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Relevo

O relevo e o solo em nosso cotidiano e na


estruturação do espaço
 Formas de relevo: elemento importante na ocupação e
desenvolvimento das atividades humanas.
 A agricultura,o desenvolvimento das cidades, a construção de
vias de circulação, a instalação de barragens e usinas
hidrelétricas são exemplos de processos de modificação que
levam em conta as características topográficas e a estrutura
geológica do local.
 O relevo e o solo sofrem intervenções humanas que podem
gerar problemas ambientais.
O que é relevo?
O relevo corresponde à forma como as
estruturas geológicas se apresentam na
superfície.
É resultado da ação de agentes internos ou
endógenos (formadores) e externos ou
exógenos (modeladores).
Agentes internos: tectonismo, vulcanismo,
sismos
Agentes externos: rios, chuvas, geleiras,
oceanos, ventos, variação de temperatura, seres
vivos.
Intemperismo

Desagregação física e decomposição química


das rochas. Também conhecido como
meteorização.

 Intemperismo físico (mecânico): variação de


temperatura
 Intemperismo químico: ação da água (solvente)

 Intemperismo biológico: ação de seres vivos


(raízes das árvores, bactérias, escavações de
roedores, etc)
Agentes externos

Erosão

 Desgaste
 Transporte
 Acúmulo de sedimentos
Tipos de erosão

Pluvial: água das chuvas


Fluvial: água dos rios
Marinha: água do mar
Glacial: deslocamento de geleiras
Eólica: ventos
Erosão pluvial

Salpicamento (splash)

Derpsh et al. 1991


Erosão pluvial

 Laminar: fluxo difuso


 Linear: fluxo concentrado

 Sulcos
 Ravinas
 Voçorocas
Erosão pluvial
 Voçoroca (boçoroca)

rc.unesp.br
Movimento de massa lento: Rastejo

Derpsh et al. 1991


Movimento de massa rápido

Escorregamento
ou
deslizamento
Movimento de massa rápido

usp.br
Erosão fluvial

Processo agravado pela


remoção da mata ciliar
(desestabilização do solo).

Assoreamento:
preenchimento do fundo
do corpo d’água por
sedimentos.
Erosão fluvial

https://pt.slideshare.net/inessalgado/eroso-fluvial
Erosão fluvial

https://meioambiente.culturamix.com/natureza/o-que-sao-os-canions
Erosão marinha: as falésias

Torres, RS. Geoimagens.com.br


Erosão glacial

 Provocada pela movimentação (avanço e recuo) de geleiras.

https://docplayer.com.br/52728445-Geologia-geral-ciencias-biologicas.html
Erosão eólica

 Ação do vento sobre rochas. Ocorre pelos processos de corrasão


(abrasão) ou deflação.

https://www.pinterest.dk/pin/359373245245350120/
Formas de relevo

 Quatro formas
fundamentais:

 Montanhas
 Planaltos
 Depressões
 Planícies

https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/05/formas-de-relevo_25.html
Formas de relevo

Quatro formas fundamentais:

 Cadeias de montanhas
 Planaltos
 Depressões
 Planícies
Montanhas

Grandes elevações da superfície (dobramentos


modernos)
Relevo acidentado
Encostas íngremes e vales profundos
Formação mais recente e pouco modificadas
pela erosão
Exemplos:

Cordilheira dos Andes Alpes


Planaltos

Forma de relevo elevada, com ondulações mais


suaves e cume quase nivelado.
Formações mais antigas e mais desgastadas
(formato arredondado).
Podem apresentar estrutura sedimentar ou
cristalina.
Exemplos

Serra Chapada
Depressões

Áreas rebaixadas em relação ao seu entorno

Absolutas: abaixo do nível do mar


Relativas: abaixo das regiões vizinhas mas acima
do nível do mar
Planícies

Áreas relativamente
planas formadas pela
deposição de
sedimentos.
Brasil
Físico
Relevo do Brasil

 A estrutura geológica do Brasil é, na maior parte, antiga, mas os

processos que modelaram as formas do território são, de modo

geral, recentes (Era Cenozóica) e continuam atuando.

 No decorrer do Terciário e do Quaternário a alternância entre

climas mais úmidos e mais secos influenciou processos erosivos.

 O soerguimento da placa Sul-Americana, na Era Cenozóica,

simultaneamente à formação dos Andes, delineou formas no

território, como diversos vales e escarpas de planaltos.


As unidades do relevo brasileiro
 Aroldo de Azevedo: sua classificação, adotada a partir da década de 1940, dividia o

Brasil em unidades a partir das altitudes. As planícies eram superfícies planas de até

200m de altitude e os planaltos situavam-se acima de 200m, relativamente acidentados.

