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02/06/2010
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO
SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA, URBANISMO E HABITAÇÃO

LEI COMPLEMENTAR Nº 05/2010.

EMENTA: APROVA O CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE SÃO


GONÇALO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A Prefeita de São Gonçalo, no uso de suas atribuições, faz saber que a


Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei Complementar:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DA FINALIDADE

Art. 1º Este Código de Edificações estabelece diretrizes e procedimentos


administrativos a serem obedecidos no projeto, licenciamento, fiscalização,
execução e preservação de toda e qualquer obra de construção, modificação
ou demolição de edificações na área do Município de São Gonçalo.

Art.2º O presente Código tem as seguintes finalidades:

I - regular a atividade edilícia;

II - atribuir direitos e responsabilidades do Município, do proprietário ou


possuidor de imóvel, e do profissional, atuantes na atividade edilícia;

III - estabelecer documentos e instituir mecanismos destinados ao


controle da atividade edilícia;

IV - estabelecer diretrizes básicas de conforto, higiene, salubridade e


segurança a serem atendidas nas obras e edificações;

V - definir critérios a serem atendidos na preservação, manutenção e


intervenção em edificações existentes;

VI - estabelecer penalidades quando da inobservância dos preceitos


desta Lei Complementar.

Art. 3º Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:

I - Anexo I – Habitação Unifamiliar e Coletiva – parâmetros mínimos para


compartimentos ou ambientes;

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II - Anexo II - Habitação Coletiva e Outros Usos – parâmetros mínimos para


áreas comuns;

III - Anexo III - Edifícios Comerciais, Industriais e de Uso Misto – parâmetros


mínimos para áreas comuns;

CAPÍTULO II

DAS CONCEITUAÇÕES

Art. 4º Na aplicação desta Lei Complementar e sem prejuízo dos


dispositivos constantes na Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município de
São Gonçalo, são adotadas as seguintes definições:

I – acessibilidade: conjunto de alternativas de acesso que possibilitem a


utilização, com segurança e autonomia, das edificações; dos espaços,
equipamentos e mobiliários urbanos; dos transportes; e dos sistemas e meios
de comunicação por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida;

II – advertência: comunicação de irregularidades verificadas em obra ou


edificação, em que se estabelece prazo para a devida correção;

III – ático: parte do volume superior de uma edificação, destinada a


abrigar casa de máquinas, piso técnico de elevadores, caixas d'água e
circulação vertical.

IV - altura máxima da edificação: medida em metros entre o ponto


definido como cota de soleira e o ponto mais alto da edificação;

V – apreensão: apropriação, pelo Poder Público, de materiais e


equipamentos provenientes de obra ou serviço irregular ou que constitua prova
material de irregularidade;

VI - aprovação de projeto: ato administrativo que atesta o atendimento


ao estabelecido nesta Lei Complementar, na sua regulamentação e na
legislação de uso e ocupação do solo, após exame completo do projeto
arquitetônico, para posterior licenciamento e obtenção de certificados de
conclusão;

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VII - área pública: área destinada a sistemas de circulação de veículos e


pedestres, a espaços livres de uso público e a implantação de equipamentos
urbanos e comunitários;

VIII – autenticação: ato administrativo que reconhece como verdadeiras


e idênticas as cópias de projeto arquitetônico anteriormente aprovado ou
visado, mediante exame comparativo com a cópia arquivada;

IX - auto de infração: ato administrativo que dá ciência ao infrator da


disposição legal infringida e da penalidade aplicada, no qual constam os
elementos para tipificação dos fatos;

X – afastamento: distância entre o limite externo da projeção da


construção até o alinhamento, às divisas do lote, ao eixo da via pública ou a
outra referência determinada em lei, descontados os beirais e o balanço frontal
permitidos;

XI – balanço: avanço, a partir do limite da fachada da edificação sobre


qualquer afastamento, que não possui apoio;

XII - beiral ou beirado: prolongamento do telhado que sobressai das


paredes externas da edificação;

XIII - canteiro de obras: área destinada a instalações temporárias e a


serviços necessários à execução e ao desenvolvimento de obras;

XIV - certificados de conclusão: os documentos oficiais abaixo


relacionados que atestam a conclusão de obras:

a) carta de habite-se: documento expedido nos casos de obra inicial e


obra de modificação com acréscimo ou decréscimo de área, executadas de
acordo com os projetos aprovados ou visados, que pode ser parcial, total ou
em separado;

b) atestado de conclusão: documento expedido nos demais casos não


abrangidos pela carta de habite-se, mas cuja obra tenha sido objeto de
licenciamento;

XV - coeficiente de aproveitamento: índice previsto na legislação de uso


e ocupação do solo que determina a relação entre a área máxima de
construção e a área do terreno onde se situa;

XVI - consulta prévia: análise técnica preliminar do projeto arquitetônico


solicitada anteriormente à aprovação do projeto ou ao visto;

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XVII - cota de coroamento: indicação ou registro numérico, fornecido


pela Prefeitura Municipal correspondente à altura máxima da edificação;

XVIII - cota de soleira: indicação ou registro numérico, fornecido pela


Prefeitura Municipal, correspondente ao nível do acesso de pessoas à
edificação;

XIX - demolição - derrubada parcial ou total de construção;

XX - edificação transitória: aquela de caráter não permanente, passível


de montagem, desmontagem e transporte;

XXI - edificação temporária: construção transitória não residencial


licenciada por tempo determinado que utilize materiais construtivos adequados
à finalidade proposta, os quais não caracterizam materiais definitivos e são de
fácil remoção como estandes de vendas, parques de exposições, parques de
diversões, circos e eventos;

XXII – edícula: pequena edificação com até 30m² (trinta metros


quadrados) de área construída e separada da edificação principal;

XXIII – embargo: ato administrativo de interrupção na execução de uma


obra que está em desacordo com a legislação vigente, e que pode se dar de
forma parcial ou total;

XXIV – estacionamento: local descoberto destinado àguarda de veículos;

XXV – forro: designação para o material de acabamento dos tetos dos


compartimentos;

XXVI – garagem: local coberto da edificação onde são estacionados ou


guardados veículos;

XXVII – guarita: edificação destinada a abrigo da guarda ou da


vigilância;

XXVIII – galeria: espaço, provido ou não de guardacorpo, destinado à


circulação de pedestres, situado na parte externa de uma edificação, sob o
pavimento superior;

IXXX - guarda-corpo: estrutura de proteção vertical,maciça ou não, que


serve de anteparo contra queda em escadas, varandas, balcões, rampas,
terraços, sacadas e galerias;

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XXX - habitação coletiva: duas ou mais unidades domiciliares na mesma


edificação, com acesso e instalações comuns a todas as unidades;

XXXI - habitação unifamiliar: unidade domiciliar em edificação destinada


a uma única habitação;

XXXII – hotel: edificação usada para serviços de hospedagem cujos


compartimentos destinados a alojamentos são, exclusivamente, apartamentos
(dormitório com banheiro privativo) ou suítes;

XXXIII - hotel residência: hotel ou assemelhado, com equipamentos de


cozinha nos apartamentos, independentemente da razão social ou nome-
fantasia utilizado (apart-hotel, flat-service, residence-service e outros);

XXXIV - instalação comercial: projeto de decoração do estabelecimento


comercial no qual são indicados o mobiliário e os equipamentos, sem alteração
do projeto arquitetônico;

XXXV – interdição: determinação administrativa de impedimento de


acesso a obra ou a edificação que apresente descumprimento de embargo ou
situação de risco iminente, que pode se dar de forma parcial ou total;

XXXVI – licenciamento: expedição de documentos oficiais que autorizam


a execução de obras ou serviços;

XXXVII - logradouro público: qualquer espaço livre, inalienável,


reconhecido pela municipalidade e destinado ao uso comum da população, ao
trânsito de veículos e desfrute das pessoas (avenidas, ruas, becos, circulações,
praças, jardins públicos);

XXXVIII – lote: unidade imobiliária destinada à edificação, resultante de


loteamento ou desmembramento, definida por limites geométricos e com pelo
menos uma das divisas voltadas para uma área pública ou para logradouro
público;

XXXIX – marquise: cobertura, em balanço ou atirantada, na parte


externa de uma edificação, destinada à proteção da fachada ou a abrigo de
pedestres;

XL – mezanino: piso intermediário entre o piso e o teto de um


compartimento, subdividindo-o parcialmente;

XLI - muro de arrimo: muro destinado a suportar desnível de terreno


superior a 1,00m (um metro);

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XLII – multa: pena pecuniária;

XLIII – passagem: circulação, coberta ou não, com pelo menos um de


seus lados aberto;

XLIV – passeio: parte da via de circulação destinada ao trânsito de


pedestres;

XLV – patamar: piso situado entre dois lanços sucessivos de uma


mesma escada;

XLVI – pavimento: parte de uma edificação situada entre a face superior


de um piso acabado e a face superior do piso seguinte, ou entre a face superior
de um piso acabado e o teto acima dele, se não houver outro piso acima;
conjunto de dependências situadas no mesmo nível, compreendidas entre dois
pisos consecutivos;

XLVII - pavimento em pilotis ou pilotis: conjunto de colunas de


sustentação do prédio que deixa livre o pavimento, o qual deverá estar
predominantemente aberto em seu perímetro e que não poderá estar
localizado acima do terceiro pavimento da edificação, deduzidos, para este
efeito, os subsolos, sobrelojas ou mezaninos;

XLVIII - parâmetros urbanísticos: índices referentes ao uso e à ocupação


do solo;

IL - pé-direito: medida vertical de um andar de edifício do piso ao teto


acabado ou do piso ao forro de compartimento ou ambiente;

L - perfil do terreno: situação topográfica existente, objeto do


levantamento físico que serviu de base para a elaboração do projeto e/ou
constatação da realidade;

LI - perfil original do terreno: aquele constante de levantamentos


aerofotogramétricos anteriores ou do loteamento aprovado, refletindo a
realidade topográfica existente antes de qualquer movimento de terra no
imóvel;

LII - pérgula: construção destinada ou não a suportar vegetação, com


elementos horizontais (vigas) ou inclinados superiores, distanciados
regularmente, sem constituir cobertura;

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LIII - platibanda: mureta ou balaustrada construída no coroamento de


uma fachada, para seu arremate, e, ao mesmo tempo, para ocultar a vista do
telhado ou constituir guarda de terraço;

LIV – piso: plano ou superfície de acabamento inferior de um pavimento;

LV - poço técnico: espaço utilizado para passagem de tubulações e


instalações em uma edificação;

LVI - pólo gerador de tráfego: constituído por edificação ou edificações


cujo porte ou oferta de bens ou serviços geram interferências no tráfego do
entorno e grande demanda por vagas em estacionamentos ou garagens;

LVII - prisma de aeração e iluminação: espaço vertical livre situado no


interior ou no perímetro de uma edificação, utilizado para aerar e iluminar os
compartimentos ou ambientes para ele voltados;

LVIII - prisma de aeração: espaço vertical livre situado no interior ou no


perímetro da edificação, utilizado somente para aerar os compartimentos ou
ambientes para ele voltados;

LIX – rampa: elemento de composição arquitetônica cuja função é


possibilitar a circulação vertical entre desníveis, através de um plano inclinado;

LX – reforma: obra que implica em uma ou mais das seguintes


modificações, com ou sem alteração de uso: área edificada, estrutura,
compartimentação, volumetria;

LXI - relação de pendência: comunicação ao interessado, na qual estão


relacionadas às falhas em relação à legislação vigente, detectadas por ocasião
do exame da solicitação apresentada;

LXII – reparo: obra ou serviços destinados à manutenção de um edifício,


sem implicar em mudança de uso, acréscimo ou supressão de área, alteração
da estrutura, da compartimentação, da volumetria, e dos espaços destinados a
circulação, iluminação e ventilação;

LXIII - restauro ou restauração: recuperação de edificação tombada ou


preservada, de modo a restituir-lhe as suas características anteriores;

LXIV – sobreloja: pavimento intermediário situado entre o pavimento


térreo e o primeiro andar de uma edificação;

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LXV – sótão: espaço utilizável sob a cobertura, com pé direito variável,


não sendo considerado pavimento da edificação para efeito de número de
pavimentos em residências.

LXVI – subsolo: pavimento situado abaixo do nível natural do terreno, ou


de outra referência de nível definida em lei;

LXVII - taxa de construção máxima, mínima ou obrigatória: percentual


previsto na legislação de uso e ocupação do solo que determina a área de
construção de edificação;

LXVIII - taxa de ocupação máxima, mínima ou obrigatória: percentual


previsto na legislação de uso e ocupação do solo que determina a superfície do
lote ocupada pela projeção horizontal da edificação ao nível do solo;

LXIX – toldo: cobertura leve, fixada nas paredes, sem apoio de pilares
de qualquer natureza, colocada com o objetivo de proteger as aberturas contra
intempéries;

LXX – varanda: espaço sob cobertura situada no perímetro de uma


edificação, que se comunica com seu interior, provido ou não de guarda-corpo;

LXXI - visto de projeto: ato administrativo que atesta que o exame do


projeto arquitetônico de residência unifamiliar se limita à verificação dos
parâmetros urbanísticos estabelecidos na legislação de uso e ocupação do
solo quanto ao uso, taxa de ocupação, taxa de construção ou coeficiente de
aproveitamento, afastamentos mínimos obrigatórios, número de pavimentos e
altura máxima, entre outros, para posterior licenciamento e obtenção do
certificado de conclusão;

LXXII – vistoria: diligência efetuada pela Prefeitura Municipal, tendo por


fim verificar as condições de regularidade de uma construção ou obra.

