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Prado
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 0
CARTA DO EDITOR
Entender os conceitos sobre a estrutura, função e regulação das enzimas é fundamental para
compreender o metabolismo celular para depois transportar esse conhecimento para o
entendimento do organismo vivo como um todo. Desta forma, o objetivo em propor essa atividade
aos estudantes de graduação foi de que colocá-los em contato com os dados disponíveis sobre as
enzimas em banco de dados de proteínas possibilitando visão real dos dados que eles encontram nos
livros didáticos e, assim, associar com o que é discutido em sala de aula.
Este material foi criado a partir dos trabalhos individuais produzidos pelos estudantes do segundo
período do curso de Fisioterapia da UFPR que cursaram a disciplina regular de Bioquímica durante o
segundo semestre de 2019 e sua elaboração teve o objetivo de incentivá-los a produzir um material
como trabalho da disciplina que seria disponibilizado por meio desta publicação, experimentando o
sentimento de ver sua produção publicada.
Os trabalhos apresentados nesta publicação foram minimamente editados e, portanto, podem
conter alguns conceitos e formatação na forma da apresentação das referências bibliográficas
incorretos.
Elaboração:
Profa Dra Silvia R.T. Prado
Alunos do curso de Fisioterapia – disciplina de Bioquímica 2º semestre/2019
Apoio:
Setor de Ciências Biológicas - UFPR
Diretor: Prof. Dr. Edvaldo da Silva Trindade
Vice-diretor: Prof. Dr. Emanuel Maltempi
INTRODUÇÃO
Silvia R.T. Prado
AS ENZIMAS
As enzimas são biomoléculas que atuam como catalizadoras das reações bioquímicas que ocorrem
em todas as células e correspondem ao principal ponto de regulação de todo o metabolismo.
Todas as enzimas, com raras exceções, são proteínas e, portanto formadas por aminoácidos, cuja
composição vai definir a estrutura tridimensional dessas biomoléculas e esta estrutura
tridimensional adquirida pela enzima depende das interações intramoleculares que ocorre entre os
grupos R dos aminoácidos que as compõem e está diretamente relacionada com sua função na
célula.
As enzimas são classificadas em 6 grupos principais, de acordo com o tipo de reação que catalisam
(tabela 1) e internacionalmente por um código que corresponde ao grupo, classe, ... de acordo com
a Comissão de Enzimas (EC) da União Internacional de Bioquímica (IUB), de acordo com
um critério numérico, a exemplo da ATP-creatina fosfotransferase, cujo número de classificação é
EC 2.7.3.2, onde:
- o primeiro dígito, 2 : a Classe (transferase);
- o segundo dígito, 7, a Subclasse (fosfotransferase);
- o terceiro dígito, 3, a Sub-subclasse em que a fosfotransferase apresenta um grupo
nitrogenado como aceptor;
- o quarto dígito, 2, designa uma creatina quinase.
Tabela 1
As enzimas possuem especificidade sobre as moléculas sobre as quais atuam, o substrato, de modo
que os organismos vivos possuem vasto número de enzimas diferentes. Esta especificidade pode
ser relativa, uma vez que muitas enzimas podem atuar sobre mais de um substrato, porém com
diferente afinidade para cada um, ou seja, ela terá maior afinidade por um dos substratos que
corresponderá ao substrato preferencial desta enzima. A enzima tem um local (sítio) específico
para a ligação do substrato, chamado de sítio catalítico ou sítio ativo.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 2
Mas... qual a importância do fato das enzimas acelerarem a velocidade das reações? E, como elas
fazem isso?
As enzimas aumentam a velocidade da reação reduzindo a energia de ativação necessária para que
uma reação ocorra. Explicando... toda reação para ocorrer, tem um período entre o início e o final
no qual há formação de compostos intermediários reativos que permitem a transformação
química. Esse período intermediário é que define a velocidade da reação e corresponde ao período
de energia de ativação o qual depende da capacidade das moléculas em solução se “encontrarem”
e interagirem possibilitando o seguimento da reação. Então, o que a enzima faz é reduzir o tempo e
a energia necessária para que isso ocorra, facilitando o processo de interação entre os reagentes
(que são os substratos da enzima) e, consequentemente permite que a reação ocorra muito mais
rapidamente.
A ligação do substrato no seu sítio ativo requer grupos químicos que permitam a interação entre o
substrato e o sítio ativo da enzima. Esses grupos que interagem com o substrato correspondem a
átomos presentes nos radicais dos aminoácidos e, muitas vezes do cofator presentes na enzima. O
mecanismo de ligação entre o substrato e enzima é conhecido como mecanismo de ajuste induzido,
o qual significa que inicialmente, a forma e tamanho do sítio ativo da enzima não é exatamente
correspondente ao substrato, porém, a partir do momento que algum ponto da molécula do
substrato interage com um local específico do sítio catalítico, há uma mudança conformacional
(ajuste) do sítio ativo para que o substrato possa “encaixar” perfeitamente neste local da enzima e,
desta forma, possibilitar a catálise.
As reações catalisadas pelas enzimas ocorreriam sem as enzimas, uma vez que são
termodinamicamente viáveis. Contudo, a velocidade com que elas ocorrem é incompatível com o
metabolismo de um ser vivo. Ou seja, só existe vida, porque as enzimas conseguem fazer com que
as reações necessárias para sua manutenção ocorram em maior velocidade e esse aumento está na
ordem de 106 – 1012 vezes. Desta forma, conhecer o funcionamento das enzimas nos permite
compreender como o metabolismo bioquímico ocorre e é regulado.
Tendo o objetivo de proporcionar aos estudantes uma diferente maneira de estudar este assunto,
foi proposto que cada estudante escolhesse uma enzima e deveriam elaborar um material
contendo os tópicos de estudo do tema para a enzima escolhida.
Assim, cada aluno deveria incluir no material elaborado os itens abaixo como conteúdo mínimo a
ser abordado:
Os trabalhos produzidos pelos estudantes estão reunidos nesse material, cuja finalidade é tornar
acessível a todos e que possa servir de consulta e modelo de trabalho, especialmente na área
acadêmica. Além disso, com a publicação de seus trabalhos, incentivar os estudantes de primeiro
período a elaborarem bons trabalhos, uma vez que estarão disponíveis para que todos tenham
acesso a sua primeira publicação acadêmica.
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1. NOME:
acetyl-CoA carboxylase;
HFA1 (nome do gene);
ACC1 (nome do gene);
acetyl coenzyme A carboxylase;
acetyl-CoA:carbon-dioxide ligase (ADP-forming)
1.1. CLASSIFICAÇÃO :
6. - Ligases
6.4 - Formada por ligações de carbono - Carbono;
6.4.1 - Ligases que formam ligações carbono-carbono (apenas sub-subclasse identificada até o
momento)
6.4.1.2 - acetyl-CoA carboxylase
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
Ala - Arg - Asn - Asp - Cys - Gln - Glu - Gly - His - Ile - Leu - Lys - Met - Phe - Pro - Ser - Thr - Trp - Tyr
- Val
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
A acetil-coa Carboxilase (ACC) é um polipeptídio de múltiplos domínios que catalisa três atividades
diferentes:
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2) Uma biotina carboxilase que catalisa a transferência de um grupo carboxila do bicarbonato para
a molécula de biotina transportada pela proteína transportadora e a transferência do grupo
carboxila da biotina à acetil-CoA. (IntEnz, 2019)
A ACC é uma enzima pertencente da família das carboxilases dependentes de biotina, as proteínas
desta falia são amplamente distribuídas na natureza e estão presentes em bactéria, archaeas, algas,
fungos, plantas e animais realizando importantes papeis na síntese de lipídeos, aminoácidos e
carboidratos (Tong, 2013)
4.1. COFATORES
Formula: C10H16N2O3S
Bicarbonato
Formula: HCO3-
5. REGULAÇÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nelson, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed,
2011. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Meades, G., Jr, Benson, B.K., Grove, A., and Waldrop, G.L. (2010) A tale of two functions: enzymatic
activity and translational repression by carboxyltransferase. Nucleic Acids Res 38: 1217–1227.
Tong, L. (2013) Structure and function of biotin-dependent carboxylases. Cell Mol Life Sci 70: 863–
891.
Yeh LA, Kim KH. Regulation of acetyl-coA carboxylase: properties of coA activation of acetyl-coA
carboxylase. Proc Natl Acad Sci U S A. 1980;77(6):3351–3355. doi:10.1073/pnas.77.6.3351
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EC 1 Oxidorredutases.
