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Cássimo Bernabé

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

A Evolução da história da Teoria Atómica e a Evolução da Classificação Periódica.

UniRovuma
Extensão Niassa
Lichinga
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Cássimo Bernabé

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

A Evolução da história da Teoria Atómica e a Evolução da Classificação Periódica.

Trabalho de pesquisa, da Cadeira de Química


Básica, a ser entregue no Departamento de
Ciências, Tecnologia, Engenharia e
Matemática, sob orientacao do MSc. Esaú C.
Bandali

UniRovuma
Extensão Niassa
Lichinga
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Sumário
Introdução ........................................................................................................................................... 3
1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos específicos ..................................................................................................... 3
EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DA TEORIA ATÓMICA E EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO
PERIÓDICA ....................................................................................................................................... 4
2. Evolução da História da Teoria Atómica ................................................................................ 4
2.1. Inicio da Teoria Atómica................................................................................................. 4
2.2. A historia da Teoria Atómica .......................................................................................... 4
2.3. Oposição à Teoria............................................................................................................ 5
2.4. Evidências da Teoria ....................................................................................................... 5
2.5. A Teoria Atômica de Dalton ........................................................................................... 6
2.6. Pesos relativos ................................................................................................................. 7
2.7. Problemas para a teoria ................................................................................................... 8
3. Evolução da Classificação Periódica ....................................................................................... 9
3.1. Conceito .......................................................................................................................... 9
3.2. Modelos de Classificação da Tabela Periódica ................................................................... 9
3.2.1. .Modelo de Classificação Periódica de Lavoisier...................................................... 10
3.2.2. Modelo de Classificação Periódica de Johann W. Döbereiner.................................. 10
3.2.3. Modelo de Classificação Periódica de Chancourtois ................................................ 10
3.2.4. Modelo de Classificação Periódica de Newlands ...................................................... 11
3.2.5. Modelo de Classificação Periódica Meyer ................................................................ 11
3.2.6. Modelo de Classificação Periódica de Mendeleiev ................................................... 12
3.2.7. Modelo de Classificação Periódica de Moseley ........................................................ 13
Conclusão .......................................................................................................................................... 14
Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 15
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa pressupõe o estudo de dois grandes temas referente a
Quimica Básica do curso de Biologia, nomeadamente: A Evolução da história da Teoria
Atómica e a Evolução da Classificação Periódica.

No decorrer da leitura poderá compreender que a forma atual da teoria começou com Dalton, em
1808, quando publicou em 'New System of Chemical Philosophy um trabalho, contendo a ideia de
que, quando duas substâncias se combinam, a união se faz por suas partículas componentes,
inicialmente na proporção de um para um, ou de um para dois, um para três, etc, que estabeleceu
seus princípios, e recebeu contribuições nos anos seguintes.

1. Objectivo Geral
• Compreender a Evolução da história da Teoria Atómica e a Evolução da Classificação
Periódica.
1.1.Objectivos específicos
• Identificar os varios cientistas que fizeram parte da evolução da teoria atómica;
• Reconhecer o contributo dos Cientistas na Evolução da História da Teoria Atómica;
• Descrever os Modelos de Classificação da Tabela Periódica;
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EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DA TEORIA ATÓMICA E EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO


PERIÓDICA

2. Evolução da História da Teoria Atómica

2.1. Inicio da Teoria Atómica

Em química e física, teoria atómica é uma teoria científica sobre a natureza da matéria, que
afirma que a matéria é composta de unidades discretas chamadas de átomos. A teoria originou-se
como um conceito filosófico na Grécia Antiga e tornou-se uma das principais correntes científicas
no início do século XIX, quando descobertas no campo da química mostraram que a matéria se
comportava como se, de fato, fosse composta por átomos.

