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Domicilio e Bens

DOMÍCILIO E BENS

• NOME, ESTADO, DOMÍCILIO- TRIPÉ DA INDVIDUALIZAÇÃO DA


PESSOA NATURAL;
• ESTADO- no direito Romano grande relevância- qualidade
particular do indivíduo- capacidade: LIBERDADE, CIDADE E FAMÍLIA;
• ATUALMENTE AINDA SUBSISTEM ALGUMAS DESSAS IDEIAS DE
ESTADO- INDIVIDUAL (IDADE, SEXO, COR, ALTURA, SÁUDE).
FAMILIAR (PARENTESCO, ESTADO CIVIL- relevância por exemplo dos
alimentos, meação, herança); POLÍTICO- NACIONAL OU
ESTRANGEIRO;

DOMICÍLIO
• A IDEIA DE DOMÍCILIO É MUITO RELEVANTE;
• Ponto de referência;
• Isto porque, tendo em vista as várias relações entre as pessoas,
faz-se necessário que haja a possibilidade de se identificar onde
tais pessoas podem ser encontradas para responderem suas
obrigações;
• Direito Romano- domus= casa; Na ideia do Direito romano a casa
era não só o lugar de moradia, mas também o local sagrado do
culto familiar;
• Especialmente relevante no direito processual civil- foro
competente para ajuizamento da ação (em regra,
domicilio do réu);
o Foros especiais- domicílio do alimentando- ação de
alimentos, foro de último domicílio do ausente- para ações
de inventário e partilha;
• Já no direito civil, por exemplo, o domicílio do devedor é
onde deverá se efetuar o pagamento, em caso de não
haver convenção;
• Domicílio, dentro do direito civil, seria, portanto, o local
onde o indivíduo responde por suas obrigações ou que
estabelece a sede principal de sua residência e de seus
negócios;
• A ideia de domicílio irá abranger, portanto, dois víeis:
o INTERNO: Pertinente à família, lar, vida íntima (direito de
privacidade) – IDEIA ESTAMPADA NO ART. 70 CC; e
o EXTERNO: Referência para suas relações sociais, onde
desenvolve seus negócios- IDEIA ESTAMPADA NO ART. 72,
CC;
• DOMICÍLIO= ELEMENTO OBJETIVO (RESIDÊNCIA) +
ELEMENTO SUBJETIVO (ÂNIMO DEFINITIVO/INTENÇÃO
DE SE FIXAR);
• Não se confunde com as ideias de residência e
moradia/estadia;
o DOMICÍLIO: situação jurídica- local onde responde a
pessoa por suas obrigações e que tem a sede principal de
sua residência;
o RESIDÊNCIA: elemento objetivo do domicílio- local
habitual da pessoa; situação de fato;
o Morada- local de ocupação esporádica (ex: casa de praia,
campo, hotel onde passa temporada).

• Domicílio será essa residência com desejo de ali permanecer;


existe a ideia de que no domicílio a pessoa pode ser
acionada para arcar com os seus negócios, com sua vida
civil. Possível, por exemplo, que o indivíduo tenha uma
residência e vários domicílios, como o caso do domicílio
profissional;
• Mesmo indivíduos sem residência habitual, como os viajantes,
caixeiros, circenses, possuem domicílio, que é o lugar onde forem
encontrados. Cria-se tal ficção para garantir os direitos de quem
necessita acionar a pessoa;

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece


a sua residência com ânimo definitivo.
Esse ânimo (vontade) é
Identificado nas circunstâncias do
art. 74, parágrafo único do CC: “A prova da intenção resultará do
que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que
deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da
própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.”
(exemplo matrícula dos filhos na escola).

• Conclui-se, portanto, QUE TODOS TEM DOMICÍLIO, que


esse domicílio, em regra, é UNO, mas pode haver casos de
duplicidade;
• Para melhor compreender a ideia de domicílio, O Código civil
atribui duas classificações ao domicílio, que poderá ser:
o 1. Necessário ou 2. Voluntário;

