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FACULDADE DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA AGRÍCOLA E ÁGUA RURAL
NÍVEL: 4º ANO; I SEMESTRE
Tema:
Discente: Código:
Orientador:
ii
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
iii
Índice Geral
DECLARACAO...........................................................................................................................iii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRONIMAS.........................................................v
INDICE DE FIGURAS................................................................................................................vi
INDICE DE TABELAS...............................................................................................................vi
RESUMO.....................................................................................................................................vii
ANTECEDENTES.....................................................................................................................viii
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................10
1.1 OBJECTIVOS:................................................................................................................12
1.1.1 Geral:.......................................................................................................................12
1.1.2 Específicos:..............................................................................................................12
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA..............................................................................................14
2.1 CARTOGRAFIA............................................................................................................14
2.2 MAPA.............................................................................................................................14
2.4 Escala..............................................................................................................................15
2.6.1 Cheias......................................................................................................................16
2.6.2 Inundações...............................................................................................................16
iv
2.8.1 Elementos expostos.................................................................................................17
3 METODOLOGIA..................................................................................................................18
4 RESULTADOS ESPERADOS.............................................................................................22
6 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES................................................................................24
7 PLANO ORÇAMENTAL.....................................................................................................26
8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27
v
Índice de Tabelas
Índice de Figuras
vi
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS
Re – Risco especifico
S – Susceptibilidade
V – Vulnerabilidade
vii
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este Protocolo de Culminação do Curso é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações dos meus tutores, o seu conteúdo é original e todas as
fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para propósito
semelhante ou obtenção de qualquer grau académico.
viii
RESUMO
ix
ANTECEDENTES
No entanto, esta cidade regista situações de cheias cíclicas devido a motivos já conhecidos e,
entretanto, várias medidas têm vindo a ser tomadas no sentido de fazer face a essa situação, sem
sucesso. A cidade de Xai-Xai a semelhança de outros pontos da província de Gaza como
Chókwè, Guijá, e Chibuto, são assolados por cheias cíclicas que, no caso da cidade de Xai-Xai, o
Governo, tomou várias medidas sendo uma delas, o reassentamento da população. Pois, esta
medida demonstra-se com enormes falhas pelo facto de a população retornar aos locais tidos
como de risco por se tratar do seu nicho ecológico. Por outro lado, o facto de esta cidade estar a
registar ameaças de inundações quase todos os anos, demonstra a deficiência do seu sistema de
gestão do risco de inundações.
As cheias de 2013 têm a particularidade de terem afectado áreas urbanas - a parte baixa da
Cidade de Xai-Xai. À época chuvosa 2012/2013 foi marcada pela ocorrência de cheias,
inundações, tempestades, e trovoadas cujos efeitos negativos cumulativos tornam as calamidades
de 2013, nas piores dos últimos 13 anos, a seguir às devastadoras cheias de 2000, tidas como as
piores em Moçambique nos últimos 150 anos. As cheias registadas no vale do Rio Limpopo
causaram danos nas infraestruturas hidráulicas no Regadio do Baixo Limpopo, como por
exemplo valas submersas numa extensão de mais de 144 km, 11 rombos com cerca de 1 km
cada, ao longo do dique de proteção, destruição de 5 comportas, e 4 pontecas destruídas.
x
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2000 e 2013 na Província de Gaza, Cidade de Xai-Xai
1 INTRODUÇÃO
O mapa de áreas de risco à inundação é um instrumento importante na prevenção, controle e
gestão das inundações (Da Hora & Lima, 2009). Na cartografia, os mapas têm características
específicas que os classificam, e representam elementos selecionados de um determinado espaço
geográfico, de forma reduzida, utilizando simbologia e projeção cartográfica (Loch, 2006).
De acordo com Gomes (2009, p. 60) a ocorrência de inundações e cheias tem se intensificado e
tornando mais frequente a cada ano, áreas urbanas e zonas próximas a estes eventos extremos são
afetadas em todo mundo e isso tem causado muitos prejuízos. Os impactos decorrentes dos
desastres naturais e número de ocorrências têm aumentado nos últimos anos, como
consequência, entre outros aspectos, da combinação de efeitos relacionados a fatores
econômicos, sociais, demográficos, tecnológicos e ideológicos. De modo geral, vulnerabilidade
expressa o grau das possíveis perdas ou os possíveis danos a pessoas, bens, instalações e em
meio ambiente que podem transcorrer da ameaça de um determinado fenômeno. Em situação de
desastres, implica também na capacidade de proteger-se e de recuperar-se das suas
consequências. Relaciona-se a um conjunto de fatores, entre eles: sociais, econômicos, físicos e
ambientais.
