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RELEVO SUBMARINO
Geografia Geral - ESPAÇO natural - ESTRUTURA E DINÂMICA DA TERRA - FORMAS DE RELEVO E RECURSOS MINERAIS 3
Ilustração com algumas das formas de relevo submarino e outros aspectos. Ilustração: stihii
/ Shutterstock.com
No fundo dos oceanos podemos encontrar formas de relevo semelhantes aos dos continentes,
contudo, têm algumas características próprias.
» Plataforma continental: é a continuidade do continente submergida. É o prolonga-
mento da planície costeira em direção ao fundo dos oceanos. A região apresenta
declive suave em relação ao continente e permanece plana. É formada por rochas
sedimentares e tem profundidade média de 200 metros. É nessa porção da crosta
oceânica que ocorrem as pesquisas e a exploração de petróleo.
» Talude: Porção do relevo submarino que se caracteriza por uma inclinação acen-
tuada e estreita, que tem início aproximadamente em 200 metros de profundidade
e mergulha abruptamente da borda oceânica até os 2000 metros, onde encontra
o assoalho oceânico.
» Zona Abissal ou Região Pelágica: É a porção mais profunda do modelado oceânico,
onde são encontradas diversas formas de relevo como as fossas marinhas. Tem
aproximadamente 8000 metros de profundidade e ainda é pouco conhecida, uma
vez que em tal profundidade as condições de pressão, visibilidade e temperatura
ainda são um limite para o ser humano.
Outras formas de relevo na crosta submersa oceânica:
» Montes Marinhos: são montanhas submarinas, isoladas que permanecem
submersas.
» Ilhas oceânicas: Forma de relevo que alcança a superfície criando ilhas. Em geral é
formada por um vulcão ou mais vulcões que ao entrar em erupção seguidas vezes,
foi ganhando altitude até alcançar a superfície. As ilhas havaianas, por exemplo,
foram formadas por um processo como este.
» Dorsal Mesoceânica: cadeias de montanhas localizadas no fundo dos oceanos.
Constituídas por processos tectônicos, da mesma forma que as cadeias de monta-
nhas continentais.
» Bacia oceânica: com uma profundida de 2000 a 5000 metros. Relevo plano, suave
e coberto de matéria orgânica e sedimentos.
ͫ Relevo litorâneo ou costeiro
4
O relevo costeiro pode ser constituído por golfos, deltas, ilhas, baías, cabos, penínsulas, ensea-
das, ístmos, lagoas, dunas, fiordes, rios e praias.
FORMAS DO RELEVO
ͫ Planalto
São superfícies elevadas e relativamente planas, com encostas íngremes e bem delimitadas.
Nesse tipo de relevo há a predominância da erosão e sua localização varia de 300 a 2000 metros
acima do nível do mar.
Principais tipos de planaltos:
» Sedimentares: formados por rochas sedimentares;
» Cristalinos: formados por rochas metamórficas e magmáticas originadas do desgaste
de montanhas;
» Basálticos: formados por rochas provenientes de erupções vulcânicas.
Exemplos de planaltos:
» Planalto Antártico, é uma região da Antártica Oriental que se estende por várias
centenas de quilômetros ao redor do Polo Sul, e tem uma altitude média de 3 000 m.
» Planalto da Patagônia, é uma região geográfica que abrange a parte mais meridional
da América do Sul. Localiza-se na Argentina e no Chile, e integra a seção mais ao sul
da cordilheira dos Andes, rumo a sudoeste até o oceano Pacífico, e, a leste, até os
vales em torno do rio Colorado até Carmen de Patagones, no oceano Atlântico. A
oeste, inclui o território de Valdívia, através do arquipélago da Terra do Fogo.
» Planalto Tibetano, localizado na China, é um planalto vasto e elevado situado na
Ásia Oriental, ocupando a maior parte da Região Autónoma do Tibete. Este planalto
ocupa uma superfície de aproximadamente 2,5 milhões de km2, com uma elevação
média de 4000 metros, porém a região conhecida como Changtang facilmente ultra-
passa os 5000 metros de altitude, sendo praticamente inabitável. Chamado teto do
mundo, é o maior e mais elevado planalto do mundo.
ͫ Planície
Caracteriza-se por ser uma superfície plana, pouco acidentada e de baixa altitude. O processo
de formação das planícies é a sedimentação, pelo acúmulo de sedimentos geralmente provenientes
das regiões mais altas, onde é maior a erosão.
Geografia Geral - ESPAÇO natural - ESTRUTURA E DINÂMICA DA TERRA - FORMAS DE RELEVO E RECURSOS MINERAIS 5
Apresenta forma elevada, cuja altitude é maior que as áreas que a cercam. O ponto mais alto
de uma montanha recebe o nome de cume.
Esse tipo de relevo é formado por terremotos, erupções vulcânicas ou pela ação do vento e
da água nas regiões ao redor.
Os principais tipos de montanhas são:
» Vulcânicas: formadas a partir de erupções vulcânicas;
» Falhadas: formadas a partir de falhas geológicas;
» Dobradas: formadas a partir do movimento das placas tectônicas.
Exemplos de montanhas:
» Monte Everest, localizado na cordilheira do Himalaia entre Nepal e China;
» Monte Fuji, localizado entre as províncias de Shizuoka e Yamanashi no Japão;
» Monte Olimpo, localizado na cordilheira do Olimpo na Grécia.
Outras formas de relevo
» Escarpa: declive acentuado nas proximidades de um planalto.
» Cuesta: relevo com diferença de inclinação, uma região de declínio suave e outra
de declínio abrupto.
» Chapada: também chamado de planalto tubular, é um tipo de planalto caracterizado
pela região mais elevada ser aplainada.
» Serra: superfície constituída de diferentes formas de relevo.
» Inselberg: estrutura saliente e rochosa encontrada em regiões de clima árido e
semiárido.
RECURSOS MINERAIS
São caracterizados como materiais inorgânicos que ocorrem naturalmente na crosta terrestre,
e cuja exploração é economicamente viável.
Estes são amplamente utilizados como matéria-prima para a elaboração de diversos bens,
desde aviões até eletrodomésticos. Da mesma forma, os chamados recursos minerais energéticos
são utilizados para a produção de energia.
»
divergente (afastamento das placas);
GeografiaGeral-ESPAÇOnatural-ESTRUTURAEDINÂMICADATERRA-DINÂMICADACROSTATERRESTRE,TECTONISMO,VULCANISMOEINTEMPERISMO 3
»
transformante (deslizamento das placas sobre outras).
»
O tectonismo é produzido pelas forças do interior da Terra e colabora com a formação do
relevo, sendo que sua atuação pode provocar diversos abalos sísmicos, por exemplo, os terremotos
e os maremotos.
As placas tectônicas (que se deslocam no sentido horizontal e vertical) são grandes blocos
rochosos rígidos que cobrem a superfície terrestre, sendo que as mais importantes são:
» Placa Africana;
» Placa da Antártida;
» Placa Australiana;
» Placa Euroasiática;
» Placa do Pacífico (rodeada pelo Círculo de Fogo do Pacífico);
» Placa Norte-americana;
» Placa Sul-americana.
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CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o processo envolvido no tectonismo, ele é dividido de duas maneiras:
» epirogênese: também chamado de movimento epirogênico, esse tipo de tectonismo
revela um processo lento de verticalização que causa os levantamentos e rebaixa-
mentos da crosta terrestre, que sofre diversas falhas e fraturas em sua estrutura.
Pode ocorrer em sentido ascendente ou descendente, ou seja, movimentos de soer-
guimento (para cima) ou de rebaixamento (para baixo).
As placas tectônicas movem-se graças à ação das chamadas células ou correntes de convecção,
que são os movimentos circulares exercidos pelo magma e que funcionam como uma espécie de
“esteira” que, ao girar, provoca o deslocamento dessas placas.
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»
ͫ Principais consequências do tectonismo:
Além dos terremotos e vulcanismos, geralmente presentes nas regiões de fronteira entre duas
placas tectônicas, o movimento das placas tectônicas provoca a modelagem do nosso relevo, como
as montanhas, as falhas, depressões e dobramentos na superfície. Além disso, é graças a esses
movimentos que os continentes se encontram em sua atual forma, pois, antes, sua distribuição
sobre a superfície da Terra era bem diferente.
No início, segundo a teoria da Deriva Continental, havia apenas um continente, chamado de
Pangeia, que se dividiu por várias e várias vezes, formando a Gondwana e a Laurásia, que nova-
mente se dividiu, dando origem aos atuais continentes. Como as placas tectônicas continuam se
movimentando, é possível que daqui a alguns milhares de anos as configurações das terras emersas
do planeta sejam diferentes das atuais.
VULCANISMO
GeografiaGeral-ESPAÇOnatural-ESTRUTURAEDINÂMICADATERRA-DINÂMICADACROSTATERRESTRE,TECTONISMO,VULCANISMOEINTEMPERISMO 7
ͫ Tipos de Vulcanismo
Há dois tipos de vulcanismo:
» vulcanismo primário: também chamado de “vulcanismo eruptivo”, trata-se do pro-
cesso principal que resulta na formação de vulcões (centrais) ou de fraturas na
superfície (fissurais);
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INTEMPERISMO
Conhecido como meteorização, é o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos
que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas.
