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JOÃO DORIA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são
conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 1º de julho de 2016,
decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1ºFica aprovado o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo - COE,
que disciplina, no Município de São Paulo, as regras gerais a serem observadas no projeto,
no licenciamento, na execução, na manutenção e na utilização de obras, edificações e
equipamentos, dentro dos limites do imóvel, bem como os respectivos procedimentos
administrativos, executivos e fiscalizatórios, sem prejuízo do disposto na legislação
estadual e federal pertinente.
Art. 3º Para fins de aplicação das disposições deste Código ficam adotadas as seguintes
definições:
VIII - canteiro de obras: espaço delimitado pelo tapume, destinado ao preparo e apoio à
execução da obra ou serviço, incluindo os elementos provisórios que o compõem, tais
como estande de vendas, alojamento, escritório de campo, depósitos, galeria, andaime,
plataforma e tela protetora visando à proteção da edificação vizinha e logradouro público;
XII - embargo: ordem de paralisação dos trabalhos na obra ou serviço em execução sem a
respectiva licença ou por desatendimento à Legislação de Obras e Edificações - LOE ou
LPUOS;
XVII - muro de arrimo: muro resistente, que trabalha por gravidade ou flexão, construído
para conter maciço de terra, empuxo das águas de infiltração, sobrecarga de construção,
sobreaterro e situações similares;
XIX - obras de emergência: obras de caráter urgente, essenciais à garantia das condições
de estabilidade, segurança ou salubridade do imóvel;
XXV - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas;
XXVI - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo,
dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;
XXVIII - recuo: distância entre o limite externo da edificação e a divisa do lote, medida
perpendicularmente a esta;
XXX - reforma sem acréscimo de área: intervenção na edificação sem alteração da área
construída, que implique em modificação da estrutura, pé-direito ou compartimentação
vertical, com ou sem mudança de uso;
XXXV - terraço aberto: peça justaposta à edificação, constituída em balcão aberto, sem ou
com vedação, desde que retrátil ou vazada do tipo quebra-sol, em balanço ou não,
complementar à unidade residencial ou não residencial, não abrigando função essencial ao
pleno funcionamento da unidade;
Capítulo II
DO CONTROLE DA ATIVIDADE EDILÍCIA
Seção I
Das Responsabilidades e dos Direitos
II - possuidor: a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer título, que
tenha de fato o exercício, pleno ou não, de usar o imóvel objeto da obra.
II - responsável técnico pela obra, sendo responsável pela correta execução da obra de
acordo com o projeto aprovado e pela instalação e manutenção do equipamento,
observadas as normas técnicas aplicáveis, zelando por sua segurança e assumindo as
consequências diretas e indiretas advindas de sua atuação.
§ 3º Podem ser aceitas outras soluções técnicas, com igual ou superior desempenho em
relação ao estabelecido neste Código, desde que devidamente justificadas.
Seção II
Dos Documentos de Controle da Atividade Edilícia
Art. 12A atividade edilícia depende de controle a ser exercido por meio da emissão de
alvará, certificado, autorização ou registro em cadastro de acordo com o tipo de obra,
serviço e equipamento a ser executado ou instalado, mediante procedimento administrativo
e a pedido do interessado.
Art. 13 Não estão sujeitas a licenciamento, nos termos deste Código, a execução de:
III - alteração do interior da edificação que não implique modificação na estrutura que
interfira na estabilidade da construção;
a) elemento arquitetônico, ornato, jardineira, floreira, brise, aba horizontal e vertical, com
até 0,40 m (quarenta centímetros) de profundidade;
b) beiral da cobertura com até 1,50 m (um metro e meio) de largura;
c) marquise em balanço, não sobreposta, que avance no máximo até 50% (cinquenta por
cento) das faixas de recuo obrigatório e com área máxima de 30,00 m² (trinta metros
quadrados);
VIII - passagem coberta com largura máxima de 3 m (três metros) e sem vedação lateral.
