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EXPERIMENTO 1

MEDIDAS EM QUÍMICA: MASSA E VOLUME


I - OBJETIVOS

1. Identificar os principais equipamentos e recipientes volumétricos;


2. Manipular corretamente a vidraria disponível para determinação de volume;
3. Analisar a exatidão dos recipientes volumétricos;
4. Sequenciar um dado procedimento e verificar precisão de medidas.

II - INTRODUÇÃO

Para medir volumes aproximados de líquidos, podemos utilizar um equipamento volumétrico não muito
preciso embora prático, que é a proveta ou cilindro graduado, enquanto que, para medidas precisas, utilizamos balões
volumétricos, buretas e pipetas. Estes equipamentos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de 20
C, devendo-se utilizá-los de preferência nesta temperatura, para evitar desvios, em virtude de anomalias ocasionadas
pelas alterações de temperatura.

Tabela 1 – Vidrarias básicas de laboratório.

Tubo de ensaio: Utilizado Erlenmeyer: frasco utilizado para


principalmente, para efetuar reações aquecer líquidos ou efetuar titulações
em pequena escala.

Balão de fundo chato e Balão Volumétrico: Recipiente


fundo redondo: Ambos são calibrado de precisão, utilizado no
utilizados para o aquecimento preparo de soluções de concentrações
de soluções. definidas.

Béquer: Recipiente com ou sem


graduação é utilizado para dissolver Proveta ou Cilindro Graduado:
substâncias, aquecer líquidos, Frasco com graduações destinado a
recristalizar e realizar reações entre medidas aproximadas de volume de
soluções, etc. líquidos.

Pipetas: Equipamento calibrado para


medidas precisa de volume de líquidos.
Bureta: Equipamento calibrado para
Existem dois tipos de pipeta: pipeta
medida precisa de líquidos. Permite o
graduada e pipeta volumétrica. A
escoamento do líquido de forma
graduada (a) é utilizada em trabalhos
controlada e é utilizado em titulações.
que requerem a medida de vários
volumes e a volumétrica (b) para ecoar
volumes fixos.
TÉCNICAS DE USO DOS RECIPIENTES:

Tabela 2 – Determinação correta do menisco em vidrarias de precisão.

VERIFICAÇÃO DO MENISCO UTILIZAÇÃO DA PIPETA

• A linha de visão deve • O liquido deve ser


estar no mesmo nível da succionado com o auxílio de
superfície do líquido. uma pêra (suporte adequado) e
NUNCA com a boca.

• O volume que restar na


pipeta após sua utilização é
conhecido como volume morto
e não altera a medida.

PRECISÃO E EXATIDÃO:

Todas as generalizações e leis científicas são baseadas na regularidade derivada de observações


experimentais. Portanto é necessário para qualquer cientista levar em consideração as limitações e confiabilidade
dos dados a partir dos quais são tiradas as conclusões. Um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o
valor real e o valor experimental. Vários fatores introduzem erros sistemáticos ou determinados (erros no sistema
que podem ser detectados e eliminados). Por exemplo: equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no
procedimento. A medida é também afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão além do controle
do operador). Estes incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de temperaturas durante uma experiência,
absorção de água por substâncias enquanto estão sendo pesadas, diferenças em julgamento sobre a mudança de cor
do indicador ou perda de pequenas quantidades de material ao transferir, filtrar ou em outras manipulações. Erros
aleatórios podem afetar uma medida tanto numa direção positiva quanto negativa. Assim um resultado poderá ser
ligeiramente maior ou menor do que o valor real. Duas ou mais determinações de cada medida são efetuadas na
esperança de que erros positivos e negativos se cancelem. A precisão de uma medida se refere à concordância entre
diferentes determinações de uma mesma medida. Você pode encontrar que uma mesa tenha 1,0 m, 1,2 m ou 0,9 m
para cada uma das operações de medida que realizar. Como erros aleatórios não podem nunca ser completamente
eliminados a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é esperada. Exatidão é a concordância entre o valor medido
e o real. Para calcular o erro em uma medida deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois normalmente
não se sabe o valor real. O melhor a fazer é projetar instrumentos de medida e realizar medidas de forma a tornar o
desvio tão pequeno quanto possível.
Uma medida altamente precisa pode ser inexata devido ao instrumento utilizado que pode não estar
calibrado corretamente. A precisão depende mais do operador e a exatidão depende tanto do operador quanto do
instrumento de medida.

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Figura 1 - Modelos demonstrativos da análise da exatidão e precisão de um método.

Análise, (a) inexata e imprecisa; (b) inexata e precisa; (c) exata e imprecisa; (d) exata e precisa.
Tabela 3 – Utilização da balança analítica.

OS CUIDADOS COM A BALANÇA OS COMANDOS DA BALANÇA

• Toda balança analítica, possui grande • O botão de TARA ou simplesmente T,


sensibilidade, portanto, no momento da serve para zerar o marcador da balança,
pesagem evite falar ou causar sempre que o analista achar necessário.
trepidações próximas a balança.
• Observe as informações de massa mínima
• As balanças não podem ser retiradas do e máxima que a balança suporta, assim
local em que se encontram, pois como seu erro e desvio. EVITE sobre
qualquer movimento pode interferir em carga de massa, para não danificar o
sua calibração (precisão e exatidão). equipamento.

III - NOTAS DE SEG URANÇA

As soluções A e B são respectivamente um ácido e uma base. Apesar de diluídos ácidos e bases são substâncias
corrosivas. Evite contato com os olhos, pele ou roupa.

IV - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte A - Medidas de volume

1. Identificar (não é necessário fazer a medida) três vidrarias diferentes, existentes na sua bancada que podem
medir um volume de 5,0 mL de água. Justifique a escolha das vidrarias utilizadas. Repita o procedimento agora
para um volume de 40,0 mL.
2. Encha uma bureta com água (deve-se preencher com água a região acima e abaixo da torneira). Depois de tê-la
zerado, abra a torneira e deixe escoar uma porção qualquer do líquido. Feche a torneira e verifique o volume
escoado. Confira com o instrutor se sua leitura é correta. É possível retirar-se uma porção precisa maior que 50,0
mL de uma só vez dessa bureta? Justifique.

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3. Prepare novamente a bureta de 50 mL completando seu volume até a indicação zero. Escoe o líquido para um
erlenmeyer graduado de 125 mL até o líquido na bureta corresponder à marcação de 50,0 mL da bureta. Verifique
se o volume indicado no erlenmeyer está na marcação de 50 ml do erlenmeyer, acima ou abaixo. Descarte uma
parte do líquido que está no erlenmeyer e complete com água até a marcação de 50,0 mL no erlenmeyer. Transfira
este volume para a bureta este volume e faça a leitura do volume, se este se encontra no zero, acima ou abaixo.

Parte B - Medidas de Massa e Volume

1. Peça ao seu orientador instruções sobre o uso das balanças antes de pesar os seguintes recipientes secos:
Proveta de 50 mL, balão volumétrico de 50 mL e béquer de 50 mL.
2. Coloque cuidadosamente 50,0 mL de água (aferindo na marcação de cada equipamento) em cada recipiente
referido no item anterior e pese-os novamente.

Tabela 3 - Resultados experimentais (parte B).


Vidraria Massa da Massa da vidraria + Volume real Diferença ERRO
vidraria seca (g) 50,0 mL de H2O de H2O (mL)* para 50,0 mL PERCENTUAL
Proveta (50 mL)
Balão (50 mL)
Béquer (50 mL)
* Considere a densidade da água correspondente a 1g/mL

Parte C - Verificação da Precisão/Exatidão

Observação: A parte C só deverá ser realizada após a parte B.