No caso da desintegração mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que sua com-
posição seja alterada.
Nos desertos, as variações de temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas zonas
frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das rochas.
Não podemos confundir intemperismo com erosão, pois esta implica em transporte de material.
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»
ͫ Tipos de intemperismo físico
» intemperismo termal: ocorre devido à variação de temperaturas nas rochas e é
bem comum em locais de climas secos, sejam lugares quentes ou frios. Quando a
temperatura está muito quente, as rochas tendem a expandir e quando faz frio, se
contraem. Isso enfraquece as estruturas das rochas e ajuda a fazer com que elas
se fragmentem. Também temos que considerar que os minerais que compõem as
rochas têm coeficientes de dilatação diferentes entre si, o que facilita a fragmen-
tação das rochas;
» intemperismo mecânico: ocorre em razão de vários fatores, entre os quais a disso-
lução de água em geleiras, além da a sua cristalização em fraturas, que provocam
o esfacelamento dos blocos de rochas pelo aumento do volume de água dela. Os
sais então se precipitam e fazem com que o volume das fissuras de rochas, assim
como os minerais, aumente.
ͫ
Dentro do grande grupo do intemperismo químico, podemos fazer subdivisões de acordo com
os agentes desse processo:
» intemperismo de oxidação: trata-se da mudança do estado de oxidação de um
elemento através da reação com o oxigênio. Esse tipo de reação destrói a estrutura
cristalina do mineral;
» intemperismo de hidratação: nesse processo, através da incorporação da água na
estrutura, é formado um novo mineral;
» intemperismo de dissolução: trata-se da solubilização completa de minerais por
ácidos;
» intemperismo de hidrólise: pelo fato de as rochas serem compostas em grande
parte por Silicatos, quando entram em contato com a água, sofrem o processo de
hidrólise e disso resulta uma solução alcalina;
» intemperismo de acidólise: é a reação de decomposição dos minerais em ambientes
frios. Nesses casos, a decomposição da matéria orgânica é incompleta, e por isso
mesmo forma ácidos orgânicos que diminuem de forma significativa o pH das águas
e acabam complexando e solubilizando o Fe e o Al.
» intemperismo biológico: acontece pela ação das bactérias que produzem a decom-
posição biótica dos materiais orgânicos. A grande importância desse tipo de Intempe-
rismo é que ele produz um dos solos mais férteis do mundo. É um processo bastante
comum na Rússia e Ucrânia.
Intemperismo químico
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Com a evaporação da água dos mares, temos a circulação atmosférica retornando à água
como chuva e neve, restaurando rios, lagos e aquíferos. Sem os oceanos não haveria nem água
potável na Terra.
Isso significa que os oceanos nos fornecem diversos serviços ecossistêmicos. Ou seja, eles
garantem os benefícios da natureza para nós e para toda a vida.
Sem eles não há floresta, não há regulação do ambiente feita pelos ecossistemas e organismos,
não há alimentos.
Então se destruirmos os oceanos, nós acabamos com a biodiversidade, impactamos o turismo,
a economia, transporte de mercadorias, pois estamos completamente interligados pois sem os
oceanos, todas as formas de vida sofrerão consequências.
ͫ Curiosidades sobre oceanos e mares.
» Existem aproximadamente 286 sextilhões de gotas de água no planeta Terra. Esse
cálculo considera água contida no oceano, rios, lagos, calotas polares e a subterrânea,
bem como um tamanho médio de gota de água e pondera as densidades diferentes
das formas de água: líquida e sólida.
» O lugar mais fundo dos oceanos, a Fossa das Marianas no Oceano Pacífico, tem
11.033 metros de profundidade e a temperatura varia entre 2 e 0ºC.
» O lugar mais perigoso do Oceano Atlântico (e um dos mais perigosos do mundo)
fica no Mar de Iroise. A combinação da circulação no local com o formato do fundo
faz desse Mar um dos mais bravos e violentos do mundo.
» Diversos rios não desaguam no mar ou no oceano. Por exemplo o Rio Ônix, o mais
longo da Antártica, de 32 km de comprimento, corre de um lago a outro.
ͫ Característica dos Oceanos:
» Oceano Pacífico: Mais extenso de todos, 1/3 da superfície do planeta. Mais profundo
podendo chegar a 11.033 m (Fossa das Marianas no oceano Pacífico, encontro da
placa do Pacífico com a das Filipinas). Separa a Ásia e a América.
» Oceano Atlântico: Mais importante para a economia mundial, devido à navegação.
Divide-se em Atlântico Norte e Sul. Separa a América, Europa e África. Possui um
grande fluxo de navegação. O relevo oceânico do Atlântico possui uma grande cadeia
de montanhas (de norte a sul) chamada de Dorsal Mesoatlântica. Em algumas regiões
da costa da América, existe uma grande quantidade de reservas de petróleo e gás.
A principal corrente marinha do Oceano Atlântico é a Corrente do Golfo. Grande
biodiversidade marinha, sendo muito importante para a pesca.
» Oceano Índico: Menor dos oceanos. Maior parte localizado no hemisfério sul. Entre a
Ásia, África e a Oceania. Temperatura de suas águas mais aquecida permite o maior
desenvolvimento de recifes de corais.
» Oceano Glacial Ártico: Banha o norte da Europa, Ásia e da América. Águas com baixas
temperaturas, congeladas durante parte do ano. Presença de gigantescos blocos de
gelo os (icebergs), dificultam a navegação.
» Oceano Glacial Antártico: (Austral) posicionadas ao sul do Círculo Polar Antártico.
Circundam o continente da Antártida. Prolongamento das águas dos oceanos Ártico,
Antártico e Índico. Baixas temperaturas. Apresenta uma grande biodiversidade, ao
contrário do Ártico (pinguins, focas, leões-marinhos, cetáceos, plânctons e outros).
ͫ Características e Movimentos das Águas Oceânicas:
» Marulhos: pequena oscilação da água ocasionada pelas brisas.
Geografia Geral - ESPAÇO natural - SUPERFÍCIES LÍQUIDAS - OCEANOS E MARES 5
A mais externa delas, chamada de crosta, é composta por três tipos de rochas:
» Magmáticas
» Sedimentares
» Metamórficas
Elas são formadas através da junção de diversos minerais e podem ser classificadas de acordo
com a composição química, textura ou forma, porém a especificação mais utilizada é baseada na
origem.
Geografia Geral - ESPAÇO natural - ESTRUTURA E DINÂMICA DA TERRA - tipos de rochas e solos 3
TIPOS DE ROCHAS
A litosfera é formada por aglomerados de minerais de diferentes tamanhos. Devido às trans-
formações ocasionados por fatores externos, a exemplo do vulcanismo e tectonismo, e internos
como a ação da água, ventos, clima, etc, é possível o surgimento de diversos tipos de rochas.
Cerca de 80% das áreas rochosas da Terra, o magma pastoso transforma-se em rocha através
do processo de solidificação. Esse tipo de rocha é dividido em duas subcategorias:
» Intrusivas ou plutônicas: formam-se no interior terrestre e em etapas mais lentas.
Ainda as rochas intrusivas, por exemplo, apresentam uma quantidade maior de
minerais em sua composição.
» Extrusivas ou vulcânicas: aquelas que decorrem do resfriamento do magma expelido
durante atividade vulcânica. As extrusivas solidificam-se em uma velocidade muito
maior, dificultando a unificação dos minerais.
» MAGMAS E FORMAÇÃO DE ROCHAS ÍGNEAS
»
ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS
Compostas por lavas transportadas pelo calor, gelo ou vento e acumuladas em planaltos da
crosta terrestre. Uma de suas principais características é a estruturação em camadas. Essas cama-
das são, muitas das vezes, responsáveis por recobrir corpos de animais e plantas, dando origem
aos fósseis.
Com a união das pequenas partículas que formam as rochas sedimentares pode se manifestar
em duas etapas:
» Sedimentogênese: ocorre através da sucessão dos processos de meteorização, ero-
são, transporte e sedimentação.
» Diagênese: ocorre após a primeira etapa e engloba uma série de processos químicos.
»
Este processo se manifesta a partir do processo de compactação e cimentação. A compactação
ocorre quando as várias camadas de sedimentos vão sendo depositadas umas sobre as outras. Assim,
o peso e a pressão exercidos sobre as camadas mais inferiores agem no sentido de compactar as
partículas de rochas então dispersas.
» Gesso;
» Carvão Mineral.
ͫ Rochas metamórficas
São os tipos que resultam das modificações que acontecem tanto com as rochas magmáticas
quanto sedimentares. No entanto, para que essa composição aconteça, é necessário que a rocha
original (preexistente) não tenha passado pelas fases de litificação (transformação em lava) ou
sedimentação (fragmentação em partículas).
Devemos ressaltar que em virtude do fenômeno natural chamado de ciclo das rochas, esses
conjuntos de minerais sempre estão em processo de transformação. Como a superfície da Terra é
dinâmica, constantemente há alterações nas propriedades químicas e físicas das rochas, acarretando
a mudança de uma categoria para outra.
»
Minerais: são compostos químicos quase sempre inorgânicos e presentes na forma
sólida. Costumam ser homogêneos e subclassificados conforme suas diferentes
propriedades, como: textura, dureza, opacidade, brilho, cor, entre outras. Existem
rochas que são formadas por um único tipo de mineral. Essas nada mais são do
que um mineral agrupado em grande quantidade, como é caso do quartzito, que é
formado apenas por quartzo.
