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1 – Agentes de formação

Geologicamente, a região é composta de vários tipos diferentes de rochas.


Nas áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim
do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram
cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos
ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador;
tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser
arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em
nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a
oeste, sendo habitados por algumas espécies endêmicas e raras, como o
Melocactus azureus (é uma espécie botânica de plantas da família das Cactaceae.
É endêmica do sudeste da Bahia, no Brasil, onde se encontra em áreas rochosas e
áridas. esta ameaçada de extinção devida a perda de habitat.).

Os solos gerados a partir da decomposição do arenito são extremamente


pobres em nutrientes e altamente ácidos, formando depósitos arenosos ou
pedregosos rasos, que se tornam mais profundos onde a topografia permite;
afloramentos rochosos são uma característica comum das áreas mais altas. Estes
afloramentos rochosos e os solos pouco profundos formam as condições ideais para
os cactos, e muitas espécies crescem nas pedras, em fissuras ou depressões da
rocha onde a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, juntamente com o
húmus gerado pela decomposição de restos vegetais, sustenta o sistema radicular
destas suculentas.

2 – Relevo
A presença de depressões na região já havia sido detectada desde os
primeiros estudos desse domínio, mas desconhecia-se sua real extensão: a
depressão sertaneja e a do São Francisco cobrem praticamente todo o semiárido
nordestino.

O relevo apresenta várias formações com modelado abrupto, uma vez que o
calor é o agente intempérico mais atuante, resultado do clima quente e seco.
A caatinga é a formação vegetal predominante, adaptada ao clima seco e solos
pouco profundos. Para reter a umidade durante os longos períodos de estiagem, O
relevo da caatinga possui duas formações principais (planaltos e grandes
depressões), nas regiões que são mais altas, esses fragmentos também existem, é
bem comum observar nos planaltos nordestinos grandes pedras que dão a
sensação que vão despencar lá de cima.
  Já as depressões são terrenos bem aplainados, que normalmente são mais
baixos que as áreas ao seu redor e que geralmente apresentam colinas. As maiores
depressões da caatinga são as sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte.

Localizado na serra de Tombador que possui um relevo montanhoso que se


destaca das regiões mais baixas que os circunda, sua altitude fica em geral acima
de 800m, ou seja, alcançando cerca de 1000 m, nos pontos de maior altitude.

Podemos concluir que o relevo da caatinga possui duas características, planalto e


grandes depressões. A região planáltica é formada de arenito metamorfoseado
originado de rochas sedimentares areníticas e quartzíticas consolidadas na era
proterozóica média, uma concentração alta de óxido férreo dá a estas rochas uma
cor de rosa a avermelhada. Neste bioma, o solo é rico em proteínas, porém
pobríssimo em matéria orgânica, por causa da intensa luminosidade e calor que
carbonizam a matéria orgânica, dificultando sua decomposição.

3 – Hidrografia
A hidrografia desse bioma existente apenas no Brasil, é  bastante
interessante pois a hidrografia da caatinga tem um grande número de rios , mais
porem a maioria deles são temporários . O lençol freático é muito pobre, pois o solo
da caatinga (cristalino) é pouco permeável, dificultando a infiltração da água, que
permanece na superfície, porém é logo evaporada devida à alta temperatura média
da região. A maioria dos rios é de planalto, e o rio que corta a região é o São
Francisco que tem um grande destaque nessa região e é a principal bacia da
caatinga.

Os principais afluentes da caatinga são:

Rio Corrente , Rio das Velhas, Rio Grande, Rio Jacaré, Rio Paracatu, Rio Paramirim,
Rio Urucuia, Rio Verde Grande e Rio Carinhanha.

  Como já disse os rios que fazem parte da caatinga brasileira são, em maioria,
intermitentes ou temporários. Isto quer dizer que estes rios secam em períodos em
que não chove. No caso deste bioma, onde há escassez de chuva durante maior
parte do ano, os rios que nascem na região ficam secos por longos períodos.Rios
que nascem em outros lugares, como o São Francisco e o Parnaíba, são
fundamentais para a vida na caatinga, pois atravessam os terrenos quentes e secos
em seu caminho para o mar. Estes rios são tão importantes que deram nome a duas
bacias hidrográficas que banham o território: a Bacia do Rio São Francisco e a Bacia
do Rio Parnaíba. A Bacia Costeira do Nordeste Oriental também está localizada
nesta região.

  Para enfrentar a falta de água nas estações secas, os moradores da caatinga


constroem poços, cacimbas e açudes. Mesmo com estes mecanismos, na maior
parte das vezes, só conseguem obter água salobra, imprópria para consumo. Por
essa região sofrer de problemas de evaporação rápida da água, o número de
moradores desse local que sofrem com a seca é muito grande.  

Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente.


Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas,
percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam
chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios
que cruzam a Caatinga). 

Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascentes na região


permanecem secos por cinco ou sete meses no ano. Apenas o canal principal do
São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras
regiões climáticas e hídricas.

4 – Clima
A precipitação no planalto normalmente excede os 800 mm anuais, com picos
de até 1.200 mm em determinados locais, enquanto que a média de precipitação
nas áreas de planície fica em torno de 400 a 700 mm. A precipitação é
freqüentemente bimodal nas regiões mais altas, com um máximo de chuvas no
período de novembro a janeiro, e um segundo período chuvoso, menor, no período
de março a abril.

O clima da caatinga é chamado de semi-árido, com temperaturas médias


anuais que variam entre 25ºC e 29°C. São características desse clima a baixa
umidade e o pouco volume pluviométrico, ou seja, uma quantidade bem reduzida de
chuvas. Este bioma apresenta apenas duas estações, mas não muito bem definidas:
uma quente e seca, e outra quente e com chuvas, sendo que o período de seca na
caatinga pode durar de oito a nove meses por ano. Na época de seca a temperatura
do solo pode chegar até a 60°C. Este clima particular é devido a proximidade do
Equador e também a influência de massas de ar continentais equatoriais secas e a
presença de centros de alta pressão, formados no atlântico, que durante o inverno
invadem os sertões secos.

O cenário árido é praticamente uma descrição da Caatinga, que na língua


indígena quer dizer Mata Branca. É comum a estação seca se prolongar o que
provoca um grande mal a população do local. Cerca de 20 milhões de brasileiros
vivem nos 800 mil km2 da Caatinga e nem sempre podem contar com as chuvas de
verão e tem de enfrentar os longos períodos de seca e a irregularidade climática.
Este clima irregular influencia o curso dos rios, já que o sol forte acelera a
evaporação da água das lagoas e rios que secam em determinadas épocas,
diminuindo a disponibilidade de água para plantas, animais e para os homens e
aumentando a aridez do ambiente.  Devido ao clima a vegetação da caatinga é
adaptada a seca com folhas de algumas plantas finas ou inexistentes, um exemplo
de planta típica da Caatinga é o cacto, que armazenam água em seu interior. O
clima é então um fator determinante na caatinga, pois ele acaba definindo a
paisagem e os hábitos dos moradores deste bioma, quando chove a paisagem muda
rapidamente, as árvores ficam cobertas de folhas e solo fica cheio de pequenas
plantas. 

Fontes:

http://www.enemvirtual.com.br/relevo-do-brasil/

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/caatinga_-
_geologia,_relevo_e_solos.html

http://www.biblioteca.ifc-camboriu.edu.br/criacac/tiki-index.php?
page=BIOMA+CAATINGA+-+CA11

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