capitalista, do outro o trabalhador assala- co, o lucro, essa unidade ré matt'/.ada por
.

1
unidade estrutural do entpri-:sa1'i¿a‹lo na lvlarx “quando o capitalista consumiu riado" tibidemz l53]. uma sério de diferenças rotativos as ati-
sociedade capitalista è deterininada pelo 0 eqiiivalerlte dc seu Capital adiantado, Essas r‹1laçör~›s dc cornplcmentandade virlades econômicas que ‹les‹›n1penham
: ; e:,I=

i=i;1i:;;ã;Ê 2:i

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fato de os individuos que o integrani so- 0 valor drâsse capital representa apenas estrutural na divisão do traballio e de re- (Sklair, l99l).
rem proprietários dos meios de produção a soma global da mais-valia do que se partição da mais-vêilia estão atravessadas As várias funções econômicas do empre-

i:i!:!!4ii:iÉiiÉ
apropriou uratuitainente. Não subsiste
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e por orientarem sua ação em relação a sariado (financeiras, industriais, agrárias
; 1, ;; ;l:
pela ‹_¬.oncr›rrên‹:ia entre os empresários
r q a ã t
i.

;:;! : =;:?i:ii?í1
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l:i;:i:;::;
tais meios com o objetivo de lucrar. As va- nenhum átomo de valor dc seu antigo que desempenham as mesmas funções, e comerciais) articulam-se no processo

É
3.
capital. Abstraindo toda acumulação, a
=:

riações funcionais são condicionados pe- pois a cada um mimpre a função de acumu- de tre)produçäo da sociedade capitalista
::; ;z Ê;

íi=::;
:r::;i;irliii
las diferentes atividades econômicas que mera ‹rontinui‹¬lade do processo de produ- em “categorias diferentes de p‹z~.ssoas". O i
ac= ( :-'

lür, 0 que exige, do um lado, a capacidade

Z: ii:ri,;e:,
»1
desenipenham no processo de produção, ção, ou a reprodução simples, traristorma, r
de extrair da força de traballio tanto valor empresariado finémceiro detém 0 capital-
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Circulação e consumo de Capital. E a di- após um periodo mais ou menos longo. dinheiro e disponibiliza-o no mercado
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excedente sobre cada produto produzido


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versidade de posições na estratificação da necessariamente todo capital em capital quanto possivel e, de outro, conquistar os como crédito aos empresarios industrial, I.
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sociedade capitalista está condicionada acumulado ou mais-valia capitalizada" ,\ mercados (consumidores e de força de agrário e comercial para que estes reali-
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pelo grau de controle das forças produ- (l\/larx, 1988, v. ll: 147-148). --â traballio] que permitam aumentar a par- zem os investimentos necessários aos seus I.

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lsso signiiim que o processo de repro-
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tivas de carla empresário nos setores de empreendimentos. O empresariado indus-


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UCipaçäo ‹_lo empresario, individualmente,


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atividade aos quais se dedique. dução social do empresariado Ó também 1 trial produz os bens de consumo necessa-
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nd apropriação do conjunto do excedente


2. A estrutura da sociedade capitalista O procL›sso de re|›r‹›riuÇä0 da acun1ulaçä0 Sfflfitilmente prod uzido. Esse esforço siste- rios ao conjunto ou às partes da socivrlade, à

il:,
se funda na divisão entre duas classes de de capital. \‹'ist‹› no tempo, 0 empresá-
ji;"..'

mático implica a concentração e a contin- 0 os bens de produção necessários a ou-

iii
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individuos. De um lado, os proprietários rio se rvprocluz. socialniente na mi-_edidã .¬-‹
tros sogmentos do empresariado para que
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“7-üçäo de capital, e estas dependem. tam-

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das lorças prodtitivas - os capitalistas -- e, em que se inanttf-in como proprietário 0 desenvolvam suas atividades. Do mesmo
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bém. de condiçízf-.s políticas e sociais.


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AN'roNio D. CATTANI & LORENA HOLZMANN

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ciais e políticas. Essas hierarquias e di-

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proprietario de uma única loja ou presta-

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modo, o empresariado agrário produz os com que, a despeito de comungarem da
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bens agropecuários que serão consumidos dora de serviços. defesa das condições não econômicas ferenças também geram convergências e

i; ã :i ; I E: : : i
!€ s; sztiÍ,; j ã: ;;i::: iÊ í!i"t;i;tiíiiÊi: íÉ:§I
No que diz respeito ao volume de capi- levam os empresários identificados com

iit*Fi;*l:!;;t:= ;í;ii tt:;;;!âi;EÍ:li,Fi


pelo conjunto da sociedade, como alimen- necessárias à manutenção do modo de

É
tos, ou os que serão comercializados no tal sob propriedade e controle dos empre- .-
produção, seus interesses econômicos impasses comuns a transporem 0 ”fosso

i F IÊ i i !z;ii=.i;Í?.=?;
mercado como commodities. Um mesmo sários. pode-se dizer que ele se traduz em especificos sejam diversos e, por vezes, da concorrência", associando-se e agindo
A
‹-rmpresario pode desempenhar diversas termos do porte dos empreendimentos, conflitantes. o que pode ser v‹¬rifi‹:ado rias coletivamente (Bianchi, 2007].
funções no processo produtivo, 0 que pode de cuja classificação emergem as figuras distintas organizações que agregam em- Às funções econômicas do empresaria-
fazer com que sua posição de “apropria- dos grandes. médios e pequenos empre- presários financeiros, industriais, agrários do combinam-se as de agentes cujo êxito

â
dor” se realize ern diversos momentos e sários. Ela pode se basear em critérios e comerciais. Nessas entidades reúnem- econômico está intimamente relacionado

:' ; : :
sol) variadas formas. simultaneamente. como 0 iiúmero de trabalhadores empre- se os indivíduos cujas unidades produti- à ação politica (Diniz, 1978], para alem do
i: i'::;:;i.:-l:=;:::: = * ii::i;::i:ii

4. Essas diferenças funcionais entre os gados por empresa, a quantidade de veri- vas concorrem e/ou cooperam umas com âmbito da empresa e do niercado. Dai a
empresa rios se combinam a outras relati- das realizadas, o total de lucros obtidos e as Outras, mas que, c‹_iIi‹'‹_iri1it‹'internuntt-3 identificação das atividades do "liomem
vas ao \~'‹.›lumo de capital apropriado e o volume de capital mobilizado. É possí- ou não, compartilham de tleterininados de empresa" com as atividades do “líder
‹.:‹›utr‹›la‹lo por cada um, à abrangência vel afirmar. portanto. que um cinprosário interesses, porctzrliitlos como ‹°‹›1nuns. político", das ‹.to1idíç‹'›es de roalizaçao

i
É
rlas atividades econômicas que desempe- é grande, médio ou pequeno, em função 5. Essa licteroqcneidade do mnproséi- do lucro rio mercado 0 da inversão com

Í;i
nham ‹> aos interesses especificos que da quantificação dos fatores de produção riaclo diz poiico sobre as ri-laçües entre a capacidade de formaçao de grupos de
orientam sua açao extra-econômica. A es- que mobiliza, de que se apropria e usa as diversas camadas que cl integram, ru- pressão ‹)|›crando tanto no âmbito dc as-
sas tiiltêmiiçzis nas funções econômicas e para produzir. laçoes que se orientam tanto pela com- seinbleias de acionistas quanto do Estado

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.- . . : ;. ;. : ; :

O empresariado se diferencia, tarribem, plementaridade quanto pt-la con‹¬‹irr‹'›ri- (Cardoso, lšlõfi: 281.
no vrvliiiiie de Capital combinam-se outras
i;;i; ii,,í;ji,Í;:;=:iíE
=

.ttiu‹~nlt~s ii amplitude geográfica em que pela abrangência do processo produtivo cia. Em qualquer raso, Íit_~›;.‹:is iel¿|çt`u›:~: 0
sv m‹¡ai'.ir.au1 os empreendimentos, que de suas empresas, isto pela amplitude empresariado, como seqiufznto, 1: os em- Referências

-,iiir,;r,i;;i;
i;

podtzui envolver a mobilização de forças do espaço geográfico em que se desenvol- plesários, corno in‹li\'idut›s, liiisrain triar Bl/\N(`.l-ll, Álvaro. l;`iiipi‹:saru›s Q ação coleti-
prutlutivas em um espaço transnacional. vem as atividades de cada empreendi- para si as mellioies ccni‹liç‹`›o‹, possívâ-is va: notas para um eniuquf* iulaciulial (ln asso-
;:

riativismo, R‹:\'r`slu de S0cJ'‹_›Iogio i~ Politica, n.

i
atravessanrlo fronteiras de estados nacio- mento ou setor. para acumular c reproduzir o capital o a
i:::;

28, p. ll7-129, jun. 2007.


nais, restringir-se ao espaço nacional, ar- Ao tratar O empresário corno “proprietá- Si inesmos como "fiiriaticos da valo:'1zaçäo CARDOSO, l"orriando Heririque. Enipresririo
!ii!;

;i
,=

ticulando sc om mais de urna região do rio dos meios de produção" e como "lio- do valor" (Marx, 1988, ll; ltâíil. iittltlsfrfol 1? duscrivolvinicmo ccm'iôr`r|1'(.'‹) no
Brasil. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,
um nuâsnio pais. assim como podem limi- mem e‹:onõmico", o que se busca desta- A preservação das fiiriçíws sociais iden- 1964.
tar-se a um município ou unidade federa- car é sua coridiçäo de agente económico. tificadas com a propriedade ‹_: o controle _______,. i'‹J'(2ologias del eniƒircsariudo itiritlslriul

lli
tiva dentro das fronteiras nacionais. de alguém cujas ações são racionalmente dos meios de produção vistos muto im.-ios en s‹›‹.¬i`cr1mies depeiidienws (Argentina e Bm-

t?tt
síl). 2. ed. Buenos Aires: Siglo Veiiiteuiio Edi-
As funções produtivas e a abrangência de valorização Ó um p1'essi1pf›sto da ma-
iiái=

orientadas pelo fim do lucro. Não importël


í- 1; + ; i : a: : : :

ÉI_.É

tores, 1972.
dos oiripreeridimeiitos podem, ainda, ser se ele desempenha atividades agrícolas. nutenção, ou ampliação, da sit;1u1‹;ao de
Íií;iiÉii i;i
ru i;ii

DINIZ, Eli. I.-`mprescirio. Estado e ‹:apil‹-ilisrizo

ii
indícios importantes do volume de capital industriais ou de serviços; se Ó 0 proprie- empresário, da camada social à qual cor- no Brasil (1930-l94.'›). Rio de Janeiro; Paz e
Terra, 1978.
sub propriedade e controle de Cada em- tário de urna empresa ou o executivo de Tefíponde em maior oii menor grau a hege-

; ;:;
_ ; BOSCHI, Renato. Enipresdrios. interes-

::l
presario, ou de um setor de atividade, o uma corporação; se desenvolve Suas ativi- monia na organização e‹:‹zn‹”nnica, política
g;;:íç§::

I, i.í,iI
ses e mercado: dilemas do deseiiifolvíincrilo no
que ajuda a compreender as relações en- dades em âmbito local. regional, nacional fz E Cultural da sociedade capitalista. Brasil. Belo l-lorizoiite; Ed. Ufnig; Rio de Janei-
i: rãiilí

Essas hierarquias e difertmças geram ro: luperj, 2004.


tre: 0 grande financista e o proprietário de ou transnacional. O fato Ó que lia um ill-
;;:i:: OROS, Denise Barbosa. Institutos liberais ef ne-

ii
uma focloring; o grande industrial e 0 mé- teresse econômico geral - 0 lucro -, urnã Cünflitos que se tornam claros no plano
,=

==i;?A

‹›liberm'ismo no Brasil do Novo República. Porto


dio e o pequeno proprietários industriais; lógica social comum - o agir racional re- da concorrência de mt-ëicado, nos esforços !\l‹¬gr‹>; FEE, 2003.

Í ii
0 lalifundiário e o pequeno proprietário lativo a um fim ~ e um lugar -- a empresa Ílldividuais, de cada erriprfzsa ‹=, onipre- l\/IARX, Karl. O Cu¡›íluI. 3. ed. São Paulo: Nova
1-Ê' Cultural 1988. v. I f: ll.
de terras; o proprietário de uma cadeia -- que o guiam em sua ação. SÊIÍO. por usar os meios adequados para
i:Í

FÊÊ
a 1 S(.ÍHl.ll\'lPETlÊR, .losepli A. Cfl[)ÍlfllÍSm, Socio-
de lojas de comercialização de bens ou do As diferentes funções econômicas dê- lürnarcm-se mais competitivos diante do
t.o

ÍÊJ lism and clemocrucy. New York: Harper and


uma empresa de prestaçao de serviços e o scmpenhadas pelo empresariado fazem '."¿. Úfiterminadas condições econômicas, so- ROW Ptlblisliers, 1975.
;
21;- J,
"5.'zi.' ` *ii
fúšíš.~
3% '= 1 153
1 52
Ê

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ANro:×'r0 D. CA'r'T.mN1 & LORENA HOLZMANN

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1 i;
,: tili ãÍj DrCioNÁ1‹|o ou 'I`RABALHc› E TECNOLOGIA

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!r ?Éã;E:jiÉi:;,.::i:;=:É:i::ir:;:E
11

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As energias altcírnativas são atualmente

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i ; ái : i ; r E + ; u?i:; l: ; : : : i i : i; n :: : í; l i ; i ii i
t + l : i i eã liÉ; Ei:i1l:::i :i;ii i: ii ! i ãÉ i; til]t;
i:i: {:li í:iE;;i;!
SKI./\lR, Leslie. Socrology of the global sys-
;,lii Ê:: ia=,.,,:,,' ::,-,,,. ,,=,,,,.*,,, ,_

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::eittáiliii]
geraçoes. Tal proposta engloba a análise

Ê:i::i:i:j;:.==.ir::
i:i; iir,t::::!,
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diferentes sociedades (Giddens, 2009).

E
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;;:€;:*:r;ri;;ji:i:;ii: li;:i+li::! i:::i:;
r: c, é:;:i.

l1ii;iii:ii:i;
tem. Baltimore, USA: John Hopkins University consideradas como elemento estratégico Somado a isso, o fenômeno da crise encr- tanto de macro dimensões (economia,

; ü: i I : É,i :j : ã i : : i
l“r‹›.ss. 1991. .S

WEBER, Max. A ética protestante e 0 espírito do


para a boa governança e busca de segu- gética, marcado tanto pela anunciada fi- gestão de recursos, política energética,
ii iE;:ii:li=i=:: ::;1,:ii!::i;t;i:;;i
l;
rruprtulisrno. São Paulo: Cia. das Letras, 2004. rança e independência energética pelos nitude dos combustiveis fósseis como pela política ambiental, desigualdade social)
países [seja em relação aos combustiveis

iià i : ÉÉ:ii, : ii i : iir ÍÍ ;r, : i, ! ;:i;r : : : r:


É incapacidade atual de suprir a demanda como de micro dimensões (individuos,
ENERGIA ALTERNATIVA
t
3 ::;ii;rí; .,,=,ti+= tt;;:=iZ;:í!Et,;,
: fósseis, seja em relação aos países da
OPEP e outros oligopólios). Um relatório
crescente de energia através de fontes re- grupos e o uso da energia, consumo, cul-

É
/\.¡ƒit'Jr1d .'s`c¡lc.~: nováveis e alternativas, coloca-se como tura energética etc.). Se considerarmos a
l.f-¬.-(mo'¡o Rrrrzer recentemente divulgado pela ONU Í2009)
-t. um problema imperativo Êr própria sobre- história do uso social da energia ou, pro-
trouxe à luz dados surpreendentes sobre a éšg vivência e reprodução da humanidade e priamente, urna sociologia da energia, ve-
1. O conceito de energia alternativo en- energia no mundo. A primeira questão que
iii;i:,1i:i;:::i:=;ít; ;;:;:;i,=l
do planeta Terra tI_.afrance, 2002). remos que ela constitui um fenômeno plu-
globa uma ampla gama de formas de pro- ganha destaque é a importância. da gestão ›
Diante desse cenário e apoiando-se rifa‹;‹:tado/multidirnensional que, ao
rln‹¿¿io do energia re tem sido utilizado em 0 da segurança energética baseadas na z na sociologia do nu-rio ambiente (Leahy. longo do seu desenvolvimento (madeira

5íi::;
i›]›os;i‹_;5âo a todo tipo de fonte não renovável implantação e investimento ein massa em ›‹ 2008; Pretty; Jules, 2007; King et al., crise da madeira, sec. XVI -. vento, agua,
-= que possui elevado impacto negativo di- energias renováveis. A inforrnâiiçúio mais

;;. !i il 1- i;:, jlt::i:í;i;:iiti


2005; Dunlap cl ul., 2002] Q da ciência carvão, carvão mineral, petróleo, lliocom-
reto ou indireto sobre o ambiente e o bom- relevante divulgada é do que pela pri- 1
{Callon, 2000], ahorrlaremos a situação do bustiveis, totovoltaica, mar etc.], foi perpas-

::;i, ;;,!:!:i u;r'; :Éi::i;i:


:it:
z_›z;t.ar hrrirmrin Írfombustíveis fósseis, ener- meira vez na história o investimento em rlcsenvolvimento ‹_.~rr‹z~rgr'›tico atrial e seus smla por rf.-voluçoes tecnológicas e irn plica-
gia nuclr~ar etc). Tais energias são obtidas energia renovável superou O investimento desafios. `l`al abordagtfrn tundarnenta-se çöcs sociais [DchCir, Deléage; llérnery,
.rt:'avé'›s de um processo de transformação realizado em energias não renováveis du- no new ecological por‹r‹li_r;m desenvolvi- 1986). Entrf-2 os condicionantes (lcssas re-

:
:;iii;É í::;iiiÍ i;:;:i:;:i
‹f‹› ‹›n‹z|frpa prirriáiia Ísolar, eólica, geotér- rante o ano de 2008. Ou seja, factualrnen-

:Í I :: : :il'iij
‹ do por Catton and Dunlap (Dunlop el ol., voltr‹,j‹'›r-;.s estão o acesso e a reserva do lon-

:;
›¬,,,
5,»-s
;¬.n‹"zz, :ua iicrrrotriz, biomassa, hidrogênio, te, vivencia-se, em diversos paises, uma 2002; `\/'aillan‹tourt, 15195] sr-gundo o qual tes pr'irnárias, meios de transtorniaçiio de
.›
iirrzifrirzivfr) em energia secundária em suas prOo‹;upaÇã0 cr(*S‹'‹>nt‹: corri a proc.lu‹¿a o da
',,:J.-:Í:,,i-:;;;,:,;,

os Seres humanos, ‹_›rir_¡uanto r_*s[›fÍ›‹<ie, ia- energia primária em Secundária, cstarlo

;,íii:i:;iiii:
:
âtitr.-ir-mtos íorruas tcalor, mecanica, eletro- ‹:n‹-›rgia de forma St1!z;tentir\'cl. zern parte de uma ‹:ornu|1irl¿rd‹› biológica do desenvolvmicnto cientifico e t‹'›cnolr')gi-

:
1~irzg:r›.'tica etc), visanrlo os mais diferentes 2. A relaçäo entre homens e entre os lio- , I irrterrleperiderito mais ampla, composta co 1-! Os nueios do trans]?›0ITr¬,. Segundo La-

:
nzm, Íariueciincnto, iluminação, força ino- mens e a natureza (Dunlap et ul., 2002; pelas demais especies e formas de vida, trance [2002} 0 rlusenvolviinento dos dife-

;
trizil. ,\I~'=rn disso, tais energias, devido Êi sua Pretty, Jules, 2007) sempre foi perpassa- ir- os quais por sua vez, exercem influência rentes tipos de energia c seu emprego na

i
,\
wâpucirlérrlr-ê de renovação e sustentabilida- da pela forma como eles produzram, re- Sobre a vida social. Ou seja, a ação dos produção lol marcado por dif01'erit.es revo-

:i=t,:.i;
'; j ;;ii=i i; i Í :ii
.‹
«!‹~. ¿~.‹z.<si,ror1i, ao contrário dos combustíveis produziam, se apropriavarn e distribuiam seres humanos interage. com a teia de re- luções. O moinho .Ei água, invenção da anti-
i'.'›.-›:r›i.u, um baixo impacto sobre o ecossiste- a energia. Se considerarmos as grandes z .-.,;~
löçöes dessa comunidade, gerando con- guidade, por exemplo. experimentou urna

:::i: i; :: :.f :;
ma r= a tgualidade de vida das populações ‹: irrova.çöes na produção industrial pode- É Sêquências e efeitos inesperados sobre a grande expansão durante a ldade l\/lédia,
..z.,.,,
gt ~i'ar¿'ñr¬.:; do |.)1^<=.set1te 1: do futuro. Ernhora a remos notar a importância que o vento, a '-.jz.'rr-3..l Vifld SOCii1l G o arnbi‹ent.(=.. Alérn disso, do- p0Ssil)í.litart(lo O incremento na produção
tíõnergizz obtida atraves de fonte lndrica seja água, a madeira, o carvão vegetal e mi' vrdo à natureza finíta do mundo, existem
iÉ i I ;' i i ; : de alimentos. O carvão de rnadz-aira. por sua
‹>‹›nsidr-'ârada uma fonte alternativa e reno- neral, o petroleo e a energia elétrica lí' limites fisicos e biológicos que constran- voz, foi suporto ao aquecimento e à indús-
'.'m=r›l pela maioria das agências de regula- verarn não apenas nas implicaçõc-às sobre .z-«_
mv Çlfilll o crescimento económico, o progres- tria do metal.
z...-
r;ã~‹‹'› do sr-tor rzrrrlrgétjco, estudos têm apon- os avanços tecnológicos, mas também no S0 social e outros fenômenos ligados à Com o desenvolvirnento dos centros ur-

r:;iri,ri
.bz

tado ]›.n'.i a não sustentabilidade de vários impacto na organização técnica e social í1<;áo humana. banos e a intensificação da demanda por
›_›:npr».mirlnneutos (sobr›;=tu(lo os de grande da produção, do traballio c, ríonsúqucriv 'ÍÍH Pensar a energia não implica apenas energia ocorreu uma escassez de rnadei-
:::,
: i;:,
porte. c>u;luindo-se as pequenas centrais temente, da vida social. Na atualidade. O aí Gnalisar como ela Ó prod uzida, distribuída ra e problr-:rnas no transporte de rnerca-

:
1-.
!ií‹šri‹'.-rs), :=‹.-ja pelo seu impacto ambiental, fenômeno da sociedade do risco e a crise >
:i:

9 öpropriada, mas tainhftm que implica- dorias devido à localizacäo dos moinhos
:wifi prrio impacto social. Alguns paises, iu- ecológica pela qual a liurnariidâdc pdšba z ÊÔB-S [externalidades_ efeitos societais,
:
(nem senipre estratégica, já que dependia
‹:lusi\'‹- os Estados Unidos, ao contrário do constituem elementos novos e que, 011110 Cflllsequências inipensadas) as diferentes da proximidade de rios). Dessa forma. a
i::
L"‹rno‹lá ‹.¬ Brasil, não consideram essa fonte poucos fenômenos antes vistos, provocaffl *M2-
,$-, E
;,
É

'minas de energia criqemlrzrni ao longo fundação das “primeiras” grandes cida-


rfte enrzrgia como alternativa, um impacto instantâneo e global sobre LIS 'Éi' ¬ '¬5-
;':";'
df* Íümpo, das e às difer'‹‹›ntes :sociedades e des irnpôs clesz-:tios importantes do ponto
š
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1.' I4
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¬ 1 Drcromérmo DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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ANroNr‹.i D. (.A'rTANr & LORENA HOLZMANN

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Í ambiente. Associado ao caráter nao re

j s:: : r í ! Í i : ; ;i:ii ; : r a; : : ; : : : , I : i ; : i ' ' 'l :

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Além disso, cabe destacar que essa in»

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de vista energético, que não poderiam ser

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maçöes sociais da sociedade industrial

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B;E e;
i,:::i:;:É=ii,i:::
Í vencidos não fosse o desenvolvimento de dústria, ao esquecer o passado e as conti- [Debeir; Deléage; Hémery, 1986). Seu novável das energias predominantes em

E E: i r i : iii i:E
novas fontes de energia. Mais tarde, com nuas revoluções tecnológicas, foi baseada desenvolvimento, combinado com o apri- uso. atualmente, tem destaque no debate

i É : É i : ; ; ã i E ã: ; i E ; : e ti:a ; : ; ; ; g i ái ;;iá,:Ê;-'
g:!it;E:: I:

o advent'o da indústria do carvão, nasceu e na ideia de recursos ilimitados e continu- moramento e incremento de tecnologias a elas alusivo os efeitos catastróficos sobre
Í consolidou-se a indústria energética corno os, ou seja, na existência ad inƒinitum do o meio ambiente provocados pelo uso de

i;ttÊ;Éul::iÉ:;!i;;:;:Ê:i:iriii;i:
e máquinas, deu-se com um acúmulo
tal e ia especialização da gestão técnica. petróleo. Essa ideia é bastante equivo- certas fontes de energia. É nesse sentido

: rii ii; i ;:iíÉi: IiijÊr i;ÉÉí;;iii;tãi; ;


imenso de capital e riqueza, jamais efeti-

=:
Í
Durante pelo menos 40 anos (entre 1860 e cada, já que as previsões mais otimistas vado antes pela humanidade, que tornou que tais energias, em sua maioria renová-
Í 1900] a demanda por essa energia não pa- estimam que em 50 anos começaremos a viável o acesso massivo à eletricidade, a veis e com baixo impacto negativo sobre

i:;.:;:;i É:::,
rou de crescer. Corri o desenvolvimento de sentir uma restrição da oferta, corn a fini- o ambiente e bem-estar das populações,

i l:-s i: II I; rà
bens de consumo e a meios de transporte.

;:' 7i ri : ::i! iiiii-r:; í:"rit ;E;. : :: = :


Í
bombas a vapor, foi possivel perturar mais tude dos recursos estimada para 100 anos. De forma paradoxal, esse sistema criou apresentam-se como possiveis alternati-

it: !;i ii Iiil;:átiià;;:z; i[;íã;i !


Í fundo e acessar minas que antes eram A humanidade alcançou no séc. XX] o vas diante da atual matriz energética.
inúmeras externalidades negativas. Seus

:q:;Í:Êi:i
Í inundadas de agua, elevando a capacida- pico de seu desenvolvimento energético, efeitos nocivos não se restringem ao nivel 3. A anunciada crise de oferta de ener-
'f
de do produção a niveis record‹'fs. corn o uso massivo de energia baseada local em que se realizam as atividades de gia e a crescente demanda da população

É
Í
Entre os inrpactos sociais dessa nova in- em combnst:í,v‹~:is fosséis e energia nu- produção ou de consumo de energia, mas rnurrdial - que deverá alcariçar os nove bí-
J
Í dústria de:¬ta‹:ani-se uma superexploraçãn clear. l`^ar.=rdoxal1nente a isso, existe uma também possuem efeitos regionais e glo- lhões em 2050 ¬ poderão causar, entre ou-
do traballio como resultado da correlação imensa desigualdade no acesso, produ- bais. Ern escala regional pode-se mencio- tros graves problemas, não só um colapso

i.: :,l:i l=

à: ir =Í
Í
de forças a ele desfavorável na relagao ção e uso dessa energia entre os diferen- naras chuvas ácidas, ou ainda o derrama- nos transportes públicos, mas uma imensa

;= : : i?i;
Í com o capital (p. e'›‹., 12 horas por dia, 6 tes paises [Pretty et ol., 2007). Em outras mento de petróleo em oceanos, que pode crise na produção de alirnentos, já que tal

"
dias por srzriralml e recorrentes revoltas. palavras, ocorre ao mesmo tempo, de um atingir vastas áreas. Ein niveis globais os prodtlção mocanizada e toda sua cadeia

;:
i;:z,i,l:i;:iÍ,=!i::!;i:

:!;;
Í
Dessa forma, ‹-s.-'‹-\ periodo d(>monstra a lado, o super ‹'on.<urr|o de bens c serviços exemplos mais contundentes são as alte- produtiva são altamente dcpenrlúántus do
l


i::
Í forte 0 cr‹;›sr*crrtrâ intensidade da r'rêlar_¬‹`io possiliilitâutos pt*-la energia, por aproxinia- rações clirnáticas devidas ao acúrnulo de petróleo. Segundo Podobnik t2t)UG) um
i i : :i: i;!:;Êári : E; : ÉjÉ
: i:; :i

ri
dmn‹¬ntt¬ 20% da população mundial. De gases na atmosfera (efeito estufa) e à cro- volume crescente de energia ‹'onven‹7io-
==
existente entre dt2s‹:nvolvimerrto econôrrii-

i
1

=;:
co, energia, produtividade e crescirncnto outro lado, há a socialização dos prejuizos Säo da camada do ozônio - que, por sua nal é necessário para o desrânvolvimonto

+
R.=r,!i:
E!:_r
t populacional (D‹âbeir; Deléagc; l-lúinory, desse consumo [efeito estufa, degradação vez, deve-se ao uso do CFCs (cornpostos dos países do Sul, agravando a questão da

I . : á: i ?; : : : i ;
!:f:ê;;:i,:*:+i
: 1986): do meio ëiiiibiaffritcl para a maioria da po- corri moléculas de cloro-fluor-carbono]. sustentabilidade e aumentando as possi-
=:::i=
O p‹isl‹,›ri‹ir dfzst-znvolviniu.rito da indús- pulacao, suliconsumidores de energia do O setor é responsável por 75% de todo o bilidades de Ocorrência do uma calástrtife
;;r= ;1111:';;1i:!

