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1. INTRODUÇÃO
Os avanços culturais provocados pela revolução neolítica (ou seja, pelo domínio da
agricultura), afetam nosso cotidiano de várias maneiras nos dias atuais. Devido a esta
revolução pré-histórica, foi possível que o ser humano se tornasse sedentário, sendo o solo
uma das ferramentas mais importantes desse processo, por ser base da estadia e do cultivo.
Atualmente, o solo é entendido como sustentáculo da vida:
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
4. DESENVOLVIMENTO
4.1 LATOSSOLO
4.1.1 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os Latossolos são definidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), no Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, como os que: “compreendem
solos constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de
qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superficial, exceto hístico.”
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4.1.3 TIPOS/SUBORDENS
Os Latossolos dispõem de grandes grupos e subgrupos de classificação, em função da
variabilidade das propriedades físico-químicas, mineralógicas, biológicas e afins.
a) LATOSSOLOS BRUNOS
Solos retráteis e com horizonte A húmico ou teores de carbono orgânico superior a 10
g kg-1 até 70 cm ou mais de profundidade e no horizonte B apresentam coloração brunada
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b) LATOSSOLOS VERMELHOS
São solos de coloração vermelhas acentuadas em virtude dos altos teores dos óxidos
de ferro e sua natureza comum Além disso são bem drenados e sua cor, textura e estrutura são
bem uniformes em profundidade. Outra característica forte dessa subordem é sua porosidade,
levando a condições passíveis de um bom desenvolvimento radicular, principalmente se
forem os tipos de fertilidade alta (eutróficos).
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c) LATOSSOLOS AMARELOS
São solos obtidos a partir de materiais argilosos ou areno-argilosos sedimentares,
apresentando uma cor amarelada uniforme em profundidade assim como o teor de argila. Sua
textura é geralmente argilosa e o solos são considerados coesos.
d) LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS
Estes Latossolos possuem a coloração Vermelho-Amarelados e são identificados em
todo o território brasileiro, caracterizado pela boa drenagem, profundos e uniformes nas
características de cor, textura e estrutura em profundidade. E assim como nos Latossolos
Vermelhos, também são profundos e porosos, indicando boas condições para um
desenvolvimento radicular bom em profundidade, sendo ainda melhores em solos eutróficos.
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4.2 ORGANOSSOLO
A EMBRAPA (2018), a partir do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, define
o organossolo da seguinte forma:
O solo é um corpo natural (LIMA, V.C. F, 2001) e devido a sua integração com a vida
e a natureza, sua formação demanda processos climáticos, geográficos, temporais, biológicos
em ação simultânea, além do material de origem – também chamado material parental.
O organossolo, de maneira geral, tem como material de origem resíduos vegetais em
decomposição, substâncias húmicas, biomassa e compostos carbônicos/orgânicos presentes no
solo, sendo que a decomposição e acumulação destas substâncias ocorrem em excesso de
água. Segundo Valladares (2003), áreas geológicas que possuem depósitos sedimentares de
materiais orgânicos são compreendidas como turfeiras. Estas turfeiras são ditas o material
parental próprio do solo orgânico.
Correlacionado a áreas geológicas, a geografia física e o relevo do lugar também
fazem parte de um processo importante para formação do organossolo, que é considerado um
solo de “baixada”, já que se forma em relevos mais baixos e depressões a partir do
carregamento de material orgânico de áreas mais elevadas.
No que diz respeito ao clima, ainda segundo o documento do SiBCS, este solo ocorre
em clima variante, podendo existir em áreas tropicas tanto quanto em áreas frias e úmidas.
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Fonte: EMBRAPA
Quanto a estrutura, esta é uma característica que se apresenta de forma muito variável,
sendo a maciça (solos que não possuem estruturas definidas, designando-se maciço. Ocorre
quando as partículas sólidas estão reunidas) e a granular (partículas dispõem-se em torno de
um ponto, formando pequenas esferas de superfície arredonda) os tipos predominantes
(Valladares et al., 2008).
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Ao que diz respeito ao parâmetro da textura, este solo apresenta, segundo Rosado
(2004), uma textura particular chamada orgânica ou turfosa. Esta identificação difere das
comuns pois avalia a sensação do tato causada pelo material orgânico, usando referências
como existência de galhos, folhas, raízes, humus e quantidade de fibras.