» Quartzo Branco
SOLOS
Consiste em uma fina camada que cobre as rochas. Formados há milhões de anos. Resul-
tado da fragmentação de rochas ocasionada por processos de modificação química delas,
além dos desgastes ocasionados por processos erosivos a partir da ação do calor, dos ventos,
das águas das chuvas e de microrganismos.
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O solo é um recurso renovável, ou seja, o solo é um elemento natural que pode ser por diver-
sas vezes utilizado pelo ser humano em suas atividades produtivas, embora a má utilização e a não
conservação dos solos façam com que eles se tornem incultiváveis.
Para que seja realizada uma melhor compreensão da estrutura do solo, observe um breve
esquema a respeito dos horizontes do solo, assim nomeados: O, A, B, C e rocha mãe.
Ainda podemos observar que os elementos e as características do solo costumam seguir uma
combinação de diferentes características, tais como: o tipo de rocha mãe, idade do solo, transporte
de sedimentos advindos de outras áreas, presença de matéria orgânica resultante da decomposição
de seres vivos, entre outras.”
Observe o esquema do perfil e se suas principais camadas, para melhor compreender a for-
mação dos solos.
» Aluviais: Formados por rochas localizadas em outros lugares. Graças à ação das águas
e dos ventos, os sedimentos foram transportados para outro local.
Quanto à influência externa, existe outra forma de classificação dos solos, também chamada
de classificação zonal, que divide os solos em zonais, intrazonais e azonais:
ͫ Zonais: são maduros, bem delineados e profundos.
» Latossolos: São solos pouco férteis. Presentes geralmente em climas quentes e
úmidos. Com profundidades superiores a 2 m.
» Podzóis: São solos férteis, ricos em minérios, húmus e matéria orgânica. De climas
frios e temperados.
» Solos de pradarias: São extremamente férteis. São ricos em cálcio e matérias orgâ-
nicas. Estão presentes em regiões subúmidas de clima temperados.
» Desérticos: Pouco profundos e pouco férteis.
ͫ Intrazonais:
» Solos salinos: Também chamados de halomórficos. Caracterizam-se pelo alto índice
de sais solúveis. Próprios de regiões áridas e próximas ao mar. Possuem uma baixa
fertilidade;
» Solos hidromórficos: Localizados próximos a rios e lagos, apresentam grande umi-
dade. Sua fertilidade depende do índice de umidade: quanto mais úmidos, menos
férteis.
ͫ Azonais: Muito rasos.
» Litossolos: Presentes em locais com declives acentuados (montanhas). Costumam
estar posicionados diretamente sobre a rocha formadora. São solos inférteis.
TIPOS DE SOLOS DO MUNDO
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São extensas áreas geográficas com condições ambientais semelhantes, com predominância
de elementos como vegetação, relevo, clima e solos.
DISTRIBUIÇÃO DA VEGETAÇÃO
A vegetação em todo o mundo é muito diversa, dependendo da localidade e das características
climáticas.
Fonte: https://pt.slideshare.net
Observamos que a vegetação tanto no Brasil quanto no mundo é influenciada por diversos
fatores importantes, como relevo, solo, pressão atmosférica, hidrografia, massas de ar, altitude e
latitude.
ͫ Classificação das vegetações de acordo com a habitat natural
3
»
Fonte: https://olivrodaareia.blogspot.com/2019/11/bialowieza-unica-e-fabulosa-
-floresta.html
» xerófilas: aparecem em regiões de clima seco. Assim, os vegetais se adaptam à falta
de chuva, substituindo as folhas por espinhos, perdendo a folhagem ou cobrindo-a
com uma cera que pode impermeabilizar a folha, evitando a evaporação. Também
possuem raízes profundas ou uma multi radicação que permite otimizar o aprovei-
tamento da água que infiltra no subsolo;
»
Fonte: https://www.oeco.org.br/colunas/colunistas-convidados/28634-o-brasil-
-tem-que-prestar-mais-atencao-na-caatinga/
» tropófilas: são vegetais que vivem em climas com alternância de pluviosidade (um
período chuvoso e outro seco). Assim, perdem a folhagem na estação seca do ano
e são chamados vegetais caducifólios ou caducos.
4
»
Fonte: https://aquelemato.org/2018/04/vegetacao-do-cerrado-tropofila.html
»
Fonte: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/especial-publicitario/energi-
sa-ms/cidade-das-arvores/noticia/2019/08/01/cortina-arborea-impede-poeira-e-
-reduz-impactos-de-atividade-industrial.ghtml
» arbustiva (arbustos): diferentemente das árvores, não possuem um único tronco,
mas vários pequenos troncos, que surgem perto do nível do solo. Os arbustos são
geralmente mais curtos do que as árvores, com menos de 6 metros de altura, com
os pequenos galhos possuindo um diâmetro inferior a 8 centímetros de diâmetro;
Fonte: https://www.terraclass.gov.br/geoportal-cerrado/
5
» herbácea (ervas, gramíneas): são formadas por ervas, não designa um grupo taxo-
nômico, pois reúne muitas espécies não necessariamente aparentadas entre si. Os
caules dessas plantas são flexíveis, ou seja, não são lenhosos como os caules dos
arbustos e das árvores;
Fonte: https://sitiodamata.com.br/blog/dicas/plantas-herbaceas-especie-e-sugestoes-para-
-o-seu-jardim/
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tundra.htm
» Taiga
Em ambos os biomas, existem animais que hibernam nos longos invernos, tal qual o urso.
GEOGRAFIA GERAL
2
GEOGRAFIA GERAL
ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO – CARTOGRAFIA - A CARTOGRA-
FIA E AS VISÕES DE MUNDO, AS VÁRIAS FORMAS DE REPRE-
SENTAÇÃO DA SUPERFÍCIE TERRESTRE
CARTOGRAFIA: A CARTOGRAFIA E AS VISÕES DE MUNDO, AS
VÁRIAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DA SUPERFÍCIE TERRES-
TRE
CARTOGRAFIA
A Associação Cartográfica Internacional, define a cartografia como a ciência que representa
graficamente uma área geográfica ou uma superfície plana. É o estudo que atua na concepção, a
produção, divulgação, representação e todo o processo dos mapas.
ͫ
Podemos dizer que a cartografia é um campo complexo em mudança constante e, no sentido
mais amplo inclui desde a recolha até a avaliação e processamento dos dados de origem por meio
da recolha de dados, avaliação, processamento, concepção gráfica do mapa e desenho final.
Além da representação física, a cartografia é utilizada para ilustrar a realidade social, econô-
mica, histórica e cultural.
HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA
Os primeiros mapas surgiram por volta do ano de 2.500 a.C. quando foi confeccionado pelos
Sumérios, o que é considerado o primeiro mapa da história: uma placa de barro cozido com ins-
crições em caracteres cuneiformes (escrita suméria) onde foi representado o lado setentrional da
região mesopotâmica.
Geografia Geral 3
Antes, o homem já havia se utilizado de pinturas (inclusive pinturas rupestres feitas com a
intenção de representar o caminho dos locais onde havia caça) e até mesmo de entalhes e verda-
deiras maquetes de pedra confeccionadas por esquimós e pelos astecas, respectivamente, como
uma tentativa de representar pequenas localidades.
“Pedra de Saihuite”, com entalhes, chamada de “cartografia em relevo”.
Verificou-se que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C.
Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins bélicos e para demarcar
regiões garantindo, assim, que os impostos fossem pagos.
Também os egípcios usavam como ferramenta administrativa, para cobrar impostos e demar-
car a terra. Foram eles que desenvolveram o método da Triangulação para determinar distâncias
baseados na matemática, e o “nível”, instrumento em forma de “A” com um pêndulo no meio usado
para medir áreas. Ainda os egípcios faziam, registros cadastrais das terras em documentos consi-
derados cartas geográficas. Seus túmulos e alguns papiros representavam o mundo dos mortos.
4
Como se fossem um mapa do outro mundo eles serviam para guiar as almas e, frequentemente,
representavam o rio Nilo e planícies férteis.
Mais tarde, Pitágoras defendeu que a terra era esférica de acordo com suas observações
práticas e filosóficas (para ele a forma esférica era a mais perfeita) que só seriam aceitas no meio
científico, anos depois, pela influência de Aristóteles.
Hiparco (séc. 11 a.C.), astrônomo grego, foi quem criou o sistema de coordenadas geográficas
de latitude e longitude utilizando-se da matemática e da observação dos astros celestes.
Mas, o trabalho mais importante da cartografia na época clássica foi, sem dúvida, a obra em
oito volumes escrita por Claudius Ptolomeu. Sua obra, “Geographia”, contém as coordenadas de
8.000 lugares, a maioria calculada por ele próprio e, no último volume, ele dá dicas para a elabora-
ção de mapas-múndi e discute alguns pontos fundamentais da cartografia. Foi Ptolomeu também
Geografia Geral 5
quem primeiro defendeu a teoria geocêntrica ao afirmar que a terra era um corpo fixo em torno
do qual giravam os outros planetas.