A palavra átomo vem do adjetivo atomos, do grego antigo, significando "indivisível" Os químicos
do século XIX começaram a utilizar o termo em conexão com o crescente número de elementos
químicos irredutíveis. No início do século XX, a partir de vários experimentos
sobre eletromagnetismo e radioatividade, os físicos descobriram que o então denominado "átomo
indivisível" era, na realidade, um conglomerado de várias partículas subatômicas (em especial,
de elétrons, prótons e nêutrons) que podem existir separadas umas das outras. Atualmente, sabe-
se que em certos ambientes extremos, como em estrelas de nêutrons, as altas temperaturas e
pressões impedem que átomos possam existir.

Como os átomos mostraram-se ser divisíveis, os físicos posteriormente cunharam o termo


"partícula elementar" para descrever as partes indivisíveis, porém não indestrutíveis, de um átomo.
O ramo científico que estuda as partículas elementares é a física de partículas, e é nele que os
físicos esperam encontrar a verdadeira natureza fundamental da matéria.

2.2.A historia da Teoria Atómica

A Teoria atómica havia sido proposta por filósofos, como Descartes, antes dela ter uma base
experimental. Havia, desde os tempos antigos, duas hipóteses sobre a composição da matéria: ou
ela seria formada por partículas que não poderiam ser mais divididas, ou não haveria nenhum
limite à divisibilidade da matéria. A primeira ideia costuma ser atribuída aos epicuristas, porém
suas origens podem ser ainda mais antigas. A cosmogenia de Demócrito se baseia nesta ideia, que
ele derivou de Leucipo.

Segundo Daubeny, Mosco, um fenício que floresceu antes da Guerra de Troia, teria estas ideias,
assim como as mônadas de Pitágoras, cuja origem seria egípcia. Segundo Mr. Colebrooke, citado
por Daubeny, os hindus também tinham, no passado, uma teoria atómica.
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Pela teoria atómica de Epicuro, não havia nada além de matéria e espaço, sendo a matéria formada
por formas geométricas inquebráveis, de várias formas, como redondas, quadradas, com raios, etc,
porém em uma quantidade finita de formas distintas. Estes átomos possuíam duas propriedades
intrínsecas de movimento, uma tendência natural para descer e o movimento causado pelas suas
colisões, que faria os átomos se afastarem. Além destes dois movimentos, segundo Epicuro, alguns
átomos possuiriam um terceiro movimento, que os faria descer em trajetórias oblíquas ou curvas.
Os sólidos seriam produzidos por estes átomos quando eles estivessem em forma compacta, porém
líquidos, ceras, madeira ou vapor quando eles estivessem menos compactos.

2.3. Oposição à Teoria

A teoria atómica teve, como oposição, a teoria dos quatro elementos de Empédocles, segundo a
qual toda matéria é formada por terra, ar, fogo e água, misturados em diferentes proporções.

Leibnitz se opôs à teoria atômica, porque ela contrariava dois de seus dogmas, a teoria da
continuidade e a doutrina da razão suficiente.

Os átomos deveriam ser infinitamente duros e inelásticos, então, quando houvesse a colisão de
dois átomos vindos em direção oposta, eles deveriam imediatamente interromper seu movimento,
ou seja, passariam de um estado de movimento rápido para um estado de repouso, contrariando a
lei da continuidade, pela qual nenhuma mudança pode se dar de forma abrupta, sem passar pelos
estágios intermediários.

Os argumentos dos cartesianos contra a teoria atômica tem por base a matemática, pois nenhum
corpo, do ponto de vista matemático, pode ser considerado indivisível.

Abbé Boscovich, um discípulo de Leibnitz, propôs que toda matéria era formada de pontos (no
sentido matemático), que se repeliriam quando estivessem muito próximos, mas que se atrairiam
se muito distantes. Para explicar as propriedades da água (em seus três estados), Boscovich supôs
que duas partículas de água se repeliriam quando muito próximas, e haveria, de acordo com a
distância as separando, regiões onde haveria atração e regiões onde haveria repulsão.

2.4. Evidências da Teoria

A base experimental da teoria atômica é uma lei simples que, surpreendentemente, passou
despercebida para os cientistas durante muito tempo. É o fato de que as combinações entre os
corpos são muito bem reguladas.
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O primeiro passo na descoberta desta lei foi dado pelo químico alemão Wenzel que, no
trabalho Lehre von den Verwandschaften, publicado em 1777 em Dresden, mostrou que sempre
que dois sais neutros reagem entre si, o resultado são outros dois sais neutros, em que as proporções
dos constituintes são mantidas.

