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NOÇÕES BÁSICAS DE MAPEAMENTO GEOMORFOLOGICO

Notas sobre Mapeamento Geomorfoló gico

MAPEAMENTO GERMOFOLOGICO

O mapeamento germofologico pode ser feito através do levantamento de informações


morfométricas básicas da rede de drenagem e do relevo, que quando integrados os dados
possibilitaram numa análise inicial da compartimentação do relevo em unidades com feições e
respostas semelhantes aos processos de dinâmica superficial (Robainaetal, 2006).
(Robainaetal, 2006), os parâmetros que podem ser utilizados segundo o autor referentes aos
padrões de drenagem são: a forma da bacia através do Índice de circularidade a magnitude da
bacia, e a densidade de drenagem. Os parâmetros do relevo analisados podem ser a altitude,
comprimento de vertente, amplitude e declividade que definiram as formas de relevo

Avaliação dos modelos das unidades geomorfológicas


Para avaliar os sistemas de modelados que constituem as unidades geomorfológicas, toma-se
como base os parâmetros representados na carta geomorfológica que são (Manual Técnico de
Geomorfologia, 2009):
 Características das formações superficiais, como a génese, tipo de perfil, espessura,
continuidade e descontinuidade espacial e textura;
 Processos morfogenéticos actuantes e suas manifestações através de sua localização, tipo,
intensidade e a distribuição espacial;
 Geometria das formas de relevo, suas dimensões e classes de declividade;
 Confronto e compatibilização das manifestações morfodinâmicas observadas em
campo com as classes de erosão dos solos utilizadas pelos pedólogos. Esse confronto
resulta na classificação morfodinâmica.

Classificação dos Padrões de Drenagem e do Relevo


 Densidade de drenagem

A densidade de drenagem pode fazer dedução direta com o


comportamento relativo à capacidade de infiltração e estruturação de escoamento
superficial em diferentes rochas (Joséet al,2014).

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Os valores das densidades de drenagens, das bacias hidrográficas a serem estudados, os seus
valores podem ser extraídos conforme Jorge e Uehara citado por, Jhonatan (2016), descrita a
seguir.

D=
∑l
A

Onde: d = densidade de drenagem; Σl = somatório de todos os comprimentos (l) de cursos d’água


constituídos na bacia e A = área da bacia em questão.

Para a vectorização dos canais fluviais, compilação e espacialização dos dados de densidade de
drenagem, pode ser utilizado o softwarede mapeamento ArcGis 10.0 (Jhonatan,2016).

Segundo Carvalho citado por, Jonathan (2016) e Beltrame citado por, Sérgio (2018) sedimentam
as classes a densidade de drenagem como sendo:

Tabela 2:

*Densidade de Classificação **Densidade de Classificação


drenagem drenagem
2
(km/km )
2 Bacias com drenagem <0,5 Incipiente
Dd<0,5 km/km
pobre

2 Bacias com drenagem


0,5< Dd<1,5 km/km
regular

1,5<Dd<2,5 km/km 2 Bacias com drenagem 0,5 a 1,00 Muito Baixa


boa
2 Bacia com drenagem
2,5<Dd<3,5 km/km
muito boa

Dd<3,5 km/km2 Bacia excepcionalmente 1,01 a 2,55 Baixa


bem drenadas

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Fonte: (Carvalho citado por, Jhonatan 2016*e Adaptado de Beltrame citado por, Sérgio
2018**).

 Amplitude

A caracterização dos tipos de relevo baseados nos pressupostos de Ponçano (citado por, Daniela
2009) é feita relacionando os dados de amplitude e as inclinações predominantes (declividade).

