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O relevo brasileiro e suas classificacões - Prof.

Aroldo de Azevedo
Uma das primeiras classificações para o relevo brasileiro foi proposta pelo professor
Aroldo de Azevedo (1910-1974). Para ele o relevo do Brasil poderia ser classificado
em grandes unidades de planaltos e planícies, com seus estudos propos a divisão
do Planalto Brasileiro em Planalto Atlântico, Planalto Central e Planalto Meridional.
Essa classificação tem por base a altimetria do relevo: as planícies são áreas que
alcançam 200 m de altitude; os planaltos são áreas que superam essa altitude.
Professor Aziz Nacib Ab'Sáber (proposta em 1958)
O Prof. Aziz manteve a mesma divisão em planaltos e planícies, porém dividiu o
Planalto Brasileiro em Planalto Central, Planalto do Maranhão-Piauí, Planalto
Nordestino, Planalto do Leste e Sudeste e planalto Meridional. Esses cinco planaltos
foram definidos segundo critérios geomorfológicos estruturais, ou seja foram
combinadas as formas com base em sua geologia.
  Planaltos e Planícies
Na classificação do Prof. Aziz, os planaltos são áreas em que o processo de
erosão é mais intenso do que o de sedimentação e as planícies são as áreas em
que vem ocorrendo o contrário.
 
Professor Jurandyr Ross (proposta em 1995)
A proposta atual de classificação do relevo brasileiro é feita pelo professor Jurandyr
Ross . Para concluí-la Ross baseou-se nos trabalhos anteriores - dos professores
Aroldo de Azevedo e Ab`Saber - e nos relatórios, mapas e fotos produzidos pelo
Projeto Radambrasil - entidade governamental responsável pelo levantamento dos
recursos naturais do país. O professor Jurandyr Ross da uma nova definição para os
conceitos de planícies e planaltos e introduz uma nova forma de relevo, as
depressões.
O resultado de seu trabalho foi a identificação de 28 unidades de relevo que
resultaram da ação de processos erosivos distintos em uma base litológica também
distinta.
  O Relevo Brasileiro - Planaltos, Planícies e Depressões
São três as grandes unidades encontradas no relevo brasileiro, planaltos,
planícies e depressões. Essas unidades têm formação antiga e resultam
principalmente da ação das forças internas da Terra e da sucessão de ciclos
climáticos, cuja alternância de climas quentes e úmidos com climas áridos ou
semi-áridos favoreceu o processo de erosão.
O chão do Brasil apresenta-se com predomínio das chamadas terras altas, com
altitudes que variam entre 201 m e 1.200 m, representando 58,5% do território.

Planaltos são superfícies elevadas aplainadas , delimitadas por escarpas onde o


processo de desgaste supera o de acúmulo de sedimentos. Apresentam altitudes
superiores a 300 m, não são uniformes; apresentam diferenças, de acordo com
sua estrutura geológica e sua evolução geomorfológica. Daí decorre a existência
de dois grandes tipos: os planaltos cristalinos, muito antigos e desgastados, e os
planaltos sedimentares.
As montanhas brasileiras: são elevações naturais do relevo , podendo ter várias
origens , como dobramento ou falhamento, que resultam em áreas culminantes
do relevo, com altitudes superiores a 1.200 m – estendem-se por apenas 0,5%
do nosso território. Elas podem aparecer tanto nas áreas cristalinas como nas
sedimentares, mas raramente ultrapassam a cota de 3.000 m – são, portanto,
de altitudes muito baixas quando comparadas com as elevações das Montanhas
Rochosas, da Cadeia dos Alpes, da Cordilheira dos Andes e do Himalaia. É
possível afirmar que o relevo brasileiro é muito antigo, explicado pelo fato de o
relevo apresentar baixa altitude, associada à intensa ação erosiva.
Planícies são superfícies mais ou menos planas , onde o processo de deposição
de sedimentos supera o de desgaste. São terras baixas e geralmente planas, de
sedimentação recente, em pleno processo de formação, que ocorre por causa da
sucessiva deposição de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas
planas como se verifica nas várzeas e “igapós” da Amazônia, no Pantanal
Matogrossense ou planície Mato-Grossense , que avança em direção à Bolívia e
ao Paraguai, numa  área de sedimentação aluvial recente, com oscilação de
altitude entre 100 e 150 m. No litoral do Rio Grande do Sul podem se destacar
as planícies das lagoas dos Patos e Mirim. Nas planícies costeiras e nas várzeas
fluviais em geral. Temos também planícies tabulares na orla litorânea, com suas
“falésias” e “barreiras”, formações cristalinas ou sedimentares que constituem
paredões junto ao mar.
Depressões são áreas rebaixadas formadas pela atividade erosiva entre as
bacias sedimentares e as estruturas geológicas mais antigas. Nessas unidades de
relevo as marcas dos climas do passado e a alternância das diversas fases de
erosão são mais facilmente notadas. Algumas das depressões localizadas às
margens de bacias sedimentares são chamadas de depressões marginais e
periféricas.
Depressão Absoluta- é aquela situada abaixo do nível do mar. É o caso da
depressão do mar morto. Depressão Relativa – é aquela situada acima do nível
do mar . A depressão periférica paulista é uma depressão relativa
 