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De acordo com Vallejo (2005), a vulnerabilidade (V) corresponde ao grau de danos ou perdas
potenciais de um elemento ou conjunto de elementos expostos, em resultado da ocorrência de um
fenómeno de determinada intensidade. Assim, uma carta de vulnerabilidade avalia os potenciais
danos sobre os elementos expostos (pessoas e bens, infra-estruturas, actividades económicas) na
eventualidade de virem a ser afectados por um acidente natural.
Com este trabalho perspectiva-se ainda produzir mapas temáticos a partir de imagens satélite,
podendo ser (radar ou óticas) destacando a localização exata e extensão das zonas onde se
encontram as infraestruturas de rega destruídas pelas cheias de Fevereiro e Março de 2000 e
2013 na Cidade de Xai-Xai, Província de Gaza, com vista a facilitar ações de reabilitação de
infraestruturas destruídas, avaliação da degradação ambiental e tomada de decisões com a
finalidade de propor medidas de prevenção e/ou mitigação das cheias nas zonas de risco no local
de estudo.
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OBJECTIVOS:
1.1.1 Geral:
Elaborar cartas específicas de todas as Infraestruturas de Rega destruídas por cheias e
inundações de 2000 e 2013 no Distrito de Xai-Xai, Província de Gaza.
1.1.2 Específicos:
Identificar as zonas de interesse agrícola afetadas pelas cheias de 2000 e 2013 na Cidade
de Xai-Xai;
Identificar as infraestruturas de rega destruídas, bem como a sua localização exata e
extensão;
Coletar dados para a elaboração do mapa temático das infraestruturas de rega destruídas
pelas cheias de 2000 e 2013 na Cidade de Xai-Xai;
Determinar a escala de produção do mapa temático;
Mapear as infraestruturas de rega destruídas, mostrando a sua localização antes da
degradação e depois da sua reabilitação;
PROBLEMA E JUSTIFICATIVA
O distrito de Xai-Xai em Moçambique sofre inundações e cheias anuais recorrentes devido a
uma conjugação e combinação peculiar da climatologia e geomorfologia na bacia de drenagem.
Tais ciclos afetam a fauna, flora e também o estilo de vida dos habitantes e as suas práticas
agrossilvipastoris (Afonso, 1998).
Devido à sua localização no contexto da África Oriental, este distrito é muito influenciado pela
ocorrência dos ciclones tropicais no Oceano Índico que também influenciam a ocorrência de
cheias e inundações. Em períodos críticos e em ano de cheias, o fluxo de água emanado a partir
do canal de estio do rio Limpopo chega a ser três vezes maior que o normal, causando surtos
agudos de tragédia humana e ambiental no Distrito. Cerca de metade da superfície física do
distrito sobrepõe-se à vasta planície deltaica do rio Limpopo onde maior parte são compostos por
riachos com curso de água permanente (ADVZ, 2015).
Importa realçar que Moçambique é o terceiro país Africano mais exposto aos desastres naturais,
sendo cíclica e frequentemente assolado por eventos naturais extremos na forma de cheias, secas,
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ciclones e tempestades tropicais (MDPD, 2013). A cidade de Xai-Xai que se encontra instalada
no caudal do rio Limpopo, sendo a última cidade que este rio atravessa durante o seu curso, tem
sofrido bastante em períodos críticos. No entanto, esta cidade regista situações de cheias cíclicas
devido a motivos já conhecidos e, entretanto, várias medidas são levadas a cabo com a finalidade
de fazer face a essa situação, muitas das vezes sem bastante sem sucesso.