§ 2º Não se considera de baixo impacto urbanístico a obra que venha a causar modificação
na estrutura da edificação e aquela executada em imóvel:
§ 3º As obras de que trata o § 2º deste artigo devem ser aprovadas por órgão de
preservação municipal, estadual ou federal, conforme for o caso, e devem ser adaptadas
às condições de segurança de uso e de acessibilidade estabelecidas neste Código.
§ 5º A obra e serviço de baixo impacto urbanístico nos termos deste artigo não são
considerados para o cálculo da taxa de ocupação e não são descontados no cálculo de
Subseção I
Do Alvará de Aprovação
V - (VETADO).
§ 1º Se uma edificação for constituída por um conjunto de blocos cujos projetos forem
elaborados por profissionais diferentes, respondem eles solidariamente pela implantação
de todo o conjunto.
§ 2º Somente são aceitas divergências de até 5% (cinco por cento) entre as dimensões e
área constantes do documento de propriedade apresentado e as apuradas no
levantamento topográfico.
§ 4º Havendo divergência superior a 5% (cinco por cento) entre qualquer dimensão ou área
constante do documento de propriedade e a apurada no levantamento topográfico, o Alvará
de Aprovação pode ser emitido, ficando a emissão do Alvará de Execução condicionada à
apresentação da certidão de matrícula do imóvel com dimensões e área retificadas.
I - implantação da edificação;
Art. 19O Alvará de Aprovação pode ser revalidado desde que o projeto aprovado atenda à
legislação em vigor por ocasião do deferimento do pedido de revalidação.
Art. 20O Alvará de Aprovação pode, enquanto vigente, ser objeto de apostilamento para
constar eventuais alterações de dados.
Parágrafo único. A alteração do projeto aprovado dar-se-á por meio da emissão de novo
Alvará de Aprovação.
Art. 21 Pode ser emitido mais de um Alvará de Aprovação para o mesmo imóvel.
Subseção II
Do Alvará de Execução
§ 1º Um único Alvará de Execução pode incluir, quando for o caso, o licenciamento de mais
de um tipo de serviço ou obra elencado no "caput" deste artigo.
V - (VETADO)
VI - (VETADO)
VII - (VETADO)
VIII - (VETADO).
Art. 24O pedido de Alvará de Execução deve ser instruído com documentos referentes ao
terreno e ao projeto, assinado pelo profissional habilitado, de acordo com a natureza do
pedido.
Art. 25 Quando houver mais de um Alvará de Aprovação em vigor para o mesmo imóvel, o
Alvará de Execução pode ser concedido apenas para um deles.
Art. 26Pode ser requerido Alvará de Execução parcial para cada bloco no caso do Alvará
de Aprovação compreender edificação constituída de mais de um bloco, observado o seu
prazo de vigência.
Art. 27 Após a emissão do Alvará de Execução, somente são aceitas pequenas alterações
no projeto, não se admitindo mudança de uso, categoria de uso ou subcategoria de uso e
alteração da área de terreno.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no "caput" deste artigo, o projeto modificativo a ser
aprovado não pode conter, em relação ao projeto anteriormente aprovado:
I - caso a obra não tenha sido iniciada, em 2 (dois) anos a contar da data da publicação do
despacho de deferimento do pedido;
II - caso a obra tenha sido iniciada, se permanecer paralisada por período superior a 1 (um)
ano.
§ 3º (VETADO)
Art. 30A obra paralisada com o Alvará de Execução caduco pode ser reiniciada após o
reexame do projeto e a revalidação simultânea dos Alvarás de Aprovação e de Execução,
desde que o projeto aprovado atenda à legislação em vigor por ocasião do deferimento do
pedido de revalidação.
Art. 31O Alvará de Execução pode, enquanto vigente, ser objeto de apostilamento para
constar eventuais alterações de dados.
Subseção III
Do Certificado de Conclusão
§ 3º Para emissão do Certificado de Conclusão são aceitas pequenas alterações que não
descaracterizem o projeto aprovado e que não impliquem em divergência superior a 5%
(cinco por cento) entre as medidas lineares e quadradas da edificação e de sua
implantação constantes do projeto aprovado e aquelas observadas na obra executada.
