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3.5) Geomorfologia
3.5.1) Metodologia
A Área de Influência Indireta – AII compreende a porção da bacia hidrográfica do rio Araguaia
até a sua passagem pelo Domo de Araguainha. Assim definida, a AII tem aproximadamente
7.053 km2 e seus principais cursos d’água são os rios Araguaia, Araguainha e Babilônia.
Para a caracterização geomorfológica da Área Diretamente Afetada – ADA tomou-se como limite
a área a ser inundada pelo reservatório (cota 623 m), que inclui uma faixa marginal de APP com
100 metros na horizontal, delimitada a partir do nível d’água máximo normal do reservatório e a
área situada imediatamente à jusante do barramento, sujeita à alteração da vazão e à restituição
da vazão turbinada, bem como as faixas de terrenos que receberão diretamente o
empreendimento e a infraestrutura de apoio para sua construção.
No âmbito da ADA, a caracterização proposta não utiliza tal metodologia, visto que prioriza a
identificação de setores classificados (compartimentos de revelo) segundo critérios de
declividade, altimetria, densidade de drenagem, entre outros.
O conteúdo de cada nível taxonômico analisado, até o 3º nível, segundo Ross & Moroz (1997),
fica assim caracterizado:
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Quadro 3.5.1-1
Matriz de padrões de dissecação do relevo
Muito 15 25 35 45 55
Forte
(>80m)
Embora o estudo geomorfológico para a AII tenha atingido o mesmo nível taxonômico (3º táxon)
do estudo da AID, a aquisição de informação e posterior análise e classificação dos eventos
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geomorfológicos foi diferenciada para cada escala de estudo. Enquanto no âmbito da AII foi
considerado o mapeamento do RADAMBRASIL (Folha SE.22 Goiânia), o qual indica as
macroformas do relevo e os padrões de formas semelhantes, no âmbito da AID utilizaram-se
além do RADAMBRASIL, imagens de radar, visando o detalhamento e a correção dos limites
das unidades geomorfológicas identificadas pelo mapa do RADAMBRASIL – tema
geomorfologia. Para tanto, foi gerado um Modelo Digital do Terreno (MDT) através do sensor
remoto Interferometric Synthetic Aperture Radar (IFSAR), obtido do radar SRTM – Shuttle Radar
Topography Mission. O Mapa do Modelo Digital do Terreno da AID (Mapa MF-CTM-10),
apresentado na escala 1:350.000 demonstra a principal fonte de informações para a pesquisa
geomorfológica da AID, onde foi possível retirar informações de hipsometria e padrões de
formas semelhantes (3º táxon), bem como grau de dissecação do relevo e aprofundamento dos
vales. Embora o MDT seja apresentado na escala 1:350.000, a interpretação deste produto se
deu em escala de maior detalhe (1:100.000), visando extrair melhores informações da imagem.
O uso de imagens do radar SRTM em estudos geomorfológicos vem sendo trabalhado por
diversos autores, entre eles pode-se destacar: CARVALHO & LATRUBESSE (2004), COELHO
(2008) e GROHMANN & STEINER (2008). De acordo com CARVALHO & LATRUBESSE
(2004:87) “As imagens SRTM foram úteis para visualizar a morfologia da Bacia do Araguaia. Por
se tratar de um Modelo Digital do Terreno (MDT), este com dados dos eixos de coordenadas x, y
e z, longitude, latitude e altimetria respectivamente, possibilitou elaborar produtos dos quais
pode-se extrair informações quantitativas e qualitativas da morfologia da região de estudo (...) A
imagem sombreada (shade-relief) na qual se identificou alguns aspectos texturais, estruturais,
topográficos, longitudinais e hidrológicos, atribuindo-se características como grau de dissecação
do relevo e formas estruturais”.
Segundo GROHMANN & STEINER (2008:81), “com o advento dos modelos SRTM, abriu-se um
amplo leque de possibilidades em estudos geomorfológicos. Entre outras características,
modelos de elevação permitem o cálculo de variáveis topográficas com rapidez, a identificação
de formas de relevo e de estruturas que seriam mascaradas pela vegetação em imagens
ópticas, a visualização a partir de diversos pontos de vista e o cruzamento das informações
altimétricas (e variáveis associadas) com dados de campo, de sensoriamento remoto óptico, de
geofísica etc.”