Os romanos também se utilizavam de mapas embora se preocupassem mais com seu caráter
prático e, por isso, preferiam mapas que representavam áreas menores, rotas comerciais e territó-
rios. Como, por exemplo, a “Tábua de Peutinger” que em seus mais de 6 metros de comprimento
por 30 centímetros de largura representava diversos itinerários do Império Romano. Para isso, eles
usavam o astrolábio, ou dioptra – como era chamado pelos gregos, um instrumento usado para
se determinar a localização de pontos na terra por meio da observação dos fenômenos celestes.
Findo o período clássico, a cartografia passou por um período de pouco desenvolvimento
durante o início da Idade Média quando a Igreja teve forte influência sobre a confecção dos mapas
que eram feitos de tal forma a perderem a exatidão. Nessa época, os árabes foram os principais
responsáveis por qualquer desenvolvimento na área e foram, inclusive, responsáveis por trazer a
bússola para o ocidente propiciando os mecanismos para o desenvolvimento de mais um tipo de
carta pelos genoveses, as Cartas Portulanas, utilizadas para navegação.
Logo em seguida a esse período, no final da Idade Média, todo o conhecimento em torno
da cartografia que estava esquecido no ocidente, mas que vinha sendo preservado pelos árabes,
voltou à tona atingindo seu apogeu na época das Grandes Navegações quando se inicia a Idade
Moderna. Com a descoberta do continente americano a cartografia toma mais um fôlego e iniciam
os trabalhos para mapear o novo continente. Juan De La Cosa faz então, o primeiro mapa-múndi a
conter o novo mundo em 1500. Foi nessa época (Séc. XVI), após o descobrimento da América, que
o holandês Gerard Mercator, utilizando-se de todo o conhecimento produzido até a época para
produzir o mapa-múndi que levaria seu nome e que representava grandes rotas em linhas retas.
Mas foi só a partir do século XVII que os países começam a se preocupar mais com o rigor
científico dos mapas. É realizado então, o primeiro levantamento topográfico oficial na França, em
1744, chefiado por César – François Cassini (1744 – 1784) que seriam os precursores dos mapas
modernos.
Do século em diante, com o desenvolvimento das técnicas cartográficas, o aperfeiçoamento
da fotografia a aviação e a informática, a cartografia dá um salto.
Atualmente são utilizadas fotos áreas e de satélites para a realização de mapas e cartas que
cada vez mais são utilizados eletronicamente, descartando a necessidade de impressão e tornan-
do-os interativos.
TIPOS DE CARTOGRAFIA
A cartografia pode ser dividida em duas grandes áreas:
ͫ Cartografia sistemática: ramo da cartografia dedicado à representação das característi-
cas físicas da superfície terrestre, e por essa razão é também chamada de cartografia
topográfica. As informações representadas são de caráter genérico e, por isso, duradouras
no tempo, sendo coletadas e replicadas por meio de técnicas específicas.
ͫ Cartografia temática: ramo da cartografia dedicado à produção de mapas com base em
informações geográficas diversas, não se restringindo às dimensões físicas de uma área.
Seus produtos indicam a ocorrência espacial de fenômenos específicos, como econômi-
cos, sociais, demográficos e mesmo naturais. Por essa razão, recebe o nome também de
cartografia geográfica.
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CONCEITOS DE CARTOGRAFIA
ͫ Coordenadas geográficas: são valores numéricos que indicam a localização de um objeto
ou ponto qualquer na superfície terrestre. São definidas com base nos valores de latitude
e longitude, indicadas, respectivamente, pelos paralelos e meridianos.
ͫ Projeção cartográfica: são representações da Terra em uma superfície plana. Para isso,
baseiam-se em uma rede composta por linhas imaginárias horizontais e verticais (paralelos
e meridianos) perpendiculares entre si. São classificadas quanto à superfície de pro-
jeção (cônica, cilíndrica, plana) e quanto às suas propriedades (conforme, equidistante,
equivalente).
ͫ Escala cartográfica: é uma relação numérica (proporção) entre as dimensões de uma
superfície, conforme são representadas no mapa, e suas dimensões reais, medidas de
forma linear. Uma escala de 1:250.000 expressa em centímetros, por exemplo, indica que
cada centímetro do mapa corresponde a 250.000 cm ou 2,5 km na superfície do terreno.
ͫ Mapas: são representações gráficas, em escala reduzida, da superfície terrestre ou de
parte dela sobre um plano. Podem ainda representar espacialmente determinadas infor-
mações geográficas, compondo, assim, os mapas temáticos.
O termo mapa tem origem no vocábulo latim mappa e diz respeito a uma representação gráfica
e métrica de uma porção de território.
O mapa é uma representação gráfica e métrica da superfície da Terra ou uma parte dela numa
dimensão plana. Em um mapa é possível representar diferentes lugares do planeta, partindo do
particular como um bairro, cidade ou estado e geral como um país, continente ou o mapa mundi.
Porém, como os mapas são planos, não é possível representar a superfície arredondada da
Terra.
Os mapas que representam toda a superfície terrestre são os planisférios.
ͫ Tipos de mapas:
Existem dois tipos diferentes de mapas aos quais se recorre em função da informação que se
necessita. Deste modo, o geógrafo recorre aos mapas gerais ou mapas de base quando se pretende
obter diversas informações de carácter geral ou quando se pretende construir nova cartografia a
partir dos mesmos. Entre eles destacam-se:
ͫ Planisfério
» É a representação do globo terrestre no papel na forma plana.
» Sua cópia mais fiel é no globo pelo fato do planeta ser esférico.
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ͫ Mapa
» Representação plana em escala pequena. (1:30.000.000 até 1:250.000)
» Poucos detalhes representam grandes áreas.
» Mapas gerais (mundi) cabe em uma folha.
» Especiais (item específico) (Brasil VEGETAÇÃO, RELEVO, CLIMA, ETC...).
» Temáticos (MAPA DO CRIME).
» Mapa corográfico - “descrição de um país”
» Mapa topográfico
Geografia Geral 9
ͫ Planta
» Escala grande. (1:10.000 até 1:2.000)
» Representação de uma área muito limitada.
» Usada para representar uma casa, praça, etc. (muitos detalhes)
ͫ Cartas
» Representação em escala média. (1:100.000 até 1:25.000).
» Maiores detalhes que os mapas.
» Parte de um mapa.
» Para avaliação precisa de direções. Obs.: (cartas náuticas).
» Cartas temáticas → Mapas temáticos.
» Usadas para representar um tema específico; Ex.: vegetação, população, índice de
criminalidade, relevo, etc.
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»
ͫ Anamorfoses geográficas
São mapas esquemáticos, que não apresentam escala cartográfica. Nessas representações as
áreas sofrem deformações que são matematicamente calculadas.
ͫ
Quando se pretende estudar/trabalhar um tema específico utilizam-se os mapas temáticos:
» Físico
Geografia Geral 11
» Político
» Demográfico
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» Econômico
FONTE: HTTPS://WWW.GOCONQR.COM/SLIDE/10573188/CONDI-ES-DA-
TERRA-QUE-PERMITEM-EXISTENCIA-DE-VIDA
CAMADAS DA ATMOSFERA
Atmosfera é uma camada de gases que envolve geralmente um corpo material com massa
suficiente.
Os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são retidos por um longo período de tempo
se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for baixa.
Alguns planetas consistem principalmente de vários gases e, portanto, têm atmosferas muito
profundas (um exemplo seria os planetas gasosos).
3
Fonte: https://www.vix.com/pt/ciencia/551520/camadas-da-atmosfera-sao-1000-km-de-tem-
peraturas-absurdas-ate-vacuo-do-universo
O termo atmosfera estelar é usado para designar as regiões externas de uma estrela e normal-
mente inclui a porção entre a fotosfera opaca e o começo do espaço sideral. Estrelas com tempe-
raturas relativamente baixas podem formar compostos moleculares em suas atmosferas externas.
A atmosfera terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioleta e também serve como um
estoque, fazendo com que o gás oxigênio não escape.
FONTE: WWW.TODOESTUDO.COM.BR/GEOGRAFIA/TERMOSFERA
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
É a força exercida pela massa de gases da atmosfera sobre uma determinada superfície.
O valor da pressão atmosférica não é constante. Varia em função da altitude do local, sendo
menor à medida que a altitude aumenta.
Além da variação com relação à altitude, seu valor também sofre alterações ao longo do tempo
e em locais de mesma altitude.
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Essas variações se devem ao fato de a pressão atmosférica estar intimamente relacionada com
a temperatura, a densidade e o volume da massa de ar.
Como a medida da pressão atmosférica é um importante indicador de mudanças meteoroló-
gicas, seu valor é registrado ao longo do dia em diferentes pontos da Terra.
O barômetro é usado para medir a pressão atmosférica
Fonte: https://www.todamateria.com.br/pressao-atmosferica/
ͫ Variação da Pressão com a Altitude
Observa-se que o valor da pressão atmosférica padrão ao nível médio do mar é de 760 mmHg
(milímetros de mercúrio) ou 1 atm (atmosfera). Esse valor corresponde a 101325 Pa ou 1013,25
hPa (unidade mais usada).
Já ao subir ao longo da atmosfera, o peso da coluna de ar diminui e, consequentemente, o
valor da pressão atmosférica também reduz.