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
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A acil-CoA desidrogenase (ACDH) dos mamíferos são enzimas contendo flavina adenina dinucleotídeo
(FAD) que participam ativamente na primeira etapa da oxidação beta dos ácidos graxos. (S et al., 1995)
Nessa reação ela irá catalisar a oxidação de tioésteres de acil-CoA de cadeia curta saturados, o produto
gerado dessa catálise será trans 2,3-insaturado, onde ocorre a eliminação de dois átomos de pró-R-
hidrogênio. Além disso, a acil-CoA-desidrogenase irá regular a desaturase lipídica FAT-7, participando da
adaptação do calor para a reação. A ACDH sequestra ácidos graxos e isso impede que os mesmos possam
ativar possíveis receptores de hormônios nucleares e direcionam a expressão da gordura-7. Logo esse
mecanismo regula o calor, respondendo nos níveis de desaturase lipídica e na fluidez da membrana por
envolver a sinalização de ácidos graxos. (DK et al., 2015)
5. COFATORES
et al., 2018)
6. REGULAÇÃO
A atividade da acil-CoA desidrogenase de cadeia curta mais alta foi observada em butanoil-CoA ou
pentanoil-CoA. A temperatura ótima para o funcionamento da enzima no ser humano é de 37° e o Ph
ótimo é 7. Existe alguns inibidores para a ação da ACDH que causam consequências sérias na atividade
metabólica dos homo sapiens. Um exemplo é a inibição do 1-azepam-1-il-2-fenil-2- (4-dioxo-1,4-di-hidro-
pirazolo [3,4-d] pyrimidin-5-il)-etanona, que é um inibidor específico de SCHAD, que forma um aducto
covalente com NAD+ por um mecanismo catalítico de suicídio. Outro inibidor, o isovaleril-CoA
desidrogenase E254G, inibe SCAD de tipo selvagem foi encontrado na literatura.
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Segue lista de revisão bibliográfica sobre todas as relações de substratos e produtos em seres humanos
que a enzima acil CoA desidrogenase participa:
(B) Atividade total de acil-CoA desidrogenase em função do comprimento da cadeia de carbono sem
deficiências na atividade enzimática (Controle). A atividade reduzida de acil-CoA desidrogenases produz
diferentes atividades totais, refletindo deficiências de acil-CoA desidrogenase de cadeia curta (SCADD),
de cadeia média (MCADD), de cadeia longa (LCADD) e de cadeia muito longa (VLCADD) e de cadeia muito
longa (VLCADD), respectivamente. (OSPRIAN et al., 2009)
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DK, Ma et al. Acyl-CoA Dehydrogenase Drives Heat Adaptation by Sequestering Fatty Acids. Cell. United
States, maio 2015. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25981666>. Acesso em: 12
set. 2019.
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ALANINA AMINOTRANSFERASE
Ana Luiza dos Santos Fiebrantz
1. NOME
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Transferases;
Transferência de grupos nitrogenados;
Transaminases
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
P24298|alanine transaminase|EC 2.6.1.2|Homo sapiens|Swiss-Prot
MASSTGDRSQAVRHGLRAKVLTLDGMNPRVRRVEYAVRGPIVQRALELEQELRQGVKKF
TEVIRANIGDAQAMGQRPITFLRQVLALCVNPDLLSSPNFPDDAKKRAERILQACGGHSL
GAYSVSSGIQLIREDVARYIERRDGGIPADPNNVFLSTGASDAIVTVLKLLVAGEGHTRT
GVLIPIPQYPLYSATLAELGAVQVDYYLDEERAWALDVAELHRALGQARDHCRPRALCVI
NPGNPTGQVQTRECIEAVIRFAFEERLFLLADEVYQDNVYAAGSQFHSFKKVLMEMGPPY
AGQQELASFHSTSKGYMGECGFRGGYVEVVNMDAAVQQQMLKLMSVRLCPPVPGQAD
VVSPPAPTDPSFAQFQAEKQAVLAELAAKAKLTEQVFNEAPGISCNPVQGAMYSFPRVQL
PPRAVERAQELGLAPDMFFCLRLLEETGICVVPGSGFGQREGTYHFRMTILPPLEKLRLL
LEKLSRFHAKFTLEYS
50-alanina +2-oxoglutarato=piruvato+50-TPP
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3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
5. REGULAÇÃO
A atividade da enzima pode ser regulada, isto é, as enzimas podem ser ativadas ou inibidas de
modo que a velocidade de formação do produto responda as necessidades da célula. O Piridoxal-5’-
fosfato, derivado da vitamina B6, representa um cofator biológico para alanina aminotransferase,
logo a adição do mesmo sob condições que favoreçam sua recombinação com a enzima,
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DALPAI, D., & Barschak, A. G. (2018). Bioquimica Médica para iniciantes. Porto Alegre: Editora
da UFCSPA
FILIPPIN, F.B., Reis, K., Cemin, L., Duzzioni, M., Hermes, E.M., Souza, L. C., 2004. Novo intervalo de
referência para alanina aminotransferase usando o sistema automatizado de bioquímica Dade
Behring Ar Dimension. NewsLab 65, 148-160
GONZALEZ, F.H.D. & Scherer, J.F.S.2001. Perfil sanguíneo: ferramenta de análise clínica,
metabólica e nutricional. In: Gonzalez F.H.D.(Ed). Avaliação metabólica-nutricional de vacas leiteiras
por meio de fluidos corporais. Porto Alegre: UFRGS, pp. 5-15.
LTDA, A. D. (s.d.). Alanina. aminoscience.
NELSON, D., & Cox, M. (2018). Princípios da Bioquímica de Lehninger. Artmed.
OLIVEIRA, T. T. de; NAGEM, T. J.; RIBEIRO, J. N. Análise sérica das enzimas aspartato
aminotransferase, alanina aminotransferase e gama glutamiltranspeptidase de coelhos adultos
tratados com extrato bruto de própolis. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, São
Paulo, v. 26, n.1, p. 25-28, 2005. Disponível em: <http://serv-
bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/view/395>. Acesso em: 10 de setembro de
2019.
PINTO, Samanta B., Comparação entre as dosagens de AST (Aspartato Aminotransferase) e ALT
(Alanina Aminotransferase) em presença e na ausência de piridoxal fosfato.2010. 34f. Trabalho de
Conclusão de Curso. Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
RODRIGUES, J. (22 de agosto de 2013). disponível em Site da fciencias <
https://www.fciencias.com/2013/08/22/alanina-molecula-semana/> Acesso em 11 de setembro de
2019 the comprehensive enzyme information system . (s.d.). Acesso em 13 de setembro de 2019,
disponível em BRENDA < https://www.brenda-enzymes.org/sequences.php?ID=71306>
VOET , D., & Voet, J. (2013). Bioquímica. Artmed.
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AMILASE
Ayla Colmenarez
1. NOME:
Nome sistemático de acordo com a União Internacional de Bioquímica Molecular (IUMBM): 4-α-D-
glucan glucanohydrolase.
1.1. CLASSIFICAÇÃO:
EC 3.2.1.1
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA:
1.1. REAÇÃO:
(alpha-D-glucopyranosyl-(1-4))n-alpha-D-glucopyranose+H2O= (alpha-D-glucopyranosyl-(1-4))n-m-alpha-D-
glucopyranose+ (alpha-D-glucopyranosyl-(1-4))m-alpha-D-glucopyranose
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3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL:
As α-amilases são enzimas que catalisam a hidrólise das ligações O-glicosídicas do amido,
do glicogênio e outros oligossacarídeos ingeridos na dieta. Nesse sentido, possui um papel muito
importante no processo de digestão, devido que a função desta enzima consiste na quebra de
açúcares. A ingestão de carboidratos ativa o funcionamento da amilase, já que ele começa
estimulando as glândulas salivares, na saliva a amilase, chamada também de Ptialina, transforma
fontes de amido em maltose e glicose. Mas é somente a amilase produzida no pâncreas (Amilase
Pancreática) que consegue quebrar o amido em unidades menores, quando o alimento já está no
trato digestivo e o processo de digestão está adiantado.
5. REGULAÇÃO:
Nesse sentido, a participação de íons inorgânicos é muito importante pois atuam como
cofatores e também atuam na estabilização da estrutura secundária da enzima e cooperam com
algumas enzimas a alcançar sua máxima atividade. A maioria das α-amilases conhecidas se
caracteriza por presentar um ou mais ı ́ons de cálcio (Ca+2) por molécula, que são imprescindíveis
para a atividade enzimática e para a estabilidade. O número de sı ́tios varia de um a dez, sendo a
afinidade das α-amilases ao Ca+2 muito maior do que a outros ı ́ons. O cálcio liga o barril (α/β)8 ao
domı ́nio B, estabilizando, dessa forma, a estrutura do sı ́tio ativo. Algumas α-amilases apresentam um
sı ́tio de ligação ao cálcio no sı ́tio ativo e isso justifica a inibicão da atividade em concentrações
elevadas desse ı ́on.
