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Jardim Escola Moranguinho & Instituto Arêdes

Rodrigues

Relevo do Brasil:
Classificação dos relevos brasileiros

São Pedro da Aldeia


2021
O que é relevo?
O relevo é a parte superficial da litosfera (camada sólida da Terra). É onde as
transformações geológicas se expressam mais nitidamente, sendo também o
local de habitação do ser humano e da maior parte dos animais terrestres. Em
síntese, podemos definir o relevo como o conjunto de formas físicas que
compõem a superfície da Terra.
Existem quatro tipos de relevos, sendo eles:
Planaltos: Os planaltos são áreas com uma relativa altitude e uma superfície
mais ou menos plana, com limites bem nítidos, estes geralmente constituídos
por escarpas ou serras. Podem ser classificados em: planalto sedimentar
(formados por rochas sedimentares), planalto cristalino (formados por rochas
cristalinas) e planalto basáltico (formados por rochas vulcânicas)
Planícies: São áreas com uma fisionomia plana, ou seja, com uma paisagem
menos acidentada, que, por possuírem altitudes menores do que montanhas e
planaltos, recebem uma grande quantidade de sedimentos. Estes podem ser
classificados em: planície costeira (constituídas pela ação do mar), planície
fluvial (constituídas pela ação de um rio) e planície lacustre (constituídas pela
ação de um lago).
Depressões: São regiões que apresentam, quase sempre, pequenas altitudes
e que são mais baixas do que o nível do mar ou a região em seu entorno.
Classificadas em: depressões absolutas (localizadas abaixo do nível do mar) e
depressões relativas (encontradas acima do nível do mar).
Montanhas: As montanhas são um tipo de relevo caracterizado pelas suas
acentuadas elevações, ou seja, é a parte da superfície que apresenta as
maiores altitudes e as mais intensas declividades.

Relevo brasileiro e suas características:


O relevo brasileiro é caraterizado por baixas e médias altitudes. As formas de
relevo predominantes são os planaltos e as depressões (formações de origem
cristalina e sedimentar). Ambos ocupam cerca de 95% do território, enquanto
as planícies, de origem sedimentar, ocupam aproximadamente 5%. Assim,
cerca de 60 % do território é formado por bacias sedimentares, enquanto cerca
40% por escudos cristalinos.

Ao longo do tempo, o relevo brasileiro teve diferentes classificações. A


primeira classificação surgiu em 1949 que, ao elaborar sua divisão, o professor
Aroldo de Azevedo dividiu o relevo brasileiro em planaltos e planícies. Para
realizar essa classificação, o autor levou em conta principalmente as diferenças
de altitude. Dessa forma, classificou-se como planícies as formas de relevo
relativamente planas, com altitudes inferiores a 200 metros. Em
contrapartida, os planaltos foram classificados como as partes de relevo
cuja altitude superam 200 metros. Com essa classificação, 59% do território
brasileiro foi considerado planaltos e 41% planícies.
Classificação de 1949 (4 planaltos e 3 planícies)

A segunda classificação é de Aziz Ab’Saber, que, em 1962, aperfeiçoou a


classificação anteriormente realizada, dando prioridade aos processos
de formação do relevo, ou seja, às diferentes estruturas e aos mecanismos de
esculturação. O critério utilizado foram os processos geomorfológicos (erosão e
intemperismo). Nesta divisão, as áreas cujo o processo de erosão apresenta
predominância sobre o de sedimentação foram chamadas de planaltos. Em
áreas em que ocorre o contrário foram considerados planícies.
Classificação de 1962 (7 planaltos e 3 planícies)

A última e atual classificação é de Jurandyr L. S. Ross. Com o avanço


tecnológico e com auxílio dos estudos do professor Ab’Saber e das
informações adquiridas por meio do projeto Radam (reconhecimento dos
recursos naturais através de radar), Ross apresentou, em 1989, uma
classificação dos relevos brasileiros bem mais detalhada, levando em
consideração as estruturas e a influência de agentes climáticos antigos e atuais
na formação do relevo.

Nessa classificação, as unidades dos planaltos foram divididas de acordo


com as estruturas que as sustentam: planaltos em bacias sedimentares,
planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma, planaltos em
núcleos cristalinos arqueados e planaltos em cinturões orogênicos.
As depressões são formadas por longos processos erosivos, geralmente em
regiões de menor resistência. O uso dessa forma de relevo é uma novidade em
relação às classificações anteriores, entretanto, sua presença é bastante
frequente no território brasileiro.

Conclusão: Podemos afirmar que, com o passar do tempo e da evolução


tecnológica (com grande participação do projeto Radam nessa evolução), as
classificações do relevo brasileiro com maior detalhamento das unidades do
relevo foram surgindo, sendo perceptível na inclusão das depressões como
forma de relevo depois de quase meio século.

Fonte bibliográficas: <https://querobolsa.com.br/enem/geografia/relevo>

<https://www.todamateria.com.br/relevo-brasileiro/>
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-relevo.htm>

Nathan Novaes Santos

Relevo do Brasil: Classificação dos relevos


brasileiros

Trabalho apresentado à disciplina de geografia no JEM & IAR.


Professora Ana Carolina.

São Pedro da Aldeia


2021

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