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LEI Nº. 13/83.

“Institui o Código de obra do Município”

DIONIR DE FREITAS QUEIROZ, Prefeito Municipal de Pontes e


Lacerda, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, faz
saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a
seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

SEÇÃO I
DOS OBJETIVOS

Art. 1° - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de edifícios,


efetuada por particulares ou entidade pública, só poderá ser
executado nas áreas urbanas e de expansão urbana do Município de
Pontes e Lacerda, após aprovação do respectivo projeto e
conseqüente licença da Prefeitura, salvo a exceção prevista no artigo
4º da presente Lei.

Parágrafo Único – As demolições estarão sujeitas igualmente à prévia


licença.

Art. 2° - Esta Lei tem como objetivos:

I – Disciplinar a elaboração de projetos e a execução de


edificações no Município que deverão estar de acordo com as normas
estabelecidas neste código e com a legislação vigente sobre uso e
parcelamento do solo.

II – Assegurar os padrões mínimos de segurança, higiene,


salubridade e conforto das edificações de interesse para a
comunidade.
SEÇÃO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 3° - Para efeito da presente Lei, são adotadas as seguintes


definições:

I – Alinhamento: linha projetada, locada ou indicada pela


Prefeitura, para marcar o limite do lote ou terreno com o logradouro
público;

II – Alvará: documento que expressa a autorização


outorgada para a execução de obras sujeitas à fiscalização da
Prefeitura;

III – Acréscimo: aumento de uma construção ou edificação


em área ou altura;

IV – Afastamento: distância entre a construção e as divisas


do lote em que está localizada, o afastamento será frontal, lateral ou de
fundos, quando as divisas forem, respectivamente, a testada, os lados
ou os fundos do lote;

V – Lote: parcela de terreno com pelo menos um acesso


por via de circulação de veículos, geralmente resultante de loteamento
ou desmembramento;

VI – Passeio: parte do logradouro destinado à circulação


exclusiva de pedestres;

VII – Divisa: linha limítrofe de um lote ou terreno;

VIII – a relação percentual entre a diferença da cotas


altimétricas de dois pontos a sua distância horizontal ;

VIII – Declividade: a relação percentual entre a diferença


das cotas altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal;

IX – Logradouro Público – toda parcela território de


propriedade pública e de uso comum da população, oficialmente
reconhecida por uma designação própria;

X – Meio Fio – arremate entre o plano do passeio e o das


faixas de rolamento de logradouro;
XI – Área construída ou de construção, área total de todos
os pavimentos de uma edificação, inclusive o espaço ocupado pelas
paredes;

XII – Área ocupada: área da projeção horizontal do edifício


sobre o terreno;

XIII – Área útil: área livre aproveitável de uma edificação ou


compartimento, medida internamente, descontados os elementos
construtivos, tais como pilares, caixas de escada e similares;

XIV – Recuo: afastamento que dá para a via pública;

XV – Testada: Frente do lote medida no alinhamento, entre


as divisas laterais;

XVI – Pátio: Área confinada e descoberta, adjacente à


edificada ou circunscrita pela mesma;

XVII – Cobertura: último teto de uma edificação;

XVIII – Compartimento: cada uma das divisões dos


pavimentos das edificações;

XIX – Cotas: indicação ou registro numérico das dimensões;

XX – Circulação: designação genérica dos espaços


necessários à movimentação de pessoas de um compartimento para
outro, ou de um pavimento para o outro;

XXI – Pavimento: conjunto de dependências de uma


edificação, situada em um mesmo nível;

XXII – Balanço: avanço da edificação sobre o alinhamento


do pavimento térreo e acima deste, ou qualquer elemento que, tendo
seu apoio no alinhamento das paredes externas se projete além delas;

XXIII – Marquise: estrutura em balanço destinada a


cobertura e proteção de pedestres;

XXIV – Muros de arrimo: muros destinados a suportar os


esforços do terreno;

XXV – Nivelamento: regularização do terreno através de


cortes e aterro;
XXVI – Patamar: superfície intermediária entre 2 (dois) lances
da escada;