Subseção IV
Do Certificado de Regularização
§ 2º Pode ser aceita divergência de, no máximo, 5% (cinco por cento) entre as medidas
lineares e quadradas exigidas na LOE e LPUOS e aquelas observadas na obra executada.
IV - declaração assinada por profissional habilitado, atestando que a obra está concluída e
em conformidade com as disposições do art. 36 deste Código e legislação correlata;
Subseção V
Do Certificado de Acessibilidade
III - privado, entendida como aquela destinada à habitação classificada como multifamiliar.
Subseção VI
Do Certificado de Segurança
Subseção VII
Do Alvará de Autorização
§ 2º O Alvará de Autorização de que trata o "caput" deste artigo perde a eficácia no prazo
de 6 (seis) meses, podendo ser revalidado uma vez por igual período, a pedido do
interessado.
Subseção VIII
Do Cadastro e Manutenção de Equipamentos
deve renovar o cadastro, sob pena de caducidade e aplicação das sanções previstas neste
Código, a cada período de:
Subseção IX
Da Ficha Técnica e Diretrizes de Projeto
Art. 50A pedido do interessado, a Prefeitura emite Ficha Técnica do imóvel, da qual
devem constar as informações relativas ao uso e ocupação do solo, à incidência de
melhoramentos urbanísticos e aos demais dados cadastrais disponíveis.
Parágrafo único. O pedido deve ser instruído com documentação e peças gráficas que
permitam o entendimento do projeto e da consulta formulada.
Capítulo III
DAS TAXAS
§ 6º O débito resultante do procedimento previsto no § 4º deste artigo não pago até a data
do vencimento deve ser atualizado da forma e pelo índice de correção estabelecidos na Lei
n º 10.734, de 30 de junho de 1989, com a redação dada pela Lei nº 13.275, de 4 de
janeiro de 2002, e acrescido de juros moratórios calculados à taxa de 0,33% (trinta e três
centésimos por cento), por dia de atraso, sobre o valor do débito, até o limite de 20% (vinte
por cento), sem prejuízo, quando for o caso, do acréscimo de honorários advocatícios,
custas e demais despesas judiciais, conforme a legislação municipal pertinente.
Parágrafo único. O disposto no "caput" aplica-se aos pedidos referentes a edificação nova,
reforma, requalificação e reconstrução de edificação existente, com ou sem mudança de
uso, em imóvel público reversível de entidade da administração direta e indireta.
Capítulo IV
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
Seção I
Dos Procedimentos Gerais
Art. 55 O pedido instruído pelo interessado deve ser analisado conforme a sua natureza,
observadas as normas municipais, em especial as prescrições da LOE, PDE, LPUOS, sem
prejuízo da observância das disposições estaduais e federais pertinentes.
§ 1º O pedido deve ser instruído com todos os elementos necessários à sua apreciação,
nos termos das normas legais e regulamentares.
§ 2º Todos os documentos exigidos para a instrução dos pedidos podem ser substituídos
por equivalentes eletrônicos ou por documentos disponíveis nos cadastros e bancos de
dados da Prefeitura.
Art. 56O pedido deve ser deferido se o processo estiver devidamente instruído e o projeto
observar a legislação pertinente à matéria.
II - Intimação para Execução de Obras e Serviços - IEOS, com prazo de até 180 (cento e
oitenta) dias.
Parágrafo único. Nos casos previstos no "caput" deste artigo, a pedido do interessado, por
motivo justificado, o prazo pode ser prorrogado uma única vez por igual período.
Art. 61 Os prazos fixados neste Código são contados em dias corridos, a partir do primeiro
dia útil após o evento de origem até o seu dia final inclusive.
Parágrafo único. Caso não haja expediente no dia final do prazo, prorroga-se
automaticamente o seu término para o dia útil imediatamente posterior.
