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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

IED – Instituto de Educação à Distância

Diferença existente entre cidade europeia das cidades norte Americanas, latino-
Americanas e Africanas
Nome: Bete De Fatima Momade Amade
Códigoː 708181012

Turma: A
Grupo: 1º

Nampula, Julho de 2021


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

IED – Instituto de Educação à Distância

Diferença existente entre cidade europeia das cidades norte Americanas, latino-Americanas e
Africanas

Trabalho a ser apresentada no IED – Instituto de


Educação à Distância da Universidade Católica de
Moçambique, cadeira de Geografia Urbanismo, Curso
de licenciatura em Ensino Geografia, leccionado por
dr:

––––––––––––––––––––––––––––––

Estudante: Bete De Fatima Momade Amade

Turma: A Código: 708181012

Grupo: 1º

Nampula, Julho de 2021


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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionai  Discussão 0.5
s  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 2.0
citações e citações/referência
s
bibliografia s bibliográficas

iv
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introducao..........................................................................................................................7

Diferença existente entre cidade europeias das cidades norte Americanas, latino-
Americanas e Africanas.....................................................................................................8

Diferença existente entre cidades espontâneas e as cidades planificadas.......................12

Função urbana.................................................................................................................13

A funcao desempenhada pela cidade de Maputo, Matola, e Ilha de Mocambique.........16

A origem e Características da Sigla C.B.D.....................................................................16

As diferenças entre as áreas residências das cidades europeias, norte-americanas e do


terceiro mundo.................................................................................................................18

Relação existente entre campo e cidade..........................................................................20

O impacto negativo da expansão urbana sobre o meio ambiente....................................21

As Tres (3) Medidas para a sua mitigacao......................................................................22

Conclusão........................................................................................................................23

Bibliografia......................................................................................................................24

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Introdução

As características físicas são muito importantes para a implantação e desenvolvimento


das cidades. Contudo, com o passar do tempo estas características podem perder a sua
importância, passando a função à assumir papel relevante. As funções modelaram, no
tempo e no espaço, a variedade de fisionomia, que é um dos traços de toda a expressão
urbana, imprimindo aos arruamentos e aos largos uma aparência original que, saltando
aos olhos do observados mais desprevenido, constitui o ponto de partida para a divisão
da cidade em bairros e subúrbios, segundo o carácter dominante de cada um. Sabemos
que as cidades, especialmente as grandes, possuem diversas actividades. Entretanto,
cada cidade apresenta uma determinada actividade que lhe é característica, isto é, uma
actividade que constitui a sua base económica. A esta actividade básica em função da
qual vive a cidade, dá-se o nome de função urbana.

O presente trabalho esta estruturado da seguinte forma: introdução, desenvolvimento,


conclusão e a sua respectiva bibliografia.

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Diferença existente entre cidade europeias das cidades norte Americanas, latino-
Americanas e Africanas.

Todas as cidades europeias que, na Idade Média e por questões defensivas, foram
cercadas por muralhas, apresentam hoje, com maior ou menor pormenor, uma planta do
tipo rádio-concêntrica. Nelas encontramos um núcleo central rodeado por uma circular
correspondente a primeira muralha, entretanto destruída quando a cidade precisou de ser
alargada para o exterior. Outra muralha foi então construída, para proteger a cidade, a
qual por sua vez, foi demolida dando lugar a nova rua circular e concêntrica e assim
sucessivamente. Por isso, a cidade apresenta hoje uma série de ruas circulares e
concêntricas, cortadas radialmente por outras ruas que saem do centro para a periferia.

Ex: Paris, Amsterdão, Milão, etc.

Enquanto que as cidades norte-americanas diferem porque são recentes e obedeceram a


um planeamento prévio, isto é, onde nada existia, tudo foi pensado de acordo com as
técnicas de planeamento urbanístico da época.

Este planeamento conduziu a implantações ortogonais tendo em vista vários objectivos,


nomeadamente a acessibilidade ou fluidez do tráfego rodoviário.

As plantas ortogonais são típicas das cidades novas, não só da América do Norte como
de outras regiões onde a urbanização é recente, e América Latina é, de longe, o conjunto
mais urbanizado do terceiro mundo. A sua taxa de urbanização passou de 30% em 1925
para 80% em 1981. Cerca de 2/3 dos seus habitantes vivem em cidades, enquanto o
continente africano e asiático apresentam menos de 1/3 da população urbana. As
grandes concentrações urbanas na América Latina localizam-se ao longo da cordilheira
andina, nas montanhas do México (Serras Madres) e no litoral junto de grandes portos
marítimos.