CAPÍTULO III

DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

SEÇÃO I

Do Município

Art. 5º Cabe ao Município de São Gonçalo, por meio de suas unidades


orgânicas competentes, aprovar ou visar projetos de arquitetura, licenciar e
fiscalizar a execução de obras e a manutenção de edificações e expedir
certificado de conclusão, garantida a observância das disposições desta Lei
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Complementar, de sua regulamentação, da lei de parcelamento do solo e da


legislação de uso e ocupação do solo, em sua circunscrição administrativa.

Art. 6º No exercício da vigilância do território de sua circunscrição


administrativa tem o responsável pela fiscalização poder de polícia para
vistoriar, fiscalizar, notificar, autuar, embargar, interditar e demolir obras de que
trata este código, e apreender materiais, equipamentos, documentos,
ferramentas e quaisquer meios de produção utilizados em construções
irregulares, ou que constituam prova material de irregularidade, obedecidos aos
trâmites estabelecidos nesta Lei Complementar.

SEÇÃO II

Do Proprietário e do Possuidor

Art. 7º Para os fins desta Lei Complementar e observado o interesse


público, terá os mesmos direitos e obrigações de proprietário todo aquele que,
mediante contrato com a administração pública, ou por ela formalmente
reconhecido, possuir de fato o exercício, pleno ou não, a justo título e de boa-
fé, de alguns dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade.

Art. 8º O proprietário ou o possuidor é responsável pela manutenção das


condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, bem como pela
observância das prescrições deste Código e legislação correlata, sendo
assegurada a disponibilização de todas as informações cadastradas na
Prefeitura Municipal de São Gonçalo relativa à propriedade.

Parágrafo Único. Quando houver necessidade de apresentação do título de


propriedade, ou prova da condição de possuidor, o proprietário ou, o possuidor,
respectivamente, responderão civil e criminalmente pela sua veracidade, não
implicando sua aceitação por parte da Prefeitura Municipalem reconhecimento
do direito de propriedade;

Art. 9º São deveres do proprietário, do possuidor do imóvel ou, em


relação às partes comuns, do síndico:

I - providenciar para que as obras só ocorram sob a responsabilidade de


profissional habilitado e depois de licenciadas pela Prefeitura Municipal,
respeitadas as determinações desta Lei Complementar;

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II - responder, na falta de responsável técnico, por todas as


conseqüências, diretas ou indiretas, advindas das modificações efetuadas nas
edificações que constituam patrimônio histórico sócio-cultural e no meio
ambiente natural na zona de influência da obra, em especial, cortes, aterros,
rebaixamento do lençol freático, erosão, etc.

III - oferecer apoio aos atos necessários às vistorias e fiscalização das


obras e apresentar documentação de ordem técnica referente ao projeto,
sempre que solicitado;

IV - manter o imóvel em conformidade com a legislação municipal,


devendo promover consulta prévia a profissional legalmente habilitado, para
qualquer alteração construtiva na edificação, inclusive tomar as providências no
sentido de manter os projetos da edificação atualizados e aprovados;

V - utilizar a edificação conforme Manual de Uso e Manutenção e


projetos fornecidos pelo executante e responsável técnico pelo projeto e obra;

VI - manter permanentemente em bom estado de conservação as áreas


de uso comum das edificações e as áreas públicas sob sua responsabilidade,
tais como passeio, arborização, posteamento e demais equipamentos urbanos;

VII - promover a manutenção preventiva da edificação e de seus


quipamentos.

VIII - responsabilizar-se pela conservação do imóvel.

Art. 10º É dever do proprietário, usuário ou síndico comunicar à


coordenação do Sistema de Defesa Civil e à Prefeitura Municipal as
ocorrências que apresentem situação de risco iminente, que comprometam a
segurança e a saúde dos usuários e de terceiros ou impliquem dano ao
patrimônio público ou particular, bem como adotar providências para saná-las.

Art. 11. Ficam excluídos da responsabilidade do proprietário,usuário ou


síndico os danos provocados por terceirose as ocorrências resultantes de falha
técnica do profissional habilitado por ocasião da execução da obra, dentro
doprazo de vigência legal de sua responsabilidade técnica.

SEÇÃO III

Do Profissional

Art. 12. São considerados legalmente habilitados para projetar, construir,


calcular, orientar e responsabilizar-se tecnicamente por edificações, os

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profissionais que satisfaçam as exigências da legislação atinente ao exercício


das profissões de engenheiro e de arquiteto.

Art. 13. É obrigatória a assistência de profissional habilitado na


elaboração dos projetos, na execução e na implantação de obras, sempre que
assim o exigir a legislação federal relativa ao exercício profissional.

Art. 14. O responsável técnico pela obra responde por sua fiel execução,
de acordo com o projeto de arquitetura aprovado ou visado.

Art. 15. Fica o responsável técnico da obra, obrigado a nela manter


cópia do alvará de construção ou licença e do projeto de arquitetura aprovado
ou visado, em local de fácil acesso, para fiscalização.

Art. 16. São deveres do responsável técnico da obra:

a) comunicar ao órgão de coordenação do Sistema de Defesa Civil da


Prefeitura Municipal as ocorrências que comprometam a segurança dos
operários e de terceiros, a estabilidade da edificação, a correta execução de
componentes construtivos e as que apresentem situação de risco iminente ou
impliquem dano ao patrimônio público e particular;

b) comunicar à Prefeitura Municipal qualquer paralisação da obra que


ultrapasse trinta dias;

c) adotar medidas de segurança para resguardar a integridade das redes


de infra-estrutura urbana e das propriedades públicas e privadas;

d) zelar, no âmbito de suas atribuições, pela observância das


disposições desta Lei Complementar e da legislação de uso e ocupação do
solo, bem como da lei de parcelamento do solo.

Parágrafo único. A comunicação ao órgão de coordenação do Sistema de


Defesa Civil do Município de São Gonçalo não exime o responsável técnico da
obra de adotar providências para sanar as ocorrências definidas neste artigo.

Art. 17. Fica facultada a substituição ou a transferência da


responsabilidade técnica da obra, mediante a apresentação da anotação de
responsabilidade técnica - ART – do novo profissional, registrada no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro
– CREA/RJ.
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Parágrafo único. As etapas da obra executadas, consignadas em diário de


obra ou em relatório correspondente, permanecem sob a responsabilidade do
profissional anterior, cabendo ao substituto a responsabilidade pelas demais
etapas a executar.

Art. 18. São de responsabilidade dos profissionais envolvidos com a


obra as informações técnicas fornecidas à Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO IV

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

SEÇÃO I

Das Disposições Gerais

Art. 19. Todas as obras de construção, reconstrução, ampliação,


reforma, trasladação e demolição de qualquer edificação, ou alteração de uso,
e ainda as obras de movimento de terra, como cortes, escavações e aterros,
deverão ser precedidas dos seguintes atos administrativos:

I - aprovação de projeto;

II - licenciamento da obra.

§1º A aprovação e licenciamento de que tratam os incisos I e II poderão


ser requeridos simultaneamente, devendo, neste caso, os projetos estarem de
acordo com todas as exigências deste código.

§2º Incluem-se neste artigo todas as obras do Poder Público de todas as


esferas de governo, tendo o seu exame preferência sobre quaisquer pedidos.

Art. 20. São objeto de visto apenas os projetos de arquitetura de


habitações unifamiliares, habitações coletivas, edifícios comerciais, industriais
e de uso misto;

Parágrafo único. Será firmado pelo proprietário e pelo autor do projeto, em


modelo padrão fornecido pela Prefeitura Municipal, declaração conjunta que
assegure que as disposições referentes a dimensões, iluminação, ventilação,

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conforto, segurança e salubridade são de responsabilidade do autor do projeto


e de conhecimento do proprietário.

Art. 21. O requerimento do interessado à Prefeitura Municipal fornecerá,


através de consulta de viabilidade, informações sobre o zoneamento e os
indicadores urbanísticos 4 básicos vigentes relativos ao imóvel onde pretendem
construir.

Art. 22. A verificação do alinhamento e, quando for o caso, de cota de


soleira será solicitada pelo interessado à Prefeitura Municipal, após a
conclusão da marcação da obra.

Parágrafo único. Realizada a verificação, fica facultado ao interessado


requerer a certidão de alinhamento e de cota de soleira.

Art. 23. Procedimentos administrativos especiais e prazos diferenciados


podem ser disciplinados pelo Chefe do Poder Executivo nos seguintes casos:

I - habitações de interesse social e regularização de assentamentos


informais;

II - projetos, serviços ou obras declarados de interesse público.

Art. 24. O projeto de arquitetura aprovado ou visado, o licenciamento e


os certificados de conclusão podem ser, a qualquer tempo, mediante ato da
autoridade concedente:

I - revogados, atendendo o relevante interesse público, com base na


legislação vigente, ouvidos os órgãos técnicos competentes;

II - cassados, em caso de desvirtuamento da finalidade do documento


concedido;

III - anulados, em caso de comprovação de ilegalidade ou irregularidade


na documentação apresentada ou expedida.

SEÇÃO II

Dos Prazos para Despachos e Retirada de Documentos

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Art. 25 A Prefeitura Municipal terá um prazo de quarenta e cinco para


atender as solicitações e requerimentos encaminhados conforme dispõe esta
Lei Complementar, desde que não dependam de órgãos de outras esferas
administrativas.

§1º A Prefeitura Municipal comunicará ao interessado sobre a tramitação


de solicitações e requerimentos encaminhados para consulta aos demais
órgãos da administração pública.

§2º A contagem do prazo indicado neste artigo será reiniciada a partir da


data do retorno da solicitação ou requerimento à Prefeitura Municipal.

Art. 26. As solicitações constantes do mesmo formulário de requerimento


obedecerão aos prazos definidos nesta Lei Complementar.

Parágrafo Único. Os prazos a que se refere este artigo serão contados


de forma subseqüente.

Art. 27. Os processos arquivados ou em tramitação na Prefeitura


Municipal podem ser consultados ou copiados pelo interessado, através de
requerimento.

Art. 28. As plantas do processo substituídas devido a incorreções e


aquelas que são objeto de pré-análise serão devolvidas ao interessado.

Art. 29. Os documentos e plantas do processo que não forem alterados


em seus dados poderão ser utilizados para novas solicitações e requerimentos.

Art. 30. Para o atendimento das solicitações abaixo relacionadas serão


observados, pela Prefeitura Municipal, os prazos a seguir:

I - pré-análise de projeto de arquitetura - oito dias;

II - visto de projeto de arquitetura - seis dias;

III - aprovação de projeto de arquitetura - oito dias;

IV - demarcação do lote, quando executada pela Prefeitura Municipal -


cinco dias;

V - Alvará de Construção, após a demarcação do lote - três dias;

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VI - vistoria do imóvel para expedição da Carta de Habite- se após a


verificação dos parâmetros pertinentes pelo serviço de topografia - cinco dias;

VII - Carta de Habite-se após a vistoria do imóvel – cinco dias.

§ 1º Os prazos de que trata este artigo serão aplicados quando não


houver exigências.

§ 2º Quando houver exigências, a contagem do prazo será reiniciada a


partir da data do seu cumprimento.

Art. 31. A relação de pendências será atendida no prazo máximo de


trinta dias contados a partir da ciência do interessado, sob pena de
arquivamento.

Parágrafo Único. O arquivamento a que se refere este artigo será pelo período
máximo de noventa dias, findo o qual, a solicitação que deu origem ao
comunicado de exigência perderá a validade e o processo será encerrado.

Art. 32. Os recursos apresentados pelo interessado, referentes a pedido


de reativação de processo e outros, serão examinados pela Prefeitura
Municipal.

SEÇÃO III

Da Aprovação ou Visto de Projeto

Art. 33. O projeto de arquitetura referente à obra inicial ou modificação


em áreas urbanas ou rurais, públicas ou privadas, será submetido a exame na
Prefeitura Municipal para visto ou aprovação.

Art. 34. São dispensadas de apresentação de projeto e de licenciamento


as seguintes obras localizadas dentro dos limites do lote:

I - muro, exceto de arrimo;

II - guarita;

III - abrigo para animais domésticos com área máxima de construção de


seis metros quadrados;
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IV - instalação comercial constituída exclusivamente de equipamentos e


decoração de interiores, desde que não tenham alteração de fachada ou da
área edificada;

V - canteiro de obras que não ocupe área pública;

VI - obra de urbanização no interior de lotes, respeitados parâmetros de


uso e ocupação do solo;

VII - pintura e revestimentos internos e externos, até dois pavimentos;

VIII - substituição de elementos decorativos e esquadrias;

IX - grades de proteção em desníveis;

X - substituição de telhas e elementos de suporte de cobertura;

XI - reparos e substituição em instalações prediais.

