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Daquinaho Afonso Calavete

Materiais e Equipamentos laboratoriais

Universidade Rovuma – Campus de Napipine


Nampula 2023
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Daquinaho Afonso Calavete

Trabalho cientifico do curso de


Licenciatura de Ensino de
Química 2o ano, para fim
avaliativo da cadeira de
Laboratório II sob orientado pelo
docente Porfírio Américo Nunes

Universidade Rovuma – Campus de Napipine

Nampula 2023
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Índice
Introdução ......................................................................................................................................................4
1.Objectivo .....................................................................................................................................................4
1.1.1. Objectivos gerais ..................................................................................................................................4
1.1.2. Objectivos específicos ..........................................................................................................................4
1.2. Materiais .................................................................................................................................................4
1.3. Método.....................................................................................................................................................4
2.Materiais de laboratório ..............................................................................................................................5
3. Equipamentos laboratoriais ......................................................................................................................17
4. Medidas de Volume e técnicas de uso no laboratório ..............................................................................29
4.1. Rigor das medições: Pipetas volumétricas, graduadas, Balões volumétricos, Buretas, Provetas e
incluindo o Erro de Paralaxe ........................................................................................................................33
5. Medidas de Massa e Técnicas de uso no laboratório ...............................................................................35
Conclusão .....................................................................................................................................................39
Referência bibliografica ...............................................................................................................................40
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Introdução

Um dos recursos que auxilia a construção e compreensão da química é a experimentação, uma


vez que é possível observar a prática de conceitos e conhecimentos passados como teoria.
Entretanto, para um rendimento bom e seguro em um laboratório, é necessário conhecer não só as
normas e regras de segurança, como também as vidrarias e outros equipamentos básicos.

As vidrarias são utensílios indispensáveis em um laboratório. Podem ser utilizadas para realizar
reações, solubilizar soluções, fazer medições, armazenar líquidos, entre outros. São feitas de um
vidro cristal ou temperado, pois o material não reage com a maioria das substâncias utilizadas em
laboratórios e pode ser submetido a aquecimento direto ou indireto sem quebrar. Além das
vidrarias, também são utilizados equipamentos de suporte, como pinças e tripés.

Serão apresentadas as principais vidrarias, suas funções e diferenças entre si, e também demais
equipamentos encontrados e utilizados em laboratórios.

1.Objectivo

1.1.1. Objectivos gerais


 Materiais básicos de um laboratório;
 Equipamentos de um laboratório.

1.1.2. Objectivos específicos


 Compreender dos materiais de um laboratório e suas funções;
 Medidas de volume e sua técnica de uso;
 Erro de paralaxe;
 Medidas de massa e sua técnica de uso;
 Leitura de menisco.

1.2. Materiais
 Artigos e trabalhos sobre vidrarias e suas funções encontrados na internet.

 Anotações feitas durante aula sobre o tema.

1.3. Método
 Pesquisa e síntese de conteúdo e conhecimento em forma de apresentação sobre o tema
proposto.
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2.Materiais de laboratório

Dessecador - Um dessecador é um recipiente fechado que contém um agente de


secagem chamado dessecante. A tampa é engraxada (com graxa de silicone) para
que feche de forma hermética. É utilizado para guardar substancias em ambientes
com baixo teor de umidade.

Balão de fundo redondo – Recipiente utilizado em sistemas para aquecimento sob


refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a uma rota evaporador.
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Balão de fundo chato - Utilizado como recipiente para conter líquidos ou


soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido
sobre o tripé com tela de amianto.

Balão volumétrico – Recipiente de volume de alta precisão utilizado no preparo


de soluções.
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Balão de destilação – Utilizado em destilações simples. O braço lateral é


conectado ao condensador.

Condensador - É empregado nos processos de destilação. Sua finalidade é


condensar os vapores do líquido. É refrigerado a água.
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Copo de Becker - É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre
soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer
líquidos.

Berzelius - Recipiente utilizado para reações diversas e aquecimento de líquidos.


Obs. A diferença do Becker é a altura.
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Funil de separação, Funil de bromo ou funil de decantação -Recipiente de vidro em forma de


pêra, que possui uma torneira. É utilizado para
separar líquidos imiscíveis. Deixa-se decantar a mistura; a seguir abre-se a torneira
deixando escoar a fase mais densa.