Além da inibição que o Ca+2 faz para a essa enzima, existem outras substâncias que
inibem a atividade dela, como é o caso da Faseolamina, uma glicoproteína de origem vegetal, obtida
da planta do feijão branco (Phaseolus vulgaris), a qual diversas pesquisas demonstraram diversos
benefícios gerados com o uso da Faseolamina, especialmente na saúde do ser humano, pois inibindo
a atividade da α-amilase há uma redução do pico de glicose pós-prandial importante principalmente
em pacientes diabéticos, já que tem um efeito hipoglicemiante, ela também ajuda na perda de peso
do indivíduo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Beauregard JM, Lyon JA, Slovis C. Using the literature to evaluate diagnostic tests: amylase or lipase
for diagnosing acute pancreatitis? J Med Libr Assoc. 2007;
Motta, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório - princípios e interpretações. 5º ed. Rio de
Janeiro: MedBook 2009.
Santos JS, Elias Júnior J, Scarpelini S, Sankarankutty AL. Pancreatite aguda: atualização de conceitos
e condutas. Medicina (Ribeirão Preto). 2003;
Prakash, O.; Jaiswal, N. «α-Amylase: An Ideal Representative of Thermostable Enzymes». Appl.
Biochem. Biotechnol. (em inglês). 160. Humana Press Inc. pp. 2401–14. ISSN 1559-0291.
doi:10.1007/s12010-009-8735-4. Consultado em 10 de setembro de 2011
GRENZI, Ana Paula; RODRIGUES, Nicolas Gomes; STEUCK, Sarah. AMILASE SALIVAR. 2015. Disponível
em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/18761683/trabalho-
alfa_amilase_bioquimica_ifc_anapaula>. Acesso em: 11 set. 2019.
BRENDA THE COMPREHENSIVE ENZYME INFORMATION SYSTEM. Information on EC 3.2.1.1 - alpha-
amylase. 2019. Disponível em: <https://brenda-enzymes.org/enzyme.php?ecno=3.2.1.1>. Acesso
em: 11 set. 2019.
CURITIBA. PRISCILA CAON COLAÇO. . Repositório Digital Institucional UFPR: BENEFÍCIOS DA
FASEOLAMINA (Phaseolus vulgaris L.) - UMA REVISÃO. 2014. Disponível em:
<https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/36501/22499>. Acesso em: 11 set. 2019.
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ASPARTATO TRANSAMINASE
Caroline de Medeiros
1. NOME
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Como sistema de nomenclatura das enzimas, cada número EC (Enzyme Comission Numbers) é um
esquema de classificação numérica para as enzimas, baseado nas reações químicas que elas
catalisam.
Cada código de enzimas consiste nas letras EC seguidas de 4 números separados por pontos. Esses
números representam uma classificação progressivamente mais específica.
EC 2. 6. 1. 1 – Aspartato Aminotransferase
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 18
2. COFATOR
Os cofatores são moléculas orgânicas ou inorgânicas necessárias para a função de uma enzima.
Esses cofatores não estão ligados permanentemente a molécula da enzima, porém, na ausência
deles, a enzima é considerada inativa. Os cofatores podem ser íons metálicos ou coenzimas. No caso
da enzima aspartato aminotransferase:
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
Estrutura tridimensional da
enzima Aspartato
Aminotranferase. Fonte:
Protein Data Bank in Europe
ou depuração. Sua concentração relativa no tecido determina parcialmente suas taxas de entrada
no plasma como resultado de dano tecidual.
A enzima aspartato aminotransferase, é portanto, uma enzima comumente usada para identificar
lesões musculares e essencial para a produção de energia no Ciclo de Krebs. Os valores de AST
podem ser induzidos a alterações em várias doenças, como: Hipóxia, acúmulo de lipídeos hepáticos,
doenças bacterianas e virais, inflamações, neoplasias hepáticas, endo e exotoxinas, além de
intoxicações medicamentosas. Seus níveis também podem estar elevados em exercício intenso e
em deficiência de vitamina E e selênio.
Esta enzima está presente em muitos tecidos como duas isoformas, no citosol e na mitocôndria,
sendo mais abundante no fígado, nos eritrócitos e nos músculos esquelético e cardíaco.
5. REGULAÇÃO
Reação da
enzima.
Fonte: USP
Portal de
Revistas
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CATALASE
Luana Gonçalves Dias
1. NOME
Nome aceito: Catalase;
Nome sistemático: oxidoredutase de peróxido de hidrogênio;
Outros nomes: hidroperoxidase; equilíbrio; caperase; optidase; catalase-peroxidase.
1.1. CLASSIFICAÇÃO
A catalase pertence a classificação das oxidoredutases ou seja o grupo de enzimas que é capaz de
catalisar reações de oxidação e redução.
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
Estrutura primaria da catalase no homo sapiens:
10 20 30 40 50
MADSRDPASD QMQHWKEQRA AQKADVLTTG AGNPVGDKLN VITVGPRGPL
60 70 80 90 100
LVQDVVFTDE MAHFDRERIP ERVVHAKGAG AFGYFEVTHD ITKYSKAKVF
110 120 130 140 150
EHIGKKTPIA VRFSTVAGES GSADTVRDPR GFAVKFYTED GNWDLVGNNT
160 170 180 190 200
PIFFIRDPIL FPSFIHSQKR NPQTHLKDPD MVWDFWSLRP ESLHQVSFLF
210 220 230 240 250
SDRGIPDGHR HMNGYGSHTF KLVNANGEAV YCKFHYKTDQ GIKNLSVEDA
260 270 280 290 300
ARLSQEDPDY GIRDLFNAIA TGKYPSWTFY IQVMTFNQAE TFPFNPFDLT
310 320 330 340 350
KVWPHKDYPL IPVGKLVLNR NPVNYFAEVE QIAFDPSNMP PGIEASPDKM
360 370 380 390 400
LQGRLFAYPD THRHRLGPNY LHIPVNCPYR ARVANYQRDG PMCMQDNQGG
410 420 430 440 450
APNYYPNSFG APEQQPSALE HSIQYSGEVR RFNTANDDNV TQVRAFYVNV
460 470 480 490 500
LNEEQRKRLC ENIAGHLKDA QIFIQKKAVK NFTEVHPDYG SHIQALLDKY
510 520
NAEKPKNAIH TFVQSGSHLA AREKANL
Fonte: https://www.uniprot.org/uniprot/P04040
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 23
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
A catalase é uma molécula composta por quatro subunidades idênticas, cada uma das subunidades
liga um grupo photoheme IX.
Fonte: https://www.uniprot.org/uniprot/P04040
Fonte: http://www.campusvirtual.ufsj.edu.br
5. REGULAÇÃO
Entre essas substâncias reguladoras estão os cofatores, que são moléculas ligadas
permanentemente a enzima e na ausência deles a enzima fica inativa. Os cofatores da catalase são
o grupo prostético heme e o Mn2+. Se esse cofator for uma molécula orgânica recebe o nome de
coenzima. As coenzimas da catalase são o NADPH e as espécies reativas do oxigênio (ROS).
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 24
NADPH: ROS:
Fonte: https://prezi.com/ld08vlsrgegg/cofatores-e-inibidores-na-catalase/
- Sulfato de cobre;
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DNA POLIMERASE
Mylena Oliveira Viana
1. NOME
DNA polimerase (podendo ser abreviada como DNA pol); DNA-desoxinucleotidiltransferase (direcionada
ao DNA); Nucleotidiltransferase de DNA (direcionada ao DNA) (1).
1.1. CLASSIFICAÇÃO
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
A estrutura primaria da enzima, que define o mais simples de seus níveis, pode ser representada como
a sequência de seus aminoácidos em uma cadeia polipeptídica. Abaixo, encontra-se demonstrada a
representação da estrutura primária da DNA polimerase α (alfa) de um Homo sapiens, que seria
correspondente à holoenzima de DNA polimerase III de procariontes:
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 26
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
Segue abaixo uma representação estrutura terciária, ou seja, a conformação específica da cadeia
polipeptídica secundária que resulta na estrutura mais compacta onde seus átomos ocupam posições
específicas, da DNA polimerase α (alfa) de um Homo sapiens.
Como previamente mencionado, a DNA-pol pode ser subdividida tanto mediante estudo de eucariontes
como de procariontes. Entretanto, há certas características do processo de síntese do DNA que são
comuns do mecanismo de praticamente todas as DNA polimerases. A replicação do DNA ocorre de forma
semi-conservativa, ou seja, requer que desoxirribonucleotídeos sejam posicionados sobre uma cadeia
polinucleotídica molde e unidos entre si, de modo a formar uma nova cadeia complementar à cadeia da
molécula mãe que lhe serve de molde. Essa reação se faz possível pois o desoxirribonucleotídeo é
trisfosfatado, pois contém três grupos fosfato ligados ao carbono 5` da desoxirribose. Os dois grupos
terminais são removidos, fazendo com que piruvato seja liberado no meio, fornecendo energia que será
usada para formar uma nova ligação covalente entre o grupo fosfato que restou no carbono 5` e o grupo
3`-OH da cadeia crescente de DNA (3). Principalmente, a enzima que “empilha” os nucleotídeos, um a
um, a fim de formar a nova fita de DNA é a DNA polimerase – assim também conhecida como
Nucleotildiltransferase de DNA. Portanto, a reação que ela catalisa, ou seja, 2`-desoxirribonucleosideo
5` trifosfato + DNAn (substrato) = difosfato + DNAn+1(produto) (1), pode ser representada da seguinte
maneira:
O mecanismo catalítico com a finalidade de um novo nucleotídeo de DNA ser adicionado, envolve
dois íons Mg²+, de modo que um deles facilita o ataque do grupo 3`-OH da cadeia crescente ao 5`-
fosfato do desoxirribonucleotídeo trifosfato; o outro íon Mg²+ facilita o deslocamento do
pirofosfato. A atividade da DNA polimerase precisa de
uma fita simples não pareada para atuar como molde
e um primer, ou seja, uma fita iniciadora que forneça
o grupo -OH livre na extremidade 3`, onde será
inserido o nucleotídeo de DNA. A reação irá gerar um
produto que possui uma nova hidroxila 3` livre, o que
permite a adição de outro nucleotídeo.
