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1a Lista de Exercícios (Parte A) – Química Geral

Modelos Atômicos Clássicos (Dalton, Thomson e Rutherford)

1. (Russel 2006) – Compare os modelos atômicos de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr.


Resposta: O átomo de Dalton é uma esfera rígida, indivisível, com as dimensões do raio atômico, sem carga (e,
portanto, sem a noção de número atômico), e cuja característica principal de diferenciação entre os elementos
seria a massa atômica;
A diferença do átomo de Dalton, o modelo de Thomson descreve um átomo não mais indivisível, mas sendo
formado por uma massa esférica de carga positiva contendo praticamente toda massa do átomo e dentro da qual
se encontram pequenas partículas de carga negativa e pouca massa denominadas elétrons. Neste modelo já faz
sentido falar de número atômico, como sendo a carga total do átomo sem os elétrons.
No modelo de Rutherford passa-se a ter a noção de um núcleo muito pequeno e denso, onde estaria quase toda a
massa do átomo e que possui carga positiva (posteriormente associada aos prótons e ao número atômico). Ao
redor deste núcleo orbitariam os elétrons, cuja distância máxima do núcleo determinariam o raio atômico. Este
átomo é caracterizado por ser quase vazio.
Por fim, o modelo de Bohr é semelhante ao de Rutherford, mas acrescenta o conceito de quantização das
energias das órbitas dos elétrons, de forma que eles não espiralem rapidamente em direção ao núcleo e
explicando os fenômenos dos espectros de linhas e do efeito foto-elétrico.

2. (Russel 2006) – Descreva o modelo de Thomson e mostre como este foi inconsistente com os
resultados dos experimentos de Rutherford?
Resposta: O átomo do modelo de Thomson, conhecido como ‘pudim de ameixas’ pode ser descrito como uma
massa fluídica de carga positiva (e quase toda massa do átomo) incrustada com elétrons (muito pequenos se
comparado ao átomo e de carga negativa). Considerando este modelo, a maior parte das partículas alfa
utilizadas nos experimentos de Rutherford deveriam sofrer algum desvio, o que não ocorreu.

3. (Brady 2005) – Por que Rutherford concluiu que a carga positiva deve estar concentrada em um
núcleo muito denso dentro do átomo?
Resposta: Durante seus experimentos com partículas alfa, Rutherford observou que a maior parte destas
partículas cruzava a folha de ouro sem sofrer qualquer desvio, indicando que aquele material é constituído em
maior parte de espaço vazio. Algumas partículas, entretanto, sofreram desvios, sendo que algumas de maneira
acentuada. Considerando as proporções de partículas alfa desviadas e não desviadas, e o grau de desvio das
primeiras, ele concluiu o átomo deveria ser, em maior parte, vazio. Assim, quase toda a massa atômica, bem
como a carga positiva do átomo, localizada em um núcleo muito pequeno em relação ao volume total do átomo.

4. (Russel 2006) – Compare as características das três partículas subatômicas: Próton, Nêutron e
Elétron.
Resposta: Prótons – massa 1,007276 u (~1,673x10-27 kg), carga +1 e (1,602 x10-19 C)
Neutron – massa 1,008665 u (~1,675x10-27 kg, similar à do próton), carga 0
Elétron – massa 0,000549 u (~9,11x10-31 kg, muito menor que a do próton),
carga -1 e (-1,602 x10-19 C, valor igual ao do próton, mas com sinal invertido)

5. (Russel 2006) – Dê o número de prótons e nêutrons que estão presentes nos núcleos dos seguintes
átomos: 14C, 14N, 15N, 179Ta, 137Cs, 233U.
Resposta: 14C (6 prótons e 8 nêutrons), 14N (7 prótons e 7 nêutrons), 15N (7 prótons e 8 nêutrons), 179
Ta (6
prótons e 8 nêutrons), 137Cs (55 prótons e 82 nêutrons), 233U (92 prótons e 141 nêutrons)
6. Quais as limitações do modelo de Rutherford?
Resposta: No modelo de Rutherford para os átomos, a carga positiva e a massa atômica estariam concentradas
no núcleo, e os elétrons orbitariam ao redor deste. Entretanto, ele não é capaz de explicar o porquê dos elétrons
se manterem em órbita fixa ao redor do núcleo, sem espiralar em direção a este. Ele também não é capaz de
explicar a existência dos espectros de linhas dos elementos.