II - calamidade pública;
Art. 67 Constatada a qualquer tempo a não veracidade das declarações apresentadas nos
pedidos de que trata esta lei, aplicam-se, ao proprietário ou possuidor e profissionais
envolvidos, as penalidades administrativas previstas neste Código, sem prejuízo das
sanções criminais cabíveis.
Art. 68 Caso se tenha notícia de fato que possa ensejar a cassação ou anulação do
documento expedido, nos termos dos incisos II e III do art. 63 deste Código, a Prefeitura
deve notificar o interessado para a apresentação de defesa no prazo de 30 (trinta) dias, de
forma a garantir o contraditório e a ampla defesa, podendo, na defesa, comprovar ter sido
sanada a irregularidade.
§ 1º Por motivo relevante ou para evitar prejuízo de difícil reparação, a Prefeitura pode
suspender os efeitos do documento emitido até decisão sobre sua anulação ou cassação.
Seção II
Das Instâncias e Prazos para Despacho
Art. 69As instâncias administrativas para a apreciação e decisão dos pedidos de que trata
este Código, protocolados a partir da data de sua vigência, são as seguintes:
Art. 70O prazo para a decisão dos pedidos não pode exceder 90 (noventa) dias, inclusive
quando se tratar de recurso.
§ 1º Prazos diferentes podem ser fixados por ato do Executivo, em função da complexidade
da análise do pedido.
§ 2º O curso do prazo fixado no "caput" deste artigo fica suspenso durante a pendência do
atendimento, pelo interessado, das exigências feitas no "comunique-se".
Seção III
Dos Procedimentos Especiais
VIII - residência unifamiliar, serviços, obras e empreendimentos que, por sua natureza,
admitam procedimentos simplificados.
Capítulo V
DA EDIFICAÇÃO EXISTENTE
Seção I
Da Edificação Regular
Parágrafo único. A edificação cuja área seja menor ou apresente divergência de, no
máximo, 5% (cinco por cento) para maior em relação à área constante do documento
utilizado para a comprovação de sua regularidade é considerada como regular para fins de
aplicação da LPUOS e COE, em especial as disposições deste Capítulo V.
Seção II
Da Reforma
Art. 74 A edificação regularmente existente pode ser reformada desde que a edificação
resultante não crie nem agrave eventual desconformidade com a LOE, PDE ou LPUOS.
Art. 76 A edificação irregular, no todo ou em parte, que não atenda na parte irregular ao
disposto na LOE, PDE ou LPUOS pode ser reformada desde que seja prevista a supressão
da infração.
Parágrafo único. No caso previsto no "caput" deste artigo, o Certificado de Conclusão para
a reforma, parcial ou total, só pode ser concedido após a supressão da infração.
Seção III
Da Requalificação
Art. 78Na requalificação, são aceitas soluções que, por implicação de caráter estrutural,
não atendam às disposições previstas na LOE, PDE ou LPUOS, desde que não
comprometam a salubridade, nem acarretem redução de acessibilidade e de segurança de
uso.
Seção IV
Da Reconstrução
como reforma.
Capítulo VI
DOS PROCEDIMENTOS FISCALIZATÓRIOS RELATIVOS À ATIVIDADE EDILÍCIA
Seção I
Verificação da Regularidade da Obra
Art. 81 Toda obra, edificação, serviço e equipamento pode, a qualquer tempo, ser
vistoriado pela Prefeitura para a verificação do cumprimento das normas estabelecidas
neste Código.
Art. 82 Deve ser mantido, no local da obra ou serviço, o documento que comprova o
licenciamento da atividade edilícia em execução, sob pena de lavratura de autos de
intimação e de multa, nos termos deste Código e legislação pertinente à matéria,
ressalvada a situação prevista no art. 14 deste Código.
