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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS BARRA


DO CORDA

CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA

TURMA: QUÍMICA II

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

PROFESSOR: FRANCISCO WENDELL DIAS COSTA

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS NO BRASIL

Alunos:

Gianna Maria de Almeida Nascimento

Israel Feitosa do Nascimento

Luana da Silva de Sousa

Neyely da Silva Conceição

Wiliam Lucas Costa Soares

Barra do Corda - MA

2023
SUMÁRIO

1. QUAIS SÃO?.........................................................................................................................2

2. ÁREAS DE ABRANGÊNCIA.............................................................................................3

3. CARACTERÍSTICAS DE CADA DOMÍNIO...................................................................4

4. IMPACTOS AMBIENTAIS EM CADA DOMÍNIO........................................................11


DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS NO BRASIL

1. QUAIS SÃO?

Segundo o professor e geólogo brasileiro Aziz Ab’Saber, o Brasil possui seis domínios
morfoclimáticos. São eles:

1. Amazônia
2. Cerrado
3. Caatinga
4. Pantanal
5. Mata Atlântica
6. Pampa

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2. ÁREAS DE ABRANGÊNCIA

O Brasil possui seis zonas morfoclimáticas e elas abrangem diferentes regiões do país.

1. Amazônia: localizada na região norte do país, caracterizada por densa floresta tropical
e clima equatorial.

2. Cerrado: Ocorre principalmente na Planície Central e a vegetação é composta por


árvores baixas e arbustos adaptados aos períodos de seca e chuva.

3. Caatinga: encontrada no Nordeste, caracterizada por vegetação xerófila adaptada a


longos períodos de seca e altos níveis de insolação.

4. Mata Atlântica: Localizada na costa atlântica do Brasil, a floresta é conhecida por sua
biodiversidade e está ameaçada pela intensa ocupação humana.

5. Pantanal: Grande planície de inundação na região Centro-Oeste, caracterizada pela


biodiversidade e pela alternância de estações secas e chuvosas.

6. Pampas: No sul do Brasil, é uma grande área arável afetada por um clima subtropical
com variações sazonais significativas.

Figura 1 – Figura de Azis Ab’Saber que ilustra a localização de cada domínio.

Fonte: AB’ SABER, (2003), p.17.

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3. CARACTERÍSTICAS DE CADA DOMÍNIO

 Amazônico

Relevo:

O relevo se destaca pelas baixas altitudes delimitadas pelas serras andinas e pelo planalto
Brasileiro e Guianense.

Clima:

As características climáticas estão relacionadas à sua localização na região Intertropical, em


baixas latitudes, o que resulta em alta incidência de radiação solar, bem como na área de
convergência dos ventos alísios, proporcionando intensa nebulosidade, elevada umidade do ar,
baixa variação de temperatura, precipitação anual acentuada, chuvas curtas e concentradas,
períodos com ausência de chuvas e poucos dias consecutivos de precipitação.

Hidrografia:

A hidrografia é um dos aspectos proeminentes deste domínio, uma vez que abriga a maior
bacia hidrográfica do Brasil, a Bacia Hidrográfica Amazônica, o que contribui
significativamente para a abundância de recursos hídricos na região.

Vegetação:

A flora revela uma notável variedade e mantém sua exuberância ao longo de todo o ano,
mantendo suas folhas constantemente. A aparência das plantas varia de acordo com sua
proximidade aos cursos d'água, sendo classificada em três categorias distintas:

1. Florestas de igapó: encontradas em regiões sujeitas a inundações constantes causadas


pelos rios.
2. Florestas de várzea: presentes em áreas que ocasionalmente sofrem inundações
causadas pelos rios.
3. Florestas de terra firme: predominantes em áreas que não são afetadas pelas
inundações dos rios.

Solo:

Existe uma fina camada de nutrientes criada pela decomposição de folhas, frutos e carcaças de
animais. Essa camada é rica em húmus, material orgânico de grande importância para muitas
espécies vegetais da região.

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 Cerrado

Relevo:

O relevo do cerrado é marcado por planaltos com altitudes diferentes, formando uma
topografia irregular com chapadas, morros e depressões. Também é comum encontrar
formações rochosas, o que contribui para a diversidade de formas geológicas. Ademais, a
altitude média do relevo varia de 300 a 600 metros.