 Aziz Ab’Saber: estabelecida na década de 1960, sua classificação considerava, além da

altitude, os processos geológicos responsáveis pela gênese. Os planaltos eram

definidos como terrenos onde prevalecia o processo de desgaste; as planícies

constituíam os terrenos em que predominava a sedimentação.

 Jurandyr L. S. Ross: Criada a partir de 1990, a classificação de Ross associa

informações altimétricas com os processos de erosão, sedimentação e gênese,

integrando-os às estruturas geológicas nas quais ocorrem. O relevo passou a ser, então,

classificado em depressões, planaltos e planícies.


Unidades do relevo brasileiro

 Depressões: terrenos localizados entre 100 e


500m de altitude, relativamente inclinados e
apresentando bordas em aclive, nos quais
predominam processos erosivos que ocorrem em
estruturas cristalinas ou sedimentares.
 Grande parte das depressões brasileiras originou-
se de processos erosivos nas bordas das bacias
sedimentares.
Depressões brasileiras
 Depressões periféricas: ocorrem nas áreas de
contato entre estruturas sedimentares e cristalinas.
Ex: Depressão Periférica Sul-Riograndense.
 Depressões marginais: ficam às margens de
bacias sedimentares situadas em estruturas
cristalinas. Ex: Depressão Marginal Sul-
Amazônica.
Depressões interplanálticas: são áreas mais
baixas em relação aos planaltos que a circundam.
Exs:

 A depressão da Borda Leste configurou-se como um corredor de


comunicação entre o Sul e o Sudeste por onde se deslocavam
tropeiros para a região mineradora durante o período colonial.
 A depressão Sertaneja e do São Francisco apresenta relevos residuais
tanto em terrenos sedimentares como em cristalinos. Esses relevos
residuais são denominados inselbergues. A depressão também
apresenta pediplanos, áreas aplainadas em regiões de baixos índices
pluviométricos.
Inselbergue ou “morro-testemunho”
 Nas depressões que estão em contato com os planaltos
e as chapadas da bacia do Paraná ocorrem as frentes
das cuestas: além da Periférica, a do Miranda, a do
Alto Paraguai- Guaporé e a do Araguaia.

A cuesta é uma forma de relevo constituída por uma


rampa íngreme de um lado e, de outro, por um declive
suavemente inclinado. O lado que apresenta a rampa
íngreme é a frente da cuesta , propriamente. Trata-se
portanto , de uma forma de relevo assimétrica. As
cuestas são predominantes em terrenos sedimentares ,
inclusive onde ocorreram derrames basálticos.
Cuestas

Melhem Adas, Geo Brasil, Moderna


Planaltos
 Os planaltos são formas residuais de relevo que
apresentam superfícies irregulares nas quais
predominam os processo erosivos de estruturas
cristalinas ou sedimentares. Localizam-se geralmente
acima de 300m de altitude e apresentam bordas em
declive para quem olha de cima para baixo.
Planaltos- classificação de Ross
 Planaltos em bacias sedimentares, geralmente
circundados por depressões periféricas ou
marginais.

Ex. planalto da Amazônia Oriental, planaltos e


chapadas da bacia do Parnaíba, planaltos e
chapadas da bacia do Paraná.
Planaltos em núcleos cristalinos arqueados,
que embora distantes e isolados uns dos outros,
possuem a mesma forma arredondada, Ex.
Planalto da Borborema.
 Planaltos em intrusões e coberturas residuais de
plataforma, formados no Pré-cambriano e bastante
recobertos por coberturas sedimentares.

Ex. Planalto residual Norte – Amazônico (Planalto das


Guianas nas outras classificações).
 Planaltos em cinturões orogênicos, formados
em trechos bastante antigos (do Pré-cambriano) e
erodidos, que deram origem a escarpas
acentuadas, como as da Serra do Mar e da
Mantiqueira, nos planaltos e serras do Atlântico –
Leste- Sudeste , onde estão presentes os morros
com topos convexos (mares de morros).
Planícies
 Nas planícies predominam os processos de sedimentação,
que ocorrem apenas em estruturas geológicas sedimentares.
Suas altitudes variam entre 0 e 100 m. Estão situadas em
áreas mais restritas (em alguns casos sujeitas a
inundações), já que grande parte do que era considerado
planície passou a ser classificada como depressão marginal.
 No Brasil a maioria das planícies foram formadas por
deposição de sedimentos de origem marinha, lacustre
ou fluvial, sendo que a sedimentação aconteceu no
Quaternário. Essa forma de relevo encontra-se restrita
às margens de grandes rios (é o caso da região
amazônica), à região do Pantanal, à faixa litorânea
(planícies costeiras) e ao redor de algumas lagoas.
 Em trechos da planície Litorânea estão presentes os
tabuleiros costeiros. São relevos baixos (entre 20 e 50
metros) constituídos por platôs sedimentares e falésias
(paredões escarpados resultantes da erosão dos
tabuleiros costeiros).
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/392650/

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