§1º As obras referidas nos incisos VIII, IX, X e XI são aquelas que:

I - não alterem ou requeiram estrutura de concreto armado, de metal ou


de madeira, treliças ou vigas;

II - não estejam localizadas em fachadas situadas em limites de lotes e


projeções;

III - não acarretem acréscimo de área construída;

IV - não prejudiquem a aeração e a iluminação e outros requisitos


técnicos;

V – não envolvam elevadores e equipamentos mecânicos de transporte.

§2º A dispensa de apresentação de projeto e de licenciamento não desobriga


do cumprimento da legislação aplicável e das normas técnicas brasileiras.

SUBSEÇÃO I

Da Pré-Análise

Art. 35. É facultada ao interessado a apresentação de projeto de


arquitetura para exame em formato de “préanálise”, com 02 (dois) jogos de
cópias do projeto de arquitetura ou estudo preliminar, dispensada a

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apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de autoria de


projeto.

Parágrafo único. Do projeto de arquitetura ou do estudo preliminar de que


trata este artigo constarão elementos suficientes para a análise técnica, o nome
e assinatura do autor do projeto.

SUBSEÇÃO II

Da Aprovação de Projetos

Art. 36. O projeto de arquitetura referente a obra inicial ou modificação


em área urbana, pública ou privada, será submetido a exame na Prefeitura
Municipal para visto ou aprovação.

§1º O projeto de arquitetura, visado ou aprovado, tem validade por


quatro anos, contados a partir da data do visto ou da aprovação.

§2º A solicitação de aprovação ou de visto de projeto pode ser requerida


concomitantemente à do alvará de construção.

Art. 37. A solicitação para aprovação ou visto do projeto de arquitetura


de obra inicial, de demolição, de modificação e de substituição de projeto em
zonas urbanas definidas na legislação de uso e ocupação do solo dar-se-á
mediante a apresentação dos documentos definidos nesta Lei Complementar.

Art. 38. Os projetos deverão conter:

I - plantas cotadas dos pavimentos a construir, reconstruir, modificar ou


acrescer, indicando: a finalidade de cada compartimento, suas dimensões e
áreas; as dimensões de portas e janelas; os traços de cortes longitudinais e
transversais; espessuras de paredes e dimensões externas totais da obra;

II - as penas de canetas e pranchas devem ser usadas de acordo com


as normas da ABNT;

III - elevação das fachadas para logradouros;

IV - cortes transversais e longitudinais, devidamente cotados, em que


constem principalmente: altura dos compartimentos; níveis dos pavimentos;
alturas das janelas e peitoris; a cota de soleira e demais elementos importantes
da obra;

V - planta de situação indicando:


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a) posição do lote em relação à quadra;

b) a numeração do lote a ser construído e dos lotes vizinhos;

c) a nomenclatura das vias lindeiras à quadra;

d) quadro de áreas.

VI - planta de locação, indicando:

a) dimensões das divisas do lote;

b) posição da obra em relação ao terreno;

c) indicação de afastamentos da edificação em relação

às divisas e outras edificações porventura existentes;

d) as cotas de nível da soleira e da edificação;

e) numeração do lote a ser construído e dos vizinhos,se houver;

f) indicação do coeficiente de aproveitamento;

g) nome do logradouro, se houver;

h) orientação magnética ou geográfica;

i) portão de entrada, muro, calçada e entrada de garagem;

j) coeficiente de aproveitamento;

l) cobertura indicando os caimentos dos telhados.

Art. 39. As escalas dos desenhos das plantas de que trata o artigo
anterior, em relação às dimensões naturais deverão ser:

I – plantas de pavimento, cortes e elevação de fachadas: escalas de


1/50 ou 1/75;

II – planta de situação: escalas 1/500, 1/750 ou 1/1000;

III – planta de locação e cobertura: escala 1/200;

IV – detalhes: escala 1/20.

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Parágrafo único. A utilização da escala não dispensa a indicação das cotas


que exprimem as dimensões dos compartimentos dos vãos, das alturas,
prevalecendo estes, quando em desacordo com as medidas tomadas em
escala do desenho.

Art. 40. As construções cuja estrutura seja em concreto armado,


metálicas ou ambas, não necessitarão ter seus cálculos estruturais aprovados
pela Prefeitura Municipal, porém deverão ser obrigatoriamente assistidos por
profissionais legalmente habilitados, sob pena de embargo e multa.

Art. 41. Todas as folhas dos projetos deverão ser assinadas pelo autor,
pelo responsável técnico e pelo proprietário.

Art. 42. Os projetos deverão ser apresentados em folhas de papel A4,


A3, A2, A1 ou A0.

Art. 43. Os projetos que não atenderem os requisitos mínimos exigidos


no presente código serão arquivados, ou devolvidos ao interessado, mediante
requerimento, após notificação.

Art. 44. A Prefeitura Municipal indeferirá o projeto de arquitetura quando


o partido arquitetônico for incompatível com o disposto na legislação de uso e
ocupação do solo.

Art. 45. Fica facultado ao interessado requerer a autenticação do projeto


de arquitetura aprovado ou visado, em número de cópias que se fizerem
necessárias, desde que as mesmas sejam idênticas às cópias arquivadas e
não possuam rasuras ou emendas.

Art. 46. Expirado o prazo de validade da aprovação ou visto do projeto


de arquitetura, este poderá ser revalidado desde que a legislação específica
não tenha sido alterada.

SUBSEÇÃO III

Do Cálculo de Áreas dos Projetos

Art. 47. Cabe ao interessado indicar as áreas dos projetos arquitetônicos


submetidos à aprovação ou visto, de acordo com os seguintes critérios:

I - a área total de construção será indicada no projeto arquitetônico e


conterá apenas duas casas decimais, sem arredondamento ou aproximação;

II - a área construída de cada pavimento será calculada considerada a


superfície coberta limitada pelo perímetro externo da edificação e excluídos:
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a) os poços de elevadores;

b) os prismas de aeração e iluminação ou só de aeração;

c) os poços técnicos;

d) os beirais de cobertura, com largura máxima de um metro e cinqüenta


centímetros;

III - a área de pavimento em pilotis situado em lote será igual à área do


pavimento imediatamente superior;

IV - as áreas fora dos limites de lotes, decorrentes de concessão de


direito real de uso, serão discriminadas em parcelas específicas.

Parágrafo Único. A área dos poços de elevadores será considerada, para


efeito de cálculo de área de projeto arquitetônico, em apenas um dos
pavimentos da edificação.

Art. 48. Para fins de cálculo de taxa máxima de construção ou de


coeficiente de aproveitamento permitidos para a edificação em legislação
específica, serão desconsiderados as seguintes obras e elementos
construtivos:

I - escadas, quando exclusivamente de emergência;

II - garagens em subsolos ou em outros pavimentos, exceto em edifícios-


garagem;

III - varandas decorrentes de concessão de direito real de uso;

IV - galerias;

V - marquises de construção obrigatória;

VI - marquises de construção não obrigatória, exclusivamente quando


em balanço;

VII - guaritas;

VIII - compartimentos destinados a abrigar centrais de ar condicionado,


subestações, grupos geradores, bombas, casas de máquinas e demais
instalações técnicas da edificação que façam parte da área comum;
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IX - piscinas descobertas;

X - quadras de esportes descobertas;

XI - áreas de serviço descobertas;

XII - caixas d’água elevadas ou enterradas, exceto castelos d’água;

XIII - molduras, elementos decorativos e jardineiras, com avanço


máximo de quarenta centímetros além dos limites das fachadas;

XIV - brises, com largura máxima correspondente a um metro, desde


que projetados exclusivamente para proteção solar;

XV - subsolos destinados a depósito.

SEÇÃO IV

Do Licenciamento

Art. 49. As obras de que trata esta Lei Complementar, em áreas urbanas
ou rurais, públicas ou privadas, só podem ser iniciadas após a obtenção de
licenciamento na respectiva Prefeitura Municipal.

§1º Obras iniciais, obras de modificação com acréscimo ou decréscimo


de área e obras de modificação sem acréscimo de área, com alteração
estrutural, são licenciadas mediante a expedição do alvará de construção.

§2º Obras de modificação sem acréscimo de área e sem alteração


estrutural são licenciadas automaticamente, por ocasião do visto ou da
aprovação do projeto de modificação, dispensada a expedição de novo alvará
de construção.

§3º Edificações temporárias, demolições, obras e canteiros de obras que


ocupem área pública são objeto de licença.

Art. 50. O alvará de construção tem validade de quatro anos, contados a


partir da data de sua expedição, podendo ser renovado por igual período.

Parágrafo Único. O alvará de construção tem validade imprescritível após a


conclusão das fundações necessárias à edificação licenciada.

Art. 51, compostos de duas ou mais edificações no mesmo lote, desde


que distintas, de funcionamento independente e que estejam em condições de
serem utilizadas isoladamente.

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Art. 52. O pedido de licenciamento será feito em requerimento firmado


pelo proprietário ou interessado, indicando sua qualificação e endereço, sendo
que, quando feito por procurador, deverá ser juntado o competente instrumento
de mandato.

Parágrafo Único. No requerimento serão especificadamente discriminados:

I - nome e endereço dos escritórios dos profissionais que assinam os


projetos, quando for obrigatória sua apresentação,

II - endereço, espécie e prazo da obra,

III - dados essenciais do título de propriedade.

SEÇÃO V

Do Certificado de Conclusão

Art. 53. Toda edificação, qualquer que seja sua destinação, depois de
concluída, obterá o respectivo certificado de conclusão na Prefeitura Municipal,
documento indispensável à utilização regular do imóvel, nos termos desta Lei
Complementar.

Parágrafo Único. Considera-se concluída a obra que estiver executada de


acordo com o projeto de arquitetura aprovado ou visado, devidamente
numerada e após terem sido retirados o canteiro de obras e os entulhos,
recuperada a área circundante e desocupada a área utilizada pelo canteiro de
obras.

Art. 54. O certificado de conclusão pode ser na forma de:

I - carta de habite-se, expedida para obras objeto de alvará de


construção;

II - atestado de conclusão, expedido para os demais casos.

Art. 55. A Carta de Habite-se em separado é concedida para cada uma


das edificações de um conjunto arquitetônico, desde que constituam unidades
autônomas, de funcionamento independente e estejam em condições de serem
utilizadas separadamente.

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Parágrafo único – A Carta de Habite-se só será expedida quando:

I – for integralmente observado o projeto ou peças gráficas aprovadas;

II – estiver adequadamente pavimentado todo o passeio adjacente ao


terreno edificado, se já houver meios-fios assentados;

III – estiver concluída a ligação do sistema de esgoto sanitário à rede do


logradouro ou, na falta desta, à adequada fossa séptica e ao sumidouro;

IV – estiver assegurado o correto escoamento das águas pluviais do


terreno edificado;

V – for apresentado certificado de perfeito funcionamento dos


elevadores, quando for o caso, expedido pela empresa montadora do
equipamento.

Art. 56. Os certificados de conclusão serão expedidos após a


apresentação da documentação pertinente, da vistoria do imóvel e da
verificação de inexistência de exigências.

Art. 57. Poderão ser aceitas, desde que observada a legislação vigente à
época do licenciamento inicial da obra, pequenas alterações que não
descaracterizem o projeto aprovado nem impliquem em divergência superior a
5% (cinco por cento) da área construída constantes do projeto aprovado desde
que não haja prejuízo dos recuos mínimos legais obrigatórios, e pagas as taxas
devidas pela área excedente, sem necessidade de substituição do projeto.

Art. 58. Não será expedido Habite-se parcial para as partes de obras
licenciadas quando:

I - não estiverem concluídas todas as fachadas da edificação;

II - o acesso à parte concluída não estiver em perfeita condição de uso;

III – for indispensável a utilização da parte concluída para acesso ao


restante das obras, ainda em construção ou por construir.

Art. 59. Constatada na análise a inobservância de qualquer dispositivo


desta Lei e da Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo, será
imediatamente invalidado o Alvará, sem direito à restituição da taxa de licença,
independentemente da aplicação das penalidades previstas nesta Lei.

Art. 60.Deverá ser requerido novo Alvará quando:

I - estiver prescrito o anterior;


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II - ocorrer substituição de projeto;

III – ocorrerem modificações de projeto com vistas à alteração da


atividade originalmente especificada.

Parágrafo Único – Qualquer pedido de modificação de projeto deverá ter a


anuência do responsável técnico, autor do projeto de arquitetura.

Art. 61. As ligações provisórias de água e luz para as obras só poderão


ser efetuadas pelas Concessionárias desses serviços à vista do Alvará de
Construção expedido pela Prefeitura.

Art. 62. A execução de toda e qualquer obra em edificação tombada ou


sobre terreno situado em área protegida por legislação específica só poderá
ser licenciada após anuência do Órgão Fiscalizador, observadas as
disposições da legislação pertinente.

SUBSEÇÃO I

Da Prescrição do Alvará

Art. 63. O Alvará prescreverá, independentemente de notificação ao


interessado, quando se completarem 18 (dezoito) meses de sua expedição,
sem que as obras sejam iniciadas, ou decorridos 2 (dois) anos, sem que as
obras estejam concluídas.

§ 1º – Para efeito do disposto neste artigo, o início da obra caracteriza-


se pela conclusão das fundações, definidas no projeto estrutural específico.

§ 2º – Tratando-se de um conjunto de edificações, considera-se iniciada


a obra quando concluídas as fundações de um dos blocos.