1. Meça 5,0 mL da solução A com pipeta graduada e transfira esta amostra para um balão volumétrico de 50 mL.
2. Acrescente água ao balão volumétrico até completar os 50,0 mL tendo o cuidado de misturar bem a solução.

3. Meça 3 amostras de 10,0 mL desta solução com a pipeta volumétrica e transfira para 3 diferentes erlenmeyers.
4. A cada um dos erlenmeyers acrescente 2 gotas da solução C.

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5. Prepare (preencher a bureta, acima e abaixo da torneira) a bureta com solução B até o volume zero.
6. Deixe escoar lentamente a solução B sobre a solução A contida em um dos erlenmeyers agitando sempre este
último até que verifique uma mudança de coloração permanente da solução. Quanto mais clara a cor, melhor.
Anote o volume escoado no item abaixo.

7. Repita o procedimento com o conteúdo dos outros dois erlenmeyers tendo o cuidado de anotar o volume utilizado
ao término de cada uma das determinações.
Medida 1__________ mL; Medida 2__________ mL; Medida 3__________ mL.
8. Faça uma comparação dos três resultados obtidos por você nos dois últimos itens. Apresente-os ao professor.

Parte D - Descarte das soluções e Limpeza das vidrarias.

1. A solução preparada pelo seu grupo no balão volumétrico de 50 mL (solução A), deverá ser neutralizada antes do
descarte na pia. Transfira a solução para um béquer, adicione duas gotas de solução C e em seguida adicione a
solução B que está na bureta até o desenvolvimento da coloração rosa. Agora a solução pode ser descartada na
pia.

2. O restante de solução B que ainda ficar na bureta deverá ser devolvida ao frasco de origem (Solução B).

3. Lavar as vidrarias presentes no kit do seu grupo:

• 1 Béquer de 50 mL;
• 1 Balão volumétrico de 50 mL;
• 3 Erlenmeyers de 125 mL;
• 1 Proveta de 50 mL;
• 1 Pipeta volumétrica de 10 mL;
• 1 Pipeta graduada de 5 mL;
• 1 Bureta de 50 mL.

Observação: A bureta deve ser lavada no próprio suporte (em hipótese alguma a mesma deverá ser retirada), primeiro
esvazie a solução que existe na mesma, depois com o auxílio de um béquer, carregue a bureta com água, e esvazie
transferindo a água para uma outra vidraria presente em seu kit, repita esse procedimento por duas vezes.

V – PÓS-LABORATÓRIO

1. Baseando-se em uma inspeção visual da vidraria de laboratório situe-as em um dos dois grupos:
“mais exatas” e “menos exatas”.

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2. Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação de cada medida?
3. Que dificuldades foram encontradas ao medir volumes em um erlenmeyer?
4. Utilize os dados da tabela do item 2 para estimar a exatidão dos vários instrumentos na medição de volumes.
5. Discuta a precisão de suas medidas obtidas na parte C, comparando-as entre si apresente justificativa para os
resultados obtidos.

VI - BIBLIOGRAFIA

1) ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
2) BROWN, T. L; LeMAY, Jr, H. E.; BURSTEN, B. E.; MURPHY, C. J.; WOODWARD, P. M.; STOLTZFUS,
M. W. Química a Ciência Central. 13ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.
3) LENZI, E.; FAVERO, L.O.B.; TANAKA, A.S. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro, Freitas Bastos,
2004.

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VII – PÓS-LABORATÓRIO PARA ENTREGA

1. Baseando-se em uma inspeção visual da vidraria de laboratório situe-as em um dos dois grupos:
“mais exatas” e “menos exatas”.
2. Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação de cada medida?
3. Que dificuldades foram encontradas ao medir volumes em um erlenmeyer?
4. Utilize os dados da tabela do item 2 para estimar a exatidão dos vários instrumentos na medição de volumes.
Tabela 3 - Resultados experimentais (parte B).
Vidraria Massa da Massa da vidraria + Volume de Diferença para ERRO
vidraria seca (g) 50,0 mL de H2O H2O (mL)* 50,0 mL PERCENTUAL
Proveta (50 mL)
Balão (50 mL)
Béquer (50 mL)
* Considere a densidade da água correspondente a 1g/mL

5. Discuta a precisão de suas medidas obtidas na parte C, comparando-as entre si e apresente justificativa para os
resultados obtidos.

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EXPERIMENTO 2
IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
I - OBJETIVOS

1. Identificar um sal desconhecido por cromatografia.


2. Determinar a viscosidade de óleos lubrificantes.
3. Identificar cátions metálicos através do teste de chama;
4. Determinar densidade de amostras sólidas;

II - INTRODUÇÃO

Para se identificar substâncias é necessário procurar propriedades que sejam características destas. Tais
propriedades são classificadas como físicas ou químicas. Propriedades físicas podem ser medidas sem modificar
a identidade da substância podendo-se citar: ponto de fusão, ponto de ebulição, solubilidade, densidade, cor da
chama emitida em um teste de chama, capacidade de conduzir calor ou eletricidade. Propriedades químicas são
observadas quando uma substância é convertida em uma ou mais outras substâncias. Medindo-se varias destas
propriedades e comparando-as com valores conhecidos existentes na literatura, torna-se possível identificar a
substância e testar sua pureza.

Nesta prática iremos trabalhar com:

Densidade - é uma grandeza que expressa quanto há de massa por unidade de volume de uma amostra de matéria.
A massa pode ser facilmente determinada utilizando-se uma balança. Medidas precisas de volumes de líquidos
são feitas pelo uso de um picnômetro que é simplesmente um recipiente que tem um volume perfeitamente
definido. O volume de um sólido pode ser determinado diretamente se o sólido tem uma forma geométrica regular
ou mais comumente através do volume de líquido deslocado quando um sólido é imerso no mesmo. O líquido
usado neste caso não deve reagir ou dissolver o sólido e deve ter uma densidade menor do que a do sólido.
Densidade de líquidos, sólidos e soluções variam de valor menor que o da água (1,00 g/mL a 4 0C) até valores
significativamente maior. O metal ósmio tem densidade de 22,5 g/mL e é provavelmente o mais denso dos
materiais conhecidos. A densidade varia com mudanças de temperatura e geralmente decresce lentamente com o
aumento da mesma.

Teste de chama - Cada elemento químico tem uma distribuição peculiar de elétrons em níveis de energia com
espaçamento único entre estes níveis. Em temperaturas elevadas, os elétrons podem ser excitados a níveis mais
elevados e ao retornar a posição original, o excesso de energia adquirido é emitido. Se esta energia se manifesta
na faixa do visível, a chama que deu origem ao processo assumirá cor característica da amostra em questão. O
número e complexidade das ligas metálicas, por exemplo, torna necessário um procedimento para quantificar e
qualificar os metais presentes. Uma descarga elétrica é usada para vaporizar uma pequena quantidade de metal
da superfície de uma amostra. O calor fornecido é suficiente para que o metal vaporizado emita luz, que por meio
de dispositivo analítico é desdobrada em seus comprimentos de onda componentes. Os elementos presentes são
identificados então, pelo aparecimento de comprimentos de onda característicos.

