UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS - CCTA

Gabriela Lole Theodoro

Balanço Hídrico Climatológico

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

09 DE DEZEMBRO DE 2022
 GABRIELA LOLE THEODORO

Balanço Hídrico Climatológico

Trabalho de balanço hídrico

climatológico (BHC) desenvolvido
por acadêmica da Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro (UENF), como requisito
parcial para aprovação na disciplina
de Agrometeorologia.

Professor: José Carlos Mendonça

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

09 DE DEZEMBRO DE 2022

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 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………….…………….………………….….….…….…………….3
2. OBJETIVO……………………………………………….…….………………..……….…………….4
3. MÉTODOS……..………………………………….…………………………...…….……….……….5
4. RESULTADOS………………………………….…………….…………………..….………….…….8
4.1 Evapotranspiração Potencial (ETPp)……………………………………….…….….……..……8
4.2 P - ETPp………………………………………….……………….…………………………..……11
4.3 Negativa Acumulada (NA)…………….…………….…………………………………..….…….11
4.4 Armazenamento (ARM)……………….………….………….…………….………….………….11
4.5 Alteração (Alt)………………………….…..……………………………………………..……….13
4.6 Evapotranspiração Real (ETPr)………………………….……………………………,,……….13
4.7 Déficit hídrico (DEF)………………………….………………….……………………..…………13
4.8 Excedente hídrico (EXC)………………………….………………….…………..………………14
4.9 Tabela de resultados………………………….………………………….…..……………..…….14
4.10 Gráfico EXC e DEF…………………….…………….……….………….…….……………..…15
5. CONCLUSÃO……………………………………………………………..….…………..…………..16
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………….….………..………….17

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 1. INTRODUÇÃO

O Balanço Hídrico Climatológico é a contabilização da quantidade de entrada e saída de água

do solo, ou seja, é uma das formas de monitorar o armazenamento de água do solo. O BHC
pode ser classificado em BHC sequencial ou BCH normal. O normal é realizado com base nas
normais climatológicas, sendo uma ferramenta essencial para o planejamento estratégico
agrícola, a longo prazo, pois através dele pode-se realizar o zoneamento agroclimático da
região estudada e definição de estações secas e úmidas das regiões. Já o sequencial é
realizado com base nos dados sequenciais, podendo ser diários, semanais, quinzenais, entre
outros, servindo como uma ferramenta para tomadas de decisões a curto prazo. A deficiência
hídrica é uma das responsáveis pela queda de produção na agricultura. Portanto, avaliar e
estudar a época que tal deficiência acontece é importante para que o impacto na agricultura
seja minimizado. O balanço hídrico climatológico (BHC) criado por Thornthwaite e Mather
(1955) foi desenvolvido para determinar o regime hídrico de um local, sem necessidade de
medidas diretas das condições do solo. Ele permite avaliar a quantidade de água no solo que
pode estar disponível às plantas, além de indicar períodos muito úmidos ou secos, dentro de
um determinado espaço de tempo.

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 2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é estimar o Balanço Hídrico Climatológico proposto por

Thornthwaite e Mather (1955), para a estação do município de Capinópolis - MG. Para isso
foram utilizados, como base para os cálculos, os dados da Precipitação acumulada mensal e
anual (mm) e Temperatura média compensada mensal e anual (°C), das Normais
Climatológicas do período de 1991-2020, encontrados no site do INMET.

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 3. MÉTODOS

Para realização do Balanço Hídrico Climatológico (BHC) deve-se baixar os dados de

Temperatura (°C), Precipitação (mm) e encontrar a latitude da estação no site do INMET.
Através desses dados consegue-se calcular a Evapotranspiração Potencial (mm) por meio das
seguintes fórmulas:

a = 67,5 × 10-8 × I³ - 7,71 × 10-6 × I² + 0,01791 × I + 0,492

Onde:
ETP = Evapotranspiração Potencial (mm/mês)
Fc = Fator de correção em função da latitude e mês do ano
T = temperatura média do mês (°C)
a = parâmetro que depende da região
I = índice anual de calor, correspondente a soma de doze índices mensais
t = temperatura média mensal (°C)

O fator de correção (Fc) pode ser obtido para cada mês de acordo com a latitude da Estação
representada na tabela de fator de correção f (tabela 1). O Fc serve para corrigir os valores de
ETp de acordo com o mês e localização, para que seja feita a correção de acordo com o
fotoperíodo diário e quantidade de dias do mês.

Tabela 1. Fator de correção f do método de Thornthwaite (UNESCO, 1982)

A Latitude da estação de Capinópolis - MG encontrada foi -18,68, ou seja 18,68 S. Assim,

utilizou-se latitude 20 S, por maior aproximação à latitude 18,68 S, para realização dos
cálculos.