Kitassato - Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a vácuo.


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Erlenmeyer - Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver


substâncias e proceder a reações entre soluções. Seu diferencial em relação ao
béquer é que este permite agitação manual, devido ao seu afunilamento, sem que
haja risco de perda do material agitado.

Bureta - Aparelho utilizado em análises volumétricas. Apresenta tubo de parede


uniforme para assegurar a tolerância estipulada com exatidão e gravação permanente
em linhas bem delineadas a fim de facilitar a leitura de volume escoado. Muito
utilizado em titulometria em conjunto com Erlenmeyer.
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Cristalizador – São de vidro, possuem grande superfície que faz com que o
solvente evapore com maior rapidez.

Pipeta graduada - Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes


variáveis. para medir e transferir volumes variáveis de líquidos ou soluções, sem
muita precisão.

Pompete ou pró-pipeta
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Pipeta volumétrica - Usada para medir e transferir volume de líquidos, com grande
precisão de medida.

Pipeta graduada e volumétrica

Proveta ou cilindro graduado - Serve para medir e transferir volumes


variáveis de líquidos.
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Almofariz com pistilo - Usado na trituração e pulverização de sólidos.

Cadinho - Peça utilizada para aquecimento de substâncias a elevadas temperaturas.


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Capsula de porcelana - Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das


soluções para a sua concentração e na secagem de substâncias.

Funil – Utilizado para filtrações simples

Vidro de relógio - Usado para pesar pequeno quantidades de substâncias, para


evaporar pequenas quantidades de soluções e para cobrir béqueres e outros
recipientes.
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Cálice- Utilizado em exames parasitológicos ou medir volumes, sem precisão.

Funil de Büchner- Utilizado em filtrações a vácuo em conjunto com o Kitassato.


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Tubo de ensaio - Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente


em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com
cuidado diretamente sob a chama do bico de bunsen.
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3. Equipamentos laboratoriais

Bico de Bunsen– Fonte de aquecimento em laboratório de materiais não inflamáveis.


Pode ser substituído pelas mantas e chapas de aquecimento.

Estante para tubo de ensaio - É usada para suporte dos tubos de ensaio.
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Garra – Servem para a montagem e a sustentação dos aparelhos de laboratório.

Mufa – Servem também para a montagem e a sustentação dos aparelhos de


laboratório.

Mufa com garra


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Pinça - Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.

Anel ou argola - Usado como suporte do funil na filtração. Usado como suporte para funil de
vidro ou tela metálica.

Suporte universal - Um tipo de suporte que sustenta todos os tipos de materiais de laboratório
composto por uma placa de ferro, e uma barra de ferro onde se colocam garras, prendedores e
argolas para segurar os equipamentos.
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Pinça metálica (Tenaz) - Usada para manipular objetos aquecidos.

Triangulo de porcelana - Serve de suporte para cadinhos, quando aquecido


diretamente na chama de gás.
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Pisseta ou frasco lavador - Usada para lavagens de materiais ou recipientes


através de jatos de água, álcool ou outros solventes.

Trompa de vácuo - aproveita-se de uma corrente de água para aspirar o ar, por
uma abertura lateral; é usada para as "filtrações a vácuo".
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Tela de amianto - Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto


é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen. Atualmente está
sendo proibida sua comercialização, por ser o amianto cancerígeno.

Manta aquecedora – Equipamento de fonte de calor usado juntamente com um balão de fundo
redondo.
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Tripe - serve como apoio para a tela de amianto e para equipamentos que são
colocados sobre ela.

Espátulas e colheres – Usada para transferir substâncias sólidas, especialmente


em pesagens. Pode ser fabricada em aço inoxidável, porcelana e plástico.
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Pera pipetadora ou Pera de sucção - Destinada ao enchimento e


esvaziamento de pipetas, em que uma das válvulas serve para esvaziar o bolbo de ar,
outra serve para aspirar o líquido e a última para esvaziar a pipeta.