1
tria do petroleo (1875-1911) não deixará planeta, que muito pouco se l_1‹-:nf-ificiani dióxido de carbono lançado à atmosfera, ambiental. A previsão de esgotarnerito do

li:;
‹ duvidas sobre a relaçäo entre energia, do bem-estar gerado. Cabe destacar que, 41% do chumbo, 85% das emissões de en- petróleo, os impactos causados pelo “cho-
;:i::: i: ài ;;::
sociedade, politica e tecnologia. Essa in- por exemplo, a América do Norte, onde xofre e cerca de 76% dos óxidos de nitro- que do petróleo", a existência de olígopó-
t
dústria estr;-vc dir‹¬tarnâ¬nte associada ao vive aproximadamente 20% da popula- gênio. As atividades de mineração (car- tios na sua produção e distr'ibui‹;ã‹'›, a bus-
t des‹=.nv‹ilvirri‹mt‹i dos meios de transporte ção mundial. é responsável pelo mais alto vão e petróleo) empregam cerca de 1% da ca de segurança energética por meio da
!i

ií!;Í;:
iE; i:;i_ ? :É íÊ i
em massa e corn ele, à era do fordismo e consumo de energia per capita do mundo. mão de obra global, mas são responsáveis diversificação de fontes, assim corno criti-

r:!:;i'
Í
do mnericon way of life. A industria pe- sendo mais de 80% da produção de ener- ‹ Für cerca de 8% dos acidentes de trabalho cas Ér sociedade fordista e ao consumismo,
íri'rl

~.
Í trolífera, que só viria a superar o uso do gia não renovável. Ou seja, os maiores fatais, configurando-se como um setor no o impacto das mudanças climáticas e as
É
É

carvão mineral após 1950, foi desde o seu prorlutoros e constrmidores de energia São Í-lua] as condições de trabalho sào bastan- pressões do movimento ambientalista em
Í
inicio rnarcada pela tendência à centrali- ao mesmo tempo os maiores poluidores. J
4 Íe precárias. Calcula-se que o potencial escala global são elementos importantes
Í zação e à con‹:(›rit1'açäo, sendo o controle O atual sistema energético compre' dE Criação de postos de trabalho em ener- e que têm motivado a busca de soluções

:
=' É

:1
Ti;
r mundial do pr-troltâo exercido por um nú- ende uma longa cadeia interligada de Qíõs limpas no mundo supere a marca de (Wagner. 2007).
=;, i:

mero reduzido de empresas que tinham atividades de extração, transforrnação. 2.3 milhões. O atual processo de descnvolvirrrerrto

t;ii
-fr
l as ,à
como mota a integração e 0 controlo verti- distribuigào e uso de energia, tendo SiCl0 Todas as formas e fontes de energia têm das energias alternativas, barsoado numa
;iÊ
iii
rii
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. _,'52-1z
l cal da produção e comércio; estabilização um dos fatores que viabilizararn o boom Efeitos positivos e negativos em termos rnatiiz sustentável e diversificada, tem sido
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do preço e desenvolvimento do mercado. econômico, levando a grandes transfor- 'fil de büm-estar humano e impacto sobre o apontado como uma das respostas mais

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cerias regionais e internacionais; além de

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lizaçao e dos investin1ent‹.›s do Estado, das

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adotado até então), pelos-países em desen-

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Éi:i::;;ii::,;i;:ir;.',;,
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importantes para o problema. Com o de-
i; ái; : i ii i iiiz ,1,!i,

EiE:a;1:
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i;r:ã:;iiij; :::,;::: ;t;: :ijt



empresas e da sociedade. As incubadoras medidas imediatas. como a exoneração de

íl;= i{ a;'=,!? í: i, í::í=1


Z'ç :1, Eé-; i" ;Éi = s t ii I ;= i i ==:-i'iiii=,ii
senvolvimento dessa nova rnatriãy através volvimento, como, por exemplo, a China e
impostos sobre implantação de tecnolo-

É
de tecnologias alternativas se situam, so-

ó:..2'-\
de um processo gradual do transição ener- alguns paises asiáticos, num processo de
bretudo, em universidades e fundações de gias alternativas para consumidores indi-
gética, ëspera-se alcançar a redução de Continuum “treadmill of proo'uct¡`on" corria
pesquisa e, em menor número, em empre- viduais e empresas. Tais rtrsponsabilida-
emissão de Carbono, assim como 0 desen- descrito por Schriaiberg (1980). Devido a
sas privadas e no setor público. É impor- des. principalmente no tocante à questão
volvimento de novos hábitos de consumo isso. as soluções que deverão ser explora-

=
tante que existam redes ativas que possi- da gestao internacional da ‹àn‹=-rgia, deve-
Mas, para que isso seja possível, é preciso das rios proximos anos devem buscar se .;, bilitem a transtormaçào das desrrobertas rão ser geridos com 0 apoio das agências

lE : Éi : i i ?i,ii Ê :i
superar a atual crise energética, buscando ad:-ztplar diierentes situações e deman-

Í
internacionais e de uma atuação conjunta

j
em aplicaçoes. Nesse sentido, o Estado

i: :.:i : : ri:"t:i,,= I ili,?:i i,i


soluções híbridos e de médio e longo al- das. Entre essas soluções destacam-se;

iir; ;i',?i: r' i::iji


tem papel relevante, já que ele pode ser visando à elaboração de diretrizes com-

=!c
cances que tenham efeito imediato. melhoria da eficiência energética das lon-
o articulador te investidor chefe para o de- partilhadas, incentivos e apoio aos países
4. Nas últimas décadas. em inúmeros tffzs atuais de energia, desenvolvimento de
senvolvimento o a consolidação do setor o em desenvolviniento; incentivo à transfe-
paises, ‹:íontistas, politicos. ornpresários novas fontes e controlo o r‹-;du‹_;áo do uso
de um inercado sustcntá\-'el. rência de tecnologia. o acordos de coope-

i.=2

-
e agências internacionais têm efetuado de hiclro‹:arbonetos.
Quanto à terceira resposta possíwêl, des- ração e produção conjunta do energia.

i:
esforços no sentido de viabilizar a produ- `v`‹':rios são os exz-.:rnpl‹.›s de possiveis

::,::=l:,,ili;u

i.i;it1i=':'=1
taca-se o trontrole da emissão do ‹:arl›ono Quanto ao tle:sz››nvol\=i1nonto ei à produ-

= -!:
çao e o possivel uso em massa de ener- a<_^('n":s e politicas -- O diÍ‹?I'cI:t0s paises
çao de novas tecnologias ‹›. fontes de encr-

j
através da redução da exploração, da pro-

i
;ll::,,,
gias alternativas aos combustíveis tósseis. têm dado passos importantes nesse sen-

í1:;t ,;1,! :;: i i; É: : :; :


dução n do uso do cmnbustiveis tosscis. Al- gias, empresas e centros de pesquisa são

iii,i=,íi
Essas ações podem ser atribuídas a fato- tido Í\^Ãagri‹›.›r, 2007). A primeira resposta
guns paises, entre eles Brasil, China fa lista- os polos privilegiados. As t›rnpr‹'-sas devein

=
res como a possivel crise energética que dll fcsptiito à busca da efir.'iô1i‹'ia oiiergtë-
dos Unidos, tem se destacado, por ‹'>:‹¬ni¡›lo, buscar o descn\‹'oIvim‹›nto do tecnologias

i':
poderia ser provocada pela escassez dos tim, ou seja; por um lado, a rt-,duçšio da
;,,:;:r'.. i=i,t,jiii1,
t
pela introdução gratliial de l)ioco|nhus1í\'‹›is alternati\'as o a ctici‹'.*iit¬ia t-iierg;‹ätica por
cornbustívt.-is tóssots tclioque do petróleo tlvrnarida de cncrqiéi corri a ‹'‹›nstruçä0
fl«=1pr‹)dut_§‹"it›tl(: alimentos ‹: nos tr‹r11sp‹›¡1i›s. meio da tra1'tsfor1ii¿i‹;ào do p‹=.rz;uu indus-

i !=j
de vquipameiitos mais t-ticiontes, que
1

de 1973 ‹:tc.), o surgimento do movimento


5. Vários são os agurites iinplit'‹.edus no trial corn a gradual stilistittiiçzio (las fontes
ainl›i(:ntal1sta em escala global, a einer- pi‹itÊu7‹'in inois ou do l‹›rtna sulnolhante
; ,i ; i=
i;;li:i i: i: Éi;!: ; ; ii;

O tecnologias não rctio\‹'a\-'eis, o ênfase: na

::l;l;;;: ii;Í !ii !ri


[irottessti de cst¿ib‹›le‹_'itnt-:nto de uma
gênt-ia e rƒonsolidaçáo de dis‹*tirsividad‹>s

i',r;
ruin tjoiisuino muitor que seus similares;
agenda para a transição or1r>.1'g¿›1it'a. Num responsabilidade social za ainbinntal da

it,ã!:i1: ãii
ligadas à sustentabilidade oii, mesmo, a por outro, atraves do apei'leiçoain‹~_›iito dos
relatorio da União Europeia (ZUU8: 2(›), o empresa sobre os processos e iinplicaçñes

i.:j
:

pulitirías lfistratégicas the div‹arsiliCaç¿'1o da inecanisnios dt.: tI'ansl0I'r'i1‹1çäo da energia


para a população, a oscollia de equipa-

; ; : :;: í i: iÉ ii?::,
setor eiior'g‹Í\tic0 Õ ‹'arac1eriza('lo rornn
inatriz energética [que visam a garantia p:'imári‹;1 t.-rn stzctlndúrio.
uma contplexa rede eiivolvendfi extitiçítti, mentos e insumos mais elicieiites energe-

; i,:
da segurança eriergético}. l\`¿l ploticd, isso perrnite a I'‹.3‹l1lÇño dd
i i i: :: :; 2i-,,i ::
;r
: :.

])roduçäo e distribuiçao dt: erwrgia para ticamento se a compra de iniergia obtida


Em síntese, a crise energética atual deve ‹i‹'rn1anda de energia, com a manuterição
distintos ('‹›nsuinid‹›1'‹*S. No que ‹;ori('‹-frito através de fontes renováveis e alternativa

l=;=^
ser entt-indida corno o resultado de multi- ou, ate, o increiiiento do uso de equipa-
; i: ; i ; i : i

6 gestão, aos Estados, por ex‹.-mplo, cabe Os centros de pesquisa, por sua vez, têm
't;il

plos fatores (sociedade de consumo corri inontos. Enquanto existe um conjunto IUS'
;ii;:ia:i:iii
+ii i : :I ;i i :7

não só êipeiias ¿1 grivernança do ätfiflf. a responsabilidade do d‹-:senvolvimento


derriandas ciresttciittâs e instistorttáveis. uso trito de eritêrgias não ronováv‹:is, o número
:;?;;;1::.:;

Cülno a indução da olorta e demanda vi- de tecnologias voltadas a empresas. ao

=:
intensivo de fontes não renováveis, baixo de fontes de energia reriovávcl se anipliâ
Sando consolidar de [orma susteritáx-¬‹-el o governo e ao uso individual, mediante o

;'11,í 1,,:,

c.
investimento em inovação no setor, iniqui- coiistantuinerite com o desenvolvimento
mercatlo das energias renováveis. Neste estahelrâciniento de convênios com om-

;
dade e heterogeneidade das condições ao do i1i‹›\far_;ões. Nessa direção, a segundä
:i:,,,;..

Sentido, existo. um coiijulito de açt`›f›s dire- presas e outros centros de pesquisa. Sua

! 1l
: ig i ; : í;:
acesso e uso nos diferentes paises e regi- resposta diz respeito ao desenvolvimcll'
lüâ que podcêráo ser touradas: tinancia- ação poderá, como tem ocorrido em vários
ões). Foi e continua sendo, sobretudo, o to c imptenientaçãm do fontes renovaveifi .r_. K
mento de pesquisa na área; r‹.>n‹›vaçá‹› 0 países nesse setor, ser potencializada pela

i:
iii2;i
modelo de desenvolvimento adotado pelos de vnt-rgia. soja atrav(›s da construçao df*
Coiivorsáo do instalações e empresas pu- articulação de redes interna‹;i‹›nais de re-

c
: ii,
ft,
paises mais ricos o maior responsável pela p.'zr‹¿¡.1‹.~.<. vfilitƒos, seja através da crinstrtlf
iii ii

› bliws teficzicia energética, energias reim- ferência e pesquisa.


poluição do meio ainliientc. Mais gravo çiio do usinas g‹:otÓt'l'i1iCas, ou i|i:~.tolàçoKfS
_. Váveis); plano estratégico de ti'ansi‹,'‹"io No que se refere a fiscalização e pres-

,. L'
ainda, talvez, soja o caminho que tem sido tot‹_›t=oltai=_'as ou inareinotrivms.
energética; construção de uni novo marco são para a tornada de decisões e desen-
s. ‹
,,

percomdo [em processo de mimeses corn Em segundo lugar, para servif'ivo.I, a pr0-
ict

tj reglilatório; proposir_;äo de alianças e par- volvimento dessas t.e‹:no]ogias. tanto a


p

o modelo de desenvolvimento energético dtiçíio dessas enffrgias necessita da mobí* 'Íif-'-.


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influenciam essa relaçao ao longo do tem-

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ação da sociedade civil organizada como

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um número restrito de países e empresas

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quisa como forma de fomento estratégi-

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po e das diferentes sociedades. O uso im-

: t : ã ! ; ; i i I ; ; i ;E'= ii i ;,1i : i 5 ; ; ! ; ; ! ; i I : ;
1
:
a ação individual ganham destaque. A so- co da produção de energias renováveis transnacionais. É 0 caso da "economia

Ê:ãiÍií:; ::É :;i; :


sÍÊ ãiÉ;É;E li ;;:'-,iÍ?-i s :ii !Ê e,=;i:: : i:i:;; Í
ciedade civil deverá ter um papel impor- pensado e inconsequente de energias não e alternativas. Tais redes possuem uma do hidrogênio” centralizada, contrária à
'Í próprias pelos paises do mundo, sobre- l
ã;
tante na participação e fiscalização ativa

ã
estrutura peculiar, já que possuem fortes ideia proposta por Rifkin (2002) e põe a
Í no processo, assim como no debate públi- tudo os desenvolvidos, resultou e resul- vinculaçöes com políticas públicas, inte- perder os esforços no combate à emissão
co sobre o tema; é a responsavel por exer- tara, pelo menos pelos próximos séculos,
:;

t resses privados, grupos de interesse, ação de gases de efeito estufa.


cer pressão sobre o governo e as em presas em um cenário climático imprevisível e,
Í para o desenvolvimento de energias reno- certamente, maléfico à humanidade. No 1 de centros de pesquisas e instituições de As próximas décadas deverão ser mar-
: i I ; :: i i;i

E
ensino superior, assim como têm sido scn- cadas pelas contradições e pela hetero-

E
váveis e a transição da matriz energética. passado, escolha das formas de energia
‹ r geneidade de fenômenos resultantes da
;

siveis a demandas e ações da sociedade



t
t
.lá os individuos, através de seus hábitos ficaram a cargo de engenheiros e especia- civil organizada (UE, 2008). busca de oferta sustentável de energia
( de consumo e da busca de meios de ex- listas, que, muitas vezes, fizeram uso de Outro elemento a ser considerado diz em meio as demandas sempre crescentes
‹ pressão e pressão, podem auxiliar, seja cálculos simplistas de custo-beneficio fi- da economia capitalista mundial. Tais do-
Ê
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respeito ao impacto das emissões de car-


uii:*!jiitil:l;t:l;,;!i,l:ii;É

i u ii iz:t-=,-j iÉ j :
mediante o uso eficiente da energia, seja nanceiro (fundamentalismo de mercado), bono da atual matriz energética e a de- mandas, em muitos aspectos, são insus-
1 pela via da geração própria/autônoma de desconsiderando 0 impacto ambiental e tentávcis a médio e longo prazos, sojznn
manda sempre crescente por energia.
t energia, assini como pela escolha de pro- societal de tais escolhas. Nesse sentido, o desenvolvimento dos baseadas na matri'/. atual, dependente dos
;

dutos mais eficientes energeticamente e a A adoção de energias renováveis, atual-


;

‹ compra de produtos de empresas que uti-


:
mente em processo de desenvolvimento,
E
-t'l
paises pobres (baseado no uso intensivo combustiveis fósseis e seu efeito nocivo
sobre o planeta, sejam baseadas numa
de tecnologias altamente poluentes, ou
1 pela sociedade em rode e pela globaliza-
i ;Ê íí ; rítr?i l : ! ? i i r i;' i
lizam fontes de energias renováveis. seja, sob o mesmo paradigma no qual foi matriz renovável (-2 mais equitativa.
A ação conjunta e encadeada a tim de çao, implicará mim alto impacto sobre o basearlo o desenvolvimento dos paises
produzir a energia no futuro de forma modus vivendi, pois uma nova matriz ener- ricos) não só representa um risco para
:

R0 ferëncia s

i Íii:ii=i,,iãÉ?i:;ii;É!fi:ilí
, ii, :;; í:i; ;:= !t:i.i:,;:i;;t
sustentável depende de uma articulação gética regucreiá novos hábitos de consumo as proprias populações e biodiversida-
CALLON, Michel. Analyse dos relations smile-

i:. i.::=; :: ,:ii ii ;i]lti


entre estados, empresas e comunidades e novas relações liornem-arnbiente. Entre
. des nacionais como um risco a todas giqucs Gn tre lul'›or‹1toir‹*s tiniversíftrircs (fl clttrc-
(Podohnik, 2006: 168). Tal articulação terá os agentes que se destacam neste processo demais regiões do planeta lPodol›nik, prises. Rr'~st>aux, Annév, v. 18, n. 99. p 171-217,
l está o Estado, que possui relevância im- 2000.
impacto importante na redução dos “cus-
,i

2006]. Ou seja, a nova matriz energética

É
I)l;`BElR, Jean-Claude; DELÉAGE, .lvan-Paul;
tos adaptativos" lliagc, 1997) das inova- par no desenvolvimento do setor, podendo que esta emergindo deve não apenas ser
I. llEMERY, Daniel. l.,es scrvitrrdcs de lu ptzissuri-
ções que comporão o processo de transi- reeditar um novo New-Deal capaz de re- Fäpar. de reduzir seu impacto em termos CC. Paris: Flalninarion, 1986.
i, ii : i; i i i lili

tl

ii; =22 í i. i; i 9! í t i
t ção, um dos grandes desafios econômicos cuperar a economia [Gíddens, 2009: 1461. DUNLAP, Riley E. et ul (eds.}. Sor'1ologicol
ambientais, mas também fornecer energia
;z; ;:; :i ; i zi:íi;

theory ond the ‹zvn\.'1`romnent: Cfilassical inunda-


‹ para a implantação de uma nova matriz Nos EUA, por exemplo, as isenções fiscais
i
de forma sustentável para uma demanda tions, coiltornporary insights. Plymouth, Reino
energética. A gradual transformação des- federais e estaduais, aliadas ao crédito- ~¬ , crescente (Leahy, 2008; Wingert. 2005). Unido: Rowman & Littlefield, 2002.
t te sisteina pr-la ação destes agentes pro- carbono, são os principais instrumentos `, GIDDENS, A. Tlm politics of climate change
rt ›
Os países ricos deveriam ter como corn-
indutores do mercado e da demanda. O cmn1›n`‹lge. Cambridg‹_é_ Reino Unido; Polity
l du7.irá não apenas efeitos benéficos para Promisso o incentivo e a transferência Press, 2009.
o planeta, incidindo na redução das emis- desafio principal para as próximas décadaS
Ê

dessas tecnologias para outros paises,


‹ sões de gases de efeito estufa, mas tam- Ó construir um mercado sustentável eco-
HAGE, Jerald. Adaptivu costs: a new institu-
?

~,‹_-.z ÔSSim como deveriam auxiliar no próprio tional. paradigm of rules tor the competitive
t bém sobre os indicadores de acesso e uso nômica, social e ambientalmente. O pâpfif fÍ€S0nvolvimento das mesmas, como for-
game. ln: The workshop oi ISA RC no. 2-Krmw-
É

13;
ledge, econoniy (md society. Montreal, Canada.
nquitativo da energia. das agências internacionais também é full' 11%..
É

‹ damental, seja para a indução e o fomenÍ0


‹.›\¬. "'16 de mitigar o impacto provocado no july 3-5, 1997.
É

6. As escolhas energéticas feitas no 3:' ›


Pässado e no presente pelo uso de fontes KING, Leslie; M‹:(ZARTHY, Deborah. l;`nviron-
t passado e no presente continuarão a nos das discussões e práticas, seja através dfl .J ff- mental svciology: irom analysis to action. Ox-
de energia poluentes e não sustentáveis. ford, 2005.
à~". _
afetar de forma permanente por dezenas construção de novos marcos regulatóriCIS -Ã Täl esforço esbarra, entretanto, na lógica
E

I .gi-,
.int ,
›' LAFRANCE, Gaetan. La boulirriie fl-nvrgétigue,
de séculos. O papel de uma sociologia regionais e internacionais e a pr0poSíÇã0 Cüncorrencial da divisão internacional do sriicizlc de l'¡1urnr1nilé.? Quf'.>l)L2(;, Canada; Edi"
‹ da energia é mostrar a interação homem- de metas e objetivos comuns. '-tÍ' ,, Á'-Í Uâbalho e na tendência à concentração e tions Multil\/tondes, 2002.
Por fim, destaca-se a importância da Y LEAE-IY, T. Discussion of “Global Warming and
meio, atraves do uso da energia, desven-
t Centralização de tecnologia e da produ-
:;

Sociology". ln: Current Sociology, Sage, Los


dando as determinaçoes e os fatores que criação e consolidação de redes de PG5' ção das novas energias sob dominio de Angeles, v. 56, n. 3, p. 475-484, 2008.
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Arnonio 1). (I/›:rrA.~:z «Sr Lorusssia Hoi.7.i»ê.-›.z\=N DicroNÁR1o DE TRABALHO E TEcNoi.oc.rA

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l.EVl?R-TRAFY, Constanre. Global wurmirrg acadêmicos e' os saberes “investidos” na tal tendência. dando centralidade ao sujei-

i i:i;;

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marcas de debates da história das socie-

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i É ã Í ri i : i É;, ii i I i i : 1 i::=,i ;i : : : ;: i:
and sociology. Current Sociology, I'ri¿.iÍ.,2008.
experiência de trabalho que faz a ativida- to em atividade nas situações de trabalho. dades humanas quanto às situações de

Ê
ONU. Tendências globais do investimentos em
de humana [saberes “desenga¡'odos" e
i Sendo a atividade expressão de um sujeito,

i i i I , : r i i; j ; j : i , ; ., i , I : ; ; :ir
trabalho: os conhecimentos acionados. os

=t::ijiili
2i,i1z=:i,ii:ii::i; ;.1..:,;,=i,;:i; i::;:tl;:::
energia susteiitzivel. 2009. Disponivel ein: www.
iinep.org/]1t'lt/Global_tieiids_report_2Íl0E).pdf. "e¡rgujados"]. Yves Schwartz distingue, ao rnesmu tempo singular, e portando nele sistemas produtivos, as tecnologias utili-
l'Ol)()BNll-í, Bruce. Global energy shiƒts; los- entre os caminhos possíveis de produção próprio 0 social, é possivel, neste re-conhe- zadas, as formas de organização, os pro-
tt-ring sustainability iii a turbuient age. Phila- l
de conhecimento, as disciplinas epistêmi- l cimento do trabalho enquanto permanen- cedimentos escolhidos, os valores de uso

i;; ii ; ;; i

i t ; i i : i : ; ; ; : ; i : i ; ii:;i : : i :: ::i i : : :
delphia: Temple Uriivfzrsity Press, 2006. 1
cu e ergológica. Nesta última, a dinâmica te, acontecer de se estabelecerem conexões selecionados e, por detrás, as relações so-

ÊÉ
PRETTY, .Jules el al. The SAGE handbook of en-
virorimeril cmd society. Los Angeles: SAGE, 2007. de produção de conhecimentos acontece entre as dimeiisöes micro e rnacrossociais ciais que se entrelaçarn e op‹`i‹:ni os ho-
RIFKIN, Jeremy. The hydrogcn economy. New das relações de traballio. As raizes dessa

-;iií.:=
nas ressingularizaçóes praticadas pelo tra- mens entre si. Tudo isto cristalizõi em si
York: 'l`àircher, 2002.
balhador, lugar de uni debate vivo entre abordagein estäo, lUI'l(iame1'i1almente, Em produtos da história anterior da lrtrniuriida-
SCHNAIBERG, Allan. The enviromrrent: Íroin
surplus to scarvity. New York: Oxford Univer- normas antecedentes e renorrnalizaçóes très aportes: al 0 da filosofia da vida de Go- de e dos povos" (Schwartz, 2003: 31. To-

iii: !;:;i: ii:: iiiti: li.Eãl;i j;i i


sity Press, 1980. parciais (Schwartzz Derive. 2007). Assim, orge Cmigiiílliern. que concebe a atividade mar como referência básica ai ati\=idade

ji
TRAINER, T. Reneivohle mi‹)r_‹¡y rfrninot siismiri
para cuinpreender o que St-2 prodt|7. na ati- liumanéi couro uma necessidade vital do para se pensar o traballio implica re-sr'tuar
consuruer society. Spririgur: l'iardback, 2007.
vidade iirdustríiosa Ó necessario toma-la liirrmino de “viver em saúde" (Canoni- a relaçäo entre 0 conhecirn‹~rito pr‹5-‹=xis-

i:::

;::l
=:
União Europ‹.'i‹i. Socio-cultural rleter'rnin(rr1ts of
j.ii;i

irrriovuriori Ín the setjmr of e¡rer'gy proo'uc!r`o¡i, corno “matéria nstrangeira" a todo saber llrem, 1995]; b] ‹› da ergoironiia da ativida- tente sobre o trabalho e aqunte oriurrdo da

=
2008. Disponivel em: w'ww.ei.irope-iiinovaorg/
estabelecido sobre traballio. Trata-se de de, que ti úrrjgrilogla conírontará e dialogarti experiência humana em atos laborais. O

: i i: ; i=
ser\'lPL/D0('?cid =- 993.5 Mg: EN.
\/AiLL¡\NCUURT, Jean- Guy. From Human Eco-
loqy to Globo! Ecosocrology: A corriparison he-
i:,,,;i=; ;'"=i1; ii;
abordar o traballio o mais próximo possí-
vel do ponto de vista daquele que o execu-
L
com o ptitriinônio filosóíico e das ciôricias
liumanas lScI1wai'tz, 2000); cl e 0 da ideia
que gera, ou deveria gerar, nas pfilavras
de Schwartz um de.s'('onfor'!o inlelvcturil

= §:;

:;;
twt-t-ii the viiifiroriirieiitfil srwitilogies of Riley li.
ta. daquele que está em atividade. A ergo- de ‹‹‹›mnnr'drr‹ie cient¡Ir`c'u ampliada -- a Írcnte tanto às cletiriiçöes o aos cori‹'c'zit‹is
:i...=i: É:ii i;;iiil;ii:

Dunlzip and l¬'r'i-‹lt>ri‹'lr H. Birllcl. in: l\'lEl-IT./\;


(_)ULl,l¬`T [e‹ls.] Ífn\'ir‹›n|rrorrlril S0‹'r`ology. New logiü não se constitui, entretarito, nurrid partir dzi ‹~ooperação entre trabalhadores pré--existentes sobre o traballio rprzzntzi ;`i_‹,~