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Após realizar os cálculos da Evapotranspiração Potencial (ETp) de cada mês, foi realizado o
cálculo de saídas - entradas. As principais entradas de água no sistema solo-planta-atmosfera
são O, Ri, DLi e AC, enquanto as principais saídas são ETP, Ro, DLo, DP. Sabendo disso, para
se calcular o ΔARM deve-se diminuir a soma de todas as entradas pela soma de todas as
saídas. Porém, considerando que Ro e Ri se anulam, assim como o DLi e o DLo, e ainda que
O, AC e DP são desprezíveis, pois essas, na maioria das vezes, não possuem alta relevância
nos níveis de água disponível para a planta, teríamos a seguinte equação simplificada:

ΔARM = P - ETp

Onde:
P = precipitação (mm)
ETp = Evapotranspiração Potencial (mm)

Determinando assim a variação de disponibilidade de água do solo.

Através dos resultados desse cálculo podemos obter a Negativa Acumulada (NA), essa deve
ser registrada a partir do primeiro mês onde P-ETp < 0, sendo assim, utilizaremos os seguintes
critérios:

● Se (P-ETo) < 0 Calcula-se o NAc, ou seja, os valores de (P-ETo) negativos, e

posteriormente se calcula o valor do ARM com:
ARM = CAD × exp(NAc/CAD)

● Se (P-ETo) ≥ 0 Calcula-se primeiro o ARM e, posteriormente, calcula-se o Nac,

NAc = CAD × Log (ARM/CAD);
ARM = ARM anterior + (P-ETo);

Para sabermos quanto o solo comporta de água e quanto a planta precisa de fato precisamos
conhecer a capacidade de água disponível (CAD) desse solo, e assim, podemos determinar a
quantidade de água armazenada por ele. Para o presente cálculo do BHC a CAD foi
determinada de acordo com a tabela de valores de CAD (tabela 2), adotando-se o valor de
100mm, visto que as culturas perenes abrangem mais de 90% das culturas.

Tabela 2. Valores de CAD de acordo com as culturas.

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Logo após, calcula-se a Alteração (Alt) por meio da expressão:

ALT = mês atual - mês anterior

Quando ALT > 0 reposição, enquanto quando ALT < 0 retirada de água do solo.

Em seguida, foi determinada a ETr (Evapotranspiração Real) por meio das seguintes fórmulas:
• Se (P-ETo) < 0 ETR = P + |ALT|
• Se (P-ETo) ≥ 0 ETR = ETo

Após isso, deve ser realizada a determinação da DEF (Déficit hídrico), que nos indica o quanto
o sistema solo-planta deixou de evapotranspirar, dada pela seguinte fórmula:

DEF = ETp - ETr

Em seguida, foi realizada a determinação do EXC (Excedente hídrico), que corresponde a água
que não pode ser retida e drena em profundidade = água gravitacional, dada por:

• Se ARM < CAD EXC = 0

• Se ARM = CAD EXC = (P-ETp) - ALT

Por último foi montada a tabela completa dos resultados do BHC (tabela 3), e o Gráfico de
excedente e déficit hídrico (Gráfico 1).

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4.8 Excedente hídrico (EXC)

4.9 Tabelas de Resultados

Tabela 3. BHC de Capinópolis - MG, segundo Thornthwaite e Mather (CAD=100mm)

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4.10 Gráfico de Excedente (EXC) e Déficit Hídrico (DEF)

Gráfico 1. EXC e DEF Hídrico de janeiro a dezembro.

(Representação em mm)

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 5. CONCLUSÃO

Os resultados mostraram que existe deficiência hídrica em praticamente todos os meses do

ano, sendo que o período de excedente hídrico ocorre apenas no mês de janeiro. Enquanto de
fevereiro a março é onde ocorre menor déficit hídrico, seguido de um aumento. O BHC do local
evidencia a necessidade de irrigação durante os meses de deficiência hídrica.

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 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, A. R.; ANGELOCCI, L. R.; SENTELHAS, P. C. Agrometeorologia (Fundamentos e

Aplicações Práticas). Guaíba: Agropeciária, 478p. 2002.

THORNTHWAITE, C. W.; MATHER, J. R. The water balance. Centerton, NJ: Drexel Institute of
Technology - Laboratory of Climatology, 1955. 104p. (Publications in Climatology, vol. VIII, n.1).

SANTOS, G. O.; HERNANDEZ, F. B. T.; ROSSETTI, J. C. Balanço hídrico como ferramenta ao

planejamento agropecuário da região de Marinópolis, noroeste do Estado de São Paulo. In:
WORKSHOP INTERNACIONAL DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA IRRIGAÇÃO, 3,
Fortaleza. Anais... 2010. (CD-ROM).

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