As cidades de altitude na América Latina têm uma origem remota (Inca, Asteca e Maia).
Destas civilizações muito pouco resta, mas no lugar das suas antigas cidades os colonos,
depois do século XVI, fundaram novas cidades, muitas vezes sacrificando as antigas,
como por exemplo, a cidade do México fundada pelos espanhóis sobre as ruínas de
Tenochitlan (capital do império Asteca).
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A maior parte das cidades da América Latina têm um porto na medida que a sua
fundação pelos colonizadores (na maioria portugueses e espanhóis) correspondeu a
necessidades comerciais. Começaram por ser entrepostos comerciais para escoamento
da matérias-primas exploradas, não só proveniente do subsolo, mas também da
agricultura de plantação. Se analisarmos a localização das cidades litorais na América
Latina verificamos que a costa atlântica apresenta um maior número de cidades que são
também as mais antigas, na medida em que a costa oriental (atlântica) apresentava
maior acessibilidade relativamente a Europa, o que explica o sentido de penetração
colonial de leste para oeste, tal como na América do Norte. A localização de cidades ao
longo das cordilheiras deveu-se a existência de minas nas suas proximidades e ao facto
de a altitude ser um factor moderador da temperatura nas regiões intertropicais.

São exemplos destas cidades:

 México,
 Quito (capital do Equador),
 Bogotá (capital da Colómbia),
 Medellin (Colómbia), Cuzco (Peru), Lá Paz (capital da Bolívia), entre
outras.

A fachada do Pacífico, apresenta menor número de cidades e estas são, de um modo


geral, mais recentes que as da costa atlântica, tendo ao longo do tempo menor
dinamismo, embora o seu crescimento actual seja considerável.

O interior deste continente é muito pouco desenvolvido, sendo essencialmente rural.

Este tipo de planta regular axadrezada ficará em lei em 1573 como único modelo de
cidade (...). Assim, numa das leis das Índias (Ocidentais) ficou ordenado que se leve
sempre já feita a planta do lugar que irá ser fundado (...).

A cidade latino-americana apresenta, regra geral, zonas bem demarcadas de que são
exemplo S. Paulo, Buenos Aires, Lima, etc.

 Centro de negócios (C.B.D);

 Centros antigos (coloniais);

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 Suburbios-luxo, habitação suburbana e bairros degradados;

 “Bairros de lata” na cidade.

E nas cidades africanas A urbanização do continente africano encontra-se pouco


desenvolvida, mercê da colonização a que esteve sujeito durante séculos. O continente
Africano apresenta menos de 1/3 da população urbana.

Calcula-se que a taxa no continente, não ultrapassa 25%, sendo a África do Sul (50%) o
país que apresenta maior percentagem urbana, seguido dos países da África do Norte,
Egipto, Argentina, Tunísia e Marrocos, com 40 à 49%.

No continente africano consideram-se dois tipos de cidades, tendo em conta seguintes


factores:

 Localização;

 Idade da sua implantação;

 Características dos povos que as habitam.

A cidade Muçulmana/Árabe

Na África do norte, também conhecida por África branca, encontra-se um tipo de cidade
muito antiga, de planta irregular, provavelmente fundada pelos romanos, fenícios ou
gregos, e que na sua maioria funcionou como cidade portuária de antigas feitorias.

Incluem-se neste tipo de cidades Rabat, Fez, Riade, Casablanca, Argel, Tunes e muitas
outras. De uma maneira geral, podemos dividi-las em:

 Cidade antiga;

 “Bairros de lata”

 Bairros modernos;

 Bairros residenciais de tipo europeu.

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Cidade Antiga_É a “medina”, que data de muito antes do período colonial. A maioria
vem da Idade Média e sua arquitectura original é típica da civilização árabe.

A cidade rodeada de muralhas foi edificada com intenções de defesa, pelo que é no seu
interior que a cidade se localiza. As casas são de forma cúbicas, sem telhado, com
terraço e pátio interior, caiadas de branco e muito juntas umas às outras a fim de
fazerem sombra (pois a insolação é elevada). As ruas são muito estreitas e tortuosas,
cheias de mercados, que terminam num beco sem saída ou em pátios interiores, sempre
apinhados de gente ruidosa que exibe os seus produtos para vender.