, ;;;: ;:: É
York: ('airi¡itus Press, 1995. ria l-iai italiana, sindicalistas e universida-
nova dis‹'iplin‹r, tiras numa abordagc-rn do V-*ÍGCÕQS em ato à espera de ctrii‹'‹-›rtiiz‹‹;ao.
i:
\'\'AíšNER, li‹.-rin‹iiin-.li|s‹2l. !:`nerg.¡y; the world's
traballio pela atividéide huinana. 1'-Issa cen- de (Schwartz, 1988]. Quanto a esta última No bojo desta tensão potli:-.se protluríi co-

,t:

i::,=ii.i,ifiiii:,i-
Jari* tor t|“s‹iilr‹1~s iii tliv 21°' ('l‹:1itiii^y. Friink-
1 licrarica, apos apontamentos críticos, ô er-
tralidade da ¿‹itividzrdc corno eixo dc Coris- =, iilioriinento mais proximo do irtilizaltro
:
lur1: Hair-¬ l-'ulilit-liíiig, Ztltl?

iÉ, i;i ;!;i;iiii

ai::=
\'\']NGl:_RT, .lufiri-1.rr('_ Lu rn* uprüs lc ¡›(~Iro¡i:>. trução do conlrecimerito coiivoca todas as ll gulogla denominará dr`s,r›ositivo dinârriico etulivariierite realizado, matriz de niudtiri-
Paris; l_'Ídit.iuns .fi\utrr~m‹'›nl', 2005.
disciplinas ao dialogo e à coníroutaçáo.
;:i ri três polos. A ideia (1 criar lugares de on- e, portanto, de variabilidarles, de lin-

3i=,',:}.ê= ii: j i !:3


por isso pode-se pensar num convite em rorrtru e controritação entre os saberes da previsibilidades. Face à deirianda por ver-
í;?;i:

ERGOLOGIA eslurço iritertliscipliriar, quiçá trzinsdisci- Í-'X]'›eri‹"u'r‹:ia (izivostidos na atividade) e os balizaçao pelo trabalhador do ocorrido eni

';
plinar (Domingues, 2005), implicando re- saberes constittiídos, codiíicados (dispo- atividade e. ao niesmo tempo, a proble-
:ii:,; ;i! i: i :; i
Dzrisy i'Vlor'eirri Ctmhri
Maria Cloro Bueno Fr`scher Cttperm' zonas de iricultura pmvonietitefi niveis na Universidade ou nas escolas do matização do já riomeado, um ctirrir-‹~:it‹›s

i::; l?iiii:
1
Nuiru Lisboa Fmnzoi do próprio desenvolvimento da especiali- lurinaçào prol`issj‹mal) {Sclrwéi1tz, t$)97]. ou em normas, de torrna antecipada sobre

i,
zação ‹:íe1itíƒi‹¬ài e da ausência de comuni- A l3'‹'11'tir desses aportes, uma série de ins- o traballio hurnano há uma ‹:‹›nvocação ao
z- -s
1. A ergologin (do grego ‹-:rgo que signi- ca ção entre os campos científicos. tituições de pesquisa e forrnação foram diálogo entre trabalhadores e pesquisado-
íil:

fvz
iz
desenvolvidas especialmente rias univer-
lica “açâo, trabalho, obra") interessa-se 2. A ergología aparece nos anos 1980. .fi
il : ti l: ;;; res. Numa espécie de contiriirirrii para

riiii= ;:i :
tE:;iti1,ii

pelo trabalho corno atividade humana. num contexto de reestruturação do sistema . 3.Ar › sidades francesas, atendendo estudantes aprofundar a possibilidade efetiva de diá-
Serido a atividade scrnpre algo entre O produtivo e de novas formas de gestão (10 if
'll11\'erslIé'irios de diversas disciplinas das logo entre sujeitos situados nesses polos
consciente e o inrforisciente, entre o corpo trabalho. Nesse contexto, acontece, tamr Úêflfiiêis humanas e assalariados em re- pode-se citar a Cornurridurle Cr`en!1'Ji`co
; Ê;iii:

ii:
f1
tr o espirito, é iinpossivel conliecê-la de bém, um movimento de renovacíio da so- Ji' gime de lorniação contínua sem diplomas Ampliada e 0 I)isposr`lr`v‹› Di`nâmir_'‹› fr Três
1.1 .-
uma vez por todas. pois ela esta mini per- ciologia, para compreender, para alem de 'Jni\'er.~;it¡irios. Polos. Estes dispositivos de colaboracao
,-šø - _›
lllölltšlllfš ]'(!l£i7.Ul"'SL*. Ill) l]l()ll10llÍO lllCSfll0 abordagens nia‹:rossociaís, as contradiçõflfi 3. Atr`\›'Jd‹¡‹lc induslriosa é 0 conceito ::f; miistitirerii-se em alternativas para pro-

i:ii
em que acoritece. A abordagem ergológica das relaçoes trabalho/capital nos me¿1I1^ flfntral r-'› o trabalho objeto primordial da duzir conhecinieiito ao tomarem a ativi-

: ::
do trahalho exige, entao, uma prática de dros do processo de traballio. No-eiitalllfh gh E m9”l0š_lÍfl. “Nenliurna situação humana, dade como noção ceiitral para conlrt-,›cer e
conlruirtos coristaritos entre os saberes õi ergonorriia e a ergologia vão radirtalizdf Min* liúifiria, concentra, 'carrega' tantas transformar o trabalho liurnano.
f-,fig .
1*-*fi fr.
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162 -Í._Y t oil

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ANTONIO D. CArrA_Nr & LORENA HOLZMANN
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t: ii:: 'l,:iÉii ãst i;:: ?j !: íi ,;li*§= í :ii=:


Sitivos técnicos (concepção de ferramen-

J,
33. __. Entrevista à Trabalho, educaçao e soti

Éii;ãi;;? íã;r i rÉ?


crnancipatórfas abertas-na contempora-

ÉÊ

{i;ããii;:iii;:::!ii ;iiiiiliiii
É;í:ÍÉÍ;iii:ã:i;:;
i:iiiiii;iiii+,li i;i i'i't=ii ii;i;i:rii:
A ergologia. através dos debates sobre

o , i:
:ãliiÊciê:g;
iiitiÊtíí;Ê;illil?ii;:;lÉ::iÊ:iiiã;r;ii!i:

i.g t:5
de, v. 4.11. 2, p. 457-466, 2006.
neidade. Alem da dímcnsao investigatíva, tas, máquinas, espaços 0 dispositivos) e

fÊ;;i iÉilii::;:áiíii,:: i;;:iiiÉ;;::= i;ti;


a atividade de trabalho, contribüi sobre-

tí'*É
__; DU RRIVE, Louis. Trabalho & Ergologia:

ài
o olhar atento sobre a atividade provoca é avaliado, principalmente, por critérios

i
maneira para as reflexões contemporâne- conversas sobre a atividade humana. Niteroi:
as sobre'saberes dos trabalhadores, qua- o repensar das propostas de formaçao do UFF, 2007. 309p. pertencentes às ciências biológicas e so-

í
trabalhador em que a dialética entre esses ~à ciais (Saúde, Sociologia e Economia, en-

EÉÊ
lificações e competências. Reconhecer a
ERGONOMIA

ruê €. r : 7.íií;:iãi=
dois tipos de saberes seja fundamento de tre outras) (Laville, 1976; Wisner, 1987).


Êi i: ::i i;:li;::i:t: ;:i:'i: iiiii ; l:i:
<;ê
singular implicação do sujeito em ativi-

;:i
dade de trabalho remete à reflexão sobre projetos politico-pedagógicos de traba- 'J Paulo António Barros Oliveira A ergonomia compõe-se, em síntese, de

= :t!:;;;;Ê:E:!+=1r;irti?Ê
lhadores. Dar visibilidade e analisar a ati- atividades complexas e interdisciplinares

ii :I::: i;I
subjetividade no trabalho, a exemplo de
que buscam compreender as situações

i:s;; i:.;r:::i;l!= i;l i;i r:; :i :i : r


vidade de trabalho com a colaboraçao dos 1. A ergonomia é o estudo da adaptação

ij:=ui;ã:É::íiii;;ii:ir r;ii;i;il
i'r Iii 5:i;i ::;i;Í
uma questão muito presente no debate

i;
i=,;ll!::;l:i:,.;;:i:'ii;;;;

i:Ég il'".::.'.
3
sobre as competências. Mas, sempre to- mesmos avança na identificação e com- do traballio ao homem. Mais especifica- de trabalho para promover a transforma-

E. É;:
mando a atividade do sujeito como uma preensao do porquê e como se produzem mente, o conjunto de conhecimentos ção do processo produtivo, priorizando as

t:::
síntese, do pont.o de vista da ergologia a os saberes na experiência de trabalho. relativos ao homem no trabalho e à con- necessidades dos trabalhadores. Eviden-

F
competência é uma dialcâtica entre os vá- Contudo, faz emergir também o problema cepção dt' ferramentas, máquilias (-3 dispo- viarn-se duas de suas particularidades:
rios "ingredientes” giro o sujeito em ati- da vorbalízação da atividade do trabalho sitivos que possam ser por ele utilizados natureza aplicável e pluridiscíplinaridado
(Marcelim Ferreira, 1982].

á";;
vidade aciona e, porque dialética, escapa pelos próprios trabalhadores, problema com o máximo de conforto, segurança e
às tentativas de exaustivas listagens, seja vasto que nos convida a refletir sobre os eficácia. A ergonomia difere do outras 2. O rleologisrno foi proposto em 1949,

E
por parte das classifi‹*a<_'ñe.~.= das empresas, limites o possibilidades do couliotfimento disciplinas que tentam adaptar o homem quando da fundação da Ergonomics Rc-

=
l
seja por parte das propostas peclagógicas cm ciências humanas quando no contexto
; i . +!uii!:::i;.;:,;:,iS.i?i;=r aos 1n‹'~io.< 0 condições de traballio prede- seorch Society, na lnglatt-zrra, e é formado
:

í l:i É: §=;: i l: Ê*;::::


de abordagens comprccnsivas. lerrninados, ou que tentam sclecirânar 0 pelos termos gregos ergon, que sigriifica
i Í ;ii ;, :j
que buscam listar os sabores que corn-

=,
,
.' š'

s
põem as cornpetêncins. 'liiiiiàttla neste homem adequado para ocupar um posto trab<ilho, tê nomos, que significa regras,
z.
ÍI fã
sentido, a cornp‹:trÍ~mi.1 6 uma tlirr'|ens‹`io pret`on‹?‹~>bitlo. Ela estuda 0 ‹l‹tSt_=rnpenl1o normas, leis naturais. A palavra já havia

.çÍ i: j:::ii ii íi a â;; i,E:


: i i i^ :e( :', :e
Referências r
¿.
z›.‹».'
da qualificação, que tcm três subdimen- ,t do hoinr-rn em atividade profissional e ha- sido utilizada pelo polonês Woitej Yas-
ji::

CANGUI Ll-lf:`lVl, Georges. O normol P 0 patoló-

i:
i=
söcsz a experienciàl, a toriroilual ‹> a re- gico. 4. cd. Rio de .larwrroz Floltfërncv Universitá- Seia›so, cssoiirtialmento, em conhecimen- tombowsky em 1857, com 0 significado
4.
ria, 1995.3061). tos tomados a antropometria, fisiologia, de “(`iên‹ƒia do trabalho, baseada nas leis
lacional. Permancccm ein aberto questões 2”. _
CUNHA, Daisy Moreira. Notas crmccituois
importantes. Como validar e reconhecer
:ii.:=. psicologia e sociologia. Segundo a Asso- objetivas da ciência sobre a natureza"

;íi;ãji!3'EEis=.;ÊfF
sobre trlividtrde c corpo-si no uhordagem ergo-
as varialailidatles sirigularos na ocupação lógim do traballio. Trahallio aprt.-smità¬tdo à 30” ciação lntornacional de Ergonomia, essa (Lavdle, 1976]. Apos a I Guerra Mundial, 'E

;
i

Rculliáu (fü Anpud. Ca)t<unlJu, 2007. disciplina cientifica trata da compreensão a ergonomia se expandiu para os Estados
de um posto do traballio para aléin dos

É
ii;i:; ii:llli:;
;i::;,;;Í

DOlVllNGl_llÊ5, I. (0rg.). ('Íon¡¡ecirm_°nlo c frt.mS-


Ê

valores competitivos pres‹>.ri1.‹›s no mor- das interações entre os seres humanos e Unidos e paises industrializados da Eu-
di.scipl¡`nur1`dur1'c - aspectos m‹›todologic0S«
i= i : : : , ;

cado de traballio capitalista? isto ci, como Belo lforizonto: Ed. Ufmg, 2005. outros elementos de um sistema e da pro- ropa. Seu crescimento deu-se pela con-
trabalhar na perspectiva de garantia dos GIJÍÉRIN, F. ot al. Cornpreender o fnrbalho ¡mit! fissão que aplica teorias, principios, da- liriuidade do trabalho, na vida civil, de
i:;; * ii j:!:i,

lr‹msf0rm‹i-lo: a prática da ergonomia. Trati diversos profissionais, notadamente en-


direitos coletivos de trabalho dando visi- dos e métodos a projetos que visem otimi-
Giliane M. J. Ingralta. Marcos Maffei. Sã?
bilidade, ao mesmo tempo, às subjetivida- Paulo; Edgard Blücher; Fundação Van-zolim. Zfif 0 bmn-estar humano e a performance genheiros, fisiologistas e psicólogos, que tw
J-É
2001. 2001.1. 9101361 dos sistemas. haviam trabalhado em equipe no esforço
des, sem cair nas malhas da cooptação do al?
J'-› .
Ízl.
SCI-fWAR'l`Z., Yves (org.]. Recormflissances dll 1-2; JgÉ
;i :::aii;:

trabalho pelo capital tendo om vista sua Os orgonomistas contribuem no plane- de guerra. No período de 1940 a 1965, no-

E!EÊ:3!q:

ci ,-z:(:r
rruvoil -z Pour une approche ergologique. Paris:
r: i i

valorização? Mas é justamente neste ter- PUF, 1997. ._,. . Íümerito, exttcução e avaliação de tarefas, tadamente nos Estados Unidos, os maio-
Fã Püstos de traballio, produtos, ambientes e res investimentos foram aplicados na Er- 'fl
reno problemático que o conceito de tra- ___________. 1,8 pflrddígrrlrr (-\rgolog`íqt¡‹: ou um mé-
:l;:; lÍ

.ru Ê:
i,

fier de Plirlosoplre. 'fnulousez Editions OctàrfiS. ¬‹ .. Sistemas, a fim de torná-los compatíveis gonomia Militar.
É:ii:=
balho como atividade humana amplia e 4”
enriquece as leituras das transformagöes
2000. 763 p. “:.'..
Í rf
'
fflln as necessidades, habilidades e limi- A primeira associação de orgonomistas š z-
_,____M____. Théorivs do l'ar1ion ou rc-ncontres de ,#0
,,,

.
321»
em curso, realçando o antropológico e on- l'a‹'tivité. ln: BAUDOUIN, J-M.; FRll%DRlCl'Í- tä§`Õcs das pessoas (ABERGC), 2000). A surqiu formalmente em 1957, com a cria-
í; ii
.Ianr-tte. Thèones de I'oi'f¡o¡z et órlr:ca¡i‹›¡1. BTU' ,_
i

tologico da experiência do trabalho, tm- -à- Pfálica da ergonornia constitui uma par- ção da Human Facfors Society, e procurou
xellos: De Bocck & Larcicr sa., 2001.3124 p-
zendo elementos para se pensar as múl- 11'* 5
cela flü arte do engenheiro, na medida integrar os chamados "fatores humanos" ,, .
;_¬,«
ÍÀ. Trabalho e sabor. `lrohalho &'EducuÇCÍ0- e 'zêt
,,

tiplas facetas, bem como as perspectivas v. 12, n. 1, p.21-49, jan.,/Jun. 2003. ., *I em que sun resultado traduz-se em dispo- à concepção do ambiente de trabalho, por z-ft 5

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A.N'rc›Nio D. C.A'r"r,u~u & LQRENA I~-Io1_zMftNN ` D¡C,ON¡,_R¡O DE TRABALHO E TE(¡NO1_0Gm

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meio dos conhecimentos de Fisiologia G tos referentes ao levantamento. transporte


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do trabalho, cultura organizacional, orga- seus custos diluídos entre outras rubricas

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l
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de Psicologia, de modo a bem adaptar esse e descarga individual de materiais, ao mo-

õ:-', i

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nizações em rede, teletrabalho e gestao Wtítsner, 1987).

.i,,
ambiente de traballio ao homem, realizan- biliário, aos equipamentos dos postos de

B: aE § i dXi

o.:
da qualidade. A ergonomia preocupa-se com os meios
do pescftiisas em laboratório. transferindo traballio O condições ergunômicas para 0

(;

o I àFazi
A ergonomia possui duas grandes su- e condições de execução de trabalho, en-

!
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!ii.=i".;1=,ii

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I r j j.:::1;,;i:;
E o " = qad ::
=,-:
os resultados obtidos para os postos de exercício da atividade com computadores. 1

O o õ', dr !., -!
- E @ - 6

çãn,E
bespecializaçöes. A primeira é a Ergo- trc eles: o homem (características físicas,

?-.: E Z. p t::.:-:
=
traballio. Preocupou-se corn o estudo do As normas contemplam. também, o traba-

ã É â . ãs .

F', lÊ!:9

n
r:
nomia do Produto, dedicada a analisar zi tisiol‹')qicas, influência do sexo, idade,

: ! :5 ! z :
chamado sistema honiern/máquina e, atu- lho intelectual e a organização do sistema

ú
i t'011Cc]JÇä0 de produtos e sua utilização formação, motivação, história de vida); a

ãã
tn
À
almente, evoluiu para a Macroergonon1i‹'i, de trabalho. a análise das normas de pro-

:,ãj

2 lE;
C\.
!:
pelo consumidor, auxiliando estudos de máquina (englobando os ineios materiais

r = ).:,::: =:=itlN:
incorporando conceitos da Sociologia. dução, do modo operatório, da exigência mercado e avaliando custos de Íabrica‹¿ao. c os objetos de traballio - lerramentas,

-=Y

lztíi iiti;::i
Outro caminho para analisar o trabalho de tempo, do ritmo de trabalho e do conte-

r -

c
A segunda a Ergonomia de Prodtuzêao, equipamentos, mobiliário, instalações); 0

ii

É
é o estudo de campo, que observa e ana- údo das tarefas dos trabalhadores.

l!
voltada para o estudo das condições de .zimbit-:nte (espaço de trabalho, incluindo
lisa a atividade de traballio em execução 3. A ergonomia possui três domínios de

.j ;.; : i gi7 ; : : : :; =r_=i

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i 2=.= i;:;
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E:
q::-::
t :
:;.r1;:",.=-:.-
traballio. Neste caso, it aiiálisv do traba- asperrtos físicos. químicos e biológicos,

: . i. : .
efetivar Seu inc'-*todo Ee a Análise Ergono- especialização. O primeiro é o da lirgono-

.á!= i:* : |:: !

: - c 6 <

íi =::.A::;!

+._'J: | : -". 1
llio nas éiti\‹'irladr.-s industriais v ¿i conlron- corno temperatura, ruídos. gases, vibra-

;;..
mica do 'l`raballio, centrada no cxanie de mia Fisica. que concerne às caracteristi- Í

r_cE::::
tação entre traballio pI'‹=_~;c1'ilo O I.t'z-ih.-illlo ções, iluminação e cores, entre outros);

j
sittiaçoes reais de tmbalho, privilegiadas
:it"""li'i1.,ii:i

cas da anatomia lt'um¿ina, ant1'opomelria, tr

i=i : I: :l'"
= " !:;
! :.i:='-.-.
iI
as inío1'nia‹;ôc>s (comunicações entre os
iíiiiíl;1:iiiz;,:!
real permiteni que sr- olitotiliztiii nf; mtf-

i*
corno inomentos primordiais na produção .J
fisiologia e biomc-cênica, em sua relação lhortfs resultados [Wisi1t›r, 1987). Esta, por elmnentos do posto de traballio, ri trans-
de conhecimentos. Tem corno pressuposto com a atividade fisica. Os tópicos conside-

j:
sua vez, sf- desdobra em três rr1odalida‹li,›~¬':
i Y '.. ,- i
: :o :! -: í:: -, -I ;:.-:: j ":.-:: 1.:= ! F1rÉ:
niisszio, recepção e o processaniento de

ii
?::;
-= ç
a participação ativa dos trérbalhadores, in- rados são a atitude no trabalho, o manu-

-.i
l-Írgonomia do Concepção, l`;rqonomi‹i ‹_!z› intornizaçõosl; a org‹ini7.ação do traballio

-.
cluindo a discussao dos objetivos do estu- seio de materiais, os movimentos repeti- !
?,
i

(Íuricçao c lírtioiiriinia de Miirlaiiça. A t,in1‹›‹|ia‹';ao dos elementos no sistmna pro-

I
do e o cs‹:l.'irccimrzntti, arites da realização tivos, os distúrbios músculo-esqueléticos
1: !::: I JI ,.=

l,

á= r=.o ê
ú l:
primeira Ó voltaria para ii r°o¡i‹*‹*pc¿io rio ›lotš'~.'‹1. incluindo liorários e turnos de ¡ra-

i
da análise crgo1if›rr.ica, das respectivas rolacionatlos ao traballio, o projeto de
-:a:,
,...

:i,
tlrojeto iiulu‹_¬'trial ‹_- apresenta o custo :nazis lmàtltri, formação de ctluipes e liieriirquial;

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rcsponsal,›ili‹ladê-às do todos os atores en- postos do uéibzillio e a segurança e saúde.
a:

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baixo ‹>,1n(*lliotos r‹âsultatlos, en1l›or‹¬i ‹›,\' ijú tr .is cmi:,<‹,-.qitêiicias do traballio Ígastos

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ií;ii ; :;: : i =1;!:;i ii i


;
volvidos (Gt1ét`it1eIo'l., 2001; Fialho; San- Por sua vez, a Ergonomia Cognitiva de-
.'.i

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li.
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infos t`t›ul1ecimc|'ito ‹.e r:Xpe1'ieticia por pai- c1i‹›ig‹^.-ticos, fadiga, estresse, controle

; i i: .,::: : ; o.õ

i --
:
tos, 1995; Luna, 1995). Conhecida corno dica-se ao estudo dos processos mentais.
;: :, : ; ç_:: Ê à ;,
À - or
ltë do ergonoim.~;ta. A Ergonomia de (jor- de tarefas, estudos de erros e acidentes)

-: : == i::=-"1.
E

= -
Escola Francesa, apresenta novas possibi- tais como peru-›].iç{io, rneniória, raciocínio

=
::
: ;:
a
ii
i t Ieçãzu, a iriais irequentcincntc iitilizútizi, ttšueriii cl ol., 2001; lida. 1992). Todos es-
._

==.
lidades relativas à metodologia de análise e resposta motora, conforme estes afetou:

:=q
busca soluções fi problenms detolítziflos
!i

se-s clcinr-ritos são ‹1el.er1nina(los por lato-


ir;'::
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5.
do traballio, às técnicas de observação, interações entre Seres humanos e outros -
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ãi
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t ; : c i;
Clumnte 0 (losenv‹›lvin'1ento do ]Jmt_'‹-rssn
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rézs e‹¬‹›nôinicos e sociais.

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formas de intervenção e à participação elementos de um sistema durante o traba- `
j

produtivo. Ela tt»-ni custo niais ele\-=atlo,


i

= -:

A âuiálise da atividade em situação real

-
i.

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dos trabalhadores. lho. Os topicos observados incluem cargfl -.i .i
= É: É! i ; ; 3

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P015, frerpientcinente, implica modifica- de traballio tem identificado um modelo

t ;, _.-i IE ci
i; :j é,Et :: i i;;

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t =.lt-:,-:
Atualmente, em termos int.ernacionais, mental de trabalho, tornada de decisão. QÕBS na o1'gani'z;‹içäo, na tecm›loç¡i.>i, mn do utuaçíio do homem em ‹:ont;liçä0 de

!i
=

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ocorre uma síntese das duas escolas, na pt-vrfornmnct: especializada, interação ho- '.
:

máquinas e equípainentos, p1^‹›\=ocrar|‹lo


= == :i i ;

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t1'abài]bo repetitivo, com exigências de ra-


1:t::.:

.l::
ii1i.

i:::
1- <, É
tentativa de incorporação do que ambas mem-computador, estresse e treinamento.
=.
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Pfifüdas do ])1'o(Tes.*.‹o produtivo durante os pido-.>. e precisão, transformando o traba-

i i; :: i : !i
i:

r:,, i,: ;.::


têm de mais positivo e reduzindo insufici- Por último, a Ergonomia Organizacional. Períodos de implantação. Por lim, a l¬Íi‹_4‹›--
; N': tr.

3i
tJ:9
jI i| =ía zf
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lhador em um sistema variável que deve


ências niutuas. especializada na otimização dos sistemas .¬¿ _ flomia de Mudança Ó baseada no acom-
!:
1

á; e:

r‹a~.<pon‹lcr, atraves de meios diversos. às


:
a

l= r*;
:
A edição de regulamentações, como za sociotecnicos, inclui suas estruturas 01'95" j_
i::: ;:;

3 -+ L
ii:i;ãfi

Pflflliamento e ‹^.t\'¿ili¿|ção 111”.-rrnatieiilr-'s tlo


ir: i :!- -==
‹=›<ig‹Í-ncias de uma tareia igualmente va-

'j
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i:
! : .!2'- !-- =
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+377
Norma Regulainentadora 17, do Minis- nizarionais, politicas 0 processos. Os EÓPÍ' ,,"_z;,- -›
c-
4E
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IlÍ0L`‹:sso produtivo e na intervenção no ri.'m-l, num esquema espaco-temporal e

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: -= I=;j
'az r '-

==l.,..
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tério do Trabalho, em 23 de novembro de cos relevantt-s incluem comunicações. Ele' L- Q 2.
an
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À

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=

¡Ífin-*¡L*u1`s‹.i do mudanças, de a1iiplia‹;‹›‹':s; ‹i¡ft¿m|za‹;i‹uial rigido (Paraguay, 1987]‹

í=:::l
«Ê +
1990, e ‹-1 iiiipleiiientaçãio da edição de rencianionto de recursos do tripulaçÕ€5- ' , de f'ornpl‹:xos produtivos, con.'»'‹~rto:< ou de
?

A tiaiiirsitirtiiuçíiti clessos coii‹liç‹"ies não


: !:;:

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normas internacioiiais a partir do final dos projeto de trêtballin, organização t‹>nip0l"3l
Éi
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É =a

mdfllileiiçátti (tosse processo. É i1tilZz‹¬i‹ít:


É| p-

sc wsiringre às moclilicaçršes pontuais na

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anos 1990 têm dado um grande impulso do traballio, traballio em grupo. pY0le¡° -_j 139165 empresas que a incorporarn t;‹zn1‹› iormtâ de equipamentos, na estrutura de
=|

i
ao deserivolviniento da ergonomia. Tem- participativo, ergonomia comunitária @SlraIégia e que optam por niantr-r pio- irtzimtirias e na configuração do posto de
! í

-
-ti

se dado ênfase na normalização de aspec- ` gramas pernlanentes de ergonoinizi. 'lëlm


9

traballio cooperativo, novos paradigmas`§


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Ê traballio, mas necessita de um processo


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111%
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166
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D1croNÁRio DE Tr‹.=tnAr.Ho E Ti=.cNoi_ocrA

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AN'r0i\¡0 D. (ÍA^r'^rAN1 & LORENA I-IOLZMANN

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;0 É;;1 i: : l:z;r.ai
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É?i iqtiÊÍi ; l: : ili;;:: : í: Ê.!?;E:i i;l E:ií:1
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luções que superem a análise limitada ao

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@0.ç!:L3-:.'É
iÊ :E iiitÉ i::i:=ã: i:i Eâ;:
íÉii;iÉE;i íí?: i;; :ã;=. rii; i; ;Viii;Eíia: :; ;
de negociação entre os atores sociais. O corno uma proposta de acompanhamento

Ê;ei;ÉiÉi::ÊE+iiili:;i i:i+: i;i; IIã;i; í:l


:É:ir;I;; i:ii:ií;; riiii i;:,:íÍ ir*i;r r=;;;
Eiiã,i:r;i:i
Eá+iÊ;i
;: : :;i: ij
iÊrÉ*i E i:
sistema homem-máquina (Wisner, 1987]. e sem formação; altos, médios e baixos,

Ê:rr;I ái a ii,i:=:;iiit;!ãi!Ét
resultado depende da particípãção. do de sua implantação dirigida às condiçôes
Outro ponto crucial das discussões atuais magros e gordos; saudáveis, portadores

ã;iÉái

a=;il ;:;:;;.
grau de autonomia e de cidadania e das materiais e organizacionais mais direta-
é o relacionado à participação dos traba- de doenças agudas ou crônicas (sob con-
condiçõ‹š da organização social das pes- mente ligadas ao posto de trabalho. Estas
soas envolvidas no processo. são voltadas à transformação e à melhoria lhadores. A ergonomia reserva um papel trole ou não); e pessoas portadoras de ne-
indispensável aos operadores como su- cessidades especiais. Para alguns, conce-
A Análise Ergonômica do Trabalho é efetiva das condições de trabalho, ao de-
composta por diversas fases, todas com a senvolvimento pessoal dos trabalhadores jeitos de seu próprio estudo, deixando de ber postos adequados à diversidade é uma
participação ativa dos trabalhadores. Ela e aprimoramento dos resultados. encara-los apenas como objetos que carre- tarefa impossível. "Na realidade, quando
gam eletrodos para aferiçôes de desgastes temos a audácia de corisidert-ir a questão

i; ; :i: i it;j i:: s ;íi iÉ i,jiiii?i:i;F:


inicia com a Análise da Dernanda, defi- 4. A Análise Ergonôrnica do Trabalho

='!;:i:;r,i;
nindo o problema a ser analisado, a partir não se atém a um pragmatismo nem a fisicos. que são observados e filmados e de frente, ou quando somos constrangidos

EE
'
que respondem a questionários sem se- a isso pela necessidade, vemos aparecer

|
do uma negociação com os atores sociais um Eeoricismo acadêmico com um caráter

; : i i;É
quer saberem o que esteja acontecendo à soluções satisfatórias não apenas do pon-

7:
envolvidos [trabalhadores e dirigentes da de crítica puramente negativa, mas pro-

i i!:
sua volta (Wisner, 1987; Daniellou; Lavil- to de vista social, mas ígualnitênte do pon-
errrpresal. Ela pode abranger as condi- cura avançar no sentido de urna vincula-

:í=:;;t=jlr Eii
le; 'l`oigor, 1989; Guérin et al., 2001). Nus- to de vista ec0nÔn'ii‹¬‹i" (\~'\¡'isi1er, 1987).