A tabela abaixo apresenta os valores médios da pressão para diferentes altitudes:
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ͫ
ͫ Fonte: https://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap1/cap1-2.html
ͫ As camadas da atmosfera:
Juntas, compõem uma extensão de aproximadamente 1000 km.
São elas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.
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Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com/
» Troposfera: é a camada mais próxima da crosta terrestre. Nela, encontra-se o ar
usado na respiração de plantas e animais. Ela é composta, basicamente, pelos mes-
mos elementos encontrados em toda a atmosfera, Nitrogênio, Oxigênio e Gás Car-
bônico. Quase todo o vapor encontrado na atmosfera situa-se na troposfera, que
ocupa 75% da massa atmosférica. Chega a atingir cerca de 17 km nas regiões trópicas
e pouco mais que 7 km nas regiões polares.
»
Fonte: https://misistemasolar.com
» Estratosfera: é a segunda camada mais próxima da Terra. Nela, encontra-se o gás
ozônio, responsável pela barreira de proteção dos raios ultravioleta, mais conhecida
como Camada de Ozônio. Podendo chegar a até 50 km de altura, a estratosfera é
caracterizada por apresentar pouco fluxo de ar e por ser muito estável. Como possui
uma pequena quantidade de oxigênio, a estratosfera não é propícia para a presença
do homem. Contudo, no dia 14 de outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner
saltou de uma altura de 39 km, impressionando o mundo todo (porém, para isso,
ele precisou de uma roupa especial que garantisse a sua respiração). Muitos aviões
a jato circulam na estratosfera porque esta é muito estável. É nesta camada que
começa a difusão da luz solar (que origina o azul do céu).
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»
Fonte: www.todoestudo.com.br/geografia/estratosfera
» Mesosfera: com alturas de até 80km, a mesosfera é caracterizada por ser muito
fria, com temperaturas que oscilam em torno dos -100 ºC. Sua temperatura, no
entanto, não é uniforme em toda sua extensão, uma vez que a parte de contato
com a estratosfera é um pouco mais quente, ponto da troca de calor entre as duas.
»
Fonte: http://es.slideshare.net/edmikel/trabajo-de-informatica-999
» Termosfera: é a camada atmosférica mais extensa, podendo alcançar os 500 km
de altura. O ar é escasso e, por isso, absorve facilmente a radiação solar, atingindo
temperaturas próximas a 1.000 ºC e se tornando, assim, a camada mais quente da
atmosfera.
»
Fonte: https://www.todoestudo.com.br/geografia/termosfera
» Exosfera: é a camada mais longe da Terra, alcançando os 800 km de altura. É com-
posta basicamente por gás hélio e hidrogênio. Nessa camada não existe gravidade e
as partículas se desprendem da terra com facilidade. Nela encontram-se os satélites
de dados e os telescópios espaciais.
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»
Fonte: http://exosfera.net/gordon-gould-uno-de-los-padres-olvidados-del-laser/
» Fonte: http://www.todamateria.com.br/o-que-e-atmosfera/amp/
A circulação atmosférica atua na movimentação das massas de ar. Essa movimentação ocorre
na Troposfera, a camada da atmosfera mais próxima da Terra.
A circulação atmosférica ocorre em razão do desequilíbrio da radiação recebida pela Terra ao
longo de sua extensão. As regiões que se localizam mais próximas da Linha do Equador recebem
mais radiação solar e, consequentemente, tornam-se mais aquecidas. Enquanto, nas regiões pola-
res, o índice de radiação é menor e o aquecimento, também. Desse modo, para que haja um maior
equilíbrio, acontecem muitas trocas de massas de ar entre as regiões mais quentes e as mais frias.
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Fonte: https://www.infoescola.com/geografia/zonas-climaticas-da-terra/
A movimentação das massas de ar só é possível graças às diferenças de pressão. O ar frio
é mais pesado e, por isso, tende a descer e provocar uma pressão maior, enquanto o ar quente
tende a subir e diminuir a pressão da atmosfera. Como a decida do ar frio e a subida do ar quente
acontecem simultaneamente, observa-se uma movimentação constante e circular dessas massas,
que é responsável pela ocorrência dos ventos e pelas variações climáticas.
Fonte: https://www-
geografia.blogspot.com/2019/11/zona-de-convergencia-intertropical-zcit.html
» Célula tropical ou Célula de Hadley: ocorre nas regiões de baixa latitude (mais pró-
ximas da Linha do Equador). É caracterizada pelo movimento em direção aos polos
acontecer na porção superior da atmosfera.
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» Célula de Ferrel ou célula das latitudes médias: ocorre nas latitudes intermediárias
(entre a Linha do Equador e os polos). Caracteriza-se pela direção do movimento
em direção aos polos ocorrer na porção inferior da atmosfera.
» Célula polar: o ar proveniente das outras duas células, ao alcançar os polos, desce e
forma uma forte pressão polar. Em seguida, a superfície desloca esse ar para zonas
de menor pressão e para as zonas tropicais.
TIPOS DE VENTO
O vento é o ar em movimento. Ele é resultante das diferenças de pressão atmosférica entre
os diferentes lugares.
Por ocasião das dinâmicas, algumas áreas podem momentaneamente apresentar uma menor
pressão atmosférica que outras, isto é, ter uma menor quantidade de ar sobre a superfície. Quando
isso ocorre, o ar que está acumulado nas zonas de maior pressão vai tentar se deslocar para as zonas
de menor pressão a fim de “preencher” esses espaços. Eis a origem dos ventos.
Apesar de ser um processo aparentemente simples, existem vários tipos de ventos. Eles alte-
ram-se conforme a sua durabilidade, variando entre ventos constantes, periódicos e locais ou
variáveis.
» Os ventos constantes: são aqueles que ocorrem de forma periódica e cujas caracte-
rísticas não fogem a determinados padrões gerais. São divididos em ventos alísios
e contra-alísios.
» Ventos alísios: sopram constantemente das zonas polares e dos trópicos em direção
à linha do equador. Carregam umidade e provocam chuvas nas regiões onde eles se
encontram com outros ventos e massas de ar.
» Ventos contra-alísios: realizam o movimento contrário aos ventos alísios, direcio-
nando-se da linha do equador aos trópicos. São ventos geralmente muito secos.
»
F o n t e : h t t p s : / /g u i a d o e s t u d a n t e . a b r i l . c o m . b r /c u rs o - e n e m - p l ay /
atmosfera-meteorologia-os-principais-fenomenos-que-influenciam-o-clima/
Os ventos periódicos são aqueles que ocorrem de forma repetitiva ou durante uma estação
do ano.
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Fonte: http://atividades.santosanjosjuizdefora.com.br/super-esquema-dos-furacoes-e-regi-
me-das-moncoes
» Brisas: são movimentos constantes e repetitivos que sopram do mar para o conti-
nente durante o dia, e do continente para o mar durante a noite.
»
Fonte: http://professormarciosantos3.blogspot.com/2014_03_01_archive.html
GEOGRAFIA DO BRASIL
- ESPAÇO NATURAL -
ATMOSFERA E O CLIMA -
FENÔMENOS CLIMÁTICOS E
OS CLIMAS NO BRASIL
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ATMOSFERA E OS CLIMAS
Atmosfera terrestre: corresponde a uma camada de ar que envolve todo o planeta Terra e
auxilia na manutenção da vida. É composta por gases que não se dissipam, mantendo-se por meio
da gravidade. Com base no critério da dinâmica da temperatura, a atmosfera terrestre divide-se
em camadas.
https://conhecimentocientifico.com/o-que-e-atmosfera/
» https://piradageografia.blogspot.com/2017/05/fatores-climaticos.html
» Fatores climáticos: são as condições que determinam ou interferem nos elementos
climáticos e os climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o porquê de
uma região ser quente e úmida e outra ser fria e seca, por exemplo. Os principais
fatores climáticos são: latitude, altitude, maritimidade e continentalidade, massas
de ar, vegetação, correntes marítimas e até o relevo.”
3
https://m.facebook.com/geografia.on
ELEMENTOS CLIMÁTICOS
» Radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor
recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe
a influência dos seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o
calor já existente. A radiação solar manifesta-se em diferentes tons de intensidade
ao longo do planeta, o que contribui para a formação das chamadas zonas térmicas
ou climáticas da Terra.
https://www.slideserve.com/skip/a-radia-o-solar
4
https://huriyatynews.com
» Pressão atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície, pois,
ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, consequentemente,
peso. A pressão atmosférica costuma ser medida em milibares (mb).
https://pt.slideshare.net/professoredugonzaga/clima-2013-professor-edu-gonzaga
» Umidade: é a quantidade de água em sua forma gasosa presente na atmosfera.
Temos, assim, a umidade absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a umi-
dade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera em relação ao total necessário
para haver chuva).
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https://www.climatempo.com.br/noticia/2020/03/30/como-a-variacao-da-umidade-no-ar-
-interfere-na-nossa-saude--2546
FATORES CLIMÁTICOS
» Latitude: está intrinsecamente ligada às diferenças da radiação solar sobre a Terra.
Assim, quanto mais próximo à Linha do Equador (baixas latitudes), mais as tempe-
raturas tendem a aumentar. Por outro lado, à medida que nos direcionamos rumo
às zonas polares (altas latitudes), menores tendem a ser as temperaturas.”
https://pt.slideshare.net/professoredugonzaga/clima-2013-professor-edu-gonzaga
» Altitude: em regiões mais altas, a pressão atmosfera costuma ser menor, além do
fato de a irradiação também ser mais diminuta. Assim a temperatura costuma ser
inferior, o que nos faz concluir que quanto maior a altitude, menores as temperaturas
e, quanto mais próximo ao nível do mar, maiores as temperaturas.