Bairros de lata_É nestes bairros pobres de barracas que se alberga a população mais
desfavorecida. Como se situam geralmente nos ueds, sujeitos a fortes enchentes,
característicos das regiões secas, é frequente tudo ser arrastado pelas águas. Apesar de
ocupar um espaço restrito, albergam elevadas densidades populacionais.

Bairros Modernos_São constituídos por vivendas individuais com piscinas e espaços


jardins que albergam as classes mais ricas. Umas de estilo europeu, outras de estilo
árabe, identificam os seus proprietários. A seguir, erguessem edifícios colectivos de
gentes menos abastadas, e por fim, outros bairros de lata mais afastados, de construção
recente, já com algum ordenamento.

Bairros Residenciais Tipo Europeu_São bairros modernos, dominados por hotéis


luxuosos voltados para a velha cidade. Nas proximidades, localiza-se um mercado de
tapetes, tecidos e artesanato regional ao ar livre.

Uma praça central é rodeada por edifícios oficiais ou de empresas privadas para onde
convergem largas avenidas com imenso tráfego automóvel, é onde se localizam os
escritórios e as habitações das classes abastadas.

Na periferia algumas instalações fabris e complexos de habitação colectiva.

A cidade da África Negra_A sul do Sahara estende-se toda a África Negra, onde não
há uma tradição urbana. Aqui encontramos cidades do período colonial, localizadas ao
longo da costa e servindo de porto marítimo para a exportação de produtos coloniais.

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Mais tarde surgiram cidades no interior servido por uma via-férrea de penetração e
ligadas a exploração de riquezas mineiras, ou simplesmente cidades com função
administrativa.

Mas a cidade característica da África negra é a cidade litoral portuária. Nestas cidades,
caminhando da periferia para o centro, encontram-se sucessivamente as seguintes zonas:

 Bairros negros;
 Cidade nova;
 Bairros coloniais;
 O porto.

Bairros Negros_Antes da independência, na periferia das cidades albergavam-se os


habitantes de cor, em bairros planeados e cercados por sebes, delimitados por ruas
perpendiculares.

As casas assemelham-se às casas do interior, de barro e cobertas de colmo, ou em tijolo


caiado e cobertas de zinco. As árvores primitivas são geralmente preservadas,
constituindo zonas verdes. Grandes edifícios exigentes em muito espaço, como
hospitais, centros desportivos, edifícios universitários aquartelamentos militares de
construção recente, localizam-se na sua periferia.

Depois da independência destes países, estes bairros começaram a ser ocupados pelos
habitantes que chegavam do interior e a antiga zona verde começou a desaparecer
devido a este grande fluxo da população e, consequentemente, a paisagem deteriora-se.

Ex: muceques de Luanda ou bairros periféricos de Maputo.

Bairros Coloniais_Ao longo da costa ainda existem antigos edifícios de tipo europeu,
cobertos com telha que penetra um pouco para o interior. Próximo da marginal
persistem velhos edifícios baixos, sobre o comprido, que tinham a função de armazém.
O antigo mercado coberto de zinco, no meio de um largo, a velha igreja ou mesquita, os
depósitos elevados de água e as grandes garagens dos autocarros, são sinais
característicos.

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Diferença existente entre cidades espontâneas e as cidades planificadas

Cidades espontâneas são aquelas que surgem sem que haja nenhuma espécie de
planejamento para tal acontecimento, são cidades que existem mas não foram pensadas
e projetadas com finalidades especificas, geralmente começam sendo pequenas vilas e
desenvolvem-se a ponto de virar cidade enquanto que As cidades planificadas é
qualquer comunidade que foi cuidadosamente planejada desde o seu início e é
normalmente construída em uma área anteriormente subdesenvolvida. Isto contrasta
com os assentamentos que evoluem de uma forma mais ad hoc. Conflitos de uso da
terra são menos frequentes em comunidades planejadas, uma vez que são criadas com
áreas com ocupação predeterminada.

Em muitos casos, a criação de novas cidades ocorre durante o processo de colonização


de uma nova área de território; por exemplo, a criação de novos centros urbanos era
comum na colonização europeia da América, quando eram construídos de acordo com
um plano, normalmente sobre as ruínas de cidades ameríndias anteriores. Também
muitas vezes tais cidades eram criadas ao tentar criar um novo centro econômico,
como Glenrothes, na Escócia, ou político.