I - para a obra sem licença expedida pela Prefeitura, ao proprietário ou possuidor, devem
ser lavrados, concomitantemente:
III - pelo desatendimento de qualquer disposição deste Código, devem ser lavrados:
Art. 84A Prefeitura, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao embargo, deve vistoriar a obra e,
se constatada resistência ao embargo, adotar os seguintes procedimentos:
II - caso a aplicação das multas diárias se mostre insuficiente, solicitar auxílio policial bem
como providenciar os meios necessários ao imediato cumprimento do embargo, tais como
a apreensão de materiais e o desmonte ou lacração de equipamentos e edificações
transitórias, lavrando o respectivo auto;
Art. 86Constatada situação de risco, em vistoria técnica realizada por servidor com
competência específica, além das autuações referidas nos arts. 82 a 84 deste Código, deve
ser imediatamente lavrado o auto de interdição, seguindo-se, no que couber, os
procedimentos previstos na Seção II deste Capítulo.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no "caput" deste artigo, pode ocorrer o levantamento
parcial do embargo para o fim específico da execução das medidas necessárias à
eliminação do risco, ficando condicionado à apresentação de ART ou RRT relacionando os
serviços a serem executados e seu cronograma de execução.
Seção II
Da Verificação da Estabilidade, Segurança e Salubridade da Obra
I - pelo desatendimento da intimação, aplicar multas diárias ao infrator até que sejam
adotadas as medidas exigidas;
Seção III
Das Penalidades
§ 1º O infrator deve ser notificado pessoalmente ou por via postal, com aviso de
recebimento, ou, ainda, por edital nas hipóteses de recusa do recebimento da notificação
Art. 96Contra os atos de fiscalização previstos neste Código, cabe defesa ao Supervisor
Técnico de Fiscalização, da Subprefeitura, no prazo de 15 (quinze) dias, contados:
§ 3º A defesa contra o auto de embargo não suspende a ação fiscalizatória e não obsta a
aplicação de outras multas previstas neste Código.
Art. 97Ao proprietário ou possuidor devem ser aplicadas multas nos valores indicados na
Tabela de Multas e, ao responsável técnico pela obra, multas na proporção de 80% (oitenta
por cento) dos referidos valores.
Art. 99 Para a aplicação dos dispositivos deste Capítulo, os prazos devem ser dilatados
até o triplo dos prazos previstos e reduzidos os valores das multas em 90% (noventa por
cento) dos valores devidos para:
I - as moradias econômicas;
II - os templos religiosos.
Art. 100 O valor da multa deve ser atualizado anualmente em 1º de fevereiro, pela variação
do IPCA, apurado pelo IBGE, ou por outro índice que venha a substituí-lo, verificada entre
janeiro e dezembro do exercício anterior.
Art. 101
Art. 101 Quando não paga até a data do vencimento, o valor da multa deve ser atualizado
da forma e pelo índice de correção estabelecidos na Lei nº 10.734, de 1989, com a
redação dada pela Lei nº 13.275, de 2002, e acrescido de juros moratórios calculados à
taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, sobre o valor do
débito, até o limite de 20% (vinte por cento), sem prejuízo, quando for o caso, do acréscimo
de honorários advocatícios, custas e demais despesas judiciais, conforme a legislação
municipal pertinente.
Capítulo VII
DO ALINHAMENTO E DO MELHORAMENTO VIÁRIO
Art. 102 Para os fins deste Código, consideram-se fixados os atuais alinhamentos e
nivelamento dos logradouros públicos existentes no Município de São Paulo, oficializados
ou pertencentes a loteamento aceito ou regularizado, bem como daqueles oriundos de
melhoramento viário executado sob a responsabilidade do Poder Público Municipal,
Estadual ou Federal.
Art. 103 Enquanto não executados, devem ser observados os novos alinhamentos
aprovados constantes das leis de melhoramento viário.
Parágrafo único. O disposto no "caput" deste artigo não se aplica aos planos de
melhoramento publicados anteriormente a 8 de novembro de 1988, data da entrada em
vigor da Lei nº 10.676, de 7 de novembro de 1988, desde que não exista declaração de
utilidade pública em vigor por ocasião da emissão da aprovação do projeto.
Art. 105 É permitida a execução de qualquer obra em imóvel totalmente atingido por plano
de melhoramento público e sem declaração de utilidade pública ou de interesse social em
vigor, observado o disposto na LOE, PDE e LPUOS.