§ 3º – Cabe renovação do Alvará de Construção para obra iniciada e


não concluída nos prazos referidos “in caput” deste artigo, devendo o
requerente pagar as taxas de licença relativas às partes da obra ainda por
concluir.

TÍTULO II

DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I

PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DE OBRAS

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Art. 64. A execução de obras, incluindo os serviços preparatórios e


complementares, suas instalações e equipamentos, será procedida de forma a
obedecer ao projeto aprovado, à boa técnica, às normas técnicas e ao direito
de vizinhança, a fim de garantir a segurança dos trabalhadores, da
comunidade, das propriedades vizinhas e dos logradouros públicos,
observados em especial a legislação trabalhista pertinente.

§1º Durante a execução das obras será obrigatória a manutenção do


passeio desobstruído e em perfeitas condições, sendo vedada sua utilização,
ainda que temporária, como canteiro de obras ou para carga e descarga de
materiais de construção, salvo no interior dos tapumes que avançarem sobre o
logradouro.

§2º Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a


arborização da rua, a iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou
sinais de trânsito e outras instalações de interesse público.

§3º Nas obras situadas nas proximidades de hospitais, escolas, asilos e


estabelecimentos similares e nas vizinhanças de edificações residenciais é
proibido executar, antes das 7 (sete) horas e depois das 19 (dezenove) horas,
qualquer trabalho ou serviço que produza ruído.

CAPÍTULO II

Do Preparo do Terreno e Movimentação de Terra

Art. 65. Qualquer movimento de terra deverá ser executado com o


devido controle tecnológico, a fim de assegurar sua estabilidade, prevenir
erosões e garantir a segurança dos imóveis e logradouros limítrofes, bem como
não impedir ou alterar o curso natural de escoamento de águas pluviais e
fluviais ou não modificar a condição natural de dunas, praias, manguezais,
costões, lagoas e todas as demais áreas de preservação permanente.

§1º Os aterros e muros de arrimo que apresentarem junto às divisas,


altura total ou superior a 7,20m (sete metros e vinte centímetros), medidos a
partir do perfil original do terreno, ficarão condicionados, a partir desta altura, a
afastamento mínimo de 3,00m (três metros), no trecho em que ocorrer tal
situação.

§2º Nos afastamentos obrigatórios para logradouros públicos os aterros


e muros obedecerão às limitações contidas nas leis de zoneamento, uso e
ocupação do solo vigente.
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§3º A execução de escavações, cortes ou aterros com mais de 3,00m


(três metros) de altura ou profundidade, em relação ao perfil natural do terreno,
deverá obrigatoriamente ser precedida de estudo de viabilidade técnica, com
vistas à verificação das condições de segurança e de preservação ambiental e
paisagística.

§4º Serão obrigatórios muros de arrimo sempre que os cortes ou aterros


ocorrerem junto às divisas do terreno ou no alinhamento.

Art. 66. O proprietário ou o responsável técnico deverá adotar as


medidas necessárias para garantir a segurança dos operários, da comunidade
e das propriedades vizinhas, e ainda obedecer ao seguinte:

I – os logradouros públicos devem ser mantidos em perfeito estado de


limpeza e conservação;

II – evitar a obstrução de logradouros públicos ou incômodo para a


vizinhança, pela queda de detritos, produção de poeira e ruído excessivos.

SEÇÃO I

Dos Canteiros de Obras, Tapumes e Andaimes

SUBSEÇÃO I

Dos Canteiros de Obras e Tapumes

Art. 67. Nenhuma construção, reforma ou demolição poderá ser


realizada no alinhamento dos logradouros públicos, ou com afastamento
inferior a 4,00m (quatro metros), sem que haja, em toda a sua frente, bem
como em toda a sua altura, um tapume acompanhando o andamento da obra.

Parágrafo Único. Quando se tratar de obras de construção, reparo ou


demolição de muros com até 3,00m (três metros) de altura, será dispensada a
exigência de tapume.

Art. 68. Os tapumes deverão atender ainda às seguintes normas:

I - no passeio público deverão deixar pelo menos 2,00m (dois metros) de


largura livre;

II - não poderão ter altura inferior a 2,00m (dois metros);


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III - deverão possuir perfeitas condições de segurança, vedação e


acabamento;

IV - não poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública, a


visibilidade das placas de nomenclatura, sinalização ou numeração e outros
equipamentos de interesse público;

V - deverão garantir a visibilidade dos veículos, quando construídos em


esquinas de logradouros;

VI - deverão observar as distâncias mínimas à rede de energia elétrica,


de acordo com as normas da ABNT e especificações da concessionária local.

Art. 69. Quando o tapume for executado em forma de galeria, para


circulação e proteção dos pedestres, será permitida a existência de
compartimentos superpostos, como complemento da instalação do canteiro da
obra, respeitada sempre, no nível do passeio, a norma contida no art. 67 e
desde que os compartimentos e pontaletes de sustentação da galeria distem,
no mínimo, 0,50m (cinqüenta centímetros) do meio-fio.

Parágrafo Único. A galeria de que trata este artigo só será permitida desde
que fique assegurada no passeio passagem livre uniforme com largura mínima
de 0,90m (noventa centímetros) e pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros).

Art. 70. Quando a largura livre do passeio resultar inferiora 2,0m (dois
metros) e se tratar de obra em logradouro sujeito a intenso tráfego de veículos,
deverá ser solicitada autorização para, em caráter excepcional, e a critério do
órgão municipal competente, desviar-se o trânsito de pedestres para parte
protegida do leito carroçável.

Art. 71. Nas construções com afastamento de 4,00m (quatro metros) ou


mais, será obrigatória a construção de tapume com 2,00m (dois metros) de
altura mínima, no alinhamento, não podendo ocupar o passeio.

Art. 72. Concluídos os serviços no afastamento frontal ou, paralisados a


obra por período superior a 30 (trinta) dias, o tapume deverá ser
obrigatoriamente recuado para o alinhamento do lote.

Art. 73. Os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução da


obra, deverão colocar em lugar apropriado uma placa com a indicação de seus
nomes, títulos e número de registro no CREA, nas dimensões exigidas pelas
normas legais.

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Parágrafo Único. Esta placa está isenta de qualquer tributação.

SUBSEÇÃO II

Dos Andaimes

Art. 74. Nas obras ou serviços que se desenvolverem a mais de 6,00m


(seis metros) de altura será obrigatória à execução de andaimes, obedecidas,
ainda, as seguintes normas:

I - terão de garantir perfeitas condições de segurança de trabalho para


os operários, de acordo com a legislação federal que trata sobre o assunto;

II - deverão ser convenientemente fechados em todas as suas faces


livres para impedir a queda de materiais;

III - deverão observar altura livre mínima de 2,50m (dois metros e


cinqüenta centímetros) em relação do nível do logradouro fronteiro ao imóvel;

IV - deverão ocupar área projetada sobre o logradouro público com


largura máxima de 2,00m (dois metros);

V - deverá manter, nas partes mais salientes, afastamento mínimo de


0,50m (cinqüenta centímetros) do meio-fio;

VI - não poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública, a


visibilidade das placas de nomenclatura, sinalização ou numeração e outros
equipamentos de interesse público;

VII - deverão observar as distâncias mínimas à rede de energia elétrica,


de acordo com as normas da ABNT e especificações da concessionária local;

VIII - deverão ser removidos quando concluídos os serviços ou


paralisada a obra por período superior a 30 (trinta) dias.

Art. 75. Quando apoiados no logradouro público, além das normas


estabelecidas no artigo anterior, os andaimes deverão assegurar passagem
livre uniforme com largura mínima de 2,0m (dois metros).

SUBSEÇÃO III

Dos Elementos Construtivos

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Art. 76. Além do atendimento às disposições deste Código e aos


padrões de desempenho mínimos recomendáveis, os componentes das
edificações deverão atender às especificações constantes das Normas
Brasileiras Técnicas pertinentes.

Art. 77. O conveniente dimensionamento, especificação e emprego de


materiais, elementos construtivos e instalações deverão assegurar
estabilidade, segurança e salubridade às obras, edificações e equipamentos,
garantido desempenho, no mínimo similar, aos padrões estabelecidos neste
Código.

Parágrafo único - O desempenho obtido pelo emprego de componentes, em


especial aquele com uso ainda não consagrado, bem como utilizações diversas
das habituais daqueles conhecidos, será da inteira responsabilidade do
profissional que os tenha especificado ou adotado.

Art. 78. A edificação deverá proporcionar os princípios básicos de


conforto, higiene e salubridade.

§1º Os compartimentos que necessitarem cuidados higiênicos e


sanitários especiais deverão ser dotados de revestimentos adequados à
impermeabilidade e resistência à freqüente limpeza.

§2º Os compartimentos destinados a abrigar serviços de lavagem,


lubrificação e pintura serão executados de forma a impedir a dispersão do
material em suspensão utilizado no serviço.

§3º Os componentes da edificação, bem como instalações e


equipamentos, deverão dispor de condições que impeçam o acesso e
alojamento de animais transmissores de moléstias.

Art. 79. As fundações deverão ficar situadas inteiramente dentro dos


limites do lote, levando-se em consideração os seus efeitos em relação às
edificações vizinhas, logradouros públicos e instalações de serviços públicos.

Art. 80. O desempenho dos elementos estruturais deverá garantir, além


da estabilidade da edificação, adequada resistência ao fogo.

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Art. 81. As paredes deverão apresentar índices adequados de


resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento
acústico, estabilidade e impermeabilidade.

§1º Deverá ser impermeabilizada qualquer parede que estiver em


contato direto com o solo.

§2º Os andares acima do solo que não forem vedados deverão dispor de
proteção contra quedas com altura mínima de 1,10m (um metro e dez
centímetros) e resistente a impactos e pressão conforme normas da ABNT.

Art. 82. A cobertura da edificação deverá proporcionar isolamento


térmico, isolamento e condicionamento acústico, estabilidade e
impermeabilidade.

Parágrafo único. Quando se tratar de edificação agrupada horizontalmente, a


estrutura de cobertura de cada unidade autônoma será independente, devendo
a parede divisória entre as unidades chegar até a face inferior da telha.

Art. 83. Os pavimentos que separam os andares de uma edificação,


inclusive os mezaninos, deverão apresentar índices adequados de resistência
a fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico,
estabilidade e impermeabilidade, adotando-se como referência de desempenho
os índices obtidos por uma laje de concreto armado com a espessura acabada
de 0,10 m (dez centímetros).

Parágrafo único - Quando assentados diretamente sobre o solo, deverão ser


impermeabilizados e executados de forma a garantir padrão de desempenho
correspondente a uma camada de concreto com espessura mínima de 0,07
m(sete centímetros).

Art. 84. A execução de instalações prediais de água potável, esgoto, luz,


energia, telefone, observarão, sob a responsabilidade do Responsável Técnico,
as normas das empresas concessionárias.

Art. 85. Não será permitido o despejo direto sobre as calçadas, de águas
pluviais ou servidas, devendo as mesmas ser encaminhadas por canalização
sob o passeio à rede coletora própria.

Parágrafo Único - É vedado abrir ou levantar o calçamento,proceder a


escavações ou executar obras de qualquer natureza na via pública, sem prévia
autorização.
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Art. 86. Nas edificações multifamiliares horizontal ou vertical e para uso


comercial ou industrial fica proibida a instalação de tubos de queda de lixo.

§1º Todo equipamento mecânico, independentemente de sua posição no


imóvel, deverá ser instalado de forma a não transmitir ao imóvel vizinho e aos
logradouros públicos, ruídos, vibrações e calor em níveis superiores aos
previstos na legislação específica.

§2º Os equipamentos mecânicos, independentemente de seu porte, não


serão considerados como área edificada.

Art. 87. Toda edificação deverá ser dotada de abrigo protegido para
guarda de lixo, em local de fácil acesso ao logradouro e com capacidade para
armazenamento por 3 (três) dias.

CAPÍTULO III

DOS ASPECTOS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Dos Compartimentos

Art. 88. Os compartimentos e ambientes devem ser posicionados na


edificação de forma a proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico e
proteção contra a umidade, obtidos pelo adequado dimensionamento do
espaço e correto emprego dos materiais das paredes, cobertura, pavimento e
aberturas, bem como das instalações e equipamentos.

Art. 89. Os compartimentos das edificações classificar-se-ão em razão


da função a que se destinam, recomendando- se o dimensionamento mínimo e
a necessidade de arejamento e insolação naturais conforme disposto nos
artigos seguintes, salvo disposição de caráter restritivo constante de legislação
própria.

SUBSEÇÃO I

Da Classificação dos Compartimentos

Art. 90. Os compartimentos ou ambientes, conforme sua utilização são


classificados como:

I - de permanência prolongada;

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II - de permanência transitória;

III - de utilização especial.

Art. 91. Os compartimentos ou ambientes de permanência prolongada


são aqueles utilizados para, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - repouso;

II - estar ou lazer;

III - preparo ou consumo de alimentos;

IV - trabalho, ensino ou estudo;

V - reunião ou recreação;

VI - prática de esporte ou exercício físico;

VII - tratamento ou recuperação de saúde;

VIII - serviços de lavagem e limpeza.

Art. 92. Os compartimentos ou ambientes de permanência transitória são


aqueles utilizados para, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - circulação e acesso de pessoas;

II - higiene pessoal;

III - guarda de veículos.