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https://explicandotudo.blogspot.com/2013/04/altitude.html
» Maritimidade ou continentalidade: são termos que designam, respectivamente, a
proximidade de um local do mar ou a sua posição em uma região mais continental,
o que interfere diretamente sobre o clima. Isso ocorre porque o solo costuma se
aquecer ou se resfriar mais rapidamente do que a água, o que acarreta uma maior
amplitude térmica (diferença entre a maior e menor temperatura) ao longo do ano
em regiões continentais e o inverso em regiões litorâneas.
https://www.slideshare.net/tojal7/climatologia-13983506
» Massas de ar: em função das diferenças de pressão atmosférica, temos a movimen-
tação do ar. Quando esse movimento ocorre em blocos de ar com a mesma tempe-
ratura e umidade, formam-se as massas de ar, que transferem suas características
para o clima dos locais por onde passam. Massas de ar frio e úmido, por exemplo,
são responsáveis por diminuírem as temperaturas e aumentarem a umidade. O
encontro entre duas massas diferentes forma as frentes de ar.
7
»
https://www.researchgate.net/figure/Distribution-of-the-source-areas-of-the-main-
-air-masses-today-modified-from-6-cA-is_fig3_331297306
» Vegetação: interfere no clima de várias formas diferentes. As principais delas são a
contenção ou absorção dos raios solares, minimizando os seus efeitos, e a elevação
da umidade por meio da evapotranspiração, o que ajuda a diminuir as temperaturas
e elevar os índices de chuva.
https://www.slideshare.net/flaviocosac/relao-entre-vegetao-e-clima/3
» Relevo: também influencia o clima quando as regiões mais altas impedem a passa-
gem de massas de ar, fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas ou
até desérticas.
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https://www.coladaweb.com/geografia/fatores-que-alteram-o-clima
» Correntes marítimas: apresentam condições específicas de temperatura, influen-
ciando diretamente o clima. Em regiões em que o mar é mais quente, por exemplo, a
evaporação aumenta e eleva a umidade, que se dispersa para outras regiões. Quando
as correntes são mais frias, a umidade local diminui e a pressão atmosférica e a
umidade passam a ser menores, o que faz com que essa região acabe “sugando” as
massas de ar de outras localidades, que passam a sofrer alterações em seus climas.
https://wikigeo.pbworks.com/w/page/36429950/Correntes%20Mar%C3%ADtimas
FENÔMENOS CLIMÁTICOS
Demos observar que além de todos esses fatores, que são os de ordem natural, também é
preciso lembrar que o homem acaba se tornando um dos agentes mais intensos de transformação
do clima. Ele pode ser responsável tanto por fenômenos climáticos mais localizados (ilhas de calor,
inversão térmica e outros) quanto por processos mais amplos e diversificados.
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https://pt.slideshare.net/BSZNAYDER/ilhas-de-calor
https://www.todamateria.com.br/ilha-de-calor
» Inversão térmica: é um fenômeno atmosférico característico dos grandes centros
urbanos e industrializados e corresponde ao aprisionamento temporário de uma
camada de ar frio próximo da superfície. Essa camada de ar frio, que é mais densa,
tem a sua circulação interrompida por uma camada de ar quente que fica posicio-
nada sobre ela. Esse movimento faz com que haja uma inversão das temperaturas
e provoca ainda a retenção da poluição na camada inferior, bem próxima do solo.»
https://www.vivendociencias.com.br/2015/05/inversao-termica.html
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OS CLIMAS NO BRASIL
ͫ Características gerais:
O clima é o conjunto de condições atmosféricas que caracterizam uma região.
O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes
tipos de clima.
A maior parte do território brasileiro encontra-se nas áreas de baixas latitudes, entre o Equador
e o Trópico de Capricórnio. Por essa razão, predominam os climas quentes e úmidos.
Os climas influenciam as características da vegetação.
Determinadas espécies de vegetais se desenvolvem em determinados climas.
Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical úmido, tropical Semiúmido, tropical de
altitude, tropical semiárido e subtropical.
https://trabalhosparaescola.com.br/clima-brasileiro/
Tipos de Clima do Brasil
ͫ Clima Equatorial:
» Região Amazônica.
» Alta pluviosidade, de 2000 a 2500 mm/ano.
» Médias térmicas de 24°C.
» Elevada umidade.
» Ventos alísios.
» Evapotranspiração da floresta Amazônica.
» Densa malha hidrográfica da região.
» MEC e MEA.
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https://
brasilescola.uol.com.br/geografia/clima-equatorial.htm https://www.geografiaopinativa.com.
br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
https://www.concursosnobrasil.com.br/escola/geografia/tipos-de-climas-no-brasil.html https://
www.geografiaopinativa.com.br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
https://www.infoescola.com/geografia/planalto-central/ https://www.geografiaopinativa.com.
br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
ͫ Tropical de Altitude:
» Região Serrana do Sudeste (Serra da Mantiqueira).
» Relevo é fator determinante para explicar as temperaturas amenas.
» Pluviosidade entre 1500 mm/ano.
» Média térmica 17 °C a 22°C.
» MTA.
https://climasebiomas.wordpress.com/2017/01/23/clima-tropical-de-altitude/ https://www.
geografiaopinativa.com.br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
ͫ Tropical Semiárido:
» Clima do interior Nordestino (Sertão).
» Baixos índices pluviosidade inferior a 600 mm/ano.
» Planalto da Borborema e Planalto do Maranhão Piauí.
» Chuvas irregulares e mal distribuídas (fevereiro a junho).
» Média térmica 26°C a 28°C.
» MTA, MEC, MPA e MEA.
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https://escolaeducacao.com.br/clima-semiarido-caracteristicas-vegetacao-e-acao-no-brasil/
https://www.geografiaopinativa.com.br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
ͫ Subtropical:
» Predominante no Sul do Brasil.
» Chuvas bem distribuídas o ano todo, de 1500 a 2000 mm/ano.
» Inverno com chuvas Frontais.
» Presença de geadas no inverno.
» Temperaturas médias térmicas são inferiores a 18°C.
» Amplitude térmica elevada.
» MPA e MTA.
https://www.estudopratico.com.br/clima-subtropical/ https://www.geografiaopinativa.com.
br/2016/03/classificacao-climatica-brasileira.html
https://www.estudokids.com.br/climas-brasileiros-tropical-semiarido-e-equatorial/
GEOGRAFIA DO
BRASIL - ESPAÇO
NATURAL - RECURSOS
HÍDRICOS - BACIAS
HIDROGRÁFICAS
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RECURSOS HÍDRICOS
ͫ Água e sua distribuição no Planeta
Sabemos que aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água.
Mas, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em
geleiras (geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena porcentagem de águas
superficiais para as atividades humanas.
Distribuição da água pelo planeta Terra:
97,5% da água do mundo está nos oceanos - água salgada.
2,5% de água doce está distribuída da seguinte forma:
29,7% aquíferos.
68,9% calotas polares.
0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc).
0,5% rios e lagos.
http://fontehidrica.blogspot.com/2011/11/distribuicao-da-agua-na-terra.html
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA DOCE NOS CONTINENTES
Fonte: Distribuição da água doce nos continentes. Crédito: Ana Lúcia Souto, domínio público
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HIDROGRAFIA BRASILEIRA
A hidrografia brasileira ocupa um lugar de destaque entre os elementos naturais. O destaque
nesse sentido é proveniente da quantidade e variedade hídrica presente no país.
Grande parte dos rios brasileiros nasce em relevos com pouca altitude, exceto o rio Amazonas,
que nasce na Cordilheira dos Andes.
Com 55.467 km2 o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica, isso devido à sua exten-
são. A riqueza hídrica nacional favorece a presença de rios de grande profundidade, além de rios
largos e extensos, em decorrência do tipo de relevo predominante no país forma rios de planaltos.
No Brasil, os rios são caudalosos e as bacias hidrográficas extensas, proporcionando um signi-
ficativo potencial hídrico no desenvolvimento de usinas hidrelétricas, captação de água, irrigação,
transporte entre outros.
ͫ As principais características da hidrografia brasileira são:
» Ocorrência de grande parte dos rios do tipo caudalosos, isso significa cursos com
elevado volume de água e que não secam (perene), característica derivada do clima
úmido. Somente no sertão nordestino ocorre, em determinadas localidades, rios
temporários.
» Domínio principal de foz do tipo estuário e alguns rios com foz do tipo delta.
» Os regimes dos rios brasileiros são de predominância do tipo pluvial, isso quer dizer
que os períodos de cheias e vazantes são determinados pela ocorrência de chuvas
e secas, influência direta do clima na hidrografia.
» Modesta quantidade de lagos.
» Superioridade de rios que deságuam no mar, nascem no interior do país e percorrem
em direção ao oceano, chamado de drenagem do tipo exorreica.
» Grande parte dos rios corre sobre planaltos e depressões, esses são os tipos de relevo
que mais se destacam no Brasil, favorecendo a instalação de usinas hidrelétricas.