:
ções de trabalho (segurartça do trabalho ção efetiva entre teoria e prática {C1uérin,
Nos últimos anos, a ergonomia tem se

p=í:i;.çiÊ;i=Êi:{iÉiEi;*1:;Êi
se aspecto, a ergonomia situa-se na con-

t=;='=--!i-:
0 acidentesj, a fabricação (condições de 2001; Fialho; Santos, 1995). Utilizando
desenvolvido especialmente mn áreas

E a :/c:c=\.).c:_rÉ
cepção segundo a qual “o processo saútle/

il i i ;: : i lzii:
produção), a formação dos operadores ou, metodos e técnicas próprios de observa-
ainda, uma planilicaçfio de estudos com ;: ! : ii ii, :;: iii i tiál Êí:: gÍí
ção e de entrevistas, essa arialise procu- doença transfere-se do enfoque do proces- complexas tp. ex., em ('entr‹.iis de opera-
i:11, i: i z:::ir à::É::i:iãií
vista êi iriiplaritação de uni sistema de me- ra aprecnder a atividade efetiva e real de so bio-psíquico e ambiental-ecológico, da ções de aeroportos e polos petroquimicosl, il
- 2
discussão preponderantemente térfnica, onde uma única lalha pode provocar resul- _ ,r

!:.-:
lhoria da qualidade. A faso seguinte Ó 6 traballio, atentando para a variabilidade
para o processo social, de discussão téc- tados desastrosas, r›. nos seloi'r›s agrícola e
da Aiialise do Funciorizirnento da Empre- da situação, a descrição detalhada do É
sa ou ()rgani1.açäo, na qual privilegia-se mrzdo operatório dos traballiadores r› para nica, administrativa e politica" (l\lend‹.-is; de serviços (escritórios, bamos, traballio . á.
Oliveira, 1995). informático e lrospitaisl, tmsczmdo produ- rt
o ‹-studo da omprt-sa corno um todo, sua a oi'garii^¿at,jà‹› dinãlníca da atividade' (Da- É

:,
O mito de um operário médio, bem trei- zir conhecimentos sobre qtiestíâes advirr- Ãlflf

l;tl
- {:; v-\/
relaçíicr com o rnercado, a forma de gestão nivllou; Laville; Teíger, 1989; Guérin et
c. cvrrntualinerite, sua história. Seguem- ai., 2001). nado, que trabalha ein um posto estável, das da implementação de proct-ssos pro-
:

não corresponde à realidade, mas perma- dutivos automatizados, das organizações

ii
se a Análise da Tarefa -- 0 que o traba- A prática da ergonomia orienta-se por -.‹- _;
3'
f:;i,;;:lii;:iii,i x liece no cotidiano das empresas e d os pro- de traballio mais enxutas em ináo de obra (e L

:iii; iiiã;:ã;iÊit
lhador deve realizar e as condições zrnr- criterios do produção e de saúde, poden-
jetistas de máquinas e equipamentos. As dos trabalhos em tempo pariiial ou em tur- -.E5

e; i;;t:itii:ç:ig
ri
bicntais, tecnicas organizacionais para do contribuir tanto para a eficiência tem
tanto -- o a Análise das Atividades - como pesquisas em Antropomotria foram íeitas, nos (Fischen Moreno; Rotenberg, 2003).
termos de qualidade e de quantidarte)
áE; I:i:íruí;5:i

,ai
U6 sua maioria, sobre populações de jo- No campo da Ergonomia do Produto, a

ãi:ii Éi
=;t :
o trabalhador, ‹»_afctivamentra, age e execu- quanto para a melhoria das condições de
Veris adultos do sexo masculino, dotados ampliação dos direitos dos consumidores

E
-
ta as tarefas. Cada uma dessas situaçoes traballio. A discussão atual procura com-
de capacidades físicas e nientais médias e [cada vez mais exigentes, procurando por

1À:c
r ! [. ":i --. ç::
i;i r;É z;i;t'
é acoirrpanhada por uma descrição crite- patibilizar' esses dois critérios, sendo teri- .Ç §
itiii i;:i':.

Superiores e em boa saúde (Wisner, 1987]. produtos diversificados, adaptados às suas

i
riosa, observações e medidas sistemáti- rlência que se chegue a um meio-termo.
;

cas de variáveis pertinentes. Sucede-se a Essa população é a dos laboratórios mili- necessidades, de boa qualidade e seguros)
Entretanto, perduram divergências pm' :=‹r' z
tares. onde os sujeitos são jovens recrutas, e a competição industrial têm estimulado â'-É

z
elaboração de um Diagnóstico Preliminar, fundas, pois lucro e saúde são, por vez@S. vê;
9 i-1 dos laboratórios universitários, onde a apresentação dos requisitos ergono-

ítr<:=-:
o qual é apresentado aos trabalhadores
para que 0 validem ou näo, contestem ou
incompatíveis (Lima, 1995). Exemplos dis-
so são 0 papel indispensável, porém limi-
‹.á«!
‹1S experimentações são realizadas corn : Ê: rnicos como urna vantagem competitiva.

lfivens estudantes. A população operária Ademais, a ampliação dos espaços de par-

l::3t
sugirarn mudanças - essa é a fase cha- tado, das pausas e a necessidade de uma zé,
12. ITI'
.nzú.Q ticipaçäo dos traballradores, associações
tem composição distinta. No que se rete-
r;;i j
rnada de Validação. Após, são redigidos 0 duração do trabalho inversamente propor-
le; fe 610 posto de trabalho, supõe-se que ele de moradores, sistema de saude, promo- ,. .‹.
l)iagn(›sti‹'o e as Rocorri0nda‹;oes Finais, cional ër sua densidade (Wisner, 1987]. A
,. lenha sido corretamente construído para torta e defensoria pública, entre outros. e t~l»f~A.n-.¬›
que ‹:onsist‹›m em orientações práticas e prática da ergonomia conduz, rapidamen-
:

fg'
¡
Um hipotética horneni médio. Na verdade, a certificação de processos produtivos se- .Ér-_

cf
princípios gerais pertinentes à concep- te, a percepção de seus limít‹~>s; corri 05
Elf.: -= _.,
:gli -, 1-* 919 se destina a todas as pessoas: jovens, gundo critérios ecológicos e de qualidade 1?

.
ção de urna nova situaçao laboral, assim responsáveis pela empresa recusando SU'
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169

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AN-'mNi‹.i D. C.~x'rTANi & L.0iuâN.i l-io1.zi\›t1\.\'N _; §¿, Dicici.-¡Ái‹1o DE TRAB/uno E l"EcN‹;›r.oc;iA

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têm iiiotivado ‹_› crc-'sciniento da utilizaçao PARAGUAY. A: I. B. B. Ergonomia, carga de

:; !Éi;i:

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:::;li :: ?i i ;iii; i:;1 : i ,: i!:i;; ii:: t;;ii: i
;ã5.ii., B: 1;i;i: i, l=ij:::; ;:;;;iiiií,',,'
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mercantilistas europeias construíam aco-

;i
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quantitativas e qualitativas ocorreni sobre

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;:ii!ãi'Zí,, i ii liit;.: ::;;;=

xi?i:Éi: !: É:i!,; t :;; :;,:, i: i :: ;iii:i ;: iii


trabalho, fadiga mental. Revista Brasileiro de
da ergonomia nos locais de trabalho. os elementos do espaço em contextos par- iiiodaçöes para 0 comércio e a manufatura

iãl ; ! i : ã; : : +: íí i Í ; i ; i i i -ii:i1i
Saúde Ocuptrcioriol. São Paulo. v. 15, ii. 59, p.
O desenvolvimento cientifico e tecnoló-

ii : i ; : i ; ; i , i I ; i ; : : i ; i : t : ; : i i , i ; : i i
39-43, jul./set. 1987. ticulares (Santos, 2008), evidenciando a de produtos, cuja administração era feita
gico abro novos campos do aplicação da VVISNER. A. Por dentro do trabalho. Ergomirniaz

§!: E i::i;ii;ii::;i1:;i:íi;;i: ;itii

;: ; ; ; ; ;.i iliÍ? ::i;rirZi ii;r ; ! ; ; ; + it . : i iÍ


diversidade e a variabilidade das situa- nesse mesmo local. No séc. XVI foram

:r{Í
método & técnica. São Paulo: FTD; Oboré, 'l987_

r';
ergonoiiiia. Como exemplo, tem-S0 a Er- construídos os primeiros edifícios com o

:::; :;?t7:::i; :; ;::;,í;; ; ii:ii;i:í;i::


__. A lntcligêricía no trribfilho. São Paulo; ções de trabalho (Abralir'io; Slnfllwar; Síl-
gonoiiiia Cosmonáutica, dedicada à con- Fttridacenirü. 1994. vino; Sarmet; Pinho, 2009). Finalmente, proposito de reunir os diferentes serviços
cepção de postos de trabalho eiri ambien- ao conceito de espaço de traballio atrela- ligados à administração goveriiamental.
tes inóspitos e ein ausência de gravidade. se, tainbém. 0 conceito de território do É 0 caso do Palazzio degli Uƒiizi, em Fio-

:; ;
ESPAÇOS DE TRABALHO

I i;i,=:i;ir=-;
*
trabalho. O carriter subjetivo de territoria- rença, na Itália, onde, em uni único pré-
Cláudia B. Pritlcrsori
:I:iij:i::i;

Relerêricias lidade assume nova diinerisão ao serem dio, estavam abrigados os escritórios, a

;
ASS()(.ÍlAÇ.ÃO BRASILEIRA DE ERGONO- socialnientc reconliecidos e legitimados magistratura e 0 arquivo do Estado. Mar-
i;::ii i: .,;i ;i=,

;
l\'ilA. Ergr›ri‹miia: ti lmlrrtiln da ABERGO, Rio 1. O ‹:onceito de espaço remete a uma cado pela expansão da Revolução Indus-

;z_;ili
de .lúin‹_-im, v. 1, n. 5, p. 16, set./oiii. 2000.
... o dominio e 0 controle do rzspaçri sob a
dicotornía conceitual. na qual, de um autoridade do trabaliia‹loi', prir.icipalii1t-.ri- trial, 0 início do séc. XIX reforça a cons-

;:::
BRASI I.. Miiiistério do Trabalho, I).O.U. Leis ia
l)‹âr~r‹-los. .\z'‹›rm‹i Rcguloiiienrudoro 17. lf'ort‹1ri¿i lado, t.I‹¿fstaca-se o aspecto subjetivo do es- te corno clufesa das ameaças de invasão, truçao de edificações corn o objetivo de
da Sutírctaria de Saúde ‹-1 Segurança do trahzi- paço (espaço mental), de outro, o concei- reunir as atividades de adrninistraçäo em
lharlor, 1990.
perda e desustahilização das rclciçfies de
to do espaço físico real. Lefebvre []l99i} traballio [l\/larrnot; I-Êlcy, 2000; Visc.-lier, um lugar especifico. Coiiipanhias do so-
l)Al\'lEI.l.Ol.l, R; LAVILLE, A.; 'I`EfGER. (`.
l¬`icçao e realidade do traballio operário. Revista busca unificar as duas diiiimisöes, rifâsíg- 2805). A personalização dos espaços de guro inglesas construíram sedes próprias

i:
Brrr.*»l'l‹"Ír'u do Sfiiifte Ocup‹iciuri(1l', São Pziuln, v. riando-as como espaço da prático s‹›‹:r`rrl traballio dos limites fisicos estabelecidos enquanto nas fábricas foi iniciado ri isola-

=l; i :É : í::- :tã; : :Í_:ã :i :;l


i7. ri. 68. p. '/-13. out../dez. 1989.
com (Í-nlase rias ações sociais das relações contribui para a reafiriiiaçéhi da identida- inenlo de espaços para escritórios dentro

1: :1;;É1:i;il:iiÉí í,rrrz
lÍlíRR t-Ít RA, l.. l.. 'l`r.iballio em turnos: temas
para ‹tis‹-irssâo. São Paulo, Rrfviski Br‹rsi1r>r`r‹r dc dzz prorlizçáo in‹~orpor‹idas pelo espr-rçri. O de individual ou do grupo no amliiimite de das áreas da prodiiçäo fabril. Ao final des-
S‹'nz'‹Í‹* ()i'trp‹i('ioriu1, \'. 15, ri. 58, p. 27-32, zihi./'
i, ;i,;

g_|‹;t'›gi'-it`o Milton Santos destaca o espaço trabalho (Sniidstroin, 1991]. se século, profundas inudanças ‹'onieçam

:íiiÍ
inn. l<)87.
como uma instância da soci‹›‹l.itle, por 2. O espaço de traballio, tomado corno a acontecer rio espaço de trabalho. () ad-
l¡lALll(), l-Í; S/\.'\'"I`OS, N. dos. .'\1‹muul de omi-
lisr: ‹›rg'rori‹"›iiiiz.'‹i do trohriltio. Curitiba: Gênesis, conter re estar contido por outros iiistfili- instância da sociedade, acornpaiilia os vento de novas tecnologias voltadas para
15195. cias, econôiiiicas, culturais e institucio- movimentos e as transioriiiaçües das rela- a coiistruçâo civil (corno elevadores o
ii;:i: 1:, !;Ji i,lii:1.,

FlSf.`l'llÊ}‹1, F M.; l\/JÚRENO, C. R. C.; RUTEN-


nais. Assim, o conceito de espaço dc tra- guindastes), para os meios de transpoite
i:::i:;=;i!::;;i;? ções de produção ao longo do tempo,

-
BERG, L. `l'i'‹rf›nllio cm turnos c noturno na .so-
r'r`r;‹t‹r(tv3 .'54 liorus. São Paulo: Athrfneu, 2003. btilho p‹.is.sa pela coiiipreelisão da relaçäo apresentaiido difereiites tronfiguiaçües. (como os bondes elétricos e o metrô) e
i1:,:i=l..i

I
GtiÉltIl\`. lã. ct al. C‹mipret-rider 0 tmboliio peru (i‹:riei'zilizada entre os individuos partici- Para melhor coinpieeiisão dessa dinâmi- para os equiparnentos destinados às ativi-
lrtrrisforiiiú-lo: a prática da ergoiioiiiia. São
paiites do l`orne‹.:iniento ou da dcriianda Ca, toinaremos como referência 0 traballio dades de escritório (como a máquina dc
Paulo: Eclgard Bli"ir.'l1oI', 2001.
lllJA, l. I:`rgoiioriii‹1: projeto rt produção. Síto de traballio, as organizações, o meio eco- ligado às atividades adininistrativas em escrever e o teleforiel proporcionou uma
Paulo: l'.Í(1{|ar‹i lšliiclier. 1992. lógico corno base física do trabalho e sua Espaços do ‹-›.<;c:ritc'i1'ios, pros:-:iite em gran- nova configuraçao urbana, na qual 0 ceri-

i;;:, i; =; i; l=
LA\-'ll..I.lE, A. Ergonomia. Paris: Pt'‹~::.»'.s‹_›s Univvr- infraestrutura (Santos, 2008). O estudo do tro da cidade passou a ser um ponto estra-
z-'ilr-iii'‹.=s do I*rari‹:‹i, 1076.
J' de parte do processo produtivo de organi-
espaço por meio das relações de traballio Zäções públicas 0 privadas. A partir da tégico para 0 setor de negócios. Nesse
l..ll\›l/\, F. de ll A. irrtroalrrçiro ri rrriálisr: crg‹mó‹
micri do traballio. Curso de Especialização ein implica no seu entendimento como um idade Moderna, o conceito de emprego periodo, coiiieçaram a ser construídos os
liiitieiiliaria dra Segurança do Trabúlliu. Belo conjunto indissociável, solidário e contra- primeiros arranha-céus, com a instalação
Cflmeça a se esboçar como relaçäo de tra-

i:
l~'lori?.orit‹\. liniversidade Federal de ]\/lines Ge-
mis, 1995. ‹iilÓrio de interações entre os sistemas de 5;:
...ii z balho, pela qual aprendizes rccebiam mo- de escritórios de companhias comerciais e
rs z .--
objetos e os sistemas de ações individuaiS industriais, fenômeno principalmente ob-

't''
I\'lAR(.`IíLlN, .J.; FERREIRA, L. L. Orl‹›ntaç‹'›‹=:< fãdia, alimentação e, eventualmente, al-
;:i'; ::;

_._.¡.,¿. 1
atuais da nictou'ologia ergoiiñniica na França. ou coletivas, os quais a ele concedem a ; i: i; ; : servado nos Estados Unidos. Ainda nesse

i;í:z
Í\'‹:\f1s!0 B/(rsíleíra de Sriúrfe Ocu_D‹1ciori(rl, São .'¡$' ";»r Qunia rcniuncraçáo em troca do seu
lt-iulo. \'. lí), ii. 73. p. 64-9, jan./iiiar. 1982. cap‹¬i‹'itlade dinâmica de transiorniaçäfi Ítflballio. Apenas durante a Renascença cenario, as ideias de Frederic W. Taylor e
-¿'!;l i Í-
l\›ll;`Nl`›f;S, J. M.; OLIVEIRA, 1! A. H. Medici- (Santos, 1997). Soja em uma aliordagclfl zé.-_ >-. :.- dëu-se início a organização espacial des- de sua aplicação na fábrica de Henry Ford
.'¿_-_ _
r›.i do 'l`i'‹il›‹illio: ‹i dcsatin da iiiteç|rali‹l‹'irle da mais ampla ou mais restrita, o pressupos- "-- .É-
irnpuseiani a necessidade de novos arm ii-
Unada at atender a específica relaçao de
atenção Ii saúd‹=. ln: VIEIRA, S. L. Íorg.). Medr- hñ
cinu t›‹i.×'i‹;ri do trubiiltio. (fiiritibaz Gêiit.-si.=¬'. v. -1, to sistêiiiico do espaço articula as dife- v»fiä. wi!
, -~
'~.°i Ú01"ninaçáo e subordinação em um am- jos espaciais que abrigasserri o processo
rap. 11, p. 33-40, 1995.
.' ii.:
(.,,,, . -z. ó,
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rentes situações de traballio. As vat'iaçÕH5

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biente destinado ao traballio. Familias de produçao feito em tarefas seriadas e a

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DtcioNÁRio DE TRABALHO E TEcNor,o‹;m

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Arvromo D. C/trrmi & LORENA HQLZMANN

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cionais. entendimentos informais entre 0

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divisão técnica do trabalho. O trabalho em tos de iluminação e materiais de acaba-
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flete os diferentes momentos históricos

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É empregador e os empregados, bem como

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escritórios aproxima-se, então, do que C0- mento mais suaves, a viabilidade do conta- das relações de produçao. A evolução dos

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mumente vemos ainda nos dias de hoje: a to visual entre os colegas e a possibilidade meios instrumentais e sociais para a reali- as estratégias utilizadas por eles para a

Êi::t;;E !: E3:: t i:: ; l 3;1; ;: i iiirg;i;;i lf ;


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4._»,
concentração de vários indivíduos em um de personalização dos espaços proporcio- _z, zação do trabalho é fator determinante da realização das tarefas (Ferreira, 2001)

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Étiz: ! Étt lâ i:: ::


compõem alguns termos subentendidos

âi:;;i:i:i :: ti.: i?iÉ: : :: i71;:;: ::; ::? ;


mesmo local, executando atividades liga- naram novas diretrizes para os projetos produção e da criação dos espaços de tra-

: + 5:+ i i; i - i'.2:-!=)
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2,. do contrato. Neste sentido, as decisões so-

1.i.
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das à criação, à produção e ao tratamento arquitetônicos dos espaços de trabalho balho. O trabalho contém, e também está

i:,t:i!:l;::i :
de informações. A padronização, a meca- em escritórios. A cultura Toyota, sob a contido, em um determinado espaço bre o “onde fazer", o espaço físico Onde 61

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-É rã-1
nização das tarefas e dos processos do tra- ideia de oferecer espaços sadios e seguros Ê.- (Santos, 1997). O inegável surgimento de atividade de trabalho será realizada, usu- .ii
-_

í;:Êr; iá;ii:ii: i i ;z1z?ã: i;::;;É :;;


.‹- , :J
almente, encontram-se nas cláusulas im- ff:
balho administrativo do início do séc. XX para os trabalhadores e com propostas de novas formas de trabalho não conduz, no 12
são refletidas na arquitetura dos prédios de melhores condições ambi‹-.¬nt.ais de traba- entanto, aos parâmetros norteadores da plicitas e não formalizadas do documento
escritórios nas grandes cidades. A distri- lho, dá primazia à limpeza, às boas condi- criação dos novos espaços de trabalhei No contratual. É o chamado contrato soctoes-

ã;::;::,
íÉ:

; = i1:
buição interna desses edificios influenciou ções de iluminação e de temperatura, aos caso das atividades em esrrritorios, um dos pacial [Vischer, 2005), que reflete o poder
sigrnificativarnente as futuras concepções processos de trabalho fisicamente prote- impactos dessas niu‹lanças tem sida a nf- simbólico do espaço corno reforço da rela-
arquitetônicas para os espaços de trabalho. gidos com tarefas, equipamentos e treina- dução de área física ocupada pelos espa-~ ção de doniinaçäo e de status na organi-

:l:
z
v
Nos anos 1950, projetistas alemães criam 0 ços de trabalho. Outro inrlicador if o au- zação (Sundstroni, 1991; Visclier, 2005).

_:
mento dentro de padrões que buscam o
ii'rii

conceito de office landscape, corn a ocu- equilíbrio entre a redução de custos e o


t
mgntg da oferta de pr‹'í=.dios, cr..1r1strt1id0s Raramente, as deliberações sobre o espa-
pação de pavimentos corridos, sem subdi- conforto do trabalhador. Apartir dos anos para abrigar exclusivarnente t:scrit‹'›rios, ço de trabalho têm a participação do em-

i;
visões internas em salas ou em comparti- 1980 a introdução dos sistemas autôno- para reformas destinadas à ocupação du pregado. O "onde fazer” o trabalho, des-
gii;:liiiiii::;:;Éí:iii:l

É
t tarte, pode ser considerado como um
mentos rnenores. O intuito era promover a mos da tecnologia da informação marca o outros difererites usos, tais corno o resi-
i:

:;
com tuiiczrçño r-ntre os trabalhadores na tempo atual ainda indefinido em seu ca- dencial e o do fazer [Kinf:ai‹l, '¿ti(\'.il. í.Íf¬fl~ elemento estratégico, dinâmico e de
; : :i;,i=riiiiÊ:
;:u:iii;;Íi:

transformação que compõe os ajustes ins- ›

;;i:,?iii: i; ; i ! i3:ç:; ià
cx‹~‹:uz_;ao de suas tarefas. Na década se- minho l1istorico.A dissemiiiaçãio da tecno- Sidcrando que os custos de rna|1ut‹¬n‹;äo r-
=;:ií : i il ; i : . ; :É ; :: : i

r:
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1ti i;5! i r:-': li|ti.z it ?:

guinte. o americano Robert Propst criou 0 logia da informação ta do clesenvolvinicn- tnnsenzaçíâo predial, de locação, do moder- titucionais, pensado corno um ponto de

;
chamado ”cubi‹'ulo". A ideia inicial era to dos meios de comunicação propiciaram nização, dentre outros, ocupfnu o svquiirlo equilíbrio a ser procurado face as recentes -‹z. ~¬. uznâ.-

, ii Í=
prover o trabalhador de maior privacidade sensíveis mudanças na representação dos ;i lugar no mnl¬'ing de gastos ernprr-saiiais, formas de trabalho. Outro tema a ser dis-

i:iliÍE:
em seu posto de traballio e permitir a mo- espaços de traballio. Os escritórios apare- perdendo sornerite para. O pafiarnmito (105 cutido trata do suporte para alguns mode-
ií;Í:ili;É

:
bilidade nos planos espaciais abertos das cem como um dos mais sensíveis a essas salarios dos traballiadorc›s, ri rf-rluçíro du los atuais de desenvolvimento Sustentável

::_ 1
grandes co1npanl1ias.Em conjunto com os transformações. Computadores e demais area física do espaço de traballio possibi- por meio das novas organizações do espa-
É

z;
.

projetos de Robert Propst, foi lançado pelo equipamentos de informática forçaram. lita uma significativa econouria tinaii‹:cira ço de trabalho. Aposa r de ainda pouco in- -sz
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empres¿'n'io Herman Miller 0 conceito de num primeiro momento, a criação de mo-
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para a organização. Surgern, entšâo, algu- vestigadas quanto à sua eficácia e muito tt

=, = = . s I
í:
questionadas quanto aos benefícios para 3;

=
action office, corno forma de aumentar a biliário e de artefatos próprios. Atualmen- mas quest‹'›es possíveis para dtâbate.
=

àlšf;
produtividade em escritórios. Por ser ex- te, a dependência de um lugar específico Como, por exemplo, o papcl do tz-.sj^mç‹1 nas os trabalhadores, as novas formas de tra-

a
, Í: l:: i "":: z:
balhar estão abertas para que sejam cria-

q:;:
tremamente econômica, a utilização dos para a atividade de escritório é cada vez relações de traballio, sendo o produto e o z Í ll
ii;::;::Êi;

›. .H-; :Y-Í
elenmnto de confirmação das relações de dos parâmetros de projetos visando à sus- . Íirf

1,i1i; ! i: i
“cubiculos" acabou sendo feita de forma menor (Marmot,- Eley, 2000). A facilidade tiz-I-..Í - ' ftfí
r .zéz_,
inapropriada, com o substancial aumento de transporte dos instrumentos de traba- dominação e subordinação. As decisões tentabilidade. Por exemplo, säo verificados
iÍi; il;i:

.¿, .
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da densidade de trabalhadores nas areas lho, como, por exemplo, os computadores sobre "como fazer", “o que fazer" e “quem o nivel de impacto provocado pela cons- Ítl
Ê
íi;;

-z trução de novos prédios, os gastos e o tipo jl


Ífirá para quem" vêm fundamentadas nas

i; r i;= i
de escritorio. Na década de 1970, arquite- portáteis, e dos meios de comunicação 8 ,,;_f,- as ,rj
- «. .lt
tos escandinavos propuseram mudanças transmissao de dados possibilitam que 0 -fra Tfëlações de poder no contexto do traballio. de energia utilizada na sua infraestrutura,
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Êfpt .Ex
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nos espaços de trabalho em escritórios _¿ 'Í _.: Q_. Há, nesse caso, a fornralizaçíâo do constar- a durabilidade dos materiais empregados ¡ l

i
escritório esteja em qualquer lugar e õ
que permitiriam sua “humanização". Ape- qualquer' tempo.
“zé-1
“alii”
foi
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limento das duas partes no contrato de na construção, os meios de transportes .íiff,š
sar da continuidade dos espaços abertos e 3. O espaço de trabalho, entendido .çä -4* trabalho e da liberdade de e.<¬coll1a que utilizados para o seu acesso e outros fato- ,_\.
;:
:


5-* res (Kincaid, 2002). São consideradas, as-
do uso de postos de trabalho no modelo dos como espaço da prática social e como uma E ,P .-¡ ämbas tem em aceitar ou não os termos do
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9:3;
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É
referidos "cubículos", a adoção de elernen- instancia da sociedade, acompanha e re- i ;-*"z z. Y; Seu conteúdo. Entretarito, ajustes institu- sim, as possiveis ações realizadas para
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ANTONKJ D. CATMNI & LORENA HOLZMANN

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minimizar impactos negativos sobre o aprofundamento do conhecimento dessas vidade. Laboratorio de Ergonomia, Instituto de

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goal, territorialidade, percepção do densi-

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E* ç t

cEéi{ Ê EE ; r'É ;:;::


‹"t . Psicologia, UnB. Disponível em: www.unh.br/
nicio ecológico, o qual, sendo urrr'~dos ele- relações para que o espaço reflita a sua si- V _ dade e privacidade tt'-.ni sido amplamente ip/labergo/sitenovo/mariocesar/arligos3/OSu-
mentos estruturais dos espaços de traba- tuação real de trabalho. A cautela exigida aplicadas na reestruturação de espaços de jeito.PDF. Acesso om: 19 mar. 2009.

