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Atualidades| Material Complementar

Professora Carla Kurz.


Macrodivisão natural do espaço brasileiro: biomas, domínios e ecossistemas.

BIOMAS

O tema pode ser cobrado de diversas maneiras, entre elas a caracterização dos biomas, como suas
características naturais e climáticas e sua espacialização. Nos últimos anos, as provas tem cobrado discussões
mais aprofundadas relacionando os efeitos do crescimento da sociedade brasileira e o avanço econômico
sobre esses biomas. Entre elas estão perda e a manutenção de áreas, o risco de desaparecimento, as políticas
para proteção desses biomas, etc.
Deve-se destacado a diversidade existente devido a extensão territorial do Brasil, as diferentes
altitudes, áreas mais equatoriais, tropicais e subtropicais, com diferentes características de umidade. Vale
lembrar que de um modo geral, temos as maiores vegetação em áreas mais quentes e mais úmidas.
Os biomas são agrupadas segundo o seu porte físico, podendo ter formação arbórea, representada
pelas florestas e vegetais de grande porte. Podem ser arbustivas, representadas por vegetais de médio porte
e ainda podem ser herbáceas, representadas por vegetais de pequeno porte.

Para compreensão dos biomas, abaixo estão alguns termos para organizar as características que os
diferem:

Xerófitas: são plantas adaptadas a aridez.


Higrófitas: são plantas adaptadas a muita umidade.
Tropófitas: são plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida
Halófitas: são. plantas adaptadas à água salgada. Exemplo: mangues.
Aciculifoliadas: são plantas que possuem folhas em forma de agulha. Possuem esse formato para diminuir a
área de transpiração e aumentar a retenção de água. Exemplo: pinheiros.
Latifoliadas: são plantas que possuem folhas largas. Possuem esse formato para possibilitar a intensa
transpiração, típicas de regiões muito úmidas.
Perenifólias: plantas que apresentam folhas durante o ano todo (perenes).
Caducifólias: plantas que perdem as folhas em épocas muito frias ou secas do ano (decíduas)

BIOMAS BRASILEIROS

FLORESTA AMAZÔNICA OU FLORESTA LATIFOLIADA EQUATORIAL

A Floresta Equatorial Amazônica presente nesse Bioma, tem grande importância devido a sua
extensa área ainda preservada de florestas em região equatorial. A Floresta Amazônica é o exemplo brasileiro
de formações arbórias, ou seja, de vegetais de grande porte.
Presente em baixas latitudes, essa floresta equatorial tem como principais característica a presença
de vegetação hidrafila, latifoliada, heterogênea e perenifólias. A vegetação amazônica é muito heterogênea
e o resultado dessa combinação é a existência de um grande banco biogenético e elevada biodiversidade.
Existem vários ambientes nesse bioma, como o de Terra Firme até os mais úmidos e alagados, como
o caso da Várzea (temporariamente alagada) e igapó (constantemente alagado). São esses diferentes
ambientes que produzem a biodiversidade amazônica, que por consequência forma um grande banco
biogenético. Esse é um ponto importante, pois está diretamente relacionado com a biopirataria amazônica,
sendo de interesse para a indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética, fazendo com que grupos
internacionais tentem ocupar a Amazônia.
Por esse motivo, o slogan “Integrar para não entregar” do presidente Castelo Branco no período
militar e a criação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), com a oferta de uma
série de incentivos aos interessados em produzir na região e com isso para aumentar a população, melhorar
as vias e a produção de energia. Ele é rotulado como fronteira do capital, pois existem vários interesses e
investimentos na busca de água, madeira, solos, etc. o destaque em relação a sua perda da sua mata nativa
e o avanço das atividades humanas está relacionada ao avanço da agropecuária.

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A evapotranspiração das grandes florestas, como a Amazônia libera umidade na atmosfera que garante boa
parte da chuva que cai sobre nosso território, exceto o Nordeste. Essa chuva é fundamental para manter os
rios e os reservatórios de água. Por esse motivo, o Brasil caminha para um projeto de Desmatamento Zero.

MATA ATLÂNTICA OU FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL

A mata atlântica é outro exemplo brasileiro de formação arbórea, presente em área intertropical.
Sua predominância está nas área com clima predominantemente Tropical Úmido, onde se desenvolvem
plantas hidrófilas, latifoliadas, heterogêneas e perenifólias.
Esse bioma aparece constantemente em provas, pois está associada à historia da sociedade brasileira
e seu desenvolvimento econômico. Por cobrir do litoral de Norte a Sul do Brasil, esse bioma é muito
heterogêneo.
Antes de ser devastada pelos processos de ocupação litorânea, as atividades agrícolas e o
crescimento das cidades, a mata atlântica possuía uma biodiversidade maior que a Amazônica. Atualmente,
este é o bioma mais devastado do Brasil e apresenta aproximadamente apenas 6% do seu tamanho original.

O CERRADO E O PANTANAL BRASILEIRO

É um complexo mesotérmico, com folhas semidecíduas e troncos tortuosos e raízes profundas.