Em detrimento da abundância hídrica, o Brasil se coloca como um privilegiado nesse sentido,
uma vez que a escassez de água assola muitos países do mundo.
Apesar dessa riqueza, a população não cuida dos rios, pois diariamente são lançados esgotos,
produtos químicos, lixo e muitos outros detritos nos mesmos.
Verificou-se que, a região Norte, que possui uma densidade de apenas 4,12 habitantes para
cada quilômetro quadrado, concentra quase 70% de todos os recursos hídricos disponíveis no Bra-
sil. A maior parte desses recursos encontra-se nos rios da Bacia do Amazonas e, principalmente,
no Aquífero Alter do Chão, exclusivo dessa região e com um volume de água superior ao Aquífero
Guarani, que se distribui entre as demais áreas (exceto o Nordeste).
A região nordestina, por outro lado, conta com uma densidade de 34,15 pessoas para cada
quilômetro quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os recursos hídricos do país, o
que seria mais do que suficiente se houvesse políticas públicas de combate à seca nessa área. Vale
lembrar que apenas uma parte do Nordeste a região do Polígono das Secas é que eventualmente
sofre com a falta d’água, e não a região nordestina como um todo.
A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade demográfica apresenta
uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e sua população total representa
pouco mais que 6% do total da população brasileira. A região possui cerca de 15,7% dos recursos
hídricos do país, relativamente bem distribuídos em seu interior, embora o Pantanal mato-grossense
detenha a maior parte.
Já o Sudeste conta com apenas 6% dos recursos hídricos do país e uma densidade demográfica
superior aos 86 habitantes para cada quilômetro quadrado, média que se acentua muito nas áreas
das grandes cidades, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A capital paulista é
a que mais vem sofrendo com a seca que se iniciou no ano de 2014, embora as raízes do problema
de baixa nos reservatórios sejam anteriores. Há, inclusive, uma disputa política muito forte entre
Rio e São Paulo envolvendo a transposição do Rio Paraíba do Sul.
A região Sul do Brasil, por sua vez, apresenta um desequilíbrio menor, porém não menos
preocupante. Com uma densidade demográfica de 48,58 habitantes por quilômetro quadrado e
cerca de 15% da população brasileira, os sulistas detêm cerca de 6,5% da água potável do país.
Em geral, o que podemos observar é que, apesar da má distribuição da água no território
brasileiro, mesmo as áreas com menor disponibilidade de água pode ser corretamente abasteci-
das se existirem planejamentos e ações públicas de interesse social. Além disso, a conservação de
rios, mananciais e das reservas florestais é de fundamental importância para a preservação desse
estratégico e vital recurso natural.
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ͫ Rede Hidrográfica
Constitui um conjunto de um rio principal, seus afluentes e subafluentes.
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GEOGRAFIA GERAL
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GEOGRAFIA GERAL
ESPAÇO NATURAL - SUPERFÍCIES LÍQUIDAS - HIDROGRAFIA,
CORRENTES MARINHAS - TIPOS E INFLUÊNCIA SOBRE O CLIMA
E A ATIVIDADE ECONÔMICA E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍ-
DRICOS E SITUAÇÕES HIDROCONFLITIVAS
HIDROGRAFIA, CORRENTES MARINHAS: TIPOS E INFLUÊNCIA
SOBRE O CLIMA E A ATIVIDADE ECONÔMICA E UTILIZAÇÃO DOS
RECURSOS HÍDRICOS E SITUAÇÕES HIDROCONFLITIVAS
HIDROGRAFIA:
Observa-se que o planeta Terra é formado por 97% de água, concentrada principalmente em
oceanos e mares. No total, a água contida no planeta abrange um volume de aproximadamente
1.400.000.000 km³.
O oceano Pacífico é o maior em extensão e profundidade, com mais de 179.700.000 km² de
área e 11.020 metros de profundidade. O maior rio, por sua vez, é o Amazonas, com 10.245 km
de extensão.
Fonte: Distribuição da água doce nos continentes. Crédito: Ana Lúcia Souto, domínio público
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Compreende toda a água que temos abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou
vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das rochas com-
pactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade) desempenha um papel
essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas
cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada.
AQUÍFEROS
Caracteriza-se por uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis,
que armazena água em seus poros ou fraturas. Ainda temos outro conceito que se refere a aquífero
como sendo, somente, o material geológico capaz de servir de depositório e de transmissor da água
aí armazenada. Assim, uma litologia só será aquífera se, além de ter seus poros saturados (cheios)
de água, permitir a fácil transmissão da água armazenada.
Aquíferos mais importantes do mundo - por extensão ou pela transnacionalidade:
» Guarani – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (1,2 milhões de km2).
» Arenito Núbia Líbia, Egito, Chade, Sudão (2 milhões de km2).
» KalaharijKaroo -Namíbia, Bostwana, África do Sul (135 mil km2).
» Digitalwaterway vechte – Alemanha, Holanda (7,5 mil km2).
» SlovakKarst-Aggtelek -República Eslováquia e Hungria).
» Praded – República Checa e Polônia (3,3 mil km2) (UNESCO, 2001).
ͫ Tipos de Aquíferos
A sua constituição geológica (porosidade/permeabilidade intergranular ou de fissuras) é que
irá determinar a velocidade da água em seu meio, a qualidade da água e a sua qualidade como
reservatório
Quanto à porosidade, temos três tipos aquíferos:
Geografia Geral 5
RIOS:
Importantes agentes modeladores do relevo.
Realizam transporte de sedimentos do solo de áreas mais elevadas para áreas mais baixas.
Cidades surgiram à beira de rios.
ͫ Partes do Rio:
» Alto curso ou superior – próximo a nascente.
» Curso médio – trecho intermediário.
» Curso inferior ou baixo – próximo a Foz.
» Meandros de um rio: são suas curvas.
» Leito: onde a água corre.
» Talvegue: canal mais profundo do leito do rio.
» Montante: cabeceira, sentido contrário do fluxo.
» Jusante: sentido do fluxo da água.
ͫ Tipos de Foz:
» Foz do tipo estuário: caracteriza-se com um único canal, não apresenta obstáculos,
como exemplos temos a foz dos rios: Congo, na África e rio Itajaí-Açu, no Brasil.
» Foz do tipo delta: com vários canais entremeados de ilhas formando uma espécie de
leque, essas ilhas podem ser naturais ou formadas por sedimentos transportados
pelas águas dos rios, como exemplos temos a foz do rio Nilo, na África e dos rios
Paranaíba, Acaraú, Piranhas e Paraíba do Sul, no Brasil.
» Foz do tipo mista ou complexa: quando um rio apresenta a foz do tipo Delta e a foz
do tipo estuário, como é o caso do rio Amazonas, no Brasil.
No Brasil, predominam rios com foz do tipo estuário.
TIPOS DE FOZ
Geografia Geral 7
ͫ Tipos de Rios:
» Perenes ou permanentes: nunca secam.
» Temporários ou intermitentes: secam em períodos de estiagem.
ͫ Regime dos Rios:
» Pluvial: alimentado pela chuva.
» Nival ou alpino: alimentados pelo degelo.
» Lacustre: Formados a partir de lagos.
» Misto ou complexo: alimentado tanto pela chuva quanto pelo degelo (Rio Amazonas).
ͫ Tipos de Drenagem:
» Exorreica: Quando corre para o oceano.
» Endorreica: Quando corre para o interior do continente.
» Arreica: Desaparece por evaporação ou por infiltração.
» Criptorreica: Rios Subterrâneos.
EndorreicaExorreica Arreica
Fonte: https://www.bing.com
» Rios de planícies: excelentes para a navegação.
CORRENTES MARÍTIMAS
São grandes porções de água que se deslocam pelos oceanos de um ponto a outro e que
possuem características semelhantes de temperatura e salinidade. Elas são formadas em função
da diferença de densidade entre as águas quentes e frias, pela ação de ventos ou pela influência
das marés, e podem ser classificadas em quentes ou frias. As correntes marítimas influenciam
diretamente no clima das áreas banhadas por elas e atuam na redistribuição de calor e umidade
pelo planeta, além de serem importantes para os ecossistemas marítimos.
ͫ Tipos de correntes marítimas
Considerando as suas principais propriedades, as correntes marítimas são classificadas como
quentes ou frias.
» Correntes quentes: são formadas na zona tropical do planeta, próximo da Linha do
Equador, área que recebe calor solar com maior intensidade. São menos densas
e, por essa razão, deslocam-se pela camada superficial do oceano e a velocidades
mais elevadas do que as das correntes frias. Movimentam-se em direção aos polos,
imputando elevado teor de umidade para as áreas costeiras por onde passam devido
ao elevado grau de evapotranspiração.
» Correntes frias: são formadas nos polos terrestres, que correspondem às regiões
mais frias do planeta. Por conta disso, são correntes mais densas que se deslocam em
subsuperfície e mais lentamente do que as correntes quentes. Elas se movimentam
em direção aos trópicos.
Geografia Geral 9
Fonte: https://www.coladaweb.com/geografia/correntes-maritimas
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Estudos mostraram que entre 1990 e 1950, o consumo passou de 580 para 1400 km³ anuais
de água, o que representa um aumento de 2,4 vezes em um período de cinquenta anos. Já nos cin-
quenta anos seguintes, o aumento foi de 2,8 vezes, saltando para 4000 km³/ano na virada do milênio.