Exemplo, na reação de 19,7 gramas de sulfato anidro de prata (formado por 5 gramas de ácido
sulfúrico com 14,7 gramas de óxido de prata) com 16,5 gramas de nitrato de bário formado por
6,75 gramas de ácido nítrico com 9,75 gramas de óxido de bário produz-se 21,5 gramas de nitrato
de prata e 14,75 gramas de sulfato de bário. Desta forma, observa-se que existe uma simetria na
reação, ou seja, os 21,5 gramas de nitrato de prata são resultado da neutralização dos 6,75 gramas
de ácido nítrico com os 9,75 gramas de óxido de bário, e os 14,75 gramas de sulfato de bário são
resultado da neutralização dos 5 gramas de ácido sulfúrico com os 9,75 gramas de óxido de bário.

Com isto, fica demonstrado que 5 gramas de ácido sulfúrico são equivalentes a 6,75 gramas de
ácido nítrico, assim como 14,75 gramas de óxido de prata a 9,75 de óxido de bário. Analogamente,
o mesmo esquema pode ser usado para analisar a reação de 21,5 gramas de nitrato de prata com
7,5 gramas de fosfato anidro de sódio, resultando em 10,75 gramas de nitrato de sódio e 18,25
gramas de fosfato de prata. A conclusão é que 5 gramas de ácido sulfúrico, 6,75 de ácido nítrico e
3,5 de ácido fosfórico são equivalentes, assim como 4 gramas de óxido de sódio, 9,75 de óxido de
bário e 14,75 de óxido de prata.

Richter, um químico prussiano, expandiu o trabalho de Wenzel, e colocou todas as substâncias


químicas em uma única escala, medindo suas capacidades relativas de saturação de ácidos e bases,
fazendo a química, que até então havia apenas sido uma ciência qualitativa, se tornar uma ciência
quantitativa. O texto de Richer, publicado em 1792, se chamava Anfangsgrunde der
Stoichiometrie.

O próximo passo foi dado por Mr. Higgins, que, em 1789, no trabalho intitulado A Comparative
View of the Phlogistic and Anti-Phlogistic Theories, propôs que que a diferença entre o ácido
sulfuroso e o ácido sulfúrico é que, no primeiro, uma partícula de enxofre se combina com uma
partícula de oxigênio, enquanto que no segundo, uma partícula de enxofre se combina com duas
de oxigênio. Além disto, nos compostos de azoto e oxigênio, estes se combinam nas proporções
de 1 para 1,2,3,4 e 5.

2.5. A Teoria Atômica de Dalton

Mr. Higgins abandonou esta ideia, que foi retomada por Dalton.
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A forma atual da teoria começou com Dalton, que estabeleceu seus princípios, e recebeu
contribuições nos anos seguintes.

Dalton publicou sua teoria em 1808, em 'New System of Chemical Philosophy. Neste trabalho,
está a ideia de que, quando duas substâncias se combinam, a união se faz por suas partículas
componentes, inicialmente na proporção de um para um, ou de um para dois, um para três, etc.

O fundamento da teoria foram as experiências realizadas pelos químicos, a partir de Lavoisier, que
indicaram que toda substância é formada por pequenas partículas de matéria elementar. Estas
partículas podiam ser unidas ou separadas, mas não podiam ser quebradas em partes menores. Por
causa disto, estas partículas foram chamadas de átomos. A teoria é a generalização destes
experimentos: assim como todas substâncias que foram testadas experimentalmente foram
demonstradas de serem compostas de átomos, supôs-se que todas as substâncias seriam igualmente
compostas por átomos.

