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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de educação á distância

Importância do solo na produção agrícola em três períodos seca, chuvoso e sementeira


na sua localidade – moçambique

Estudante: Jonil Vasco Aiamo

Código: 70821616285

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental

Disciplina: Pedogeografia

Nivel:1º Ano—IED

Docente: Eugénia Joaquim

Cuamba, Maio de 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Ensino a distância

Importância do solo na produção agrícola em três períodos seca, chuvoso e


sementeira na sua localidade – moçambique

Trabalho apresentado para avaliação de pedageografia,


do curso de Gestão Ambiental, da Universidade
Católica de Moçambique: Instituto de Ensino a
distância, orientado pelo tutor.

Eugénia Joaquim

Cuamba, Maio de 2022


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ao objecto do trabalho
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discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributosteóricosprátic
Conclusão 2.0
os
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfic citações/referências 4.0
citações e
as bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução..........................................................................................................................5

Objectivos..........................................................................................................................6

Metodologias.....................................................................................................................7

Quanto a natureza da pesquisa..........................................................................................7

Quanto aos objetivos da pesquisa......................................................................................7

Referencial teórico.............................................................................................................7

Conceitos básicos..............................................................................................................7

Fatores de formação do solo..............................................................................................8

Funções do solo e o impacto dos sistemas agrícolas.........................................................8

Importância do solo na agricultura....................................................................................9

Importância do solo na produção agrícola na fase seca..................................................10

Redução da produtividade...........................................................................................10

Menor disponibilidade de água....................................................................................10

Diminuição da oferta de alimentos..............................................................................11

Erosão do solo..............................................................................................................11

Clima...............................................................................................................................11

Relevo..........................................................................................................................12

Organismos......................................................................................................................12

Discussão de resultados...................................................................................................13

Conclusão........................................................................................................................14

Referencias bibliográficas...............................................................................................15

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Introdução
O solo é o sustentáculo da vida e todos os organismos terrestres dele dependem direta
ou indiretamente. É um corpo natural que demora para nascer, não se reproduz e
“morre” com facilidade. Para dar a necessária importância ao solo e protegê-lo, é
fundamental conhecer a maneira como se forma e quais os elementos da natureza que
participam na sua formação.

O solo resulta da ação simultânea e integrada do clima e clima organismos, organismos


que actuam sobre um material de origem (geralmente rocha), que ocupa determinada
paisagem ou material de origem relevo, durante relevo certo período de tempo.Esses
elementos (rocha, clima, organismo, relevo e tempo) são chamadas de fatores fatores de
fatores formação do solo. Esses fatores são parte do meio ambiente e atuam de forma
conjunta.

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Importância do solo na produção agrícola em três períodos seca, chuvoso e
sementeira na sua localidade – moçambique
A interferência do homem é a principal causa do desequilíbrio do meio ambiente na
atualidade. Podem-se citar como exemplos dessas interferências, o desmatamento, a
caça e pesca sem controle e a urbanização em áreas de matas e florestas. A preservação
ambiental é de responsabilidade individual, com atitudes que agregarão na conservação
do meio ambiente.

Meio ambiente é o meio onde se vive e não somente a natureza em si. A


sustentabilidade é o equilíbrio entre a natureza e o homem, suprindo todas as
necessidades humanas sem causar grandes danos ao equilíbrio ecológico. Um solo
conservado mantém um bom funcionamento do ecossistema, tendo em vista que em um
solo pobre de nutrientes e fauna microbiológica não há possibilidades do
desenvolvimento de plantas (tanto para alimento quanto para compor a natureza),
desencadeando uma série de impactos negativos para o meio ambiente. Diante disso,
este artigo buscará conscientizar sobre a importância da conservação do solo para um
meio ambiente equilibrado e, por sua vez, tem como objetivo geral demonstrar a
importância do solo para o equilíbrio ambiental e como objetivo específico divulgar
pesquisas realizadas na Embrapa Milho e Sorgo na área de solos que contribuem para
seu equilíbrio, demonstrando as vantagens da conservação deste solo para o meio
ambiente.