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Este procedimento permitiu ilustrar e subsidiar as questões abordadas no presente tema através
de produtos cartográficos típicos, valendo destacar: Mapa Geomorfológico da AII (Mapa MF-
CTM-08) apresentado na escala 1:250.000, sendo o produto da compilação do Mapa
Geomorfológico (escala 1:1.000.000) da Folha SE.22 Goiânia (RADAMBRASIL, 1983); Mapa do
Modelo Digital do Terreno da AID (Mapa MF-CTM-10) apresentado na escala 1:350.000,
composto por imagens de radar; Mapa Hipsométrico da AID (Mapa MF-CTM-11), apresentado
na escala 1:350.000, elaborado com base no MDT; Mapa de Declividade da AID (Mapa MF-
CTM-09), apresentado na escala 1:100.000 e Mapa Geomorfológico da AID (Mapa MF-CTM-
12), apresentado também na escala 1:100.000.
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* Para a definição dos índices de 1 a 5 para a ordem de grandeza das formas de dissecação, foi possível a medição direta dessas formas
de relevo nos mosaicos semicontrolados de radar a 1:100.000.
Fonte: RADAMBRASIL (1983)
Figura 3.5.1-1 – Padrões de Imagem de Radar para Ordem de Grandeza das Formas de
Dissecação do Relevo*
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* A intensidade do entalhe da drenagem foi qualificada através da medição direta dos topos de morros e talvegues, possibilitando
consolidar a morfometria do relevo nos mosaicos semicontrolados de radar a 1:100.000.
Fonte: RADAMBRASIL (1983)
Figura 3.5.1-2 – Padrões de Imagem de Radar para Intensidade do Aprofundamento da
Drenagem*
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Este planalto constitui o mais extenso e contínuo compartimento de relevo da AII, ocupando toda
parte centro-meridional. Ao todo esta unidade morfoescultural compreende 517.064 hectares, o
equivalente a 73,3 % da AII.
Na AII, as altitudes variam desde acima de 900 m, no compartimento mais elevado situado a sul
e a leste (limite com a Serra do Caiapó), até inferiores a 500 m, no compartimento mais baixo, a
jusante da barragem do AHE Couto Magalhães, já no limite com o Planalto dos Guimarães
(Alcantilados).
O compartimento mais elevado distribui-se irregularmente em meio ao rebaixado. Sua área mais
expressiva e de distribuição mais contínua abrange a borda norte do planalto, assinalada pela
cuesta do Caiapó, e a região dispersora da drenagem que flui para o Araguaia (norte), o
Paraguai (oeste) e o Paraná (sul e leste). As demais áreas de ocorrência têm menor expressão
espacial e localizam-se, em caráter descontínuo, com dimensões variadas, no prolongamento
centro-norte e na borda nordeste do planalto e em seções mais interiorizadas.
A cuesta do Caiapó caracteriza-se pelos Patamares Estruturais (Spt), com relevos escalonados,
comportando degraus topográficos até chegar ao Planalto dos Guimarães (Alcantilados) com
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Nas bordas da AII, sobretudo nas porções leste, oeste e sudoeste, predominam relevos
modelados suaves, do tipo tabular, com formas muito amplas (t51, t41). As manchas de
Superfícies Pediplanadas (Ep) concentram-se na extremidade sul da AII e são superfícies de
aplanamento elaboradas por processos de pediplanação, cortando superfícies do cretáceo e do
terciário.
As áreas de relevo mais dissecado são menos expressivas e, mesmo assim, a dissecação em
geral não é muito acentuada. Há formas convexas e tabulares (c31, c22, c32) e nota-se uma
maior concentração delas no setor ocidental, a partir de uma depressão interna que marca uma
penetração do compartimento rebaixado na área. Apenas localmente e, em geral, nas
proximidades de bordas escarpadas de patamares internos do planalto, se observam relevos
mais dissecados, com formas convexas do tipo c11 ou aguçadas dos tipos a11 e a13.
Verifica-se que as características das litologias e dos solos existentes na área, indicam a
morfometria das formas. Com efeito, quando essas áreas encontram-se capeadas por
sedimentos terciários, geralmente o relevo é muito suave e se desenvolvem Latossolos
Vermelhos. Já na porção norte desta morfoescultura, notadamente no contato com a cuesta,
não se observa a cobertura terciária, passando a aflorar rochas como siltito e argilitos da
Formação Corumbataí (P3T1c), que promoveram a formação de relevos com patamares
estruturais, devido à erosão diferencial, bem como a ocorrência de argissolos.
