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RESUMO DE GEOGRAFIA

NOME: JOÃO PEDRO SOUTO


TURMA: 7° ANO “B”
PROFESSOR: JEAN
Ocupação humana

A ocupação humana na área do Domínio dos Mares do Morro é bastante intensa,


visto que a colonização Portuguesa no Brasil, ocorreu pelo litoral. Assim, desde o inicio
do processo colonial, o Domínio dos Mares do Morro vem sendo ocupado cada vez
mais.
Grande parte dos ciclos econômicos históricos brasileiros, como o ciclo da cana- de-
açúcar no Nordeste e o ciclo cafeeiro no Sudeste, desenvolveu-se em áreas
pertencentes aos Mares de Morros. Atualmente, grandes cidades e capitais dos
estados brasileiros das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, estão localizadas em áreas do
Domínio dos Mares do Morro, ocasionando intensas degradações e alterações
sucessivas. Além disso, o maior eixo urbano brasileiro formado pelas metrópoles do Rio
de Janeiro e de São Paulo, também provocou na região a ocupação industrial e de
cultivo agrícola e a instalação de rodovias e outras infraestruturas que interligam essas
áreas.
A Mata Atlântica constituiu um ecossistema bastante alterado e degradado ao longo
dos séculos de ocupação humana. Estima-se que, dos mais de 1.310 milhões de
quilômetros distribuídos em áreas originais, restem atualmente pouco mais de 200 mil
quilômetros distribuídos em áreas fragmentadas por toda a sua extensão. Essa
fragmentação acaba por isolar as espécies, impedindo sua circulação e diminuindo as
chances de sobrevivência.
Como parte de sua área, se encontra em um relevo bastante acentuado, marcado por
vales encaixados e com rede de drenagem complexa e intensa, essas encostas são
consideradas, áreas de risco quando a cobertura vegetal e tirada. Isso ocorre porque se
tornam instáveis e ficam suscetíveis a deslizamentos em épocas de chuvas intensas,
que ocorrem durante os meses do verão típico do clima desse domínio.
A ocupação dos fundos de vale e a proximidade das áreas de drenagem, aliadas a
sistemas de drenagem das águas das chivas, pouco eficientes, deixam essas áreas
também expostas aos riscos por constantes inundações, enchentes e alagamentos,
intensificando a ocorrência de desastres ambientais. Esses aspectos ressaltam a
necessidade de medidas de proteção ambiental desse domínio, para que sua
preservação signifique também a melhora na qualidade de vida, nas cidades que nele
são instaladas.
DOMÍNIOS DO CERRADO E DA CAATINGA

Os Domínios da Caatinga e do Cerrado, apresentam semelhanças nas formações


vegetais, mas diferenciam-se nos regimes de pluviosidade e nas formações de relevo
nas quais se inserem.

CARACTERÍSTICCAS FÍSICAS DO CERRADO


O Domínio do Cerrado, estende-se pelo Centro-Oeste do Brasil, abarcando áreas dos
Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, da Bahia, Tocantins
do Piauí e do Maranhão. Ocorre ao longo dos planaltos e chapadões, ou seja, em
terrenos planos ou levemente convexos. Costuma ser considerado um tipo de savana,
vegetação típica de cima tropical, semiúmido em solos relativamente pobre do ponto
de vista de biodiversidade.
É marcado pela presença de plantas e arbustos retorcidos espaçados, com troncos
grossos. As drenagens caracterizam-se por rios permanentes ladeados, por vegetação
mais densa, com matas de galeria e buritizais, que protegem as margens das
drenagens.
O clima é sazonal, com inverno bastante seco e o verão chuvoso. As precipitações
ficam acima de 1000 milímetros anuais. Durante as estações seca, as raízes da
vegetação do Cerrado, crescem e ramificam-se para retirar água das grandes
profundidades do solo, chegando a alcançar mais de 15 metros.
Por isso, o Cerrado também é denominado de “floresta invertida”, pois as árvores
baixas com raízes profundas são o contrário do que ocorre nas florestas tropicais.
Assim estima-se que restem apenas cerca de 20% da sua área nativa e, apesar do
reconhecimento da importância, apenas 2 % do Cerrado são áreas de proteção
resguardadas por lei.
VEGETAÇÃO:
De acordo com a localização, a topografia e a disponibilidade da água no subsolo ou na
superfície, o Cerrado apresenta variações fisionômicas:

Cerrado- o corre em áreas com solos muito drenados por cursos d’água e ricos em nutrientes.

Vereda- ocorre nas matas, galeria, nas áreas de brejo e de fundos de vales, nas áreas
inundadas.

Campos- apresenta poucas árvores, com campos áridos e rochas expostas em algumas áreas.
O domínio do Cerrado é considerado” berço das águas”, pois nele se localizam três grandes
aquíferos: o Guarani, o Urucuia E O Bambuí, responsáveis pela formação nascentes de
importantes bacias hidrográficas da América do Sul, como a Platina, a Amazônica, de São
Francisco.