Art. 93. Os compartimentos ou ambientes de utilização especial são


aqueles que apresentam características e condições de uso diferenciadas
daquelas definidas para os compartimentos ou ambientes de permanência
prolongada ou transitória.

Parágrafo único. Os parâmetros técnicos dos compartimentos ou ambientes


referidos neste artigo são determinados pelas respectivas necessidades
funcionais, obedecida a legislação pertinente.

SUBSEÇÃO II

Das Dimensões dos Compartimentos

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:32/66


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Art. 94. Os compartimentos ou ambientes obedecerão a parâmetros


mínimos de:

I - área de piso;

II - pé-direito;

III - vãos de aeração e iluminação;

IV - vãos de acesso;

V - dimensões mínimas de compartimentos e de elementos construtivos.

VI - acessibilidade

Parágrafo único. Os parâmetros mínimos de dimensionamento são definidos


nos Anexos desta Lei Complementar.

Art. 95. As áreas dos compartimentos de unidade domiciliar econômica


poderão ter, no mínimo, setenta e cinco por cento das áreas definidas para
unidades domiciliares constantes nos Anexos desta Lei Complementar, com
exceção de banheiro, lavabo, banheiro e dormitório de empregado.

§1º Para o cálculo da área mínima dos dormitórios, será utilizada a área
do primeiro dormitório constante nos Anexos desta Lei Complementar.

§2º Nas unidades domiciliares econômicas do tipo célula, inseridas em


programas governamentais de interesse social, o serviço de lavagem e limpeza
poderá constituir-se de, no mínimo, um tanque, sendo dispensada, para esse
compartimento, a aplicação do disposto nos Anexos desta Lei Complementar
no que se refere à área e à dimensão mínima.

SUBSEÇÃO III

Da Aeração e Ventilação

Art. 96. Para efeito de aeração e iluminação, todo compartimento ou


ambiente disporá de vãos que se comuniquem diretamente com espaços
exteriores ou com áreas abertas, conforme os parâmetros mínimos
estabelecidos nos Anexos desta Lei Complementar.

Parágrafo Único. São dispensados de cumprir as exigências deste artigo os


compartimentos ou ambientes previstos nesta Lei Complementar.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:33/66


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Art. 97. As áreas abertas destinadas à aeração e iluminação ou só


aeração de compartimentos ou ambientes denominam-se prismas e são assim
classificados:

I - prisma aberto - é o que possui, pelo menos, uma de suas faces não
delimitada por parede, muro ou divisa de lote;

II - prisma fechado - é o que possui todas as faces delimitadas por


paredes, muros ou divisa de lote.

Parágrafo Único. O prisma fechado só de aeração, localizado abaixo do nível


do solo e protegido por grelha, é denominado poço inglês.

Art. 98. Os prismas e os vãos de aeração e iluminação serão


dimensionados, obedecidos aos limites mínimos previstos nesta Lei
Complementar.

Art. 99. Os prismas terão garantidas, em toda a altura da edificação,


onde houver vão aerado ou iluminado por eles, as seguintes dimensões
mínimas de:

I - vinte por cento da altura da edificação correspondente ao diâmetro de


um círculo inscrito não inferior a um metro e cinqüenta centímetros, para os
prismas fechados de aeração e iluminação;

II - sessenta centímetros e a outra dimensão igual ou superior à menor


dimensão dos compartimentos a que serve, tomado como base o maior
compartimento, para os prismas fechados destinados apenas a aeração;

III - largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros e profundidade


máxima equivalente ao dobro de sua largura, incluídas neste cálculo as
varandas, para os prismas abertos de aeração e iluminação;

IV - largura mínima de sessenta centímetros e profundidade máxima


equivalente ao dobro de sua largura, não permitidas as varandas, exceto nos
casos em que a largura proposta for igual ou superior a um metro e cinqüenta
centímetros, para os prismas abertos só de aeração.

Art. 100. Os prismas fechados de aeração terão aeração verticalmente


cruzada e permanentemente garantida, inclusive quando protegidos em sua
parte superior.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:34/66


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Parágrafo Único. Quando utilizado equipamento mecânico de aeração na


parte superior dos prismas referidos neste artigo, fica dispensada a aeração
verticalmente cruzada.

Art. 101. Os vãos de aeração e iluminação ou só de aeração manterão


afastamento mínimo em relação às divisas de lotes e de paredes
confrontantes, de acordo com os seguintes parâmetros:

I - de um metro e cinqüenta centímetros quando paralelos às divisas dos


lotes;

II - poderá ser inferior a um metro e cinqüenta centímetros, desde que


garantida a indevassibilidade do lote vizinho, quando situados em plano
perpendicular ou oblíquo em relação às divisas dos lotes;

III - de três metros, inclusive quando em prismas, independentemente do


dimensionamento destes, com exceção de prismas só de aeração, quando
situados em paredes opostas e pertencentes a unidades imobiliárias distintas;

IV - de um metro e cinqüenta centímetros, inclusive quando em prismas,


independentemente do dimensionamento destes, quando frontais a paredes
cegas ou a vãos de aeração e iluminação de uma mesma unidade imobiliária;

V - de sessenta centímetros de outro vão exclusivamente de aeração ou


de parede cega, localizado o peitoril em altura não inferior a um metro e oitenta
centímetros, quando se tratar de vãos exclusivamente de aeração, mesmo os
situados em prismas.

Parágrafo Único. Ficam dispensados de observar o disposto neste artigo os


vãos de aeração e iluminação situados nos limites de lotes exclusivamente
voltados para áreas públicas, para as quais podem ser abertos.

Art. 102. Os compartimentos ou ambientes de permanência prolongada


disporão de aberturas voltadas para espaços exteriores, salvo em casos
excepcionais definidos em regulamentação.

Art. 103. Os compartimentos ou ambientes de permanência transitória


podem dispor de:

I - aberturas voltadas para qualquer tipo de prisma;

II - aberturas voltadas para o exterior sobre o teto rebaixado de outro


compartimento;
LEI 05 DE 2010.doc Pág.:35/66
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III - iluminação artificial;

IV - aeração por meio mecânico, de forma individualizada ou coletiva.

Parágrafo Único. Será de dois metros e cinqüenta centímetros a distância


mínima permitida para o disposto no inciso II, sem que seja necessária a
utilização de equipamento mecânico.

Art. 104. Os compartimentos ou ambientes de utilização especial podem


ser iluminados artificialmente e aerados por meios mecânicos, mediante
apresentação de justificativa técnica e de projetos específicos.

Art. 105. Qualquer compartimento ou ambiente pode ser aerado e


iluminado por meio de varandas.

Art. 106. Somente compartimento ou ambiente de permanência


transitória pode ser aerado e iluminado através de abrigos de veículos.

Art. 107. Podem ser aerados e iluminados, por meio de outros, os


compartimentos ou ambientes utilizados para antesala, sala íntima, sala de
jantar e copa. A distância não excederá 4,0 m (quatro metros) do vão de
iluminação e ventilação.

Parágrafo Único. Cozinha, banheiro, lavabo e dormitório de empregado


podem ser aerados pela área de serviço.

Art. 108. A área do vão de aeração corresponderá ao somatório do


mínimo exigido para cada compartimento atendido.

Art. 109. As esquadrias, aberturas ou painéis translúcidos voltados para


o exterior da edificação, que atinjam altura inferior a noventa centímetros em
relação ao nível do piso interno, serão executados de forma a garantir
condições mínimas de segurança.

Art. 110. As saliências de compartimentos que possuam vãos de


aeração e iluminação terão profundidade máxima igual ao dobro de sua
largura, incluídas neste cálculo as varandas.

Art. 111. Fica permitida a passagem de fiações e tubulações nos


prismas de aeração e iluminação ou só de aeração, desde que o somatório das
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seções dessas instalações não reduza as dimensões mínimas exigidas para os


prismas.

Parágrafo Único. Constará do projeto de arquitetura o dimensionamento do


local previsto para a passagem das tubulações.

SEÇÃO II

Da Circulação e Segurança

Art. 112. As disposições construtivas de todas as edificações no


Município de São Gonçalo seguirão as Normas Técnicas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as normas do Corpo de Bombeiros do
Estado do Rio de Janeiro que passam a fazer parte integrante deste Código.

Art. 113. Nas construções com área construída inferior a 750 m2


(setecentos e cinqüenta metros quadrados) e com altura inferior a 12 metros,
exceção a locais de reunião de público, as áreas de circulação serão
classificadas em:

I - Coletivas - servem a mais de uma unidade residencial, comercial ou


institucional e terão largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

II - Privativas - servem a uma única unidade e terão largura mínima de


0,80 m (oitenta centímetros);

III - Restritas - servem a depósitos ou instalação de equipamento, e


terão largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros).

Art. 114. As edificações destinadas ao uso público ou privadas não


residenciais e habitações multifamiliares deverão garantir plenas condições de
acesso e permanência a pessoas com deficiência, segundo normas técnicas a
serem definidas na regulamentação da presente Lei Complementar.

SEÇÃO III

Das Garagens e Estacionamentos

Art. 115. Para os efeitos desta Lei, o local destinado à guarda de


veículos denomina-se garagem ou abrigo, quando coberto, e estacionamento,
quando descoberto, e é classificado em:

I - particular, quando situado em propriedade privada;

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II - público, quando situado em área pública.

Art. 116. As garagens e estacionamentos de veículos serão projetados e


executados sem a interferência de quaisquer elementos construtivos que
possam comprometer sua utilização ou os parâmetros construtivos mínimos
estabelecidos.

§1º As circulações de veículos, as vagas, as rampas e demais


parâmetros pertinentes obedecerão ao previsto na regulamentação desta Lei e
serão indicados e dimensionados nos projetos de arquitetura.

§2º Fica admitida a utilização de equipamento mecânico para a


racionalização da área, observado o número de vagas exigido.

Art. 117. As rampas de acesso de projeções podem ser localizadas fora


de seus limites.

Art. 118. No caso de existirem dois ou mais subsolos, as rampas fora


dos limites de lotes receberão a anuência da Prefeitura Municipal e estarão em
consonância com o projeto urbanístico oficial.

Art. 119. Serão previstas vagas para veículos de pessoas com


dificuldade de locomoção nos estacionamentos públicos e nos explorados
comercialmente, conforme o disposto nesta Lei Complementar.

Art. 120. É obrigatória a previsão de vagas para veículos que


transportem ou sejam conduzidos por pessoas portadoras de deficiência e para
veículos que transportem ou sejam conduzidos por pessoas idosas em
garagens e estacionamentos públicos, inclusive naqueles explorados
comercialmente, conforme o disposto nesta Lei, em legislação específica e nas
normas técnicas brasileiras.

Art. 121. As garagens e estacionamentos particulares explorados


comercialmente obedecerão a parâmetros estabelecidos em regulamentação.

SEÇÃO IV

Da Acessibilidade

Art. 122. Serão garantidas a todos, inclusive a pessoas portadoras de


deficiência ou com mobilidade reduzida, condições de utilização e de acesso
físico aos serviços oferecidos a toda e quaisquer edificações e bens imóveis,
sejam públicas ou privadas.

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Parágrafo Único. As soluções destinadas à eliminação, redução ou superação


de barreiras na promoção da acessibilidade dos bens imóveis de valor cultural
ou de valor cultural e turístico, tombados ou não, devem compatibilizar se com
sua preservação e, em cada caso específico, assegurar condições de acesso,
de trânsito, de orientação e de comunicação, facilitando a utilização desses
bens e a compreensão de seus acervos para todo o público, de acordo com as
diretrizes, os critérios e as recomendações estabelecidos pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pelos órgãos competentes do
Município de São Gonçalo e pela regulamentação desta Lei Complementar.

SUBSEÇÃO I

Das Rampas

Art. 123. As rampas deverão atender às normas de dimensionamento,


classificação e localização, resistência e proteção, iluminação e ventilação
relativas às escadas, quando empregadas em substituição a estas, além das
seguintes disposições:

I - declividade máxima de 10% (dez por cento);

II - pisos com revestimento antiderrapante;

III – capacidade de escoamento superior a 20% (vinte por cento) à das


escadas.

Art. 124. As edificações destinadas a uso público deverão dispor de


rampas, de acesso ao pavimento térreo ou hall de elevadores, para uso de
deficientes físicos, com inclinação máxima de 8% (oito por cento), piso
antiderrapante e largura útil mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Art. 125. As rampas de acesso a garagens e estacionamentos, quando


de uso exclusivo de veículos automotores, terão inclinação máxima de 20%
(vinte por cento).

SEÇÃO V

Das Águas Pluviais e Servidas, do Armazenamento de Recipientes de


Gás, do Lixo Hospitalar e do Corte de Árvores

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:39/66


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Art. 126. Não será permitido o despejo de águas pluviais ou servidas,


inclusive daquelas provenientes do funcionamento de equipamentos, sobre as
calçadas e os imóveis vizinhos, devendo as mesmas serem conduzidas por
canalização sob o passeio à rede coletora própria, de acordo com as Normas
emanadas do órgão competente.

Art. 127. Integram a rede coletora de águas pluviais as guias e sarjetas


dos logradouros.

Art. 128. O armazenamento de recipientes de gás (cilindros de GLP)


deverá estar em ambiente exclusivo, dotado de abertura com ventilação
permanente, situado em área externa à edificação, podendo ser enquadrado
como obra complementar.