Várias das capitais políticas do mundo são cidades planejadas, como:

 Canberra, na Austrália;

 Brasília, no Brasil;

 Belmopã, em Belize; 

 Nova Déli, na Índia; 

 Valeta, em Malta;

 Abuja, na Nigéria; etc.

No geral, são cidades que são construídas com uma finalidade administrativa, social ou
econômica. Além disso também tendem a serem construídas para preencher territórios
ou localizações geográficas desabitadas ou desconhecidas.

Função urbana

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As características físicas são muito importantes para a implantação e desenvolvimento
das cidades. Contudo, com o passar do tempo estas características podem perder a sua
importância, passando a função à assumir papel relevante. As funções modelaram, no
tempo e no espaço, a variedade de fisionomia, que é um dos traços de toda a expressão
urbana, imprimindo aos arruamentos e aos largos uma aparência original que, saltando
aos olhos do observados mais desprevenido, constitui o ponto de partida para a divisão
da cidade em bairros e subúrbios, segundo o carácter dominante de cada um. Sabemos
que as cidades, especialmente as grandes, possuem diversas actividades. Entretanto,
cada cidade apresenta uma determinada actividade que lhe é característica, isto é, uma
actividade que constitui a sua base económica. A esta actividade básica em função da
qual vive a cidade, dá-se o nome de função urbana.

Existem três (3) grupos de funções urbanas, a saber:

 As funções de direcção e comando;


 As funções de produção e consumo, e
 As funções que asseguram os serviços.

As funções de direcção e comando

Função Política ou Administrativas – expressa –se pelos poderes do estado que


muitas cidades têm, ela é simbolizada por um numero muito elevado de actividades
públicas . Ex. Washington DC, com quase 3 milhões de habitantas, agrupa 600.000
funções relacionada com a sua função de capital política. Além de outras como Brasília,
Canberra (Austrália), Ottawa (Canada), Maputo (Moçambique).

Função Directiva – confere as cidades pela multiplicação de serviços onde os


escritórios, dos bancos, as sedes administrativas das grandes empresas industriais e
comerciais onde se concentram e situam – se em bairros específicos. Em algumas
cidades estes bairros formam hipercentros (C.B.D. City ou baixa), que dirigem a vida
económica de uma região ou de um País. Ex. ex- World Trade Center, de Nova Yorque
tinha 110 andadres, fornecia 50.000 posto de trabalho e recebia 80.000 visitas por dia.

Função financeira – juntamente com a função politica a mais urbana de todas funções
urbanas lugares de trocas e de comércio, as cidades foram sempre centros de
acumulação de riquezas. Desde a idade média, que as cidades da Europa ocidentais

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congregam capitais (dinheiro), foi esta longa herança que permitiu e explica o
desenvolvimento bancário e a importância das bolsas de valores nas grandes cidades.
Ex. Paris, Londres, Zurique, Nova Yorque, Hong Kong, Tóquio, etc.

As funções de produção e consumo

Função industrial_é a principal função do moderno desenvolvimento urbano. Hoje, na


Austrália, Sibéria, Canada, RSA, muitas cidades apareceram como consequência de
uma transformação dos recursos do subsolo, como anteriormente, a extração do carvão e
dos minerais, por outro lado, o aparecimento de cidades minerais. Ex. Turim,
Manchester, Pittsburg, Detroit, Volta redonda, etc.

Função comercial_foi fundamental no crescimento e desenvolvimento de muitas


cidades antigas. O elemento essencial é a acumulação de capitais produzidos pelas
trocas. os processos são diferentes pois a cidade pode ser um polo de construção e de
distribuição para produtos agrícolas e artesanais e um polo de redistribuição para artigos
que fabrica oi importa. Ex. Alexandria, Londres, Campina Grande, Hong Kong,
Hanover, Hamburgo, Milão, Antuerpia, Nova Yorque, Tóquio, Amesterdão, Singapura,
Rosny, etc.

Função de consumo_as cidades fazem apelo à grandes quantidades de produtos


agrícolas, materiais de construção, energia, etc. mas a cidade também tem associada a
esta função outra que se prende com os níveis de produção elevados, pois eliminam
quantidades impressionantes de agua usada raramente tratada.