Viscosidade – A viscosidade é uma medida de resistência ao fluxo, isto é, traduz a resistência das moléculas ao
se deslocarem umas sobre as outras. A viscosidade é uma propriedade característica do fluido. O viscosímetro
usualmente depende da força da gravidade sobre o fluido para fazê-lo passar por um capilar. A medição direta
da viscosidade a partir deste método proporciona a viscosidade cinemática em Stokes (St) ou centiStokes (cSt).
Nos Estados Unidos utiliza-se o viscosímetro Saybolt para derivados de petróleo e médias viscosidades. O
viscosímetro Saybolt Universal expressa a viscosidade em segundos ou SUS (Segundo Universal Saybolt). Este
viscosímetro mede o tempo necessário para escoar 60 cm3 de fluido a uma temperatura determinada.
A viscosidade expressa em segundos pode ser convertida em centistokes utilizando a fórmula:
B
υ = A . Δt −
Δt

ONDE  É A VISCOSIDADE EM CST, t É O TEMPO DE ESCOAMENTO E A E B SÃO


PARÂMETROS QUE DEPENDEM DO VISCOSÍMETRO. DIVERSAS EXPERIÊNCIAS INDICAM
OS SEGUINTES VALORES PARA ESSES PARÂMETROS:

VISCOSÍMETRO A B
Saybolt Universal
t  100 s 0,226 195
t  100 s 0,220 135

Cromatografia – Além de ser uma técnica de separação de misturas, a cromatografia também pode ser usada
para identificação de substâncias, desde que existam padrões para comparação da amostra a ser identificada,
desde que mantidas as mesmas condições de experimento. Na cromatografia de camada delgada (CDD), os
padrões e a amostra são colocados em uma mesma altura e permite-se que o eluente (fase móvel) suba a fase
sólida. De acordo com o tipo de afinidade com a fase móvel ou com a fase estacionária, as substâncias podem
ou não ser arrastadas a diferentes alturas. Para realizar a comparação das substâncias faz-se a medida das alturas
percorridas pelas substâncias, bem como a altura percorrida pelo solvente e calcula-se o fator Rf.

Distância percorrida pela amostra desde sua origem


Rf =
Distância total percorrida pelo solvente

III – PRÉ-LABO RATÓRIO

1) Busque na literatura a densidade de cinco diferentes metais.


2) Busque na literatura as cores de teste da chama de cinco diferentes cátions metálicos.

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III - NOTAS DE SEG URANÇA

Sais - podem ser irritantes. Evite contato com os olhos, pele ou roupa.
Cuidado ao ligar a chama do bico de Bunsen. Em caso de queimadura mantenha o local afetado sob água corrente e
comunique ao professor.

IV - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte A – Separação e identificação de íons metálicos por cromatografia em placa (papel). (Demonstrativo)

1. Em um béquer de 500 mL adicione 10 mL de um solvente contendo 70% de acetona (propanona) e 30% de HCl
6,0 mol L-1 (fase móvel). Cubra esse recipiente com um filme plástico e deixe na capela.
2. Corte um pedaço de papel de filtro (10 x 20cm) e trace uma reta 1 cm acima da parte inferior do papel. (use lápis).
3. Aplicar com um capilar de vidro formando um pequeno círculo as soluções 0,05 mol L-1 de sais de Co2+, Cu2+,
Ni2+, Fe2+, e a solução de um cátion desconhecido (x) sobre a reta anteriormente marcada com uma distância de
aproximadamente 1 cm separando uma amostra da outra (deve-se utilizar um capilar para cada amostra) como
mostrado na figura abaixo.

Figura 1 – Orientações para preparação do papel (fase estacionária) do experimento de cromatografia.

4. Feche as pontas do papel com um grampeador e insira no béquer que contém o solvente como mostrado na figura
a seguir.

Tabela 4 – Sistema de eluição para cromatografia em papel.

Vidro-relógio: Utilizado para SISTEMA DE ELUIÇÃO


pesagens em geral e para cobrir
béqueres.

Placa de petri: Mais utilizada


para fins biológicos. No
laboratório químico, é também
usada para observação de algum
fenômeno.

5. Deixe o solvente eluir até aproximadamente 1 cm do topo do papel. Retire o cromatograma do béquer, remova o
grampo e marque com um lápis até onde o solvente subiu.
6. Coloque o cromatograma para secar em uma superfície limpa da capela.

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7. Coloque em um béquer uma solução de amônia concentrada (na capela) e posicione o cromatograma em cima do
béquer para receber os vapores. Marque qualquer mancha que apareça.
8. Depois borrife o papel com solução de dimetilglioxima para identificar o Ni2+. Espere secar.
9. Em seguida borrifar com uma solução de K3[Fe(CN)6] 0,5 mol L-1, a fim de visualizar os íons Co2+, Cu2+ e Fe2+ e
a amostra desconhecida.
10. Anote na tabela 1 os valores das medidas:
Tabela 1 - Resultados experimentais (parte A).
Substância Distância (cm)
Solvente
Co2+
Cu2+
Fe2+
Ni2+
X
Y
11. Calcule o valor de Rf dos respectivos íons.

Parte B - Determinação da Viscosidade de Óleos Lubrificantes (Demonstrativo)

1. Ligue o equipamento, coloque a temperatura do banho para estabilizar a 38° e zere o cronômetro;
2. Verifique se as rolhas estão fechando os orifícios do viscosímetro;
3. Após a estabilização da temperatura, coloque em uma das cavidades do aparelho, o óleo para o qual deseja medir
a viscosidade.
4. Coloque os balões de fundo chato (60 cm3), apropriados para o aparelho abaixo de cada uma das cavidades que
contém óleo.
5. Retire a rolha de uma das cavidades e ao mesmo tempo acione o cronômetro previamente zerado;
6. Observe o escoamento do óleo e ao atingir a marca de 60 cm 3 no balão pare o cronômetro. Anote o valor em
segundos.
7. Repita os procedimentos 3 a 6 para outra amostra.

Parte C - Identificação de cátions metálicos pelo teste de chama. (Demonstrativo)

1 - Mergulhe a alça de metal em solução de HCl e queime na chama do bico de Bunsen. Repita a operação três
vezes ou mais, até que não ocorra mudança na cor da chama.
2 - Mergulhe a alça de metal na solução aquosa em estudo e observe a cor da chama.

3 - Repita a operação de limpeza do item 1.


4 - Determine a cor da chama para os sais K, Cu, Ba, Ca, Na e Sr., sempre repetindo a operação de limpeza.
5 - Repita agora o teste com duas amostras desconhecidas. Anote seus dados na tabela 2.

Tabela 2 – Resultados experimentais (parte C).


Li Na K Ca Sr Ba Cu Amostra Amostra
A= B=
Cor da Chama

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Parte D - Determinação de densidade de uma amostra sólida por leitura direta de volume

Observação: O metal que você escolher para ser o Metal 1 na parte D deverá ser o Metal 1 na parte E, o mesmo
ocorrerá para o Metal 2.

1. Escolha amostras de um metal 1.


2..Pese uma amostra do metal (adicione pedaços até a massa ficar entre 20 g e 35g)
3. Utilizando uma proveta de 50 mL, coloque um volume de 30 mL água.
4. Deslize com cuidado pedaços do metal na proveta com água tendo cuidado de verificar que todos se encontrem
submersos e determine o volume de água deslocado. Anote seus dados na tabela 3.

5- Repita o procedimento para um metal 2.

Tabela 3 - Resultados experimentais (parte D).


Metal 1 Metal 2
Massa do metal
Volume de H2O inicial na proveta
Volume de H2O deslocado
Densidade calculada do metal
Identidade do metal

Parte E - Determinação de densidade de sólidos por leitura indireta de volume

1. Pese um erlenmeyer de 125 mL com tampa, limpo e seco.


2. Encha o mesmo com água destilada de forma que ao tampá-lo a água transborde para garantir que não ficam
bolhas de ar entre a tampa e a superfície da água.
3. Enxugue bem a parte externa do erlenmeyer
4. Pese agora o erlenmeyer que deve estar completamente seco na parte externa e cheio com água.

5. Considerando a densidade da água, informada pelo instrutor, determine o volume do erlenmeyer.


6. Esvazie o frasco.
7. Pese uma amostra do metal (60 – 100g) em um pedaço de papel.
8. Transfira o metal, com cuidado, para o erlenmeyer.
9. Permanecendo o metal no erlenmeyer encha o recipiente com água. Faça deslizar as peças de metal no erlenmeyer
inclinando-o para os lados para garantir que não ficam bolhas de ar presas entre as peças de metal.
10. Preencha com água até transbordar ao colocar a tampa

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11. Enxugue por fora e pese o erlenmeyer contendo o metal e a água. Anote os dados na tabela 4.