Modelo de Bohr e Teoria Quântica

7. (Russel 2006) – Nos termos do átomo de Bohr, por que os elétrons não se movem em espiral para
dentro do núcleo?
Resposta: Pelo o modelo de Bohr, elétrons ligados a um átomo somente podem existir em órbitas com energia
quantizada, não perdendo energia de forma contínua ao orbitar uma carga positiva porque tal perda seria
gradual. Ele só poderia mergulhar em direção ao núcleo se ele perdesse de uma só vez toda a diferença de
energia potencial entre sua órbita e o núcleo, o que não ocorre.

8. (Atkins 2012) – Qual é o comprimento de onda utilizado por uma rádio que transmite em 98,4 MHz?
Resposta: 3,05 m

9. (Russel 2006) – Como a existência dos espectros de linhas favorece o modelo atômico de Bohr?
Resposta: Como, segundo o modelo de Bohr, os elétrons em um átomo somente podem alterar suas órbitas de
forma quantizada, eles somente podem liberar ou absorver energia de forma também quantizada, com
frequências bem definidas. Assim, a existência dos espectros de linha está de acordo com o modelo proposto
por Bohr.

10. (Atkins 2012) – Arranje, em ordem crescente de energia, os seguintes tipos de fótons de radiação
eletromagnética: raios gama, luz visível, ultravioleta, micro-ondas, raios X, radiofrequência,
infravermelho.
Resposta: Radiofrequência < Micro-ondas < Infravermelho < Luz Visível < Ultravioleta
< Raios-X < Raios Gama

11. (Atkins 2012) – Resolva o que se pede:


a. Use a fórmula de Rydberg para o átomo de hidrogênio e calcule o comprimento de onda da
radiação liberada quando um elétron sofre transição entre n = 4 e n = 2.
Resposta: 486 nm

b. Em qual região do espectro essa transição é observada. Se a transição ocorrer na região


visível do espectro, que cor será emitida?
Resposta: Visível; Azul.

12. (Chang 2007) – Cientistas descobriram átomos de hidrogênio interestelar com elétrons em níveis de
energia na ordem de centenas. Calcule o comprimento de onda da luz emitida quando um destes
átomos de hidrogênio sofre uma transição de n = 236 para n = 235. Em que região do espectro
eletromagnético localiza-se esta radiação?
Resposta: 0,595 m; radiofrequência.

13. (Atkins 2012) – A temperatura do ferro derretido pode ser estimada pela lei de Wien. Se o ponto de
fusão do ferro é 1540 °C, qual será o comprimento de onda (em nanômetros) que corresponde à
intensidade de máxima radiação quando uma peça de ferro funde?
Resposta: 1599 nm
14. (Atkins2012) – Um astrônomo descobre uma nova estrela vermelha e deduz que sua intensidade
máxima de emissão ocorre em  = 572 nm. Qual a temperatura da superfície da estrela?
Resposta: 5070 K (4797 °C)

15. (Atkins 2012) – Qual energia de um fóton de luz amarela de comprimento de onda de 577 nm. Qual a
energia total de 1 mol deste fótons?
Resposta: 3,47x10-19 J; 209,136 kJ

16. (Atkins 2012) – Uma lâmpada funcionando a 32 W (1 W = 1 J s-1) emite luz violeta de comprimento
de onda 420 nm. Quantos fótons de luz violeta pode a lâmpada gerar em 2 s?
Resposta: 1,35x1020 fótons (2,25x10-4 mol de fótons)

17. (Atkins 2012) – A velocidade de um elétron emitido pela superfície de uma amostra de zinco
metálico por um fóton é 785 km s-1.
a. Qual a energia cinética do elétron ejetado?
Resposta: 2,807 x10-22 J

b. A função de trabalho do zinco é 3,63 eV. Qual é o comprimento de onda da radiação que
provocou a foto-ejeção do elétron?
Resposta: 341,4 nm