As funções que asseguram os serviços

Função sanitária_cidades desempenham um papel essencial na vida dos seus


habitantes. A cidade exerce, assim, uma função de responsabilidade em relação a uma
colectividade mais ou menos vasta, o número de estabelecimentos hospitalares é um
bom indicador da influência de uma cidade.

Função de ensino e de educação (Cultural)_a cidade pode também exercer um papel


cultural importante que deve o seu grande desenvolvimento à função universitária.

As grandes cidades são sempre dotadas de um grande número de estabelecimento de


ensino superior. Ex. Coimbra (Portugal), Uppsala (Suécia), Tubingen e (Alemanha), etc.

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Alem das seguintes funções:

 Função religiosa: Jerusalém, Vaticano, Meca, Fátima, Aparecida, etc.


 Função Turística: Miami, Las Vegas, Mónaco, Guarujá, etc.
 Função Militar: Gilbratar, Cabo Kennedy, etc

A funcao desempenhada pela cidade de Maputo, Matola, e Ilha de Mocambique

Maputo

E a capital e a maior cidade de mocambique, e tambem o principal centro financeiro,


corporativo, e mercantil do pais, e tem a funcao politica e administrativa.

Matola

Segunda maior cidade moçambicana depois de Maputo. Devido ao seu dinamismo


económico e demográfico, ela exerce a função comercial e industrial.

Ilha de mocambique

É uma cidade insular situada na província de Nampula, na região norte de Moçambique,


a qual deu o nome ao país do qual foi a primeira capital. Devido à sua rica história,
manifestada por um interessantíssimo património arquitetônico, a Ilha foi considerada
pela UNESCO, em 1991 Património Mundial da Humanidade.

A Cidade da Ilha de Moçambique tem como actividades principais: a pesca artesanal, o


artesanato, o comércio em pequena escala e o turismo, e ela exerce a funcao turistica e
religiosa e cultural.

A origem e Características da Sigla C.B.D

A Central Business District (C.B.D.)

O CBD é a sigla associada à designação anglo-saxónica de Central Business District.


Corresponde ao centro de negócios, expressão do poder urbano, o coração vivo da
cidade. É o local onde se reúnem as atividades que dirigem e relacionam, as que visam
dar à população a possibilidade de satisfazer as suas mais elevadas exigências. Objeto
de intensa concorrência, onde o solo atinge os preços mais elevados que afastam a
função residencial e que só podem ser suportados por atividades muito lucrativas, com
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necessidade de uma localização particularmente acessível e de grande procura. O CBD
tem um núcleo central, em volta deste hipocentro os fenómenos típicos do centro
decrescem progressivamente. Em geral a disposição das atividades no interior deste
espaço não é uniforme. Desenham-se frequentemente várias áreas, no núcleo,
encontram-se algumas grandes lojas, restaurantes e o comércio especializado. Nas
cidades de média dimensão, também se podem situar neste núcleo um edifício
administrativo e um parque. A alguma distância alojam-se, no rés do chão dos edifícios,
os serviços e as atividades financeiras. Sobrepõem-se a estes andares de escritórios. As
sedes das grandes firmas ocupam normalmente edifícios completos. Neste caso temos
os bancos, companhias de seguros e grandes hotéis. No CBD ou nas suas imediações
existem normalmente parques de estacionamento subterrâneos ou em altura, que
permitem acolher um grande número de viaturas. A repartição das ocupações no CBD
está de acordo com a lógica das condições de mercado.

O C.B.D, caracteriza-se por possuir:

 Forte acessibilidade, regra geral;

 Reduzida população residente;

 Arquitectura específica, tipologia das construções que se relaciona com a


idade do núcleo primitivo da cidade;

 Escassa ou nula actividade industrial;

Actividades do sector terciário

Estas actividades, localizam – se no centro da cidade seja grande ou pequena, antiga ou


recente e é área mais conhecida pelo citadino e por pessoas de fora. A tendência destas
actividades é vertical pois os terrenos são escassos e caros, dado a maior procura.

As áreas residenciais – podem-se diferenciar tendo em conta:

 A composição étnica e sócio-económica dos seus habitantes;

 A situação geográfica (vista agradável, lugar panorâmico e sossegado, com


espaços verdes à volta, etc.);

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 Acessibilidade ao centro e à cidade no seu conjunto;

 A qualidade e tipologia das construções.