. É ! ! : e : = .,' : i i . z i u ; u , ;:i;;
lho, participa da interação entre os siste- pelas perspectivas oferecidas pelas dife- _ ‹ traballio ÍSundstroni, 1991). KINCAID, D. Adaplmg buildirigs for changing
.i
tz uses: Guidelines for change ot use refurbish-
mas do mundo do trabalho. Se, por um rentes iormasde trabalhar deve se sobre- As novas formas de trabalho indicam

tilíÍ
ment. London: Taylor Bz Francis, 2002.
lado a redução da área fisica do ocupação por às novidades do momento. Questões uma descentralização, ou até mesmo uma

gi:;á,Í,:;:i;,i':
.,-Ê . LEFEBVRE, H. The production ol space. Trad.
por ‹~s‹':ritÓrios pode significar uma amea- sobre o gerenciamento dos trabalhadores .'~ renúncia temporária, do espaço do traba- D. Nivçholson-F-niith. 3. reinip. Oxford: Black-
well, 1991.
ça para os trabalhadores, por outro. o au- sem um referencial de espaço de traballio lhador em favor de uma nova organização
i\'lARMO'lÉ A ; ELEY. J. Office space planning:
mento da oierta de áreas livres em edifi- suscitam outras indagações a respeito das do espaço de trabalho. Quais as implica- De-signiiig foi' tomorrow's workplace. New
ÍÍ-Í*Í 1
cios permito que outras atividades possam barreiras criadas pela responsabilidade ções de tais mudanças para as relações York: l\']t:(']raw-Hill, 2000.

É!;

r"*+:iiii;i;:i::i,i :;!E:t; =iiij


sc-fr ahsorvidas por esses espaços, propi- legal do empregador quanto à segurança de produção? As consequë.-ncias da des- SANTOS, M. A ritrfrrmzrt do esprtço: Técnica e
tempo, razao e emoção. 2. ed. São Paulo: Hu-
‹_-iand‹› o seu reaproveitamento e alivian- e à saúde do seu empregado [MaÍrmot; 11 consideração dos elementos referentes ao ‹:it‹.=c, 1997.
do os gastos causados ao meio ecológico Eley, 2000). Os parâmetros ergoiioniims comportamento dos tr'ahalli.irlorcs diante
;;

h`AN']`OS, M. Espaço e método. 5. cd. São Pau-


v
por 1'-iria nova construção. O uso das redes do espaço de trabalho estariam sendo ob- das modificações dos espaços de trabalho lo:};`dl1Sp,20Í)8.

t it
do tc-leinlormática e a descentralização servados nas atividades feitas em casa? As encontram-se coiitraclitrnias e inertfcein SUNDSTROl\/l, E. Wurk c=tivii'‹m1ii‹21'it.s: Officvrs

:
and factorios. Iii: STOKOLS, l).; ,'\_].TMz'\N, 1.
das f‹:i\fi‹la‹lt_,-s para outras áreas das cida- inlormações necessárias para o cumpri- exaustiva investiqa‹;Zi‹›. A participação

i;
leds). l~l'rindboo.l‹ of Envrrorimentol Psychology.
-zlf'-.~. arimriais das centrais contribuem para mento de uma tarefa estariam disponíveis dos trabalhadores nas tlocisoes sobre O Malabar, FL, lsflrieger, v. 1, p. 733-782, 1987.
E

'tz
i'u‹.'loz.ir os deslocamentos dos trabalhado- ao trabalhador em tempo real, sem as co- seu espaço de trabalho è, portanto, cs- VISCÍHER, J. C. Space meets sluttls: Dcsigníng

::.;,
i;:ii;;i,i;:itjj;i; ji,ff;
i
worl\'plo‹:c pcrmrriiu/ice. Oxnri: Roullctlge. 2005.
r-›.~:, ziíiiiinuir 0 Irálego de veículos e a municações interativas corn os colegas de sencial (Abrahão et ol., 2()tl9l. Ninguem

;
:
fit'-i--×:.'"io dt- gases poluentes. Novas dire- traballio? Como ficam as rnpresciitoçñes melhor para iiiforniar .sobre u trabfilho re-

=
;.i
i
1|izz~- para os projetos dos espaços de tra- do espaço de trabalho (Lefebvre. 1991) alizado do que os proprios tiaballiadores Erica Do TRABALHO

:
2z.i.'.!n,, como }'\riorizar obras do retorrnas e ligadas às relações de produção e à orga- que executam a ‹iti\itl‹'1‹'l‹› dt- trzibalho. Í) Henrique (lrretono Nardi
ii
icstauraçíizi de areas deso‹:up‹':id¡is e pro- nização por elas imposta, nas quais os .si-
: rficonliecirnento do espaço no contrato do

;: iti:::::,
|‹¬tai espaços arquitetÕni‹:os utili7.ando
;;
i: í: ; : i i ; i ;:É ;c ; ; r i i traballio implica em cniisid‹›iz'i-lo como
nais, os codigos e o ‹;outat.o direto entre os l. A definição do ético do Imballio está

i; : :.
à;

T":-
~
pazfiiiielifos de flexibilidade e durabilida- individuos eslreitani o cornpromisso com componente das relações de prodtiçäo. associada .Ji expressão “ética protestan-
É

sai
líi?i,:;i

z'!‹- ~.:u:‹.;ur;i fƒorrm prerrogativas para al- as ações empreendidas? Nem todas .is ati- A ariipliaçãri dos coiilit:cilri(:rittis .solve te do trabalho" cunliada por Max Vveber
::

‹;.ir¡r;‹ir :i su.sl.entabilidade. vidados de trabalho podem ser realizadas os condicionantes anibicntais, que lavo- {1Sl(37], quando este anunciou as condi-
-1. /K «oiitemporaneidade caracterizada longe de um espaço proprio. O coiiheci- reçam a conservação do meio ainliiente ções morais para o .surgimento do capi-

l
íi
i

~1=gz.
por mira faso na qual os instrumentos uti- mento dessas atividades em sua situa‹_;ä‹› por meio de modelos siisteiitáwris, vein talismo presentes na ética protestante.

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ii” J'
::tàgã

lizazlos pelo trabalhador não são Soniente real permite traçar novas diretrizes para a ¬tƒ oierecendo novos par¿'m1t,:ti'os para proje- 'Weber afirmou que a motivação para 0
!ri ii ; i :

'
a i‹›ii'arii‹-frita, a máquina e a automação z IOS e construções de ‹~.spaç‹.›s destinados traliallio, como vo‹:açê'1o, constituía a nie-
coiicepçáo dos espaços. Nesse sentido. H ve ' 1 i
-ÊÂFÉ Y`:' '
(S.1n!os, 1997), mas também a instanta- visao sistêmica da ergonomia da atividade Í":Í› .- dO traballio. Finalmente, a ciimpreensão llior, st--:irao a unica, forma de assegurar o
noirlatiúz e a universalidade das comuni- revela-se como uma eficiente promotora . destes conceitos significa id‹›.1itiiica|'a ini- estado de graça na doutrina protestaiite.
gi;;rí:"
;

rí-'¬'f._'‹~i.:s. r‹;-*niodelando a organização dos da transformação do trabalho por meio de I-lflrlância do espaço no mundo do traba- Weber também dizia que o trabalho como
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=;= ;t;i:
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«z _-
‹›::¡>¿i‹;'‹›s de trabalho e sugerindo uma re- metodologia própria de investigação dos lho em sua dimensão mais humana, que Ó obrigação moral teria se transformado em

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*-,¡,; .
553' sí
t`l‹éx.io critica quanto à sua transformação. problemas nas diferentes situaçoes [Fer- ar* › -
-rs - ze 6 dimensão da prática Social. uma atitude täu caracteristica para o tra-
í:

-HW -ze

lírrlifiidorido o espaço como uni sistema, reira, 2001; Abrahão et al., 2009). igual- halhador moderno quanto a atitude do pa-
i

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ÍL{“ jr'
sin. tirzráiiiit'‹1 taiiibéni É irliluenciado pelo mente, os estudos sobre a inter-relaçáü Reíerèncias ' trão com relação êi acumulação.
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sisti.-:na de interação e inter-rela‹_¿ào entre pessoa-ambiente apresentam diferenteã ÂBRAHÃO, J. I. of al. lntroduçrio Ó Ergori‹›niio: Os principios descritos por Weber mar- 0

::i.i
i

::
1- Í2. dê prática à teoria. São Íüiiiloz Bluchur, 2009.
o riiølix-'iduo e o espaço. Nas diferentes vi- dimensões a serem consideradas na con- ‹.-*fr ^« cam a pririiazia do traballio corno dever e
'az *Ê-" F_ERRElRA, M. C. {20()l ). O sujeito forja o tun-

i:,
.-.(›z›.< f- contextos, sejam individuais, coleti- cepção dos espaços de trabalho. Pesqnisaã r 21. como valor no codigo moral característico
r;
"

¿., -.z. blfirllc, o ambiente "Ior,io" o su,í‹‹ito: lnter-rela- P


ios r: organi7.acioriais, mostra-se crucial o em psicologia ambiental sobre espaço pes- 930 individuo-ambiente té-ni ergonomia da ati- da Modernidade. Analisando as transtor-
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ANToNio D. CAr'rA.\ri & LoitEN.»\ l~loi_zMANN D1cioN/uno DE TRABALHO E TE‹:No1.o(:iA

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‹ maçöes da ética do trabalho, Rose (1985) dos por Weber, são: al a_ busca individu-

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do capitalismo com suas especificidades de uma racionalidade dos fins, ou seja,
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‹ afirma que a articulação entre a.Pátria [0
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em distintas partes do globo. do sustento da família. Esse modelo de
Estado-Nação), a Família e o Trabalho de postergar prazeres imediatos com o V ›
-«_ De acordo com Sérgio Buarque de Ho- valorização social do trabalho esteve in-

:1 ; i ;; + : ; ; i : : i; ;i! í;Et:: i t i: É : r á r il :: ; : i
estruturarani a sociedade industrial. Na objetivo de acumular virtudes e dinheiro

:
landa (1992), a construçao da ética do timamente ligado ao periodo histórico do

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Í sociedade contemporânea, marcada pelo (gratificação adiada); c) a aceitação e con-

i;i
trabalho no Brasil adquiriu características taylorismo-íordismo, no qual o estatuto de

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modelo econômico pós-indiistiial, pelo cordância de uma obrigação moral em tra-

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particulares em razão da escravidão, pois trabalhador do mercado formal era com-

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Í capitalisnio financeiro e pelo trabalho ima- balhar diligente e disciplinado. indepen- esta impediu a construçao de relações de ponente fundamental da estruturação do
Í terial, o valor moral atribuido ao trabalho dente de quão duro ou penoso seja este
: ; iÉ
traballio capitalistas até o final do Séc. lugar ocupado pelo trabalhador na socie-
transformou-se radicalmente. Para com- traballio; d) a obediência e a sensação de XIX. Como consequência. o apego ao dade. Esta associação entre a cidadania e
Í
preender esta transformação e importante dever para coiii as ordens “justas” do pa- trabalho e os atributos morais relativos a inserção no mercado formal de trabalho
‹ ‹°oinpreendcr os sentidos atribuídos aos trão; e) a importáiicia do trabalho, na vida
termos etica e moral. Etini‹›logi‹'arriente, como um todo, como uma fonte de signi- t ao traballio, tal como presentes na ética passou por modificações radicais na rees-
:: l;
protestante, surgiram às avessas no mo- truturação do capitalismo, transformando

;
Í
ético ré moral têm a niesnia origem (do la- ficado e um senso de valorização pessoal

i : : : ri
delo de produção colonialistalescravistal as relações de traballio e o código moral
Í tim, niores o do grego csílirisl O se relereni (centralidade do traballio) (cf. Rose, 1985).
;

periférico. O advento da llzipiilulíca não da sociedade contemporânea.

ui:!iii::t::::i;:li!i,
ii i'‹1*Ile›;á‹› sobre a ação 0 os priiicipios que Estudos do cunho psicossociológico e modificou este quadro, pois niantovo a Os estudos dedicados a comprt-end‹›r
I

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dirigem a ação e que perniiteni o julga- econômico buscaram estabelecer compara- imagem da indisciplina e vadiagem asso- os efeitos das transformações do capita-

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l inn_v.
ções entre os rlilerr-êiites graus de incorpo- ciada ao trabalhador brasileiro. Somente
;

Tllíšlllü Ol`lÍl'Q Í) l)(!lI'l El O Iflëll, Í.) (ÍUÍTÚÍO (3 O lismo sobre a ética do trabalho apontam
inr~oi'rcto. Dentre as rnultiplas possibili- ração da ética do trabalho (utilizando esca-
=

Í d partir da chamada “Era Vargas" que O para urna série de consequências, corno;
dades de definição contenip‹irâii‹z=as, op- las padronizadas) em diferentes culturas e
. i , ; , ,; : : ; . i , i i : : : : t , :

:; zi;;i: ; ;t : + : ; l; íi
Estado buscou atribttir valor moral posi- o aumento do individualismo; a frouxidäo
=.;

Í
tamos por coiicrrituar (Ética: corno a prática o grau de drzseiivolviirioritri econômico dos tivo ao traballio, associando-o à familia e do laço social; a criação de uma cultura do
r‹›ll‹-xiva (na forma aristot‹'2licz¬i} na busca países (Fiirnliani, llltllši. Ainda hoje, pes- a honestidade e formalizandn as relações narcisismo; a perspectiva do uma socie-

;i;li!:
da “boa vida” o moro] como o ‹~‹'iiligo de re- quiszis buscam coinparar diferentes religi- de traballio. Essa regulação legal permi-
=

i dade de incertezas (Bock; Giddens; l.ash,


gras (de tipo Karitiano) de olJo‹iièii‹:ia a um ões e o crcscinionto ‹ê‹:onñnií‹.'o, apontando tiu 0 acesso progressivo a uni minimo de 1994]; a competição extrernarla; c uin des-
i I i : í :,

ii
1 |irin‹'i'pio superior c univ‹>rsal (imperativo invariavelmente para um reforço da hipó-
iiiii 4°*'^`Af-Hif'-¬‹!I”
proteção social {ser-viços de saúde, direi- mantelamento das garantias de estabili-
i=,==l

E
categóricol no sentido do um ”‹levc-r ser". tese lançada por Weber (Guisoç Sapienza;
r T0 à aposentadoria, a pensão etc.), resul- dade que permitiram o plaiiejam‹;›nto de

t!i!i: iii!;tí: ;;;i


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2. A disríiissäri ein. torno das transfor- Zingalos, 2t)O.'š), nias incapazes de explicar
É tando no que se convencionou chamar longo prazo e um pensamento direcionado ,_ .
Í niaçoes da ética do tiabollio segue este as diferenças entre o desenvolviniento E11- de cidodoliia regulado, na qual a cartei- para a construçao do futiiro, corroendo o
coiitmpoiito. Do um lado, ‹>.n‹:ont'rarnos o ropeu e o Latino Americano (Cavalcanti: ffl de trabalho passou a ser 0 atestado de
:iii : i;i lii:ii

Í caráter dos trabalhadores (Sennett, 1998].

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código que tem origem na doutrina pro- Parente; Zhao, 2007), por exemplo. cidadania. As dimensões privada e públi- Nesta mesma direção, Bauman (1998)

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Í testaiite e que a associa ao espírito do ca- Estudos de cunho sociológico e antro- Cfl do brasileiro passaram a ser definidas afirma que 0 seiitiniento dominante é fi
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Í pilalisnio e, do outro, o questionainelilo polÓgi‹;'‹›, por outro lado, buscam estabe- como a de seu esforço como trabalhador- sensação de um novo tipo de iricorteza,
(lcssc. código moral a partir de uma refle- lecer a relação entre a ética do trabalho E cidadão, isto é, como membro socialmen- não limitada à própria sorte e aos dons de T- *JE
4
Í xa‹› sobre as ti'aiisf0rinaç(›‹~_›s dos .sentidos as transformações do capitalismo por dí- IG útil ao Estado. Ou seja, a extensão da uma pessoa, mas a nova configuração do
Í O do Valor atribuídos ao traballio. Seria versos caminhos teóricos, seja pela via dflfi Cidadania estavalembutida na profissão iiiundo. A maneira correta de viver neste f~¿

mais adequado, portanto, coinproender 1'epr‹¬sentaçöes sociais, da ideologia 011. G 05 direitos do cidadão restiingiarii-se mundo e os critérios para julgar o certo e o
Í
a ética proti-_:st.=int<› do traballio como urna ainda, corno uni código moral que baliza ÕUS direitos do lugar que se ocupava no errado estariam indefinidos.
;

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nioral do traballio e a ética do traballio os processos de subjetivação. Esse códig0. zlä
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Í Díücesso produtivo, tal como reconhecido Diversos autores apontain para os efeitos

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corno a prática reflexiva sobre o lugar dos- ao construir uina de-termiiiada posição de P016 lei. Segundo Colbari (1995), a ética perversos das novas exigências colocadas
‹ -iu.. -, 1. ff

te tizi rt-igulação das rt-l‹‹i‹¿‹'›es sociais o na sujeito marcado por uma identidade lixa Citi traballio assumiu, no caso brasileiro,
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'L,'_-Í L aos trabalhadores. Enriquez (1997) denun-


i,. ;

Í coiidiiçäo da vida em 5-¡o‹'io‹iad‹\. (o bom trabalhador, o trabalhador honeš- tê-'f .¿.


5,.” às
_.,;. Uma forma particular associada à ética do cia as consequências psíquicas nelas-tas das .,3.

Os princípios definidores da ética do to), agencia diferentes formas dedoniíflä' ~ízí:.i§ Pfflvedor de família, a qual se dissociou práticas que envolvem a gerência. da estru-
i:

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traballio na modernidade, tal corno defini- ção que acompanham as transforniaçöfis fp.. ._¡ da base religiosa pa ra afirmar-se pelo viés
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tura estratégica Ídeiiomjnaçao do autor para


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as empresas moldadas de acordo com as enfrentamonto't'om o Capital. A "solida-
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BUARQUE DE HOLANDA, S. Raízes do Brasil.

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cial encontra-se hoje fragilizada (Castel,

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novas formas de gestão] e que demandam riedade de gueto", denominação do autor 24. ed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1982.

ii;
i :

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1998; 2009). A diferença com relação ao

í:ã

um trabalhador “as if" (como se), ou seja, para a cultura operária. teria se dissolvido CASTEL, R. As metomorfoses da questão social:

.9àÉ,=
.¿‹ Brasil e outros países da America Latina e uma crônica do salario. Petrópolis: Vozes, 1998.
14
um sujeito-que se adapte a qualquer forma nos nossos días. A nova ética seria marca- .gr-_
_-› do Sul do planeta é que nestes contextos . Lo montée dos rncertitudcs: travail, pro-
de comportamento necessária à conquista da por uma solidariedade cotidiana com tections, stalut de l'individu. Paris: Seuil, 2009.

E rA
Sociais existe a imposição de um indivi-

i!;r
-'.›'s.'fi-
do sucesso individual. a formaçao de grupos com relaçoes pró- 1; CATTANI, A. D. et ul. Dicionário Internacio-

c : z; e
i.. dualismo "pur o'èfoui", ou seja, um indi-
O comportamento, segundo Bauman ximas e coesas, ou seja, formas microsso- nor' da Outra Economia, São Paulo; Almedina,
.te .
vidualismo solitário caracterizado pela

i'.. i .i ; : i ..=:.ç : .i i '- :4 = ! =;


2009.
[1998], deslocou-se da ética do trabalho ciais de solidariedade. Teríamos, assim, o

i;: :,ii i iijj;=i"2.=


fragilidade da rede de proteção do Estado CAVALCANTI, T.: PARENTE, 5.; Zl-IAO, R.

í;;Ê
o passou a ser marcado pela estética do surgirnento de comunidades autênticas do Rr;~liç}ion in macroeconomics: a quantitative

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_;

I i-
tNardi, 2006). Para além do debate em

;{i ;:: i: !;;;,'. ;;i;;ii ;; ;:i;i'


consumo, caracterizada pela necessidade livre escollra (ao contrário das relações de analysis of Wc-ber's thesis. Economic Theory. n.
torno desta possívt-:l nova ética formulada 32, ]›. 105-123, 21307.
de satisfação imediata. A passagem do traballio que são impostas). ‹;:or.rsARr, A. 1.. Érica ao rfzzzzzzrrwz .z vias rami-

i.I :;1ij.,,i
;:,
por Zoli em relação aos países ‹:entrais,

!i;lii.;i: i;; Il i,i::i:i*il1 ã , iií


trabalhador da modernidade (produtor) Da crise do antigo modelo cultural.

i
liar na construção da identidade profissional.

7:
- j.',.:
ressurge nos ultimos anos, sobretudo nos

.
=

=
para o consumidor da contemporaneidade São Palito: UFES -- Letras tr Letras, 1995.
irrtorlsanrerrte baseado em normas ex-

:
paises de economia perif‹'.›rica fe aqueles

:=i;=3
-- como atores sociais privilegiados de seus Er'\'RlQtíEZ, E. O indivíduo preso na arma‹lí-
plícitas inrplícitas e hoie questionado,

:: i !, :.i ..';. : : . r_.


denominados de emergentes), uma reto-

a:.
1
-;:
llia da estrutura estratéglcíi. Revista de Admi-

,.r.
1.*
tempos -- indica a acentuação do indivi- l.(3l`l¿l l'¿¡?Sld(lO SOII](?lll'í-`^ ii ¡il.llU1`l`(šfCl'ÔI]CÍã. nístmçoo de Empresas, São Paulo, v. 1, n. 37, p.

=
mada de princípios desenvolvidos pelos

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t .t.

-i'
dualismo, pois, se o trabalho é coletivo, o 18-2š1,jao.lmar. 1997.
A práxis etica emer'gcnte não forrnularia .,_
a, socialistas utópicos e que assumiu ‹1 o`‹.--

=.
Ft_`-RNHAM, A. et ul. A comparison of Protes-
consumo é marcado pela individualidarle. regras 0 principios morais e possibilitaria iii;

!:,-,;z i,. r -' +:


:z :;:
nolninação de Econmnia Solidária (Cat- tant Work Ethic Bvliefs in thnteen rrations. The
Zoll (1992), a partir do uma perspectiva apenas o p‹-=rcurso logico para a resolução tarri; Lavillo; Claiqen flespanha, 2009), .lourmrl of Social Psyclmlogy, v. 2. n. 133, p,
!:-

ja::jt.-.;:r:;

9:r:,_:
"

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mais otimista, suqere que o contexto do ca- 185-IQT, 1993.
dos ptohlernas rj-ticos, ou seja, a busca da a qual busca fundar as relações sociais

!;:

;: ; i
GIYISO. L.: SAPIFNZA, H; 7.ll\`(ZAl..ES, L.
pitalismo cuntctn|›‹rr[=rn:o pode fazer terrier- ‹'‹›r1.~ôtrucz]o ‹lo consctznso como ideal eti- e de traballio a partir de valores como a
_.:-.j

:'= i : i- c! -=
_:. l*eo¡Jlf.~'s Opium? Roliqiun and t-corrnnric attitu-
gir urna nova ética que teria por principio co. A crise ;r:o=:ocatl‹r pelo qlrcstionarneri- ›. atrtoqestao e a cooperação em opo.sr‹_-.'ro rlos. Ioumul of Ntonetory Ecorronrlrxs, n. 50, p.

i ; i ?i,;i
uma forma de arrtorrcf(~ruri‹'ialida‹lo dos 225-.Zf›"2, 2003.
Io tios r:ro‹íf'¡‹›s da rnodt-rnid.'r‹l‹~, os quais à ‹'ornp‹~ti‹;z`i‹› tlesregulada reinangurada

i;
l.AS(.`H, (I. O1\/1r'nr'rrm Eu: sobr'eviv‹I-n‹'r`r1 psíqui-
individuos, seria “uma transforrriagao dos garantiram vt-.rta sr-qurarrca eàistericial. pelo ciclo neolil)eral dos anos 1980. zgo em ternpus dificeis. 5. erl. São Paulo: Brasi-
cuidados de si". Ele afirma que no modelo provo‹'al'ia nos ¡ovcns a introspecção lrr-nsf-. 1990.
=,-::i=:

.\ ‹l1'scuss.íro proposta acima indica que

i;: i .:,' !

i=ii:

1i,r::! i;íi3;?.*
i.'=1
cultural da rnodt-:r'r1idad‹~=. industrial n jul- turno rrralwirér de buscar respostas para z +;^ t-: - -: .r
‹ .¡ éuca do trabalho transforma-se dc acor- N/uzor, H. ct. Érica, 'rmzzfzlrw Q szzhrefrtzraaae.
Porto Alegre: Ed. Ufrgs, 2006.
gamento das ¿-rçñrzs rios individuos esteve os julgornrântos quiinlrr às forrnas de con- flfi com as modificações das relações de ROSE, l\-1. Rf:-\-Vuriung The l/Vürlà' EIHÍC: eco-
sempre condicionado a obrigações frente ‹lu2.i.r a vida. O individualismo que emer- traballio e da dinâmica. social. A análise nomic values and socio-cultural politics. New
i t *=i

aos outros. `Esses outros eram: Deus, os fi- giria da ‹:r|s‹= não sc-ria uma qrrestáo de York: S‹:hocken Books, 1995.
dos parâmetros da reflexão ética busca,
l:..

lhos, os amigos prÓ›‹i.mos ou a sociedade es‹:ol.ha, mas uma inrposiçãlo do novo mo- SlÉNN]'_Í'I"l`, R. The Corrosíon of Chcrmcrer: per-
J:

êr:
: i ;

Portanto, identificar as exigências impos-

i;
sonal r-onsequences of work in the rrow capita-
como um todo. Esse caminho de autorrea- delo cultural. Airula s‹-equndo Zoll, a fal-
"

t›; tas aos trabalhadores na relação do forças lism. New York: W. W Norton to Company, 1998.
Ii'/.ação era fruto de um esforço através do ta do lil.›crtlad‹° nas ‹'asc‹›ll'ras relativas af)
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que ‹:ara('t.eri:1.a as distintas rrolifigtrraçories \*\*`E]3ER, M. A Ética Prufeslurtte te 0 l:`spÍrJ`lo do


=l
, .›

; ;r, [-í
trabalho e era projetado rro futuro. Neste trabalho seria r:ornp‹;risa‹la pelas escolhas Capitulfsrno. São Paulo: Pioneira, 1967.
do capitalismo, a qual vai influenciar os
-f

I r-

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novo modelo, o irnportante seria a satis- dos modos de viria. A saída para os novofi ¬+-1-›. "-:.'
sf ZOLL. R. Nouvel indivƒduulisrne et solidorité
'#1
, .. :›
fJF0C(-:ssos de tomada de decisão, assim quotidicmrc: essai sur les mutations .=.o‹¬io-‹'u1-
fação imediata e a temporalidade seria t1aball:a‹.tor'es seria, portanto, a busca de Êš.
Cümo a maneira corno os trabalhadores se turelles. Paris: Ed. Kimé, 1992.
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marcada por um pre.==(3nle perlrtalletlte. A autorroali'/.a‹¿äo na vida fora do trabalho. .zf
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reconhecem corno sujeitos de seu tempo.