18. (Chang 2007) – Os prótons podem ser acelerados a velocidades próximas à da luz em aceleradores
de partículas. Estime o comprimento de onda (em nm) de um próton se movendo a 2,90 x108 m s-1
(cerca de 0,967 c). (Dado: massa do próton = 1,673 x10-27 kg).
Resposta: 1,366x10-6 nm (1,366 fm)

19. (Atkins 2012) – Qual a velocidade de um nêutron de comprimento de onda 100 pm?
Resposta: 3,956x103 m s-1

20. (Russel 2006) – Se todas as partículas possuem características ondulatórias, por que não observamos
a difração em balas de revolver ou bolas de beisebol?
Resposta: Porque para objetos macroscópicos, com massas na ordem de gramas, e velocidades baixas (muito
menores que a velocidade da luz), seus comprimentos de onda são extremamente pequenos, da ordem do
comprimento de Planck (10-35 m), sendo o comportamento ondulatório impossível de ser observado.

21. (Atkins 2012) – Qual a incerteza mínima na velocidade de um elétron confinado em um átomo de
chumbo (raio = 0,175 nm)?
Resposta: 1,65x105 m s-1

22. (Brady 2005) – Usando a equação de Rydeberg para energia de um nível, calcule a energia de
ionização a espécie hidrogenóide Li2+?
Resposta: -1,962x10-17 J

23. Qual o comprimento de onda da radiação que deve ser absorvida pela espécie hidrogenóide He + para
que um elétron seja excitado do nível fundamental para o nível n = 3?
Resposta: 25,6 nm (na região dos Raios-X)

24. (Chang 2007) – Qual é o significado físico da função de onda da equação de Schrödinger?
Resposta: A função de onda de Schrödinger () para uma partícula não possui significado físico direto,
entretanto, seu quadrado (2) é proporcional à probabilidade de se encontrar a partícula em determinada região
do espaço.
Orbitais e Distribuição Eletrônica

25. (Brady 2005) – Qual a diferença entre uma órbita de Bohr e um orbital? De que forma o Princípio da
Incerteza de Heisenberg esta relacionado com esta diferença?
Resposta: No modelo de Bohr os elétrons giram ao redor do núcleo em orbitas análogas às orbitas dos planetas
ao redor de uma estrela, com a diferença que tais elétrons possuem energia quantizada, de maneira que não
perdem energia ao orbitar o núcleo. Neste modelo a posição e a velocidade do elétron podem ser determinadas
(com base em sua energia e distância do núcleo). No caso dos orbitais, a localização do elétron não pode ser
feita. Trata-se de uma região do espaço onde é mais provável encontrar determinado elétron, mas sem definir
sua posição e/ou trajetória específica em determinado momento. A diferença entre orbita e orbital deriva
diretamente o Princípio da Incerteza de Heisenberg, que estipula haver um erro intrínseco na determinação da
posição e do momento linear de um objeto.

26. (Atkins 2007) – Descreva (e desenhe) as orientações dos orbitais px, py e pz, em relação aos eixos
cartesianos.
Resposta: Os orbitais p possuem formato de alteres, com um nó entre duas regiões de maior probabilidade de
encontrar o elétron. Os três orbitais p de um subnível (p x, py e pz) diferenciam-se conforme sua orientação,
sendo cada um paralelo a um dos eixos do plano cartesiano (e, portanto, perpendiculares entre si).

27. (Brady 2005) – Quais as diferenças entre os orbitais 1s e 2s? E quais as semelhanças?
Resposta: Ambos orbitais 1s e 2s são esféricos, sendo o 2s maior e de maior energia que o 1s. O orbital 1s não
possui nós, mas o 2s possui um nó radial.

28. (Brady 2005) – O que é um nó?


Resposta: É um ponto, plano ou superfície onde a função de onda da partícula é nula, ou seja, onde a
probabilidade de encontrar tal partícula é zero.

