Caracterização de bacias hidrográficas para modelagem hidrológica

Hidráulica e hidrologia computacionais
Francisco Silva
2019/01
Aula de hoje
AGENDA
1 Caracterização da bacia hidrográfica I

Caracterização de bacias hidrográficas
DEFINIÇÃO
Porção da superfície terrestre fisicamente limitada por declividades topográficas que drenam os
escoamentos para uma saída do sistema de drenagem
É uma determinada área de terreno que drena água, partículas de solo e material dissolvido para
um ponto de saída comum, situado ao longo de um rio, riacho ou ribeirão (Dunne e Leopold,
1978)
DEFINIÇÃO
A bacia pode ser vista como o volume de
controle para a Gestão dos Recursos Hídricos
(superficiais e subterrâneos)
INDIVIDUALIZAÇÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA
A bacia hidrográfica é definida pelos seus divisores de água. Estes podem ser:
Topográfico ou superficial:: lugar geométrico dos pontos de cotas superiores a da saída da bacia
hidrográfica normal as curvas de nível que separam duas bacias adjacentes
Geológico ou subterrâneo: determinado pela estrutura geológica e algumas vezes influenciado

pela topografia, que divide a porção de água subterrânea
DELIMITAÇÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Etapas
Destaque da rede de drenagem
Localização de pontos altos e cotados
Junção dos pontos altos
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Uso do solo
Tipo do solo
Área
Forma
Declividade da bacia
Elevação
Declividade do curso d’água principal
Tipo de drenagem
Densidade de drenagem
DELIMITAÇÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Para uma maior discretização do espaço estudado e, conseqüentemente uma maior precisão
dos resultados é comum subdividir a bacia em unidades menores.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS BACIAS
As características das bacias devem ser avaliadas a partir do efeito dessas no hidrograma da
bacia. O hidrograma pode ser entendido, sob o ponto de vista hidrológico, como uma assinatura
da bacia.
ÁREA DE DRENAGEM
Em geral, quanto maior a área de drenagem, maior o pico do hidrograma da bacia. No entanto,
esse aumento não é linear. Ou seja, se a área de drenagem dobra a vazão de pico não dobra
Qp, 1 Qp, 2
 se A1 < A2
A1 A2
Qp = kAb b  1


ÁREA DE DRENAGEM
Outras relações (geomorfológicas)

DECLIVIDADE
H
S1 =
L
2Abp
S2 = 2
L
2
 
 L 
S3 =  n 
  Li 
Quanto maior a declividade, maior será a velocidade de escoamento.
  Assim, os hidrogramas de enchente serão tanto mais pronunciados e
 i=1 Ii  estreitos, indicando maiores variações de vazões instantâneas
DECLIVIDADE
DECLIVIDADE
Curva hipsométrica
Classes Área (ha) %
180 - 250 3.973 4,46
250 - 300 7.516 8,43
300 - 350 15.277 17,14
350 - 400 12.000 13,46
400 - 450 12.588 14,12
450 - 500 16.803 18,85
500 - 550 17.538 19,69
550 - 600 3.390 3,80
> 600 46 0,05
TOTAL 89.131 100,00

DECLIVIDADE
Curva hipsométrica
100
80
60
% Área
40
20
0
200 300 400 500 600 700
Cota (m)
DRENAGEM
Ordem da bacia: é a ordem do curso d’água de maior ordem na bacia. Esse índice é usado, por
exemplo, na construção do hidrograma unitário geomorfológico
Classificação de Strahler
DRENAGEM
Densidade de drenagem: relação entre o comprimento total de cursos d’água e a área total da
bacia
L
Dd =
A