XXVIII – Pé-direito: distância vertical entre o piso e o teto de


um compartimento;

XXIX – Tapume: vedação artificial, feita de madeira ou


material similar, destinada a isolar uma construção para a proteção dos
transeuntes;

XXX – Fossa Séptica ou sanitária: tanque de concreto ou


alvenaria, revestido, em que se deposita o afluente do esgoto e onde a
matéria orgânica sofre um processo de minoração:

XXXI – Vistoria: diligência efetuada por funcionários


credenciados pela Prefeitura, para verificação das condições de uma
construção, edificação ou obra em andamento paralisada;

XXXII – Embargo: processo administrativo pelo qual a


Prefeitura faz sustar o prosseguimento da obra;

XXXIII – Habite-se: documento expedido pela Prefeitura,


autorizando a ocupação de edificação nova ou reformada;

XXXIV – Interdição: ato administrativo que impede a


ocupação de uma edificação;

XXXV – Zoneamento: divisão em zonas, estabelecendo


normas de uso do solo.

CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS PROJETOS E DA CONCESSÃO
DO ALVARÁ DE OBRAS.

Art. 4° - Para efeito de aprovação de projetos ou obtenção de alvará


de obras, o proprietário deverá apresentar à Prefeitura os seguintes
documentos:

I – Requerimento, solicitando, quando for o caso, a


aprovação do projeto, assinado pelo proprietário promitente
comprador ou procurador legal, constando dele o nome e o endereço
do proprietário ou do promitente comprador e o local da obra a ser
realizada;
II – Escritura de propriedade do imóvel ou compromisso
público de compra e venda, ou qualquer outro documento
juridicamente válido que a substitua;

III – Certidão de quitação dos tributos municipais referente


ao imóvel;

IV – Comprovante de pagamento de taxa de expediente;

V – Projeto de arquitetura, apresentando em 03 (três) jogos


completos de cópias heliográficas, assinadas pelo proprietário, pelo
autor do projeto e pelo construtor responsável, dos quais, após visados,
um jogo completo será devolvido ao requerente, junto com a
respectiva licença e os demais serão arquivados;

VI – Comprovação do ART (Anotações de Responsabilidade


Técnica) emitida pelo CREA-MT.

Art. 5° - Ficam dispensados da apresentação do projeto e de licença,


porém sujeitas à consulta prévia, as habitações provisórias ou populares,
que poderão eventualmente receber assistência e orientação técnica
da Prefeitura, e as pequenas demolições e reformas, desde que
satisfaçam às seguintes condições:

I – Não transgridam este código;


II – Sejam notificadas à Prefeitura;
III – Sejam executadas em um mesmo pavimento;
IV – Não exijam estruturação especial;
V – Não determinem reconstrução ou acréscimo que
ultrapasse a área de 18,00 m2.

Art. 6° - Deverão fazer parte do projeto de arquitetura os seguintes


elementos:

I – Planta de situação e locação da construção, indicando


sua posição em relação às divisas do lote, com as devidas cotas e
orientações;

II – Planta baixa de todos os pavimentos que comportar a


construção, indicando a utilização de cada compartimento, suas
dimensões e áreas, bem como a espessura das paredes e as dimensões
dos vãos de iluminação e ventilação.
III – Cortes, transversal e longitudinal, indicando a altura dos
compartimentos, níveis de pavimento, alturas das janelas e peitoris e
demais elementos necessários à compreensão do projeto;

IV – Elevação da fachada ou fachadas voltadas para a via


pública;

V – Planta de cobertura com indicação das inclinações e


largura dos beiras;

VI – Plantas de detalhes, caso a Prefeitura necessite de


maiores esclarecimentos sobre o projeto.