Segundo Dalton, como os pesos relativos de todos elementos podem ser determinados
experimentalmente, seria possível, a princípio, determinar o peso de cada átomo. Inicialmente, o
peso destes átomos não foi determinado, porém conseguiu-se provar que o hidrogênio era o átomo
de menor peso, e foi possível determinar o peso relativo de cada átomo em relação ao hidrogênio.
Por exemplo, o carbono tinha peso doze vezes maior que o hidrogênio. Ou seja, cada átomo tem
um peso atômico, que é quantas vezes este átomo é mais pesado que o átomo de hidrogênio. O
texto de Dalton trazia, no final, uma tabela com os trinta e sete supostos elementos então
conhecidos, com seus símbolos apropriados, e com seus pesos relativos calculados. Em 1810,
Dalton publicou outro volume, em que confirma suas ideias pela análise de compostos de oxigênio
com hidrogênio, azoto, carbono, enxofre e fósforo. Os trabalhos de Berzelius e Thompson
confirmaram estes resultados para todos os compostos.

A teoria de Dalton tem dois pontos fundamentais: a primeira é que a reação entre substâncias segue
proporções bem definidas, e a segunda é que a matéria é formada de átomos.

2.6. Pesos relativos

A observação da formação de diversas substâncias, como água, água oxigenada, monóxido de


carbono, gás carbônico, etc, mostrou que era possível definir pesos atômicos considerando-se que
todos átomos tinham um peso atômico múltiplo do peso do hidrogênio. De acordo com Daubeny,
os pesos atômicos dos átomos seriam:

Hidrogênio ... 1
8

Carbono ... 6
Oxigênio ... 8
Fósforo ... 12
Azoto ... 14
Enxofre ... 16
Sódio ... 24
Potássio ... 40

A exatidão destas proporções havia sido demonstrada, na época de Daubeny, até em uma parte em
300 a uma parte em 400. Um dos problemas não resolvidos por esta teoria era o peso atômico
do cloro, cujas medições indicavam o valor 35,43, bem distante do número inteiro 36 proposto por
Thompson, e o peso do bromo, de 78,26.

2.7. Problemas para a teoria

A teoria, porém, tinha algumas falhas. Por exemplo, como existia uma combinação de 1:1 entre
hidrogênio e oxigênio (formando água) e uma coombinação de 1:1 entre oxigênio e azoto
(formando dióxido de nitrogênio), é suposto que haveria uma combinação de 1:1 entre hidrogênio
e azoto, porém a única combinação observada era na proporção 3:1 (formando amônia). Em outros
casos, em vez das combinações serem nas proporções 1 - 2 - 3 - etc, elas ocorriam nas proporções
1 - 1 1/2 - 2 - etc.

Daubeny propôs que estes compostos não existiam porque ainda não haviam sido descobertos; ele
cita o caso das combinações entre enxofre e oxigênio, que só ocorriam nas proporções 1:2 e 1:3,
respectivamente, no anidrido sulfuroso e no anidrido sulfúrico até a descoberta do ácido
hipossulfuroso, com proporção 1:1.

Para os químicos, a constituição dos átomos era desconhecida. Não se sabia se os átomos eram
constituídos de partículas ainda menores, ou se eles eram realmente indivisíveis, pois o químico,
da época, não podia quebrar o átomo. Mesmo assim, Alexander William Williamson não
descartava a possibilidade de que os átomos pudessem, algum dia, serem divididos por processos
desconhecidos na sua época. A teoria atômica de Dalton foi a primeira tentativa de descrever toda
a matéria em termos de átomos e de suas propriedades.

Dalton baseou sua teoria na lei da conservação das massas e na lei das proporções constantes,
onde,
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✓ A primeira parte de sua teoria afirma que toda a matéria é feita de átomos, que são
indivisíveis;
✓ A segunda parte da teoria diz que todos os átomos de um determinado elemento são
idênticos em massa e propriedades;
✓ A terceira parte diz que compostos são combinações de dois ou mais tipos diferentes
de átomos;
✓ A quarta parte da teoria afirma que uma reação química é um rearranjo de átomos.

Partes da teoria tiveram que ser modificadas com base na descoberta de partículas
subatômicas e isótopos.

3. Evolução da Classificação Periódica

"O que é classificação periódica?