O FOGO NO CERRADO
Durante as estações secas, grandes áreas do cerrado sofrem com as constantes queimadas.
Quando ocorrem em pequenas extensões de forma natural, acabam por integrar o ecossistema
do cerrado, pois disponibilizam nutrientes sob a forma de cinzas e conseguem conter o
crescimento de gramíneas invasoras que prejudicam o desenvolvimento da biodiversidade da
região.

Entretanto, apesar de o fogo ser um agente importante para o cerrado, as queimadas em


grandes proporções, como as utilizadas pelos produtores agropecuários para preparar o
terreno para a formação de pasto ou plantações monocultoras, trazem muitos malefícios para
a fauna e a flora da região.

OCUPAÇÃO HUMANA
Depois da mata atlântica, o cerrado foi o domínio morfo climático mais modificado
pela ocupação humana. A região foi ocupada inicialmente pela atividade do garimpo e,
nos dias de hoje, é cenário do avanço das práticas de agricultura e pecuária.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA CAATINGA
O domínio da caatinga ocorre no Nordeste brasileiro, abrangendo uma área de cerca
de 800mil quilômetros quadrados, que correspondem a 11% do território brasileiro.
Está presente nos Estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, da paraíba, do
Ceará, de Sergipe, de Pernambuco, Alagoas e em parte de Minas Gerais.
O nome Caatinga tem origem em tupi-guarani e quer dizer "mata branca", fazendo
referência à cor que predomina na vegetação durante a estação seca, quando a maioria
das plantas perde as folhas e os troncos torna-se esbranquiçados.

A DEGRADAÇÃO DAS CAATINGAS


Muitos projetos foram criados para tentar acabar com as secas que assolam a região.
Um exemplo é a superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), criada
em 1959 pelo governo federal.

OCUPAÇÃO HUMANA
A Caatinga embora apresente características naturais que dificultem a ocupação
humana - em particular a seca -, é um domínio natural onde residem
aproximadamente 23 milhões de pessoas, uma vez que ela ocupa 11% do território
nacional.
DOMÍNIOS DAS ARAUCÁRIAS E DAS PRADARIAS
Os domínios das Araucárias e das Pradarias são típicos do sul do país, tendo como
diferencial, em sua formação as características climáticas dessa região.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ARAUCÁRIAS


O domínio morfoclimático das araucárias está localizado ao sul do trópico de
capricórnio, sendo considerado um domínio extratropical de contato entre a região
intertropical e a região subtropical.

CLIMA
O fator climático é considerado um elemento condicionante do domínio das
araucárias. como o crescimento de sua vegetação se dá em virtude de sua
temperatura, o clima sub tropical e temperado tem grande influência em sua
formação.

OCUPAÇÃO HUMANA
As áreas do domínio das araucárias passaram por um intenso processo de
modificação durante a colonização da região, semelhante ao que ocorreu no domínio
dos Mares de Morros. O ciclo agrícola do café nas áreas de terra roxa, principalmente
na região norte do Paraná, intensificou a instalação de cidades impulsionadas pelo
processo migratório europeu, que causou a redução da mata das araucárias nativas.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS PRADARIAS
As Pradarias mistas, ou campanha gaúcha, são outros domínios morfo climático
brasileiro extratropicais, localizado na parte mais meridional do estado do Rio Grande
do Sul. São caracterizados por uma paisagem aberta, plana, de vegetação rasteira e
herbácea, com árvores de pequeno porte ocasionais e espalhadas.

CLIMA
O clima do domínio das Pradarias assim como no domínio das araucárias, é subtropical
úmido. No entanto como está localizado em latitudes mais altas, apresenta médias de
temperaturas mais baixas e maior influência da massa polar atlântica. Esse efeito faz
com que suas temperaturas variem entre -10 graus celsius nos infernos mais frios e 35
graus celsius nos verões

OCUPAÇÃO HUMANA
A ação humana no domínio das Pradarias mistas brasileiras ocorre principalmente por
causa de atividades agropecuárias, as quais substituem a vegetação dos campos
originais. O relevo plano é os campos abertos característicos do domínio das Pradarias
mistas oferecem condições bastante tropicais para o desenvolvimento da rizicultura e
também da pecuária de corte