12. Repita o procedimento com amostra de outro metal. Preencha a tabela 4, a seguir:

Tabela 4 - Resultados experimentais (parte E).


Metal 1 Metal 2
Massa erlenmeyer seco (m1)
Massa erlenmeyer cheio com H2O (m2)
Volume do erlenmeyer (m2-m1) = VE
Massa do metal (m3)
Massa do metal + H2O + erlenmeyer (m4)
Volume de H2O (m4 – m1 – m3) = V1
Volume do metal (VE – V1)
Densidade calculada do metal
Identidade do metal

Parte F - Descarte das soluções e Limpeza das vidrarias.

1. Os Metais usados para determinação da densidade devem ser secos e devolvidos à bancada.

V – PÓS-LABORATÓRIO

1. Determine o Rf para cada um dos íons metálicos e o íon desconhecido. Qual é o íon desconhecido?
2. Calcule a viscosidade das amostras da parte E em cSt e comente sobre as diferenças observadas nas
viscosidades
3. Identifique as amostras desconhecidas com base no teste da chama.
4. Calcule a densidade das amostras de metais tendo em vista os dois métodos utilizados.
5. Compare os valores das densidades determinados por você nos dois métodos com os da literatura.
6. Justifique as diferenças encontradas nos valores da questão acima.

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VII - BIBLIOGRAFIA

1) ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
2) CHIAVERINI, V. Aços e ferros fundidos,7 ed. São Paulo: ABM, 2005.

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VI – PÓS-LABORATÓRIO PARA ENTREGA

1. Determine o Rf para cada um dos íons metálicos e o íon desconhecido. Qual é o íon desconhecido?
Tabela 1 - Resultados experimentais (parte A).
Substância Distância (cm)
Solvente
Co2+
Cu2+
Fe2+
Ni2+
X
Y

2. Calcule a viscosidade das amostras da parte E em cSt e comente sobre as diferenças observadas nas
viscosidades
3. Identifique as amostras desconhecidas com base no teste da chama.
4. Calcule a densidade das amostras de metais tendo em vista os dois métodos utilizados.
Tabela 3 - Resultados experimentais (parte D).
Metal 1 Metal 2
Massa do metal
Volume de H2O inicial na
proveta
Volume de H2O deslocado
Densidade calculada do metal
Identidade do metal
Tabela 4 - Resultados experimentais (parte E).
Metal 1 Metal 2
Massa erlenmeyer seco (m1)
Massa erlenmeyer cheio com H2O (m2)
Volume do erlenmeyer (m2-m1) = VE
Massa do metal (m3)
Massa do metal + H2O + erlenmeyer (m4)
Volume de H2O (m4 – m1 – m3) = V1
Volume do metal (VE – V1)
Densidade calculada do metal
Identidade do metal

5. Compare os valores das densidades determinados por você nos dois métodos com os da literatura.
6. Justifique as diferenças encontradas nos valores da questão acima.

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EXPERIMENTO 3
REAGENTE LIMITANTE
I - OBJETIVOS

1. Determinar a composição percentual de cada substância em uma mistura.


2. Determinar o reagente limitante de uma mistura.

II - INTRODUÇÃO

Vários fatores afetam o rendimento dos produtos em uma reação química: a quantidade de reagentes,
reversibilidade da reação, condições de reação etc. Condições experimentais como, por exemplo, a temperatura e a
pressão podem ser ajustadas de modo a aumentar o rendimento de um produto em uma reação química, entretanto
devido aos reagentes interagirem de acordo com uma dada razão em moles (estequiometricamente), esse acréscimo
é limitado às quantidades iniciais dos reagentes. O reagente que determina a quantidade de produto formado é
denominado reagente limitante. Para melhor entender o conceito de reagente limitante, vamos observar a reação de
fosfato de sódio hidratado (Na3PO4. 12H2O) com cloreto de Bário hidratado (BaCl2.2H2O) em sistema aquoso. A
reação não balanceada é a seguinte:

Na3PO4. 12H2O + BaCl2.2H2O Ba3(PO4)2 + NaCl + H2O(1)

Como os dois sais que reagem e o NaCl são solúveis em água e o fosfato de bário é insolúvel, o precipitado formado
na reação é o Ba3(PO4)2(s).
Se num experimento, diferentes proporções de Na3PO4. 12 H2O e BaCl2.2H2O são misturadas, diferentes quantidades
de precipitado serão formadas. A composição da mistura é determinada primeiramente pelo teste do reagente
limitante. Este teste é realizado em duas etapas:
(1) O filtrado é testado para o excesso de íons Ba2+ com um reagente fosfato. A formação de precipitado indica que
existe excesso de Ba2+ na mistura:
(2) O filtrado é testado para excesso de íons fosfato com Ba2+. A formação de precipitado indica que o fosfato estava
em excesso na mistura.

III - PRÉ-LABORATÓRIO

1. Quais as massas molares de cada substância da equação química?


2. Escreva a equação balanceada para a equação da introdução.
3. Se são formados 3 gramas de precipitado, quais as massas necessárias de cada reagente?
4. Determine a concentração molar de uma solução de vinagre comum com acidez volátil de 3,0%.

IV - NOTAS DE SEG URANÇA

Cloreto de Bário (BaCl2) – Este sal é venenoso e irritante. Evite contato com os olhos, pele e roupas.
Fosfato de sódio (Na3(PO4)2) – Este sal é irritante. Evite contato com os olhos, pele e roupas.
V - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte A - Obtenção do Precipitado Ba3(PO4)2

1. Anote o número da amostra (1ou 2), que contém uma mistura de BaCl2. 2 H2O e Na3PO4. 12 H2O a ser utilizada
por você.
2. Pese aproximadamente 2 g da amostra selecionada em um béquer de 250 mL de forma baixa. (Anote a massa
pesada)
3. Adicione 200 mL de água e agite a solução com um bastão de vidro por cerca de 1 minuto. Espere o precipitado
sedimentar (deixe o bastão dentro de béquer).

4. Coloque o béquer em banho-maria por 20 minutos. Enquanto a etapa de aquecimento está ocorrendo, pese um
papel de filtro (anote a massa do papel) e coloque no funil.

5. Filtre o precipitado, inicialmente sem agitar, ainda morno. Do filtrado retire duas alíquotas de 50 mL em
erlenmeyers de 125 mL. Reserve para a segunda parte do experimento (PARTE B).

Química Geral para Engenharia 17


6. Lave o precipitado com água morna (5 x 5,0 mL de água). Lave também com um pouco de etanol (utilize o
borrifador), remova o papel de filtro e coloque-o em uma placa de petri para secar na estufa.

Observação: Deixe uma parte do papel fora da placa de petri, com isso, sempre que for necessário retirar o
papel da estufa, você evita pegar na placa de petri (vidro) que estará com temperatura elevada, retirando para
as pesagens apenas o papel com o material.

7. Verifique a massa do precipitado com o papel de acordo com os intervalos de tempo da tabela 1 ou até o material
atingir peso constante.

Tabela 1 – Intervalos de tempo para determinação da massa do precipitado Ba3(PO4)2.

Tempo Massa (precipitado + Massa


(minutos) papel) (precipitado)
10
5
5
5

Parte B - Determinação de reagente limitante

1. TESTE PARA EXCESSO DE PO43–:


Adicione 2 gotas de BaCl2.2H2O 0,5 M ao erlenmeyer que contém 50 mL do filtrado. Se aparecer um precipitado é
porque o íon PO42– está em excesso.
2. TESTE PARA EXCESSO DE Ba2+
Adicione 2 gotas de Na3PO4.12H2O 0,5 M ao erlenmeyer que contém 50 mL do filtrado. Se aparecer um precipitado
é porque o íon Ba2+ está em excesso.