O cerrado ou Savana brasileira é o bioma que vem sendo mais desmatado nas últimas décadas. Tem
como característica uma vegetação florestal de médio porte, arbustiva, com troncos retorcidos, folhas mais
amarelas e raízes profundas que indicam uma quantidade de umidade menor nesse sistema. Essa região
também sofre com incêndios naturais nas estações mais secas. Por possuir um clima tropical típico com
verões úmidos e invernos secos provocam esses incêndios.
A partir de 1970 o cerrado tornou-se um espaço de desenvolvimento econômico e atração de
investimentos. Com a Revolução Verde, a agricultura era extensiva (gado solto) e atividades extrativas típicas
dessa região foram substituídas pela agricultura moderna, com o plantio da soja. O avanço da soja é o
principal causador do desmatamento no cerrado.
Apesar de ser característico da região centro-oeste do Brasil, o cerrado está presente nas cinco
regiões brasileiras: sul, norte, nordeste, centro oeste e sudeste.
O Pantanal é um grande aglomerado de vegetações. A planície inundada do Pantanal é a maior do
planeta. Localiza-se no Mato Grosso e Mato Grosso Sul e apresenta uma grande biodiversidade. O grande
problema da região é a mineração, extração de madeira e poluição que provocam perda de área.

CAATINGA

Exemplo brasileiro da formação arbustiva, com vegetais de médio porte, caracterizam-se por
apresentarem vegetação xerófila, com folhas decíduas.
É a vegetação do semiárido nordestino. Tem vegetação típica de áreas secas como vegetação com
poucas folhas, intermitentes, com presença de cactos, troncos tortuosos, solos pedregosos. Apesar disso,
existem períodos de chuvas que provocam mudanças na vegetação. Por esse motivo, a caatinga apesar de
parecer uma estepe, ela apresenta características únicas que a diferem e é exclusivamente brasileira.
O sertão nordestino existe uma corrente de ar, devido uma célula de alta pressão que impede a
entrada da umidade da mata atlântica e da floresta amazônica. E isso desenvolve um problema social devido
à dificuldade de acesso a água, apresenta grandes bolsões de pobreza. Para solucionar o problema busca-se
o projeto de transposição do rio São Francisco. Porém observa-se que existe a possibilidade e trazer água
para desenvolver a fruticultura irrigada devido a melhores condições econômicas para puxar água do
subsolo. Existem também uma grande variedade de espécies endêmicas.

MATA DE ARAUCÁRIAS (ou Pinhais) E PAMPA

A Mata de Araucária e os Pampas são dois biomas típicos da Região Sul do país. Os Pampas, ou
Campos Sulinos, apresentam características de campo, isto é, vegetação herbácea e gramíneas, com relevo
suave e presença de coxilhas, com importância especialmente para pecuária.

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A Mata de Araucária é uma vegetação conhecida por conífera. Em seu interior, há a ocorrência de
erva-mate, ipês, canela, cedros, etc. Apesar de estar em áreas mais frias, esse tipo de vegetação consegue
obter grande porte. Essa vegetação de coníferas são adaptados ao frio, com folhas aciculifoliados, com
cobertura de cera na folha para proteção e possui galhos flexíveis.
No mundo, essa é a vegetação mais preservada. Porém no Brasil a realidade é outra, pois essa
vegetação foi muito devastada pela indústria madeireira e para a produção de áreas agrícolas.

MATA DE ARAUCÁRIAS

A Mata dos Cocais é uma vegetação de transição (ecótono) entre a Amazônia e a Caatinga,
apresentando o babaçu e a carnaúba como vegetação símbolo. Ela está entre a Amazônia e Caatinga, por
isso chamado de área de transição, estando entre a área muito úmida amazônica e muito seca da caatinga.
Essa mata está no região chamada Meio Norte, e abrange os estados do Piauí e Maranhão. Esses dois
estados apresentam índices sociais muito baixos em boa parte do seu território, e representam uma
característica do Brasil, que é o latifundiário com a maior parte da terra e a maior parte da população sem
acesso a mesma. O Maranhão e o Piauí também são uma das áreas mais violentas do país.
Estude as características sociais e econômicas, como os conflitos rurais existentes na região de domínio dessa
vegetação.

FICA A DICA

O desenvolvimento da vegetação é dado pela combinação das condições naturais de solo e de clima
do lugar. A temperatura e a umidade, são determinantes para a formação da vegetação. A variação dessas
características definem a forma das folhas, a espessura do tronco, a altura das plantas, a fisionomia da
vegetação. Podemos sistematizar a vegetação quanto a umidade, quanto as folhas, e ao porte.

Quanto a Umidade
– Higrófitos
– Xerófitos
– Tropófitos
– Hidrófitos (Alagadas)

Quanto às Folhas
– Latifoliada
– Aciculifoliada

Quanto ao Comportamento Sazonal das folhas


– Perenifólia
– Caducifólia ou decídua

Quanto ao porte
– Formações arbóreas
– Formações herbáceas
– Formações arbustivas

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