§ 1º. – As escalas mínimas serão:

I – De 1:500 (um por quinhentos) para as plantas de situação e locação;


II – De 1:50 (um por cincoenta) e 1:100 (um por cem) para as plantas
baixas, cortes e fachadas;
III – De 1:250 (um por duzentos e cincoenta) para as plantas de
cobertura;
IV – de 1:20 (um por vinte) para as plantas de detalhes;

§ 2º. – Haverá sempre escala gráfica, o que não dispensa a indicação


das cotas.

Art. 7º. – No caso de reformas, as ampliações serão usadas nas seguintes


convenções de cores:

I – Cor preta, para as partes a conservar;

II – Cor amarela, para as partes a demolir;

III – Cor vermelha, para as partes novas ou acréscimos.

Art. 8º. – Quando se tratar de edificações destinadas ao fabrico ou


manipulação de gêneros alimentícios, frigoríficos ou matadouros, bem
como estabelecimento hospitalares e congêneres, deverão ser
consultados ou órgãos sanitários competentes.

Art. 9º. – Qualquer modificação do projeto já aprovado deverá ser


notificado à Prefeitura que, após examina - lá, poderá exigir
paralização das obras e apresentação de um novo projeto, seguindo-
se a mesma tramitação e atendendo-se as mesmas exigências do
projeto inicial.
Art. 10º. – Após a aprovação do projeto e comprovado o pagamento
das taxas devidas a Prefeitura fornecerá o respectivo alvará, válido por
02 (dois) anos, findo os quais poderá ser requerida prorrogação, nos 15
(quinze) dias seguintes ao seu término.

Art. 11 – Perderá validade o alvará de obras não iniciadas no prazo de


06 (seis) meses contados a partir da data de sua expedição.

Art. 12 – Independem de alvará os serviços de reparos e substituição de


revestimentos de muros, substituição de coberturas, calhas, portas,
janelas e condutores em geral de impermeabilização de terraços, a
construção de calçadas no interior de terrenos edificados.

Art. 13 – Ficam dispensados da apresentação do projeto as construções


até 56 m2 (cincoenta e seis metros quadrados).

CAPÍTULO III

DO HABITE-SE

Art. 14 – Considerar-se-á a obra iniciada, assim que for expedido o


correspondente alvará de licença.

Art. 15 – Durante a execução de obras de construção, reforma ou


demolição, é obrigatória a colocação de tanques em toda a testada
do lote, se a critério da autoridade Municipal, isto for necessário a
segurança de quem transitar pelo logradouro.

Art. 16 – Uma obra será considerada concluída, quando tiver condições


de ser habitada , encontrando-se em funcionamento as instalações
hidro-sanitárias.

Art. 17 – Concluída a obra, o proprietário deverá solicitar à Prefeitura


Municipal a vistoria da edificação.

Art. 18 – Procedida a vistoria e constatado que a obra foi realizada em


consonância com o projeto aprovado, obriga-se a Prefeitura a expedir
o “habite-se”, no prazo de 15 dias, a partir da data de entrada do
requerimento.

Art. 19 – Poderá ser concedido o “habite” parcial a juízo do órgão


competente.
Art. 20 – Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja
procedida a vistoria pela Prefeitura e expedido o respectivo “habite-se”.

CAPÍTULO IV

DAS NORMAS TÉCNICAS

SEÇÃO I
Das Edificações em Geral

Art. 21 – Na execução de toda e qualquer edificação, bem na reforma


ou ampliação, os materiais utilizados deverão satisfazer as normas
compatíveis com o seu uso na construção, atendendo ao que dispõe a
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas em relação à cada
casa.

§ 1º - Os coeficientes de segurança para os diversos materiais serão os


fixados pela ABNT.

§ 2º - Os materiais utilizados para paredes, porcas, janelas, pisos,


coberturas e forros deverão atender ao mínimo exigido pelas normas
técnicas oficiais quanto a resistência ao fogo e isolamento térmico e
acústico.

Art. 22 – Toda e qualquer construção deverá obedecer a cota de


soleira mínima de 0,10 m (dez centímetros) acima do nível do eixo
central da via, desde que a mesma já tenha o seu greide definitivo.