PARTE C - Reagente Limitante (Demonstrativo)

1. Em cinco frascos (sistemas 1, 2, 3, 4 e 5) obtidos na bancada adicione respectivamente 7,0 mL, 20,0 mL, 50,0
mL,75,0 mL e 90,0 mL de vinagre comercial (Acidez volátil 0,5 mol/L).
2. Com ajuda de um funil adicione 3g de bicarbonato de sódio em cada um de 5 balões de festa.
3. Encaixe cada balão em cada um dos frascos, garantindo perfeita vedação do sistema e transfira o bicarbonato
para os frascos.

Química Geral para Engenharia 18


4. Observe o resultado.

Parte D - Descarte das soluções e Limpeza das vidrarias.

1. O papel de filtro com o precipitado deve ser entregue ao professor ou ao técnico de laboratório. (NÃO DESCARTE
NO LIXO).

2. Lavar as vidrarias presentes no kit do seu grupo:

01 – Placa de petri;

01 - Bastão de vidro;

02 – Béquer de 250mL;

01 – Funil;

01 – Proveta de 50mL;

02 – Erlenmeyer de 125mL;

01 – Pipeta graduada 5mL.

VI - PÓS- LABORATÓRIO

1. Qual o rendimento prático obtido, em gramas?


2. Qual o reagente limitante na Parte B?
3. Quais as massas dos reagentes que existiam na mistura inicial?
4. Perdas de rendimento durante o experimento podem influenciar nos cálculos realizados?
5. Como você testaria a presença de Na3PO4.12H2O em excesso numa mistura desconhecida?
6. Para os balões de 1 a 4 identifique o reagente limitante por cálculos e compare à observação da prática se
esta foi condizente.
VII - BIBLIOGRAFIA

1) BROWN, T. L; LeMAY, Jr, H. E.; BURSTEN, B. E.; MURPHY, C. J.; WOODWARD, P. M.; STOLTZFUS, M.
W. Química a Ciência Central. 13ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.
2) ATKINS, P.; JONES, L. PRINCÍPIOS DE QUÍMICA: QUESTIONANDO A VIDA MODERNA E O MEIO
AMBIENTE. 3ª ED. PORTO ALEGRE: BOOKMAN, 2006.

Química Geral para Engenharia 19


VIII - PÓS- LABORATÓRIO PARA ENTREGA

1. Qual o rendimento prático obtido, em gramas?


2. Qual o reagente limitante na Parte B?
3. Quais as massas dos reagentes que existiam na mistura inicial?
4. Perdas de rendimento durante o experimento podem influenciar nos cálculos realizados?
5. Como você testaria a presença de Na3PO4.12H2O em excesso numa mistura desconhecida?
6. 5. Para os balões de 1 a 4 identifique o reagente limitante por cálculos e compare à observação da prática se
esta foi condizente.

Química Geral para Engenharia 20


EXPERIMENTO 4
SISTEMAS E REAÇÕES QUÍMICAS
I - OBJETIVOS

1. A partir de evidências experimentais concluir sobre a ocorrência de reação química;


2. Identificar tipos de precipitado;
3. Identificar um composto utilizando suas propriedades químicas.

II - INTRODUÇÃO

O termo reação química refere-se ao reagrupamento dos átomos entre as substâncias de um dado
sistema. Ela é representada esquematicamente por uma equação química, que dá informações quantitativas e
qualitativas. A equação escrita deve fornecer a descrição da reação que ocorre, quando os reagentes são misturados.
Para escrever uma reação química, é necessário conhecer a fórmula dos reagentes (substâncias que estão à
esquerda) e dos produtos (substâncias que estão à direita). Para se chegar a tal informação é preciso observar o
curso da reação tentando identificar produtos, através de observação e/ou análise química. Em primeiro lugar deve-
se deduzir se houve uma reação química ao colocar em contato duas ou mais substâncias. Obtêm-se evidências de
reação química no laboratório quando aparecem diferenças perceptíveis e significativas entre o estado inicial e o
estado final, estados estes que correspondem respectivamente aos reagentes antes de serem colocados em contato e
o que resulta após. É possível utilizar-se critérios quantitativos e qualitativos para detectar esta mudança. Critérios
qualitativos são baseados em observações macroscópicas utilizando os órgãos dos sentidos (exceto pelo paladar).
1) FORMAÇÃO DE PRODUTOS GASOSOS - os produtos gasosos são identificados por um borbulhamento na
solução.
2) FORMAÇÃO DE PRECIPITADO - um produto sólido insolúvel que se forma quando a quantidade de um dos
produtos formados durante a reação excede sua solubilidade no meio. Um sal é considerado solúvel se sua
solubilidade é maior que 1g/100mL e insolúvel quando a solubilidade é menor que 0,1g/100mL. Casos intermediários
são considerados pouco solúveis.
3) MUDANÇA DE COR - aquelas não resultantes de diluição ou de simples combinação de cores, mas sim da
formação de uma nova substância.
4) MUDANÇA DE ODOR - devido a formação de um produto ou consumo de reagente que tenha odor característico.
5) TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA - muitas reações químicas vêm acompanhadas de mudança de temperatura.
Se a temperatura da mistura de reação aumenta, calor está sendo liberado e a reação é dita exotérmica. Se a
temperatura decresce durante a reação, calor está sendo absorvido e a reação é endotérmica.
Entre os efeitos que indicam claramente a ocorrência de uma reação química, um dos mais marcantes é
o da formação de um precipitado. Reação de precipitação é um tipo comum envolvendo íons que reagem para formar
sólidos poucos solúveis. Muitas substâncias químicas, tipo sais, podem ser facilmente dissolvidas em água. Uma vez
dissolvido o sal está completamente ionizado.
Exemplo:

NaCl(s) → Na+ (aq) + Cl − (aq)

Em uma mesma solução, quando dois ou mais sais estão dissolvidos, seus íons positivos e negativos
estão livres para interagir. A interação eletrostaticamente mais favorável prevalece. Desta nova associação poderá
surgir um precipitado.
Exemplo:

AgNO3(s) + KCl(s) → Ag+ (aq) + NO3- (aq) + K+ (aq) + Cl- (aq) → AgCl(s) + K+(aq) + NO3¯ (aq)
A formação do precipitado de AgCl indicado pela seta implica, portanto, na retirada de íons Ag + e Cl¯
da solução.
A ocorrência de uma reação química pode ser constatada, dentro outras evidências, através da
observação da formação de um precipitado. Os tipos de precipitado variam de acordo com o tamanho e forma das
partículas produzidas. Existem os seguintes tipos de precipitado:
1) Cristalino - o precipitado cristalino é reconhecido pela presença de muitas partículas pequenas de formato
regular tendo superfície lisa. Os cristais de um precipitado cristalino parecem-se com os cristais do sal de cozinha ou
açúcar. É o mais desejável dos precipitados, uma vez que se sedimenta rapidamente e é fácil de filtrar, porém, de
modo geral sua obtenção depende de condições ideais.
2) Granular - consiste em pequenos e discretos grãos que se sedimentam com facilidade. Um precipitado granular
parece com café moído (não em pó). As pequenas partículas de forma irregular podem ser facilmente distinguidas
ainda que não tenham a forma regular como a do precipitado cristalino.
3) Finamente dividido - formado por partículas extremamente pequenas. As partículas individuais são invisíveis a
olho nu. A aparência de farinha de trigo é descritiva deste exemplo.
É difícil de trabalhar com este precipitado, pois devido ao tamanho das partículas, estas levam um tempo muito longo
para sedimentar.
4) Coloidal tipo gelatinoso - é aquele que forma uma massa compacta com aspecto de gelatina. É difícil de
trabalhar, pois na manipulação enclausura impurezas de forma a tornar a sua lavagem impossível.
5) Coloidal finamente dividido - é o exemplo extremo de precipitado finamente dividido. As partículas são tão
pequenas que dificilmente sedimentam e atravessam até os poros de um filtro.
A constatação visual de um precipitado deve levar em conta os aspectos descritos acima. Há precipitados
que tornam a solução opaca sem que haja necessariamente depósito de sólido no fundo do recipiente. A falta de
transparência de uma solução tem duas origens principais: presença de partículas sólidas em suspensão que impedem
a passagem de luz ou elevada concentração de substância cor escura, o que resulta na completa absorção de luz.
Outro item a ser discutido com cuidado é aquele referente à mudança de cor. Se a nova cor observada é
resultado de uma combinação das cores dos reagentes, não podemos afirmar que houve uma reação química. O
resultado aqui não é conclusivo. O teste só é conclusivo (na ausência de outros indícios, como formação de
precipitado) quando a nova cor observada é inesperada, isto é, não pode resultar da combinação das cores dos
reagentes então se pode dizer que houve uma reação química.
III - PRÈ-LABORATÓRIO