Estruturalmente, são encontrados na enzima o sítio
de inserção, que é onde ocorre a adição de
nucleotídeos, e o sítio de pós-inserção, que é o local
para onde o par de bases recentemente formado
migra após aparecer (3).
FIGURA 4- Demonstração do envolvimento dos íons Mg² no mecanismo catalítico da DNA polimerase (2).
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 28
5. REGULAÇÃO
A cinética enzimática é relevante em se tratar da regulação de uma enzima, por explicitar detalhes do
mecanismo catalítico enzimático. Sua análise, pode considerar dados tais quais a constante de Michaelis
(Km), sendo um deoxinucleosídeo trifosfatado de Escherichia coli, em um pH 7.8 e na temperatura 25oC,
possui um Km de 0.037 (1).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOSFOFRUTOQUINASE
Alyssa Cristine de Oliveira Elias
1. NOME
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Sendo esta uma enzima que catalisa a transferência de um grupo fosfato, a Fosfofrutoquinase é
classificada como transferase. (COELHO; BIANCONI, 2019)
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
Sabendo-se que a função de uma enzima está diretamente ligada à sua estrutura, para uma análise
mais aprofundada, divide-se sua estrutura em primaria, secundaria, terciaria e quaternária. A
estrutura primaria da enzima é, também, seu nível mais simples, sendo apenas a sequência de
aminoácidos em uma cadeia polipeptídica.
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
Enzimas são substâncias catalisadoras, o que significa que diminuem a energia de ativação de uma
reação química e facilitam o controle de sua velocidade. Sabendo disso, a fosfofrutoquinase é uma
enzima alostérica primordial no processo da glicólise que consiste da conversão de frutose-6-fosfato
(F6P) em frutose-1,6-bisfosfato, na presença de ATP e do íon Mg2+, ou de MgATP2-. Sua atividade é
otimizada pelo aumento da concentração de ADP, porém é inibida pela queda do pH. Seu processo
é irreversível em condições fisiológicas (ΔG0 ’= + 22,6 KJ/mol). A enzima não possui cofator, seus
substratos são o ATP e a F6P. Apesar de o ATP ser substrato da fosfofrutoquinase, também é o
principal produto da via glicolítica, ou seja, quando atinge-se níveis desejáveis desse nucleotídeo,
ele liga-se a um sitio alostérico da enzima e muda sua conformação, inibindo sua atividade e
diminuindo sua afinidade por seu outro substrato, F6P. Entretanto, o ADP e o AMP (Adenosina 5’-
difosfato e Adenosina 5’-monofosfato, respectivamente), podem atuar como ativadores da
fosfotrutoquinase visto que o aumento de sua concentração indica alta atividade metabólica com
consumo de ATP. Frente a tal cenário, o ADP e o AMP agem ligando-se a sítios alostéricos revertendo
a inibição da fosfofrutoquinase por ATP. Nos mamíferos, o citrato também funciona como um
inibidor da fosfotrutoquinase. (NUNES, 2008)
5. REGULAÇÃO
Alguns fatores podem influenciar no desempenho catalítico das enzimas, um exemplo é atuação de
outras enzimas que irão regular a atuação da molécula em questão. O principal regulador da
atividade da Fosfofrutoquinase é a Frutose 2,6-bisfosfato (F2, 6BP), sendo reguladora tanto da
glicolise quanto da glicogenese, apesar de não ser intermediário de nenhuma das duas reações. A
molécula F2, 6BP é um produto da fosforilação da F6P por ATP, catalisada pela enzima binfuncional
Frutose 2,6-bisfosfato fosfatase (PFK2) e é um potente ativador da fosfofrutoquinase e, ao mesmo
tempo, um potente inibidor da frutose-1,6-bifosfatofosfatase. (NUNES, 2008)
Segue abaixo uma ilustração da atividade enzimática da Fosfofrutoquinase, com seu regulador
Frutose-6-fosfato, em diferentes situações de inibição e ativação:
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 31
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Ana Amália; BIANCONI, M. Lucia. Classificação das Enzimas: com exemplos das que
participam na glicólise e na gliconeogênese. Disponível em: <http://www.bioqmed.ufrj.br/wp-
content/uploads/2015/03/Classifica%C3%A7%C3%A3o-das-Enzimas.pdf>. Acesso em: 15 set.
2019.
NUNES, Rodrigo Dutra. Fosfofrutoquinase de Aedes aegypti: Caracterização e perfil de atividade
ao longo do ciclo de vida. 2008. Disponível em:
<file:///C:/Users/Administrador/Downloads/275-RodrigoDutraNunes.pdf>. Acesso em: 16 set.
2019.
FOSFOLIPASE
Fernanda Vargas Lima
1. NOME: FOSFOLIPASE
Fosfolipase (1) - nome alternativo - Fosfolipase A1.
Fosfolipase A(2) - nomes alternativos - Lecitinase A, Fosfatidase, Fosfatidolipase, Fosfatidilcolina 2-
acil-hidrolase e Fosfolipase A2
Fosfolipase C - nomes alternativos - Clostridium oedematiens toxinas beta e gama, Alfa-toxina de
Clostridium welchii, Lecitinase C e Lipofosfodiesterase.
1.1. CLASSIFICAÇÃO
As fosfolipases são classificadas em quatro tipos principais: fosfolipase A (PLA), fosfolipase B (PLB),
fosfolipase C (PLC) e fosfolipase D (PLD). Sendo as fosfolipases pertencentes ao grupo de enzimas
conhecidas como hidrolases.
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
Figura 1
Figura 2 Figura 3
Figura 1 - Modelo tridimensional para a proteína PLA1 do veneno da vespa P. paulista (PEREIRA,
2012)
As fosfolipases são enzimas que hidrolisam os fosfolipídios. Sendo elas classificadas de acordo com
o seu local de clivagem da ligação éster nos substratos fosfolipídicos. As fosfolipases hidrolisam
fosfolipídios em vários produtos de sinalização, incluindo ácido fosfatídico (PA), diacilglicerol (DAG),
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 34
4.1. COFATORES
As fosfolipases A1 e A2 tem o Ca(2+) como cofator e a fosfolipase C tem o Zn(2+) como cofator.
Fosfolipase C= 1,2-di-hexanoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina
Km da fosfolipase A2 = 0,742 Mm
Km da fosfolipase C = 4.5 Mm
No estudo de KEMPKA et al. 2018 foi verificado as melhores condições operacionais para a hidrólise
de lipídeos em um frigorífico de suínos, comparando uma fosfolipase comercial livre e uma
imobilizada, assim como o potencial para reutilização da fosfolipase imobilizada nas reações de
hidrólise e sua manutenção de capacidade lipolítica em condições de armazenamento. Analisaram-
se a influência da temperatura, o pH e a concentração da fosfolipase na hidrólise, obtendo-se como
valores ótimos 36ºC, 8,5 e 1,1% (m.v-1), respectivamente. Sendo que os valores de ácidos graxos
livres obtidos para a enzima livre e imobilizada diferiram significativamente (p<0,05), sendo os
valores para a enzima imobilizada superiores, com máximo de 34 µmol.mL
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 35
5. REGULAÇÃO
Conforme encontrado no estudo de SONG & RHEE (2001) a enzima fosfolipase A1 (PLA1), está
distribuída em diversos tecidos e organismos possuindo importante função fisiológica na hidrólise
de glicerofosfolipídeos, além de possuir importante interesse do ponto de vista industrial, devido a
produção de 2- acilfosfolipídeos de elevado valor comercial. Já os lisofosfolipídeos resultantes da
ação da PLA1 possuem propriedades emulsificantes e desempenham grande importância para a
indústria de alimentos, farmacêuticas e de cosméticos. Santos et al., (2007) constataram a presença
de PLA1 no veneno de P. paulista, e a caracterizaram bioquímica, funcional e estruturalmente.