Art. 129. As edificações destinadas a hospitais, farmácias,clínicas


médicas ou veterinárias e assemelhados deverão ser providas de instalação
especial para coleta e eliminação de lixo séptico, de acordo com as Normas
emanadas do órgão competente, distinguindo-se da coleta pública de lixo
comum.

Art. 130. É atribuição da Prefeitura, ou de entidade específica da


Administração Indireta Municipal, podar, cortar, derrubar ou sacrificar árvores
da arborização pública.

Art. 131. Nenhuma obra implicará em poda, corte, derrubada de árvores


da arborização pública.

Parágrafo Único – Serão excetuados os casos devidamente analisados pelo


órgão público competente.

SEÇÃO V

Das Instalações e Equipamentos

Art. 132. As instalações e os equipamentos das edificações serão


projetados, calculados e executados por profissionais habilitados, visando à
segurança, à higiene e ao conforto dos usuários, de acordo com especificações
dos fabricantes e fornecedores, e consoante as prescrições das normas
técnicas brasileiras e legislação pertinente.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:40/66


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Parágrafo Único. Fica vedada a alteração dos parâmetros e dimensões


mínimos definidos para a edificação nesta Lei Complementar por qualquer
elemento construtivo destinado à instalação de equipamentos.

Art. 133. É de responsabilidade do proprietário ou do responsável pela


administração da edificação a manutenção de suas instalações e
equipamentos.

Parágrafo Único. O proprietário ou o responsável pela administração da


edificação responderão no âmbito civil,criminal e administrativo por negligência
ou irregularidade na conservação, funcionamento e segurança da edificação.

Art. 134. Os equipamentos mecânicos das edificações serão instalados


com observância aos limites de ruídos, vibrações e calor estabelecidos nas
normas técnicas brasileiras.

Art. 135. Serão previstas, em edificações de habitaçãocoletiva,


condições para instalações de antena coletiva detelevisão, televisão por
assinatura e equipamentos de comunicação interna, que servirão a cada
unidade autônoma e constarão do projeto específico.

Art. 136. As antenas parabólicas e equipamentos para aproveitamento


de energia solar podem ser instalados na cobertura das edificações.

Art. 137. A instalação de sistemas de proteção contra descargas


atmosféricas em edificações dar-se-á nas hipóteses e condições previstas nas
normas técnicas brasileiras e legislação específica.

Art. 138. Serão previstas nas edificações condições para instalação de


gás natural canalizado, de acordo com as normas técnicas brasileiras e
legislação pertinente.

Art. 139. As edificações que apresentem sistemas integrados


gerenciados por dispositivos computadorizados e controle de sistemas de
instalações prediais disporão de acionamento de emergência.

Art. 140. As edificações destinadas a atividades que impliquem a


manipulação e armazenagem de produtos químicos, radioativos, de riscos
biológicos, inflamáveis ou explosivos terão instalações, equipamentos,
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materiais e elementos construtivos projetados e executados de acordo com as


normas técnicas brasileiras e com a legislação específica e serão aprovados
pelos órgãos sanitário, ambiental e de segurança.

Art. 141. Os elevadores sociais, de serviços e de cargas e os monta-


cargas previstos em projeto, quando obrigatórios, terão capacidade de
carregamento definida pelo cálculo de tráfego, a ser apresentado para
aprovação ou para visto do projeto arquitetônico.

Art. 142. Quando for exigido elevador na edificação, será previsto


elevador independente para o uso residencial, caso este uso ocorra
concomitantemente a outros em uma mesma edificação.

Parágrafo Único. O cálculo de tráfego para o elevador destinado ao uso


residencial será elaborado separadamente.

Art. 143. Os projetos de edificações preverão condições de proteção


contra incêndio e pânico, conforme determinam as normas de segurança
expedidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Município de São Gonçalo.

Art. 144. Fica obrigatória a instalação de caixa receptora de


correspondência e de depósito para recipientes de lixo, conforme determina a
legislação específica.

Parágrafo Único. Em habitações unifamiliares fica obrigatória a instalação de


caixas receptoras com garantia de livre acesso para depósito da
correspondência.

CAPÍTULO IV

DOS ASPECTOS ESPECÍFICOS DAS EDIFICAÇÕES

Art. 145 As atividades desenvolvidas nas edificações são agrupadas nos


seguintes usos:

I - residencial;

II - comercial de bens e de serviços;

III - coletivo;

IV - industrial;
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V - rural.

Parágrafo Único. A classificação das atividades permitidas para os usos a que


se refere este artigo será objeto de regulamentação.

Art. 146. Nos casos em que for permitida, pela legislação de uso e
ocupação do solo, a ocorrência simultânea de atividades que caracterizem a
existência de mais de um tipo de uso, será observado o seguinte:

I - as exigências específicas para cada uso serão atendidas;

II - o uso residencial terá acesso exclusivo e ocorrerá isolado dos demais


usos.

SEÇÃO I

Das Edificações de Uso Residencial

SUBSEÇÃO I

Das Habitações Unifamiliares

Art. 147. Considera-se habitação unifamiliar a unidade domiciliar em


edificação destinada a uma única habitação.

Art. 148. Consideram-se habitações em lote compartilhado mais de uma


habitação unifamiliar por unidade imobiliária, conforme definido na legislação
de uso e ocupação do solo.

Art. 149. A habitação unifamiliar e as habitações em lote compartilhado


contarão com, no mínimo, compartimentos ou ambientes para estar, dormir,
preparo de alimentos, higiene pessoal e serviços de lavagem e limpeza.

Art. 150. Os compartimentos ou ambientes para serviços de lavagem e


limpeza cobertos e descobertos serão indevassáveis desde o logradouro
público e lote vizinho.

Parágrafo Único. Quando descobertos, os compartimentos ou ambientes de


que trata este artigo, poderão localizar- se nos afastamentos mínimos
obrigatórios.

SUBSEÇÃO II
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Das Habitações Multifamiliares

Art. 151. Considera-se habitação multifamiliar duas ou mais unidades


domiciliares no mesmo lote e/ou na mesma edificação, com acesso e
instalações comuns a todas as unidades.

Art. 152. A unidade domiciliar de habitação multifamiliar contará com, no


mínimo, compartimentos ou ambientes para estar, dormir, preparo de
alimentos, higiene pessoal e serviços de lavagem e limpeza.

Parágrafo Único. O compartimento ou ambiente destinado à higiene pessoal


de que trata este artigo corresponde ao banheiro social definido como primeiro
banheiro no Anexo I desta Lei Complementar.

Art. 153. Fica facultada a existência de um único acesso para utilização


como entrada social e de serviço em unidade domiciliar de habitação
multifamiliar com até cinco compartimentos ou ambientes de permanência
prolongada.

Art. 154. Será obrigatória a existência de banheiro de empregado em


unidade domiciliar de habitação multifamiliar com cinco ou mais
compartimentos ou ambientes de permanência prolongada.

Parágrafo Único. Fica excluída do disposto neste artigo a unidade domiciliar


econômica.

Art. 155. Fica facultada a existência de dormitório de empregado em


unidade domiciliar de habitação multifamiliar.

Parágrafo Único. Quando da inexistência do dormitório de empregado referido


neste artigo, o compartimento ou ambiente destinado à área de serviço será
acrescido em vinte e cinco por cento de sua área, exceto em unidade domiciliar
econômica.

Art. 156. Será obrigatória a existência de dependência para funcionários


composta de compartimentos para estar e higiene pessoal em áreas comuns
de habitação multifamiliar com mais de vinte unidades domiciliares.
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Art. 157. Em habitação multifamiliar sobre pilotis em projeção, cada


conjunto de circulação vertical servirá a, no máximo, oito unidades domiciliares
por pavimento.

Parágrafo Único. Em habitação coletiva econômica sobre pilotis em projeção,


o número máximo de unidades domiciliares definido neste artigo poderá ser
alterado para doze.

Art. 158. Será obrigatória a existência de, pelo menos, uma rampa para
pessoas com deficiência, quando houver desnível entre o acesso e o entorno
da edificação destinada à habitação coletiva.

§1º Fica facultada a utilização da área pública para a construção da


rampa de que trata este artigo, desde que descoberta e que não traga prejuízo
ao sistema viário e à circulação de pedestres, devendo ser autorizada pela
Prefeitura Municipal.

§2º É permitida a instalação de elemento de proteção nos locais não


servidos pelas rampas referida neste artigo, quando o desnível representar
situação de risco por quedas.

Art. 159. A ocupação dos pilotis e o aproveitamento da cobertura para


habitação multifamiliar sobre pilotis em projeções obedecerão à legislação de
uso e ocupação do solo.

SUBSEÇÃO III

Das Habitações de Interesse Social

Art. 160. Considera-se habitação econômica a unidade domiciliar


econômica situada em edificação destinada à habitação.

§1º A habitação econômica será unifamiliar quando a edificação


destinar-se a uma única habitação.

§2º A habitação econômica será multifamiliar quando existirem duas ou


mais unidades domiciliares no mesmo lote e/ou na mesma edificação, com
acesso e instalações comuns a todas as unidades.

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Art. 161. A unidade domiciliar econômica contará com, no mínimo,


compartimentos ou ambientes para estar, dormir, preparo de alimentos, higiene
pessoal e serviços de lavagem e limpeza.

Art. 162. A unidade domiciliar econômica poderá apresentar as


seguintes características:

I - baixo custo dos materiais e acabamentos aplicados;

II - revestimento lavável nas paredes de compartimentos ou ambientes


destinados a preparo de alimentos, higiene pessoal e serviços de lavagem e
limpeza, até a altura mínima de um metro e cinqüenta centímetros.

Art. 163. O projeto de modificação com acréscimo de área em unidade


domiciliar econômica que resultar em área superior a sessenta e oito metros
quadrados, obedecerá aos parâmetros mínimos para as unidades domiciliares
constantes do Anexo I desta Lei Complementar somente no que for modificado.

SEÇÃO II

Das Edificações de Uso Comercial de Bens e de Serviços

Art. 164. Considera-se edificação de uso comercial de bens e de


serviços aquela destinada à comercialização de produtos, valores e serviços.

Art. 165. Será obrigatória a existência de sanitário em sala comercial,


obedecida a proporção de um sanitário para cada cinqüenta metros quadrados
ou fração de área.

Parágrafo Único. O conjunto de salas comerciais poderá ser servido por


sanitário coletivo, respeitada a proporção definida neste artigo.

Art. 166. Será obrigatória a existência de banheiro para o pessoal de


manutenção e limpeza em edificações que possuírem salas comerciais, com
área total de construção superior a mil metros quadrados.

Art. 167. A loja e a sala comercial destinadas a atividades ligadas a


serviços de saúde obedecerão à legislação sanitária.

Art. 168. O sanitário que apresentar comunicação direta com


compartimento ou ambiente destinado à manipulação e preparo de produtos
alimentícios será provido de vestíbulo intermediário ou anteparo para garantir a
indevassibilidade de seu interior.
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Art. 169. O balcão, o guichê e a caixa registradora voltados para a área


pública e para a circulação de uso comum estarão recuados, no mínimo,
oitenta centímetros dos limites do estabelecimento.

Art. 170. Os resíduos oriundos de coifa de cozinha de estabelecimento


comercial serão lançados a céu aberto por meio de condutor com equipamento
direcional de exaustão, para evitar incômodo à vizinhança, sendo que o duto
condutor deverá ultrapassar 2,0 m (dois metros) acima da cobertura da
edificação.

Parágrafo Único. O condutor de que trata este artigo poderá localizar-se na


fachada da edificação desde que concebido como motivo arquitetônico.

Art. 171. O depósito de matéria-prima para fabricação de produtos


alimentícios e o local utilizado para a sua manipulação terão paredes e pisos
revestidos de material lavável e impermeável.

Art. 172. Fica vedado o emprego de material de construção sujeito à


combustão na edificação destinada à manipulação de produtos inflamáveis e a
oficinas em geral, sendo tolerada a sua utilização em elementos estruturais da
cobertura e em esquadrias.

Parágrafo Único. As oficinas mecânicas e postos de abastecimento de


combustível incluídos neste artigo disporão de sistema separador de óleo e
graxa a ser instalado antes da disposição final dos efluentes líquidos, de
acordo com a legislação específica.

Art. 173. O banheiro coletivo em local de hospedagem atenderá à


proporção mínima de um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório de
utilização simultânea e independente para cada quatro unidades habitacionais.

Parágrafo Único. No caso de dormitório coletivo, a proporção de que trata este


artigo será aplicada para cada doze leitos.

Art. 174. A unidade habitacional em local de hospedagem poderá dispor


de mais de um compartimento para repouso.

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Art. 175. A unidade habitacional em local de hospedagem que não


dispuser de sanitário privativo possuirá, no mínimo, um lavatório por unidade.

Art. 176. O enquadramento do local de hospedagem na classificação e


categoria desejadas obedecerá à legislação específica.

Art. 177. A edificação destinada ao uso comercial de bens e de serviços


obedecerá à legislação específica dos órgãos afetos.

SEÇÃO III

Das Edificações de Uso Coletivo

Art. 178. Consideram-se edificações de uso coletivo aquelas destinadas


a atividades de natureza cultural, esportiva, recreativa, social, religiosa,
educacional e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de
atividades da mesma natureza.