ÁREAS DE TRANSIÇÃO
Quando falamos nos diferentes domínios morfo climáticos dividimos as paisagens
naturais em unidades de clima, relevo e vegetação. No entanto, determinar onde
começam e terminam essas unidades pode ser mais difícil do que parece. Isso porque
as unidades naturais não obedecem às fronteiras lógicas bem demarcadas, como
criadas socialmente.
Conforme vamos nos aproximando do fim de uma área de floresta, é possível
perceber que as árvores vão ficando mais espaçadas, que a vegetação rasteira vai
aumentando, até que as árvores não estão mais presentes e a paisagem se torna uma
área de campos abertos. Esse espaço compreendido entre o campo e a floresta pode
ser chamado de área de transição pois conserva características dos das duas áreas.
Na classificação e no estudo dos domínios morfoclimáticos, as áreas de transição são
consideradas domínios separados, pois suas características intermediárias lhes
conferem elementos próprios tornando-as paisagens singulares. Essas transições
podem ocorrer por causa do relevo, do clima ou até mesmo da vegetação, podendo
criar sistemas bastante complexos. Elas são: pantanal, o agreste é a mata dos cocais.
PANTANAL
A área de transição do Pantanal está situada entre as áreas úmida amazônica e o
Cerrado mais seco por isso, conserva aspectos climáticos e de vegetação que ora o
aproximam de um, ora de outro domínio morfoclimático.
Localiza-se na Região Centro-Oeste do Brasil e abrange a região sudoeste do estado de
Mato Grosso e toda a área oeste do estado de Mato Grosso do Sul, na fronteira com a
Bolívia e o Paraguai. O extenso aplainamento da região e os valores de altitude que
decrescem em direção ao Rio Paraguai fazem com que a área apresente uma extensa
rede de drenagens, com pouca corrente e muita energia, formando uma série de
meandros em toda a sua extensão.
Com relação ao clima, o Pantanal apresenta duas estações do ano bem definidas; uma
estação chuvosa, de cheia, em que predominam as planícies inundáveis, e uma estação
seca durante o inverno, que, apesar de não apresentar quedas de temperatura
significantes, diminui a umidade da região e, com isso, também a ocorrência de chuvas.
A vegetação da área apresenta características de floresta, assim como espécies típicas
do Cerrado e áreas de campinas, com vegetação adaptada à presença de umidade.
Outra importante característica é a grande diversidade de fauna. O Pantanal é
reconhecido pela Unesco como uma reserva da biosfera mundial.
Do ponto de vista ambiental, o Pantanal é uma área que requer proteção, pois
apresenta intensa atividade de extrativismo mineral, sobretudo pelos garimpos de
minério de ferro e manganês.

AGRESTE
O Agreste é a área de transição entre os domínios de Caatinga e dos Mares de
Morros, sendo assim como o Pantanal uma transição entre domínios mais úmidos e
mais secos.
Sua localização limita-se a uma faixa longitudinal das áreas mais interiores, desde o
estado do Rio Grande do Norte até a área do nordeste da Bahia, restringindo-se assim
à Região Nordeste brasileira. Seu relevo é relativamente plano em áreas de planalto,
com altitudes que variam entre 500 e 800 metros, como no Planalto da Borborema, e
com presença de algumas elevações pequenas e esparsas. A vegetação apresenta tanto
características mais próximas da Caatinga como dos Mares de Morros, Nas áreas mais
interiores, apresenta solo seco e pouco desenvolvido, plantas esparsas de porte
pequeno, com alta incidência de cactáceas e rios intermitentes que secam durante a
estação mais seca. Aproximando-se do litoral, são encontrados os chamados brejos,
que podem apresentar clima tropical ou tropical de altitude em regiões me serranas e
cujas características se assemelham mais aos Mares de Morros.
Nessas áreas, a vegetação é maior e mais desenvolvida, os solos são mais profundos e
com maior fertilidade. As atividades desenvolvidas nessas áreas são, sobretudo,
agrícolas de pecuária, para a produção de leite, e de agricultura de policultura.
Apesar de não haver nenhuma capital brasileira localizada na área do Agreste, a
região é a segunda zona mais povoada do Nordeste, atrás apenas da área litorânea.
Importantes cidades de expressão regional estão localizadas nessa área de transição,
como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Caruaru e Campina Grande.

MATA DOS COCAIS


A Mata dos Cocais consiste em uma área de transição entre o Domínio Amazônico, o
Domínio da Caatinga e o Domínio do Cerrado, ou seja, há nessa área a influência tanto
do domínio seco quanto do domínio úmido.
Está localizado no chamado Meio-Norte, que inclui as áreas entre a região leste do
estado do Maranhão e a região oeste do estado do Piauí, além de pequenas áreas do
Pará, do Ceará e do Tocantins, compreendidas pelo Planalto da Bacia do Rio Parnaíba.
Rio Paraíba divide os estados do Piauí e do Maranhão. É considerado o maior rio
genuinamente nordestino, ou seja, que tem sua nascente e foz na Região Nordeste Seu
curso é praticamente todo navegável.
Como a Mata dos Cocais está localizada na Bacia do Rio Paraíba, sua estrutura
geológica é essencialmente sedimentar e com alternância de áreas mais planas e mais
movimentadas. As temperaturas médias anuais ficam em torno dos 26 graus celsius,
apresentando duas estações do ano bem definidas. uma mais chuvosa, durante o verão
e outra mais seca, durante o inverno, com pouca queda de temperatura.
São vegetações característica, dessa área de transição sobretudo as espécies de
palmeiras, como os cocais, que a nomeiam. Como consequência desse tipo de
vegetação, uma atividade econômica bastante presente na região é o extrativismo
vegetal. para a obtenção de óleos e outros derivados dessas plantas com fins de
comercialização.

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