29. (Atkins 2012) – Quantas subcamadas (subníveis) existem para o número quântico principal n = 5?
Identifique os subníveis (como 5s, etc..). Quantos orbitais existem na camada (nível) com n = 5?
Resposta: Para n = 5 temos l = n-1 = 0, 1, 2, 3 e 4, ou seja, temos 5 subníveis, sendo eles 5s, 5p, 5d, 5f, 5g. O
número total de orbitais é dado por 1 (para 5s) + 3 (para 5p) + 5 (para 5d) + 7 (para 5f)
+ 9 (para 5g) = 25 orbitais.

30. (Atkins 2012) – Quais os valores que os números quânticos do momento angular (l) e magnético (ml)
que um nível pode adotar se o número quântico principal (n) for 6?
Resposta: para n = 6, l (=n-1) = 0, 1, 2, 3, 4, 5; e ml = 0, ±1, ±2, ±3, ±4 e ±5 (considerando l = 5).

31. (Atkins 2012) – Quantos elétrons, no total, podem ocupar os seguintes orbitais: 4p, 3d, 1s, 5f, 2dxy?
Resposta: 6 elétrons no 4p (2 em cada orbital 4p – 4px, 4py e 4pz); 10 elétrons no 3d (2 em cada orbital 3d –
3dxy, 3dxz, 3dyz, 3dx2-y2, 3dz2); 2 elétrons no 1s; 14 elétrons no 5f (2 em cada orbital 5f – 5fy3-3yx2, 5f5yz2-yr2, 5f5xz2-
3xr2, 5fx3-3xy2, 5fzx2-zy2, 5fxyz, 5f5z3-3zr2); não existe orbital 2dxy (para n = 2, l = 0, 1, ou seja, apenas orbitais s e p),
mas se existisse comportaria apenas 2 elétrons.
32. Quais as diferenças e similaridades entre os orbitais de um átomo hidrogênóide e um átomo
multieletrônico quanto a forma, tamanho e energia?
Resposta: A forma do orbital é dada apenas pelo número quântico azumutal, sendo, portanto, iguais tanto em
átomos hidrogênóides quanto multieletrônicos. O tamanho é dado apenas pelo número quântico principal, de
maneira que será o mesmo em átomos com apenas um ou com vários elétrons, desde que com mesmo número
atômico. Já a energia do orbital em átomos hidrogênóides é dada apenas pelo número quântico principal (n),
sendo que todos os subníveis de um mesmo nível possuem a mesma energia, mas para átomos multieletrônicos
a energia depende, também, do número quântico do momento angular orbital (l), de modo que cada subnível de
um nível possui energia diferente dos demais.

33. (Chang 2007) – Quais dos seguintes números quânticos (n, l, ml e ms) determinam (a) a energia de
um elétron em um átomo de hidrogênio, (a) a energia de um elétrons em um átomo multi-eletrônico,
(c) o tamanho de um orbital, (d) a orientação de um orbital no espaço, (e) o número máximo de
elétrons em um dado orbital?
Resposta: (a) n; (b) n e l; (c) n; (d) ml; (e) ms.

34. (Chang 2007) – Por que os orbitais 3s, 3p e 3d possuem a mesma energia em um átomo de
hidrogênio mas diferentes energias em átomos polieletrônicos?
Resposta: para o átomo de hidrogênio a resolução da equação de Schrödinger para a energia dos orbitais depende
apenas do potencial coulombiano entre núcleo e o único elétron, de forma que a energia depende apenas da distância
núcleo-elétron que, por sua vez, depende apenas no número quântico principal (n). Para átomos multieletrônicos o
potencial depende não apenas da distância de cada elétron para o núcleo (ou seja, o n de cada elétron), mas também
da distancia entre ambos os elétrons. Sendo a posição de um elétron em relação a outro dependente dos ângulos  e ,
a repulsão passa a depender também do momento angular de cada elétron, ou seja, do número quântico do momento
angular orbital (l), o qual é diferente em cada um dos subníveis 3s (l=0), 3p (l=1) e 3d (l=2).