Demonstraram a existência de diferentes isoformas para esta enzima, indicando que a purificação
de uma isoforma específica seria quase que impossível devido às similaridades bioquímicas e físico-
químicas. Segundo os autores, a existência de várias isoformas pode ser um mecanismo de
atribuição de diferentes funções a mesma enzima durante os envenenamentos. As fosfolipases de
veneno induzem a síntese de IgE específica e agem sinergisticamente com outras toxinas, causando
efeitos farmacológicos como a hipotensão, podendo inibir a coagulação sanguínea e o aumento da
permeabilidade vascular. De acordo com King et al. (2003), em veneno de vespas, a ação da
fosfolipase A1, está relacionada a respostas associadas aos processos inflamatórios, sendo
potencializada com a degranulação de mastócitos, por um mastoparano (MCD).
As fosfolipases A2 podem ser divididas em cinco grupos principais: as Ca2+ dependentes - PLA2
secretórias (sPLA2), citosólicas (cPLA2), acetilhidrolases fator de agregação plaquetária (PAF-AH) e
as lisossômicas, e as Ca2+ independentes, todas elas divididas de acordo com o mecanismo
catalítico e suas características funcionais e estruturais. As PLA2 secretórias foram subdivididas em
quatorze grupos, de acordo com o número de resíduos de aminoácidos e posição das ligações
dissulfeto, sendo que as PLA2 dos venenos de serpentes estão incluídas nos grupos I e II. Essas
enzimas são pequenas, com massa molecular variando de 13 a 18 kDa, e causam destruição celular
pela interferência nos processos fisiológicos normais da vítima. As fosfolipases A2 catalisam a
hidrólise da posição sn-2 dos glicerofosfolipídios de membrana, produzindo 1- acilfosfolipídios e
ácidos graxos livres. Quando o ácido graxo gerado é o ácido araquidônico, representa importante
reação, já que este é convertido por enzimas metabólicas em vários compostos bioativos, como as
prostaglandinas e os leucotrienos. Outros produtos da reação, como por exemplo, o ácido
lisofosfatídico e a lisofosfatidilcolina também são importantes compostos reativos, sendo
precursores de outros mediadores bioativos tais como o fator de ativação plaquetária (PAF).
Estudos indicam que a PLA2 também possui função na apoptose, homeostase de Ca2+ e isquemia
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 36
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HEINZ, D. W.; RYAN, M.; SMITH, M. P.; WEAVER, L. H.; KEANA, J. F.; GRIFFTH, O. H.
Phosphatidylinositol-Specific Phospholipase C In Complex With Glucosamine-(Alpha-1-6)-Myo-
Inositol.Biochemistry. v. 35, n.1, p.9496-504, 1996.
KEMPKA, A. P.; FAGUNDES. E.; SANTOS, G. P.; MAFESSONI, K.; HEIZEN, V. D. Fosfolipase imobilizada
na hidrólise da fração lipídica de efluente de frigorífico de suínos: comparação com a enzima livre.
Eng Sanit Ambient. v.23, n.2, p. 395-403, 2018.
KING, T. P.; JIM, S. Y.; WITTKOWSKI, K. M. Inflammatory role of two venom components of yellow
jackets (Vespula vulgaris): a mast cell degranulating peptide mastoparan and phospholipase A1. Int
Arch Allergy Immunol, v. 131, n. 1, p. 25- 32, 2003.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 37
MAGRO, A. J.; MURAKAMI, M. T.; MARCUSSI, S.; SOARES, A. M.; ARNI, R. K.; FONTES, M. R. Estrutura
cristalina de um inibidor de agregação plaquetária ácida e fosfolipase A2 hipotensora nos estados
monomérico e dimérico: insights sobre seu estado oligomérico.Biochem Biophys Res
Commun.2004; v. 323, n. 1 p. 24-31, 2004.
SANTOS, L. D.; SANTOS, K. S.; SOUZA, B. M.; ARCURI, H. A.; CUNHA-NETO, E.; CASTRO, F. M.; KALIL,
J. E.; PALMA, M. S. Purification, Sequencing and structural characterization of the phospholipase A1
from the venom of the social wasp Polybia paulista (Hymenoptera, Vespidae). Toxicon, v. 50, p. 923-
937, 2007.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 38
FRUTOSE 1-6-BIFOSFATASE
Anna Carolina Alencar dos Santos
1. NOME
FRUTOSE 1-6-BIFOSFATASE
1.1. CLASSIFICAÇÃO
A enzima Frutose 1-6 bifosfatase consiste em uma hidrolase com a presença de dois fosfatos. As
hidrolases são enzimas em que a água participa na ligação covalente, já as reações catalíticas do fosfato,
sofrem desfosforilização.
EC 4.1.2.13
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
A enzima frutose 1-6-bifosfatase tem grande importância na via gliconeogênese, por ser uma enzima
que tem uma regulação alostérica e modificações covalentes (fosforilação), onde há a conversão de
piruvato em glicose. A via gliconeogênese ocorre principalmente no fígado e as vezes no rim, na qual há
a síntese de glicose a partir de substâncias que não sejam carboidratos, deste modo utilizam glicerol,
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 39
aminoácidos e lactato, podendo ser separada em três etapas, porém a enzima frutose 1-6-bifosfatase
está inserida apenas na segunda etapa.
Pacientes que apresentam a falta desta enzima, (deficiência da enzima frutose 1-6-bifosfatse), podem
acarretar hipoglicemia e acidose metabólica, podendo ser provocados por um jejum prolongado
ocasionando febre. Logo, pessoas com esta deficiência apresentam tolerância a quantidades normais de
frutose ou sacarose em sua digestão, ao contrário as pessoas que apresentam intolerância hereditária a
frutose.
4.1. COFATORES
Zn(2+).
5. REGULAÇÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARREIROS, Rodrigo Crespo; BOSSOLANII, Grasiela; TRINDADEII, Cleide Enoir Petean. Frutose em
humanos: efeitos metabólicos, utilização clínica e erros inatos associados. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/> Acesso em: 12 set. 2019.
BORGES, Júlio César. Glicólise. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010. 40 slides, color. Disponível
em: <https://edisciplinas.usp.br/ >. Acesso em: 20 set. 2019.
BORGES, Júlio César. Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação. São Paulo:
Universidade de São Paulo, 2010. 44 slides, color. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/ >. Acesso
em: 20 set. 2019.
HOMO sapiens (human): 226. 0000. Disponível em: <https://www.genome.jp/ >. Acesso em: 12 set.
2019.
Nelson, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2011. 6.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. Acesso em: 13 set. 2019.
FUMARASE HIDRATASE
Anna Luiza Scherer Lino
Sequencia primária dos aminoácidos da Fumarase Hidratase (FUMH) dentro do organismo humano:
2. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL:
Figura 2 – Estrutura tridimensional da Fumarase (Fonte: Protein Data Bank (RCSB PDB, 2019).
A fumarase é uma enzima envolvida no ciclo do ácido cítrico, ou ciclo de Krebs, ela catalisa
a hidratação (adição de uma molécula de água a uma ligação covalente) reversível de fumarato em L-
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 42
malato, no qual o acetil-CoA produz CO2, portadores de elétrons reduzidos (FADH2 e NADH) e ATP, como
está ilustrado abaixo, nas figuras 3 e 4.
A Fumarase é encontrada tanto nos tecidos fetais quanto nos adultos, sendo mais comumente
identificada na pele, paratireóide, linfa e cólon -segundo os perfis de maior expressão do Centro Nacional
de Informações Biotecnológicas (NCBI)- e é detectada também em alguns tipos de tumores malignos,
como nos carcinomas de células renais papilares, por exemplo.
Existem duas isoformas dessa enzima, a citosólica e a mitocondrial. Os seus produtos têm sequências de
aminoácidos praticamente idênticas, diferindo apenas no terminal amino e em relação à mobilidade
eletroforética (técnica de separação de moléculas biológicas que se baseia na migração de íons em um
campo elétrico). A isoforma mitocondrial (P07954-1, comprimento 510, massa 54.637 Da) a qual o
presente trabalho se refere, possui um terminal N mais amplificado, se diferenciando quanto ao local de
início de sua tradução. Uma vez presente na mitocôndria, esta extensão é retirada, gerando a mesma
forma que no citoplasma.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 43
5. REGULAÇÃO
As fumaratos liases apresentam em sua estrutura uma curta sequencia conservada em volta de uma
metionina, provavelmente relacionada na atividade catalítica desse tipo de enzima. Como já citado
anteriormente, a Fumarase está envolvida no Ciclo de Krebs e tem como produto final o L- Malato, este
último é importante não apenas para esse ciclo mas também para os processos de neoglicogênese,
fixação de gás carbônico e carbono além do metabolismo celular. Os valores abaixo foram definidos
com base no substrato L-Malato da enzima estudada, no organismo do Homo Sapiens, com gene H318Y,
nas condições de pH 7.4 e 23°C:
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRENDA: The Comprehensive Enzyme Information System, 2019. Disponível em: <https://www.brenda-
enzymes.org>. Acesso em: 18 Set. 2019.