NECESSÁRIO VOLUNTÁRIO
A PRÓPRIA LEI DETERMINA DEPENDE DA VONTADE DA PESSOA.
QUAL SERÁ O DOMICÍLIO DA EM REGRA, O DOMICÍLIO É
PESSOA, INDEPENDENTE DE VOLUNTÁRIO, SALVO OS CASOS EM
SUA VONTADE QUE A LEI DEFINE QUE DEVA SER
NECESSÁRIO <-
Não há liberdade de escolha. Geral Especial
Quem não tem É o domicílio
Dispões o CC que terá domicílio que escolhido
domicílio NECESSÁRIO, ou necessário pode em um
seja, SEM ESCOLHA, o: simplesmente CONTRATO,
escolher a para serem
1.INCAPAZ- domicílio será o residência em cumpridas as
do REPRESENTANTE LEGAL ou que fixará o seu obrigações:
ASSISTENTE; domicílio. É o
2. SERVIDOR PÚBLICO- ânimo, o desejo Art. 78. Nos
domicílio será onde exerce de se fixar. Pode contratos
permanentemente suas também a pessoa escritos,
funções; desejar mudá-lo poderão os
3. MILITAR- domicílio será e o fazer: contratantes
onde servir, e, sendo da especificar
Marinha ou da Aeronáutica, a domicílio onde
sede do comando a que se Ideia expressa se exercitem e
encontrar imediatamente nos artigos: cumpram os
subordinado; direitos e
4.PRESO- local onde cumpre a Art. 70. O obrigações
sentença; domicílio da pessoa deles
natural é o lugar resultantes.
onde ela estabelece
Art. 76. Têm domicílio a sua residência Ou o local
necessário o incapaz, o escolhido
servidor público, o militar, o com ânimo como FORO
marítimo e o preso. definitivo. DE ELEIÇÃO,
Parágrafo único. O domicílio ou seja, onde
do incapaz é o do seu Art. 71. Se, porém, serão
representante ou assistente; a pessoa natural resolvidos
o do servidor público, o lugar tiver diversas eventuais
em que exercer residências, problemas
permanentemente suas onde, jurídicos. A
funções; o do militar, onde alternadamente, sede
servir, e, sendo da Marinha ou viva, considerar- territorial do
da Aeronáutica, a sede do se-á domicílio juízo:
comando a que se encontrar seu qualquer
imediatamente subordinado; delas. Art. 63, CPC;
o do marítimo, onde o navio
estiver matriculado; e o do Art. 74. Muda-se o OBS: situação
preso, o lugar em que cumprir domicílio, dos contratos
a sentença. transferindo a de adesão STJ,
residência, com a casos que
Art. 77. O agente diplomático intenção manifesta prejudicam o
do Brasil, que, citado no de o mudar. consumidor;
estrangeiro, alegar (art. 63, § 3º
extraterritorialidade sem Parágrafo único. A CPC, inclusive
designar onde tem, no país, o prova da intenção de ofício pelo
seu domicílio, poderá ser resultará do que juiz.
demandado no Distrito declarar a pessoa
Federal ou no último ponto do às municipalidades
território brasileiro onde o dos lugares, que
teve. deixa, e para onde
vai, ou, se tais
declarações não
fizer, da própria
mudança, com as
circunstâncias que
a acompanharem.

Com relação as
relações
profissionais,
haverá domicílio,
de acordo com o
local que tais
atividades são
exercidas:
Art. 72. É também
domicílio da pessoa
natural, quanto às
relações
concernentes à
profissão, o lugar
onde esta é
exercida.

Parágrafo único. Se
a pessoa exercitar
profissão em
lugares diversos,
cada um deles
constituirá
domicílio para as
relações que lhe
corresponderem.

Mesmo aquele
que não tem
residência
habitual, terá
domicílio:

Aqui temos a
teoria da
aparência, posto
que não pode a
pessoa não ser
considerada
domiciliada, isto
infringe a
segurança
jurídica das
relações.

Art. 73. Ter-se-á


por domicílio da
pessoa natural, que
não tenha
residência habitual,
o lugar onde for
encontrada.

Obs: Domicílio da PJ será estudado quando estudarmos PJ;

BENS JURÍDICOS

• Objetos das relações jurídicas que se formam entre os sujeitos;


• Filosoficamente falando, BEM é tudo que serve à satisfação
humana;
• Todo direito tem seu objeto. Assim o direito subjetivo, dado a
um sujeito, envolve um objeto, sobre o qual o sujeito exercerá
sua fruição;
• O objeto (bem) pode ser:
▪ Coisas- ideia de direito das coisas (relações de d.
reais, como posse, propriedade, etc);
▪ Ações humanas (obrigações, pagamentos, vendas,
etc);
▪ Atributos dos direitos da personalidade (direito à
imagem, etc);
• Interessante que se note que COISA é tudo que não é humano e
BEM são espécies de coisas que pela sua RELEVÂNCIA ganham
uma proteção jurídica;
• Gonçalves define que: Bens são coisas materiais, concretas,
úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de
apropriação e as de existência imaterial economicamente
apreciáveis;
• Coisas que não podem ser apropriadas pelo homem, como água
do mar, ar atmosférico são chamadas de coisas comuns e não
podem ser objeto de relações jurídicas;