As áreas comerciais – identificam-se pelo:

 Tipo de comércio (diversidade ou especialização);

 O nível do comércio (luxo ou vulgar);

 A localização relativamente ao C.B.D.

Áreas industriais e os subúrbios – regra geral onde se localizam as indústrias, tendo em


sua volta bairro de operários que trabalham nestas fábricas.

As diferenças entre as áreas residências das cidades europeias, norte-americanas e


do terceiro mundo

A maior parte do espaço urbano é ocupada pela área residencial. Na cidade podemos
distinguir diferentes áreas de habitação com características próprias e refletindo cada
uma o nível social e económico dos seus habitantes. Um bairro residencial é assim uma
área com aspectos arquitetônicos semelhantes e que se individualiza no espaço. Os
bairros degradados do centro, os bairros de operários, os bairros dos subúrbios, mal
servidos de transportes ocupados pelas classes sociais mais pobres e os bairros dos
subúrbios de prédios novos construídos em áreas agradáveis, onde vive a classe média.
A diferenciação social permite assim distinguir os bairros das classes pobres, dos
bairros das classes médias ou ricas. Nos países de imigrantes e nos países de
colonização a esta diferenciação junta – se a diferenciação racial ou étnica.

Nas cidades europeias podemos encontrar bairros de classes pobres junto do centro.

 Os bairros degradados,

 Os bairros das classes médias,

 Bairro das classes ricas e

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 Os bairros dos subúrbios.

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Os bairros degradados_são normalmente os bairros mais antigos da cidade que se
situam próximo do CBD. Constituídos por edifícios antigos e degradados, em más
condições e de rendas baixas, são os bairros onde vivem pessoas de fracos recursos
económicos ou de baixa condição social. Os habitantes destes bairros são os marginais,
os pobres, os desalojados e os emigrantes que, embora vivendo no bairro por causas
diferentes procuram ai uma habitante de acordo com os seus fracos recursos.

Os bairros das classes médias_ocupam a maior parte do espaço urbano. Com


diferentes tipos de construções podem distinguir – se os bairros de operários, os bairros
sociais e os bairros de edifícios novos, normalmente construídos para serem vendidos
por andares. os bairros dos operários e os sociais, mandados construir pelo Estado,
Município, caixas de Previdência, etc, são construídos por edifícios todos iguais de
aspecto simples e onde a coesão entre eles é grande, de modo a permitir alojar grande
numero de famílias.

Os bairros das classes ricas_situam – se sempre nos melhores locais da cidade, regra
geral no lado oposto à área industrial e afastado do centro. Casas individuais com
jardins ou pequenos prédios de luxo e a baixa densidade de população caracterizam
estas áreas residenciais. São bairros calmos, de fraca circulação, elemento essencial para
a sua preservação, pois se o desenvolvimento da cidade perturbar estes bairros eles são
rapidamente abandonados.

Os bairros dos subúrbios_situam se nos arredores das cidade e resultam do aumento


populacional e das necessidades crescentes de habitação, situados ao longo dos
principais eixos de comunicação, que os ligam à cidade, estes bairros têm características
diferentes conforme o nível social e económico dos seus moradores e facilidade de
acesso, e nas cidades norte – americanas existem também grandes contrastes nas áreas
residências que marcam diferenças sociais e económicas dos seus habitantes. Junto do
C.B.D, os bairros degradados abrigam uma população de imigrantes que permite a
distribuição das suas áreas conforme os grupos étnicos ou raciais dominantes: em Nova
Yorque estes <Guetos> são os bairros dos chineses (Chinatown), dos negros (Harlen),
dos Potorriquenhos, dos italianos, dos judeus, etc. Ao longo dos grandes eixos de
circulação e junto das áreas industriais surgem bairros de lata de imigrantes os
<Slums>.

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Os bairros das classes médias são constituídos por pequenas casas com jardim e
relvados e de aspecto semelhante, estendendo – se estes bairros por enormes extensões
suburbanas que podem atngir, 60, 80 ou 100 km do centro, como em Los Angeles.