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nova ética comportaria, segundo 0 autor, 3. Uma ‹'rític¿i rrnpor tante à liipótese (ler
' ETICA ECONÔMICA
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um novo individualismo caracterizado por senvolvíila por Zoli centra-se no fato de =->¬
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Rfderõncias Anne Salmon


uma nova solidariedade. diferente da soli- que sua sush¬ntar;€1‹› empírica deriva de :Pr f--
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11. B/“-UMAN, Z. O mol-estar do pÓs-mou'errridu›- /lntonio David Crrtlcrnr'


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dariedade Operária clássica, a qual estaria 0Slu‹l0s lealizarlos com jovens da Europa 123: 1:'
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Ut”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.


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basicamente associada a lógica de conter e do (Íarizulá, porsr-r; rios quais a possibillr
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BECK. II.. Grnrârfns, A.; casi-r, s. rr@r1z›.~zz\›@
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1. Em sua acepção mais ampla, ético

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a competição entre pares em limites míni- dade do sol)r'e\'i\=(-rrcia garantida pelo Es- "_'0U'erni7rrtiorzz politics. tradition and aestlre-
tics in the rnodcrn social Order. Stanford: Stau- define-se como o conjunto de principios,
mos como forma de assegurar' a coesao no tado O pela e:‹;_ist‹':1:‹7r`a da propriedarle S0' À.
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¡“Y<l University Press, 1994. valores o obrigaçoc-5 que rege dirnensoes


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ANTONIO D. CATTANI & LORENA I-IOLZMANN DrcroNÁRro DE Tims/u.rro É`TEcNo1_ocr.A

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ções e as desigualdades já constituídas.

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dutivismo forçado e a relação deletéria

Êils si r i IÉ ã pÉ: Ê;:ã:


cial. Os preceitos e julgamentos éticos mo- lado no séc. XIX e reproduzido contem- -

i g; g: € g * E;:; E t íe s: ã, í[e: ii 3ã: íÉE F: ec i: ÉE


A construção ideológica vale-se do poder
tivarn, disciplinam e orientam os compor- poraneamente nos preceitos neoliberais, com a natureza e ignorando-se, sobretu-

ãÉÉsEãiÊ ; :E
dos substantivos e dos adjetivos positivos:

g;
tamentos individuais e sociais tendo como tendo como ideia basilar uma avaliação i racional, pragmático, equilibrado, eficaz do, as dimensões predatórias das corpora-

E:l;;:Ê{Ê i;!;ãE*; EE: Í;# íE;3:i áÍil iE+:


horizonte a consecução da máxima har- peremptóría do ser humano considerado ' Í [que produz o efeito desejado), eficiente ções {Bakanan, 2008). A alegação de que

Eff ; áÊ: it Ê ã r: i i É i ã; i: ât ã :E :i fÉ : iÊiãr


monia, excelência ou perfectibilidade ein livre e consciente do conjunto de normas *-§«-€l'~ ` [que produz os melhores resultados) e, o capitalismo é regido por uma ordem au-
ÍQIITIOS CIESCEIIÍGIIIBIIÍQ \1I1lV8l'5üÍS G ÍIII- e leis morais que adota em sua existência _ ainda, dinâmico e competente, para ide- tônoma, desvinculada das outras dimen-
pessoais. De acordo com as doutrinas ra- social. Essa concepção antropocêntrica. '_ alizar situações materiais e sociais marca- sões da vida, permite que se designem
cionalistas, essa acepção corresponde a pilar essencial que sustenta todo o arca- das pela irracionalidade produtivista, pelo como eficientes c eficazes condutas que,

E
ri -
uma visão progressista, voltada ao futuro e bouço teórico subsequente. compreende t consumo alienado e pela mercantiliza çao de fato, são anti-humanas e antissociais.
não atrelada às autoridades religiosas, à os individuos como idênticos e sempre em de todas as dimensões da vida humana. Considerando somente o poder originá-

E
tradição e, sobretudo, a interesses imedia- pé de igualdade, como seres dotados de A mais grave incoerência dessa cons- rio das diferenças incomensuráveis entre

iiã; ís ÊÉ+ ; íg i; ii: iÊÉ; i 5 !; " s,E


tos e parciais. A justificação, a legitimida- racionalidade pura e uniforme, exercendo truçäo teórica situa-se entre o princípio o tamanho das empresas, é possível apon-

ÊÊ
de e o alcance das normas éticas sag asso- continuamente o livre arbítrio e buscando da igualdade dos sujeitos e a proprieda- tar outra inconsistência lógica presente

ÉÊii;:E Êáiíãã á: ee i +i;;ii:: *l;


ciados aos processos civilizadores e não à maximizar as utilidades, ou seja, agen- L; Y
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de dos meios de produção, que assegura nas teorias utilitarista e do livre mercado.
pretensão de determinados grupos, clas- cíando, de maneira pragmática e eficien- V a apropriaçao privada da produçao social. A partir de certo tamanho ou de uma posi-
ses ou segmentos sociais cujos interesses te, os meios com vistas aos fins almejados. ,gt Garantindo direitos de sucessao, a sacra- ção privilegiada no mercado as empresas

EiÉI
E .
e objetivos políticos e econômicos não te- De acordo com os principais teóricos des- gi lização da propriedade privada inviabiliza podem fraudar todos os princípios da livre
nham carater universalizadon sa corrente interpretativa, a razão con- , r a igualdade de chances, estendendo seus concorrência, da igualdade de chances e
das racionalidades administrativa e pro-

Ê
Concepções circunscritas de ética fra- Cerne ao conhecimento natural, diferente zi reflexos ao mercado de trabalho e à esfera
:íáa*e?fEâíÉ:ÊÉ;;ras:s:
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dutiva [Galbraith,'2004; Mathers, 2004;

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duzem-se quase sempre como reduções do conhecimento revelado, cujas origens _-É ¿` produtiva. O princípio da acumulação ili-
particularistas, representando, em alguns situam-se na fé ou no dogma. Supondo-se ,,_';¡ mitada reforça e intensifica os desequilí- Nordstrom, 2007). O mais importante é
casos, meros códigos de conduta autopro- a inexistência de condicionamentos pré- brios. Longe de materializar um processo que esses expedientes não se reduzem a
clamados ou deontologias, que buscam, vios. de origem política ou econômica, o ,_ unitário, com resultados homogêneos me- práticas excepcionais, sendo corriqueiros

E"?ií-t'iil
entretanto, legitimidade em referências a exercício da razão seria, portanto, univer- Í* ritoriamente conquistados, o capitalismo no “supercapitalismo" (Reich, 2008). Ou-
principios éticos gerais. Exatamente por sal e objetivo, correspondendo à verdade _ fria e recria continuamente as desigual- tra incoerência lógica revela-se na adoção,
isso, essas concepções precisam ser ana- dos fenômenos. As formulações subse- dades, penalizando e marginalizando os por grandes empresas multinacionais, de

Ê
.z _- _
lisadas com extremo cuidado, de modo quentes, que constituem a denominada mais vulneráveis. Ora, uma ordem social “cartas éticas" válidas em seus paises de
que sejam identificados seus princípios Ciência Econômica, nada mais são que 0 lusta associa-se obrigatoriamente a ideia origem, mas não no Terceiro Mundo. As-
¡{r;1j 'de igualdade e equidade. A racionalidade sim, declarações de respeito aos códigos

; Eã -x35-9Eiãis
e sua coerência interna, suas valorações resultado de um encadeamento axíológico
pragmáticas e prescritivas, bem como seu a partir da ficção do Homo economicos. As capitalista opera em sentido oposto, cons- de trabalho ou à legislação ambiental
alcance ideológico. A referência à ética teorias do livre mercado autorregulador, truindo e redefinindo hierarquias, parti- servem à Europa ou aos Estados Uni-
r-ularismos, privilégios e exclusões. dos e Canadá, mas não são adotadas nos
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da firma, do consumidor soberano com

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econômica como emanação da corrente
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demais países. Num tardio respeito aos

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de pensamento dominante envolve vários suas ordens de Valores, sustentam-se nes- No capitalismo, a ética econômica deve

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questionamentos acerca, por exemplo, da sa concepção particular da ação humanã. 'Ji-Í Scr entendida como um conjunto de pnn- consumidores do Primeiro Mundo, mul-
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consistência e congruência internas na hedonista, autossuficiente e egoísta, sen- UPIOS, praticas e valores definido num tinacionais farmacêuticas retiram desse
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sua construção lógica, de seu significado do nada mais do que crenças e discursoâ Quadro que parte da injustiça e nela resul- mercado medicamentos condenados pe-

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como reforço do poder no seio das organi- que traduzem interesses específicos. Pari! 'ÍÍ'_Ífl-Somente é possível considerar-se legí- los serviços de saúde mas continuam a
vende-los na África ou na América Latina.
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zações, de sua extensão a esferas não eco- legitimar as razões do poder, a economífi timo o caráter amoral /do capitalismo,
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nômicas e de sua influência antiutópica. “pura” precisa abstrair o mundo real, apa' ;Í"C0Ino
o faz um influente filósofo contem- Ao mesmo tempo em que proclamarn sua

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2. As designações economia natural, gando os paradoxos, negando a violêncíä ;í' P°Ianeo, Com te-S onville (2004), acei- missão redentora internacionalista, divi-

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economia positiva e economia puro re- e a dominação e escondendo as contradi- dem os seres humanosentre cidadãos de
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da empresa com seu meio e das relações

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ao restante da sociedade. Valores positivos

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ção entre o econômico e o social interroga r¿:Í- internas entre os diferentes serviços e en-
merecedores de respeito ético) e de se-

ãi ÊÉi i ã : Éx i i
i:iE ÊÉgiÍE FEÊ:ÉAi:;! : i: ã;áàiã;r EÊâÊiü [É ;
tre os assalariados, o controle não deve são mobilizados (respeito ao outro, desen- ':.;c'! só -ä_

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gunda (o restante do mundo, indigno de o sentido da participação de cada um no 'f.Í¿
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volvimento pessoal, solidariedade etc.) e _: V

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mais incidir unicamente sobre o processo

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consideração). Uma ética econômica sob projeto econômico, que se torna cada vez Ít

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oferecidos pela empresa aos individuos

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de produção, mas também sobre a perso-

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as condições do capitalismo realmente menos justificável humana e socialmente. zzr
em "busca de sentido". Percebe-se assim
Ao mesmo tempo. as mutações verificadas Ê' nalidade dos produtores.

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existente nada mais é do que uma peça uma forma de privatização dos valores li-

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A tentativa de se estabeleceram formas

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na esfera da produção e a terceirização da _-*É
publicitária, estratégia indireta para asse- _»
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de controle e regulação pelo mercado gada às próprias motivações da adesão --ti

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gurar o objetivo precipuo do capitalismo: economia reforçam o imperativo de envol-
mais comerciais e publicitárias e menos
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dentro da própria empresa não gerou os

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a maximização do lucro (Bakan, 2008). vimento dos atores no sistema, já que as estritamente ideológicas e de propaganda.
frutos esperados. Pondo fim às solidarie-

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3. A partir da década de 1990, a expan- capacidades relacionais e comunicacio-
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dades e às referências tradicionais. a in- A eficácia desses procedimentos, para 'l

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são capitalista foi marcada pela redução nais estão sendo progressivamente soli- ç vç
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dividualização crescente da nova gestão. além das lógicas de sedução, repousa so-
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do Estado de bem-estar, pela precarização citadas nas organizações. Em um período
bre lógicas de autopersuasão. A publicida-

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que reduz a troca à sua dimensão mer- `Ê

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do trabalho e pela multiplicação dos es- em que a racionalidade capitalista busca f
r de dos bens e dos valores manteria, por
cantil, resulta em fragilização das bases

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cândalos corporativos. As desigualdades não mais mobilizar tanto olgesto. mas a Á ..
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sobre as quais repousava a coordenação
sociais que acompanham esse crescimen- pessoa global como recurso a serviço do
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da ação coletiva. Consequentemente, a e a mefaética. o sistema e o mundo viven- ›

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to foram ampliadas devido ao significa- aumento das riquezas, espera-se haver .l
empresa defronta-se com o problema de ciado, entre os meios e os fins. A ética ima-

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1
tivo aumento da concentração de renda. uma motivação extra por parte dos assa- É
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uma conciliação, de um lado, das lógicas nente à ordem econômica fica reduzida a

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lariados. Torna-se necessária a invenção .
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Somado aos graves impactos ambientais. fr .- pura mística social, cuja vocação seria sus-

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de concorrência e de competitividade (in-

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esse fenômeno reacendeu urna infinidade de novas formas de cooperação que não 1; .
iii' tentar uma ação humana desprovida de

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troduzidas em nome dos valores liberais ‹ “ i,

E i : 4!-2 i
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de movimentos da sociedade civil, que re- podem se reduzir às formas de integração
I-° individualistas), das quais ela espera mais sentido e de valores, mas que é gestada, \ z

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forçaram antigas resistências, abrindo no- funcionais da organização taylorista. É .(,'
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eficácia, e, de outro, da manutenção das organizada e controlada pela economia,

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vos campos de embate contra a domina- preciso acrescentar-se à hipotese da ero-
formas de cooperação de que se benefi- mesmo quando não passa de uma agita- 7-.

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ção do sistema capitalista. É nesse campo são da crença no progresso a suposição de Í
'ITE . .
ção sem fim para o homem. A solidarieda-

gs e = €êà áiê É 3'3'r ie E ;s sb a


ciou quando a produção das riquezas so-

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de enfrentamento que se pode entender que as transformações operadas na socie-
íã; í; i ã i âeíiÉ eE É ái

ciais referia-se a objetivos identificados. de é deturpada e manifesta-se apenas -.~

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0 desenvolvimento das praticas ditas de dade requerem menos a restauração des- .z
'A oferta ética" voltada aos assalariados como efeito de poder (Demo, 2002). .\

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~ «Í-'
"boa governança corporativa”, de “res- sa fé e mais uma ideologia de substituição fg. 5.5
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4, Ética econômica e antiutopia. A fim

: [ái i ãÍ i ãi ;
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surge dessa necessidade. A ética econômi-

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ponsabilidade social empresarial" e de que acompanhe essas mutações.
de preservar ou recuperar a legitimidade . 1 .,gi,.

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¬..› *Í ca das empresas seria a resposta "técnica"

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0,.: r Ê
"ética econômica". Esta última, expressa A nova organização do trabalho rede-
-1? fj das práticas capitalistas, além dos proce-

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concebida pela gestão para suprir o déficit r

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sob tonitruantes declarações de principios fine “a unidade do trabalhador" na base Í;.ÍÍ*.'." -1-f,
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de regulação o qual elas próprias contri- dimentos analisados anteriormente, em-

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amplamente divulgadas pela midia, apa- de uma "gestão" das trocas. opondo-se a £
as
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presários e ideologos instrumentalizam ( *V
buem para instalar. Essa ética retrabalha-

!;
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rece nos balanços sociais, nas ações ditas uma economia dos movimentos obtida por fz-, 5

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princípios éticos para provar a capaci- a

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da pelas lógicas econômicas encontra uma

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de responsabilidades empresarial e social uma divisão cada vez mais acurada dos
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Expressão paroxistica nas cartas e nos có- dade de autorregulação e de aperfeiçoa- =«~

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e, muito particularmente. no desenvolvi- gestos e. portanto, pela especialização G mento do sistema. Não sendo suficientes C _,

ãS-d9.::,""-.i
; sq E Yã 4X
digos das empresas. Neles, a ética estabe-

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mento da neofilantropia. fragmentação das tarefas. Nesse sentido.
e

lecer-se-ia como meio de regulação pelos os argumentos baseados na racionalida- jr

Embora a “ética econômica” inscreva- se a ética progressista contribuiu para for- * '.

i l; iãã
valores e fins. Todavia, as motivações da de e eficiência técnica, glorificam-se as (.
se mais no campo discursiva e traduza-se jar o "Horno fober", é possivel levantar-se
si;ãi tÉ
; É É; e*

adesão repousam, essencialmente, na afir- dimensões humanas, éticas e responsá-


õ ã â
menos em comportamentos. seus impac- a hipótese de que a ética econômica das (`.
Yflflção de um "desejo irracional decacre- veis. A ofensiva visa desclassificar as ten-
tos fazem-se sentir nos ambientes de tra- empresas vise essencialmente (rejformflf
tativas libertárias em construção, concor-

Éã:
ditar-se em alguma coisa" e de sentir-se

Uq!
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balho. A questao do disciplinamento da o indivíduo por e para o desejo de troca CIE


rendo no mesmo espaço disputado pelas (_,
E-'Slruturado por normas que as instituições
força de trabalho e das formas de coopera- conhecimentos, de savofr-faire e de uma
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;

ffldicionais, atingidas pela “perda de au- economias solidária, autogestionária e


uié

ção, isto é, da regulação das interações na comunicação crescente nas organizações. '.-
Í01”ídade" 1 não fornecem mais realmente. cooperativa.

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esfera econômica. apresenta-se com gra- Já que se espera a evolução das relaçöfifi t
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distintivos das sociedades eurocêntricas

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noções e dos usos que as populações tra- Í-“Í ,

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Inicialmente, a economia dominante ig- to das identidades não ocidentais, assim

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Ez,^,-.EH{ole;:iEEtÉÊ: !-ãE!;'E;JI9;:r dicionais, indígenas, rurais, periféricas, ~ 5-" e racionais modernas de tipo ocidental.
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or.
norou os esforços alternativos e altermun- como pelas lutas em defesa das diversida-
exóticas desenvolveram em suas relações `2.;. :_\¿.§, des culturais e ambientais. Nessa luta por A etnocíência, por sua vez, é todo o con-

E
dialistas; depois, tratou-os com ironia e
com a natureza. O reconhecimento das É, junto de práticas relacionadas com a cap-

;; Ê! ã í tt r [E E : ÊE Í Ê r iÊ ; :* ! r,ãi ; iÉi ; í! e s í!

!l:
desdém; e, finalmente, contra-atacou no :Í
.,¡. _ reconhecimento torna-se necessária_ urna
campo ético. Porém, a tentação ética do etnociências é também o reconhecimen- turação, com a colonização do mundo da
, redefinição de posicionamentos diante de
'-' 5 I' _ ,
to de que a ciência não pode se restringir vida dessas populações não ocidentais por

or - o..Y
.-- H
capitalismo (Salmon, 2007) é antiutópica. -_ noções como etnoconhecrrnento e etnocr-

? tíi,
Ela reforça a participação regrada pelos ao corpo de conhecimentos produzidos ência, em função especialmente da neces-
parte do mundo sistêmico que pode estar
?t:
e instituídos pela cultura ocidental, mas _; sidade de uma compreensão mais precisa agindo sob a forma de economia, de po-

'!.
'
valores e interesses dominantes, promo-

/
der político, de ciência, técnica ou cultura,

3
que deve compreender a vasta e complexa

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vendo o envolvimento no sistema que se em torno de todas as suas implicações

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com o objetivo principal de identificar, re-

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rede de saberes e práticas das chamadas Ç;

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econômicas, culturais e políticas.

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quer sem alternância. Em sua visão em-

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Fé:

conhecer e transformar aspectos e partes

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i*E à s! :stI E!reLsEÊ ! a gsE


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populações tradicionais. Outro aspecto 2. A primeira diferenciação que deve

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pobrecida do destino humano, aponta a

É;
tr !: E *
que não deve estar ausente da definição do etnoconhecimento em formas de saber

Ê r o, e -* õ p z iÉ ífà - !: o.B.ã
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ser reconhecida e a de que o etnoconhe-

B-X
economia capitalista como fato inelutável
capazes de serem incorporadas aos dife-

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e intransponível. Antiutópica, a mani- de etnociências é que elas contribuiram e ~ cimento encontra-se localizado no mundo

EiEEír : E ! ; ; c ; :Z;i: 5 !"s;


l i 3rI ãr'ÉZES::il-Srãi[

rentes campos da ciência sob as etiquetas

ê;
continuam a contribuir para a constituição da vida das populações sob a forma de co-

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festação empresarial da ética econômica

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e desenvolvimento de praticamente todos ` nhecimento amplamente difundido e reco- de etnofarrnacofogia. etnomedicina, etno-

Ê
busca atender pragmaticamente aos inte-

E
i
os campos da ciência que conhecemos. "“- ››. . . . z zoologia, etnobotãnica, etnomatematica,

a
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resses restritos do capital, corrompendo -g;-_: nhecrdo pelos individuos e grupos de suas

r
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Alguns aspectos das etnociëncias e do Í respectivas comunidades e sociedades e etnodireito etc. Os exemplos mais popu-

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o imperativo categórico do dever moral e

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etnoconhecimento são importantes para

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deturpairdo 0 principio do respeito à dig-

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compreendermos as mudanças que vêm captura e aproveitamento do conhecimen-

o
so de transformaçao - mesmo quando es-

Ê.i ç :í-nFoÇ91c.Í
nidade humana universal. Ê

n
E

to popular, indígena, rural etc. estão rela-

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ocorrendo nas relações entre os sistemas _ tamos nos referindo aos núcleos de saber

i. " F-.õd
E

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mundiais como a ocidentalização e a mo- cionados ao desenvolvimento da farmaco- ¬-z mz-

9
Referências ' aparentemente mais tradicionais, como

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i *IÕlÊ;JEErltãÉair

E íE
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logia apenas pelos laboratórios da grande


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dernidado e as populações indígenas, tra-

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7 1 F; aqueles representados por conhecimentos

"
O ! f: !E !;
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BAKAN, J. A corporação. Sao Paulo: Novo
Il*ir,;ra::i:

indústria farmacêutica e de cosméticos. É

E;
Conceito, 2008. dicionais ou originárias. Novas aborda-
i ãê l ã: ãiãâi

restritos a determinados individuos inves-

I
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q X E-o :': 6.9 - o,l
-;
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COMTE-SPONVILLE, A. El capitalismo es mo- gens do etnoconhecimento têm levado à - __ tidos de atributos sobrenaturais, mágicos. necessário, entretanto, ampliarmos 0 nos-

çi
g
.-
ral? Madrid: Paidós, 2004. so horizonte de observação para alcançar-
reflexão sobre a necessidade de se dar xamânicos. assim como por aqueles que

e: q
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:eÊ ;CE; íh!
õ
E ;,53 s É 3 ;'9F àEÊ6ÕE a3
DEMO. R Solidariedade como efeito de poder. ¡3- mos todas as possiveis dimensões dessa
mais atençao aos movimentos e lutas de

í,.:€
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São Paulo: Cortez, 2002. dctêm o domínio de técnicas especializa-

^: v À';i.n a :ui:;,iã:
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reivindicações desta ordem e dos significa- ¿ das. Entre estes, pode-se exemplificar com colonização etnocultural.

\
GALBRAITH, J, K. A economia dos fraudes
;!:=E"ái# l= 6

o.9 f; á:
inocentes. São Paulo: Cia. das Letras, 2004. Na abordagem dos termos etnoconhecí-

É
dos dos conflitos cada vez mais visíveis nd . US saberes alusivos a taxonomias do mun-

E
E ô;
MATHERS C. Crime school: money launder- mento e etnociência vislumbra-se a exis-

."_ -

:
constituição das etnociências. Esses confli- ,¿_-¿ do das plantas e dos animais. às técnicas

É : 3'-.!
Ê
ing. Bufalo: Firegly Books. 2004.
tos residem principalmente no fato de que `~ tarmacológicas, medicinais, agronômicas, tência de vários tipos potenciais de conflito,

ã.:
;;
t
õ i E;
NORDSTROM, C. Global outlaws: crime,
;??! §

money and power in the contemporary world. as populações tradicionais, seus saberes 9 da construçao naval e da propria nave- que podem estar relacionados com apro-

- !É
a.í
Berkeley: University of California Press, 2007. priação indevida, com o uso culturalmente
práticas, passaram a ser reconhecidos

E
a i q e"l í ('!

gaçäo, a metalurgia e à ourivesaria, à fa-

"e.
! u : Ho o'ã ô
REICH, R. Supercapitalismo. São Paulo: Cam- inaceitável e eticamente condenável dos
como a base principal da constituição dofi

a
bncação de brinquedos e outros artefatos

@
pus, 2008
diversos campos das ciências ocidentais. lúdicos, entre tantos outros. ^ conhecimentos originários e mesmo com as
i, â: ãã i í

c
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SALMON, A. La tentation éthique du capitalis-
Êi
ii

õ
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o:

. diferentes formas de desrespeito ao outro,

Êii áE ã: í
me. Paris: La Découverte, 2007. Os resultados dos conflitos geradoã

o o rõ
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X ú9 í o,
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V Ú etnocorrhecimerrto, portanto. pode ser

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0r o
pelos processos identificados com umã ‹_',' lílëntificado como um conjunto de saberes por meio de ações colorrizadoras eivadas
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ETNOCQNI-rEc11vr;EN'ro E de não reconhecimento à alteridade e fre-


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nova colonização do mundo da vida d‹3'5 . 9 técnicas existentes rias sociedades ditas

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ETNOCIENCIA -*-= sr» _ . . . , . - quentemente carregadas de racismo, in-

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populações tradicionais se inscrevem flfi _,,f1 Pfimordiais, rndigenas, rustrcas, rurais e
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tolerância e preconceito. O reconhecimen-

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Renan Freitas Pinto atualidade como movimentos de grande mfllãlãšsnli

c
i=f` Tradicionais, percebido como acervo de
E

ressonância e crescente visibilidade, espë' to das práticas de colonização do mundo


a

elementos constitutivos de suas etnicida-

q 19. s
s
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da vida das populações tradicionais, por

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1. A etnociência tem como seu objetivo cialmente porque estao fortemente entre'
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dos e identidades, em oposição ou distan-


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essencial o estudo do conhecimento, das laçados com as lutas pelo reconhecimell' ,ÍGS daqueles reconhecidos como tipicas e parte das sociedades industrializadas e
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Arrrowio D. CA1-ram & LQRENA HOLZMANN

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fruticultura, horticultura e agricultura. É a

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tecnificadas de um ocidente ampliado e

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das quais tudo mais se move, até mesmo tar dos europeus e, por extensão, de toda Í

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multipresente, não apenas na expressão partir dessašrelaçöes das sociedades com alimentação mundial.
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os movimentos étnicos por autonomia e

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de sua geografia, mas de seus sistemas de o meio natural que se esboçam as primei- Essa incorporação de saberes locais da . .t

l';;
independência. Todos os saberes passam
mundo. é algo que nos ajuda a perceber ras explicações mitícas e as próprias teo- América pelo conquistador europeu cer-
a estar subordinados e redefinidos pela

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:
mais claramente o sentido das lutas étni- rias que alimentam tendências universali- tamente irão se limitou à disseminação do

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linguagem da mercadoria, da novidade

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cas cujo principal firn é desvendar a natu- zantes entre as populações (como o são o `z
chocolate e da batata em ãrnbito mundial.

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_ e da eficácia. Todas as linguagens devem

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etnocentrismo e a etnofilia). A busca nes-

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reza colonizadora - hoje presente sob vá- A farmacologia e, consequentemente, a

! ! 9 ! i o -:eO-ric-itC;'-ú^
ser traduzidas e unificadas, toda a me-

!3 q; s õ; ;':H..E,3:i:;!3í1
se meio natural de aspectos que são di-
v-1 ,L
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rias formas - nas etnociências. medicina, incorporaram uma conside-
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moda se desprende de grande parte de

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No sentido mais positivo em que tem ferenciadores entre etnicídades constitui
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suas significações e de seus segredos e o rável quantidade de novos conhecimen- ~

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sido considerada, a etnociência tornou-se tarefa necessária para o reconhecimento tos a partir do contato com os chamados

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imaginário, em sua extensão e complexa

o o -; 9c í ^;-.
a forma principal de reconhecimento, va- dessas identidades culturais. "selvagens" do continente americano.
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fessitura, passa a ser reinventado na pers- ( ,lt
Os marcos históricos da modernidade e

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lorização e apropriação dos conhecimen- cÊ Na verdade. de modo bastante ilustrati-
z
pectiva de uma ,colaboração entre coloni- ( \
do colonialismo como processos mundiais

it ! ii E ã: : i; r: ;:; í ;ãl,r i; ç ã i I ; ; s
tos produzidos e usados pelas sociedades vo, esse processo de aproveitamento dos
zados e colonizadores.

é
identificadas como não ocidentais, cujas devem ser considerados para uma com-
ã; Ê; É êi1"í;E gqÉ
conhecimentos indígenas nessa área as-

s
ã!a,o!'-=--É-oI
:;ÊiÉ?=rrrã:Üã:
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4. A maior parte das reflexões sobre a

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populações têm buscado obter resulta- preensão satisfatória das etnociências por
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sumiram nos dias atuais uma importância

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:fz ' emergência das etnocièncias aponta a

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dos em seu benefício a partir desse reco- várias razões. A primeira delas é a pró-

i ; ! ? : ; ; ! u r i ; i i ; : r i ; Í íizz+
conquista das Américas como o aconte- não apenas científica e tecnológica, mas,

ã E i ;:
nhecimento. No sentido mais concreto e pria ideia de Ocidente como a expressão sobretudo, econômico-industrial, com a
cimento decisivo para a realização de
corrente, entretanto, a etnociência cor- causal do eurocentrismo que transforma valorização das farmácias verdes e com a
suas principais experiências fundadoras.

