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Índice de compacidade

O sistema físico da bacia é constituído pelo volume de água precipitado (entrada da


bacia) e o volume de água escoado pela bacia pelo exultório (saída da bacia). Essa
variação do volume da entrada e da saída da bacia se dá devido as perdas por
evapotranspiração e infiltração. (Tucci, 2000). Sob essa perspectiva é possível concluir
que a área, o relevo e a forma da bacia influenciam diretamente sobre a quantidade de
água produzida como deflúvio (Tonello, 2005). As características físicas de uma bacia
são fatores determinantes no que tange ao comportamento hidrológico da bacia, tendo
em vista que ao se estabelecer relações e comparações entre os valores obtidos,
pode-se determinar taxa de formação de deflúvio, bem como variáveis relacionadas à
dinâmica ambiental local. Vale salientar, que muitas dessas características físicas da
bacia hidrográfica, por sua vez são, em grande parte, controladas ou influenciadas
pela sua estrutura geológica.

Um ponto crucial para entender o comportamento hidrológico de uma bacia é a


determinação da forma. Bacias que possuem uma forma circular são mais propensas
a ter picos de enchentes, no entanto, bacias com formato mais alongado possibilitam
um maior tempo entre a entrada e a saída da água, fazendo com que haja uma
distribuição mais uniforme e constante do seu volume, gerando uma menor vazão de
pico. Portanto, nota-se que para uma mesma precipitação em uma bacia com mesma
área,a chance de inundação irá variar de acordo com seu formato. Esse estudo é feito
através de cálculos de índices que relacionam a bacia em estudo com formas
geométricas conhecidas.

O Índice de Gravelius (Kc), Esse índice é a relação entre o perímetro da


bacia e a circunferência de um círculo de área igual a da bacia (VILLELA e
MATTOS, 1975, p.13). Esse índice possui um valor adimensional, no qual quanto
maior for o coeficiente, mais longa é a bacia e menos propensa a enchente, quanto
mais próximo de um, mais circular é a bacia e mais propensa a enchente. Esse
índice é calculado pela seguinte equação:

𝑃
𝐾𝑐 = 0,28.
__
Para, √𝐴

P= Perímetro da bacia (km)


A= Área da bacia (km2)
Aplicando a fórmula na bacia em estudo cujo perímetro é 229,0472 km e a área
é 751,4858890075346 km², o Coeficiente de compacidade (Kc) obtido é:

229,0472
𝐾𝑐 = 0,28.
√ 751,485

𝐾𝑐 = 4,267

Sendo assim, a bacia de Maiquinique apresenta um indice de


forma de uma bacia alongada, sendo menos propensa a
enchentes.

Fonte: https://www.google.com.br/search?
q=indice+de+compacidade+bacia+hidrografica&sxsrf=ALiCzsbkUP6L1rWtj
qZlADM6SvugfhzxBQ:1668474856230&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ve
d=2ahUKEwi46vyYga_7AhVeA7kGHWB2A38Q_AUoAXoECAIQAw&biw=1
366&bih=592&dpr=1#imgrc=dD5XmmX-zASLXM

Referência:
https://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema2/clarisse acesso em 14/11/22

Densidade de drenagem

A densidade de drenagem é fenômeno resultante da essência das formas do


modelado terrestre com a interação dos fatores climáticos, geológicos, pedológicos,
litológicos e as condições e variabilidade dos eventos pluviométricos, incorporados a
ação antrópica. Ademais, configura um parâmetro morfométrico da bacia hidrográfica
que consegue esboçar o estágio evolutivo do relevo, bem como do sistema de
drenagem. Segundo Corrêa (1997), é de suma importância que o estudo hidrológico
localize, quantifique e reconheça o fluxo de água nas encostas, pois assim, possibilita
que os gradientes topográficos e o relevo sejam definidos.

Sendo assim, a densidade de drenagem é definida como um indicador do relevo


superficial e das características geológicas da bacia (TUCCI, 2004, p.47). Esse
índice, por sua vez, tem a finalidade de avaliar a eficácia de drenagem de uma bacia e
está estreitamente relacionada com os índices de dissecação e das próprias vertentes.

O valor para a densidade de drenagem é obtido através da seguinte equação:

𝐷𝑑 =∑ 𝐿
𝐴

Para:

A= Área da bacia
∑L= Somatório do Comprimento de cada curso de água

Os resultados obtidos por meio dessa equação foram agrupados em quadro classes
diferentes. Sendo elas drenagem pobre, regular, boa e muito boa, como mostra o
quadro 2 da Classificação de Drenagem de Carvalho (2007). A partir desse resultado é
possível fazer as análises e tirar as primeiras conclusões a respeito do modelo
terrestre.

Para a vetorização dos canais fluvias, compilação e espacialização dos dados de


densidade de drenagem, foi utilizado o software de mapeamento ArcGis, no qual
obteve-se A= 751,485889km² ∑L= 502km; ao aplicar na fórmula:

𝐷𝑑 =∑ 𝐿
𝐴

𝐷𝑑 = 502,00
751,485889

Dd = 0,668 km/km², sendo classificada como bacias com drenagem


pobreDd0,5km/km²

Referências: CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia fluvial – São Paulo: Edgard Blucher: FAPESP,


1981, 313 p. CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B.; Hidrologia – Cap. 3: Bacia Hidrográfica.
Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-
Cap3- BH.pdf Acessado em: 05 de novembro de 2014. CORRÊA, A.C.B. 1997. Mapeamento
geomorfológico de detalhe do maciço da Serra da Baixa Verde, Pernambuco: estudo da relação
entre a compartimentação geomorfológica e a distribuição dos sistemas geoambientais.
Recife. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Pernambuco. 183p DREW, D.
Processos interativos homem-meio ambiente. Bertrand Brasil. 3a. ed. Rio de Janeiro. 1994.

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