As classes ricas habitam na cidade em apartamentos de luxo, ocupados só durante os


dias de trabalho e na periferia em enormes mansões com grandes áreas ajardinadas,
enquanto que as cidades do terceiro mundo diferem bastante entre elas na medida em
que diferem a civilização árabe, hindu, hispano – americanas ou africanas. Mas mesmo
assim é possível reconhecer como traço comum dos bairros residenciais das suas
cidades a grande segregação social e racial. Os bairros das classes médias e ricas de
prédios ou casas individuais não se estendem por grandes áreas. Muitas vezes passa – se
sem transição para os miseráveis bairros de lata que rodeiam estas cidades e se situam
nos locais de difícil construção da cidade. Nas cidades coloniais da África negra o
contraste entre os bairros é também marcado pelas diferenças raciais. Os europeus
ocupam as áreas residenciais da cidade e nos bairros de lata que a envolvem encontra –
se a população indígena constituída por camponeses que procuram na cidade melhor
nível de vida, daqui a distinção entre a <cidade de brancos> e a <cidade de negros>.

Relação existente entre campo e cidade

Historicamente a relação entre cidade e campo é vista por meio da divisão do trabalho
em: intelectual e manual, de modo que na cidade é beneficiado o produto oriundo do
campo. Como cidade no Brasil entendem-se os perímetros urbanos das sedes
municipais, territórios e populações considerados urbanizados. A cidade é o centro da
organização social e econômica, portanto, nela estão concentrados os principais serviços
e produtos que são consumidos tanto pela população da própria cidade, quanto pela
população do campo, a qual não consegue produzir tudo aquilo de que necessita.
Durante as décadas, a crescente industrialização, fez com que muitas pessoas deixassem
o campo e migrassem para as cidades. Este fenômeno é conhecido como EXÔDO
RURAL, e produz profundas consequências na organização urbana. No Brasil, este teve
maior relevância entre os anos de 1960-1980, quando muitas pessoas deixaram o
campo, deslocando-se para às cidades em busca de empregos nas fábricas. Com o
avanço no meio técnico, a mão-de-obra no campo foi substituída pelos maquinários,
expulsando as pessoas da terra, causando um inchaço urbano.

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Na cidade, o produto do campo é transformado nas fábricas e, posteriormente revendido
aos consumidores. “A indústria impõe à cidade sua lógica centrada na produção e o
espaço da cidade organizado como lócus privilegiado do excedente econômico, do
poder político e da festa cultural, legitimado como obra e regido pelo valor de uso
coletivo, passa a ser privatizado e subordinado ao valor de troca” (MONTE-MÓR,
2006, p. 09). Assim, os produtos deixam de possuir seu valor original, de uso, e passam
a ser valorizados pelo custo de troca. Neste processo, o “homem do campo” se torna
mais uma vez subordinado à fábrica, pois vê sua produção ser transformada e acrescida
de valor.

A cidade moderna movimenta a vida dos homens como se fossem máquinas, e todas as
ações são regidas pelo “tempo rápido”. Mas o campo, cada vez mais modernizado,
também já aderiu às práticas ritmadas da globalização. “Antes, eram apenas as grandes
cidades que se apresentavam como o império da técnica, objeto de modificações,
supressões, acréscimos, cada vez mais sofisticados e mais carregados de artifício. Esse
mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural” (SANTOS, 2005, p. 160). Meio técnico-
científico-informacional atinge também o campo.

O campo e a cidade são formas concretas, ou seja, a materialização de um modo de


vida. Já o rural e o urbano são representações sociais. “Campo e cidade são formas
espaciais. Urbano e rural possuem, (...) uma dimensão processual, são conteúdo e
contingente” (HESPANHOL, 2013, p. 104). O urbano se torna, cada vez mais, em um
espaço artificial.

Há também diversos desafios impostos ao urbano, como a dependência das pessoas em


relação a cidade. As pessoas que antes obtinham seu sustento com base nas atividades
do campo, agora são forçadas a se submeterem às atividades industriais. Antes
consumiam o produto do seu trabalho, agora o dinheiro intermedia a compra dos
produtos necessários. Além disso, a questão fundiária é um grande problema do urbano,
já que existe uma inadequada distribuição das populações no território brasileiro,
havendo uma maior proporção de pessoas por quilometro quadrado na região Sudeste
do país. Um dos mais complexos desafios diz respeito à mobilidade urbana, uma vez
que o uso de automóveis particulares foi disseminada (sociedade de consumo), em
detrimento ao uso de transporte público.