Art. 179. O local de reunião de público em edificação de uso coletivo


possuirá o seguinte:

I - sanitários para público conforme a regulamentação desta Lei


Complementar;

II - vãos de acesso independentes de entrada e saída para evitar


superposição de fluxos;

III - instalação de bebedouros na proporção de um para cada trezentos


metros quadrados de área de acomodação de público;

IV - rampas e escadas orientadas na direção do escoamento do público;

V - corrimãos nos dois lados das rampas e escadas e duplo


intermediário quando a largura for igual ou superiora quatro metros;

VI - banheiros para atletas e artistas independentes para cada sexo,


conforme a natureza da atividade;

VII - adequada visualização pelo espectador em qualquer ponto ou


ângulo do local de reunião, demonstrada por meio do gráfico de visibilidade,
quando existirem assentos;

VIII - bilheterias, conforme a natureza da atividade.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:48/66


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Parágrafo Único. Serão obrigatórios banheiros para funcionários


independentes para cada sexo, no local de reunião de público de que trata este
artigo, quando a edificação ou o conjunto de edificações no lote não possuir
compartimentos com esta função em outro local.

Art. 180. O local de reunião como o destinado a projeção de filmes


cinematográficos, apresentação de peças teatrais, concertos e conferências,
com área de acomodação de público superior a trezentos metros quadrados,
observará o disposto no art. 167 desta Lei Complementar e conterá:

I - local de recepção de pessoas na proporção mínima de oito por cento


da área do local de reunião;

II - instalação de ar condicionado ou aeração e iluminação naturais.

Parágrafo Único. A cabine de projeção de filmes cinematográficos, incluída no


disposto neste artigo, terá aeração mecânica permanente, sanitário e chaminé
para descarga do ar aquecido.

Art. 181. A Prefeitura Municipal informará ao órgão competente sobre os


projetos arquitetônicos aprovados e sobre a emissão de Alvará de Construção
e de Carta de Habite- se de edificações destinadas a atividades de natureza
cultural e esportiva, para fins de cadastramento.

Parágrafo Único. A pedido do interessado ou da Prefeitura Municipal, o órgão


competente emitirá parecer sobre demais especificidades necessárias às
edificações de que trata este artigo.

Art. 182. A edificação destinada a atividades de natureza religiosa


possuirá sanitários para público independentes para cada sexo.

Art. 183. As edificações de uso coletivo obedecerão à legislação


específica dos órgãos afetos.

SEÇÃO IV

Das Edificações de Uso Industrial

Art. 184. Considera-se edificação de uso industrial aquela destinada a


atividades de extração e transformação da matéria-prima em bens de produção
e de consumo.
LEI 05 DE 2010.doc Pág.:49/66
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Art. 185. A indústria potencialmente poluidora e a atividade utilizadora de


recursos ambientais ou capaz de causar degradação ambiental dependerão de
prévio licenciamento do órgão ambiental.

Art. 186. A edificação industrial possuirá banheiros providos de armários


e independentes para cada sexo, na proporção de uma bacia turca ou um vaso
sanitário, um lavatório e um chuveiro para cada vinte pessoas do mesmo sexo
em serviço.

Art. 187. A chaminé de indústria elevar-se-á a, no mínimo, cinco metros


acima da altura máxima permitida para as edificações, considerando-se um
raio de cinqüenta metros a contar do centro da chaminé.

Parágrafo Único. Poderão ser determinados outros parâmetros para a


chaminé de indústria referida neste artigo, a critério do órgão ambiental.

Art. 188. A indústria incluída na legislação sanitária como saneante,


domissanitária, médico-hospitalar, de produto farmacêutico e de alimento
receberá aprovação prévia do órgão sanitário.

Art. 189. A edificação destinada ao uso industrial obedecerá à legislação


específica dos órgãos afetos.

CAPÍTULO V

DAS EDIFICAÇÕES DE CARÁTER ESPECIAL

Art. 190. Os projetos arquitetônicos das edificações de caráter especial


não contemplados em sua totalidade por esta Lei Complementar serão
analisados pela Prefeitura Municipal, mediante apresentação de comprovante
técnico da qualidade e exeqüibilidade do sistema construtivo proposto e
justificativa da solução arquitetônica adotada.

Parágrafo Único. Cabe à prefeitura Municipal examinar os projetos referidos


neste artigo considerados as normas técnicas pertinentes e os padrões de
higiene, salubridade, conforto e segurança.

CAPÍTULO VI

Das Edificações Temporárias


LEI 05 DE 2010.doc Pág.:50/66
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Art. 191. As edificações temporárias observarão as normas de


segurança, salubridade, conforto e higiene.

Parágrafo Único. A Prefeitura Municipal poderá estabelecer exigências


complementares a serem observadas nas edificações temporárias, além das
estabelecidas neste artigo.

SEÇÃO I

Da Instalação das Edificações Temporárias

Art. 192. As edificações temporárias podem ser implantadas:

I - em lotes, mediante expressa autorização do proprietário;

II - em área pública, mediante autorização da Prefeitura Municipal e


pagamento de preço público.

SEÇÃO II

Do Licenciamento das Edificações Temporárias

Art. 193. As edificações temporárias são objeto de licenciamento, por


tempo determinado, ouvidos os órgãos do complexo administrativo da
Prefeitura Municipal diretamente envolvidos.

§1º A licença de que trata este artigo poderá ser cancelada a qualquer
tempo, mediante decisão fundamentada da Prefeitura Municipal, observado o
interesse público.

§2º A Prefeitura Municipal fica isenta de responsabilidade por


indenização de qualquer espécie, inclusive por benfeitorias ou acessões, no
caso de cancelamento da licença de que trata este artigo.

Art. 194. A licença para implantação de estruturas, instalações e


equipamentos de parques de diversões, circos, arquibancadas, palcos,
camarotes e similares fica condicionada ao cumprimento de exigências
constantes em regulamentação.

TÍTULO III
LEI 05 DE 2010.doc Pág.:51/66
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DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕES

Art. 195. Considera-se infração:

I - toda ação ou omissão que importe inobservância dos preceitos desta


Lei Complementar e demais instrumentos legais afetos;

II - o desacato ao responsável pela fiscalização.

Parágrafo Único. Todas as infrações serão notificadas pelo responsável pela


fiscalização da Prefeitura Municipal.

Art. 196. Considera-se infrator a pessoa física ou jurídica, de direito


público ou privado, que se omitir ou praticar ato em desacordo com a legislação
vigente, ou induzir, auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo.

Art. 197. A autoridade pública que tiver ciência ou notícia de ocorrência


de infração no perímetro urbano em que atuar promoverá a apuração imediata,
sob pena de responsabilidade.

§1º Será considerado co-responsável o servidor público ou quaisquer


pessoas, físicas ou jurídicas, que obstruir o processo de apuração da infração.

§2º A responsabilidade do servidor público será apurada nos termos da


legislação específica.

CAPÍTULO II

DAS PENALIDADES

Art. 198. Os responsáveis por infrações decorrentes da inobservância


aos preceitos desta Lei Complementar e demais instrumentos legais afetos
serão punidos, de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo das sanções civis
e penais cabíveis, com as seguintes penalidades:

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:52/66


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I - advertência;

II - multa;

III - embargo parcial ou total da obra;

IV - interdição parcial ou total da obra ou da edificação;

V - demolição parcial ou total da obra;

VI - apreensão de materiais, equipamentos e documentos.

SEÇÃO I

Da Advertência

Art. 199. A advertência será aplicada pelo responsável pela fiscalização


por meio de notificação ao proprietário e ao Responsável Técnico da obra, que
serão instados a regularizar sua obra no prazo determinado.

Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, trinta dias,
prorrogável por igual período.

SEÇÃO II

Da Multa

Art. 200. A multa será aplicada ao proprietário da obra pelo responsável


pela fiscalização, precedida de auto de infração, nos seguintes casos:

I - por descumprimento do disposto nesta Lei Complementar e demais


instrumentos legais;

II - por descumprimento dos termos da advertência no prazo estipulado;

III - por falsidade de declarações apresentadas à Administração


Regional;

IV - por desacato ao responsável pela fiscalização;

V - por descumprimento do embargo, da interdição ou da notificação de


demolição.

Parágrafo Único. O auto de infração será emitido pelo responsável pela


fiscalização.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:53/66


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Art. 201. As multas podem ser impostas em dobro ou de forma


cumulativa, se ocorrer dolo, reincidência ou infração continuada, obedecida a
seguinte graduação:

I - As infrações aos dispositivos desta Lei não discriminadas nos incisos


sujeitam os infratores à multa de R$ 306,00 (trezentos e seis reais);

II - Considera-se infrator reincidente aquele autuado mais de uma vez


por qualquer infração ao disposto nesta Lei, no período de doze meses, sendo
a multa calculada em dobro sobre o valor da multa originária.

III - Considera-se infração continuada a manutenção ou omissão do fato


que gerou a autuação dentro do período de trinta dias, tornando o infrator
incurso em multas cumulativas mensais, impostas pelo responsável pela
fiscalização, que marcará novo prazo a ser cumprido depois de cada
imposição.

Parágrafo Único. Os valores de multa para as infrações são os dispostos no


Anexo II desta Lei Complementar.

Art. 202. As multas, por inobservância às disposições desta Lei


Complementar e da legislação pertinente, referentes a imóveis tombados de
valor histórico, artístico e cultural equivalerão a dez vezes o valor previsto no
art. 201.

Art. 203. A multa será reduzida em até cinqüenta por cento de seu valor,
caso o infrator comprometa-se, mediante acordo escrito, a tomar as medidas
necessárias para sanar as irregularidades em prazo de até trinta dias.

Parágrafo Único. Será cassada a redução e exigido o pagamento integral e


imediato da multa, se as medidas e os prazos acordados forem descumpridos.

Art. 204. O pagamento da multa não isenta o infrator de cumprir as


obrigações necessárias para sanar as irregularidades que deram origem à
infração e aquelas de outra natureza previstas na legislação vigente.

Art. 205. Será aplicada ao responsável técnico da obra, se houver, multa


com valor equivalente a oitenta por cento do valor arbitrado ao proprietário.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:54/66


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Parágrafo Único. A multa prevista neste artigo fica dispensada nos casos em
que o responsável técnico comunicar previamente à autoridade competente a
irregularidade da obra objeto da multa aplicada.

Art. 206. Os valores das multas são reajustados de acordo com estudos
que competem os órgãos do complexo administrativo da Prefeitura Municipal
diretamente envolvidos.

Art. 207. As multas não quitadas serão inscritas na dívida ativa.

SEÇÃO III

Do Embargo

Art. 208. O embargo parcial ou total será aplicado pelo responsável pela
fiscalização sempre que a infração corresponder à execução de obras em
desacordo com a legislação vigente e depois de expirado o prazo consignado
para a correção das irregularidades que originaram as penalidades de
advertência e de multa.

§1º O prazo referido neste artigo será o consignado nas penalidades de


advertência e multa.

§2º Será embargada imediatamente a obra quando a irregularidade


identificada não permitir a alteração do projeto arquitetônico para adequação à
legislação vigente e a conseqüente regularização da obra.

§3º Admitir-se-á embargo parcial da obra somente nas situações que


não acarretem prejuízos ao restante da obra e risco aos operários e terceiros.

SEÇÃO IV

Da Interdição

Art. 209. A interdição parcial ou total será aplicada imediatamente pelo responsável

pela fiscalização sempre que a obra ou edificação apresentar situação de risco


iminente para operários e terceiros ou em caso de descumprimento de
embargo.

Parágrafo Único. Admitir-se-á interdição parcial somente nas situações que


não acarretem riscos aos operários e terceiros.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:55/66


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Art. 210. O descumprimento do embargo ou da interdição torna o infrator


incurso em multa cumulativa, calculada em dobro sobre a multa originária.

Art. 211. O responsável pela fiscalização manterá vigilância sobre a obra


e, ocorrendo o descumprimento do embargo ou interdição, comunicará o fato
imediatamente ao superior hierárquico, adotadas as providências
administrativas e judiciais cabíveis.

§1º A representação criminal contra o infrator, com base no Código


Penal, ocorrerá depois de esgotados os procedimentos administrativos
cabíveis.

§2º Caberá à Polícia Militar, após comunicação da Prefeitura Municipal,


a manutenção do embargo ou da interdição, nos termos da Lei Orgânica do
Município de São Gonçalo.

§3º Caso se verifique a continuidade da obra após o embargo, o


responsável pela fiscalização requisitará os equipamentos e materiais
necessários à Administração municipal para proceder à demolição da parte
acrescida.

SEÇÃO V

Da Demolição

Art. 212. A demolição total ou parcial da obra será imposta ao infrator


quando se tratar de construção em desacordo com a legislação e não for
passível de alteração do projeto arquitetônico para adequação à legislação
vigente.

§1º O infrator será comunicado a efetuar a demolição no prazo de até


trinta dias, exceto quando a construção ocorrer em área pública, na qual cabe
ação imediata.

§2º Caso o infrator não proceda à demolição no prazo estipulado, esta


será executada pela Administração municipal em até quinze dias, sob pena de
responsabilidade.