U.S. NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE: National Center for Biotechnology Information, 2019. Disponível
em: <https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Fumarate>. Acesso em: 18 Set. 2019.
THE EUROPEAN BIOINFORMATICS INSTITUTE: The home for big data in biology, 2019. Disponível em:
<https://www.ebi.ac.uk>. Acesso em: 18 Set. 2019.
RCSB PDB: Protein Data Bank, 2019. Disponível em: <https://www.rcsb.org/>. Acesso em: 18 Set. 2019.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 44
GLICEROL QUINASE
Milene Alves Ramos
1.1. CLASSIFICAÇÃO
EC.-Classificação enzimática
EC.2- Transferases
E.C.2.7.1.30-Glicerol Quinase
(BRENDA: EC2.7.1.30)
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
Organismo: Saccharolobus solfataricus (strain ATCC 35092 / DSM 1617 / JCM 11322 / P2)
(Sulfolobus solfataricus.) Gene glpK1- Glicerol Quinase (SIB-SWISS-MODEL)
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 45
A proteína Glicerol quinase (GK) é uma enzima metabólica encontrada em órgãos e tecidos
de animais e também em vários microorganismos (BRISSON et al., 2001). Sendo que, em mamíferos
é mais encontrada no fígado, rim e em menores quantidades, na mucosa intestinal, tecido adiposo
e músculos. A GK é essencial na interface do metabolismo de carboidratos e lipídios, sua principal
função e catalisar a reação química de fosforilação do glicerol em glicerol-3-fosfato.
lipoproteínas ricas em triglicérides (SANT'ANA, 2013) . A ação da LSH causa liberação do ácido graxo
e glicerol livre no sangue. Depois da captação, no fígado o glicerol é irreversivelmente convertido
pela ação catalítica da enzima glicerol quinase, dependente de Trifosfato de adenosina (ATP)
liberando fosfato e a energia usada na reação de fosforilação do glicerol, gerando moléculas de
Difosfato de adenosina (ADP) e o composto glicerol-3-fosfato. A formação de glicerol-3-fosfato a
partir desta reação é importante, pois atua na produção de glicerídeos, lipídios e fosfato de
dihidroxiacetona (DHAP), sendo que o DHAP é um importante intermediário da glicólise e
neoglicogênese (AIZEMBERG, 2011).
5. REGULAÇÃO
A primeira enzima que participa da metabolização do glicerol é a enzima glicerol quinase. Ela
também pode aceitar a dihidroxiacetona e o L-gliceraldeido como substrato e os nucleotídeo
trifosfato CTP e o UTP podem substituir o cofator ATP como doadores de grupo fosfato, embora o
ATP seja o principal doador. E tem uma constante de Michaelis (KM) para a fosforilação de 3 a 10
μM, tal constante expressa a afinidade da enzima pelo seu substrato (concentração de substrato na
qual uma quantidade fixa de enzima, em condição padrão, produz a metade da quantidade máxima
de produto de reação possível. A reação é regulada pelo “status” energético da célula e ocorre
quando ela tem energia. A reação é inibida quando ocorre o acúmulo de glicerol 3-fosfato
(retroalimentação negativa) , que é o produto imediato da reação de fosforilação. A KM da enzima
glicerol quinase hepática é de 3,16 x 10-6M (GIANFELICI,2009).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRENDA-The comprehensive enzyme information system-Information on EC 2.7.1.30 - glycerol
kinase. Disponível em: <https://www.brenda-enzymes.org/enzyme.php?ecno=2.7.1.30#>. Acesso
em: 15 set. 2019.
SANT'ANA, Estela. Fisiologia as avessas da estética. Revista Negócio Estética, Rio de Janeiro, p.70-
70, abr. 2013. Bimestral. Disponível em: <https://negocioestetica.com.br/site/fisiologia-as-avessas-
da-estetica/>. Acesso em: 16 set. 2019.
GIANFELICI, Mario Federico. USO DE GLICEROL COMO FONTE DE ENERGIA PARA FRANGOS DE
CORTE. 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Zootecnia, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul Faculdade de Agronomia Programa de PÓs-graduação em Zootecnia, Porto
Alegre, 2009. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28308/000769981.pdf?sequence=1>. Acesso
em: 16 set. 2019.
COSTA, Diego Vicente da et al . Growth and energy metabolism of Nile tilapia juveniles fed
glycerol. Pesq. agropec. bras., Brasília , v. 50, n. 5, p. 347-354, May 2015 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
204X2015000500347&lng=en&nrm=iso>. Access
on 21 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2015000500001.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 48
GLICOGÊNIO FOSFORILASE
Carolina da Silva Moreira
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Fosforilases são importantes enzimas alostéricas no metabolismo de carboidratos. O Glicogênio
Fosforilase é quem catalisa a degradação intracelular do glicogênio para glucose-1-fosfato, o
primeiro passo da Glicolíse. É classificado com uma ezima transferase, intracelular, que atua
sob ligações peptídicas.
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
10 20 30 40 50
MAKPLTDQEK RRQISIRGIV GVENVAELKK SFNRHLHFTL VKDRNVATTR
60 70 80 90 100
DYYFALAHTV RDHLVGRWIR TQQHYYDKCP KRVYYLSLEF YMGRTLQNTM
110 120 130 140 150
INLGLQNACD EAIYQLGLDI EELEEIEEDA GLGNGGLGRL AACFLDSMAT
160 170 180 190 200
LGLAAYGYGI RYEYGIFNQK IRDGWQVEEA DDWLRYGNPW EKSRPEFMLP
210 220 230 240 250
VHFYGKVEHT NTGTKWIDTQ VVLALPYDTP VPGYMNNTVN TMRLWSARAP
260 270 280 290 300
NDFNLRDFNV GDYIQAVLDR NLAENISRVL YPNDNFFEGK ELRLKQEYFV
310 320 330 340 350
VAATLQDIIR RFKASKFGST RGAGTVFDAF PDQVAIQLND THPALAIPEL
360 370 380 390 400
MRIFVDIEKL PWSKAWELTQ KTFAYTNHTV LPEALERWPV DLVEKLLPRH
410 420 430 440 450
LEIIYEINQK HLDRIVALFP KDVDRLRRMS LIEEEGSKRI NMAHLCIVGS
460 470 480 490 500
HAVNGVAKIH SDIVKTKVFK DFSELEPDKF QNKTNGITPR RWLLLCNPGL
510 520 530 540 550
AELIAEKIGE DYVKDLSQLT KLHSFLGDDV FLRELAKVKQ ENKLKFSQFL
560 570 580 590 600
ETEYKVKINP SSMFDVQVKR IHEYKRQLLN CLHVITMYNR IKKDPKKLFV
610 620 630 640 650
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 49
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
4.1. COFATORES
Segundo a Base de Dados Universal Protein, a Glicogênio Fosforilase tem como cofator o Pirodoxal
5’-fosfato, porém segundo a base Ebi Enzyme Portal esta enzima não possui cofatores.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 50
As enzimas alostéricas não seguem o tipo Michaelis-Menten. Elas resultam em uma curva de
saturação sigmóide e não uma curva hiperbólica. Na curva de saturação sigmóide (Figura 1) verifica-
se um valor da concentração de substrato no qual a velocidade inicial é metade da velocidade
máxima, mas que não é designado como KM. (GOMES, 2014) O substrato dessa reação é o [(1->4)-
alpha-D-glucosyl]n-1 + alpha-D-glucose 1-phosphate (UNIPROTKB)
+ = +
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 51
5. REGULAÇÃO
Fonte: http://www2.iq.usp.br/docente/nadja/Metabolismo_glicogenio.pdf
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
D.A. Bender, VITAMIN B6 | Physiology, in Encyclopedia of Food Sciences and Nutrition (Second
Edition), 2003. . Disponível em : <https://www.sciencedirect.com/topics/neuroscience/glycogen-
phosphorylase> Acesso em: 20 set. 2019
VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica - 4. Ed.: A Vida em
Nível Molecular, pag 530. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=lia6AwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=glicog%C3%AAnio+fosforilase&ots=PkzMR5tVSl&s
ig=TjHdXumplJ7QPbUr6EF1W9rjjg8#v=onepage&q=glicog%C3%AAnio%20fosforilase&f=false>
Acesso em: 20 set. 2019
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 53
GLICOQUINASE
Andressa Mourão de Andrade
1. NOME
Glicoquinase (PT), Glucokinase (EN). Também pode ser encontrada como ATP-GLK, GCK, GK, GlcK,
glk, Glk1, GlkB, glucokinase, glucokinase (phosphorylating), glucokinase 1, glucokinase B,
hexokinase 2, hexokinase IV, Hgk, kinase, gluco- (phosphorylating), LmGlcK, NagC , SgGlkA,
TcGlcK, TTE0090.