Art. 23 – Nenhuma construção poderá impedir o escoamento das águas


pluviais, sendo obrigatória a canalização e, se necessário, a servidão
que permita o natural escoamento das águas.

Art. 24 – É proibida a execução de toda e qualquer edificação nas


faixas de passeio.

Art. 25 – Para execução de toda e qualquer construção, reforma e


demolição junto à frente do lote será obrigatória a colocação de
tapumes.

Parágrafo Único – Os tapumes poderão avançar até 50% sobre a faixa


de passeio.
Art. 26 – Não será permitida, em nenhum caso, a ocupação de
qualquer parte da via pública com materiais de construção, salvo na
parte limitada do tapume.

Art. 27 – A remoção ou supressão de árvores, mesmo em propriedades


particulares, deverá ser requerida a Prefeitura Municipal e só poderá ser
feita mediante autorização ou licença, após vistoria no local.

SEÇÃO II
DAS Fundações

Art. 28 – Nenhuma construção poderá ser realizada, sem prévio


saneamento do solo, em terrenos:

I – Úmido ou pantanoso;
II – Misturado com húmes ou substâncias orgânicas

Art. 29 – As fundações deverão estar sempre contidas dentro dos limites


do lote e executada de acordo com as normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT).

SEÇÃO III
DAS Paredes e dos Pisos

Art. 30 – Desde que não haja estruturas, as paredes externas das


edificações serão suficientemente impermeáveis.

Art. 31 – Os pisos dos compartimentos assentados diretamente sobre o


solo deverão ser convenientemente impermeabilizados.

SEÇÃO IV
DAS Coberturas

Art. 32 – As coberturas das edificações deverão ser construídas com


materiais que possibilitem perfeita impermeabilização e isolamento
térmico.

Art. 33 – As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas


dentro dos limites do lote, não sendo permitido o deságüe sobre os lotes
vizinhos ou logradouros.
SEÇÃO V
DAS Fachadas

Art. 34 – No pavimento térreo das edificações que não tiverem


afastamento frontal, não serão permitidas saliências, nem qualquer tipo
de vedação ou janelas que abram para fora da edificação.

Art. 35 – Será permitido nas edificações o balanço acima do pavimento


acesso, desde que não ultrapasse de 1/20 (um vigéssimo) da largura do
logradouro, não podendo exceder o limite de 1,00 m (um metro).

Parágrafo Único – Quando a edificação, em caso de comércio,


apresentar mais de uma fachada voltada para o logradouro público,
obedecerá as seguintes condições:

I – Terão sempre marquise;


II – Terão a face externa do balanço afastada de no
mínimo 0,50 (cincoenta centímetros) do meio fio;
III – A altura das marquises será de 3m (três metros);
IV – Permitirão o escoamento das águas pluviais
exclusivamente para dentro dos limites do lote;
V – Não prejudicarão a arborização e iluminação pública,
assim como não ocultarão placas de nomenclatura ou
remuneração.

SEÇÃO VI
Dos Pés Direitos

Art. 36 – O pé-direito, que é a altura livre entre o piso e o teto, deverá


obedecer, quando houver laje ou forro de qualquer espécie, às
seguintes dimensões:

I – Para construção de residências em alvenaria será de


3,00m (três metros);

II - Para construção de residência em madeira será de 2,70


m (dois metros e setenta centímetros);

III – Em estabelecimentos destinados ao comércio em geral


deverão ter pé direito mínimo de 4,00 m (quatro metros);
IV – Em sobrelojas, que são pavimentos situados
imediatamente acima das lojas, caracterizados por pés-direitos
reduzidos, será de 2,50m (dois metros e cincoenta centímetros).

V – Em edificações destinadas a uso coletivo, tais como


templos religiosos, cinemas e auditórios: 6,00m (seis metros).

SEÇÃO VII
Da Iluminação e Ventilação dos Compartimentos

Art. 37 – Todo e qualquer compartimento, seja qual for o seu destino,


deverá ser iluminado e ventilado por meio de aberturas, em plano
vertical, abrindo diretamente para a via pública ou área interna.