Na porção sudoeste da AII existem padrões de formas semelhantes dos tipos tabulares e
convexas muito pouco dissecadas e entalhadas (t41, t42, c32), que estão contidas sob a
Formação Botucatu (rocha arenito), com grandes manchas de Neossolos Quartzarênicos (RQ)
ou por uma vegetação de campo cerrado (no RADAMBRASIL essa vegetação é designada por
Savana Arbórea Aberta).
A área do compartimento elevado funciona como uma zona dispersora de drenagem. Dela
partem rios que se dirigem para norte (como o Araguaia e alguns de seus afluentes de alto
curso) e para sul (como as altas bacias dos rios Claro e Verde, tributários do Paranaíba).
Embora drenando áreas de ocorrência dos sedimentos da Formação Botucatu (J3k1bt), estes
rios têm seus leitos muito encaixados, de modo que geralmente exibem as litologias basálticas
subjacentes da Formação Serra Geral.
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A planície fluvial do rio Araguaia, possui padrão de forma semelhante de Acumulação (Apf). Esta
feição geomorfológica equivale a 1,8% da AII (12.804 hectares) e está inserida na área da
morfoescultura do Planalto Setentrional da Bacia do Paraná, notadamente na parte sudoeste da
AII, à montante do córrego Quilômetro e à jusante do córrego Ribeirãozinho. Esta forma de
acumulação não acompanha todo o rio Araguaia, pois está restrita à área de ocorrência de
depósito aluvionares (areias e quartzos), uma vez que possibilita a formação das planícies
fluviais, ao contrário do que ocorre nas áreas de sill de diabásio, onde não há planícies fluviais
devido ao forte grau de entalhamento do rio, verificando formas de “canyon”. No entorno de toda
a faixa de Apf ocorrem os Neossolos Quartzarênicos (RQ).
A área referente a esta unidade foi designada inicialmente por Almeida (1954) como Planalto
dos Alcantilados. Efetuando o levantamento geomorfológico sistemático do Centro-Oeste,
RADAMBRASIL (1983) verificou-se que esta unidade fazia parte de um conjunto taxonômico
maior, ao qual denominaram Planalto dos Guimarães.
O Planalto dos Guimarães (Alcantilados) é esculpido em litologias das Formações Furnas, Ponta
Grossa e Aquidauana (esta, aflorante na AII), apresentando um relevo bem menos dissecado
que a unidade morfoescultural Planalto Setentrional da Bacia do Paraná. Os padrões de formas
semelhantes possuem dissecação mais ampla e com vertentes menos íngremes (menor grau de
entalhamento das drenagens).
Na porção noroeste desta unidade morfoescultural ocorrem formas denudacionais com topos
com diferentes formas (aguçado, convexo e tabular), bem como diversos graus de dissecação
(a13, t41, c32).
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O Domo de Araguainha pode ser acessado por estrada, a partir de Goiânia ou de Cuiabá,
utilizando-se a BR-364. A localidade de Ponte Branca, na borda NE da estrutura, encontra-se a
100 km de distância da rodovia BR-364, sendo acessível através de uma estrada não-
pavimentada que se inicia nesta rodovia e segue até Barra do Garças (MT). Outra estrada não-
pavimentada, a MT-306, liga as localidades de Ponte Branca e Araguainha, atravessando o
núcleo central do Domo, que se situa entre essas duas localidades, mais próximo a Araguainha.
Alguns dos afloramentos mais nítidos das unidades geológicas que ocorrem no núcleo
soerguido (arenitos Furnas e embasamento granítico afetados por choque, brechas de impacto e
shatter cones) são encontrados em cortes nessa estrada, ou próximos a ela. O eixo do AHE
Couto Magalhães encontra-se em linha reta a mais de 40 km do Domo de Araguainha.
De acordo com Crósta (1999), uma pequena bacia de formato elíptico constitui o centro do
núcleo soerguido, correspondendo em sua maior parte à área de exposição do embasamento
granítico. Um anel interno de elevações, formado principalmente pelo granito deformado pelo
choque e por brechas de impacto sobrejacentes, circunda essa bacia, que é drenada pelo
Córrego Seco. Este anel é por sua vez circundado por outro anel de montanhas e picos, tendo
entre 6,5 e 8 km de diâmetro, formado por arenitos devonianos. Na porção norte do núcleo
central, os blocos de arenito Furnas encontram-se localmente metamorfizados por choque em
quartzitos, alcançando até 150 m de altura em relação às áreas circunvizinhas.
