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1 INTRODUÇÃO

PROCEDIMENTO DO TRABALHO EM LABORATÓRIO

O trabalho num laboratório químico só é efetivo quando realizado conscienciosamente e com


compreensão da sua teoria. Além disso, toda atividade experimental requer que o experimentador SEJA
CUIDADOSO E ESTEJA ATENTO. Mesmo um experimento aparentemente inofensivo pode resultar em
consequências sérias quando planejado de maneira imprópria.

O grupo terá um LUGAR NO LABORATÓRIO (BANCADA), QUE DEVERÁ SER MANTIDO LIMPO E
ARRUMADO. Somente os materiais necessários ao experimento deverão permanecer sobre a bancada.

O estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve:

 Conhecer todos os detalhes do experimento que irá realizar;


 Ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem utilizadas;
 Familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo;
 Ter um protocolo experimental escrito envolvendo todas as atividades a serem realizadas;
 Vestir avental e óculos de segurança sempre que trabalhar no laboratório (itens de uso pessoal que
devem ser providenciados pelo aluno).

NUNCA REALIZE EXPERIMENTOS QUE NÃO SEJAM INDICADOS NO GUIA SEM ANTES CONSULTAR O
PROFESSOR RESPONSÁVEL.

Para participar das aulas práticas os seguintes itens são indispensáveis:

 Conhecimento prévio do roteiro;


 Avental “jaleco” (algodão, manga comprida);
 Sapato fechado e calça;
 Cabelos presos;
 Óculos de Segurança;
 Caderno de laboratório;
 Apostila ou roteiro experimental.

2 NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO


A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida por professores e
alunos. Os laboratórios de química não são necessariamente lugares perigosos, embora muito dos perigos
estejam associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de cuidado, ignorância
ou desinteresse pelo assunto.

Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis acidentes num laboratório,
existem alguns cuidados que são básicos e que, se observados, ajudam a evitá-los:

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1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório;

2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas será sempre uma valiosa ajuda em
caso de acidentes;

3. Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e entender os roteiros experimentais;
consulte a literatura especializada. Tire suas dúvidas com os professores antes de começar o experimento.

4. Utilize sempre que necessário materiais que possam garantir maior segurança no trabalho tais como:
luvas, pinça, óculos (obrigatório), jaleco (obrigatório) etc. Procure manter seu jaleco limpo.

5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de trabalho. Evite derramar
líquidos, mas se o fizer, limpe o local imediatamente;

6. Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe sua bancada de trabalho, seu
banco, a pia e outras áreas de uso em comum. Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e
os frascos reagentes fechados;

7. Lave suas mãos frequentemente durante o trabalho prático, especialmente se algum reagente químico
for respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos;

8. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para evitar pegar o frasco errado.
Certifique-se de que o reagente contido no frasco é exatamente o citado no roteiro experimental;

9. Nunca torne a colocar no frasco o reagente não utilizado (sobras). Não coloque objeto algum nos
frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que alguns são providos;

10. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha cuidado ao manusear substâncias
corrosivas como ácidos e bases: use a CAPELA;

11. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o ácido, lentamente, com agitação
constante, sobre a água - com essa metodologia adequada, o calor gerado no processo de mistura, é
absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água sobre o ácido).

12. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à chama;

13. Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem supervisão;

14. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material inútil (rejeito) deve ser
descartado de maneira apropriada;

15. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque os
vapores que se desprendem do frasco com a mão para a sua direção;

16. Use a CAPELA para experimentos que envolvem o uso ou liberação de gases tóxicos ou corrosivos.

17. Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si mesmo ou para alguém
próximo. Sempre que possível o aquecimento deve ser feito na CAPELA;

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18. Não deixe recipientes quentes em lugares em que possam ser pegos inadvertidamente. Lembre-se de
que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio. Quando precisar deixar material quente sobre a
bancada, coloque-o sobre a tela de amianto.

19. Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por sucção com a boca. Use sempre
a “pera de sucção” para pipetar.

20. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo utilizado;

21. Procure conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e saiba como usá-los
corretamente.

PRIMEIROS SOCORROS

- Cortes e ferimentos devem ser desinfetados e cobertos;


- Queimaduras leves com fogo ou material quente, tratar com ÁGUA FRIA/ GELADA ou PICRATO DE
BUTESIN ou ÁCIDO PÍCRICO;
- Queimaduras cutâneas:
 COM ÁCIDOS - lavar com bastante água e sabão e, em seguida, neutralizar com LEITE DE MAGNÉSIA ou
BICARBONATO DE SÓDIO.
 COM BASES - lavar com muita água e, em seguida, com solução diluída de ÁCIDO ACÉTICO (0,1N).
 COM FENOL - lavar abundantemente com ÁLCOOL ETÍLICO.
- Queimaduras oculares com substâncias ácidas ou básicas devem ser lavadas com água (usar lava - olhos)
e tratadas com colírio estéril

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

AVENTAL OU ROUPAS DE PROTEÇÃO

* Avental recomendado para manuseio de substâncias químicas:

- Material: algodão grosso: queima mais devagar, reage com ácidos e bases.

- Modelo: mangas compridas; comprimento até os joelhos, sem bolsos ou “detalhes soltos”

- Deve ser usado sempre fechado

Os aventais devem ser retirados quando sair do laboratório.

LUVAS

A eficiência das luvas é medida por meio de 3 parâmetros:

- Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva.

- Permeação: velocidade com que um produto químico permeia através da luva.

- Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a ocorrência
do produto químico no seu interior.

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- Material: Nenhum material protege contra todos os produtos químicos.

* Luvas de latex descartáveis são permeáveis a praticamente todos os produtos químicos


Tipo Uso

Borracha Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais


butílica solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para
solventes orgânicos
Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos,
hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para
solventes halogenados e aromáticos
PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos
solvente orgânicos
PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados.
Ruim para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes
orgânicos e ácidos e bases
Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e
halogenados
PROTEÇÃO FACIAL/ OCULAR

- Indispensável para todos que trabalhem locais onde haja manuseio ou armazenamento de substâncias
químicas;

- Todos os visitantes deste local também deverão utilizar proteção facial/ocular;

- O uso é obrigatório em atividades onde houver probabilidade de respingos de produtos químicos.

Tipos:

- Óculos de segurança

- Protetor facial

Características

- Não devem distorcer imagens ou limitar o campo visual;

- Devem ser resistentes aos produtos que serão manuseados;

- Devem ser confortáveis e de fácil limpeza e conservação.

Referência:

OLIVEIRA, P.C.A, PINHO, R. Tópicos de Química Experimental. Apostila - CEETEPS – ETEC RAPOSO
TAVARES, São Paulo, 2018.

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