O Limpopo, atravessa muitos países da região da SADC, sendo a cidade de Xai-Xai, o seu ponto
culminante, razão pela qual, é este ponto que sofre mais com os efeitos extremos, no que diz
respeito à gestão das águas da bacia hidrográfica do Limpopo. Na tentativa de resolução dos
efeitos negativos relacionados com ego humano quanto à partilha da água, vários acordos têm
vindo a serem assinados, desde o Protocolo da SADC da gestão das águas transfronteiriças, até
acordos bilaterais entre países banhados por mesmas bacias hidrográficas. A cidade de Xai-Xai a
semelhança de outros pontos da província como Chókwè, Guijá, e Chibuto, são assolados por
cheias cíclicas que, no caso da cidade de Xai-Xai, o Governo tem tomado várias medidas sendo
uma delas, a política de reassentamento da população.
Como referenciado no parágrafo anterior, a cidade de Xai-Xai é assolada por cheias cíclicas,
exemplificando as cheias de 2000 e 2013 que causaram grandes danos e destruições a vários
níveis nas infraestruturas hidráulicas de rega, por isso delimitou-se o tema em estudo afim de
especificar as áreas de inundação e as infraestruturas de rega destruídas, com o objectivo de
propor medidas de contenção e mitigação do problema.
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2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
Desastres naturais
A ocorrência dos eventos de desastres naturais tem sido um fenómeno natural recorrente no
quotidiano da população, independente de residirem ou não em áreas identificadas como de
risco. Segundo CASTRO (1998), desastre é definido como resultado de eventos adversos,
naturais provocados ou não pela acção antrópica, sobre um ecossistema vulnerável, causando
prejuízos humanos, materiais ou ambientais ligando-se intrinsecamente a prejuízos
socioeconómicos.
2.1.1 Cheias
Refere-se à dinâmica hidrológica de um determinado curso de água “subida, geralmente rápida,
do nível de um curso de água até um máximo a partir do qual desce em geral mais lentamente”,
segundo o Dicionário Internacional de Hidrologia. Assim, é possível dizer que todas as cheias
provocam inundações, mas nem todas as inundações são devidas a cheias (Ramos, 2005).
Hooke (2015) considera as cheias como o evento natural mais responsável por alterações
geomorfológicas através do transporte de sedimentos e alerta para sua importância ecológica na
manutenção da bio e geodiversidade e respectivos serviços ecossistêmicos prestados.
2.1.2 Inundações
As inundações são resultado da interação de fenômenos meteorológicos (tempestades repentinas,
chuvas contínuas, intermitentes), hidrológicos (infiltração no solo, escoamento superficial
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Ao nível da proteção civil, as inundações são tidas como superfícies alagadas, devido à rotura de
canalizações ou ao mau escoamento de águas pluviais. As cheias estão associadas ao transbordo
de linhas de água, que inunda as margens circundantes, devido ao aumento do caudal provocado
por excesso de precipitação, por rotura de uma barragem, na sequência de fenómenos de origem
sísmica, meteorológicos ou tectónicos (Barreiros et al, 2009).
Avaliação da susceptibilidade
O modelo de susceptibilidade apresentado por Hearn (1987) e TRL (1997) referido em Hearn &
Griffiths (2001) citado por J. Pamplona & T. Valente (2014), apresentam alguns factores como o
tipo de rocha, o declive da vertente, a forma e orientação das vertentes, o uso do solo e a
proximidade de linhas de água.
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Avaliação da vulnerabilidade
Uma carta de vulnerabilidade avalia os potenciais danos sobre os elementos expostos (por
exemplo pessoas e bens, infra-estruturas, actividades económicas) na eventualidade de virem a
ser afectados por um acidente natural (J. Pamplona & T. Valente 2014).
Para Vallejo et al., (2005) os factores e as classes apresentados na tabela geradora de mapas de
vulnerabilidade de J. Pamplona & T. Valente, (2014) vão de encontro a uma metodologia geral
que prevê a avaliação da vulnerabilidade social, estrutural, económica, cultural e ambiental.
