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Aterro sanitário para disposição final de resíduos sólidos domiciliares do município de São Carlos/SP
Estudo de impacto Ambiental – EIA
HELP – são os mais utilizados. A seguir são apresentados de forma sucinta cada dos
métodos citados.
• Método Suíço
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• Método racional
(h - h x C) - EP
Q perc =
1000 x A / t
Q = vazão (m3/dia)
h = precipitação pluviométrica (mm);
EP = evapotranspiração potencial (mm);
A = área de contribuição (m2);
t = número de dias do mês (dias);
C = coeficiente de escoamento superficial ("run-off", sem unidade).
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água infiltrada
Figura 7.11 – Unidade de área para avaliar a formação de líquidos percolados em um aterro
sanitário
Fonte: TCHOBANOGLOUS et al., (1993)
outras parcelas.
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PERC = P – ES – AS – EP
Precipitação (P): É obtida pela soma das médias mensais durante um período
mínimo de 5 anos.
ES = C'. P
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Tabela 7.11 - Valores do coeficiente de escoamento superficial C', utilizados no método do balanço
hídrico.
Valores de C'
Tipo de solo Declividade
Estação seca Estação úmida
De 0% até 2% 0,05 0,10
Arenoso
Acima de 2% até 7% 0,10 0,15
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por metro de solo (quadro 4), pela espessura da camada de solo de cobertura (0,60m).
Este valor é atribuído ao último mês que apresente um valor positivo de (I - EP). Para os
meses subseqüentes que apresentam valores negativos de (I - EP) o valor de
armazenamento de água no solo (AS) é obtido por meio de valores tabelados que
fornecem a quantidade da perda de água armazenada em função da perda potencial de
água acumulada (∑ dos valores negativos I - EP) para uma camada de solo argiloso com
0,60m de espessura.
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Tabela 7.12- Média mensal do balanço hídrico para o município de São Carlos, para o período
de 1941 a 1970.
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Tabela 7.13 – Estimativa da vazão de líquidos percolados para o aterro sanitário de São Carlos
P EP "c" I = P-ES I – ETP AS DELTA ER PERC Q (l/s) Q (l/s) Q (l/s) Q(m3/dia)
Mês ES (mm) ∑ valores negativos
(mm) (mm) (mm) (mm) AS (mm) (mm) 1º.etapa 2º.etapa Total Total
janeiro 262,00 109,00 0,22 57,64 204,36 95,36 0,00 150,00 0,00 109,00 95,36 4,39 3,41 7,80 673,92
fevereiro 205,00 100,00 0,22 45,10 159,90 59,90 0,00 150,00 0,00 100,00 59,90 3,05 2,37 5,42 468,29
março 166,00 101,00 0,22 36,52 129,48 28,48 0,00 150,00 0,00 101,00 28,48 1,31 1,02 2,33 201,31
abril 55,00 75,00 0,22 12,10 42,90 -32,10 -32,10 94,84 -55,16 98,06 -110,32(*) 0 0 0 0
maio 47,00 57,00 0,22 10,34 36,66 -20,34 -52,44 80,43 -14,41 51,07 -28,81(*) 0 0 0 0
junho 37,00 45,00 0,22 8,14 28,86 -16,14 -68,58 70,58 -9,86 38,72 -19,71(*) 0 0 0 0
julho 23,00 46,00 0,22 5,06 17,94 -28,06 -96,64 56,23 -14,35 32,29 -28,70(*) 0 0 0 0
agosto 23,00 58,00 0,22 5,06 17,94 -40,06 -136,70 40,65 -15,58 33,52 -31,16(*) 0 0 0 0
setembro 53,00 72,00 0,22 11,66 41,34 -30,66 -167,36 42,77 2,12 39,22 4,24 0,20 0,16 0,36 31,10
outubro 127,00 88,00 0,22 27,94 99,06 11,06 0,00 53,83 0,00 88,00 11,06 0,51 0,40 0,91 78,62
novembro 156,00 94,00 0,22 34,32 121,68 27,68 0,00 81,51 0,00 94,00 27,68 1,32 1,02 2,34 202,18
dezembro 238,00 106,00 0,22 52,36 185,64 79,64 0,00 150,00 0,00 106,00 79,64 3,67 2,85 6,52 563,33
(*) Valores negativos representam balanço hídrico deficitário, sem geração de líquidos percolados
P-Precipitação mensal média.