Estufa - Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou secagem de substâncias


sólidas, secagem de vidrarias e evaporações lentas de líquidos.
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Balança analítica - Para a medida de massa de sólidos e líquidos não voláteis


com grande precisão.

Autoclave - Aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor húmido sob
pressão.
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Destilador - Aparelho destilador de água destinado a aplicações mais rigorosas


na área de bioquímica, química analítica.

Deionizador- Aparelho próprio para obter a água desmineralizada ou deionizada


de alta pureza, remove os sais minerais produzindo água quimicamente pura com
condutividade equivalente à da água destilada. Tem sua aplicação a fabricação de
cosméticos, água para bateria, etc. Este modelo se fundamenta no principio de leito
misto, ou seja, as resinas de intercambio iônico (catiónica/aniónica) estão no mesmo
leito ou coluna.
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Mufla – É um tipo de forno elétrico para altas temperaturas usadas em laboratórios


de química. Consiste basicamente de uma câmara metálica com revestimento interno
feito de material refractário e equipada com resistências capazes de elevar a
temperatura interior a valores acima de 1000°C. Utilizado principalmente nos
processos de calcinações (É o processo de aquecer uma substância a altas
temperaturas, sem, contudo, atingir seu ponto de fusão, de forma a conseguir sua
decomposição química e consequente eliminação dos produtos voláteis.

Centrifuga - É um aparelho que acelera o processo de decantação. Devido ao


movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por inércia, são arremessadas
para o fundo do tubo.
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Capela - Local fechado, dotado de um exaustor onde se realizam as reações que


liberam gases tóxicos num laboratório.

Banho Maria - É um dispositivo que permite aquecer substâncias de forma


indireta que não podem ser expostas a fogo direto.
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Alça de platina – A alça de platina é um instrumento essencial no laboratório de


microbiologia. Ela é utilizada para fazer a transferência de culturas bacterianas e
fúngicas, de um meio para outro, em diferentes técnicas de semeadura.

4. Medidas de Volume e técnicas de uso no laboratório

A medição volumétrica de líquidos é uma operação de rotina no laboratório. Balões volumétricos,


pipetas volumétricas, pipetas graduadas, provetas e buretas são
instrumentos volumétricos de uso comum nos laboratórios.

Os instrumentos volumétricos tais como balões volumétricos, pipetas, buretas e


provetas podem ser de dois tipos: classe A ou classe B. A diferença entre ambos os
tipos, reside no erro de exatidão máximo que lhes esta associado e que e designado
por tolerância.
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Balões volumétricos: os balões volumétricos são balões de fundo chato e gargalo comprido,
calibrados para conter determinados volumes líquidos (Figura).
Os balões volumétricos são providos de rolhas esmerilhadas de
vidro ou de polietileno. O traço de referência marcando o volume
pelo qual o balão volumétrico foi calibrado é gravado sobre a
meia-altura do gargalo (bulbo). A distância entre o traço de
referência e a boca do gargalo deve ser
relativamente grande para permitir a fácil agitação do líquido (a
solução deve ser bem homogeneizada), depois de ser completado
o volume até a marca. O traço de referência é gravado sob a forma
de uma linha circular, tal que, por ocasião da observação, o plano Figura Balão volumétrico
tangente à superfície inferior do menisco tem que coincidir com
o plano do círculo de referência. Os balões volumétricos são construídos para conter volumes
diversos; os mais usados são os de 50, 100, 200, 500, 1000, 2000 mL.

Os balões volumétricos são especialmente usados na preparação de soluções de concentração


conhecida. Para se preparar uma solução em um balão volumétrico, transfere- se, para ele, o
soluto ou a solução a ser diluída. Adiciona-se, a seguir, solvente até cerca de 3/4 da capacidade
total do balão. Misturam-se os componentes e deixa-se em repouso até atingir a temperatura
ambiente, tendo-se o cuidado de não segurar o balão pelo bulbo. Adiciona-se solvente até
“acertar o menisco”, isto é, até o nível do líquido coincidir com a marca no gargalo. As últimas
porções do solvente devem ser adicionadas com um conta-gotas, lentamente, e não devem ficar
gotas presas no gargalo. O ajustamento do menisco ao traço de referência deverá ser feito com a
maior precisão possível. Fecha-se bem o balão e vira-se de cabeça para baixo, várias vezes,
agitando-o, para homogeneizar o seu conteúdo.