Segundo J. Pamplona & T. Valente, (2014) na estruturação da tabela geradora de vulnerabilidade
definem-se várias classes para os factores considerados (aglomerados populacionais; edificado;
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O risco pode ser expresso em uma equação onde o risco (R) é a Probabilidade (P) de ocorrência
de um acidente associado a um determinado perigo ou Ameaça (A) e que pode resultar em
Consequências (C) danosas às pessoas ou bens, em função da Vulnerabilidade (V) do meio
exposto ao perigo e que pode ter seus efeitos reduzidos pelo grau de Gerenciamento (G)
colocado em prática pelo poder público e/ou pela comunidade (LabGrid/ UFSC 2014). Dessa
forma o risco é classificado como: R1 – Baixo; R2 – Médio; R3 – Alto; ou R4 – Muito Alto.
Grau de Exposição
Risco
1 2 3 4 5
1 I I I II II
2 I I II III IV
Vulnerabilidade Global 3 I II III IV V
4 II III IV V V
5 III IV V V V
Fonte: Ubaldo Gemusse et. al, 2018 (citando Pereira 2013, citando Coelho 2005).
Legenda: I - Risco Desprezível, II - Risco Baixo, III- Risco Médio, IV - Risco Elevado, V -
Risco Muito Elevado.
Risco específico (Re) de acordo com (Varnes 1984; Smith 1996, citado por J. Pamplona & T.
Valente 2014) define-se como a probabilidade de ocorrência de um acidente natural e de que este
cause perdas ou danos.
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CARTOGRAFIA
Cartografia é a organização, apresentação, analise e comunicação de espacialidade
georeferênciada sobre amplo leque de temas de interesse e uso para a sociedade em um formato
interativo, dinâmico, multimídia, multissensorial e multidisciplinar (Taylor, 2005, p. 405).
A cartografia é a ciência que retrata e investiga a distribuição espacial dos fenômenos naturais e
sociais, suas relações e suas transformações ao longo do tempo, por meio de representações
cartográficas (modelos icônicos) que reproduzem este ou aquele aspecto da realidade de forma
gráfica e generalizada (SALICHTCHEV, 1973; apud MARTINELLI, 2011, p. 28).
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MAPA
Representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais,
culturais e artificiais de toda a superfície (Planisfério ou Mapa Mundo), de uma parte (Mapas dos
Continentes) ou de uma superfície definida por uma dada divisão político-administrativa (Mapa
do Brasil, dos Estados, dos Municípios) ou por uma dada divisão operacional ou setorial (bacias
hidrográficas, áreas de proteção ambiental, setores censitários) (IBGE, 2004).
Segundo Martinelli (2003), a base cartográfica diz respeito à cartografia topográfica que
preparará um pano de fundo de referência adequado a acomodar o tema. Envolve aspectos
específicos desta área científica, no que tange à escala, orientação, projeção, rede geográfica,
meridiano central, seleção dos elementos planimétricos e altimétricos, pontuais e lineares,
zonais, impondo, muitas vezes, generalizações, etc. Tal autor prossegue afirmando que a base
cartográfica é o ponto de partida de qualquer representação gráfica em mapa.
3 METODOLOGIA
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conseguinte com uma agricultura de sequeiro de baixo a moderado risco. A precipitação média
anual ronda os 1000 mm, ocorrendo, essencialmente, de Novembro a Março e a
evapotranspiração de referência média anual varia entre 1200 e 1500 mm.
De acordo Reddy (citado por Marques, et al 2006), a temperatura média anual varia entre 22.5oC
e 24oC, e o risco de ocorrência de geadas é nulo, mesmo durante a época fria. O distrito de Xai –
Xai estende-se por dois grandes tipos fisiográficos que são a planície aluvionar do rio Limpopo
(vale) e um planalto circundante arenoso (serra) de origem eólica. A transição entre os dois tipos
é feita por encostas declivosas, onde ocorre a formação de solos hidromórficos. Os tipos de solos
mais predominantes são os argilosos nas baixas e os solos arenosos nas serras.
O Limpopo é o principal rio permanente. A qualidade da água varia com a precipitação recebida
a Norte da bacia hidrográfica e, na estação seca a sua água é salgada devido à intrusão salina. O
rio Lumane, permanente, drena a agua doce do lago PAVE no rio Limpopo. Os outros 3 rios
(Munhuana, Chégua e Nhancuchuane) são sazonais, mas mantem uma certa quantidade de agua
permanente disponível (MAE, 2005).