=;iI..E
responde a um amplo conjunto de con- a Europa, enquanto projeção histórica e industrialização em ampla escala de pro-
O primeiro aspecto a ser anotado é que ~.
dutas que implícam na colonização des- imaginária, no centro irradiador de uma dutos locais.
os diferentes graus de conhecimento do l i

-e
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ses saberes e práticas tradicionais e sua concepção de mundo cujos limites são Não é possivel compreender em todas
mundo natura] por parte das populações

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consequente subordinação aos diferentes constituídos por territórios colonizados e as suas consequências esse vasto, divor-
nativas foram convertidos na principal

j: - i = '
agentes do que tem sido denominado 0 subordinados. A colonização desses terri- sificado e complexo etnoconhecirnento
ambição dos conquistadores. A partir

P
mundo sistêmico, a partir do qual devem tórios e de suas populações corresponde que se produziu ao longo de séculos au-
desse conhecimento local iniciaram a

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ser destacados principalmente os proces- à captura do mundo vivido, desde os mais teriores e posteriores êr conquista sem
of upação dos territórios e a identificação

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sos econômicos e políticos, além daqueles próximos até os mais distantes povos do considerarmos suas dimensões cosmoló-
-\.._-.ç uinza-íãiwt-ec.-1¡h=
Ê;; i lÊÉl,t: ii:ã;É

â L de suas riquezas potencialmente explo-


processos relacionados com a dominação planeta, sem nenhuma exclusão da ambi- gicas, rituais, magicas e simbólicas que
ráveis. O segundo aspecto é que os con-
cultural em todas as suas esferas. ção eurocêntrica e dos fetiches da moder- 1
habitam o mundo da vida das sociedades

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‹-.
.rh quistadores passaram a reconstruir toda

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nidade, que se materializam nos artefatos rã*
3. Um outro modo de abordar o papel .i . ›.-_
e comunidades. no sentido de que todos
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_,
sua base de conhecimentos por meio da
das etnociências é o de considerar a cons- tecnológicos, nas inovações incessantes
15€
esses significados, usos, técnicas e práti- ,

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,a.:i."-vç).i:úar
observação do mundo da vida das popu-

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va'É!a,õüÊda):
tituição das próprias ciências e tecnolo- (contidas nos objetos e em seu manuseio. cas são partes da totalidade cultural des- 3:;
lações e das próprias explicações locais,

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,. .3.›“'=Í
,é..,
gias tais como as reconhecidas hoje. A na mudança de valores para que se tor- _›z. ¡.«¿ ses povos. Portanto, um dos problemas

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0 que passou a ser o material dos inven-
história do desenvolvimento dos campos nem úteis à racionalidade da economia E ,_
c: Fr:
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tários das plantas, animais, riquezas mi- presentes nas relações 'neocoloniais com

E.:
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,. " = É r,:.":; !
i;i ii;tá:

de cada ciência remete à ideia de que o da ciência), na secularização das crençfiä as culturas indígenas e tradicionais é o da
nerais e, sobretudo, dos usos e técnicas ''s
›~':~.

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mundo natural tem um papel decisivo e dos valores tradicionais e sua substitui-

ã: tj i ta
- desenvolvidos pelos indígenas. A partir fragmentação dessas totalidades em bus-
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1. g
na diferenciação que as populações vão ção pelas ideias de lucro e de trabalhfi ca da apropriação seletiva de determina-
fíusses conhecimentos locais é que se tor-
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1:'
apresentar entre si na conformação de produtivo, nas conquistas da técnica e dñ 5`fi
dos segmentos, alvos de interesses pon-
` É. naram possiveis não apenas os saques e
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suas identidades étnicas - de modo que civilização e na imperiosa necessidadfl aÊ;-'z
':-3
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outras práticas predatórias da coloniza- tuais de origem externa a esses mundos.

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'fz ' 't¡ze.'-.t.z›'.-~
muitas populações e agrupamentos hu- do mercado. Esse processo simultâneo G ,it ;; _
segmentos percebidos como relíquias ou
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k`Ê10, mas o aprendizado e incorporação
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manos se autodenominam pelo lugar ou amplamente articulado de modernidadfi ÊÍ:


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de tecnologias florestais e agrícolas que sohrevivências quase sempre incômodas É

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por elementos particulares do lugar em e colonização do mundo possui forças df aiii: ¡ . .,
ein seus exotismos e bizarrices.
TUSultaram em verdadeira revolução pla- f l ,
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que vivem, ou ainda por produtos de sua conquista, convencimento e autolegiti- ; .:-1
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ANTONIO D. CATTANI & LORENA I-IOLZMANN

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nomia indígenas, observa também o caso

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na perspectica da cultura científica domi-

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da importância desses componentes cul-

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O tema das etnociências tem assumido

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1;' s _.
da mandioca cuja diversidade genética foi
uma popularidade surpreendente, haven- turais e da possibilidade de fundação das ; sz nante, ou dela divergindo, para esclarecer

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as procedimentos e a natureza de alguns preservada por povos indígenas ao longo ëš

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do à disposição vasta literatura com cres- várias etnociências. cuja significação pode

ÀÚ ã
5»-z
dos campos da etnociéncia, destacando de milhares de anos de experimentações

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_;-.,.=
cente prestígio não apenas na comunida- ser, em seu aspecto mais positivo, o reco-

íí!
nhecimento de que esses saberes colocam sobretudo sua necessidade de legitimação agrícolas. .c;

3
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de científica, mas sob formas de divulgação

i, ÉÊ Éu',r€iáEiÊ'Êãiii,ãiirãriiliiiiiÉ
›'. Em seu ensaio sobre a “Etnobotânica de *

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as sociedades na condição de que devem e reconhecimento.

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bastante ampla em. programas de TV, em

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,,_ algumas tribos da A.rnazônia" Ghillean T.

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; ti:ã:i
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j;t;Éííi;I t ç r : t i *
Claude Levi-Strauss (1987), um dos mais

s
ser respeitadas pelo que são e que os seus

ãI E IÊ ;E E : á[ E É ü ãE
informações disponiveis na internet, em
:il
;-z Prange (1987), chama nossa atenção para

iíÊiE ãi íãÊiiãgã:ãlãi
proeminentes defensores do etnoconheci-

g
revistas e jornais de todos os continentes. conhecimentos sistematizados através do :Ê- f*

a::êÉiÊãÊã;:iã3ÊÊ i f liE :É5E;Éii;;jÉ


.ÍLT â
a extraordinária variedade de plantas des- . I 'uk w

e 3 q ii ;i EIt
mento. descrevendo “O uso das plantas

i:;:; ;ã : : í:*ãi:!i;ããtÉi
5. A história da antropologia, em gran- desenvolvimento das etnociências têm sido -.E-=.
ãíí V
importantes para a busca de novos cami- fã!!
da America do Sul Tropical" por parte das cobertas e utilizadas por grupos indígenas
de proporção, serve como marco para o ¬. LÍÍY-
'..'-?~. da Amazônia. Destaca os fungos comes- ii.
reconhecimento das diversas e complexas 'nhos para o fazer antropológico. populações indígenas, destaca a grande ff, i.-:
Examinada a questão de uma outra pers- amplitude dos processos de domestica- tiveis, frequentemente não considerados :I ' 'fz'
-r

ú + "r
formas de etnoconhecimento, na medida

*ÉÊ,É
. ¡ ¡. pelos estudos etnobotânicos. talvez mes-
em que, ao traçar seu próprio campo de pectiva, a transformação dos diferentes ção e transformação de plantas silvestres *-_ Ji. _;
modos de etnoconhecimento ou formas de em plantas aculturadas com diversificado mo pelo fato de serem usados por poucas
atuaçao, tendo como alvo 0 estudo de po- . fi
emprego alimentar. Observou que povos populações indígenas. E menciona o seu .Pç,-,
pulações não europeias. se deparou inevi- conhecimento tradicional em etnociência
, *Í if .
indígenas conseguiram transformar uma próprio trabalho entre os Yanomami sobre 'liä
implica em grande medida em formas de

Êâá;ÊãiÊ3

iÉê;1l;E;
tavelmente com os conhecimentos destes tir
r'
planta tão Venenosa como a mandioca em o uso de cogumelos comestíveis que, ao
colonização e captura dos diferentes tipos

ã
povos com os quais necessitava conviver :_§-
Í'
'c 3 . 'lí'
uma das principais fontes de produção contrário da maioria dos povos indígenas

I ãie EE
e aprender, constituindo essa situaçao o de etnoconhecimento por parte de agentes .r
'K .si

de vários itens alimentares de sua dieta. que não utilizam cogumelos na alimen- .ai

É
sentido primeiro do agir antropológico. do mundo sistêmico, ou seja, do dinheiro
g
'\ r
_.;` Darrell A. Posey (1987), outro pesquisador tação ou utilizam pouco, esses índios co- =' ,1rã-_.,
A atitude da antropologia e dos demais em suas variadas versões, do poder politico 'r
mem diferentes tipos de fungo, realizando ,rg I _

agentes coloniais nesses contatos iniciais através de seus diferentes agentes, assim com larga folha de serviços no campo das fi*
.ÀV¡ --
¿¿ " também um tipo de plantio não tão regu- ._.,E
com o mundo natural e selvagem desses como da cultura, da ciência e da técnica. *”'
.
--,‹›"-
etnociências, usando o exemplo da biolo- wi-:_

através da indústria cultural, dos projetos gia, define a etnobiologia como o conheci- lar como o de outras plantas, nas roças `.} “

iiiÊIf { íli cEa;ã 1i!ãr


povos parece ter sido a de impor a supe- Yi-¬
iifé, de mandioca e que, as vezes são colhidos
rioridade civilizadora europeia e de igno- de pesquisa, dos programas de inovação mento de cada sociedade sobre a biologia, '.... 2:.....;¡.,
;i;

“Hz .rf
acrescentando que ela também poderia antes desta, de acordo com suas necessi- .-Ei
E..
rar ou dar pouca importância às práticas, tecnológica, entre tantos outros.

í:ã
ser tomada como um determinado tipo de dades alimentares. Outro aspecto de par- š' ._.›:
aos conhecimentos e às crenças dos na- No caso do Brasil como típico territó-
;ii;EEÊt;êl?
'Lya .ää¿.;
I ú V
percepção da natureza, incluindo sistemas ticular interesse abordado pelo autor sobre
rio desse novo mundo conquistado e co-

n,H
.f .*`
tivos, mesmo quando fossem obrigados a
ã E f ; i EãÉI I ;I ; ; i i

-_.-‹›¿ .. ._
,si -is
de crenças e de experiências de interação diferentes empregos de plantas é o da pro- tê

Ê
lonizado, assim como espaço da ociden- §

r;E:i
utilizá-los para se alimentar, se locomover -:Í
Í:.'1Í
interétnica das sociedades entre si e com dução de brinquedos entre os indígenas, - éf. zf '

it i i ãi
.. __; . uz..-
e adquirir os próprios meios de conheci- talização e da modernidade, possuimos § *'š;,j,
uma extensa tradição do que podemos os ambientes naturais que estão sendo chamando a atenção para seu estudo so-

Ê
mento necessários para concretizar seus f.|Í¿;.
. , 5) *ie._

facilmente reconhecer como experimen- moldados culturalmente. O autor esclare- bre os índios Dent, que pareciam ter um ÊÍ
E

objetivos colonizadores le científicos.


tos com etnoconhecimento e etnociência. ..,__¿
F. .,P_
Ce ainda que a etnobiologia deve ser com- número maior de brinquedos e outros ob-
A antropologia exerceu e certamente
i

...
s * ss-
preendida necessariamente como uma jetos de divertimento. ga :S
continua exercendo um papel fundamental desde os grandes inventários e compên-

Ei iiÉsl;í
ii ià í: i Êã

tr? É t: âl

ê
.lg ¡i , abordagem interdisciplinar e totalizan- Vale mencionar ainda os resultados do
de desvendamento, de tradução da vida e dios descritivos das coisas e gentes da ter- .J ;.¿-
z Y 11.-f
le, para que seja possível a interconexão “Estudo etnobotânico de recursos vege-

E
dos valores dos povos selvagens ou sim- ra, até os atuais trabalhos desenvolvidos a ' Ír
tais vendidos em herbários de mercados

iã ii !ã
plesmente diíerentes. Mas ela encontrou partir de conhecimentos tradicionais. qui' .;'.-,-. f-; Qfltre o conhecimento biológico e outros

também no etnoconhecimento a possibili- ocupam um lugar crescente nas açöefi À. saberes e praticas que associam plantas, populares de Mérida, Venezuela", cujos , ;_`.
.L1l"¡
:

.lp `_ 1 :pr,›.- 3: änimais, caçadas, hortícultura, com es- autores (Jatem et al., 1997) assinalam que .Fi
dade de reduzir o cunho colonizador de seu brevemente descritas acima. z- .
if! -_ “ Ê-".:«-T' píritos, mitos e práticas rituais. Janet M. “a medicina tradicional dos Andes vene- z
6. O modo como a ciência entende 21 -ër
ÊÊ!E

impulso inicial e se envolver de modo mais


g;Êã

'Lili' E -.
zfáf 1. T Chemela (1987), ao partilhar com outros zuelanos é um sistema médico com uma .IQ
efetivo e autocrítico com as alteridades ma- importância e 0 lugar das etnociênCifl5 ._¬,¿ _¡¿
...,
nifestadas na revelação de seus saberes. está registrado na obra de alguns autoreS alii-.'_A ríif Pesquisadores a preocupação de apontar estrutura simbólica e uma prática tera-
.nu-
›-.:- st pêutica muito particulares, que tem suas .:.

!
Essa atitude representou 0 reconhecimento e pesquisadores que assim contribuem. Para a importância da botânica e da agro-
É
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,j. .L
.-' r .: 139 =»~›i‹'úTuãi-F*
1 88 ;
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,r\__N-r0N¡z~, D, CATTA,-.H 3, LORENA 1-¡O¡_z_MANN ..tv f-f ;¿. l)|‹:1‹JNAR|o Diz Timafttiro 1.- Tm Nor.oo1/×

: Êir;rÊãiÍ;,;iiã;tííi!:iÉiii;;i::i::ãi;íÉii
j; ;:EtÊ;ÊÊãã
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i iriifni;ãiÊr;!l;ciÊã:;iii:rii;rÉ;:;ãí:iiie
1 !::;ef;Ê5F
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ãi; §i;iɧâÊiiii: Êii?
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vcgetales de venta em hei-bolarins de mercados

íii;iEiÊ!iÉ;§Êàr:iEiÊÉ
Há uma crescente consciência por par- da população. os autores assinalam o res-

qÊ ;9
origens na medicina indígena aiidiiia e

,90


Íã É*iE t; 3e
EiÉH:sÊEc: :i:,rp;5;'Éi;Zii:êEsãi:Ê:;Ê;:ãlÊ,

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É

;É::t::;E; Êiis;ÊrÊii;=i?,i?iÉi:!ts
populares de Mérida, Venezuela. In; NARAN-

-!
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se nutre em outras fontes como a medi- to das populações tradicionais que vem se : . mito alcance desse acontecimento diante

; ã; : ?É Ê e ; : i t i Ê Ê : Ê : : t ; Í ;* iE Ê ri ; * : ;; í É I ÉÉ
JO, Plntarrn; CRESPO, Antonio (ads). Op. cit., Á
; . : E E ; : n uÉ, : ! i * ; Ê
L
`.›zt:.=
1997. V. 1.
:lã

.: E::'k;Éiã;s:;: E ; 3: : i*e ! É;
manifestando, por exemplo, em encontros

! ! ãç g ? É:g E ! i i?''; I i I !: [ É*
cina medieval espanhola e a medicina da força da medicina acadêmica.

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LANDER, E. (org.). La colonialid del soberrcu-
ft

.l9.:*39 iê,ol,i,
z:9
sobre etnoconhecimento e etnociência dos l B. Apesar do reconhecimento das etnoci-

E E :" ; E ç ! 4 T! á i e H 6 ü
árabe". Consideram a medicina tradicio-

b L o. .5 J,^L:
-: h -õ o ã ..d
rocentrismo y ciencias Sociales. Prespectlvas

E k á=.E ; E i o 5 ã
nal, apesar de seu forte reconhecimento e quais participam, e a admissão de que os latinoarncricanas. Buenos Aires: (Ilacso, 2005.

â í :gã: Ê E e e ã s- +:; Ç r í b: r;; E : ;E;; i Éi; ; ; s l

E ; É : ã: ê iE:;-
_ _ iši
À.--:___ éncifis como
' parte integrante das ciências
.
uso pela sociedade de Mérida, como uma representantes dessas populações e cul- _.{z¿ em sentido abrangente, torna-se ainda LÉVI-STRAUSS, Claude. O uso das plantas sil-
':;ó› vestres da América do Sul Tropical. In: RIBEIRO,
turas devem ser incluidos nos quadros do necessário que as populaçoes adquiram

3q i Eç -:o
alternativa Complementar da medicina

i ; li Ê Ê t ; : ; : li l : ;e; Ê;; !Ê Ê Ê ; f É i Ê't E áE


Darcy (ed.). Sumo Etnológico Brasileiro. 2. cd. v. fz,

6=9' :.?l ç ç,;


sistema médico-hospitalar e nas demais

..
acadêmica formal. Reconhecem ainda a lí É _ â autonomia cultural capaz de lhes asse-

E ;É! ; ln;ibl âiÉÊi&+


lr*
1 (Etnobiología). Petrópolis: Vozes; FINEP, 1987.
.
situações em que os conhecimentos tra- .z¿§
,F. _¡. -Í-2 gurar a prática autonoma de seus conhe-

..õ
necessidade de estudos Iarmacológicos NARANJO. Putarco; CRESPO, Antonio. Etno-

ã
,..

! @- Ê
medicina: progresos italo-americanos. Quito;
para se garantir o uso racional das plan- dicionais estão em uso. A esse respeito, É-fl cimentos, sem a necessidade de transfor-
Universidade Andina Simon Bolivar, 1997.
tas medicinais. Fernandez, abordando a articulação entre V
:na-los em etnociências subordinadas às

p íÉ: I iti íii: :;ãÊ


- ):
a.:8.leüs.ãgglsii:à
POSEY, Darrell A. Efnobiologia: teoria e práti- "^$».
No Brasil, devem ser lembradas as ' ciências acadêmicas e capturadas ora pela ca. In: RIBEIRO, Darcy (ed.). Suma Etnológíco

: õ ".ni E--: : ,É ã9!;.'=.="Ei.


medicina acadêmica e medicina tradicio-
it;;ÊÉÊEiit:;ii:;çi;tÉÊ:ãÊÊ!gi

á !,; o7 a - Ç = 6 - 4 = .- ! -. -- n
iíi"r;É::;;$i:;Êgi;i:Eefl;iÊ;ãice

Brasileiro. 2. ed. v. 1 (Etnol;|iologia]. Petrópolis: -.À

= 5 ü!
obras de Gabriel Soares de Souza. Padre nal, destaca a importância da iniciativa lógica mercantil, ora pela lógica acadêmi- Vozes; FINEP, 1987.
Joäo Daniel, Alexandre Rodrigues Ferrei- do Peru em haver instituído 0 Instituto *:._¿ ca e em sentido global, colonizada pelos

rã;. Ê. ::;;Éi;iÉíiií;iÉ;ã:
PRANGE, Ghillean'II Etnobotânico de algumas
ra, Barbosa Rodrigues e Nunes Pereira, Nacional de Medicina Tradicional como i distintos agentes do mundo sistêmico. tribos da Aniozônia. In: RIBEIRO, Darcy (cd).

: i É | ! r.=: ij : c ! .
Jackson (apud Granero, 1996), em seu Sumo Efnológico Brasileiro. 2. ed. v. 1 (Etnobio-

3 !o6Ê&qqiroYo
entre vários outros autores que realiza- órgão da estrutura formal do Ministério logia). Petrópolis: Vozes; FINEP, 1987. ‹-rz›-¡›. h
ram marcantes trabalhos etnocientificos, da Saúde. destacando ainda que a OMS *z `fÊ`_I artigo “Existe uma maneira de falar sobre

ã--; 9 2 3 e
conferindo aos povos indígenas o papel apoia e justifica o reconhecimento da me- fazer cultura sem fazer inimigosl" nos ad-
FIM Do TRABALHO vsiesos

;É=! !í§tã;ãããÊÊíã::: ÉiE


‹ z, Tã


- E
dicina tradicional por três razões básicas. Ç_. verte para a situaçao de que a presença

gn.9
de produtores e usuários de conliecimen-
::

tos, cujo sentido para a ciência acadêmica *i/‹\ primeira delas é o aspecto intn'nse‹:o '.,_'_f Ê, das etnociêiicias, quando vivenciadas pe- CENTRALIDADE no

t I p3.E II t-:; F ; !
.... _ _
'r;RAsALrio

i ? B Ê+ : êÊ q:
e para o mundo da vida das populações, segundo 0 qual a medicina tradicional las populações indígenas, nos indica que
iiE : i : Í :

,
indígenas e não indígenas, só presente- percebida como um bem comum do povo as mudanças culturais que provoca sao i'\ff1'rÍam De 'Toni
mente adquirem urna maior visibilidade que a produz e cultiva. A segunda, por seu `f__:_ pane das estratégias de reforçar a noção
Í‹ àez.‹ ›-ez-ae.-‹.ai

iÊE!;;rríÊÊÉrrã;r[t
7. Para as populações indígenas, tradi- caráter liolístico, ou seja, a medicina toma .; de que não há conceito de cultura com- 1. A acepção fim do lrabolho refere-so .I

i:áe;;-!-8í
às teses que propugnam a perda da con- ;-E
cionais, nào ocidentais. a situação defini- o homem em sua totalidade como matéria ~¿fÍ. pletamente apolítico e isento de juízos de
e espírito e parte do princípio de que a valor e que, quando falamos de cultura lrolidade do trabalho enquanto categoria

"
dora de seus posicionamentos em relação AL..
=f,'v__ .
às etnociências é sobretudo a convicção falta de saúde ou enfermidade resulta de tradicional estamos falando do uma C01S& furidante das retaçöes sociais e da cons-
-M ¶. rj
um desequilíbrio do homem com seu am- _ boa. que devemos conhecer e aceitar mais trução identitária dos individuos. Essas

'a
de que 0 etnoconhecimento lhes per-

s
.E

É
-
tence, não sendo este o caso das etnoci- biente total. E finalmente, considera que 6 >ÍÍz._ji i profundamente. teses foram formuladas no contexto da cri-
ii
i:;iiZ,eÉ

.!'_.,

ências, que são instauradas por agentes medicina tradicional é comprovadameiitc se do capitalismo. desencadeada no último 9.

quartel do séc. XX, visando interpretar as l-Í.Í


externos, que atuam seletiva e arbitra- o meio mais seguro para superar a cober-

É 5 si: ;:i 4É oo < -* (,


Referências

i.! u:.,.:.
e
r <;r
rianiente sobre seu mundo vivido e sobre tura da atenção sanitária no ineio rural. - profundas transformações no mundo do 13°

!É-'3
! g ô> {ê*

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CHERNELA, J. M. Os cultivares de mandio-

\ l{ o ;-
Á,.ão-:9-

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60in
9:2*;í-
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seus saberes e práticas. para aproveitar .sendo agente da medicina tradicional 0 j ra na área do Uaupes (Tukâno). ln: RIBEIRO, trabalho dela decorrentes, as quais emer-

c.ê ô -:
or 9 i,,!:
fu
- Darcy [ed.). Sumo Efnológica Brasileira. 2. ed., v. gem após um período de relações virtuo- 1
de um modo fragmeritário e unilateral, fator mais importante desta proposta, por'

S
zÍz._~:Í- E Í lEtnobioloqia]. Petrópolis; Vozes: FINEP. 1987-

â, iü ;s O õI
aspectos da totalidade de suas culturas. que o curandeiro é conhecido no seio da H -;- - ' sas entre capital e trabalho. caracterizado

F
d!
ãe
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›Ê.`f~'=5 Í'HÚNNETH, Axel. Lula por reconhecimento:

ro
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Os povos indígenas, de forma crescente, comunidade e vive nela" [Fernandez apufl pelo Estado de bem estar social, que asso-

1
, H gramática moral dos conflitos sociais. 2. od.
consideram positivas todas as iniciativas Naranjo; Crespo, 1997: 194, v. Il).
sào sauioz Ea. 34, 2009. ciava trabalho e cidadania, transforman-
-
~ _ . ~_

.2d

ên o.tr s Í
a"

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.c ,? So > ?: "',
zzgz JACKSON, Jean. Existe uma maneira de fa-

õ! 9 õX xt)
sérias ein defender' os etnoconliecimen- Ao mencionar a presença de curandeir .a do o trabalho assalariado ein emprego
ã

lar sobre fazer cultura sem fazer inimigos. In:


com status. Nas sociedades capitalistas

i.= - X
:§?
.j GRANERO, Fernando Santos [compiladorl. :.t< Íã
#; ô Ãã
tos, pela razao principal de que assim as ros atuando junto com os demais profis-
ü >! !;

*§;
g

Globalización y cambio en lo Amazonia indíge- avançadas, a partir da crise instaurou-se


suas identidades culturais são reforçadas sionais da saúde no âmbito do hospital
Íii

', "CL
Quito: Ediciones Abya-Yala. 1995- V~ 1-
e suas lutas recebem legitimação e reco- como importante conquista de uma luffl um processo de reorganização nas formas ›.‹:«i.' z'.
; JÁTEM, Alicia; R1cAiu;›1. Mario; ADAMO.
§E
< cr

ic
nhecimento (Honnet, 2009] por reconhecimento dos valores culturflífi .Í'.j¡_ Giusseppe. Estúdio etnobotánico de recursos de produzir e nos modos de organizar o l
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DlcroNÁiuo DE Tmsàuio E TEcNoLocLà

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prevalência de relações de subordinação

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desenha um "mundo sem trabalhadores"

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como força subjetiva motivadora central ›-- ;=!...‹. -_ wi.-.

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trabalho. Observa-se redução do emprego

E;Etr;í;;;í1i;9;iãí;!iâ;;:iÉeiiÊ3!;;!:ãsi:

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do trabalho ao capital, muito mais do que

ie:;Ê:ãEÊit;:E;;i É:*AiÉÊ:E;ti:5:§ÉjiE4;:t

ãi
da atividade dos indivíduos. Afirma que Z~..^.í -.".=` ou “um capitalismo sem trabalho", con-

g ú á!
F.


assalariado (especialmente na indústria), --IF
t a emergência de novas relações autôno-

! É;! i g'n :Eo-0E3f


duzindo as sociedades pos-industriais.

ó E
e' precisamente o abrangente poder de › _-. I-l“.;'=

õ:
proliferação de atividades em serviços, ex- mas, de realização pessoal e de humani- -ea

Éã
.'¡¶_f,, :l.
Ambos propõem um novo contrato social,

1P§ -^";
g; E:
t determinação do fato social do trabalho 2; * -5.* Â.

d I
pansão de formas atípicas de inserção la- zação do trabalho, como querem deter-
encaminhando como solução a expansão

3"
.El 1 )1š¬":;¿'

EÊ;ig: t; ie;ÉlaÉ; ier z


-
E
(assalariado) na sociedade moderna. com Íyfil. 1 se-__-..

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E,9
boral (frente ao padrão assalariado ante- ill;

ú u ô

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l do trabalho no terceiro setor (Riflcin) e o minados autores.

ã É aÉ

: E É: ! Ey g : !:
il:

-
:Piá 'Q .×'

suas contradições. que hoje se tornou so- ?Í_t›?_ zw. .,,l"z- _.

o'g

-i
+!
rior) e, principalmente, ampliação do

rõ :
eg]
desenvolvimento do “trabalho público",
Castel (1998) foi dos mais enfáticos na

o Y,;.
';. tl

o o
t desemprego e sua manutenção em pata- ciologicamente questionável. Essa "im- _ ¬ .-,,,

h
análise da precarização do trabalho e no . ×,‹ F

Ii!ãi
~ : que criaria novos centros de ação e iden-

r
plosão da categoria trabalho" apontaria .lts 5--.~

4
p !
zlí

U)
mar elevado e 0 declínio do movimento

À
1 -f^:‹'^‹"-1 resgate deste enquanto inserção social . «

X Zz iz i:; E ; É E i
ai.

H
lidade políticas em meio à sociedade frag-

E e€
o.
-c
i5
zw-wi

,].
sindical. Considerando a centralidade para uma crise da sociedade do trabalho ¬.~._«,,

F.