• O Direito romano dividia os bens em CORPÓREOS E


INCORPÓREOS, essa classificação não está contemplada no
Brasil, porém tem relevância jurídica;
• O conjunto dos bens corpóreos e incorpóreos constituem o
patrimônio da pessoa- o patrimônio restringe-se aos bens que
podem ser avaliados economicamente,

• Não integram o patrimônio as relações afetivas das pessoas,


familiares etc., pois tais relações não são economicamente
apreciáveis. Note-se que a lei procura definir bem essa diferença.
No art. 841 do CC, temos que : Art. 841. Só quanto a direitos
patrimoniais de caráter privado se permite a transação;

• A importância do patrimônio subsiste justamente por ser ele que


responde pelas dívidas do devedor; é patrimônio, por isso, a
garantia dos credores, nas relações jurídicas;

• Observe que o direito se moderniza, sempre na ideia da


dignidade da pessoa humana, buscando preservar o patrimônio
mínimo para EXISTÊNCIA E SOBREVIVÊNCIA DA PESSOA, como
é o caso da previsão em lei do BEM DE FAMÍLIA, a proibição de
doação da totalidade do patrimônio ou, ainda, a
impenhorabilidade de certos bens.

MAS QUAL A CLASSIFICAÇÃO TRAZIDA PELO CC/2002?


• A classificação é relevante, pois há regras próprias para cada
categoria;

1. BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS- uma das mais relevantes


classificações

1.1 BENS MÓVEIS OU IMÓVEIS


Tradicionalmente os bens imóveis sempre tiveram maior
relevância, mas modernamente os móveis também vem
ganhando importância, em razão do mundo dos negócios e a
grande circulação de papeis ou meios digitais com valor
econômico.
BENS IMÓVEIS- art. 79 a 81 BENS MÓVEIS- art.82 a 84
Art. 79. São bens imóveis o solo Art. 82. São móveis os bens
e tudo quanto se lhe incorporar suscetíveis de movimento
natural ou artificialmente. próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da
substância ou da destinação
econômico-social.
Chamados BENS DE RAIZ
Diferenças basilares

• Propriedade em regra • Propriedade adquirida pela


adquirida pelo registro tradição;
público; • Prazos de usucapião
• Usucapião prazos grandes; menores (3 e 5 anos);
• Objeto de hipoteca; • Objeto de penhor, exceto
• Diferenças tributárias, aeronaves e navios (que
processuais (foro, são tratados muitas vezes
participação do cônjuge) como imóveis, passíveis de
etc; hipoteca e registro);
• Não precisam de anuência
do cônjuge.

Bens imóveis por determinação Bens móveis* pela LEI


da LEI

Art. 80. Consideram-se Art. 83. Consideram-se


imóveis para os efeitos legais: móveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre I - as energias que tenham


imóveis e as ações que os valor econômico;
asseguram; (EXEMPLO A
HIPOTECA, UMA AÇÃO DE II - os direitos reais sobre
REINTEGRAÇÃO, ETC) objetos móveis e as ações
correspondentes;
II - o direito à sucessão
aberta. (EX: UMA RENÚNCIA A III - os direitos pessoais de
HERANÇA É RENUNCIA A BEM caráter patrimonial e respectivas
IMÓVEL E DEVE SER FEITA POR ações.
ESCRITURA PÚBLICA)

Art. 81. Não perdem o


caráter de imóveis:
I - as edificações que,
separadas do solo, mas
conservando a sua unidade,
forem removidas para outro
local;

II - os materiais
provisoriamente separados de
um prédio, para nele se
reempregarem.

1.2 BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS- Qualidade atribuída a


bens MÓVEIS

• FUNGÍVEIS- SUBSTITUÍVEIS: Art. 85. São fungíveis os


móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
• Ex. dinheiro, gêneros alimentícios em geral, etc;
• INFUNGÍVEIS- INSUBSTITUÍVEIS- Ex: obra de arte.
• SÃO QUALIDADES PECULIARES.

1.3 BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS- qualidade dos


móveis

• Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa


destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação.
• Sentido econômico dos bens;
• Consumíveis de fato, a própria natureza- ex: alimentos; ou
Consumíveis de Direito, exemplo: os destinados a
alienação, produtos de uma loja- consumíveis de direito;
• Inconsumível de uso continuado, ao menos não
juridicamente, exemplo bens duráveis;
1.4 BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS

• Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem


alteração na sua substância, diminuição considerável de
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
• Os bens podem ser indivisíveis por natureza (ex: animal);
pela vontade da lei, como a hipoteca (art. 1.421, CC),
coerdeiros quanto a herança até a partilha, etc; pela
vontade das partes
• Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se
indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes.