35. Escreva as configurações eletrônicas, no estado fundamentos, das seguintes espécies: (a) C, (b) P, (c)
Ti, (d) Fe2+, (e) O2-, (f) Sm, (g) Os, (h) Ca2+, (i) Ar, (j) S2-
Resposta: (a) 1s2, 2s2, 2p2 ou [He] 2s2, 2p2; (b) [Ne] 3s2, 3p3; (c) [Ar] 4s2, 3d2; (d) [Ar] 4s0, 3d6;
(e) [He] 2s2, 2p6 ou [Ar]; (f) [Xe] 6s2, 4f6; (g) [Xe] 6s2, 4f14, 5d7; (h) 1s2, 2s2, 2p6 ou [Ar];
(i) 1s2, 2s2, 2p6; (j) [Ne] 3s2, 3p6 ou [Ar].
36. (Russel 2006) – Desenhe um diagrama de orbital para os três primeiros elementos do exercício
anterior. Para o item c, desenhe também o diagrama de níveis de energia.

Resposta: (a) (b)

(c)
37. (Atkins 2007) – Determine se as seguintes configurações eletrônicas representam o estado
fundamento ou um estado excitado do átomo em questão:

Resposta: a, b e c = estados excitados; d = estado fundamental

38. (Atkins 2012) – Dentre os conjuntos de números quânticos (n, l, ml, ms), identifique os que são
proibidos para um elétron em um átomo e explique porque:
a. (4, 2, -1, +½)
b. (5, 0, -1, +½)
c. (4, 4, -1, +½)
Resposta: (a) permitido; (b) proibido (para l = 0, ml somente pode ser 0);
(c) proibido (para n = 4, l deve ser 0, 1, 2 ou 3 [n-1], não podendo, portanto, apresentar valor 4.

39. (Russel 2006) – Considerando que cada elétron desemparelhado contribui com +½ para o spin total
de um átomo, qual o spin eletrônico total para cada um dos seguintes átomos: Na, Si, Co, Se, Rb, Fe.
Resposta: Si = +1; Co = +1,5; Se =+1; Rb = +0,5; Fe = +2; Ca = +0
40. Utilizando as regras de Slater, calcule a carga nuclear efetiva sentida pelos elétrons 1s, 4s, 5s, 3p e 3d
em um átomo de rubídio (Z = 37). Calcule a energia de ionização do elétron de valência deste
elemento.
Resposta: Rb: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s1  (1s2), (2s2, 2p6), (3s2, 3p6), (3d10), (4s2, 4p6), (5s1)
Zef(1s) = 37 – [(1 x 0,30)] = 36,70;
Zef(4s) = 37 – [(7 x 0,35) + (18 x 0,85) + (10 x 1,00)] = 9,25;
Zef(5s) = 37 – [(0 x 0,35) + (8 x 0,85) + (28 x 1,00)] = 2,20;
Zef(3p) = 37 – [(7 x 0,35) + (8 x 0,85) + (2 x 1,00)] = 25,75;
Zef(3d) = 37 – [(9 x 0,35) + (8 x 1,00) + (10 x 1,00)] = 15,85;

41. Calcule a carga nuclear efetiva sentida por um elétron 3p em um átomo de alumínio (Dado: EI = 577
kJ mol-1).
Resposta: 1,99 (determinado pela EI; 3,5 se calculado pelas regras de Slater)
Propriedades Periódicas

42. (Atkins 2007) – Esboce uma tabela periódica, indicando a localização dos elementos representativos
do bloco s e do bloco p, dos elementos de transição externa (bloco d) e interna (bloco f). Indique
ainda os elementos alcalinos, alcalinos terrosos, halogênios, gases nobres, lantanídeos e actinídeos.
Resposta:

43. (Russel 2006) – Qual o significado do tamanho de um átomo? Quais as dificuldades associadas com a
determinação do tamanho atômico? Qual a definição de raio atômico e como ele varia na tabela
periódica?
Resposta: A princípio, deveria ser a distância máxima do núcleo onde seus elétrons podem ser encontrados.
Entretanto, pelo princípio da incerteza, não é possível traçar um limite claro para a localização do elétron (ele
poderia estar a uma distância infinita do núcleo, embora esta possibilidade seja infinitesimal).
O raio atômico é definido como metade da distância entre dois átomos vizinhos em uma substância simples
daquele elemento. Pode ser dado como raio covalente (metade do comprimento de ligação em uma substância
simples covalente – para não metais); raio metálico (metade da distância entre dois átomos vizinhos em um
metal) ou de Van der Waals (para gases nobres).