§3º O valor dos serviços de demolição efetuado pela Prefeitura


Municipal será cobrado do infrator e, na hipótese de não pagamento, o valor
será inscrito na dívida ativa.

§4º O valor dos serviços de demolição previsto no

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:56/66


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§ 3ºserá cobrado conforme dispuser tabela de preço unitário constante


da regulamentação desta Lei.

§ 5º O presente artigo será objeto de regulamentação posterior, através


de Decreto específico.

SEÇÃO VI

Da Apreensão

Art. 213. A apreensão de materiais ou equipamentos provenientes de


construções irregulares será efetuada pelo responsável pela fiscalização, que
providenciará a respectiva remoção para depósito público ou determinado pela
Prefeitura Municipal.

§1º A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-


se:

I - à comprovação de propriedade;

II - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos


efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito.

§2º Os gastos efetivamente realizados com a remoção e transporte dos


materiais e equipamentos apreendidos serão ressarcidos à Prefeitura
Municipal, mediante pagamento de valor calculado com base em tabela de
preços unitários definidos na regulamentação desta Lei Complementar.

§3º O valor referente à permanência no depósito será definido na


regulamentação desta Lei.

§4º A Prefeitura Municipal fará publicar, no Diário Oficial do Município de


São Gonçalo, a relação dos materiais e equipamentos apreendidos, para
ciência dos interessados.

§5º A solicitação para devolução dos materiais e equipamentos


apreendidos será feita no prazo máximo de trinta dias, contado a partir da
publicação a que se refere o parágrafo anterior.

§6º Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos


apreendidos antes da publicação de que trata o § 4º.

§7º Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para


depósito não reclamados no prazo estabelecido serão declarados
LEI 05 DE 2010.doc Pág.:57/66
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abandonados por ato do Prefeito, a ser publicado no Diário Oficial do Município


de São Gonçalo.

§8º Do ato do Prefeito referido no § 7º constará a especificação do tipo e


da quantidade dos materiais e equipamentos.

§9º O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual


perecimento natural, danificação ou perda de valor dos materiais e
equipamentos apreendidos.

Art. 214. Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos


nos termos desta Lei Complementar serão incorporados ao patrimônio do
Município de São Gonçalo, doados ou alienados, a critério do Chefe do Poder
Executivo.

§1º Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do


Município de São Gonçalo, na forma da legislação em vigor, serão utilizados na
própria unidade administrativa ou transferidos para outros órgãos da
administração direta, mediante ato do Prefeito.

§2º Os materiais de consumo incorporados ao patrimônio do Município


de São Gonçalo constarão de relatório mensal discriminado, publicado em ato
próprio, até o décimo quinto dia do mês subseqüente da data de sua utilização
pela Administração municipal.

Art. 215. Será considerado infrator de má-fé aquele que tiver o mesmo
material e equipamento apreendido mais de uma vez.

Art. 216. Os profissionais responsáveis que incorrerem nas infrações


previstas nesta Lei Complementar ficam sujeitos a representação junto ao
CREA pela Prefeitura Municipal, sem prejuízo das sanções administrativas,
civis e penais cabível.

Art. 217. Quando o proprietário ou responsável pela obra se recusar a


assinar documento referente às penalidades previstas nesta Lei
Complementar, o responsável pela fiscalização fará constar a ocorrência no
próprio documento.

Art. 218. No caso de não ser encontrado o proprietário ou responsável


pela obra, a Prefeitura Municipal notificá-lo-á na forma definida pela legislação
específica.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:58/66


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Art. 219. Eventuais omissões ou incorreções nos documentos referentes


a penalidades não geram sua nulidade, quando constarem elementos
suficientes para a identificação da infração e do infrator.

Art. 220. O processo administrativo referente às infrações e penalidades


disciplinadas por esta Lei Complementar se dará mediante estreita observância
à legislação específica, ou, na falta desta, por analogia com legislação
aplicável, garantido o direito de ampla defesa.

TÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 221. Os projetos cujos requerimentos sejam protocolados até a data


de início da vigência deste Código, poderão ser analisados integralmente de
acordo com a legislação anterior ou totalmente pelas normas da presente Lei
Complementar.

§1º A opção de análise pela legislação anterior de que trata este artigo,
será facultada para projetos de obras cujas fundações e baldrames venham a
ser concluído em prazo de até 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação
desta Lei Complementar.

§2º No caso de conjunto de edificações num mesmo terreno o prazo


referido no § 1º deste artigo será considerado para cada edificação
separadamente.

Art. 222. Qualquer tipo de intervenção ou restauração, em imóvel


tombado, em processo de tombamento ou indicado para preservação, somente
será autorizado, após anuência expressa do órgão municipal, estadual ou
federal, responsável pela medida protecionista.

Art. 223. A critério do município, no interesse da preservação do


patrimônio, poderão ser isentadas de exigências do presente Código as
reformas, restaurações e ampliações em edificações existentes e identificadas
como de interesse histórico, artístico ou cultural.

Art. 224. A aplicação do disposto nesta Lei Complementar não


prejudicará os índices e densidades de ocupação previstos na legislação de
uso e ocupação do solo.

Art. 225. As edificações de uso coletivo, públicas ou particulares, serão


objeto de manutenção periódica nos aspectos essenciais de segurança

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:59/66


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estrutural, instalações em geral, equipamentos e elementos componentes e


nas questões de higiene e conforto das edificações.

Art. 226. É direito de qualquer cidadão comunicar à autoridade


responsável a ocorrência de irregularidades relacionadas a obras.

Art. 227. O Poder Executivo regulamentará esta Lei Complementar 30


dias.

Art. 228. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

Art. 229. Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO.

APARECIDA PANISSET
PREFEITA

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ANEXO I – HABITAÇÃO UNIFAMILIAR E COLETIVA – parâmetros mínimos para compartimentos ou ambientes

ÁREA DIMENSÃO VÃO DE


COMPARTIMENTOS OU AERAÇÃO/ PÉ-DIREITO REVESTIMENTO REVESTIMENTO
MÍNIMA MÍNIMA ACESSO OBSERVAÇÕES
AMBIENTES ILUMINAÇÃO (m) PAREDE PISO
(m²) (m) (m)

Sala de estar 12,00 2,85 1/6 2,70 0,80 - - -

Dormitórios e 1º) 10,00


compartimentos com 2º) 9,00
2,40 1/6 2,70 0,80 - - -
múltiplas denominações Demais
ou reversíveis 8,00

Dormitório empregado 4,00 1,80 1/6 2,70 0,70 - - -

Lavável e Lavável e -Revestimento das paredes do box lavável e


Cozinha 5,00 1,80 1/6 2,70 0,80
impermeável impermeável impermeável, com altura mínima de 1,50m.

- Revestimento das paredes do Box lavável e


impermeável, com altura mínima de 1,50m.
Lavável e Lavável e - Quando conjugada com a cozinha não pode aerar e
Área de serviço 4,00 1,50 1/8 2,70 0,80
impermeável impermeável iluminar quarto e banheiro de empregado.
- Quando não houver quarto de empregado, área é
acrescida em 25%.

Lavável e Lavável e
Banheiro (1º) - 1,10 1/8 2,40 0,60 -
impermeável impermeável

Banheiro empregado 1,60 1,00 1/8 2,40 0,60 Lavável e Lavável e -

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impermeável impermeável

1/8 ou duto
Lavabo 1,20 0,80 2,40 0,60 - - De acordo com a finalidade a que se destina
200 mm

Acima de 8m, a dimensão mínima igual a 10% do


Depósito ou sótão - - - - - - -
comprimento

Circulação - 0,80 - 2,40 - - - Curvilínea de uso restrito – no mínimo 0,60m de raio.

Escada curvilínea ou
- 1ª) 0,80 - 2,40 - - - -
retilínea

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ANEXO II – HABITAÇÃO COLETIVA E OUTROS USOS – parâmetros mínimos para áreas comuns
ÁREA DIMENSÃO AERAÇÃO/ VÃO DE
COMPARTIMENTOS OU PÉ-DIREITO REVESTIMENTO REVESTIMENTO
MÍNIMA MÍNIMA ILUMINAÇÃO ACESSO OBSERVAÇÕES
AMBIENTES (m) PAREDE PISO
(m²) (m) (*) (m)

Dispensada aeração e iluminação


naturais para área inferior a 10 m².
Vestíbulo com elevador _ 1,50 1/10 2,25 _ _ _ Portas de elevadores frontais umas às
outras – acrescer 50% sobre o valor da
dimensão mínima
Largura
Vestíbulo sem elevador _ _ 2,25 _ _ _ -
escada
Circulação principal _ 1,20 1/10 (*) 2,25 _ _ _ -
Dispensada aeração natural quando a
Circulação secundária _ 0,80 1/10 (*) 2,25 _ _ _
extensão for inferior a 15m.
Interligação de vestíbulos _ 0,90 _ 2,25 _ _ _ Sem acesso a unidades imobiliárias
Nos lotes com até 10m de testada a
dimensão pode ser reduzida para 1m.
Dispensada iluminação natural quando
Escada retilínea ou utilizada luz de emergência.
_ 1,20 1/10 2,25 _ _ _
curvilínea Curvilínea – corresponde ao raio com
profundidade mínima do degrau de
0,25m, medido na metade da largura da
escada.
Seguir demais parâmetros de
Anti –
Rampa pedestre _ 1,00 1/10 (*) 2,25 _ _ acessibilidade, quando para pessoas com
derrapante
dificuldade de locomoção.
Sala para funcionários 8,00 2,00 1/8 2,50 0,70 _ _ -

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Revestimentos das paredes do Box lavável


Lavável E Lavável E
Banheiro para funcionários 1,60 1,00 1/10 (*) 2,25 0,60 e impermeável, com altura mínima igual a
Impermeável Impermeável
1,50m.
Igual
Aeração natural poderá ser substituída por
Garagem _ _ 5% (*) 2,25 larg. _ _
artificial
rampa

(*) – Relação entre área do piso e área da abertura.

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:64/66


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ANEXO III – EDIFÍCIOS COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E DE USO MISTO – parâmetros mínimos para áreas comuns
PÉ- VÃO DE
COMPARTIMENTOS OU ÁREA DIMENSÃO AERAÇÃO REVEST. REVEST.
DIREITO ACESSO OBSERVAÇÕES
AMBIENTES (m²) (m) ILUMINAÇÃO PAREDE PISO
(m) (m)
Vestíbulo com elevador _ 1,50 1/10 2,25 _ _ _ Dispensada aeração e iluminação naturais p/ área inferior a 10m².
Vestíbulo sem elevador _ Larg. escada _ 2,25 _ _ _
Circulação uso comum _ 1,20 1/10 (*) 2,25 _ _ -
Circulação uso restrito _ 0,90 1/10 (*) 2,25 _ _ _ Dispensada a aeração natural quando inferior a 15m.
Circulação centros comerc.
_ 3,00 1/10 3,00 _ _ _ Facultada a aeração por meios mecânicos e iluminação artificial
ou galerias de lojas
Lotes de até 10m de testada – dimensão pode ser de 1,00m.
Dispensada iluminação natural quando utilizada luz de emergência.
Escada uso comum _ 1,20 1/10 2,25 _ _ _
Curvilínea – profundidade mínima de 0,25m medidos na metade da
largura da escada
Escada uso restrito _ 0,80 _ 2,25 _ _ _ Escada curvilínea – 0,60m
Seguir demais parâmetros de acessibilidade quando para pessoas com
Rampa pedestre uso restrito _ 1,00 1/10 (*) 2,25 _ _ _
dificuldade de locomoção
Rampa pedestre uso comum _ 1,20 1/10 (*) 2,25 _ _ _
Salas comerciais, escritórios,
12,00 2,85 1/8 2,50 0,80 _ _
consultórios
Rebaixamento de teto para decoração máximo 50% da loja com pé-
Lojas 20,00 2,85 1/6 2,60 0,80 _ _
direito de 2,25m.
Sobreloja _ _ 1/6 2,50 0,80 _ _

Boxes, bancas, quiosques 4,00 2,00 _ 2,50 _ _ _

Mezanino _ _ _ 2,25 0,80 _ _

Garagem _ _ 5% (*) 2,25 Larg. rampa Lavável Lavável - Aeração natural pode ser substituída por artificial.

Lavabo 1,20 0,80 Duto 200mm (*) 2,25 0,60 _ _


(*)dispensada iluminação natural
Banheiro 1,60 1,00 1/10 (*) 2,25 0,70 Lavável
Lavável/ - Revestimento das paredes do Box lavável e impermeável com altura mínima igual a

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:65/66


ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA
PRE FEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO
SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA, URBANISMO E HABITAÇÃO

imperm. ,50m.

Duto 200mm
Lavável/
Sanitário coletivo _ _ 2,25 0,80 Lavável - Metade do n.º
imperm
1 p/ 3 vasos (*)

Box vaso 1,00 0,75 _ 2,25 0,60 Lavável Lavável

Lavável/ Lavável/
Box chuveiro 0,60 0,75 _ 2,25 0,60
imperm. imperm.

Dormitório hotelaria 8,00 2,40 1/8 2,50 0,80 _ _

Banheiro hotelaria 2,30 _ 1/10 (*) 2,25 0,80 Lavável Lavável

Sala estar hotelaria 8,00 2,40 1/8 2,25 0,80 _ _

LEI 05 DE 2010.doc Pág.:66/66

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