Objectivos
Gerais

 Falar acerca da importância do solo na produção agricola em três fases ou


épocas, seca, chuvoda e sementeira

Específicos

 Identificar as principais formas de foemacao do solo para a produção agricola;


 Analisar as principais formas de formação do solo;
 Descrever a importância do solo para a comunidade agricola.

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Metodologias
Quanto a natureza da pesquisa

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, porque vamos trabalhar com o significado dos
dados, tendo a base da perpceção do fenómeno em causa.

Segundo Triviños (1987), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando


seu significado, tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. O
uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como
também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e
tentando intuir as consequências.

Quanto aos objetivos da pesquisa


Trata-se de pesquisa descritiva, as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a
descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser
classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na
utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.
Esse tipo de pesquisa, segundo Selltiz et al. (1965), busca descrever um fenômeno ou
situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com
exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como
desvendar a relação entre os eventos.
Referencial teórico
Conceitos básicos

O solo é um produto da ação conjugada de diferentes fatores de formação:

a) O material de origem ou rocha matriz que é submetida ao intemperismo, que a


fragmenta, mas mantém as características químicas e físicas essenciais dos solos.
b) O clima, que atua com as variações da temperatura, da chuva e do vento e
governa a intensidade do intemperismo e aumenta ou diminui o tempo para a
formação dos solos.
c) O relevo, com as suas diferentes posições topográficas (planícies, encostas e
baixadas) e altitudes, determinam se cada solo perde ou recebe material de
outros solos.

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d) Os organismos, como vegetação, animais e microrganismos no solo, em resposta
às condições climáticas e ambientais, afetam diversos parâmetros específicos
dos solos.
e) O tempo, um dos mais importantes fatores, pois define a idade e a intensidade da
atuação dos demais fatores de formação.

O solo é composto pelas fases sólida, líquida, gasosa e orgânica. A fase sólida é
constituída pelos minerais, que compõem, em média, 45% do volume. As fases líquida e
gasosa ocupam o espaço poroso, que pode representar até 50% do volume. A fase
orgânica é representada pela matéria orgânica do solo, que raramente ultrapassa 5% do
volume. Embora corresponda a menor porção, a matéria orgânica regula uma série de
processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem no solo. Ela é fundamental para
mantê-lo vivo, pois representa uma fonte de energia para os microrganismos que nele
habitam. Graças à presença da comunidade microbiana, o solo não pode ser visto como
um corpo inerte, que funciona somente como suporte físico para as plantas.

Fatores de formação do solo

Material de Origem

O material de origem é a matéria-prima a partir da qual os solos se desenvolvem,


podendo ser de natureza mineral (rochas ou sedimentos) ou orgânica (resíduos
vegetais). Por ocuparem extensões consideráveis, os materiais rochosos são, sem
dúvida, os mais importantes e abrangem os diversos tipos conhecidos de rochas.

 Magmáticas
 Metamórficas
 Sedimentares

Funções do solo e o impacto dos sistemas agrícolas


A funcionalidade de um solo é determinada pela relação existente entre seus atributos
físicos, químicos e biológicos. Os principais atributos físicos relacionados com as
funções do solo são: granulometria (distribuição das partículas sólidas por classes de
tamanho e frequência: areia, silte e argila), densidade do solo, porosidade, resistência à
penetração de raízes, velocidade de infiltração da água e estabilidade de agregados.
Como atributos químicos podem-se citar: pH, teor de carbono orgânico, saturação por
bases, saturação por alumínio, teores de fósforo e potássio disponíveis, capacidade de

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troca de cátions, dentre outros. Os atributos biológicos mais relacionados com a
funcionalidade dos solos são: carbono e nitrogênio da biomassa microbiana, respiração
do solo (emissão de CO2), presença de micorrizas e atividade enzimática (fosfatase).
Estima-se que exista em torno de 10 toneladas de microrganismos por hectare na
camada de 0 a 10 cm de profundidade (Balota, 2017).