As pipetas volumétricas são constituídas por um tubo de vidro com um bulbo na parte central. O
traço de referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. A extremidade inferior é afilada e
o orifício deve ser ajustado de modo que o escoamento não se processe rápido demais, o que faria
com que pequenas diferenças de tempo de escoamento ocasionassem erros apreciáveis. As
pipetas volumétricas são construídas com as capacidades de 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200 mL,
sendo de uso mais frequente as de 25 e 50 mL.
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a) Pipetas graduadas (A) ou cilíndricas que servem para escoar volumes variáveis de líquidos;
b) Pipetas volumétricas (B) ou de transferência, construídas para
dar escoamento a um determinado volume.

- As pipetas graduadas consistem de um tubo de vidro estreito, geralmente graduado em 0,1mL.


São usadas para medir pequenos volumes líquidos. Encontram pouca aplicação sempre que se
quer medir volumes líquidos com elevada precisão. Têm a vantagem de poder medir volumes
variáveis. Para se encher uma pipeta, coloca-se a sua ponta no líquido e faz-se a sucção com a
pêra de sucção (evitar usar a boca para pipetagem em laboratórios). Deve-se ter o cuidado em
manter a ponta da pipeta sempre abaixo do nível da solução do líquido. Caso contrário, ao se
fazer a sucção o líquido alcança a pêra de sucção ou a boca. A sucção deve ser feita até o líquido
ultrapassar o traço de referência. Feito isto, tapa-se a pipeta com o dedo indicador (ligeiramente
húmido), caso não se esteja usando a pêra de sucção, e deixa-se escoar o líquido lentamente até o
traço de referência (zero). O ajustamento deve ser feito de maneira a evitar erros de paralaxe.

Os líquidos que desprendem vapores tóxicos e os líquidos corrosivos devem sempre ser
introduzidos na pipeta através de pêras de sucção. Para escoar os líquidos, deve-se colocar a
pipeta na posição vertical, com a ponta encostada na parede do recipiente que vai receber o
líquido; caso esteja usando a boca na pipetagem (técnica desaconselhável), levanta-se o dedo
indicador até que o líquido escoe. Pipetas totalmente. Esperam-se 15 ou 20 segundos e retira-se a
gota aderida à ponta da pipeta, encostando-a à parede do recipiente.

i). Pipetas com escoamento total: contêm duas faixas na parte superior, indicando que as pipetas
são calibradas para assoprando-se até a última gota libertar sua capacidade total.
ii). Pipetas com esgotamento parcial: contêm na parte superior uma faixa estreita que as
diferencia das pipetas de escoamento total. Não precisa ser assoprada.
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Figura A Pipeta graduada Figura B Pipeta volumétrica

Buretas

As buretas servem para dar escoamento a volumes variáveis de líquidos. São constituídas de
tubos de vidro uniformemente calibrados,
graduados em 1mL e 0,1 mL. São providas de dispositivos,
torneiras de vidro ou polietileno entre o tubo graduado e
sua ponta afilada, que permitem o fácil controle de
escoamento.
- As buretas podem ser dispostas em suportes
universais contendo mufas (Figura);
- As buretas de uso mais constante são as de 50 mL,
graduadas em décimos de mL; também são muito usadas as
de 25 mL;
Figura: Buretas
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- Nos trabalhos de escala semimicro, são frequentemente usadas as buretas de 5 e 10 mL,


graduadas em 0,01 ou 0,02mL;
· Para o uso com soluções que possam sofrer o efeito da luz, são recomendadas buretas de vidro
castanho;
· As torneiras das buretas, quando forem de vidro, devem ser levemente lubrificadas para que
possam ser manipuladas com mais facilidade. Serve para este fim uma mistura de partes iguais de
vaselina e cera de abelhas; misturas especiais são encontradas no comércio.