1.1. CLASSIFICAÇÃO
EC 2.7.1.2
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
A estrutura primária varia de acordo com a espécie analisada. No caso da hexoquinase em homo
sapiens, apresenta 445 aminoácidos. A sequência de segmentos mais relevantes apresenta:
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
A Glicoquinase apresenta uma conformação ativa (A) e uma conformação inativa (B)
A Glicoquinase atua na primeira etapa da produção de glicogênio e na glicólise. Essa enzima fosforila
a glicose produzindo glicose-6-fosfato, um dos principais substratos da síntese desse polissacarídeo
de reserva animal. No corpo humano, é encontrada em maior quantidade nos hepatócitos e em
menor quantidade nas células pancreáticas onde atua. Essa proteína atua no controle do fluxo
glicolítico como um sensor de glicose no sistema e, consequentemente atua na liberação de
insulina.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 55
5. REGULAÇÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASPI, Ron et al. The MetaCyc database of metabolic pathways and enzymes and the BioCyc
collection of Pathway/Genome Databases. Nucleic Acids Research, [s.l.], v. 42, n. 1, p.459-471, 12
nov. 2013. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/nar/gkt1103.
ENZYME EC 2.7.1.2. KEGG: Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes. Disponível em:
<https://www.genome.jp/dbget-bin/www_bget?ec:2.7.1.2/>. Acesso em: 11 set. 2019.
HABER, Esther P. et al . Secreção da insulina: efeito autócrino da insulina e modulação por ácidos
graxos. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 45, n. 3, p. 219-227, June 2001 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302001000300003&lng=en&nrm=iso>. access on 11 Sept. 2019.
http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302001000300003
Kamata K, Mitsuya M, Nishimura T, Eiki J, Nagata Y. Structural basis for allosteric regulation of the
monomeric allosteric enzyme human glucokinase. Structure. 2004;12(3):429-38
Shiota C, Coffey J, Grimsby J, Grippo JF, Magnuson MA. 1999. Nuclear import of hepatic glucokinase
depends upon glucokinase regulatory protein, whereas export is due to a nuclear export signal
sequence in glucokinase. J Biol Chem 274:37125–37130.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 57
HEXOQUINASE
Gabriela Herman
1. NOME
Hexoquinase (do inglês hexokinase) é uma enzima que possui como denominação oficial o
respectivo título. Suas isoenzimas são: hexoquinase tipo I; hexoquinase tipo II; hexoquinase tipo III
e hexoquinase tipo IV (ou glicoquinase) (1), sendo que estas quatro variações estão presentes no
organismo de vertebrados (2).
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Pertencente à classe dois, a hexoquinase é classificada como uma transferase (1). Além disso, o
sufixo "quinase" indica que esta é uma enzima responsável pela catalisação das reações de
fosforilação, através da transferência de grupos fosfato para os substratos envolvidos na reação (3).
EC 2.7.1.1 (1).
1. ESTRUTURA PRIMÁRIA
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 58
A hexoquinase-1 (ou HK-1), pode ser encontrada no organismo humano (1). A sequência de
aminoácidos mais as ligações peptídicas, é o que caracteriza a estrutura primária de uma enzima. A
forma humana da HK-1 apresenta a seguinte estrutura (Fig.1) (4).
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
A HK-1, se estiver em condições que mantenham sua configuração nativa preservada (5), apresenta
a seguinte estrutura tridimensional (Fig. 2) (4).
FIGURA 2- Estrutura tridimensional (ou terciária) da HK-1 P19367 (Homo sapiens). (4)
A HK-1 possui extrema importância na catálise da fosforilação de hexoses (ex. glicose). Este processo
de fosforilação resulta em moléculas de hexose 6-fosfato. A HK-1 atua na primeira etapa da via
glicolítica, catalisando a reação que fosforila a glicose em glicose-6-fosfato (mecanismo que será
esclarecido posteriormente neste texto), sendo assim participante do metabolismo de carboidratos.
Além disso, esta enzima, que pode ser localizada no citoplasma e na mitocôndria celular, está ligada
à imunidade e processos de inflamação, visto que possui receptores que reconhecem padrões de
peptidioglicanos bacterianos no citosol da célula, iniciando o processo inflamatório. (4)
4.1 - GLICÓLISE
formando uma molécula de ADP e um íon fosfato inorgânico. É esse íon que se ligará à glicose, numa
transferência que é justamente mediada pela enzima hexoquinase e, como produto desta reação,
tem-se o composto glicose-6-fosfato (7). A reação catalisada é observada na ilustração abaixo (Fig.3)
(6).
Abaixo estão ilustrações da mudança na conformação da enzima ao ligar-se com o seu substrato
(Figs. 4 e 5) (6).
5.
REGULAÇÃO
Reguladores modulam a atividade enzimática em reações que não participam como substratos,
podendo atuar como ativadores (aumento da afinidade enzima-substrato) ou como inibidores
(diminuição da afinidade enzima-substrato), ligando-se em um sítio diferente do sítio ativo. Os
cofatores não podem ser considerados reguladores enzimáticos pois estes são considerados como
parte integrante da enzima, sendo que a junção da enzima e seu cofator é o que define o conceito
de Holoenzima. tendo em vista estes conceitos prévios, o principal regulador da enzima
hexoquinase é seu próprio produto glicose-6-fosfato. Esta molécula atua como inibidor da atividade
enzimática quando encontra-se em grandes concentrações no citosol, tal fenômeno é denominado
feedback negativo (8).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LACTATO DESIDROGENASE
1. NOME:
Ácido L-lactato desidrogenase, desidrogenase do ácido láctico; L (+) - NLDH; L - (+) - lactato
desidrogenase; Desidrogenase L-láctica; Desidrogenase do ácido L-láctico; desidrogenase de
lactato; desidrogenase láctica; NAD-lactato desidrogenase.
Nome sistemático: (S) - lactato: NAD + oxidoredutase.
1.1. CLASSIFICAÇÃO:
Oxidoredutase. A atuação dessa enzima será no grupo de doadores CH-OH; Com NAD + ou
NADP + como aceitador.
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA:
Estrutura primária para a Bactéria - Streptococcus.
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL:
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 62
Essa reação ocorre desde bactéria até humanos, e tem sua relevância em meios de baixa
concentração de oxigênio, pois a energia necessária para a sobrevivência de animais vertebrados é
decorrente da glicólise anaeróbica, e esse mecanismo conserva a manutenção da função da enzima
no organismo.
5. REGULAÇÃO:
A LDH foi determinada para formar dois eixos ao longo dos locais de ligação ao FBP e dois
locais ativos, chamados de P e Q, formando assim um tetrâmero com dois locais de ligação, quando
não apresenta FBP há dois resíduos positivos conservados, o Arg e His geralmente podem ocasionar
repulsão em subunidades. Alguns autores afirmam que ocorre um estado T inativo e um R ativo,
onde a ativação do LDH ocorre por causa de FBP (substancia carregada negativamente), pois quando
adicionado FBP neutraliza a repulsão de dois dímeros e estabiliza a oligomerização tetramérica por
causa das ligações de hidrogênio com Arg-173. Outros estudos revelam que o LDH de B.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 63
Foi analisado que a adição de fosfato pode afetar como inibidor a ativação de LDH por ligação
do sítio alostérico ou no sítio catalítico; ocorreu um experimento para os efeitos de P na atividade
de LDH tanto na presença de FBP quanto na ausência do mesmo. Com a concentração de P para as
medições de 0 a 200 m M na presença e ausência de FBP e para pH 6 e pH 7. A atividade enzimática
é medida para 0 m MP e 3 m M FBP para cada enzima em todos os pH. As linhas verdes e azuis
correspondem às experiências em pH 6 e pH 7 e O m M FBP. Os círculos pretos e vermelhos referem-
se a pH 6 e pH 7 E 3 n M de FBP.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CATRO N. Evolução adaptativa nos genes da família DLH em teleóstelo. Manaus. Amazonas,
2015. Disponível em
<https://bdtd.inpa.gov.br/bitstream/tede/2300/5/Nayara_GCBEV_Disserta%c3%a7%c3%a3o%20V
ERS%c3%83O%20FINAL_Definitiva.pdf> Acesso em: 13 set. 2019.
FELDMAN-SAILT A, et al, Regulation of the Activity of Lactate Dehydrogenases from Four Lactic
Acid Bacteria. Janeiro, 2013. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3774398/pdf/zbc21295.pdf>. Acesso em: 20 set.