Art. 106 A edificação nova e as novas partes da edificação existente, nas reformas com
aumento de área executadas em imóvel parcialmente atingido por plano de melhoramento
público aprovado por lei e sem declaração de utilidade pública ou de interesse social em
vigor, devem observar as seguintes disposições:
Art. 107 No caso de imóvel parcialmente atingido por plano de melhoramento aprovado por
lei e com declaração de utilidade pública ou de interesse social em vigor, a edificação nova
e as novas partes da edificação existente nas reformas com aumento de área devem
observar os recuos mínimos obrigatórios, a taxa de ocupação e o coeficiente de
aproveitamento estabelecidos no PDE e LPUOS e as disposições do COE em relação ao
lote resultante da desapropriação.
Capítulo VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 108 Para fins de aplicação dos índices de ocupação e aproveitamento do solo,
observados os limites estabelecidos na LPUOS, não é considerada área construída
computável:
I - o terraço aberto, com área construída máxima por pavimento equivalente a 5% (cinco
por cento) da área do terreno;
III - os demais tipos de mobiliário e a obra complementar com área construída de até 30,00
m² (trinta metros quadrados);
a) no pavimento térreo;
b) em qualquer pavimento, observado o limite de 3,00 m² (três metros quadrados) por
habitação;
IX - (VETADO)
§ 1º A área construída do abrigo de lixo pode ser superior ao estabelecido no inciso III do
"caput" deste artigo, quando tecnicamente justificado.
§ 2º As saliências a que se referem as alíneas "a", "b" e "c" do inciso IV do "caput" deste
artigo não são consideradas para fins do cálculo da área construída e podem ocupar as
faixas de recuo estabelecidas na LPUOS e dos afastamentos previstos neste Código.
§ 3º Quando o recuo de frente for dispensado pela LPUOS admite-se o avanço até 0,40 m
(quarenta centímetros) de elemento arquitetônico, ornato, ornamento, jardineira, floreira,
brise, aba horizontal e vertical, e terraços sobre o passeio público, desde que observada a
altura livre de 3,00 m (três metros) do nível do passeio e que não interfira nas instalações
públicas.
§ 5º As áreas sob a projeção das saliências poderão ser consideradas para cálculo para os
índices de permeabilidade.
Art. 109 A edificação cuja titularidade seja de pessoa jurídica de direito público do
Município, do Estado de São Paulo e da União Federal e respectivas autarquias
universitárias, ainda que implantada em imóvel não constante do Cadastro de Edificações
do Município, fica considerada regular na situação existente em 31 de julho de 2014, data
da Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. (Regulamentado pelo Decreto nº 58.943/2019)
"Art. 2º ...
I - AET 1 - Minianel Viário: vias classificadas pela legislação vigente como Estruturais N1 e
N3, inseridas no Minianel Viário;
II - AET 2 - na área externa ao Minianel Viário: vias classificadas pela legislação vigente
como Estruturais N1, N2 e N3;
§ 2º Para fins de enquadramento das edificações como Polos Geradores de Tráfego - PGT,
Art. 111Os arts. 82 e 83 da Lei nº 15.764, de 27 de maio de 2013, passam a vigorar com
as seguintes alterações:
"Art. 82 ...
V - ...
VI - decidir quanto à dispensa dos recuos laterais e de fundo quando o lote vizinho
apresentar edificação encostada na divisa do lote, conforme análise caso a caso.
..."
"Art. 83 A CEUSO é composta de 8 (oito) membros, todos com seus respectivos suplentes,
...
..."
Art. 112 Ficam isentos do pagamento da TEV/COE e taxas em geral, bem como
dispensados do pagamento dos preços públicos os pedidos de parcelamento do solo de
interesse social e de mercado popular.
Art. 113O parcelamento do solo de imóvel cuja titularidade seja da União, do Estado e do
Município fica sujeito ao prévio exame dos órgãos municipais competentes, independendo
da expedição dos documentos estabelecidos na LPUOS.