De acordo com os levantamentos do RADAMBRASIL (1983), a maior parte da AID está inserida
na morfoestrutura dos Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná, esta que por sua
vez encontra-se recoberta pela unidade morfoescultural do Planalto Setentrional da Bacia
sedimentar do Paraná. Apenas uma pequena porção da AID, localizada entre a barragem e a
casa de força do AHE Couto Magalhães, comporta a morfoescultura do Planalto dos Guimarães
(Alcantilados).
Desta forma, o relevo na AID possui principalmente formas de denudação (erosão) com topos
convexos ou tabulares, onde os vales estão com grau de aprofundamento mediano e forte (3 e
4).
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Formas Erosivas
De acordo com Guerra & Guerra (2003) pediplanação corresponde ao processo mais eficaz de
aplanamento de superfícies extensas do globo terrestre, submetidas por um longo tempo
geológico, a clima árido quente ou semi-árido. Atualmente as superfícies de pediplanação estão
se tornando cada vez menos extensas e menos homogêneas, ocasionado pela inserção dos
processos de dissecação, passando, progressivamente para áreas de denudação.
Formas de Dissecação
As formas de dissecação estão presentes em quase a totalidade da AID, com diferentes graus
de entalhamento e aprofundamento dos vales. Analisando o 3º táxon de classificação do relevo,
verifica-se que na AID os padrões de formas semelhantes de dissecação podem ser:
As formas dos topos das vertentes podem ser explicadas pela resistência do material que está
sendo erodido pela ação das intempéries do clima ao longo do tempo geológico. Desta forma,
onde existirem materiais com maior resistência, como acontece com as rochas de diabásio e
arenitos silicificados, é comum encontrar topos com formas aguçadas e convexas. Por outro
lado, quando há ocorrência de arenitos com baixa resistência ao intemperismo, os topos de
vertentes tendem a ser de formas tabulares.
As formas aguçadas localizam-se na porção leste e nordeste da AID, onde existem depósitos da
Formação Botucatu, com a presença de arenitos silicificados. Os Córregos Urtica, Ribeirão e
Macaco estão dentro desta unidade geomorfológica e servem como referências à localização da
mesma. O padrão de dissecação do relevo nesta área encontra-se com dimensão interfluvial de
250m a 750m, com graus de aprofundamento da drenagem variando de fraco, mediano e forte
(a22,a23,a24). As Fotos 05 e 06 retratam as paisagens com esse padrão de forma semelhante.
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drenagem de intensidade fraca e mediana. A Foto 07 apresenta uma colina de topo convexo
típica desta área.
Outro local onde ocorrem formas convexas está na porção central da AID, entre os Córregos
Papua e Barreiros, à montante da planície fluvial (Apf) do Rio Araguaia, ou nas proximidades do
Córrego Vertente Comprida, afluente do Rio Araguaia pela margem direita. Nesta área a
distância interfluvial é de 750m a 1.750m, com grau forte de aprofundamento da drenagem
(c34). A Foto 08 apresenta a paisagem de colinas de topos convexos (c34) próximo ao Córrego
Vertente Comprida. Pode-se dizer que a própria toponímia do Córrego Vertente Comprida vai de
encontro com a definição do grau de aprofundamento da drenagem (forte).
Existem algumas áreas na AID com vertentes com patamares estruturais, oriundos de erosão
diferencial, que é justificada pela sobreposição litológica das Formações Corumbataí e Botucatu.
No entanto, por serem formas de menor expressão territorial, optou-se pela não representação
cartográfica, contudo, essas feições geomorfológicas estão localizadas nas áreas de topos
convexos (c33). A Foto 09 registra uma vertente com patamares estruturais típica desta área.
O padrão de forma semelhante de dissecação tabular, com topo aplanado, faz-se muito
presente na AID, concentrando em locais específicos, como por exemplo, nas altas vertentes
dos Córregos do Rico e Bacuri, na margem esquerda do rio Araguaia. Nesta área o grau de
dissecação ficou em 750m a 1.750m e 1.750m a 3.750m, com aprofundamento da drenagem
muito fraca e fraca (t31, t42).
Na margem direita do rio Araguaia, próximo ao Córrego Mutum, verifica-se também relevo
tabular, com dimensão interfluvial de 750m a 1.750m e aprofundamento mediano das
drenagens.