Tais funções assumem um papel importante na mediação de processos-chaves na


natureza, tais como: fornecer nutrientes para as plantas e organismos, regular a dinâmica
da água no ambiente, atuar como poder tampão atenuando a ação de contaminantes,
regular a emissão de gases de efeito estufa e, sobretudo, influenciar a saúde dos homens
e animais. Considerando que o ecossistema fornece uma ampla gama de bens e serviços
em favor da humanidade, as funções do solo dão suporte à prestação de serviços do
ecossistema. Estes serviços podem ser divididos em quatro categorias:

a) serviços de provisão – diretos ou indiretos para o homem, tais como o


fornecimento de água doce, madeira, fibra e combustível.
b) serviços regulatórios – regulação do teor de gases e água no solo e na atmosfera,
clima, inundações, erosão, polinização e doenças.
c) serviços culturais – estética, espiritual, educacional e recreação.
d) serviços de suporte – ciclagem de nutrientes, produção primária, habitação e
biodiversidade. Sendo assim, para o ecossistema funcionar perfeitamente dentro
dos limites da sustentabilidade é necessário que o solo e suas funções sejam
preservados, quer seja em um ambiente natural ou em área manejada pelo
homem.

A escolha das funções que devem ser constantemente monitoradas depende das
condições regionais e da especificidade da atividade agrícola. Por exemplo,
considerando as limitações agrícolas de solos de Tabuleiros Costeiros, estabeleceu
relações com seu uso e manejo e com a produtividade das culturas.

Importância do solo na agricultura

É por meio do solo que alguns animais se alimentam e que grande parte dos alimentos
são produzidos. Logo, o solo é o fundamento básico para a produção agrícola.

Ao consumir os alimentos, as vitaminas e minerais são absorvidos pelo corpo em razão


dessas substâncias terem sido retiradas da terra. O mesmo acontece quando nos

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alimentamos de animais que, por sua vez, se alimentaram de plantas que absorveram as
vitaminas e minerais do solo. O solo também é importante para o desenvolvimento da
urbanização, pois ele é uma matéria-prima necessária para a construção de casas e
edifícios. No entanto, o que muita gente não imagina é que mediante o plantio vai
acontecendo, o solo vai perdendo parte dos seus nutrientes, a exemplo do cálcio e
magnésio, e que eles precisam ser repostos para dar lugar a novas plantações.

O solo é fundamental na composição do ecossistema terrestre, pois é dele que as plantas


retiram todos os nutrientes necessários para se desenvolverem. O tipo de solo é muito
importante para as plantações e o desenvolvimento da agricultura. Nesse sentido, não
são todos os solos que auxiliam na reprodução de plantas. Isso porque há solos pobres
de nutrientes, os quais impedem o desenvolvimento da flora. Para melhorar os
problemas ambientais causados no solo, a produção sustentável de alimentos através da
agricultura biológica tem sido uma boa alternativa

Importância do solo na produção agrícola na fase seca

A seca é um longo período sem chuvas ou com chuvas mal distribuídas, que causam
desequilíbrio hidrológico em toda a região. Isso porque, além de poucas chuvas, nessa
época, o ar também fica bastante seco, e os rios, as reservas e, inclusive, os índices de
água disponível no subsolo diminuem.

A seca traz uma série de consequências negativas para a produção agrícola e a pecuária
da região atingida por ela. Algumas delas estão dispostas a seguir.

Redução da produtividade

O primeiro impacto da seca na produção agrícola é a redução da produtividade. A seca


reduz essa disponibilidade, o que faz com que elas cresçam menos e apresentem menor
qualidade. Pode ser, inclusive, que ocorra a perda de todo um período de produção
devido à seca, dependendo da intensidade e da duração do período na região.