ANÁLISE DE TERRENO
Modelo digital de elevação (DEM)
Modelo digital de terreno (DTM)
Modelo digital de superfície (DSM)
DEM é frequentemente empregado como

sinônimo de DTM ou um termo genérico para
DTMs e DSMs.
Não há um acordo universal acerca da

empregabilidade dos termos
A representação mais comum de um DEM é

um raster
APLICADA A DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
Geomorfologia e geografia física
Modelagem do escoamento da água
Modelagem da erosão do solo ou movimentos de massa
Visualização 3D
Planejamento urbano, logística de transportes, telecomunicações, mineração...
OBTENÇÃO DOS DADOS
Fotogrametria digital a partir de levantamentos aéreos
Tradicional: interpretação das imagens
Estereoscopia: estuda os métodos e técnicas que permitem a visão em perspectiva
Estereoscopia a partir de imagens de satélite (ex.: ASTER DEM)
Interferometria por radar – radar é um sensor ativo que emite pulsos na região das microondas
do espectro eletromagnético (diferentes comprimentos de onda). A técnica consiste na análise
da fase dos sinais recebidos por duas antenas.
Repetição de passagem: apenas uma antena; adquire imagens com defasagem temporal
Passagem única: duas antenas receptoras (ex.: SRTM)
LIDAR – Light Detection And Ranging: semelhante à tecnologia do radar; utiliza
pulsos laser
FONTE DE DADOS COMUNS
Aster Global Digital Elevation Model (GDEM)
Versão 1, 2009: 30 m
Versão 2, 2011: reduction of spikes and wells, improved elevation accuracy, improved
definition of water bodies and coastlines
Shuttle Radar Topographic Mission (SRTM)
Versão 1, 2000: 90 m (3 arc-seconds), 30 m (1 arc-second) for the USA
Versão 2, 2005: melhor definição dos corpos de água e linhas costeiras, remoção de outleirs;
pixels sem informações continuam presentes
Versão 3, 2014: preenchimento de pixels sem informações (void-filled; sobretudo a partir do

GDEM)
http://gdex.cr.usgs.gov/gdex/
https://search.earthdata.nasa.gov/
FONTE DE DADOS COMUNS
FONTE DE DADOS ADICIONAIS
Alos Palsar: resolução espacial = 12,5 m; acesso: público/ privado
AW3D – resolução espacial = 5 m; acesso: privado

THE CHALLENGE OF INCREASING DIGITAL ELEVATION MODEL (DEM) RESOLUTION
1980’s DMA 90 m
102 cells/km2
1990’s USGS DEM 30 m

103 cells/km2
2000’s NED 10-30 m

104 cells/km2
2010’s LIDAR ~1 m
106 cells/km2
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1 Caracterização da bacia hidrográfica II
2 Caracterização da bacia hidrográfica III e inventário de informações hidrológicas

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AGENDA

ANÁLISE DE DEM APLICADO À HIDROLOGIA
Delineamento de bacias hidrográficas
Modelagem da direção do escoamento superficial
Desafios: Pit removal; D8 e D∞
Delineamento de redes de drenagem
Desafio: determinação das áreas de contribuição à
determinado ponto
Gerenciamento de recursos hídricos

REPRESENTAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO TERRENO
Grid
TIN
Topografia e linhas de fluxo
REPRESENTAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO TERRENO
Um grid representa um espaço geográfico por meio de uma matriz retangular. Cada célula
possui um atributo, um valor numérico que representa a elevação. A resolução espacial é
definida pelas dimensões de cada célula.
ORIGIN OF GEOGRAPHIC COORDINATES
Equator (0,0)
Prime Meridian
LATITUDE AND LONGITUDE
Longitude line (Meridian)
N
W E
Range: 180ºW - 0º - 180ºE
Latitude line (Parallel)