Clima:

O cerrado possui um clima tropical de tropical sazonal, com estações bem definidas. No
verão, a precipitação é alta, enquanto no inverno a região sofre com um período de seca. A
precipitação anual varia entre 800 e 1600 mm, variando consideravelmente de acordo com a
estação.

Hidrografia:

A hidrografia do cerrado é marcada por rios, córregos e riachos que desempenham um papel
vital na região, porém, apresentam sazonalidade devido ao clima da região. Durante a estação
chuvosa, ocorrem cheias significativas, enquanto na estação seca muitos cursos d'água podem
se tornar intermitentes ou secar completamente.

Vegetação:

A vegetação do cerrado é formada por savanas tropicais, com gramíneas e árvores dispersas,
abrigando uma grande biodiversidade e espécies endêmicas. As árvores têm casca grossa e
raízes profundas para armazenar água na estação seca. Além disso, o cerrado possui diferentes
formações vegetais como campos, matas ciliares e veredas. O Cerrado é reconhecido como a
savana com maior biodiversidade do mundo, abrigando cerca de 11.627 espécies de plantas
nativas, sendo, aproximadamente, 4.400 espécies endêmicas (existentes apenas nesse bioma).

Solo:

Os solos do cerrado são em sua maioria ácidos e pobres em nutrientes, com uma
predominância de latossolos e argissolos. A fertilidade natural do solo é baixa, com uma alta
saturação de alumínio tóxico. No entanto, na superfície, há uma camada rasa de solo fértil

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chamada "massapê". Os solos do cerrado são suscetíveis a processos de laterização, formação
de crostas e compressão, o que influencia na vegetação e a agricultura na região.

 Caatinga

Relevo:

O terreno da Caatinga é predominantemente plano ou levemente ondulado, mas pode haver


morros e montanhas isolados em algumas áreas. A região é caracterizada por terrenos áridos e
semiáridos com formações rochosas proeminentes. Essa topografia influencia a vegetação da
Caatinga, que é composta por plantas adaptadas a ambientes secos, como cactos e xerófitas.

Clima:

A Caatinga é caracterizada por um clima semiárido com chuvas escassas e imprevisíveis. A


região sofre secas prolongadas e altas temperaturas durante grande parte do ano. Quando
ocorrem chuvas, elas geralmente se concentram em um curto período de tempo, causando
inundações temporárias em alguns locais.

Hidrografia:

Devido ao clima semiárido da região, a hidrologia do Rio Caatinga apresenta características


sazonais. A maioria dos rios da Caatinga são temporários, fluindo apenas durante a estação
chuvosa e secando ou reduzindo significativamente durante a estação seca. Conhecidos como
“rios intermitentes”, estes rios temporários desempenham um papel fundamental na região,
fornecendo água às comunidades locais e à vida selvagem adaptada a estas condições.

Vegetação:

A vegetação da Caatinga está adaptada às condições áridas e semiáridas da região. Consiste


principalmente em xerófitas, como cactos, arbustos espinhosos e árvores resistentes à seca. A
flora da Caatinga tem extraordinária capacidade de armazenar água e é exemplo de adaptação
à escassez hídrica.

Solo:

Os solos da caatinga são frequentemente pobres em nutrientes e rochosos, tornando a


agricultura na região um desafio. A falta de chuvas regulares também limita a fertilidade do
solo. Muitos agricultores da Caatinga dependem de sistemas de irrigação para o cultivo. Os

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solos existentes na Caatinga são vários: arenosos, rasos, profundos, pedregosos, com alta e
baixa fertilidade.

 Pantanal

Relevo:

O relevo do Pantanal é predominantemente plano, com poucas elevações significativas. No


entanto, a paisagem é caracterizada por suaves ondulações e depressões, especialmente entre
as zonas de transição do planalto e zonas mais altas próximas, como as planícies. Durante a
estação chuvosa, grande parte da área fica inundada, criando grandes lagos, lagoas.

Clima:

O Pantanal possui clima tropical úmido com duas estações distintas: a estação chuvosa, que
geralmente vai de novembro a março, e a estação seca, que vai de maio a setembro. Durante a
estação chuvosa, a planície inunda, criando uma vasta e única paisagem aquática, enquanto a
estação seca leva a vastas pastagens nuas. As temperaturas variam ao longo do ano, com
médias mais altas no período chuvoso e mais amenas no período seco.