2019
LECITINA ACILTRANSFERASE
Maria Gabriele Alves Ramos
1. NOME
LECITINA ACILTRANSFERASE
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Fosfatidilcolina - esterol O- aciltransferase; Transferase
1.2. CÓDIGO INTERNACIONAL DA ENZIMA
EC 2.3.1.43
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
10 20 30 40 50
MGPPGSPWQW VTLLLGLLLP PAAPFWLLNV LFPPHTTPKA ELSNHTRPVI
60 70 80 90 100
LVPGCLGNQL EAKLDKPDVV NWMCYRKTED FFTIWLDLNM FLPLGVDCWI
110 120 130 140 150
DNTRVVYNRS SGLVSNAPGV QIRVPGFGKT YSVEYLDSSK LAGYLHTLVQ
160 170 180 190 200
NLVNNGYVRD ETVRAAPYDW RLEPGQQEEY YRKLAGLVEE MHAAYGKPVF
210 220 230 240 250
LIGHSLGCLH LLYFLLRQPQ AWKDRFIDGF ISLGAPWGGS IKPMLVLASG
260 270 280 290 300
DNQGIPIMSS IKLKEEQRIT TTSPWMFPSR MAWPEDHVFI STPSFNYTGR
310 320 330 340 350
DFQRFFADLH FEEGWYMWLQ SRDLLAGLPA PGVEVYCLYG VGLPTPRTYI
360 370 380 390 400
YDHGFPYTDP VGVLYEDGDD TVATRSTELC GLWQGRQPQP VHLLPLHGIQ
410 420 430 440
HLNPVP
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 66
Fonte: https://www.uniprot.org
4.1. COFATORES
4.3. SUBSTRATOS
HDL é o substrato da LCAT.
5. REGULAÇÃO
APOA1 é o ativador mais potente no plasma. Portanto, a LCAT também poderá ser ativada por
APOE, APOC1 e APOA4, sendo a apolipoproteína a principal reguladora da enzima Lecitina
Aciltransferase (LCAT).
6. PATOLOGIAS
Deficiência de LCAT: É uma doença rara do metabolismo das lipoproteínas que tem como
característica opacidades da córnea, e em alguns casos insuficiência renal e anemia hemolítica, e
também pela redução abundante do colesterol HDL. Essa ausência pode causar doenças como:
• Doença de Norum;
• Doença de olho de peixe;
• Ltiose oftálmica;
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Cesar Augusto da et al . Efeito de tratamento cirúrgico sobre a atividade da enzima hepática
lecitina: colesterol aciltransferase (LCAT) na esquistossomose mansônica. Acta Cir. Bras., São
Paulo, v. 17, supl. 1, p. 28-30,2002.Disponível em: http://www.scielo.br/ Acesso em 13 Set. 2019.
THE Comprehensive Enzyme Information System: BRENDA. Alemanha. 2019. Disponível em:
<https://www.brenda-enzymes.org/>. Acesso em: 12 set. 2019.
MALATO DESIDROGENASE
Antônio Francisco Jacó Rodrigues
1. NOME
EC 1.1.1.37
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
5. REGULAÇÃO
pelo citrato na direção oxaloacetato ---> malato, porque não gera o produto final esperado da
reação.
O citrato não se liga ao local catalítico das enzimas, mas em local regulatório. O citrato influencia o
equilíbrio entre duas conformações da enzima. Cada NAD + e NADH se ligam a uma conformação
especifica da enzima, com o citrato se ligando apenas à conformação da enzima que também se liga
a NAD + o glutamato inibe a produção de oxaloacetato pela malato desidrogenase; porém, o
aspartato aminotransferase pode associar-se ao complexo alfa-cetogluterato desidrogenase. Este
complexo binário pode associar-se ao dímero da desidrogenase do malato e formar um complexo
ternário; permitindo a inibição reversa da oxidação do malato pelo glutamato. O glutamato reage
com a aminotransferase no complexo ternário sem inibir o malato desidrogenase. A formação deste
complexo ternário aumenta a atividade da desidrogenase do malato devido a uma diminuição no
Km do malato.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NUNES, Ana et al. PRISMA À LUZ DA FÍSICA: O mistério da forma das proteínas. 2010. Disponível em:
<http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo4/modulo4/topico6.php>. Acesso em: 15 set.
2019.
MADEJ, T et al. Crystal Structure Of Human Malate Dehydrogenase Type 2. 2014. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/Structure/pdb/2DFD>. Acesso em: 15 set. 2019.
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 72
PIRUVATO CARBOXILASE
Nataly Alves Cuduh
1. NOME
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Transferase
EC 2.7.7.12
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
As proteínas se enovelam e passam por até 4 estruturas denominadas primária, secundária, terciária e
quaternária. A primeira estrutura citada é definida por uma sequência de aminoácidos. A galactose 1
fosfato uridil transferase (GALT) é uma proteína dimérica rica em fita beta. Segue a sequência de
aminoácido presente no organismo humano
MSRSGTDPQQRQQASEADAAAATFRANDHQHIRYNPLQDEWVLVSAHRMKRPWQGQVEPQ
LLKTVPRHDPLNPLCPGAIRANGEVNPQYDSTFLFDNDFPALQPDAPSPGPSDHPLFQAK
SARGVCKVMCFHPWSDVTLPLMSVPEIRAVVDAWASVTEELGAQYPWVQIFENKGAMMGC
SNPHPHCQVWASSFLPDIAQREERSQQAYKSQHGEPLLMEYSRQELLRKERLVLTSEHWL
VLVPFWATWPYQTLLLPRRHVRRLPELTPAERDDLASIMKKLLTKYDNLFETSFPYSMGW
HGAPTGSEAGANWNHWQLHAHYYPPLLRSATVRKFMVGYEMLAQAQRDLTPEQAAERLRA
LPEVHYHLGQKDRETATIA.
3.ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
4.1 COFATOR
Íon Zinco
5. REAÇÃO
A enzima GALT faz uma reação do tipo reversível, ou seja, pode fazer a reação nos dois sentidos do
ponto de equilíbrio.
UDP-
alpha-D-
+ = + galactos
UDP-alpha-D-glucose alpha-D-galactose alpha-D-glucose 1- e
1-phosphate phosphate
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UREASE
Felipe Vieira França
1. NOME
Nome recomendado de acordo com a molécula na qual a enzima exerce sua ação
catalítica: urease. De acordo com a União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular
(IUMBM) recebe o nome de uréia amidohidrolase.
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Classe das Hidrolases, as quais necessitam de metais para exercer sua atividade catalítica.
Cofator: Ni(2+)
EC 3.5.1.5
EC – Classificação enzimática
A urease é uma enzima altamente expressa por H. pylori, podendo compor de 10% a 15%
das proteínas totais dessa bactéria. A urease nativa de H. pylori possui massa molecular de
aproximadamente 1,1 MDa, é uma metaloenzima níquel dependente 21 e dodecamérica. Em solução
também podem ser encontrados hexâmeros de HPU, bem como formas menores. Sua unidade
funcional (“monômero”) é composta por duas cadeias polipeptídicas (UreA [30kDa] e UreB [62kDa])
em proporção 1:1. A afinidade dessa enzima pelo substrato uréia, com um Km ~ 0.3 mM, a torna
cataliticamente eficiente até mesmo nas concentrações submilimolares de uréia presentes nos
fluidos humanos. A enzima quebra a ureia presente no suco gástrico em amônia (Fig 3A) que vai
neutralizar o ambiente ácido que mantido pelo HCl (ácido clorídrico) do suco gástrico (Fig 3B).
ENZIMA: UMA SENHORA BIOMOLÉCULA 76
2. ESTRUTURA PRIMÁRIA
3. ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL
adaptação do fungo nas novas condições ambientais, demonstraram que a urease pode ser
importante para levedura C. neoformans sobreviver em hospedeiros humanos, devido a
sobrevivência de camundongos infectados com mutante urease negativo. A virulência do selvagem
e do mutante reconstituído foi significativamente maior quando comparado com o mutante urease
negativa, demonstrando que a urease de C. neoformans atua como fator de virulência.
5. REGULAÇÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Vanessa Vivian de; BONAFÉ, Elton Guntendorfer; STEVANATO, Flávia Braidotti.
Catalisando a Hidrólise da Ureia em Urina. 2008. Disponível em:
<http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarConceito.php?idConceito=57&semFrame=1>. Acesso
em: 11 set. 2019.
BRASIL. Carlini Cr. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ureases as multifunctional toxic
proteins: A review. 2015. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26690979>.
Acesso em: 11 set. 2019.
UBERTI, Augusto Frantz. Urease de Helicobacter pylori: ativação de plaquetas e neutrófilos. 2010.
Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/29981/000776869.pdf?sequence=1>. Acesso
em: 15 set. 2019.
L., Harry; P, Robert. Microbial Ureases: Significance, Regulation, and Molecular Characterizationt.
1989. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC372718/pdf/microrev00040-0097.pdf>. Acesso
em: 15 set. 2019.
ELIAN, Samir. HP: sobrevivendo mesmo quando parece impossível. 2012. Disponível em:
<http://scienceblogs.com.br/meiodecultura/tag/infeccao/page/2/>. Acesso em: 15 set. 2019.
PACHECO, Vinicius Luiz; COLLA, Luciane Maria. A ENZIMA UREASE E SUAS APLICAÇÕES NA
AGRICULTURA E ENGENHARIA. 2019. Disponível em:
<http://www.seer.upf.br/index.php/ciatec/article/view/8429/114114667>. Acesso em: 19 set.
2019.