1. Diferencie mudanças físicas de mudanças químicas


2. Toda mudança de cor que ocorre quando duas substâncias são misturadas, implica necessariamente em uma reação
química? Explique:
3. Em que condições podem fazer com que uma reação química aconteça.
4. No laboratório existem 3 tubos de ensaios sem rótulo. Na bancada existem três rótulos: Iodeto de potássio (KI);
Nitrato de prata (AgNO3) e Sulfeto de sódio (Na2S). Você deve colocar o rótulo correto em cada tubo. Dois
experimentos foram realizados e os resultados mostraram o seguinte:
a) 1 mL do tubo 1 foi adicionado ao tubo de ensaio 3 e um precipitado amarelo de iodeto de prata foi observado.
b) 1 mL do tubo 2 foi adicionado ao tubo de ensaio 3 e um precipitado negro de sulfeto de prata foi observado.
Que rótulos você colocaria nos tubos de ensaio 1, 2 e 3?

IV - NOTAS DE SEG URANÇA

Sulfato de cobre (CuSO4) - Tóxico, corrosivo. Evite contato com pele, olhos e roupas.
Sulfato de ferro III (Fe2(SO4)3) – irritante. Evite contato com pele, olhos e roupas.
Ácido Sulfúrico (H2SO4) – Corrosivo, pode causar queimaduras severas. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e
roupas.
Química Geral para Engenharia 22
Nitrato de prata (AgNO3) – Oxidante e irritante. Pode causar manchas na pele e roupas. Evite contato com a pele,
olhos, mucosa e roupas.
Ácido clorídrico (HCl) - Corrosivo, pode causar queimaduras severas. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e
roupas.
Hidróxido de amônio (NH4OH) - Corrosivo, tóxico. Os vapores podem irritar os olhos causando lacrimação. Evite
contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Hidróxido de sódio (NaOH) - Corrosivo, tóxico. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Tiosulfato de sódio (Na2S2O3) - Irritante - Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Cloreto de magnésio (MgCl2) - Oxidante e irritante. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Carbonato de sódio (Na2CO3) – irritante. Oxidante e irritante. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.

V - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO:
• Utilize somente 1 mL de cada reagente;

• Verifique nos rótulos da pipeta e do frasco se ambas são para a mesma solução: (exemplo: NaOH);
• Verifique nos rótulos da pipeta e do frasco se ambas são da mesma concentração: (exemplo: 0,1M);
• Ao utilizar uma solução certifique-se de devolver “frasco tampado e pipeta” para a mesma
localização;
• Em hipótese alguma utilize vidrarias com etiquetas diferentes, caso isso ocorra, avise ao professor.

Parte A - Mudança de cor (bancadas dos grupos 1 e 4)

1. Misture em um tubo de ensaio, solução 0,2 M de CuSO4 e 0,2 M de Fe2(SO4)3. Observe bem os reagentes
antes e após a mistura. Anote todas as observações.

2. Em um outro tubo de ensaio, realize o mesmo teste agora com os reagentes Fe2(SO4)3 0,2 M + KSCN 0,01
M Em um terceiro tubo de ensaio, repita o procedimento com CuSO4 0,2 M e NH4OH 3 M.
Observação: O NH4OH 3M fica na capela, devido os vapores liberados.
Anote seus resultados na tabela 1.

Química Geral para Engenharia 23


Tabela 1 - Resultados experimentais (parte A).
Procedimento Observações CONCLUSÕES
CuSO4 + Fe2(SO4)3
Fe2(SO4)3 + KSCN
CuSO4 + NH4OH

Parte B - Tipos de Precipitado (bancadas dos grupos 2 e 5)

Observe e compare os precipitados obtidos com os sistemas abaixo, deixe-os de lado enquanto prossegue com a
prática para observar mudanças ocorridas e velocidade de sedimentação. Anote as cores e o tipos de
precipitados formados na tabela 2.
a) HCl 1 M + AgNO3 0,1 M
b) BaCl2 0,1 M + H2SO4 1 M
c) MgCl2 1 M + NaOH 3 M
d) Na2S2O3 0,1 M + H2SO4 1 M

Tabela 2 - Resultados experimentais (parte B).


Reação Observações Tipo de Precipitado
HCl + AgNO3
BaCl2 + H2SO4
MgCl2 + NaOH
Na2S2O3 + H2SO4

Parte C - Reação com formação de gás (bancadas dos grupos 3 e 6)

1. Observe a liberação de gás ocorrida nas reações a seguir, comparando a velocidade entre as duas reações:

a) Na2CO3 1 M + HCl 1 M
b) Mg (s) (Apenas um único pedaço) + HCl 1 M

Parte D - Propriedades Químicas de um Composto (sais nas bancadas dos grupos 7, 9, 10 e 12; ácido sulfúrico
nas bancadas dos grupos 8 e 11; hidróxido de amônio na capela)

Realize uma série de testes para analisar as propriedades químicas de algumas substâncias com os reagentes ácido
sulfúrico (H2SO4) e hidróxido de amônio (NH4OH). Procure identificar mudanças de cor, formação de precipitado,
liberação de gás, liberação de calor e caracterizar como reação química ou não

Química Geral para Engenharia 24


Arranje os tubos de ensaio na estante da seguinte maneira:

1. Adicione 1,0 mL da substância:


a. CuSO4 0,5 M aos tubos A1 e A2;
b. Fe2(SO4)3 0,2 M aos tubos B1 e B2;
c. MgCl2 1 M aos tubos C1 e C2;
d. NaOH 3 M aos tubos D1 e D2;
e. Na2CO3 1 M aos tubos E1 e E2;
f. Amostra X aos tubos F1 e F2.

2. A cada tubo da fila 1 adicione 1,0 mL de H2SO4 1M. Verifique as mudanças ocorridas e preencha a tabela 3.

3. A cada tudo da fila 2 adicione 1,0 mL de NH4OH 3M, que se encontra na capela devido os vapores liberados.
Verifique as mudanças ocorridas e preencha a tabela 3.

4. Com base nos resultados obtidos, determine a identidade da amostra X.

Tabela 3 - Resultados experimentais (parte D).

Química Geral para Engenharia 25


Após adicionar 1mL de H2SO4 1M Após adicionar 1mL de NH4OH 3M
CuSO4 0,5 M
Fe2(SO4)3 0,2 M
MgCl2 1M
NaOH 3M
Na2CO3 1M
Amostra X
________________

4. O material das reações pode ser descartado na pia e os tubos de ensaio lavados com água e detergente. Nos tubos
de ensaio em que houver formação de precipitado, utilize (com cuidado) uma escova própria para limpeza.