§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica a corredores e caixa de


escadas.

§ 2º - Considera-se área interna de iluminação e ventilação aquela que


esteja situada dentro das divisas do lote, seja qual for a sua disposição,
desde que tenha área mínima de 6m2 (seis metros quadrados).

Art. 38 – Os vãos de iluminação e ventilação, quando vedados deverão


ser previdos de dispositivos que permitam a ventilação permanente dos
compartimentos.

Art. 39 – A soma total das áreas dos vãos de iluminação e ventilação de


um compartimento terá seus valores mínimos expressos em fração da
área desse compartimento, conforme disposições a seguir:

I – Salas, dormitórios, escritórios, lojas e sobrelojas, locais de reunião,


cozinhas e copas: 1/6 (um sexto), da área do piso;
II – Banheiros, lavatórios e salas de espera: 1/8 (um oitavo) da área do
piso;
III – Demais compartimentos: 1/10 (um décimo) da área do piso.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os vãos de ventilação terão, obrigatoriamente,


área mínima de 0,50 m2 (cincoenta centímetros quadrados).

Art. 40 – Todas as edificações construídas ou reconstruídas nas zonas


urbanas e de expansão urbana deverão obedecer, quando as
disposições referentes ao zoneamento assim o exigirem, aos seguintes
afastamentos mínimos:
I – Em relação ao logradouro público principal: 5,00 m
(cinco metros);

Em relação às divisas laterais e de fundos: 1,50 m (um metro


e cincoenta centímetros).

SEÇÃO VIII
Das Circulações

Art. 41 – As circulações em um mesmo nível (corredores), quando


destinados a utilização privativa, deverão ter, em unidade residências
ou comerciais, largura mínima de 1,00m (um metro) para extensão de
até 5,00 m (cinco metros). Excedido este comprimento, deverá haver
acréscimo de 0,05m (cinco centímetros) na largura, para cada metro
ou fração de excesso.

Parágrafo Único – Quando alcançarem mais de 10,00m (dez metros) de


comprimento, deverão as circulações receber luz direta.

Art. 42 – As circulações em um mesmo nível (corredores), quando


destinados a utilização coletiva, deverão ter largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte centímetros) para extensão de até 10,00m (dez
metros). Excedido este comprimento, deverá haver acréscimo de 0,05m
(cinco centímetros) na largura, em edificação de uso residencial, e de
0,10m (dez centímetros) em edificações de uso comercial, para cada
metro ou fração de excesso.

SEÇÃO IX
Das Escadas e das Rampas

Art. 43 – As escadas deverão obedecer às seguintes normas:

§ 1º - Quando destinadas a uso privativo terão largura mínima de 0,80m


(oitenta centímetros) e oferecerão passagem com altura mínima nunca
inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros) salvo o disposto nos
parágrafos seguintes.

§ 2º - Quando de uso comum ou coletivo, as escadas deverão


obedecer as seguintes exigências:
I – Ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), nunca inferior às portas e corredores;
II – As escadas coletivas, sempre que o número de degraus
consecutivos exceder de 16 (dezesseis), será obrigatório intercalar um
patamar, com extensão mínima de 0,80m (oitenta centímetros) e com a
mesma largura dos degraus;
III – Ser de material incombustível, quando atenderem a
mais de dois pavimentos;
IV – Dispor, nos edifícios com quatro ou mais pavimentos, de
saguão e o hall de distribuição, a partir do sexto pavimento;
V – Dispor de porta-corta-fogo entre a caixa da escada e
seu saguão e o hall, de distribuição, a partir do sexto pavimento;
VI – Dispor, nos edifícios com nove ou mais pavimentos, de:

a) uma antecâmara entre o saguão da escada e o hall


de distribuição, isolada por duas portas conta-fogo;
b) antecâmara ventilada por um poço de ventilação
natural, aberto no pavimento térreo e na cobertura;
c) antecâmara iluminada por sistemas compatíveis com
o adotado para a escada.