3.1. Conceito

A classificação periódica é o agrupamento dos elementos químicos adotando como critério suas
características em comum. Atualmente, a tabela periódica possui 118 elementos químicos.

Cada elemento possui propriedades próprias. No entanto, algumas dessas propriedades são
compartilhadas com outros elementos químicos. Com base nisso, os cientistas agruparam os
elementos químicos conhecidos em grupos ou famílias, junto a outros elementos com propriedades
químicas semelhantes.

3.2. Modelos de Classificação da Tabela Periódica

Da Grécia Antiga vieram as primeiras tentativas de organizar os elementos


conhecidos. Empédocles foi um filósofo grego que falou da existência de quatro "elementos":
água, fogo, terra e ar.

Posteriormente, Aristóteles fez a primeira organização desses elementos e lhes associou algumas
"propriedades" como úmido, seco, quente e frio.

Muitos estudiosos já tentavam organizar estas informações e, portanto, muitos modelos anteriores
foram apresentados.
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3.2.1. .Modelo de Classificação Periódica de Lavoisier

LAVOISIER, Antoine (1743-1794) observou que por meio da eletrólise, a água se decompunha
em hidrogênio e oxigênio. Classificou então as substâncias encontradas em elementares por não
conseguir dividi-las em substâncias mais simples.

Ele identificou alguns dos primeiros elementos químicos e, em 1789, organizou uma lista de 33
elementos divididos em conjuntos de substâncias simples, metálicas, não-metálicas e terrosas, mas
não conseguiu estabelecer uma propriedade que os diferenciasse.

3.2.2. Modelo de Classificação Periódica de Johann W. Döbereiner

Johann W. Döbereiner (1780-1849) foi um dos primeiros a observar uma ordem para organizar
os elementos químicos. Como no início do século XIX valores aproximados de massa atômica
para alguns elementos haviam sido estabelecidos, ele organizou grupos de três elementos com
propriedades semelhantes.

Segundo Döbereiner (1780-1849) o modelo de classificação por ele proposto era uma organização
baseada em tríades, ou seja, os elementos eram agrupados em trios conforme as suas propriedades
semelhantes, onde a massa atómica do elemento central era a média das massas dos outros dois
elementos. Por exemplo, o sódio tinha um valor aproximado de massa que correspondia a média
das massas de lítio e potássio. Entretanto, muitos elementos não podiam ser agrupados dessa
forma.

3.2.3. Modelo de Classificação Periódica de Chancourtois

Alexandre-Emile B. de Chancourtois (1820-1886), geólogo francês, organizou 16 elementos


químicos por ordem crescente de massa atômica. Para isso, utilizou um modelo conhecido por
Parafuso Telúrico.

No modelo proposto por Chancourtois, ocorre a distribuição das informações na base, em forma
de cilindro, alinhando verticalmente os elementos co m propriedades semelhantes.
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Modelo do Parafuso Telúrico

3.2.4. Modelo de Classificação Periódica de Newlands

John Newlands (1837-1898) também desempenhou papel fundamental. Ele criou a lei das oitavas
para os elementos químicos, onde suas observações mostraram que, organizando os elementos por
ordem crescente de massa atômica, a cada oito elementos as propriedades se repetiam,
estabelecendo assim, uma relação periódica.

Tabela Periódica proposta por Newlands

O trabalho de Newlands ainda era restrito, pois essa lei se aplicava até o cálcio. Entretanto, seu
pensamento foi precursor das ideias de Mendeleiev.

3.2.5. Modelo de Classificação Periódica Meyer

MEYER, Julius Lothar (1830-1895), baseando-se principalmente nas propriedades físicas dos
elementos, fez uma nova distribuição segundo as massas atômicas.
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Ele observou que entre elementos consecutivos, a diferença das massas era constante e concluiu a
existência de relação entre massa atômica e propriedades de um grupo.

Através do estudo proposto por Meyer foi possível comprovar a existência de periodicidade, ou
seja, ocorrência de propriedades semelhantes em intervalos regulares.