Menor disponibilidade de água

Há uma redução na disponibilidade de água durante o período de seca. Isso pode


acontecer em diversos níveis, dependendo da intensidade do fenômeno.

Portanto, pode ser que não haja água no solo e a umidade do ar fique muito abaixo do
desejado devido à seca, mas sem impactos tão profundos nos reservatórios de

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abastecimento. Porém, quando a seca dura muito tempo, os reservatórios podem secar,
assim como os rios e a água subterrânea.

Diminuição da oferta de alimentos

Um impacto socioeconômico da seca é a redução na oferta de alimentos. Por prejudicar


a produtividade da agricultura local, a seca pode fazer com que alguns produtos não
sejam produzidos. Dessa forma, os preços ficam muito altos e a população deixa de ter
acesso a esse tipo de mercadoria.

Erosão do solo

Geralmente dividimos a erosão do solo em duas categorias: Erosão Natural ou


Geológica e erosão acelerada ou antrópica. A erosão geológica é aquela que
ocorre em solos onde não houve interferência humana, não é considerado um
problema, mas parte essencial de evolução das paisagens naturais. Este tipo de erosão,
junto com os processos de intemperismo, é responsável pela formação dos solos e em
tempo geológico (milhões de anos) produziu todos os tipos detopografia hoje
existentes. Sob condições de erosão natural, a formação de solo e a
erosãodesenvolveram através dos tempos os solos hoje existentes. A cobertura
vegetal é de vitalimportância para a manutenção do estado de equilíbrio e qualquer
alteração que nela se produza,tende a conduzir à erosão acelerada. As atividades
que conduzem à erosão acelerada, são principalmente os desmatamentos para a
agricultura, pecuária e construção civil. Aos dois principais fatores que levam à
erosão acelerada são: as taxas de Erosividade e de erodibilidade.

Clima

O clima exerce influência na formação dos solos principalmente através da precipitação

e temperatura. Em ambientes extremos, como desertos frios ou quentes, a água está em


estado sólido (gelo) ou ausente, o que dificulta ou mesmo impede a formação do solo.
Para atuação de

processos de intemperismo e de formação do solo há necessidade de existir água em


estado líquido. Precipitações e temperaturas elevadas favorecem os processos de
formação do solo.

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Climas húmidos e quentes (regiões tropicais) são fatores favoráveis à formação de solos
muito intemperizados (alterados em relação à rocha), profundos e pobres, o que resulta
em acidez e baixa fertilidade, como é o caso da maioria dos solos brasileiros. Em
regiões de baixa precipitação (áridas e semi-áridas), os solos são menos intemperizados,
mais rasos, de melhor fertilidade e, geralmente, pedregosos. Graças à vegetação escassa,
a quantidade de matéria orgânica, adicionada em climas secos, é inferior à dos solos de
regiões húmidas.

Relevo

Dependendo do tipo de relevo (plano, inclinado ou abaciado), a água da chuva pode


entrar no solo (infiltração), escoar pela superfície (ocasionando erosão) ou se acumular
(formando banhados).

Nos relevos planos, praticamente toda a água da chuva entra no solo, propiciando
condições para formação de solos profundos.

Em relevos inclinados, grande parte da água escorre pela superfície, favorecendo


processos erosivos e dificultando a formação do solo, sendo tais áreas ocupadas,
predominantemente, por solos rasos.

Organismos

Os organismos que vivem no solo (vegetais, minhocas, insetos, fungos, bactérias, etc.)
exercem papel muito importante na sua formação, visto que, além de seus corpos serem
fonte de matéria orgânica, atuam também na transformação dos constituintes orgânicos
e minerais.

A vegetação exerce marcante influência na formação do solo pelo fornecimento de


matéria orgânica, na proteção contra a erosão pela ação das raízes fixadas no solo, assim
como as folhas evitam o impacto direto da chuva. Ao se decompor, a matéria orgânica
libera ácidos que também participam na transformação dos constituintes minerais do
solo.