VI - PÓS- LABORATÓRIO

1. Na Parte A do Procedimento Experimental, discuta as evidências observadas nos três sistemas e conclua sobre
ocorrência de reação química.
2. Identifique os tipos de precipitado observados na Parte B, explicando claramente que evidências experimentais
contribuíram para esta classificação.
3. Baseado em sua observação sobre os sistemas estudados na Parte C, discuta a ocorrência de reação química.
4. Identifique o composto desconhecido (Amostra X) da Parte D.

VII - BIBLIOGRAFIA

1) SKOOG, D.A.: WEST, D.M.; HOLLER,F.J.; CROUCH,S.R. Fundamentos de Química Analítica. 8. ed. São
Paulo: Thomson Learning, 2007.
2) BROWN, T. L; LeMAY, Jr, H. E.; BURSTEN, B. E.; MURPHY, C. J.; WOODWARD, P. M.; STOLTZFUS,
M. W. Química a Ciência Central. 13ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

Química Geral para Engenharia 26


VI - PÓS- LABORATÓRIO PARA ENTREGA

1. Na Parte A do Procedimento Experimental, discuta as evidências observadas nos três sistemas e conclua sobre
ocorrência de reação química.
2. Identifique os tipos de precipitado observados na Parte B, explicando claramente que evidências experimentais
contribuíram para esta classificação.
3. Baseado em sua observação sobre os sistemas estudados na Parte C, discuta a ocorrência de reação química.
4. Identifique o composto desconhecido da Parte D.

Química Geral para Engenharia 27


EXPERIMENTO 5
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
I - OBJETIVOS

1. Caracterizar alguns elementos como metal e não metal.


2. Verificar a sequência dos metais alcalinos terrosos no grupo, através de teste de solubilidade pela formação de
precipitado.
3. Deduzir a sequência dos halogênios no grupo através de reações específicas.
4. Desenvolver procedimento para testar a presença de cátions dos elementos dos grupos IIA e haletos em solução.

II - INTRODUÇÃO

A procura de padrões gerais de comportamento e de regras para organizar as observações experimentais


sobre propriedades físicas e químicas dos elementos teve como principal consequência a formulação da atual tabela
periódica (TP) cuja versão preliminar foi proposta em 1869. Nela os elementos são organizados em ordem de número
atômico crescente em sequências horizontais (período) de tal comprimento, que elementos de propriedades físicas e
químicas similares se situem abaixo um do outro. Assim, elementos que têm semelhança química são colocados em
colunas verticais denominadas grupos ou famílias.
Além do estudo das famílias e períodos, a TP também é útil na identificação dos elementos de acordo
com algumas classificações de caráter mais abrangente, como por exemplo, a relativa ao caráter metálico. Os metais
que correspondem aproximadamente a 70% dos elementos conhecidos, apresentam propriedades bem características
como elevada condutância térmica e elétrica, superfície de aspecto brilhante, maleabilidade e uma grande tendência
a formar cátions por apresentarem baixas energias de ionização. Esta tendência se manifesta, por exemplo, nas suas
reações com ácidos, liberando hidrogênio.
Propriedades Magnéticas - as substâncias, em qualquer estado físico, possuem propriedades magnéticas e podem
ser classificadas como:
1) materiais diamagnéticos;
2) materiais paramagnéticos;
3) materiais ferromagnéticos.
Quando se colocam diversas substâncias num campo magnético, pode-se observar que algumas se orientarão na
direção do campo, ficando fortemente magnetizadas. Estas recebem o nome de ferromagnéticas. Outras se
magnetizam fracamente, mas também se orientam paralelamente ao campo e são chamadas de paramagnéticas e,
finalmente outras se orientarão normais ao campo, são as diamagnéticas. Como os efeitos magnéticos nas substâncias
dia e paramagnéticas são relativamente fracas, elas são consideradas como materiais não magnéticos. Somente quatro
dos elementos conhecidos, ferro, cobalto, níquel e gadolínio apresentam propriedades ferromagnéticas.
Duas famílias serão destacadas nesta prática, os metais alcalinos terrosos e os halogênios. Os metais
alcalinos terrosos que incluem bário, berílio, cálcio, magnésio, rádio e estrôncio, são todos metais bastante reativos.
Compostos de berílio são raros e geralmente muito venenosos os de rádio são altamente radioativos e, assim, estes
dois metais alcalinos terrosos não serão incluídos nesta experiência. Os elementos da família dos halogênios são
flúor, cloro, bromo, iodo e astato. O astato sendo radioativo, e o flúor, sendo o mais reativo dos elementos, também
não serão incluídos nesta prática, pois exigiriam cuidados especiais.
A experiência com os metais alcalinos terrosos é baseada na solubilidade relativa de seus sais, formados com íons
sulfato (SO4-2), oxalato (C2O4-2) e cromato (CrO4-2). Quando soluções contendo cátions M+2 (Ba+2, Ca+2 ou Sr+2) são
misturados com as de ânions X-2 (SO4-2, C2O4-2 ou CrO4-2) deve-se formar o sal MX que se for pouco solúvel se
depositará na forma de um precipitado. Os padrões de solubilidade destes sais são consistentes com a seqüência dos
elementos do grupo dos metais alcalinos terrosos na TP e podem, portanto, ser utilizados para prever esta ordem.
Será também investigada a solubilidade relativa de sais formados pelo íon Ag+ e os íons haletos. A
maioria dos haletos dos metais é solúvel. Algumas exceções são os compostos insolúveis AgCl, AgBr e AgI.
Ag+ (aq) + Cl- (aq) → AgCl(s) 
Ag+ (aq) + Br- (aq) → AgBr(s) 
Ag+ (aq) + I- (aq) → AgI(s) 

A gradação e sequência de cores pode, em experimento semelhante, sinalizar para a mesma dedução
quando os compostos FeF3, FeCl3, FeBr3, FeI3 em solução aquosa são observados.

III - NOTAS DE SEG URANÇA

Ácido Sulfúrico (H2SO4) – Corrosivo, pode causar queimaduras severas. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e
roupas.
Carbonato de sódio (Na2CO3) – Tóxico irritante. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Oxalato de amônio ((NH4)2C2O4)- Tóxico e irritante. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e roupas.
Cromato de potássio (K2CrO4) - Oxidante, suspeito de ser cancerígeno. Evite contato com a pele, olhos, mucosa e
roupas.
Nitrato de Bário (Ba(NO3)2) e Nitrato de magnésio (Mg(NO3)3) - Oxidante e irritante. Evite contato com a pele, olhos,
mucosa e roupas.
Nitrato de Cálcio (Ca(NO3)3) e Nitrato de estrôncio (Sr(NO3)3) – Irritante. Evite contato com a pele, olhos, mucosa
e roupas.
Nitrato de prata (AgNO3) – Oxidante e irritante. Pode causar manchas na pele e roupas. Evite contato com a pele,
olhos, mucosa e roupas.

IV – PRÉ-LABORATÓRIO

1. Que características são comuns aos metais?


2. Indique três ânions capazes de precipitar cátions da família dos metais alcalino-terrosos.
3. Halogênios podem reagir com íons prata e amônia formando íons complexos. Qual a fórmula destes complexos?
E qual a fórmula dos complexos formados quando halogênios reagem com ferro (III)?

V - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte A - Caráter metálico

1. Observe nas substâncias indicadas pelo seu professor, marcadas com as letras A, B, C, D e E, quanto às seguintes
propriedades: cor, brilho, magnetismo (utilizando um imã) e condutância elétrica (verificando se a lâmpada
acende) de cada uma delas.