Hidrografia:

A hidrografia pantaneira é caracterizada pela presença de diversos rios e afluentes, sendo os


mais importantes o rio Paraguai e seus afluentes como Cuiabá, Taquari, Miranda e outros.
Durante a estação chuvosa, esses rios transbordam e inundam a planície, formando um
complexo sistema de lagos, lagoas e canais interligados.

Vegetação:

A vegetação do Pantanal é variada e inclui diferentes ecossistemas como savanas, matas


ciliares, matas e várzeas. Durante o período seco é possível observar a vegetação composta
principalmente por gramíneas e arbustos secos, enquanto o período chuvoso traz o
florescimento das plantas aquáticas e o crescimento abundante de árvores e arbustos ao redor
da várzea. Esta vegetação diversificada fornece habitat para muitas espécies de plantas e
animais do Pantanal.

Solo:

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Os solos do Pantanal são constituídos principalmente por sedimentos aluviais, argilosos e
arenosos. Devido às inundações sazonais, o solo é rico em nutrientes e promove o
crescimento de diversas plantas aquáticas e gramíneas. Essa composição do solo contribui
para a fertilidade da área e permite o florescimento de diferentes plantas e animais,
dependendo das condições específicas do ecossistema pantaneiro.

 Mata atlântica

Relevo:

O relevo da Mata Atlântica é constituído por principalmente por planícies costeiras e colinas
que são acompanhadas por uma cadeia de montanhas. Os solos da Mata Atlântica não
possuem fertilidade elevada.

Clima:

O clima do Brasil na região da Mata Atlântica está inserida na faixa de transição entre o clima
tropical e subtropical. A proximidade do oceano, a dinâmica atmosférica regional, e os traços
de relevo contribuem para tornar o clima local predominantemente quente e úmido,
caracterizado por temperaturas altas, nebulosidade no alto das montanhas e umidade elevada.
A distribuição das chuvas nesta parte do Brasil é bastante irregular, mas de um modo geral, o
período mais frio e seco vai de abril a setembro (inverno) e o mais quente e chuvoso de
outubro a março (verão).

Hidrografia:

Mata Atlântica é uma das florestas tropicais com maior biodiversidade do planeta, e possui
uma variedade de topografia e características hidrográficas.

 Rios e bacias: A Mata Atlântica abriga inúmeros rios, córregos e bacias que
desempenham papel vital no abastecimento de água doce da região.

 Ecossistemas de Manguezais: As regiões costeiras da Mata Atlântica abrigam


ecossistemas de manguezais, que desempenham um papel crucial como berçários para
várias espécies marinhas. Eles também atuam como zonas de proteção costeira e
contribuem para a purificação da água.

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 Lagoas e Pântanos: A Mata Atlântica possui muitas lagoas e pântanos, que servem
como habitat para uma variedade de espécies aquáticas, incluindo peixes, anfíbios e
aves aquáticas.

 Nascentes: Existem muitas nascentes na região que dão origem a muitos rios e
córregos. Essas nascentes desempenham um papel importante na manutenção do fluxo
de água e na sustentação da vida na Mata Atlântica.

Vegetação:

A vegetação da Mata Atlântica é caracterizada por ser rica em biodiversidade, abrigando uma
ampla variedade de espécies de plantas e animais. Alguns dos principais tipos de vegetação
presentes na Mata Atlântica incluem:

 Floresta Tropical: é formada por árvores altas e densa cobertura vegetal.

 Floresta Ombrófila Mista: Esta é uma variante da floresta tropical encontrada nas
áreas mais altas e frias da Mata Atlântica. Ela é caracterizada por uma mistura de
árvores típicas da Mata Atlântica e árvores de folhas caducas.

 Floresta de Araucária: Encontrada em regiões de altitude no sul do Brasil, esta floresta


é dominada pela Araucária angustifólia, uma árvore conhecida como pinheiro-do-
paraná.

Solo:

O solo da Mata Atlântica seja amplamente variada, no geral, o solo é úmido e raso. O solo
atlântico não é fértil por natureza, mas é muito nutritivo por ser rico em húmus, por conta da
decomposição da alta quantidade de serapilheira pela vasta presença e biodiversidade de
fungos e bactérias. O processo de formação do húmus é rápido, já que existe muita matéria
para ser decomposta, e também de agentes decompositores, além da alta temperatura e
presença de muita água, que juntos, aceleram as reações químicas.