3.2.6. Modelo de Classificação Periódica de Mendeleiev

Dmitri Mendeleiev (1834-1907), em 1869, estando na Rússia, teve a mesma ideia que Meyer, que
realizava seus estudos na Alemanha. Ele, de forma mais meticulosa, organizou um quadro
periódico, onde os 63 elementos químicos conhecidos estavam dispostos em colunas com base em
suas massas atômicas.

Tabela periódica proposta por Mendeleiev

Além disso, deixou espaços vazios na tabela para os elementos que ainda não eram conhecidos.
Mendeleiev era capaz de descrever algumas informações dos elementos faltantes com base na
sequência que elaborou.

Trabalho de Mendeleiev foi o mais completo até então realizado, pois organizou os elementos
conforme suas propriedades, reuniu um grande número de informações de maneira simples e
constatou que novos elementos seriam descobertos, deixando espaços para inseri-los na tabela.
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Até então, nada se sabia a respeito da constituição dos átomos, mas a organização proposta por
Meyer-Mendeleiev originou inúmeras investigações para justificar a periodicidade dos elementos
e constitui a base da atual Tabela Periódica.

3.2.7. Modelo de Classificação Periódica de Moseley

Henry Moseley (1887-1915), em 1913, fez importantes descobertas, estabelecendo o conceito


de número atômico. Com o desenvolvimento de estudos para explicar a estrutura dos átomos, um
novo passo foi dado para organização dos elementos químicos.

A partir de seus experimentos, ele atribuiu números inteiros a cada elemento e, posteriormente, foi
constatada a correspondência ao número de prótons no núcleo do átomo.

Moseley reorganizou a tabela proposta por Mendeleiev de acordo com os números atômicos,
eliminando algumas falhas da tabela anterior e estabeleceu o conceito de periodicidade da seguinte
forma:

Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência dos
números atômicos.
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Conclusão
A Evolução da Teoria Atómica pressupõe de várias ideias sobre a constituição da matéria (o
átomo) que surgiram na Grécia antiga, por volta de 450 a.C., a partir, principalmente, de Demócrito
e Leucipo. No entanto, o átomo só recebeu de fato um caráter científico a partir da chamada teoria
atômica de Dalton, que foi fundamental para o desenvolvimento do conhecimento atômico, pois
serviu de base para que outros cientistas conhecessem o átomo e suas características. Assim, foi o
desenvolvimento da primeira teoria atômica, por meio de vários experimentos relacionados com a
mistura de gases e do conhecimento dos trabalhos propostos por Lavoisier que surgiu a teoria
atômica de Dalton em 1808. "A teoria atômica de Dalton foi baseada em experimentos, mas
nenhum desses experimentos conseguiu revelar o átomo claramente. Por isso, Dalton denominava
o átomo como a menor parte da matéria.

No que se refere a Evolucao da Classificacao Periodica, De fato, todos os modelos propostos, de


alguma forma, contribuíram para as descobertas sobre os elementos químicos e suas classificações.
Além disso, foram fundamentais para que chegasse ao modelo atual de tabela periódica que
apresenta 118 elementos químicos. A tabela periódica recebe esse nome em relação à
periodicidade, ou seja, os elementos estão organizados de forma que suas propriedades se repetem
de forma regular.

O modelo de tabela periódica que conhecemos atualmente, foi proposto pelo químico russo Dmitri
Mendeleiev (1834-1907), no ano de 1869, cuja inalidade fundamental era de criar uma tabela para
facilitar a classificação, a organização e o agrupamento dos elementos químicos conforme suas
propriedades.
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Referências Bibliográficas
Berryman, Sylvia, "Ancient Atomism", Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2008 Edition),
Edward N. Zalta (ed.)

Charles Giles B. Daubeny, Introduction to the atomic theory (1831), Chapter II, p.30 a p.43

Alexander William Williamson; Chemistry, for students; Clarendon Press, 1868, Introduction, p.2
e p.4
DIAS, Diogo Lopes. "Teoria atômica de Dalton"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/teoria-atomica-dalton.htm.

LIMA, Ana Luiza Lorenzen. "Classificação periódica dos elementos na Tabela


Periódica"; Brasil Escola.

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