EP- Evapotranspiração potencial
“c”- coeficiente para escoamento superficial (“runoff”)
ES- escoamento superficial
I- Infiltração
AS- capacidade de armazenamento na camada de cobertura (0,6m) com solo argiloso
DELTA AS- Variação de armazenamento de água no solo
ER- evapotranspiração real
PERC- Percolado gerado
Q 1º. Etapa- Corresponde a geração de líquidos percolados para na primeira etapa. Área correspondente a 123.371,89 m2, relativa às áreas do 1º ao 5º. de patamar de corte
Q 2º. Etapa- Corresponde a geração de líquidos percolados para na primeira etapa. Área correspondente a 95.862,59 m2, relativa às áreas do 6º ao 9º. de patamar de corte
Q área total- Geração de líquidos percolados para a área total utilizada para a disposição final de resíduos (219.234,58 m2 )
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FARQUHAR, G.J.; ROVERS, F.A. (1973). Gas production during refuse decomposition. Water, Air
and Soil Pollution. n.2, p.483-495, 1973.
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Pode-se observar na Figura 7.13 que a curva para a DQO dos líquidos
percolados sugere uma influência marcante de degradação da matéria orgânica na
transformação dos substratos, enfatizando o papel fundamental que exercem as fases 3 e
4 no processo global de estabilização em aterros sanitários. Na prática o que se verifica
é a presença de um conjunto de diferentes fases e idades associadas às varias células de
um aterro.
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Tabela 7.14 - Variação na composição dos líquidos percolados gerados em aterros sanitários de
diferentes idades e submetidos ao mesmo índice pluviométrico
Aterro Sanitário
Parâmetros
Keele Valley Brock North Beare Road
Idade (anos) 1,5 8 18
pH 5,8 6,3 6,6
Alcalinidade (mg CaCO3/l) 1.800 880 1.070
DQO 13.780 3.750 1.870
DBO5 9.660 1.100 470
Sólidos Totais 12.730 5.280 3.070
Sólidos Voláteis 6.300 1.350 1.300
Ácidos Voláteis 4.600 1.170 1.480
N-Orgânico 170 6 65
Fósforo Total 0,77 0,11 0,15
Ferro 1.070 500 36
Zinco 5,04 0,22 0,19
Cádmio 0,10 0,02 0,008
Cobre 0,19 0,11 0,05
Níquel 1,08 0,01 -
Obs.: Todos os valores expressos em mg/l, exceto pH e quando indicado.
Fonte: HENRY, 1987
2
HENRY, J. G., PRASAD, D., YONG, H. Removal of organics from leachates by anaerobic filter. Water
Research, v.21, n.11, p.1395-1399, 1987 apud CLARETO, C. R. Tratamento de líquidos
percolados gerados em aterros sanitários utilizando reator anaeróbio compartimentado. São
Carlos, 1997. 119p.
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Tabela 7.15 – Variação das características do percolado com o tempo de disposição dos resíduos
Parâmetros (mg/l) *(1) Idade do Aterro
1 ano 5 anos 16 anos
PH 5,2 -6,4 6,3 ------
DBO 7.500 - 28.000 4.000 80
DQO 10.000 - 40.000 8.000 400
Sólidos suspensos totais 100 - 700 ------- -------
Sólidos dissolvidos totais 10.000 - 14.000 6.790 1.200
Alcalinidade 800 - 4.000 5.810 2.250
Dureza 3.500 - 5.000 2.200 540
Fósforo total 25 -35 12 8
Fosfato 23 - 33 ------- ------
Nitrogênio amoniacal 56 - 482 ------- ------
Potássio 295 - 310 610 39
Sulfato 400 - 50 2 2
Cloreto 600 - 800 1330 70
Fonte: PFEFFER et al. (1986)
*(1) com exceção do pH
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A Tabela 7.17 apresenta os valores utilizados para cálculo da taxa orgânica a ser
lançada na ETE ao longo da vida útil do aterro, considerando a variável tempo.
Tempo de
operação do Vazão máxima D.B.O Carga orgânica
Patamar aterro (anos) estimada - (l/s) (mg/l) (Kg DBO/.dia)
1 1,00 0,61 10.000 526
2 2,91 1,55 10.000 1.340
3 5,06 2,53 8.000 1.750
4 7,99 3,45 8.000 2.381
5 10,88 4,39 5.000 1.898
6 14,06 5,32 5.000 2.300
7 17,28 6,21 5000 2.684
8 20,17 7,00 5000 3.024
9 22,17 7,81 5000 3.372
Obs. 1)Todos os cálculos realizados para o mês de maior vazão (janeiro).
2) Os cálculos consideram o aumento da área de contribuição com o avanço da frente de trabalho
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