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DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO

GRS 125 - HIDROLOGIA II

RELATÓRIO DE INDIVIDUALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

JOÃO GABRIEL SILVA DIAS


LUIS FELIPE MARTINS MACHADO
RENATA GRECO

LAVRAS - MG
2021
1. INTRODUÇÃO
Uma bacia hidrográfica constitui-se de um conjunto de terras delimitadas pelos
divisores de águas e drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. Ela pode
ser caracterizada como uma unidade de planejamento e gestão, composta pelas unidades
geoambientais que são subdivididas em geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação,
hidroclimatológicas e socioeconômicas (CUNHA, 2008).
O Brasil possui grande potencial hidrológico em relação ao mundo todo. Com isso,
diversos interesses convergem entre si. Para solucionar tais questões, foram criados alguns
instrumentos para nortear e fiscalizar sua utilização. A Lei Federal 9.433 de 08 de janeiro de
1997 (Brasil, 1997), conhecida como Política Nacional dos Recursos Hídricos, regulamenta
quaisquer atividades e demandas hídricas. Dentro da PNRH, há o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
A Lei trouxe alguns princípios importantes como: a água é um bem de domínio público,
um recurso limitado e possui valor econômico, o uso é prioritário para consumo humano e
dessedentação de animais, a gestão das águas deve priorizar o uso múltiplo e sua gestão
deve ser descentralizada com participação do Poder Público, dos usuários e das
comunidades.
Além disso, a PNRH trata as Bacias Hidrográficas como parte da unidade territorial
para implementação da mesma e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos.

2. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é individualizar uma bacia hidrográfica de cena 2 e ordem 7


para gerar o comprimento do escoamento superficial na bacia e na rede de drenagem, o
mapa de declividade da bacia e da rede de drenagem, a ordem da hidrografia, os polígonos
de Thiessen e uma barragem com 8m de altura, sua área de drenagem, área de espelho
d’água, profundidade e volume.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

No seguinte trabalho, utilizou-se o software ArcGis e o Excel para a obtenção dos


produtos solicitados. A partir do site EARTH DATA, do satélite ALOS PALSAR no estado do
Amazonas, Brasil, foi obtida a cena do Modelo digital de Elevação (MDE). Por conseguinte a
cena escolhida foi adicionada ao ArcGis.
A correção necessária do MDE foi feita com o auxílio da ferramenta Spation Analyst
Tools em Hydrology e a seguir Fill, salvando o novo arquivo que foi gerado. Utilizando a
mesma ferramenta anterior, foi gerada a direção do fluxo na opção de Flow Direction. Um
novo arquivo foi criado e salvo. Com o fluxo acumulado executado, foi possível visualizar as
hidrografias desejadas e classificá-las, usufruindo da ferramenta Stream Order. Logo, as
bacias hidrográficas de sétimas ordem foram possíveis de serem identificadas, sendo uma
delas selecionadas para aprofundamento. Para produzir o MDE, através da conversão do
arquivo de raster para polígono, os polígonos apresentados foram devidamente deletados,
sendo estes posteriormente adicionados à bacia de forma errada. Ao se adicionar as colunas
de área (km²) e perímetro (km), foram calculadas as grandezas e com o recurso da
ferramenta Straction By Mask o MDE foi gerado.
Ao se realizar a caracterização geomorfológica, foram obtidos os dados de: dimensão
da bacia; comprimento axial; largura média; cálculo do coeficiente de compacidade; fator de
forma; e o índice de conformação. Na caracterização do relevo da bacia hidrográfica foi obtida
a elevação média. Assim, foi feito o cálculo da declividade média, do número de células, da
área e da porcentagem. Com o uso da ferramenta de fluxo acumulado, cujo no mapa se
identificou locais ideias ao MDE corrigido, analisando as áreas de cor branca e seções
estranguladas, foi selecionado o local da barragem conforme o traçado do curso d’água.
Deste modo, a barragem foi alocada com 8 m de altura, apresentando sua área de drenagem,
área de espelho d’água, de profundidade e de volume.

4. RESULTADOS OBTIDOS

4.1. Bacia Hidrográfica individualizada

4.2. Escoamento Superficial Direto


4.3. Modelo Digital de Elevação

4.4. Fluxo Acumulado


4.5. Direção do Fluxo:

4.6. Declividade:
Caracterização Geomorfológica da bacia
Atributo Dimensão Unidade
Área da BH 2424,1947 km²
Perimetro 401,297 km
Comprimento Axial (LAX) 91,39 km
Largura média (Kc) 27,71 km
Bacia hidrográfica não sujeita a
Coeficiente de compacidade (Kc) 2,28212903 ocorrência de enchentes
Bacia hidrográfica não sujeita a
Fator de forma (Kf) 0,30320604 ocorrência de enchentes
Indice de comformação (Ic) 0,29024861
Ordem da Hidrografia 7ª ordem
Comprimento rio principal 134.161 km
Declividade média da hidrografia 5.57 %
Elevação média da BH 957.89 m
Declividade média da bacia hidrográfica 15.96 %

Nº de Área
Classe de declividade celulas (km²) % classe % acumulada
0 -3 1084085 169,3883 7,01 7,01
3 - 8% 2203033 344,2239 14,24 21,24
8 -20 % 7700817 1203,253 49,77 71,01
20 - 45% 4314600 674,1563 27,88 98,89
45 - 75% 168858 26,38406 1,09 99,99
>75 % 2227 0,347969 0,01 100,00
Área total: 2417,753

4.7. Polígonos de Thiessen


Informações sobre as estações pluviais utilizadas, juntamente com o calculo de área e perímetro de
influencia de cada estação.

4.8. Barragem:

Legenda: Área de influência da barragem, em amarelo.


Legenda: Barragem com 8 metros de altura em azul escuto

Informações acerca da barragem:

Localização: 23K 492009 7694359

Altitude nº Celulas Área (há) Prof. Média (m) Volume (hm³) Volume (m³)
794 52 0,8125 1,115 0,0091 9059,375
796 78 1,21875 2,256 0,0275 27495
798 174 2,71875 2,028 0,0551 55136,25
800 1328 20,75 0,557 0,1156 115577,5

5. CONCLUSÃO

As geotecnologias, como forma de tecnologias da informação, colaboram na análise


necessária acerca do espaço geográfico, porque dispõem de uma representação de distintas
paisagens, que são fontes de leituras para diferentes tipos de dados. Agregando e
promovendo dessa forma uma aproximação entre o pesquisador e a área de estudo. Assim,
por meio da obtenção de dados para a caracterização da Bacia Hidrográfica selecionada,
gerou-se informações a respeito da área de drenagem, da área do espelho d’água, da
profundidade e do volume do lago. Com os dados obtidos, também foi possível simular a
instalação de uma barragem em um local escolhido e gerar mapas temáticos em cada
processamento.
6. REFERÊNCIAS

- http://www.aguas.sc.gov.br/servicos/duvidas-frequentes/item/19-o-que-e-uma-bacia-
hidrografica . Acesso em: 03/11/2021 16:00
- CUNHA, S. B da. Morfologia dos Canais Urbanos. In: POLETO, C (Org.). Ambiente e
- Sedimento. ABRH.Porto Alegre, 2008, Cap.9, 404p.

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