N
W E (0ºN, 0ºE)
Equator, Prime Meridian
S
Range: 90ºS - 0º - 90ºN

MAP PROJECTION
Flat Map
Cartesian coordinates: x,y
(Easting & Northing)
Curved Earth
Geographic coordinates: f, l
(Latitude & Longitude)
COORDINATE SYSTEMS
A planar coordinate system is defined by a pair of orthogonal (x,y) axes drawn through an origin
X
Origin
(xo,yo)
(fo,lo)
MEASURING IN ARC-SECONDS
Some USGS DEM data is stored in a block that utilizes 1/3, one, three, five, or thirty arc-seconds
of longitude and latitude to register cell values.
The geographic reference system treats the globe as if it were a sphere divided into 360 equal
parts called “degrees”.
Each degree is subdivided into 60 minutes. Each minute is composed of 60 seconds.
An arc-second represents the distance of latitude or longitude traversed on the earth's surface
while traveling one second (1/3600th of a degree).
At the equator, an arc-second of longitude approximately equals an arc-second of latitude, which

is 1/60th of a nautical mile (30.87 meters).
The planet Earth is about 13,000 kilometers (8000 miles) in diameter and
40,000 kilometers (25,000 miles) in circumference.
1.1 miles meter

25000
= 69 miles/degree = 0.019 *1600
360 60 Arc - second mile
meter
69 = 30.9 at the equator
= 1.1 miles/Arc- minute Arc - second
60
At the equator, an arc-second of longitude approximately equals an arc-second of latitude, which
is 1/60th of a nautical mile (30.87 meters).
Arc-seconds of latitude remain nearly constant, while arc-seconds of longitude decrease as one
moves toward the earth's poles.
At 49 degrees north latitude, along the northern boundary of the Concrete sheet, an arc-second
of longitude equals 30.87 meters * 0.6561 (cos 49°) or 20.250 meters.
Recomendação: utilize um sistema de projeção cujas unidades principais sejam definidas em

metros (ou seus múltiplos) (ex.: UTM)
APLICAÇÃO: SAGA
https://youtu.be/jjJY_QD4y5s
MODELAGEM DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Flow direction grid
The problem of sink
A pixel is surrounded by points having a higher elevation.
If it is a DEM artifact, increase elevation of the pixel until the pit drains to a neighbor, or “carve”
one of the neighbors.
Flow accumulation grid
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 3 2 0 0 3 2 2 0
2
0 0 0 0 11 0 1
0 1
11
0 1 0 0 0 1 15 0
0 15
0 2 5 0 2 5 24 1
1
24
Threshold Drainage Area → Stream segments
0 0 0 0 0
3 2 0
0 2
0
0 1
0
11
0
0 1
0
15
2 5
0 1
24
Fill sinks (pit removal)
Increase elevation to the pour point elevation until the pit drains to a neighbor
Flow direction
D8 D∞
4 3 2
5 1
6 7 8
Threshold Drainage Area
Area defining
concentrated contributing
area at P
Contour width b
P
Specific catchment Flow path originating

area is A/b at divide with dispersed
contributing area A
Threshold Drainage Area
EPA Reach Files 100 grid cell threshold 1000 grid cell threshold
ANÁLISE EXTRAÍDA DE SOFTWARES DE SIG
APLICAÇÃO: SAGA
https://www.youtube.com/playlist?list=PL064WFSVfhitsHDq2Z1xDGN7SCr6HjLZk
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Trabalho prático
CARACTERIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Objetivo
Delimitar e caracterizar a bacia hidrográfica definida pela estação fluviométrica Jardim (código
ANA: 40511100), localizada no ribeirão Serra Azul
Produtos a serem entregues