 Pampa

Relevo:

O relevo do bioma Pampa é predominantemente plano, com suaves ondulações. Apresenta


poucas elevações e depressões significativas. É uma região de planícies extensas e

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amplas. Assim, a principal atividade econômica do local é a pecuária extensiva com destaque
para a criação de bois e ovelhas.

Clima:

O clima do bioma Pampa é classificado como subtropical úmido. Possui verões quentes e
invernos frios, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. As temperaturas médias variam
de acordo com a estação, sendo mais altas no verão e mais baixas no inverno.

Hidrografia:

A hidrografia do bioma Pampa é marcada pela presença de rios e arroios que cortam a
paisagem. O principal rio da região é o Rio Uruguai, que faz divisa entre o Brasil e a
Argentina. Além disso, há diversos pequenos cursos d'água que contribuem para a drenagem
da área.

Vegetação:

O bioma Pampa é caracterizado por uma vegetação predominante de campos, com a presença
de gramíneas e herbáceas. Essa vegetação é adaptada às condições do clima subtropical, com
verões quentes e invernos frios. Além das gramíneas, também podem ser encontrados
arbustos, árvores isoladas e banhados. A diversidade de espécies é menor se comparada a
outros biomas, mas ainda assim abriga uma variedade de plantas adaptadas a esse ambiente. O
solo do Pampa é fértil e propício para a agricultura, o que tem levado à conversão de grandes
áreas de vegetação natural em áreas agrícolas.

O bioma Pampa não é caracterizado por florestas, mas sim por campos e vegetação rasteira.
No entanto, em algumas áreas do Pampa, principalmente nas regiões mais úmidas e próximas
aos rios, é possível encontrar formações arbustivas e pequenos bosques de árvores como
Ombú, canela-preta e Sarandi.

Solo:

O solo do bioma Pampa é conhecido por ser extremamente fértil e propício para a agricultura.
Ele é formado principalmente por sedimentos de origem fluvial e eólica, resultantes da ação
dos rios e do vento ao longo de milhares de anos. O solo do Pampa é geralmente profundo,
bem drenado e possui uma alta capacidade de retenção de água.

Devido à sua composição rica em nutrientes, o solo do Pampa é altamente produtivo e


adequado para o cultivo de diversas culturas agrícolas, como soja, milho, trigo, arroz e

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pastagens para criação de gado. Além disso, a presença de matéria orgânica contribui para a
fertilidade do solo.

4. IMPACTOS AMBIENTAIS EM CADA DOMÍNIO

 AMAZÔNIA:

A agricultura e a pecuária, grandes obras de infraestrutura, a exploração madeireira, a


grilagem de terras, o garimpo e a expansão dos assentamentos humanos são atividades com
grandes impactos sobre a floresta, especialmente quando são feitas de forma ilegal ou sem
obedecer a um zoneamento ecológico-econômico.

 CERRADO:

As duas principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão relacionadas a duas atividades


econômicas: a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia. O
uso de técnicas de aproveitamento intensivo dos solos tem provocado, há anos, o esgotamento
dos recursos locais.

 CAATINGA:

Nos últimos 15 anos do século XX, aproximadamente 40 mil km2 de Caatinga se


transformaram em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente da região.
As siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao corte da
vegetação nativa para a produção de lenha e carvão vegetal.

 PANTANAL:

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Os impactos ambientais são: desmatamento, erosões e sedimentação por manejo inadequado
de terras para agropecuária; crescimento urbano e populacional associada a obras de
infraestrutura, como rodovias, barragens, portos, hidrovias e barramentos hidrelétricos podem
alterar o regime hídrico natural do Pantanal.

 MATA ATLÂNTICA:

As principais ameaças são: o impacto ambiental causado pelos mais de 145 milhões de
brasileiros que habitam sua área; os desmatamentos causados pela extração de pau-brasil, e
ciclos econômicos como o da cana-de-açúcar, café etc.; a agricultura e agropecuária;
exploração predatória de madeira e espécies vegetais; industrialização; expansão urbana
desordenada; o consumo excessivo, lixo e poluição.

 PAMPA:

Uma das principais causas do risco ambiental sofrido pelo pampa é a invasão da monocultura
do eucalipto e a instalação de barragens visando à ampliação das áreas de arroz irrigado.

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