A fauna (representada por inúmeras espécies de minhocas, besouros, formigas, cupins,


etc.) age na trituração e transporte dos resíduos vegetais no perfil do solo.

Os fungos e as bactérias realizam o ataque microbiano, transformando a matéria


orgânica fresca em húmus, o qual apresenta grande capacidade de retenção de água e

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nutrientes, o que é muito importante para o desenvolvimento das plantas que habitam o
solo. Maiores detalhes são encontrados nos capítulos sobre biologia e composição do
solo.

Discussão de resultados
Moçambique é um país da costa oriental de África, e de acordo com o censo
demográfico de 2017, o país tem cerca de 28 milhões de habitantes e mais da metade
dessa população vive nas zonas rurais, dependendo da agricultura para a sua
sobrevivência (INE,2018). As estimativas apontam que há disponibilidade de cerca de
36 milhões de hectares de terras aráveis, das quais estão em uso apenas cerca de 15%.
Mais de 99% da área agrícola é constituída por explorações de menos de 10 hectares e a
maior parte da terra é administrada segundo normas costumeiras ( Mosca, 2015).

Para Sitoe (2008), a análise dos sistemas agrários de um determinado lugar parte do
pressuposto de que analisar e explicitar um objeto é também estudar a sua dinâmica de
evolução através do tempo e as relações que esse sistema mantém com o resto do
mundo nos seus diferentes estágios de evolução. Mas não é o objetivo central desse
texto fazer a proposta de análise mais severo para os agricultores familiares. É
caracterizado basicamente por desflorestamento constante através de queimadas das
savanas, como forma de limpeza dos campos. O sistema urbanizado agrário seria o
último que se destaca na produção avícola e na horticultura, voltado essencialmente
para o consumo urbano.

As políticas agrárias nacionais têm sido apontadas como um dos grandes entraves para o
desenvolvimento agrário nacional, principalmente da agricultura familiar moçambicana,
contudo as mesmas não são os únicos obstáculos. Segundo Smit e Skinner (2002)
citando Parry e Carter (1989) e Reilly (1995), a agricultura é inerentemente sensível às
condições climáticas e está entre os setores mais vulneráveis aos riscos e impactos das
mudanças climáticas globais. Este cenário por si só já era alarmante, contudo o mesmo
vem se agravando nos países com poucos recursos e com a falta de vontade política para
impulsionar a agricultura.

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Conclusão

Durante a presente análise ficou evidente a real situação de exposição de Moçambique


aos eventos climáticos extremos, resultante da mudança global do clima. Estes impactos
serão mais severos na atividade agrária, ainda mais quando se considerada que tal
atividade em Moçambique é pouco desenvolvida tecnologicamente e portanto, depende
exclusivamente das condições naturais (agricultura de sequeiro), e a sul do país é
agravado pelas condições de seca severa. Urge então uma necessidade de desenho de
políticas agrárias com vistas a ajudar aos agricultores familiares nacionais a mitigar os
efeitos das mudanças cada vez mais devastadores para a agricultura moçambicana.

A situação atual do país em relação à agricultura exige um comprometimento de todos


os interessados. Desde as comunidades e os órgãos públicos locais e centrais
responsáveis pela implementação das políticas publicas.

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Referencias bibliográficas

Balota EL (2017) Manejo e qualidade biológica do solo. Londrina: Mecenas

INE - INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA; (2011). Censo Agro –Pecuário


2009 –2010: Resultados Definitivos – Moçambique. Maputo

Mosca, J. (2014). A agricultura familiar em Moçambique: Ideologias e Políticas.


Revista Nera

Sitoe, T. (2008). Agricultura familiar em moçambique estratégias de desenvolvimento


sustentável. Maputo

Smit, B.; Skinner, M.W. (2002). Adaptation options in agriculture to climate change: a
typology. Mitigation and Adaptation Strategies for Global Change.
https://doi.org/10.1023/A:1015862228270.

SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. (1965). Métodos de pesquisa das


relações sociais. São Paulo: Herder

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