De acordo com o MICOA (2012) todas rochas da Cidade de Xai-Xai são sedimentares, sendo a
sua formação geológica resultado da sedimentação de rochas do quaternário, dominada pelas
dunas interiores e aluviões recentes. Na zona costeira ocorrem as areias de dunas costeiras e grés
costeiro com aluviões recentes, a norte e sul do Município de Xai-Xai, é ocupado por dunas
interior de areia vermelha eólica, e o vale do Rio Limpopo é dominado pelos aluviões recentes.
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Abordagem Metodológica
Um projecto de avaliação de riscos associados a destruição de infraestruturas hidráulicas ao
longo do rio Limpopo, com particular atenção na Cidade de Xai-Xai, irá contemplar as seguintes
etapas:
1ª. uma primeira fase que passa pela aquisição de dados e análise de informação de natureza
alfanumérica e espacial, constantes de bases de dados e bases bibliográficas disponíveis. Tem
relevo especial neste contexto, a constituição de um acervo consistente de cariz topográfico,
geológico, pedológico, e de outras naturezas, tais como, demografia, climatologia, áreas de
interesse patrimonial (ecológico e geológico) e legislação ambiental vigente. O cruzamento da
informação deverá ser concebido de forma a pré-selecionar locais que evidenciem maior risco
potencial. A informação obtida deverá ser integrada em ambiente SIG (Sistemas de Informação
Geográfica).
2ª. uma segunda fase relativa à obtenção de um conjunto de novos dados que são acrescentados à
informação existente. Estes incluem o reconhecimento de campo de locais pré-selecionados e de
locais em que existe um registo histórico de existências de infraestruturas de rega e, ainda, de
outros locais de menor risco potencial (escolhidos aleatoriamente e em percursos que cruzem a
zona de estudo). Este levantamento de campo poderá gerar informação de natureza diversa sobre:
b) Apreciação geomorfológica;
3 ª. uma terceira fase que resulta na integração em ambiente SIG de toda a informação obtida, na
análise e na geração de cartografia de risco e o mapeamento dela resultante.
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Planos de Ordenamento do Território com maior ênfase na avaliação dos planos fluviais e
costeiros.
Para alcançar os objetivos aqui propostos, realizar-se-á um levantamento bibliográfico no que diz
respeito a leituras de obras que versão sobre mapeamento temático de áreas vulneráveis a cheias
e inundações, seguido de coleta de dados através de observação indirecta e trabalho do campo
em parceria com a RBL, EP. Obtendo-se assim a distribuição das áreas de risco e infraestruturas
de rega degradadas, processado em ambiente SIG, usando os programas Google Earth, QGIS
2.18 e HEC-RAS. A localização dos elementos expostos (vulnerabilidade) iniciara se
contemplando, numa planta topográfica, o edificado e estruturas existentes na área de estudo.
Serão alvo de um tratamento particular os elementos considerados como Estratégicos, Vitais e/ou
Sensíveis. A susceptibilidade será representada cartograficamente através de mapas de
zoneamento, com uma análise distanciada pelo google earth e produção do mapa pelo QGIS
2.18, assim como a carta de elementos expostos seguindo os métodos de mapeamento para os
mapas de representação pontual, linear e zonal. A determinação do risco resultará da
sobreposição de cada carta de susceptibilidade com a carta dos elementos expostos,
correspondendo aos territórios que, tendo sido identificados como susceptíveis a determinado
perigo, também apresentam elementos expostos vulneráveis a esse perigo.
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4 RESULTADOS ESPERADOS
Com a realização desse trabalho espera-se prevenir a extensão e a construção de sistemas de rega
e de outras infraestruturas nos locais vulneráveis, a sectores com maior susceptibilidade. Assim
como espera-se:
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Factores de risco
As dificuldades que podem interferir ou inviabilizar o trabalho e o alcance dos objectivos do
mesmo são:
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6 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Tabela 5: Plano de atividades de execução do trabalho.