Relacionado em partes com a textura, observa-se a consistência desse solo, que difere
a partir do grau de umidade, podendo ser separada em consistência seca, úmida e molhada. A
consistência seca de solos orgânicos apresenta-se como dura, de difícil manuseio. Por sua vez,
quando úmido, esse material apresenta fácil manuseio e encontra-se na consistência ideal para
cultivo. Com esse material molhado, percebe-se uma consistência pegajosa e ligeiramente
plástica.
Por fim, a característica física da densidade também é variável, pois é influenciada
pela quantidade de matéria orgânica presente no solo: para Ebeling (2013) as análises de
densidade de solos orgânicos resultaram numa faixa de 0,09 e 0,93 Mg m-3, já para Valladares
et al. (2008), os valores ficaram em uma faixa de 0,07 e 0,80 Mg m-3.
Dessa forma, faz-se visível que as características físicas do organossolo são variáveis,
pois dependem principalmente da quantidade de matéria orgânica e da composição elementar
e natural daquele solo.
Este bloco é dividido em: atividade biológica, Relação em C/N e matéria orgânica.
Como supracitado, a principal característica desse solo é elevadíssima quantidade de matéria
orgânica em decomposição que varia entre vegetais, folhas, galhos etc.
No que se refere a atividade biológica, devido ao hidromorfismo ao qual este solo está
exposto são geradas condições anaeróbicas. Vale salientar que este solo também ocorre em
áreas frias, o que reduz a atividade biológica tornando a mineralização de compostos lenta.
Para Myers et al. (2011), a atividade respiratória das bactérias e fungos relaciona-se com o
teor de K presente em organossolo. Segundo Ciabotti, existem neste solo vários tipos de
bactérias como: bactérias totais, actinobactérias, bactérias esporuladas, amônio-oxidantes,
nitrito-oxidantes e fungos.
Finalizando, quanto a relação C/N, diversos trabalhos pontuam que existe uma alta
relação de carbono e nitrogênio em solos orgânicos. Em análises acadêmicas, as amostras
apontaram uma média de 19,9, apontando que:
4.3 NEOSOLO
4.3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS
É um tipo de solo pouco evoluído, sendo composto por material mineral ou por
material orgânico, com insuficiência de manifestação dos atributos (figura 1) que
caracterizam as diversas etapas de formação dos solos, seja em razão de maior resistência do
material de origem ou dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo) que podem
impedir ou limitar a evolução dos solos. Apresentam grande influência de características
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herdadas do material originário, sendo definido pelo SiBCS (Embrapa, 2006) como solos
pouco evoluídos e sem a presença de horizonte B.
Os Neossolos podem apresentar elevada fertilidade natural e baixa saturação por bases
e acidez. Essa característica é variada de solos rasos até profundidade acentuada e de baixa a
alta permeabilidade.
Figura 1: Neossolo
Fonte: Acervo da EMBRAPA solos
Os Neossolos podem apresentar elevada fertilidade natural e baixa saturação por
bases, acidez. Essa característica é variada de solos rasos até profundidade acentuada e de
baixa a alta permeabilidade.
A presença desse solo está em várias condições climática e geralmente em áreas de
relevo com muito fluxo ou em espaços planos. É formado a partir de sedimentos aluviais ou
materiais advindos de decomposição cristalina (Embrapa, 2006).
Esse solo pode ser encontrado em qualquer região do Brasil e possuem grande
variabilidade química sendo agrupados em 4 subordens:
partir da superfície do solo. Este tipo de solo é comum em toda região das caatingas ao longo
de cursos d`água, destacando-se as áreas ribeirinhas dos rios São Francisco, Jaguaribe,
Gurguéia, Canindé, Piauí, Acaraú e Açu.
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONT000gn230xhp02
wx5ok0liq1mqq4c4en9.html>. Acesso em: 4 Mar. 2021.
KER, João Carlos. Latossolos do Brasil: uma revisão. Geonomos, 1997. Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/article/view/11493. Acesso em: 03
mar. 2021.
GRAZIELLY, Clara et al. Latossolos. Unidade Federal do Acre, 2016. Color. Disponível em:
https://pt.slideshare.net/mobile/claraisaias/latossolo-spdf. Acesso em: 03 mar. 2021.