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Vegetação de Pernambuco PMPE 2016

Vegetação
A vegetação litorânea do estado de Pernambuco apresenta, matas, manguezais e cerrados,
que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneias e arbustos tortuosos,
predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.

Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre
verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam
árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.

A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença


da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do
tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras
espécies pelo xique-xique e o mandacaru.

Mata (Zona da Mata)


A Zona da Mata é uma sub-região que fica na costeira da Região Nordeste do Brasil que
se estende do estado do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, formada por uma estreita
faixa de terra para os padrões continentais do Brasil. O nome “Zona da Mata” deve-se à
Mata Atlântica que originalmente cobria a região, mas atualmente está quase extinta.

Sua área concentra seis das nove capitais da região (Natal, João
Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador). É a zona mais urbanizada, industrializada e
economicamente desenvolvida da Região Nordeste.

A vegetação original na zona da mata era predominantemente Mata Atlântica. É uma área
com alto nível de urbanização, além de concentrar os principais centros regionais do
Nordeste. No setor agrícola, destaca-se as grandes propriedades de tabaco, cana-de-
açúcar e cacau. Existe uma larga produção agrícola, devido ao solo fértil (massapê). Nas
últimas décadas dessa região, tem ocorrido crescimento industrial impulsionado por
incentivos fiscais estaduais.

Seu clima é tropical úmido com temperaturas que rondam entre os 20 e os 30 graus
positivos, pouco descendo abaixo dos 20 graus, embora nas longitudes menos costeiras
temperaturas abaixo dos 20 graus não sejam tão incomum, graças a continentalidade sem
a influência maior das correntes marinhas equatoriais e tropicais. Também sobe pouco
acima dos 30 graus, ao contrário do bioma sertão na mesma latitude e outros biomas de
latitude e umidade similar no sudeste asiático.

 Estende-se do litoral a 200 km para o interior.


 Apresenta regularidade de chuva.
 Culturas: cana-de-açúcar, cacau, tabaco e lavoura de subsistência.

Manguezal
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal é um ecossistema costeiro de transição entre
os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica de
regiões tropicais e subtropicais. Associado às margens de baías, enseadas,
barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de
águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao
regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam
outros componentes vegetais e animais.

Ao contrário do que acontece em praias arenosas e dunas, a cobertura vegetal do


manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade,
sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.

O termo "mangue" também se aplica às espécies arbóreas características desse habitat.


Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam
os vegetais halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As
suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.

Os manguezais são encontrados ao longo de todo o litoral brasileiro, onde as principais


espécies de árvores típicas deste bioma são:

 Rhizophora mangle (mangue-vermelho) - próprio de solos lodosos, com raízes aéreas;


 Laguncularia racemosa (mangue-branco) - encontrado em terrenos mais altos, de solo mais
firme, associado a formações arenosas;
 Avicennia schaueriana (mangue-preto, canoé)
 Avicennia germinans
 Avicennia nitida
 Conocarpus erectus (mangue-de-botão)
 Clusia fluminensis (abaneiro)
A espécie Laguncularia racemosa merece destaque por ser a única espécie típica de
mangue encontrada no Arquipélago de Fernando de Noronha, num único manguezal
localizado na Baía do Sueste.

Os manguezais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica


para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa
razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados
doplaneta. A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes
"berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais,
aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para
reprodução, eclosão, criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.

Cerrado
Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás,
Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos
chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em
meio a um tapete de gramíneas - o cerrado.

Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais
longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase
todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra
totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas
nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam
amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas.

Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um de
seus indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros.
Mesmo no auge da seca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo.
Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não. Esta é
semicaducifólia.

Caatinga
Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + tinga [branca] = mata branca) é o
único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio
biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre
dapaisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria
das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga
ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando
de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Maranhão,Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte
do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).

Ocupando cerca de 850 mil km² (aproximadamente 10% do território nacional), é o mais
fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao
longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem
com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vêm
revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos
característicos.

Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana estépica.


Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem
à pluviometria, fertilidade e tipos de solo e relevo. Uma primeira divisão que pode ser feita é
entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a Mata
Atlântica, característica da Zona da Mata . Já o sertão apresenta vegetação mais rústica.
Estas regiões são usualmente conhecidas como Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco.
Segundo esta distinção, a caatinga seridó é uma transição entre campo e a caatinga
arbórea. Cariri é o nome da caatinga com vegetação menos rústica. Já o Carrasco
corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas , caracterizada
pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e
densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre sobretudo na Bacia do Meio
Norte e Chapada do Araripe.

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