2. Na bancada lateral você vai encontrar as mesmas substâncias do item 1 (Parte A). Em tubos de ensaio faça reagir
cada uma destas substâncias com 2,0 mL de ácido clorídrico, HCl 4 M. Observe durante 10 minutos, anotando
suas observações.

ATENÇÃO: UTILIZE SOMENTE UM PEDAÇO DE CADA SUBSTÂNCIA.

Química Geral para Engenharia 29


Anote com cuidado todas as suas observações quanto às etapas anteriores, na tabela 1 abaixo: (Descarte os
materiais conforme parte D):

Tabela 1 - Resultados experimentais (parte A).


A B C D E
Cor?
Possui brilho?
Magnetismo?
Conduz eletricidade?
Reagem com HCl?
Metal?

Parte B - Sequência dos metais alcalinos terrosos

• Utilize somente 1 mL de cada reagente;

• Verifique nos rótulos da pipeta e do frasco se ambas são para a mesma solução: (exemplo: NaOH);
• Verifique nos rótulos da pipeta e do frasco se ambas são da mesma concentração: (exemplo: 0,1M);
• Ao utilizar uma solução certifique-se de devolver “frasco tampado e pipeta” para a mesma localização;
• Em hipótese alguma utilize vidrarias com etiquetas diferentes, caso isso ocorra, avise ao professor.

1. Arranje os tubos de ensaio na estante da seguinte maneira:

a. A cada tubo da coluna A adicione 1,0 mL Mg(NO3)2 1 M.


b. A cada tubo da coluna B adicione 1,0 mL Ca(NO3)2 1 M.
c. A cada tubo da coluna C adicione 1,0 mL Sr(NO3)2 1 M.
d. A cada tubo da coluna D adicione 1,0 mL Ba(NO3)2 1 M.
e. A cada tubo da coluna E adicione 1,0 mL da amostra X.

Química Geral para Engenharia 30


2. A cada tubo da linha 1 adicione 1,0 mL de Na2CO3 1 M e anote na Tabela 2 o resultado N quando não houver
precipitado e P quando houver precipitado (de qualquer tipo, não precisa classificar o tipo de precipitado)

3. Para as outras linhas da estante, adicione:


a. 1,0 mL de (NH4)2C2O4 0,25 M a cada tubo de ensaio da linha 2
b. 1,0 mL de H2SO4 1 M a cada tubo de ensaio da linha 3
c. 1,0 mL de K2CrO4 0,01 M a cada tubo de ensaio da linha 4
Tabela 2 - Resultados experimentais (parte B).
Mg(NO3)2 Ca(NO3)2 Sr(NO3)2 Ba(NO3)2 Amostra X
Na2CO3 1M
(NH4)2C2O4 0,25 M
H2SO4 1M
K2CrO4 0,01 M
Cátion da Amostra X = ________(como todos os sais conhecidos possuem o mesmo ânion, não se pode
identificar o ânion)

Parte C - Sequência dos halogênios

1. Separe quatro tubos de ensaio e acrescente 1,0 mL de solução 0,1 M de NaCl, NaBr, NaI e amostra X (um reagente
em cada tubo, não misturar mais de um reagente em um tubo nesta etapa).
2. Adicione a cada um dos tubos, 1,0 mL de AgNO3 0,1M, observe e anote na tabela 3, os resultados obtidos.

De acordo com os resultados obtidos identifique o ânion presente na amostra desconhecida (amostra X).
3. Para cada tudo de ensaio, observe a quantidade de precipitado. A seguir, adicione a cada tubo de ensaio 1,0 mL da
solução de NH3. "AGITE BASTANTE" o tubo de ensaio e verifique a solubilidade dos precipitados em NH3. Anote
suas observações, na tabela 3:

Representar os resultados obtidos quanto a solubilidade em NH3 usando a notação:


S - Quando a solubilidade for completa (precipitado desaparecer completamente).
PS - Quando for parcialmente solúvel (quantidade de precipitado for reduzida).
I - Quando for insolúvel (quantidade de precipitado não variar).
Tabela 3 - Resultados experimentais (parte C).
Reagente Cor em presença de AgNO3 0,1M Solubilidade do precipitado em NH3
NaCl
NaBr
NaI
Amostra X

Química Geral para Engenharia 31


4. Separe outros quatro tubos de ensaio e acrescente 1,0 mL de solução 0,1 M de NaCl, NaBr, NaI e amostra X (um
reagente em cada tubo, não misturar mais de um reagente em um tubo nesta etapa).
5. Em seguida adicione 1 gota de HNO3 3M em cada tubo da etapa 4.
6. Por último adicione 1,0mL de Fe(NO3)3 0,1 M em cada tubo da etapa 4.
Anote com cuidado todas as suas observações, na tabela 4 abaixo:

Tabela 4 - Resultados experimentais (parte C).


Reagentes Cor em presença de Fe(NO3)3 0,1M
NaCl
NaBr
NaI
Amostra X
Ânion da Amostra X = ________(como todos os sais conhecidos possuem o mesmo cátion, não se pode
identificar o cátion)

Parte D - Descarte das soluções e Limpeza das vidrarias.


1. Os materiais (A, B, C, D, E) colocadas para reagir com o HCl 4M (Parte A), deverão ser descartados em recipientes
específicos ao fundo do laboratório (Bancada 6).
Exemplo: (solução HCl + material A) no recipiente para descarte A.
2. As soluções (K2CrO4 0,01 M) da parte B, deverão ser descartadas em recipiente específico ao fundo do laboratório
(Bancada 6).
3. As demais soluções (Parte B e C), poderão ser descartadas na pia.
4. Lavar as vidrarias presentes no kit do seu grupo:
• 20 tubos de ensaio.

VI – PÓS-LABORATÓRIO

1. Que substância no experimento 1 você classifica como metal e por quê? Que substâncias reagem com HCl? Qual
o gás liberado na reação? Qual a substância reage mais rapidamente?
2. Considere as solubilidades relativas dos produtos formados e com base nas tendências observadas, liste os quatro
metais alcalino-terrosos na ordem em que deveriam aparecer na T.P. Como você procederia para identificar um
sal desconhecido onde existe a suspeita da presença de Ca2+ ou Ba2+ utilizando só dois reagentes.
3. Com os dados da tabela 3 e 4, justifique a sequência da família dos halogênios na Tabela Periódica.

4. Sabendo que a amostra X é um sal composto por um halogênio e um metal alcalino-terroso, dê a fórmula do sal
correspondente à amostra X.

VII - BIBLIOGRAFIA

1) BROWN, T. L; LeMAY, Jr, H. E.; BURSTEN, B. E.; MURPHY, C. J.; WOODWARD, P. M.; STOLTZFUS,
M. W. Química a Ciência Central. 13ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.
2) CHANG, R. Química Geral: Conceitos Essenciais. 4ª ed. São Paulo, McGraw-Hill, 2006.

Química Geral para Engenharia 32


VIII – PÓS-LABORATÓRIO PARA ENTREGA

1. Que substância no experimento 1 você classifica como metal e por quê? Que substâncias reagem com HCl? Qual
o gás liberado na reação? Qual a substância reage mais rapidamente?
2. Considere as solubilidades relativas dos produtos formados e com base nas tendências observadas, liste os quatro
metais alcalino-terrosos na ordem em que deveriam aparecer na T.P. Como você procederia para identificar um
sal desconhecido onde existe a suspeita da presença de Ca2+ ou Ba2+ utilizando só dois reagentes.
3. Com os dados da tabela 3 e 4, justifique a sequência da família dos halogênios na Tabela Periódica.

4. Sabendo que a amostra X é um sal composto por um halogênio e um metal alcalino-terroso, dê a fórmula do sal
correspondente à amostra X.

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