§ 3º - Nas escadas de uso secundário poderá ser permitida a redução


de sua largura até o mínimo de 0,60m (sessenta centímetros).

§ 4º - A existência de elevador em uma edificação não dispensa a


construção de escada.

§ 5º - o dimensionamento dos degraus obedecerá a uma altura máxima


de 0,18 (dezoito centímetros) e profundidade mínima de 0,25 m (vinte e
cinco centímetros).

Art. 44– As rampas de uso coletivo não poderão ter largura inferior a de
1,20 (um metro e vinte centímetros) e sua inclinação será no máximo
igual a 12% (doze por cento), se a declividade exceder 5% o piso
deverá ser revestido com material ante-derrapante.

Art. 45 – Será obrigatória a instalação de no mínimo, um elevador nas


edificações de mais de dois pavimentos que apresentarem dentre o
piso de qualquer pavimento e o nível da via pública, no ponto de
acesso ao edifício, uma distância vertical superior a 12m (doze metros)
e de, no mínimo, dois elevadores, nos caso dessa distância superior a
24m (vinte e quatro metros).
§ 1º - A referência do nível para as distâncias verticais mencionadas
poderá ser a da soleira de entrada do edifício, e não a da via pública,
no caso de edificações que ficam suficientemente recuadas do
alinhamento, para permitir que seja vencida essa diferença de cotas
através de rampa com inclinação não superior a 12% (doze por cento).

§ 2º - Para efeito de cálculo das distâncias verticais, será considerada a


espessura das lajes com 0,15m (quinze centímetros) no mínimo.

§ 3º - No cálculo das distâncias verticais, não será computado o último


pavimento quando for de uso exclusivo do penúltimo ou destinado a
dependências de uso comum e privativas do prédio, ou ainda a
dependência do zelador.

Art. 46 – Os espaços dos elevadores deverá ter a dimensão não inferior


a 1,50m (um metro e cincoenta centímetros), medidas
perpendicularmente às portas dos elevadores.

Parágrafo Único – Quando a edificação necessariamente tiver mais de


um elevador, as áreas de acesso de cada elevador devem estar
interligadas em todos os pisos.

Art. 47 – O sistema mecânico de circulação vertical (número de


elevadores, cálculo de tráfego e demais características) está sujeito as
normas técnicas da ABNT sempre que for instalado, e deve ter um
responsável técnico legalmente habilitado.

SEÇÃO X
Do Escoamento das Águas

Art. 48 – O terreno circundante às edificações será preparado de modo


a permitir o franco escoamento das águas pluviais para a via pública
ou para terreno a juzante.

§ 1º - É vedado o escoamento, para a via pública, de águas servidas de


qualquer natureza.

§ 2º - As edificações situadas no alinhamento deverão dispor de calhas


e condutores e as águas serão canalizadas por baixo do passeio,
quando este existir, até a sarjeta.
SEÇÃO XI
Dos muros de Arrimo e dos Passeios

Art. 49– A Prefeitura poderá exigir dos proprietários a construção de


muros de arrimos e de proteção, sempre que o nível de terreno for
superior ao logradouro público, ou quando houver desnível entre os
lotes que possa ameaçar a segurança das edificações existentes ou
das vias públicas.

Art. 50 – A construção e a conservação de passeios, quando for caso,


serão feitas pelo proprietário, de acordo com as especificações da
Prefeitura.

Parágrafo Único – Para a entrada de veículos no interior do lote, deve


ser rebaixada a guia do meio fio e rampeado o passeio, o
rampeamento não poderá ir além de 0,50m (cincoenta centímetros) da
guia.

SEÇÃO XII
Das Instalações

Art. 51 – É obrigatória a ligação da rede domiciliar às redes de água e


esgoto, quando tais redes existirem na via pública onde se situa a
edificação.

Art. 52 – Enquanto não houver rede de esgoto, as edificações serão


dotadas de fossas sépticas, afastadas no mínimo 2m (dois metros) das
divisas do lote e com capacidade proporcional ao número de pessoas
na ocupação do prédio.