4.1. Rigor das medições: Pipetas volumétricas, graduadas, Balões volumétricos, Buretas,
Provetas e incluindo o Erro de Paralaxe

Aparelhos volumétricos: A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos


com elevada precisão. Para efetuar tais medidas, são empregados vários tipos de aparelhos, que
podem ser classificados em duas categorias:

a) Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes;


b) Aparelhos calibrados para conter um volume líquido.
Na classe a estão contidas as pipetas e as buretas e, na classe b,
estão incluídos os balões volumétricos.
A medida de volumes líquidos com qualquer dos referidos aparelhos
está sujeita a uma série de erros devido às seguintes causas:
a) Ação da tensão superficial sobre as superfícies líquidas;
b) Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura;
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos;
d) Erros de paralaxe.
A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte
inferior e a de líquidos escuros, pela parte superior, para que sejam evitados os erros de paralaxe.

Menisco: descreve a curvatura da superfície do liquido que pode curvar para cima (convexo) ou para
baixo (concavo) em função da interacção das forcas de coesão e de adesão. Para ajustar o menisco sem
erro de paralaxe, o instrumento volumétrico deve ser mantido na posição vertical e os olhos do observador
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deve estar na mesma altura do menisco. Nesta posição a marca anelar e visualizada como uma linha. No
caso de um menisco concavo, o volume deve ser lido no ponto mais baixo do nível do liquido que deve
tocar a borda superior da marca de graduação. No menisco convexo será a situação
oposta.
As soluções aquosas dão origem a meniscos côncavos (forcas de adesão ao vidro superiores
as de coesão no seio do liquido). Menisco concavo de uma pipeta graduada

Figure: Menisco convexo


NB: O erro de paralaxe ocorre quando a medida do comprimento de um objeto é maior ou menor
do que o comprimento real, porque o olho está posicionado em um ângulo com as marcações de
medição. O erro de paralaxe é causado principalmente pela visualização do objeto em um ângulo
oblíquo em relação à escala, o que faz com que o objeto pareça estar em uma posição diferente na
escala.
Coloque o dispositivo de medição em sua borda para que fique nível com o objeto sendo medido.
Se a marcação de medição estiver acima ou abaixo do objeto, ele aumentará qualquer erro de
paralaxe causado por sua linha de visão em um ângulo em relação à marcação.
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5. Medidas de Massa e Técnicas de uso no laboratório

Quase toda análise química envolve uma operação de pesagem. A balança analítica é uma
alavanca de primeira classe que compara massa, sendo de pouca utilidade se não apresentar boa
sensibilidade e precisão.

Existem duas classes de balanças, mecânicas e eletrónicas. Actualmente, as balanças mais


comuns nos laboratórios são as balanças eletrónicas que usam um eletroíman para pesar uma
carga no prato da balança. São classificadas em quatro grupos: balanças ultramicroanalíticas,
microanalíticas, semimicroanalíticas e macroanalíticas consoante o seu rigor de medição. O
grau de exatidão e/ou reprodutibilidade que e necessario satisfazer numa pesagem depende da sua
finalidade.

Balanças semi e macroanalíticas (geralmente designadas por balança de precisão e balança técnica):
Instrumentos calibrados para medições menos rigorosas com precisão de ±0,01 g e 0,1 g. Apresentam uma
capacidade variável, que pode ser de ≈1000 g.

Balança microanalítica (geralmente designada simplesmente por balança analítica): Instrumento


calibrado para fazer medicoes muito rigorosas, com precisão mínima de ±0,0001 g. Tem uma capacidade
que pode variar de 50 g a 200 g.

Ilustrando as figuras abaixo das duas balanças destacadas acima.


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Figura: Balança semimicro analítica Figura: Balança micro analítica

As balanças possuem pés ajustáveis e bolhas de nível que permitem que se mantenha
a balança numa posição nivelada.

Balança Ultra Micro Analítica com carga máxima de 2,1 g e resolução de 0,1 μg. Para pesagem
de filtros de 37 e 25mm para atender NIOSH 0600 e similares.

Características:
• Célula de carga por compensação de força eletromagnética tipo Monolítica, em sua 3a geração
apresenta resultados mais rápidos e estáveis.
• Estrutura em liga metálica com partes externas em polímero de alta resistência química e
mecânica.
• Sistema de ajuste automático e motorizado que pode ser programado por tempo e variação de
temperatura.
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• Filtros para adaptação as condições ambientais.