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O impacto negativo da expansão urbana sobre o meio ambiente

A urbanização se intensificou com a expansão das atividades industriais, fato que atraiu
(e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades. Esse fenômeno provocou mudanças
drásticas na natureza, desencadeando diversos problemas ambientais como:

 Poluições
 Desmatamento
 Redução da biodiversidade,
 Mudanças climáticas,
 Produção de lixo e de esgoto.

A expansão da rede urbana sem o devido planejamento ocasiona a ocupação de áreas


inadequadas para a moradia. Encostas de morros, áreas de preservação permanente,
planícies de inundação e áreas próximas a rios são loteadas e ocupadas.

A compactação do solo e o asfaltamento, muito comuns nas cidades, dificultam a


infiltração da água, visto que o solo está impermeabilizado. Sendo assim, o
abastecimento do lençol freático fica prejudicado, reduzindo a quantidade de água
subterrânea.
Outro problema ambiental urbano preocupante é o lixo. O aumento populacional causa
uma maior produção de lixo, especialmente no atual modelo de produção e consumo. A
coleta, destino e tratamento do lixo são questões a serem solucionadas por várias
cidades. Em muitos locais, o lixo é despejado nos chamados lixões, locais sem estrutura
para o tratamento dos resíduos. As consequências são: odor, proliferação de doenças,
contaminação do solo e do lençol freático pelo chorume, etc. O déficit nos serviços de
saneamento básico contribui para o cenário de degradação ambiental.
Nos grandes centros industrializados, os problemas ambientais são mais alarmantes.
Nesses locais, a emissão de gases dos automóveis e das fábricas polui a atmosfera e
retém calor, intensificando o efeito estufa. Com isso, vários transtornos são gerados à
população: doenças respiratórias, chuvas ácidas, inversão térmica, ilhas de calor, etc.
A poluição sonora e a visual também geram transtornos para a população. Os ruídos
ensurdecedores e o excesso de elementos destinados à comunicação visual espalhados
pelas cidades (cartazes, banners, placas, outdoors, fios elétricos, pichações, etc.).

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As Três (3) Medidas para a sua mitigacao

 O saneamento ambiental,
 A redução da produção do lixo,
 A redução da emissão de gases poluentes,

Conclusão

Chegando ao fim destes temas super interessantes da cadeira da geografia do urbanismo


percebe e aprende que a cidade possui diversas actividades dentro dela. Entretanto, cada
cidade apresenta uma determinada actividade que lhe é característica, isto é, uma
actividade que constitui a sua base económica. A esta actividade básica em função da
qual vive a cidade, dá-se o nome de função urbana, a localização de funções específicas
dentro da cidade é feita com base na planta funcional. A morfologia urbana representa o
tipo de traçado que a cidade apresenta, que nos ajudam a perceber as diferentes fases de
evolução da mesma ao longo da sua história, e.

O campo e a cidade são formas concretas, ou seja, a materialização de um modo de


vida. Já o rural e o urbano são representações sociais. “Campo e cidade são formas
espaciais. Urbano e rural possuem, (...) uma dimensão processual, são conteúdo e
contingente” (HESPANHOL, 2013, p. 104). O urbano se torna, cada vez mais, em um
espaço artificial.

Há também diversos desafios impostos ao urbano, como a dependência das pessoas em


relação a cidade. As pessoas que antes obtinham seu sustento com base nas atividades
do campo, agora são forçadas a se submeterem às atividades industriais. Antes
consumiam o produto do seu trabalho, agora o dinheiro intermedia a compra dos
produtos necessários.

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Bibliografia

ONU (2005). Aquecimento global colabora para proliferação de insetos transmissores de


doenças como malária e dengue, diz estudo da ". Akatu, 28/03.

Barros, José D'Assunção (2007). Cidade e História. [S.l.]: Vozes. ISBN 978-85,326-


3445-0 Verifique |isbn= (ajuda)

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NAKATA, Hirome e Coelho, Marcos Amorim (1978), Geografia geral, S. Paulo,


Editora Moderna,.

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Cidade. São Paulo: Labur Edições,.

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SANTOS, Milton (1993). A Urbanização Brasileira. SP, Hucitec,.

25
VEIGA, José Eli da. Nem tudo é urbano. In: Ciência e Cultura, V. 52, nº 2. São

Modulo de Geografia do Urbanismo UCM Por: Paulo Magno da Costa Torres

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