A ONU, estima que seguindo esses dados e as tendências de consumo atuais, no ano de 2025, o
consumo mundial de água será de 5200 km³/ano, uma alta de 1,3 vezes em um período de 25 anos.
Quando realizamos a divisão por país, notamos que a maior parte dos maiores consumidores
mundiais de água, faz parte do grupo de nações economicamente desenvolvidas, com destaque
para os Estados Unidos.
Geografia Geral 11
Observamos que existe uma disparidade muito grande com relação ao consumo de água per
capita, ou seja, em relação à quantidade de habitantes em cada país.
Algumas nações ficam abaixo do mínimo estipulado pela ONU, que é de 100 litros de água
por dia, um exemplo é a China que sofre com o seu elevado volume populacional em uma área em
grande parte composta por desertos.
Podemos destacar ainda muitas áreas com estresse hídrico, quando o consumo de água é
superior à capacidade de renovação local, tais como alguns países do Oriente Médio, a Índia e até
algumas regiões brasileiras.
GEOPOLÍTICA DA ÁGUA
Gera um profundo debate no contexto político da atualidade, principalmente em razão da
escassez crescente desse recurso e do seu elevado caráter estratégico.
A água doce, própria para consumo, é, ao lado do petróleo, o mais estratégico dos recursos
naturais da atualidade. Com o crescimento do impacto das atividades humanas sobre a natureza,
sua disponibilidade encontra-se cada vez mais escassa, sem falar em algumas áreas que já apresen-
tam uma tendência natural para esse problema. Por isso, é quase que um consenso no âmbito das
ciências políticas que o século XXI será marcado como o século das disputas internacionais pelos
recursos hídricos, o que nos faz pensar, então, na questão da Geopolítica da água.
Ainda no século XX, vários casos assinalaram também essa questão, que tende a intensificar-se
ao longo das próximas décadas em várias regiões do planeta.
Observou-se que em vários conflitos do passado, a água, se não era o propósito principal das
ações militares, foi por diversas vezes disputada, haja vista que quem controla os recursos hídricos
e sua disponibilidade possui uma ampla vantagem estratégica sobre qualquer adversário.
Um exemplo é o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul, que ainda continua por várias déca-
das e culminou em um último conflito em 2011, mas sem uma trégua. Disputas essas por recursos
naturais da região, poços de petróleo, oleodutos e reservas de água
A Guerra dos Seis Dias (1967), Israel conseguiu ampliar suas fronteiras recém-criadas no Oriente
Médio, um dos alvos conquistados foram as Colinas de Golã, que abrigam as nascentes do Rio Jordão,
responsável por alimentar o Mar Morto e que é amplamente necessário para o país atualmente e
também para palestinos e jordanianos.
Podemos destacar atualmente, um conflito de controle dos rios Tigre e Eufrates que é alvo,
inclusive, de grupos terroristas, mais precisamente do Estado Islâmico, que buscam o controle não
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só da vazão dos rios, mas de inúmeras obras hidráulicas existentes ao longo de seus leitos. Nesse
caso, o caráter estratégico de uma ocupação sobre cursos d’água torna-se uma arma de guerra
capaz de ampliar sobremaneira os níveis das disputas geopolíticas na região.
Por fim temos um processo semelhante a esse que ocorre na bacia do Rio Nilo, no continente
africano, envolvendo Egito, Etiópia, Tanzânia, Uganda e Sudão. Os acordos internacionais sobre a
vazão do rio e o controle de suas atividades parecem, até hoje, não diminuir a tensão política que
existe entre esses países em torno da utilização das águas desse importante rio. Mais ao sul do con-
tinente, na bacia de Okavango, a disputa acontece por parte de Etiópia, Botsuana, Angola e Namíbia.
Verifica-se que diante da questão água, pode-se ressaltar então que o controle da água, sobre-
tudo das nascentes de grandes rios e também de áreas de grande disponibilidade subterrânea desse
recurso, é um item altamente estratégico. Por isso, teme-se que o mundo possa conhecer ainda
mais conflitos e até mesmo guerras generalizadas pela posse da água potável, que se encontra cada
vez menos disponível em várias partes do mundo.
TIPOS DE ESCASSEZ
GEOGRAFIA –
ESPÍRITO SANTO
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A vegetação original capixaba está constantemente sendo desmatada e substituída por uma
vegetação artificial, como o eucalipto. Chamado de deserto verde, o eucalipto com seu alto valor
comercial no setor de fabricação de móveis e de celulose tem atraído empresas para a região.
Destacam-se ainda as praias arenosas, cobertas por vegetação rasteira e extensas dunas, bem
como nas ilhas, que também ocorre uma vegetação oceânica, composta principalmente por áreas
de formação de dunas.
A rica biodiversidade merece destaque. Heranças de um período em que todo o território
capixaba esteve recoberto pela floresta tropical, lá estão estabelecidas 17 unidades de conservação,
dois parques nacionais, duas áreas de preservação ambiental, seis reservas biológicas, três reservas
particulares do patrimônio natural e uma estação ecológica, além de três florestas nacionais.
Ao norte capixaba foi criada a Reserva Natural Vale, entre os municípios de Linhares, Sooretama
e Jaguaré, com a intenção de preservar a Mata Atlântica, que é considerada um hotspot (diversidade
de espécies com risco de extinção).
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A grande miscigenação étnica do Espírito Santo ocorreu nas décadas de 1940 até 1980, quando
as grandes cidades do estado começaram a se industrializar, isso atraiu muitas famílias do interior
do estado (os italianos), para a Grande Vitória, onde havia grande concentração, sobretudo de
pessoas de ascendência portuguesa e espanhola, além de boa parte da população local ser parda,
esse êxodo rural, causou grande miscigenação de culturas no estado.
Com o surgimento dos grandes projetos como a CVRD, CST, Aracruz e Samarco (1960/1967)
houve a diversificação da base econômica no Estado. A partir dos anos 1990, o setor de serviços
passou a ter significativa presença no PIB, passando a ser a âncora da economia capixaba impulsio-
nado pela forte vocação do comércio exterior. Os sete portos, o Corredor Centro Leste e a logística
tornam o Estado competitivo.
O setor terciário é o mais dinâmico da economia capixaba e o que mais fortalece o PIB no
Estado, com uma participação de 56,3%, puxado principalmente pelo segmento do comércio exterior.
O estado é viável em sua infraestrutura e logística. Sedia o maior complexo portuário da
América Latina.
A composição do PIB do Espírito Santo é a seguinte:
» Agropecuária: 9,3%
» Indústria: 34,5%
» Serviços: 56,3%
O setor de serviços é a principal atividade econômica do estado. Vitória, capital capixaba, abriga
os portos de Tubarão e Vitória, sendo esse último um dos mais movimentados do Brasil, fato que
impulsiona esse segmento da economia no estado.
A agricultura baseia-se nos cultivos de arroz, feijão, café, legumes, cana-de-açúcar e diversas
frutas (nas áreas litorâneas há plantações de banana, abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto
nas montanhas são cultivados, morango e uva). O Espírito Santo é o segundo maior produtor de
café em grãos do Sudeste, atrás somente de Minas Gerais.
O setor industrial, responsável por 34,5% do PIB estadual, destaca-se pelos segmentos, ali-
mentício, madeireiro, fabricação de celulose, siderúrgico e têxtil.
O Espírito Santo é grande exportador de ferro, aço e granito, é também o segundo produtor de
petróleo e gás natural do país, sua produção é inferior apenas à do Rio de Janeiro. Com a descoberta
de grandes reservas petrolíferas em 2002, o estado passou da sexta para a segunda posição entre
os detentores das maiores reservas do país. Com o início da exploração do petróleo da camada
pré-sal, o estado aumentará de forma significativa sua produção.
Dados das exportações e importações:
Exportações:
» Minério de ferro: 46%
» Produtos siderúrgicos: 25%
» Celulose: 10%
» Granito: 6%
» Café em grãos: 6%
» Outros: 7%.
Importações:
» Carvão mineral: 14%
» Máquinas e equipamentos: 12%
» Cátodos e outros produtos de cobre: 9%
» Fios, tecidos e confecções: 7%
» Produtos das indústrias químicas: 6%
GEOgrafia – ESPÍRITO SANTO 7
Fonte: IJSN - Instituto Jones dos Santos Neves / Censo IBGE 2010.
GEOGRAFIA –
ESPÍRITO SANTO
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As mesorregiões são:
Central espírito-santense
» Vitória
» Afonso Cláudio
» Guarapari
» Santa Teresa
Litoral norte espírito-santense
» Linhares
» Montanha
» São Mateus
Noroeste espírito-santense
» Barra de São Francisco
» Colatina
GEOgrafia – ESPÍRITO SANTO 5
» Nova Venécia
Sul espírito-santense
» Alegre
» Cachoeiro do Itapemirim
» Itapemirim
ͫ Divisão do Espírito Santo em regiões geográficas intermediárias e imediatas
Os 78 municípios do Espírito Santo estão divididos em 4 regiões geográficas intermediárias e
8 regiões geográficas imediatas. Essa divisão foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) no ano de 2017, com base em diferentes critérios regionais. A divisão geográfica
do Espírito Santo tem a seguinte lógica: