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INTRODUÇÃO

O relevo é o formato da superfície terrestre, ou seja, as variações sobre a


camada mais superficial do planeta: a Crosta. Para entender o que é
relevo, saiba que ele pode ser classificado com base em suas
características, dividindo-o em quatro diferentes formas: montanhas,
planaltos, planícies e depressões.
Neste artigo sobre o que é relevo, você encontrará todos os tópicos abaixo bem
explicados e com exemplos.

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DESENVOLVIMENTO

O relevo corresponde à forma da superfície terrestre, abrangendo o solo e as rochas


que estão abaixo dele. Essa forma se constrói lentamente, ao passar dos milhares
de anos, através dos agentes internos (endógenos), como vulcões e placas
tectônicas, e externos (exógenos), como a chuva, o vento e os rios.

O relevo é o formato variável que a camada superficial da terra pode assumir. Essa
camada é conhecida como litosfera ou crosta terrestre.

É também ele o local onde os efeitos das transformações geológicas (movimentação


das placas tectônicas) e as meteorológicas (chuvas e erosões) apresentam-se de
forma mais nítida. Além disso, serve como habitação dos seres humanos e de
grande parte dos animais terrestres.
Pode-se definir o relevo como o conjunto de formas físicas que compõem a
superfície da Terra.
Há variações na formação do relevo e ele se origina e se transforma sob a
interferência de dois tipos de agentes: os agentes internos e externos. Adiante,
falaremos sobre eles, mas antes vamos conhecer os tipos de relevo que existem.

Tipos de relevo e suas características


No geral, os quatro principais tipos de relevo, são: planícies, planaltos,
montanhas e depressões.

Planaltos
Os planaltos podem ser definidos como áreas mais ou menos planas que
apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas e são cercadas por regiões
mais baixas.
Neles, predomina o processo de erosão, que fornece sedimentos para outras áreas.

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Os planaltos ou platôs, designam as superfícies planas com elevadas altitudes
(acima de 300 metros), característica marcante que os diferem das planícies.
Há três tipos principais de planaltos:
• Sedimentares (formados por rochas sedimentares);
• Cristalinos (formados por rochas magmáticas e metamórficas);
• Basálticos (formados por rochas magmáticas).
O maior planalto do mundo é o planalto tibetano, localizado na região do Tibete na
Ásia Ocidental, com altitude média de 4000 metros.

Planícies
São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente bem próximas ao nível do
mar. Se encontram próximas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou
constituindo áreas litorâneas.
São caracterizadas pelo predomínio do processo de acumulação e sedimentação,
visto que recebem a maior parte dos sedimentos provenientes do desgaste dos
demais tipos de relevo.
As planícies designam as superfícies planas de baixas altitudes (até 100 metros),
formados por rochas sedimentares.
As chamadas “planícies litorâneas” correspondem aos terrenos planos próximos à
região litorânea. De acordo com seus agentes formadores, as planícies são
classificadas em:
• Costeira (mar);
• Fluvial (rio);
• Lacustre (lago).
A maior planície alagável do mundo é o Pantanal, com mais de 200 mil quilômetros
quadrados de extensão, localizado em sua maior parte no Brasil (70%) e as outras
parcelas entre Bolívia e Paraguai.

Depressões
São áreas rebaixadas que apresentam as menores altitudes da superfície terrestre.
• Quando uma área é mais baixa que as demais a sua volta, seu relevo é
chamado de depressão relativa.
• Quando ela se encontra abaixo do nível do mar, é chamada de depressão
absoluta.

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O mar morto, no Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do mundo, possuindo
a área que apresenta as menores altitudes, com cerca de 396 metros abaixo do
nível do mar.
As depressões caracterizam planos rebaixados, consideradas as menores altitudes
encontradas no planeta (100 a 500 metros), formadas principalmente pelo fenômeno
da erosão.
Há duas classificações quanto esse tipo de relevo:
• Depressão absoluta: aquela que está situada abaixo do nível do mar;
• Depressão relativa: que está localizada acima do nível do mar, mas é menor que
os relevos que etão ao seu redor.
O Mar Morto, localizado no Oriente Médio, é considerado a maior depressão
absoluta do mundo, com 400 metros abaixo do nível do mar.

Montanhas
As montanhas são formas de relevo caracterizadas pela altitude elevada se
comparadas com as demais altitudes da superfície terrestre.
Quando em conjunto, elas formam cadeias chamadas de cordilheiras, como a
Cordilheira dos Andes, na América do Sul, e a Cordilheira do Himalaia, na Ásia.

São conhecidos quatro tipos de montanhas:


• Vulcânicas: se formam a partir de vulcões;
• Erosão: surgem a partir da erosão do relevo ao seu redor, levando milhões de
anos para serem formadas;
• Falhadas: originadas a partir de falhamentos na crosta, que geram uma ruptura
entre dois blocos terrestres, ficando soerguidos um sobre o outro;
• Dobradas: se originam a partir dos dobramentos terrestres causados pelo
tectonismo. De todos esses tipos, o último é o mais comum.
Os geólogos e geógrafos costumam fazer uma diferenciação:
Usam o termo “serras” para falar dos relevos antigos, ricos em minérios, que foram
esculpidos ao longo dos anos (como as de Minas Gerais).
Já o termo “montanha” é usado para se referir aos dobramentos modernos, ou seja,
aqueles relevos recentes que surgiram pela movimentação das placas.

A maior montanha do mundo, em relação ao nível do mar, é o Monte Everest, no


Himalaia, com 8.850 metros de altitude.

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Quais são os agentes que modelam o relevo?

Os agentes que modelam o relevo são aqueles que vão gerar as formas, que
causam as variações. Eles podem ser internos ou externos, ou seja, forças e
fenômenos que vêm de dentro ou fora da estrutura da Terra.

Alguns exemplos são o movimento das placas tectônicas, vento, vulcões, água dos
rios ou chuvas… tudo isso muda a aparência da crosta. Mas esse processo é lento,
pois só percebemos as diferenças depois de milhares de anos.

Agentes Internos

Há 3 principais agente internos que causam as variações nas formas: tectonismo,


vulcanismo e abalos sísmicos. São chamados de internos porque são forças que
vêm do centro da terra, de suas camadas mais internas.

Tectonismo

Os movimentos tectônicos resultam de pressões vindas do interior da Terra e que


atuam na crosta terrestre. As pressões que acontecem de forma vertical fazem com
que os blocos continentais sofram levantamentos e rebaixamentos.

Os movimentos resultantes (chamados diastrofismo) da pressão vertical são


chamados epirogenéticos.
As pressões que ocorrem de forma horizontal resultam em dobramentos ou
enrugamentos que dão origem às montanhas e cordilheiras.
Esses movimentos (também chamados de diastrofismo) ocasionados pela pressão
horizontal são chamados orogenéticos.
Vulcanismo
O vulcanismo é caracterizado pelas diversas formas em que o magma do interior
da Terra chega até a superfície, e este pode ser sólido, líquido ou gasoso. Esses
materiais se acumulam em um depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faça
com que ocorra a erupção.
A lava escorre pelo vulcão, alterando e criando novas formas na paisagem. O relevo
vulcânico é caracterizado pela rapidez com que se forma e com que pode ser
destruído.
A maioria dos vulcões da Terra está concentrada no Círculo de Fogo do Pacífico:
desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos
vulcões da superfície.
Abalos Sísmicos ou Terremotos
Um terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos na superfície que forçam
as placas tectônicas da litosfera (camada rochosa) fazendo com que elas se movam.

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Como resultado, as placas podem se chocar, se separar ou deslizar. O terremoto é
resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando assim
uma vibração.
Agentes Externos
Há 4 principais agentes externos que causam as variações nas
formas: intemperismo, geleiras, rios e abrasão marinha. São chamados de
externos porque são fenômenos vindos já da superfície ou acima dela.
Intemperismo
O intemperismo é o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam
sobre as rochas, ocasionando sua desintegração ou decomposição.
A rocha decomposta se transforma em um material chamado manto ou regolito, um
resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em solo.
O intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias presentes
nela, reagem com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas
modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o material
sendo levado pelos agentes de transporte.
Geleiras
As geleiras, ou glaciares, realizam um trabalho de erosão nas rochas que as
cercam, formando vales em forma de “U”. O acúmulo de sedimentos transportados
pelas geleiras são chamados moreias, morenas ou morainas.
Rios
Os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e modificação do
relevo:
• Erosão, isto é, escavação dos leitos. Quanto maior for o poder erosivo de um
rio, maior será sua vazão e a inclinação do seu leito;
• Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões;
• Sedimentação, quando há a formação de planícies e deltas.
Na época das cheias, o rio transborda, depositando, nas margens, grande
quantidade de aluviões. Nessas regiões, formam-se grandes planícies
sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.
A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões
que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no
segundo, formam-se os deltas.
Abrasão marinha
As águas dos mares e oceanos desgastam as rochas da costa mediante três
movimentos: as ondas, as marés e as correntes marítimas.

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A ação contínua das ondas do mar “ataca” a base, as grandes paredes rochosas do
litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e seu consequente
afastamento.
Relevos Oceanicos
Dorsais oceânicas: Também chamada dorsal submarina, dorsal meso-oceânica ou
crista média oceânica, é o nome dado às grandes cadeias de montanhas submersas
no oceano, que se originam do afastamento das placas tectônicas.
Fossa oceânica: são as regiões mais fundas dos oceanos. São grandes
depressões que se formam abaixo do talude continental, em zonas de encontro de
placas tectônicas, onde uma dessas placas mergulha sob a outra.
Planície abissal: é o nome dado as extensas zonas oceânicas de superfície
horizontal situadas a uma profundidade entre os 4000 e 5000 metros.
Ilha: é um prolongamento do relevo, localizada numa depressão absoluta
preenchida por água em toda sua volta.
Vulcões submarinos: são fissuras no fundo oceânico, das quais pode haver
erupção do magma.
Talude continental: é a porção do fundo oceânico com declive muito acentuado.
Fica entre a plataforma continental e a margem continental.
Plataforma continental: é a porção do fundo oceânico que tem início na linha de
costa e desce com um declive suave até o talude continental. Em média, a
plataforma continental desce até uma profundidade de 200 metros.

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CONCLUSÃO

O relevo consiste nas formas da superfície do planeta, podendo ser influenciado por
agentes internos e externos.Os tipos de relevo são os aspectos da superfície do
globo terrestre. A constituição das diferentes formas de relevo se deve à ação dos
agentes internos ou endógenos - que acentuam o relevo - e também dos agentes
externos ou exógenos - que atenuam e esculpem o relevo. O relevo pode apresentar
diversas formas. As principais são: cadeias de montanhas, serras, planaltos,
planícies e depressões.

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