Ano de 2021
Agosto Setembro Outubro Novembro
Actividades
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Reconhecimento do local de
estudo
Recolha de informação:
Revisão Bibliográfica
Dados das cheias de 2000 e
2013 e dados de infraestruturas
de rega e drenagem degradadas
Dados geológicos, pedológicos,
demográficos e climatológicos,
áreas de interesse patrimonial
(ecológico e geológico),
legislação ambiental vigente e
dados hidrológicos da extensão
do Rio Limpopo em xai-xai
Trabalho de campo:
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7 PLANO ORÇAMENTAL
Tabela 6: Custos de orçamentação do trabalho.
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2 GPS# 1 * *
3 INTERNET (Moden da movitel) 1 5000,00MZN 5000,00 MZN
Nota:
8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Afonso, et al. (1998). A evolução geológica de Moçambique. Instituto de Investigação
Científica Tropical, Lisboa; Direcção Nacional de Geologia, Maputo.
Barreiros, C., Costa, E., Pires, P., Guia para a Caracterização do Risco no Âmbito da
Elaboração de Planos de Emergência. Autoridade Nacional de Protecção Civil, 2009.
Carrasco, et al. 2003. Hazard zoning for landslides connected to torrential floods in the
Jerte Valley (Spain) by using GIS techniques. Natural Hazards, 30, 361–381.
CASANOVA, et al. Bancos de Dados Geográficos. Brasil, MundoGeo, 2005. 506 p.
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Do objectivo do mapa e;
Para (Santos, 2013) os métodos mais empregados na obtenção de mapas podem ser classificados
de uma maneira geral como:
Levantamentos terrestres;
Sensoriamento remoto;
Levantamento aéreos;
Digitalização.
Levantamentos terrestres
De acordo com (Santos, 2013), os levantamentos terrestres podem ser classificados, segundo os
objectivos, da seguinte maneira:
Levantamento geodésico;
Levantamento topográfico;
Levantamento cadastral.
Sensoriamento remoto
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De uma maneira geral, sensoriamento remoto é o nome atribuído aos métodos que se utilizam da
tecnologia denominada percepção remota, que em termos mais simples, é a detecção e/ou
avaliação de objectos sem contacto humano directo (Santos, 2013).
De acordo com (Santos,2013) diz que os levantamentos que utilizam desta tecnologia são os
aerofotogramétricos e os orbitais.
Levantamentos aerofotogramétricos
Mapas digitais;
Ortofotocartas.
Digitalização
Digitação vectorial
Digitalização raster
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Escala
A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as distancias lineares medidas sobre
o mapa e as distancias lineares correspondentes, medidas sobre o terreno (Santos, 2013). As
escalas podem ser:
Numérica: normalmente é expressa por uma fração cujo numerador é a medida no mapa
e denominador a medida correspondente no terreno;
Gráfica: é um ábaco formado por uma linha graduada, dividida em partes iguais, cada
uma delas representando a unidade de comprimento escolhida para o terreno ou um dos
seus múltiplos.
Bancos de dados geográficos (BDG) são coleções de dados georeferênciados, manipulados por
Sistemas de Informação Geográficas (SIG). É um conjunto de dados geográficos inter-
relacionados e procedimentos que permitem o acesso a esses dados e viabiliza o armazenamento
e recuperação eficiente de dados (CASANOVA et al., 2005).
Geomorfologia
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2000 e 2013 na Província de Gaza, Cidade de Xai-Xai
Sistemas de Relevo
O mapeamento por sistemas de relevo consiste na distinção de áreas cujos atributos físicos
divergem das áreas adjacentes (IPT, 1981). A subdivisão da área permite identificar alguns
padrões em relação a topografia, solos e vegetação das áreas agrupadas (Garcia, 2015). Esta
relação existente entre os sistemas de relevo pode ser explicada devido a influência da geologia e
geomorfologia durante a evolução do relevo.
Os sistemas de relevo podem ser subdivididos em partes menores, aumentando o nível de detalhe
do relevo, caso das unidades de relevo e dos elementos (Garcia 2015, citando IPT 1981).
A unidade de relevo: tem forma simples, ocorrendo sobre um único tipo de rocha ou deposito
superficial e encerra solos de variação consistente. Alguns exemplos de unidades de relevo são
escarpas, morros, leques aluviais, entre outros.
Os elementos: são em menor escala e compõem as unidades de relevo, são representados, por
exemplo, pela crista flanco ou sopé de uma determinada escarpa.
EULER JOAO 37