1.5 BENS SINGULARES E COLETIVOS

• Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se


consideram de per si , independentemente dos demais.
• COMPONENTES E INTEGRANTES;

• Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de


bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham
destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam
essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas
próprias.
(exemplo biblioteca, rebanho, etc)

• Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de


relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico. (exemplo herança, massa falida)

2. BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

2.1 PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS

• Principal tem existência própria e por si, já o acessório


depende do principal;
• Ex: solo principal e árvore acessório;
• Ex: contrato de compra e venda principal e cláusula penal
acessória;
• Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou
concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a
do principal.
o Consequências: natureza do acessório é a mesma do
principal- gravitação jurídica;
o Acessório acompanha o principal- exemplo nulidade
de um contrato impõe o da cláusula penal;

• OS BENS ACESSÓRIOS SÃO TIDOS EM CLASSES:


o PRODUTOS- RETIRA-SE DA COISA DIMINUINDO-A:
como pedras preciosas, extrações minerais.
o FRUTOS- são utilidades PERÍODICAS- sem acarretar
diminuição- frutos, plantações, crias de animais,
aluguéis (civis), produções de fábrica (industriais);
▪ A relevância da ideia de frutos é exposta
principalmente na posse- possuidor de boa-fé
tem direito enquanto ela durar aos frutos
percebidos. Já o de má-fé não tem direito aos
frutos, devendo restituir;
▪ Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem
principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
o PERTENÇAS-
▪ Art. 93. São pertenças os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro.
▪ Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem
respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei,
da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
▪ Ex: móveis de uma casa, não acompanham um
imóvel vendido ou desapropriado;
▪ STJ- equipamento GPS caminhão/alienação
fiduciária;

o BENFEITORIAS- Melhoramentos feitos no bem


principal:
o Classificação:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou
necessárias.

§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que


não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem
mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem
ou evitar que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos


ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor.

Relevância: ex: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé


tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las,
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá
exercer o direito de retenção pelo valor das
benfeitorias necessárias e úteis.

3. BENS QUANTO AO TITULAR

BENS PÚBLICOS: POR EXCLUSÃO, TEMOS OS BENS PRIVADOS

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes


às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os
outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.

CLASSIFICAÇÃO

• USO COMUM DO POVO- tais como rios, mares, estradas,


ruas e praças;
• USO ESPECIAL- tais como edifícios ou terrenos destinados
a serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias;
• DOMINICAIS- que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal,
ou real, de cada uma dessas entidades.
▪ SÃO OS BENS DE DOMÍNIO PRIVADO DO
ESTADO;
▪ Se desafetados podem ser alienados, mas
seguindo normas de direito público, como na
lei 8.666/93, prévia licitação, autorização
legislativa e interesse público;
• Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de
uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar.
• Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei.
• Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Julgados relevantes- fonte DIZER O DIREITO:


❖ particular invade imóvel público e deseja proteção
possessória em face do PODER PÚBLICO: não é
possível. Não terá direito à proteção possessória.
Não poderá exercer interditos possessórios
porque, perante o Poder Público, ele exerce mera
detenção. 2) particular invade imóvel público e deseja
proteção possessória em face de outro PARTICULAR:
terá direito, em tese, à proteção possessória. É possível
o manejo de interditos possessórios em litígio entre
particulares sobre bem público dominical, pois entre
ambos a disputa será relativa à posse. STJ. 4ª Turma.
REsp 1.296.964-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 18/10/2016 (Info 594).
❖ Ação possessória entre particulares e possibilidade de
oposição do ente público Súmula 637-STJ: O ente
público detém legitimidade e interesse para
intervir, incidentalmente, na ação possessória
entre particulares, podendo deduzir qualquer
matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o
domínio. STJ. Corte Especial. Aprovada em
07/11/2019
❖ Impenhorabilidade do único imóvel comercial do
devedor que esteja alugado
❖ Segundo a redação literal da súmula 486-STJ, "é
impenhorável o único imóvel RESIDENCIAL do devedor
que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida
com a locação seja revertida para a subsistência ou a
moradia da sua família." A 2ª Turma do STJ, contudo,
ampliou esta proteção e decidiu que também é
impenhorável o único imóvel COMERCIAL do devedor
que esteja alugado quando o valor do aluguel é
destinado unicamente ao pagamento de locação
residencial por sua entidade familiar. STJ. 2ª Turma.
REsp 1.616.475-PE, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 15/9/2016 (Info 591).
❖ Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de
bem de família abrange também o imóvel pertencente
a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
❖ Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família
pertencente a fiador de contrato de locação.

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