§ 1º - Depois de passarem pela fossa séptica, as águas serão infiltradas


no terreno por meio de sumidouro convenientemente construído.

§ 2º - As águas servidas provenientes de copa cozinha deverão passar


por uma caixa de gordura, antes de serem lançadas no sumidouro.

§ 3º - As fossas com sumidouros deverão ficar a uma distância mínima


de 15,00 m de raio de poços de capitação de água situados no mesmo
terreno ou em terreno em vizinho.
Art. 53 – Toda habitação será provida de banheiro ou de pelo menos
chuveiro e vaso sanitário e sempre que possível, de reservatório de
água, hermeticamente fechado, com capacidade suficiente para uso
diário.

Parágrafo Único – Os vasos sanitários podem ser instalados nos


compartimentos de banhos, os quais deverão dispor de ventilação
permanente e suficiente.

Art. 54 – Os compartimentos de banho e sanitário não poderão ter


comunicação direta com as cozinhas, dispensas e salas de refeições.

Art. 55 – Casa vaso sanitário será adotado de caixa individual de


descarga.

CAPÍTULO V

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 56 – Entende-se por residência ou habitação a edificação


destinada exclusivamente à moradia, constituída por um mais
dormitórios, salas, cozinhas, banheiros, circulações e dependências de
serviço.

Art. 57 – AS edificações residenciais segundo o tipo de suas unidades,


podem ser privativas ou coletivas.

§ 1º - As edificações residenciais privativas podem ser unifamiliares ou


multifamiliares.

§ 2º - A edificação é considerada unifamiliar quando nela existe uma


única unidade residencial, será multifamiliar quando existirem, na
mesma edificação, 2 (duas) ou mais unidades residenciais.
§ 3º - Considerar-se-á unidade residencial a constituída de, no mínimo 4
(quatro) compartimento, sendo 2 (dois) de permanência, 1 (um)
banheiro e 1 (uma) cozinha.

§ 4º - As edificações residenciais coletivas são aquelas nas quais


algumas ou todas as funções e atividades residenciais desenvolvem em
compartimentos de utilização coletiva dormitórios, salões de refeição,
instalações sanitárias comuns etc., tais como internatos, pensionatos,
asilos e camping.

Art. 58 – Nos banheiros das residências será obrigatória a


impermeabilização das paredes até a altura mínima de 1,50m (um
metro e cincoenta centímetros).

Art. 59 – Nos conjuntos residenciais, a área construída de cada


habitação não poderá ser inferior a 25m2 (vinte e cinco metros
quadrados).

Parágrafo único – Os conjuntos residenciais constituídos de edificações


independentes, ligados por vias de circulação, aplicam-se no que
couber, as disposições da legislação referente ao parcelamento do
solo.

Art. 60 – Os conjuntos residenciais, constituídos por um ou mais edifícios


de apartamentos, deverão atender às seguintes disposições:

I – Ter instalação preventiva contra incêndio, de acordo


com as normas da ABNT;
II – Ter a distância entre os pisos de dois pavimentos
consecutivos, pertencentes a habitação distintas, não inferior a 2,95m
(dois metros e noventa e cinco centavos);
III – Ter em cada habitação, pelo menos três
compartimentos, sala, dormitório, cozinha e um banheiro sanitário.

Parágrafo Único – Nos edifícios de apartamentos com apenas os três


compartimentos obrigatórios é permitido:

I – Reduzir a área de cozinha até o mínimo de 3m2 (três


metros quadros);
II – Ventilar a cozinha, se essa tiver área inferior ou igual a
6m2 (seis metros quadrados), por meio de duto de ventilação.
Art. 61 – Escritórios, consultórios e lojas poderão ser construídos com
habitação, numa mesma edificação, desde que sua natureza não
prejudique o bem estar, a segurança e o sossego, e que os
compartimentos de uso não residencial tenham acesso independente
ao logradouro público.