É
É


':`r1:]z_¿ z ri-Lz'-.
mentada e contra ela (Beck). sólida. Analisa os impactos das mudanças ¬`:

:
que o trabalho havia adquirido no decor- nas ciências sociais, o que. agregado à ex-

ol
`~'f|
of, ‹.11f=¿.; sobre o trabalho, destacando o desempre-
Dominique Meda postula que o tra-
.çr
li¿

z=','ã í uaeP,!.:

íÍ o-
":
.- =›5,.

T ?"8
pansão dos serviços, dá origem à chama- ..›¡›z;i ¿

:Éo-oú'
rer do séc. XX, mudanças nessa esfera so-

xE
;tu;o,o
ã;-
1 go como a manifestação mais visivel e o , ..1__ z

íÉÉo
É... 1 balho é um valor em vias de extinção e
cial se tornaram objeto privilegiado da da sociedade de serviços. pós-industrial. .›
.¿_ ~
risco social mais grave, e a precarização do

Ê
‹ rf

E i ã H ê á* E.'.:'
não teria sido inventado para exercer as

a'.
! 5€ à; ãi €i :
investigação sociológica. O papel do tra- 2. Na década de 1990, amplia-se a dis- -¬~i

E
trabalho. como o processo central induzido

ãÉã
,,.. funções de laço social. Todavia. enten-
r cussão nesse campo, com estudos surgi- .›,. .,_. '_ . tt»

ü.9
balho passou a ser questionado e redi-

i
3
1;» dendo que o trabalho acabou assumindo pelas exigências tecnológico-econômicas

lZ

;o'::-=eq
5ôp:!õ=-3
; I Y o '!ã o
: áÉ ! ; * E p :
dos em um outro contexto, no qual o de- v.
V z1¿i',"l'“ '
mensionado e as interpretações que bus-

e
Í 3 ., -1_¬- um lugar importante na vida das pessoas, da evolução do capitalismo moderno e o .| *_ ¡{¡,¡

=
semprego e a expansão de formas atipicasç .. ¡|I,_ ii'

E
cavam apreender a direção e ressaltar as Ê
E
.r.›‹
fenômeno que suscita uma nova ques-

il i i ?ã sãÊ i ã
propõe a redução do tempo de trabalho

"Eü.1 E E *
›_-fã..
implicações sociais dos fenômenos em e precárias de trabalho aumentavam ra-

É
l
, T,
À

tão social. A abordagem de Castells situa

.o^o2=
pidamente. Sobressaern analises como a e a partilha do trabalho como condições

.o
pit'

Ê
curso ensejararn intenso debate. .l
É

‹ d o trabalho no cerne da estrutura social, 0


\".:› sine qua non ao desenvolvimento de ou-

!^

de Ritkin (1995), para os Estados Unidos.

6A
O pioneirismo nessa discussão coube às

E:J .-
Àõ
9,3
.9
_- .I
" fã' que leva o autor a sustentar que “a trans- ãft
‹ tros modos de sociabilidade - conforman-

Eãâ,
teses a respeito do ”Íim do trabalho" de- a do sociólogo alemão Beck (2000) e a da ¬.~ _-tm "_.
do um verdadeiro “espaço público" e um formação tecnológica e administrativa do

'-. i!
â-Í.:

o.
f filósofa francesa Meda (1999).
!
senvolvidas por André Gorz e Claus Offe, zz
"
trabalho e das relações produtivas dentro
"tempo livre", fora da esfera da produção,

",
“_

s.É
Aíirmando que as novas tecnologias


no inicio dos anos 1980, tendo como pano
óü
_-- vv
e em torno da empresa emergente em rede 'Ê' Y

E
consagrado a outras atividades. ' .E1 ›_,

E
. M

o
de fundo 0 contexto europeu. Esses au- permitem e, de fato, provocam redução Í ' 'M ..z ¡
é o principal instrumento por meio do qual `_Lu.

I
3. Numa visão alternativa às aborda- _

É,
‹=.


da quantidade de trabalho necessário ao
.a
!

tores buscaram interpretar as mudanças


c
ct

I o paradigma informacional e o processo de ill-_


¿-..›‹. Í- '¬';' gens das teses do fim do trabalho, vários

!
É
¬‹

o
processo produtivo, orientam sua preo-
)
no mundo do trabalho pela via da perda
d

globalização afetam a sociedade em geral" .J ,;.,;¡s_


- z autores enfatizam que a diminuição do

!
t

oqã
ã§
de sua centralidade. Gorz, entendendo cupação para os impactos desfavoráveis
o.c
9o

.. ,¡
trabalho assalariado não implica o fim do (Castells, 1999: 223). Nesse contexto, des- 11;:-. Ê.,

É*
( que as sociedades industriais estariam sobre os trabalhadores, acarretados pel05 .--.¡.;_
taca duas transformações fundamentais: a

EE
-‹-_'-.= .-:fz
z.,z;- 'z r..T trabalho, seja no sentido de que o tempo É *Í
novos modos de produzir e de organizar
!

_;."›
!

produzindo crescentes quantidades de ri-


É

1 individualização do trabalho no processo (3 ‹‹.

::EhõE;sãiãEã
dedicado ao trabalho necessariamente

ão:^:"!=.oqK.93õ
-c "'
s;;;;;i.i"eá*

É;is".É:;eH:!?
! -.

!.É-Í-i-co,o.:ê/É

láu:a;i_.:r,J2.!Y:

ã;
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6:
:E!-PI*11p.!Pi

o -: _ã . ç. 9 q o : ã,õ.o
i_.=Í.í=2,ãô.:-
9iÃ9,aÉEúúí:.:o
o o 9i oã: ó E5 ã! _
.-Ig,

o
!
o

e gerir o trabalho. Defendem a cr1açä0


E

queza com cada vez menos quantidades ‹ t


o

E
.- ._ 3 *ri
' .Q
diminuirá de modo significativo e para de trabalho (quanto a capacidades, condi- ...gv

" ã o 2t;'z ó3 3 e "


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z-rw 1!: '...
1 de outras formas de trabalho, capazes de
E

de traballio, enfoca o dilema entre a liber-


d
É

ções, interesses o projetos) e a fragmenta- H.

ri I â ài r E iE ãã
,w 6 maior parte dos trabalhadores. seja no

i€.
i ^ 0r !
,3

o
a
!

absorver os indivíduos deslocados E (19


!

1 dade do tempo e a abolição do trabalho ção das sociedades (que estariam ficando
. ..>¡-»
››‹.›.
argumento de que a redução do tempo 1 š. jr¿.

o a ?.: à o q À !:
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ã-'!1,

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IJ
,z

(trabalho assalariado - emprego). Com preencher o tempo livre dos ocupadofir .


É

.:=;=É,›5s',_› ,_ cada vez mais dualizadas, polarizadas). ê L 1?


'E_
Ed.›¡;=› tg: _.rs.., de trabalho enseja a perda de seu valor.

-,^11"'9
(
É

um “adeus ao proletariado", vislumbra o constituindo-se em novos centros de açfifl . J¬


É
É
,

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Buscam analisar as transformações no Santos (1999) relativiza a centralidade do
.ll

É:.ú
.;_ _-.›-,=_|. * :~_`¿, -- , r
e identidade politicas. Rifkin e Beck pëf'~ ---._=; vg.
Ê0
!

renascimento de uma esquerda portado- fi z


a

I
a.

._ .-.eg J: trabalho e suas implicações sociais, isto trabalho, a qual terá de ser compartilhada za vi.

ú 7_l.i€
É

tem da constatação de que, ein um mundi)


. ~É. seus efeitos sobre as relações de traba-
!

Ê
o_
t

ra de futuro, não de nostalgia, e elege a


E

'tt 2'-
com outras esferas do social (notadamente

Ê
,

o a c-
( M “ .s'Í'
sd

globalizado, as empresas, visando 1nfii0T


õ>

Eo.

" não classe” dos “não trabalhadores", as-


E
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_..-r i _ =1
¡h0 e a organização social. o que os leva os movimentos sociais). Enfatiza a necessi- ._,kÊ«
." 'Fi

zt i? É
o:

z?`¬;ã;, _ÊY;;.
competitividade e produtividade, PYÍVI'
0.,

semelhada aos movimentos sociais, com z az ,_'. dade da redescoberta democrática do tra- .'--U
~`. Ã
,‹:¡. ii refletir sobre aspectos e processos tais -...«rf
-

legiam estratégias de redução de custos-


!

sua dominante libertãria, como o sujeito '.. _),


,,,.¿_
5


o

'30mo: precarização do trabalho, indivi- balho, sua partilha e o reconhecimento de zl -ts.,,,rz


!:
Àã:

~' 1 Tin
r,

com mão de obra, provocando queda d0 _ t1. *fr


,a

a
d
ol

social potencial da abolição do trabalho.


É
Ê

dualização das relações de trabalho, in- seu polimorfismo como condições sine qua

*
e'.I'Í -Ízf-5
b,t
J
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.,¿,›`,\`. .J z ¬
emprego formal de tipo iordista, elevaÇä°
!
1,

Para Offe o trabalho, objetivamente, es-


ít
É
É

- '--' non da reconstrução da economia como -'Í


segurança e vulnerabilidades, fragmen-
!
o-
q

;-'›«~,¬ “Ç-"-~_,,
F

do desemprego e expansão de einprêšlfls - -_* 1-fl


oE

taria perdendo seu status de fato da vida,


oP
õ9

forma de sociabilidade democrática, con- H.


Íä§ão da sociedade, integração social e a
!
o)

sendo privado, tambem, de seu papel precários. A partir daí argumentam quâ 5°; â . ". T 'ríil
T:

Í 192 193
Ê
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1
,
.

_,r
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n.›»¡. . V V2¿'- ff. "\ ,-.
Diciomiiuo DE T1‹.›\aA1.Ho 15 'l`i:c.No1.o‹:11t

F.

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o
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ANroN1o D. C.f‹r'rANi & Loi‹E:~:.i Hoi;/.MANN

i síEEÉ;;iiiE;!t:lÊiãã;EiÊ
;i :ÊiiEiá;i;*ru:*"!*iâiÊi;ã t;i:;EiEê[iãi:EÉi
,'21:ÉÉã
..=r. .,_,

›‹;,z

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é reafirmada, ainda que compartilhada

iiÊiàiiil!É
Êi
-É€âãã!EiEE*, ^.,:áEEaYrã;
É
ã.h-:;:rrrlrôocô:
=;Ã)"==-tco'itt
Porquanto inserçoes laborais alternativas,

=EYE4,,\
g decisiva ao trabalho para a qualidade de

_É>o_Eqlr

: ã ! E;9i

'ã'9!É:Éáí'"3i,
rr<; õ F ó.: p+"," u +

uÉ\!2!€d-!@o.ó.ó
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:!-_ú?.rJri.-'=i9
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trapondo-se à redução do trabalho a fator

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ofi96)i
ã:o,Hãõ

l'Ée,áPP
tti i:ãiÊÊi;Éãi?t:gã!::,i:; Ê;iiái?i1;iÍii;í ; com novas formas de elo social, e a pre-

9,3 ã
. vida e a orqanização social. As mudanças

H P P t É i 1:
do produção, e da construção de um novo ou atípicas, não representem uma novida-

!, rta-6d

"Y
i, É-
carização do traballio adquire carater es-

i:i íãÍiil
de na América Latina. O impacto da rever- 9 a tendência à precarização das relações

âE
contrato social. consideravelmente mais
são da tendência pró-assalariamento se ”'.';Í‹` de trabalho nas últimas décadas levaram trutural, talvez dando sustentação à tese

q
Ã.:.1 ô
inclusive que o contrato da modernidade,

ú u!
ii' este organismo a implementar. junto a de Bourdieu (2000) que erigia a precari-

': -A . .

^
.d
configura ainda mais grave nessas socie-

-'o
r ú
gE
pois deverá incorporar o polimorfismo do

É,
dades, justamente pelo caráter incompleto -'É' seus membros, uma agenda baseada no zação como um “modo de dominação de

Ê.e
o óÀq1
trabalho tanto quanto sua natureza.

I i E:; ç )! 9. ! a9 2 c * r ó I .
con ceito de traballio decente. Este implica tipo novo". Para contra-arrastar esta ten-

1l
e restritivo das regulaçöes construídas em

7 o !o

É
Autores como Schnapper e Bihr tam-
;;il?:

,.;
dência nefasta, bem como equacionar os

;.9 &.3
o 2ç.
'É promover o acesso ao emprego produtivo,

.a
torno do trabalho. De la Garza refuta as te-

r3

i
d
bém afirmam que 0 trabalho permanece

o
ses acerca do fim do trabalho, contestar-ido *` - lastreaclo na igualdade de oportunidades impactos da crise sobre os trabalhadores,

;- = ú) '
o-9
i!'3
*oq
i-9
central, pois persiste 0 elo entre traba-
a agenda do trabalho decente coloca-se

J 9,1.
a margirialização do mundo do trabalho e nos direitos do trabalho e na proteção

-9-:
õ o à!
lho produtivo e cidadania, uma vez que

t a - "
c no diálogo social, fatores considerados como um caminho promissor.

;i ?
relativamente a outros mundos de vida

g
o trabalho "é a maneira de assegurar a
dos trabalhadores, na constituição de suas Í 9 cruciais à segurança no emprego e à re-

v
t

ui
vida material. de estruturar o tempo e o
identidades. Reconhece que “o trabalho, `,; _` ç dução da pobreza.

Eo
Referências

; ãfi iãããi;Íiiii;i,iã:i,iÉ,Éii:!i3iilíi
!i

^
espaço, é o lugar da expressão da digni-

o,9
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l s 3 : ? F U E F E:
É!
:;àÉi;;; ii ; ti:E::;igiã:! r i5ã: 3

Ea:ov',a_-'441;;
P!o,exsâãJí5j
Mais recentemente. no contexto da

'ÉãE:ÍiiÉp=E

EéRaiEt^1 1.!E

gEeágei!EEF

d o !,,.
u
a)-n1
ãlrJ9'Áic'!.d!o
x.;
9EP"õ.ãÉ=rE;.-
ainda que não tenha a centralidade imagi-

É'ã5ã;ãei[1i
cr9õ!*95orEhg
lÊ.0.:!-ô;Eã9d
dade de si próprio e das perinutas sociais" ANTUNES, Ricardo. Adeus ao tmba}ho.2 En-

iÉiií §: i!i;riI
› . =|
nada pelos clássicos do marxismo, segue crise econôrnico-financeira mundial que saio sobre as metamoríoses e a centralidade do

HP p,1V,iE.,-L
!..,
o
(Sclinapper, 1998: 18). Reportam-se ao

o
À
ã
mundo do traballio. Campinas: Cortez, 1995.
eclodiu em 2008, a centralidade do tra-

e ê c
sendo suficientemente importante para

E
F.

É
tempo de traballio, rejeitando sua distri-

É
BIHR, A. Da grande noite à alternativa - O mo-

r3
a maioria dos habitantes do mundo capi- balho ganhou destaque face aos impac-

\eúàrF--^
!
buiçao extremamente desigualitária, que E
õ vimento operário europeu em crise. São Paulo:
ins negativos da crise sobre a economia Boitempo. 1998.

rd l!ô
.!-.?al
! 0.-.

;
talista, permitindo que se sustente que é

ú c ^ o -,õ !
0,.õ.1
leva ao desemprego massive e à instabili-

:ci,;
um espaço de experiências que, junto a [Í e especialmente sobre o trabalho, com a BOURDIEU, E Contruiogos z Táticas para en-
dade, cspeculam sobre a possibilidade da

Éti.
lrentar a invasão neoliberal. Rio de Janeiro:
acentuada elevação do desemprego. O

o r lã:
centralidade do traballio se deslocar para outros, contribui para a rotinização ou re- .Jorge Zahar, 2000.
' desemprego, de um lado, e a manutenção

o o q,:,
o tempo livre, ensejaiido novas formas de constituição de subjetividades e identida- CACCIAMALI, M. C. Proceso de inlormalirlad
des" [De la Garza, 2000: 31). dos empregos, de outro, foram alçados ao y sector informal - Reexamen do una discusi-
t-l !

elo social, e enfatizam meios de regular 0


(ui. lltwisla Venezolnnn dr: Ecoirtmiízi y ('11-*nz ms
trabalho para que conserve ou reencontro Entre autores brasileiros, o tema da Topo da pauta em reuniões de organismos Sociales, Caracas, Univcrsirlarl Central ile Ve-
nacionais e internacionais, os quais pas- nezuela, V. 6, n. 3, p. 95-110, 9.000.

i.i
centralidade do trabalho tem recebíflü

:
E
a capacidade de integrar os individuos na
cr

saram a propor medidas para equacionar CAS'l`El_., Robert. As melumoriuses do qui.-slâo

E
!.4


r€
ZI
atenção especial em estudos de Antunes.

E
vida coletiva.
EO

0a
õ:

social; uma crônica do salário. Petropolis: Vo-


O autor identifica uma crise da sociedade El crise, visando manter empregos e as-

É
À
E
É
4. Nos meios acadêmicos brasileiros e

Ô.
zes, 1998.
ÉiEH;I{Eeg:EãÉ;i;

segurar melhores condições de vida aos

.3
D

do trabalho abstrato, cuja superação tem


!

latino-americanos o debate sobre o fim


o_

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (a

iíiiiil
Clësenipregados (OIT. 2009). Parece que,

-^
À
era da informação: economia, sociedade e cul-

t
g

a
d
na classe trabalhadora - a "classe-que-
ãà

:.+""2 : .?"
'ã0rÍ!

4
do traballio não tem encontrado respal-
ra

tura). São Paulo: Paz e Terra, 1999. V. 1.


do seu avesso. ou seja, pelo desemprego

'a
vive-do-trabalho" -, mesmo tragmentarla.

É
À
d
À
o
I
do, sendo referido fundamentalmente no
zõã

DE LA GARZA, E. Fin del trabajo sin lin. In:


heterogeneízada e coniplexificada. o SGH B a ameaça de fratura social que a crise

I
sentido de criticar ou refutar as teses em ___ (coord_.). 'llraiado lutirioamericrmo de

`P0f.l@ provocar, o trabalho é reatirrnaclo sociologia del trabajo. México: Facultad La-

E
voga. Tais posicionamentos encontrarn-se polo central. Afirma que “as tendênffiös
elemento central para a construção tinoaniericana de Ciencias Sociales, 2000. p.

e
em curso, quer em direção a uma rnäífif
É

a ,F
E

ligados à própria história dessas socieda-


É

o'

755-773.

!
identidade e da autonomia dos indivi-
E,E
ã.=

intelectualizaçáo do trabalho fabril ou -10


.8.=õ 2t=

des, nas quais, diferentemente dos países

fi,i;;::Êt:i
GORZ, André. Adeus uo proletariado: para
para o reconliecimento social, bem

,o
incremento de trabalho qualificado, out-*T aléni do socialismo. Rio de Janeiro: Foreiise

Ê,
E
capitalistas avançados. a regulação do tra-
Universitária, 1987.
para o acesso a bens de consumo,

o
balho e as proteçoes sociais construídas em direção à desqualificação ou ã 5'-la
"

GUIMARAES, N. A. Desemprego, uma cons-


outras dimensões tanto materiais


l9g

sub-proletarização, não permitem Cflfi'


Ua,É

Ê,
ficaram no meio do caminho. O trabalho
E;
rú€
E

trução social. São Paulo, Paris e Tóquio. Belo


cluir pela perda desta centralidade J simbólicas. Horizonte: Argvmentvin, 2009.
9

assalariado não se uiiiversalizou e perdu-


À.

El

universo de uma sociedade produtora Enílin, à medida que as transformações MÉDA. D. O Ttoballioz um valor ein vias de ex-

E
Ê
ã

rou uma relativa heterogeneidade do mer-


trabalho foram se consolidando e as tinção. Lisboa: Fim de Século - Margens, 1999.

11

o

mercadorias" (Antunes, 1995; 75).


É
o

É
cado de trabalho, nas formas de inserção
F,

OFFE, Claus. Tinbalhoz A categoria-chave da so-


s

Visão similar tem sido adotada foram revelando seus impactos,


!

ui
5

laboral, nos rendimentos, nas jornadas de


E
É,

ciologia? São Paulo: RBCS, v. 4, n. 10, jun. 1989.


nenos duas constatações parecem
ã
à

É
E

Organização Internacional do Trabfilhfl "


o o

traballio, nas condições de trabalho e na ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRA-


OIT (2002; 2006), que atribui a centralidade do traballio BALHO. The future of work, employmení and
'i
F

organízaçao política dos trabalhadores.

195

i
194

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D1c1oNÁR¡o DE TRABALHO E TECNOLOGIA

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AN'roNto D. CATTANI & LORENA HOLZMANN i

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i: :g=ii;:à:il;i :t!irã;;i:;t

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Il
flexibilidade pode representar, segundo

: ; : ii : : F ; ; Ê:,; E i i :i E a t !
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tri;

,ã ;c; ãÉ s;ii E;ãÉiÊ iãiê É Êã[:l lil:;;;ã i:


í;tEãf Ê ÉÉi;!ãÍ:ã;ãÊÉtçÊ;;Í::ÉE! iãq E:;I si!ii
E ÊE Ê í s: tE ãr: r É e g É ÍÊ; É : ; c á; iit ÊÉÊ
iii:gíããíãr:iã iãliÊ sti;tiEtiãÊ iiiÊrãi E;
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Ég: ã ããiãitã;iâIãã ã! i; àÉEãe§i:l' } E ii

9* àis e i.s; s€ !
em tempo parcial (port-time-workers) e os


ãa0r !;

õ,ú.9 P-
dores obtiveram nas condiçoes de venda e 'Í

Êã
> §r9
social protection. Lyon: OIT. 2002. Disponível

:iÉxiãÊs;t-iÍ s*;rita*:i:i :

q"b õs : sÉ Al ;ÉE: É ;ÍÊ :Ê.Êg*,! [i


?;ã§?iãi㧧ã;

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' -|“.

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ãüor
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o autor. uma versão moderna do operário

: íi :;\zi E r ; ií; ã iE ã: i C;:


em: www.i.Io.org. Acesso em: 15 out. 2003. uso de sua força de trabalho e à garantia -Y trabalhadores por conta própria [selƒ-em-
proudhoniano. A terceira forma é relativa
»‹é-
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL Do TRA- played-workers), expandindo para o con- fil

iÊ íE ; ? i ii??t E ; E ãE ãi Í i

Ei;Ê p:r;;ã;i
de direitos a benefícios e serviços decor-

õ
d
BALHO. Panorama laborol 2009 - Américo La- às leis que regem os contratos de trabalho

ri:l
rentes de sua condição de trabalhadores. ' junto da economia práticas flexiveis que

E,ã à
.9õ E

.,* P c E i g.: ã ; ! i E -: qI E "É Ê ! ; ! ; i vE Et, * Ê 3 "-'; E


or3
õ,o
9o,
tino y El Caribe. Lima: Ol'l`. Oficina Regional
para América Latina Y el Caribe, 2009. Disponí- ¡á eram usuais em alguns setores indus- e incide na variação da duração da jorna- 1. *_
O conteúdo e a dimensão dessas proteções
vel em: www.oit.org.pe/WDl\/IS/bib/publ/pano- da de trabalho e dos fatores que tornam .V _,..l
triais como o calçadista e o de confecção.



são distintos em cada contexto nacional, '

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: É:; I Éi g? * r f r E é E i Ê; t; s F; E;;::5 + E E 4
:.ó * õ e' q€
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L-;'p :-{ o;.
e Ef
o
ã* EÍ ü

I p. ea ãáe9 E3 ei 5!
B iE s e Ê
-.Í:É=22É
rania/panorama09.pdÍ. Acesso em: 4 mar. 2010.
Para os defensores da flexibilização, possível a mobilidade dos assalariados
pois resultam de lutas e de negociações

Hú;: :'! r x õÉ ?:!


ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRA-

-
e t '; E Í
:ii
entre empresas. ofícios e regiões, segun-

srr gãÃ; iy Eig üãl: E r ; ãlÊ ; ãí ã ÉsE i ; ;


BALHO. 'Trabalho decente nas Américas: uma esses tipos de contrato desobstruem os

ç
entre trabalhadores, empresários e o Esta-
L ,t

@ o

i= 9*ô+
agenda hemisférica. 2006-2015. OI'IÇ Brasil, do o volume de produtos demandado pelo
entraves legais à mobilidade da força de

! -. E á_t; fr E;- É e - o. !õ ã ãE Ê Ê::& E :e =


do no âmbito de cada país. Segundo a óti-

s-; ; B; q.ãB Eã B§ 3 i Ê ÉE SÊ . 〠: F-. ECE: ii! : "u!.-


E€ áe r
2006. Disponivel em: www.oitbrasil.org.br/info/
downloadfile.php?fileId=187. Acesso em: 15 trabalho quanto à sua contratação e, so- mercado. Para Boyer, cada uma das moda-
ca neoliberal, essas proteções serão tanto

};i!
dr;,^:.'r
ago. 2009.
bretudo, quanto à sua dispensa. Segundo lidades pode apresentar dificuldades para
mais rígidas quanto maior for o leque de Í

ó;
Íiã§I ;iliÊ § EiàlEãiãllFãIi:
RIFKIN, J. O fim dos empregos. São Paulo: sua implantação, incidindo umas sobre
:;:;ÊÊirlir: § 3 E;*!Éf;-;e!e::s

beneficios assegurados aos trabalhadores ' Bayer (1987), a flexibilidade do trabalho é

f * i i e c. ag Ê= i z o E 4 I + ; ü '! aÉ â : -:i ", -, É p !a=,";'


.l gE E! 5õ r i !; E: dH -n E: 3E ie Éã !É o" .rã E !- :_ ! € á; 3 € -r "q ! i
.Q
Makron Books do Brasil, 1995.
a aptidão que tem um sistema ou subsis- as outras. Exemplificando: a facilidade

ii * i fr2eià€i*!:rÊ ifr|ê5i
ROJAS, E; PALACIO, G. Tecnología de la in- e mais reguladas forem as condições de

. s É ü.E
i
de ajustamento dos efetivos pode impe- il
formación: una nueva estrategia capitalista de

ããÊ [ÉÉiáíii ãã;ããÊã ? ;; âíi :ii


tema de reagír às perturbações ocorridas

i;É! 3Êi í*zy:i: iÊã;i rã:EAÊêã


venda e uso da força de trabalho. Os di-

-3?É.3:
it
o.::!
*ê úp E g+ ó; í;
subordinación de los trabajadores. Cuodemos dir inovações tecnológicas, como a ado-
no meio ambiente, podendo concretizar-
reitos coletívos são também considerados
#1

E s E: E q í; E ee :g ;i
de Economia, Bogotá, Universidad Nacional dc

o:
Colombia, n. 11, p. 17-73. 1987. se em modalidades diferenciadas. A pri- ção da mecanização flexível, ou diante de
fatores que impedem respostas mais ágeis

9! ; :
r!;:
SANTOS, Boaventura de S. Reinventar a de-
às alterações da demanda, desestimularn E meira modalidade diz respeito às escolhas um processo intenso de rotatividade dos

Y- -
mocracia: entre o pré-contratualismo e o pós- trabalhadores, a polivalëncia pretendida
investimentos produtivos, podendo levar tecnológicas e organizacionais feitas no
E.9
contratualismo. In: I-IELLER, A. et al. A crise

õ ^ Í
1:
dos paradigmas em ciências sociais e os desa- momento da concepção da unidade de pode ser objetivo dificilmente implantável. À
à diminuição do dinamismo econômico

F=
Ê.
fios para o século XXI. Rio de Janeiro: Contra- 3. De modo simplificado, vê-se que a
produção. as quais condicionam as possi-

ã e" g 'õ*Él +:1 :!';E


numa economia crescenternente globali-

c
E;
e LÉ
E
ponto, 1999.
bilidades de adaptação àquelas perturba- flexibilidade ocorre em dois âmbitos: na
zada e altamente competitiva.

=
la

SCHNAPPER, D. Contra o fim do traballio. Lis-


F"'3.}*i
ã.e'P

=¬.-:.u_n-:n.1-e|f-uv
boa: Terrarnar, 1998. ções. As organizações de tipo forclista, de dimensão macrossocial e na mícrossocial
2. O significado da flexibilização no

: E"-
it..

IÍ;
base tecnológica eletromecãnica rígida, (no interior das empresas, num movimen-
contexto contemporâneo evidencia-se na
ô
E
=-- a ar I I: E

to mútuo de reforço e de respaldo). No ãf:


1:"-L15x1B1L1zA‹;Ão 1r com equipamentos altamente especiali-

Íiir
§s

comparação com o padrão de relações


"
i.:'.!

.lj â-

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