• Idiomas: Português, Inglês Americano
• Sistema de compensação de leituras que reduz erros de excentricidade. O prato de pesagem é
confeccionado em TITANIO material de alta resistência química e mecânica que dificulta a ação
corrosiva de agentes químicos e também proporciona uma estabilidade maior com relação a ação
de carga eletrostática de alguns materiais a serem pesados. (Disponível nos
modelos de precisão de 0,01 mg, 0,001 mg e 0,0001 mg). Que mostra a figura abaixo:

Figure: Balança Ultra micro analítica

Cuidados gerais de balanças no laboratório

O manejo de qualquer balança requer cuidados especiais por ser um instrumento de alto custo e
de grande sensibilidade, por isso:

a) Não remova os pratos, nem os troque com os de outra balança. Mantenha a balança no seu
lugar;
b) Não coloque na balança nenhuma substância que não esteja à temperatura ambiente;
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c) Mantenha a balança em local onde a vibração, mudanças bruscas de temperatura ou de


umidade e movimento do ar sejam mínimos;
d) Conserve a balança sempre limpa, retirando qualquer respingo, partículas ou poeira de seus
pratos com uma escova especial;
e) Nunca coloque qualquer objeto diretamente sobre a balança. Líquidos e sólidos, em pó ou
granulado, devem ser mantidos em algum recipiente seco, previamente pesado (tarado) e à
temperatura ambiente. Se, durante a pesagem, o material for passível de interagir com
a atmosfera (evaporação, oxidação, absorção de umidade), o frasco
deve ser fechado. Para sólidos que não requeiram proteção da atmosfera e que sejam inertes, a
pesagem é feita colocando-se sobre os pratos uma folha de papel adequado;
f) Toda transferência de substância e/ou de pesos deve ser feita somente quando os pratos estivem
travados;
g) Execute todas as operações com movimentos suaves e cuidadosos;
h) Use pinças e espátulas; nunca use os dedos para manusear os objetos e substâncias que estão
sendo pesadas;
i) Ao terminar seu trabalho, remova todos os pesos e objetos da balança. Mantenha-a coberta ou
fechada. No caso de balanças elétricas, tenha a certeza de que ela esteja desligada.
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Conclusão

O estudo sobre o tema tinha como objetivo conhecer as vidrarias e outros equipamentos básicos
encontrados e utilizados em laboratórios químicos. Com a realização deste trabalho, foi possível
constatar que há uma vasta variedade de materiais encontrados e utilizados em experimentos e
trabalhos laboratoriais. Entre as vidrarias, existem algumas mais precisas e exatas do que outras,
e isso deve-se ao seu formato e como são projetadas. Juntamente às vidrarias encontra-se diversos
equipamentos, que auxiliam no seu manuseio e na realização de experimentos. Logo, para uma
boa experiência e bons resultados, é indispensável o conhecimento não só das normas de
segurança, como também dos equipamentos utilizados e suas respectivas funções.
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Referência bibliografica

MALM. L. E. Manual de laboratório para química - uma ciência experimental. 4 ed. Lisboa: Ed.
Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. SILVA. R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R. C.,
Introdução à química experimental. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1990.

GIESBRECHT, E. et al. Experiências de Química, técnicas e conceitos básicos: PEQ Projetos


de Ensino de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo: 1979.

Guia básico – como trabalhar com instrumentos volumétricos. Informação. Medicoes


volumetricas, https://www.brand.de/brand/contentserv_data/Context/BRAND
%20GMBH %20 %2B %20CO %20KG/Dokumente/Produkte/Broschuere/volumetric_
measurement_EN.pdf (Acedido em abril de 2023).

Alcinda Maria da Costa Anacleto, Temperatura e sua medição, Dissertação apresentada


na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto para obtenção do grau de
Mestre em Física para o Ensino, 2007.

Como evitar o erro de paralaxe, https://www.pt.scienceaq.com (Acedido em abril de 2023)

Materiais de Laboratório, Química, publicado em https://www.infoescola.com/quimica/material-


de-laboratorio (Acedido em abril de 2023)

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