Bibliografia:Geografia/Pesquisa e Ação/Editora Moderna/pág 191/2
                  PIFFER, Osvaldo. Geografia do Brasil. Ibep. sd. pág 48

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1 - Relacione as formas do relevo brasileiro e conceitue.
Planaltos , planícies , depressões e montanhas.
Planaltos – são superfícies elevadas aplainadas , delimitadas por escarpas onde o processo de desgaste supera
o de acúmulo de sedimentos.
Planícies – são superfícies mais ou menos planas , onde o processo de deposição de sedimentos supera o de
desgaste.
Depressão Absoluta- é aquela situada abaixo do nível do mar. É o caso da depressão do mar morto. Depressão
Relativa – é aquela situada acima do nível do mar . A periférica paulista é uma depressão relativa.
Montanhas – são elevações naturais do relevo , podendo ter várias origens , como dobramento ou falhamento.
2 - Justifique a frase: "o relevo brasileiro não se formou recentemente".
Quer dizer que o relevo Brasileiro é muito antigo , um fato que explica isso é a baixa altitude do relevo ,
associada à intensa ação erosiva.
3 -  Na atual classificação do relevo brasileiro, proposta pelo professor Jurandyr
Ross, é acrescentada uma nova forma de relevo. Trata-se dos (as): Depressões
4 - Comente sobre os trabalhos realizados por; Aroldo de Azevedo, Aziz Nacib
Ab`Saber e Jurandyr Ross
Aroldo Azevedo: nos anos 40 , fragmentou o nosso território em 8 partes geomorfológicas.
Aziz Nacib Ab’Saber: anos depois melhorou e detalhou o território brasileiro em 10 partes

Aroldo de Azevedo (Lorena, 3 de março de 1910 — São Paulo, 4 de outubro de 1974)


foi um geógrafo e geomorfólogo brasileiro.

Advogado que nunca exerceu a profissão, Aroldo de Azevedo licenciou-se em


Geografia e História na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de
São Paulo (USP), tendo sido também um dos primeiros professores de geografia
daquela Universidade.

Foi também o primeiro grande autor de livros didáticos de Geografia do Brasil, com
mais de trinta títulos publicados, e marcou o ensino dessa disciplina para várias
gerações de estudantes.
É autor do primeiro mapa e de uma das primeiras classificações do relevo brasileiro,
ainda hoje usada em livros escolares, [1] Tal classificação, feita em 1949, baseia-se na na
altimetria e nela encontram-se definidas grandes unidades de planaltos (áreas com mais
de 200 m de altitude) e planícies (até 200 m de altitude), a saber:

Planaltos

 Planalto das Guianas

 Planalto Brasileiro, subdividido em:

Planalto Atlântico
Planalto Central
Planalto Meridional

Planícies

 Planície Amazônica
 Planície do Pantanal
 Planície Costeira
 Planície Gaúcha

[editar] Obras
 Subúrbios orientais de São Paulo (1945)
 Regiões e paisagens do Brasil (1952)
 Vilas e cidades do Brasil colonial (1956)
 Panorama da produção agropecuária brasileira (1960)
 Cochranes do Brasil (1965)
 O mundo antigo (1965).

 Tradicionalmente, o relevo divide-se tomando como base duas classificações: de Aroldo de Azevedo e de Aziz
Ab'Saber.

Aroldo de Azevedo Aziz Ab'Saber


Planaltos Planaltos
1.das Guianas 1.das Guianas, engloba a região serrana e o
2.Brasileiro, subdividido em: - Atlântico - Central planalto Norte-Amazônico
- Meridional 2.Brasileiro, subdividido em: - Central -
Meridional - Nordestino - Serras e planaltos do
Leste e Sudeste - do Maranhão-Piauí - Uruguaio-
Rio-grandense
Planícies Planícies
1.Amazônica 1.Planícies e terras baixas amazônicas
2.do Pantanal 2.Planícies e terras baixas costeiras
3.Costeira 3.Planície do Pantanal

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