Nas adjacências do limite da AID também existem padrões de semelhança de dissecação com
forma tabular, variando os graus de entalhamento e dissecação de drenagens (t43, t41, t31, t32,
t51, t22). Na Foto 10 é apresentada uma paisagem com essas características.
Formas de Acumulação
Na AID existe uma área expressiva de Planície fluvial (Apf) do Rio Babilônia. Esta área
aplainada é resultante de acumulação fluvial, que se apresenta periódica ou permanentemente
alagada. Os chamados terraços fluviais estão na adjacência da planície como pode ser visto nas
Fotos 11 e 12. Nos levantamentos pedológicos foi identificada nessa área a presença de
Gleissolo Melânico (GM).
Escarpa Erosiva
Escarpas erosivas segundo Guerra & Guerra (2003), “são aquelas cujos abruptos foram
escavados pelos agentes erosivos”. Na área da AID estas escarpas estão presentes na
transição entre o Planalto Setentrional da Bacia do Paraná e o reverso da cuesta que limita com
o Planalto dos Guimarães (Alcantilados) e no limite norte da AID, próximo à Casa de Força do
AHE Couto Magalhães.
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A passagem para o "Planalto dos Alcantilados" é marcada no local do AHE pela Cachoeira
Couto de Magalhães, com uma queda de aproximadamente 30 m de altura e localizada à cerca
de 300 m a jusante da barragem; a partir daí, este compartimento geomorfológico é
caracterizado pelo "canyon" entalhado pelo rio Araguaia ao longo de uma extensão de cerca de
7 km e nivelado no seu final em torno da cota 470 m.
Os vários intervalos de declividade das encostas da ADA do AHE Couto Magalhães permitem a
definição de sete compartimentos de maior destaque, a saber:
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Foto 01: Domo de Araguainha. Notar que o Foto 02: Domo de Araguainha. Notar o relevo
mergulho da camada de rocha encontra-se soerguido devido ao impacto do meteorito;
praticamente a 90º da superfície horizontal, possivelmente esta estrutura soerguida é
devido ao impacto do meteorito – Coordenada constituída de biotita gnaisse granítica –
UTM: 285.366/8.139.760 Coordenada UTM: 285.366/8.139.760
Foto 03: Paisagem com formas erosivas de Foto 04: Paisagem com formas erosivas de
superfície de pediplanação (Ep), recoberta por superfície de pediplanação (Ep), recoberta por
Neossolo Quartzarênico, no sudoeste da AID. Neossolo Quartzarênico, no sudoeste da AID.
Coordenada UTM: 267.706 / 8.058.753 Coordenada UTM: 277.637 / 8.052.550
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Foto 05: Paisagem com padrões de formas Foto 06: Paisagem com padrões de formas
semelhantes de dissecação com topos semelhantes de dissecação com topos
aguçados (a23), na porção nordeste da AID, aguçados (a22), na porção leste da AID.
próximo ao Córrego Ribeirão. Coordenada Coordenada UTM: 294.120 / 8.009.230
UTM: 296.067 / 8.077.290
Foto 07: Paisagem com padrões de formas Foto 08: Paisagem com padrões de formas
semelhantes de dissecação com topos semelhantes de dissecação com topos
convexos (c22), na parte centro-norte da AID. convexos (c34), na parte central da AID,
Coordenada UTM: 273.563 / 8.009.876 próximo ao Córrego Vertente Comprida.
Coordenada UTM: 284.653 / 8.072.531
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Foto 09: Ao fundo, vertente com patamares Foto 10: Paisagem com padrões de formas
estruturais contida na unidade geomorfológica semelhantes de dissecação tabular com topos
de dissecação com topos convexos (c33), na aplanados (t31), na parte norte da AID, próximo
parte central da AID, próximo ao Rio Babilônia a nascente do Córrego Bacuri (margem direita
(margem direita). Coordenada UTM: 272.842 / do Rio Babilônia). Coordenada UTM: 267.511 /
8.092.151 8.100.541
Foto 11: Paisagem com padrões de formas Foto 12: Contato entre o terraço fluvial e a
semelhantes de acumulação com planície planície fluvial, inserida na unidade de padrões
fluvial (Apf), na margem direita do Rio de formas semelhantes de acumulação com
Babilônia. Coordenada UTM: 278.020 / planície fluvial (Apf), na margem direita do Rio
8.078.055 Babilônia. Coordenada UTM: 278.072 /
8.078.020
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3.5.7) Mapas
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