Tabela 3: Classificação para os tipos de relevo, baseados nos pressupostos de Ponçano (citado
por, Daniela 2009)

Amplitudes locais Inclinações Tipos de relevo


Predominantes
<100 Metros <5 % Rampas
5 a 15% Colinas
>15% Morrões

100 a 300 Metros 5 a 15% Morros com encostas


>15% suavizadas
Morros

<300 Metros >15% Montanhas


Fonte: (Ponçanoetal citado por, Daniela 2009)

 Altitude

Segundo Guerra (citado por, Paulo 2003) os modelados de dissecação podem ser classificados
descritivamente como:

Tabela 2: classificação do relevo baseada as classes de altitude

Altitude (m) Classificação do relevo


>300 Montanhas
100-200 Morros
50-100 Outeiros

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<50 Colinas
Fonte: (Guerra citado por, Paulo 2003)

 Declividade
A análise da declividade permite evidenciar a distribuição das inclinações das superfícies do
relevo (De Paula, citado por Jheini, 2016).
Segundo Tricart (citado por, Manual Técnico de Geomorfologia, 2009) e A Empresa Brasileira
de Pesquisa Agro-pecuária (EMBRAPA, 2006), classificam o relevo com as seguintes classes de
declividades como sendo:

Tabela 4: classificação do relevo baseada as classes de declividades

*Limites *Classes de **Limites **Classes de


Percentuais (%) Declividade Percentuais (%) Declividade
0-3 Plano (0 a 3%) Muito Fraca (Mfa)
3-8 Suave ondulado 3% e 8% Fraca (Fa)
8-20 Ondulado 8% a 20% Moderada (Mo)
20-45 Forte ondulado 20 a 45% Forte (Fo)
45-75 Montanhoso >45% Muito Forte (Mfo)
>75 Escarpado
Fonte: (EMBRAPA, 2006* e Manual Técnico de Geomorfologia, 2009**)

EMBRAPA, 2006 e Manual Técnico de Geomorfologia, 2009 também fazem uma discrição das
formações superficiais, presentes em cada classe de
Declividade (em anexo).

Foto interpretação geomorfológica


Segundo Paulo (2003), com a foto interpretação é possível proceder ao reconhecimento das
formas de relevo, em especial as rupturas de encostas que podem ser utilizadas na delimitação
das diferentes formações superficiais identificadas em campo. Por meio da foto interpretação é
possível identificar formas dos interflúvios, tanto as feições de topo (convexas, planas, aguçadas)

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quanto à forma das encostas (convexas, côncavas, convexo-côncavas) As rupturas de declive, as


redes hidrográficas, os divisores). As rupturas de declive, as redes hidrográficas, os divisores.
Anexo F: Mapeamento germofologico: discrição das formações superficiais, presentes em cada
classe dedeclividade (EMBRAPA, 2006 e Manual Técnico de Geomorfologia, 2009)
Declividade Discrição das formações Declividade Discrição das formações
(%) * superficiais (%)** superficiais
0-3 Desnivelamentos são muito 0-3 Geralmente corresponde
pequenos aos relevos planos há
perda de materiais em
solução pela acção da
infiltração das águas e do
escoamento sub-
superfície.
3-8 Constituída por conjunto de 3-8 Apresenta uma densidade
colinas e/ou outeiros de drenagem grosseira e
(elevações de altitudes fraco aprofundamento da
relativas até 50m e de 50 a drenagem
100m, respectivamente),
apresentando declives suaves.
8-20 Constituída por conjunto de 8-20 Apresenta uma densidade
colinas e/ou outeiros, e aprofundamento médio
apresentando declives da drenagem
moderados
20-45 Formada por outeiros e/ou 20-45 Apresenta uma densidade
morros (elevações de 50 a de drenagem fina e
100m e de 100 a 200m de aprofundamento da
altitudes relativas, drenagem médio ou
respectivamente forte.As formações
superficiais são pouco
espessas e/ou rasas, de
textura média e/ou
arenosa
45-75 Constituídas por morros >45% Corresponde aos
montanhas, maciços modelados de
montanhosos acumulação eólica ou de
inundação, como as áreas
de dunas e de planícies
de maré.
>75 Superfícies muito íngremes
vertentes de declives muito
fortes
Fonte: (EMBRAPA, 2006*eManual Técnico de Geomorfologia, 2009**)

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