44. (Atkins 2012) – Coloque cada um dos seguintes elementos em ordem decrescente de raio atômico.
Explique sua escolha.
a. Bromo, Cloro, Iodo;
b. Gálio, Selênio, Arsênio;
c. Cálcio, Potássio, Zinco;
d. Bário, cálcio, Estrôncio.
Resposta: (a) Iodo > Bromo > Cloro  número de camadas aumenta com o período;
(b) Gálio > Arsênio > Selênio  em um mesmo período, maior Z = menor raio;
(c) Potássio > Cálcio > Zinco  idem letra b;
(d) Bário > Estrôncio > Cálcio  idem letra a.

45. (Atkins 2012/Brady 2005) – Coloque cada uma das seguintes espécies em ordem crescente de raio
atômico ou iónico. Explique sua escolha.
a. Ge, Sb, Sn, As;
b. O, O2-, O+, O-;
c. N3-, F-, O2-;
d. Tl+, Tl, Tl2+, Tl3+.
Resposta: (a) As < Ge < Sb < Sn,  ↑ período = ↑ raio; no mesmo período, ↑ Z = ↓ raio;
(b) O+ < O < O- < O2-  ↓ carga (↓ Zef sentido pelo elétron mais externo) = ↑ raio

(c) F- < O2- < N3-  ↓ carga (↓ Zef sentido pelo elétron mais externo) = ↑ raio

(d) Tl3+- < Tl2+ < Tl+ < Tl  ↑ carga (↑ Zef sentido pelo elétron mais externo) = ↓ raio

46. (Brady 2005) – Defina energia de ionização e afinidade eletrônica.


Resposta: Energia de ionização (EI) é a energia necessária para remover um elétron (1ªEI) de um átomo neutro
livre em fase gasosa (geralmente dada em kJ mol-1);
. Afinidade eletrônica (AE) é a energia consumida ou liberada pela adição de um elétron (1ªAE) a um
átomo neutro livre em fase gasosa (geralmente dada em kJ mol -1; quanto mais negativa [exotérmica] maior a
afinidade do átomo por elétrons).

47. (Atkins 2012) – Geralmente, a primeira energia de ionização de um período cresce da esquerda para
a direita com o aumento do número atômico. Por quê?
Resposta: Porque, apesar do aumento do número de elétrons no átomo, estes são adicionados em um mesmo
nível, de forma que a blindagem fornecida pelos elétrons extras cresce mais lentamente que o número atômico.
Ou seja, a carga nuclear efetiva sentida pelo elétron de menor energia cresce da esquerda para a direita em um
período e, com isso, a primeira energia de ionização dos átomos.

48. (Atkins 2012) – Que elemento de cada grupo tem maior afinidade eletrônica?
a. O ou F;
b. N ou C;
c. Cl ou Br;
d. Li ou Na;
e. Al ou In;
f. Si ou Pb.
Resposta: (a) F; (b) C; (c) Cl; (d) Li; (e) Al; (f) Si

49. (Atkins 2012) – Qual elemento da tabela periódica (a exceção dos gases nobres) espera-se que tenha
maior eletronegatividade? E menor?
Resposta: F teria maior eletronegatividade e Fr a menor (ou Cs, se considerar-se a raridade do Fr)

50. O Frâncio possui uma afinidade eletrônica de +50 kJ mol-1 e configuração eletrônica [Rn]7s1. Calcule
sua eletronegatividade (segundo a definição de Milliken).
Resposta: Zef = 2,20, portanto EI = 129,67 kJ mol-1;  = 39,83

Bibliografia
1. Atkins, W.P.; Princípios de Química. 5ª ed., Editora Bookman, 2012.
2. Russell, J.B. , Química Geral, vol. 1, Editora McGraw-Hill, 1980.
3. Chang, R., Química., 5ª ed., Editora Editora McGraw-Hill, 2007.
4. Brady, J.E., Humiston, G.E.; Química Geral, vol. 1. 2ª ed., Editora LTC, 2005.
5. Bursten, Brown, Lemay; Química- A ciência central. 9ª ed. Editora Prentice Hall, 2010.

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