§ 2º O recurso em trâmite na última instância decisória extinta por este Código deve ser
apreciado nesta instância quando:
II - protocolado após a data de sua entrada em vigor, porém dentro do prazo estabelecido
pela legislação anterior para este fim.
Art. 115O pedido protocolado até a data do início da vigência deste Código, ainda sem
despacho decisório ou com interposição de recurso dentro do prazo legal, deve ser
analisado e decidido de acordo com os requisitos técnicos da legislação anterior.
§ 1º No caso de que trata o "caput" deste artigo, não será admitida qualquer mudança,
alteração ou modificação que implique no agravamento das desconformidades em relação
ao estabelecido neste Código.
Parágrafo único. O disposto no "caput" deste artigo aplica-se aos Alvarás de Aprovação e
aos Alvarás de Aprovação e Execução já emitidos e vigentes na data da entrada em vigor
deste Código.
Art. 118 A não observância das disposições deste Código, de seu decreto regulamentar e
das normas técnicas aplicáveis sujeita o proprietário ou o possuidor e o profissional
habilitado aos procedimentos fiscalizatórios e à aplicação das penalidades estabelecidas na
Tabela de Multas constante do Anexo III desta lei, sem prejuízo das sanções
administrativas e medidas judiciais cabíveis.
Art. 119 A Prefeitura pode firmar convênio com órgão de classe de arquitetos e
engenheiros visando ao aprimoramento dos mecanismos de controle do exercício
profissional.
Art. 120A Prefeitura deve implantar sistema de gestão eletrônico visando à simplificação e
transparência do processo de licenciamento, para que o agente público e o munícipe
possam acompanhar toda a tramitação dos pedidos.
Art. 121 Os projetos para áreas sob intervenção urbanística promovida pelo Poder Público,
os equipamentos públicos, os programas habitacionais de interesse social, bem como o
Empreendimento Habitacional de Interesse Social em ZEIS - EZEIS, Empreendimento
Habitacional de Interesse Social - EHIS, Empreendimento Habitacional do Mercado Popular
- EHMP, Habitação de Interesse Social - HIS, Habitação do Mercado Popular - HMP e
moradia econômica, definidos em legislação municipal, podem ser objeto de normas
especiais diversas das adotadas por este Código e apropriadas à finalidade do
empreendimento, fixadas por ato do Executivo.
Art. 122 O Executivo regulamentará esta lei no prazo de até 60 (sessenta) dias contados
da data de sua publicação.
Art. 123 Esta lei entrará em vigor no prazo de até 60 (sessenta) dias contados da data de
sua publicação, junto com sua regulamentação, revogadas a Lei nº 5.534, de 18 de julho
de 1958, o art. 5º da Lei nº 8.382, de 13 de abril de 1976, Lei nº 9.843, de 4 de janeiro de
1985, Lei nº 10.671, de 28 de outubro de 1988, Lei nº 10.940, de 18 de janeiro de 1991,
Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992, Lei nº 11.441, de 12 de novembro de 1993, Lei nº
11.693, de 22 de dezembro de 1994, Lei nº 11.859, de 31 de agosto de 1995, Lei nº
11.948, de 8 de dezembro de 1995, Lei nº 12.561, de 8 de janeiro de 1998, Lei nº 12.597,
de 16 de abril de 1998, Lei nº 12.815, de 6 de abril de 1999, Lei nº 12.821, de 7 de abril de
1999, Lei nº 12.936, de 7 de dezembro de 1999, o art. 2º da Lei nº 13.113, 16 de março de
2001, Lei nº 13.319, de 5 de fevereiro de 2002, Lei nº 13.369, de 3 de junho de 2002, Lei
n º 13.779, de 11 de fevereiro de 2004, Lei nº 14.459, de 3 de julho de 2007, Lei nº
15.649, de 5 de dezembro de 2012, Lei nº 15.831, de 24 de junho de 2013, e o art. 12 da
Lei nº 16.124, de 9 de março de 2015.