Relatório: sumário das atividades desenvolvidas
Modelo digital de elevação em coordenadas projetadas:
Com limites definidos pelo shapefile fornecido (bruto)
Com limites da bacia delineada (já corrigido)
Shapefiles em coordenadas projetadas:
Da bacia delineada
Da rede hidrográfica produzida
Planilha MS Excel:
Perfil do talvegue principal
Declividade equivalente do talvegue principal
Trabalho prático
https://www.youtube.com/watch?v=0nmYzQo0OSY
Trabalho prático
https://www.youtube.com/watch?v=B-5RQ9o9EyU
Trabalho prático
https://www.youtube.com/watch?v=YU6jhlGOvE4
Inventário de informações hidrológicas
ESTAÇÕES HIDROMÉTRICAS
MMA: ANA
Estações fluviométricas: http://mapas.mma.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=anafluvio
Estações pluviométricas: http://mapas.mma.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=anapluvio
Shapefile (offline): http://metadados.ana.gov.br/geonetwork/srv/pt/main.home
DOWNLOAD DE INFORMAÇÕES
http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/apresentacao.jsf
http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/medicoes_historicas_abas.jsf
Trabalho prático
Produtos a serem entregues
Relatório: sumário das atividades desenvolvidas
Modelo digital de elevação em coordenadas projetadas:
Com limites definidos pelo shapefile fornecido (bruto)
Com limites da bacia delineada (já corrigido)
Shapefiles em coordenadas projetadas:
Da bacia delineada
Da rede hidrográfica produzida
Curvas de nível em intervalos de 25 m
Polígonos de Thiessen, definidos para as estações: 2044021, 2044041, 2044052, 2044054
Planilha MS Excel:
Declividade do talvegue principal
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1 Análise preliminar de informações fluviométricas I
2 Análise preliminar de informações fluviométricas II

Caracterização de bacias hidrográficas para modelagem hidrológica

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Hidráulica e hidrologia computacionais

1 Caracterização da bacia hidrográfica I

Geológico ou subterrâneo: determinado pela estrutura geológica e algumas vezes influenciado

Outras relações (geomorfológicas)

Classes Área (ha) %

180 - 250 3.973 4,46

250 - 300 7.516 8,43

300 - 350 15.277 17,14

350 - 400 12.000 13,46

400 - 450 12.588 14,12

450 - 500 16.803 18,85

500 - 550 17.538 19,69

550 - 600 3.390 3,80

> 600 46 0,05

TOTAL 89.131 100,00

DEM é frequentemente empregado como

Não há um acordo universal acerca da

A representação mais comum de um DEM é

Tradicional: interpretação das imagens

Estereoscopia: estuda os métodos e técnicas que permitem a visão em perspectiva

Estereoscopia a partir de imagens de satélite (ex.: ASTER DEM)

LIDAR – Light Detection And Ranging: semelhante à tecnologia do radar; utiliza

Shuttle Radar Topographic Mission (SRTM)

Versão 1, 2000: 90 m (3 arc-seconds), 30 m (1 arc-second) for the USA

Versão 3, 2014: preenchimento de pixels sem informações (void-filled; sobretudo a partir do

AW3D – resolução espacial = 5 m; acesso: privado

1990’s USGS DEM 30 m

2000’s NED 10-30 m

1 Caracterização da bacia hidrográfica II

2 Caracterização da bacia hidrográfica III e inventário de informações hidrológicas

1 Caracterização da bacia hidrográfica II

Modelagem da direção do escoamento superficial

Desafios: Pit removal; D8 e D∞

Delineamento de redes de drenagem

Desafio: determinação das áreas de contribuição à

Gerenciamento de recursos hídricos

Longitude line (Meridian)

Range: 180ºW - 0º - 180ºE

Latitude line (Parallel)

Range: 90ºS - 0º - 90ºN

Each degree is subdivided into 60 minutes. Each minute is composed of 60 seconds.

At the equator, an arc-second of longitude approximately equals an arc-second of latitude, which

1.1 miles meter

Recomendação: utilize um sistema de projeção cujas unidades principais sejam definidas em

A pixel is surrounded by points having a higher elevation.

Specific catchment Flow path originating

1 Caracterização da bacia hidrográfica II

2 Caracterização da bacia hidrográfica III e inventário de informações hidrológicas

1 Caracterização da bacia hidrográfica III e inventário de informações hidrológicas

Produtos a serem entregues

1 Análise preliminar de informações fluviométricas I

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