SEÇÃO II

Das Edificações Multifamiliares

Art. 62 – As edificações residenciais multifamiliares deverão obedecer as


seguintes exigências:

I – Portaria com caixa de distribuição de correspondência em


local centralizado;
II – Local centralizado para coleta de lixo, com terminal em
recinto fechado;
III – Equipamento para extinção de incêndio;
IV – Área de recreação coberta ou não, proporcional ao
número de permanência prolongada, possuindo:

a) proporção mínima de 1,00m2 (um metro quadrado) por


compartimento de permanência prolongada, não
podendo, porém ser inferior a 50,00 m2 (cincoenta
metros quadrados);
b) continuidade, não podendo o seu dimensionamento ser
feito por adição de áreas parciais isoladas;
c) acesso através de partes comuns, afastados depósitos
coletores de lixo e solado das passagens de veículos.

PARÁGRAFO ÚNICO – A área de recreação de que trata o inciso IV não


poderá ser localizada na cobertura das edificações.

SEÇÃO III
Das Edificações Coletivas

Art. 63 – As edificações destinadas a hotéis e motéis deverão atender,


além das demais disposições deste código que lhes forem aplicáveis as
seguintes exigências:

I – Ter, além dos apartamentos ou quartos, dependências


de vestíbulos com local para instalação de portaria e sala de estar;
II – Entrada de serviço independente da entrada de
hospedes;
III – Lavatório com água corrente em todos dormitórios;
IV – Ter instalações sanitárias do pessoal de serviço
independentes e separadas das destinadas aos hospedes;
V – Ter, em cada pavimento, instalações sanitárias,
separadas por sexo, para hospedes, na proporção de um vaso sanitário,
um chuveiro e um lavatório no mínimo para cada 72m2 (setenta e dois
metros quadrados) de área ocupada por dormitórios desprovidos de
instalações sanitárias privativas;
VI – Fossas sépticas dimensionadas segundo o número de
leitos, levando-se em conta a sua lotação máxima;
VII – As cozinhas, copas, lavanderias e dispensa, quando
houver, deverão ter piso e as paredes, até a altura mínima de 2m (dois
metros, revestidos com material lavável e impermeável;
VIII – Local centralizado para coleta de lixo, com terminal
em recinto fechado;
IX – Equipamento para extinção de incêndio.

§ 1º - Os dormitórios para 2 (dois) leitos deverão ter área mínima de


12,00m2 (doze metros quadrados) e, para 1 (um) leito, área mínima de
8,00 m2 (oito metros quadrados) em qualquer caso não poderão ter
largura menor que 2,50 m (dois metros e cincoenta centímetros) e
obedecerão às disposições deste Código em relação à iluminação e
ventilação.

§ 2º - Caso todos os dormitórios não sejam dotados de banheiros


privativos, deverão existir instalações sanitárias coletivas, em cada
pavimento, na proporção mínima de 1(um) vaso sanitário e 1(um)
chuveiro, em compartimentos separados para ambos os sexos, para
cada grupo de 4 (quatro) dormitórios.

§ 3º - São proibidas, em qualquer circunstâncias, as diversões precárias


de madeiras, tipo tabiques.

Art. 64 – A adaptação de qualquer edificação para utilização como


hotel ou motel terá que atender, integralmente, a todos os dispositivos
da Lei desta Lei.

Art. 65 – As áreas destinadas a camping deverão as seguintes


exigências:

I – Arborização com cercas vivas, ao longo do perímetro do


terreno;
II – Demarcação também com cercas vivas, das áreas de
fixação das barracas;
III – Áreas para estacionamento de veículos,
suficientemente dimensionadas para atender ao número de vagas de
barracas;
IV – Áreas para estacionamento de trailers e reboques
separados da área de fixação de barracas;
V – Guarita de recepção, cobertura com serviços de
portaria e área mínima de 9,00m2 (nove metros quadrados);
VI – Instalações sanitárias, na proporção mínima de 1 (um)
vaso sanitário, 1 (um) mictório, 1(um) lavatório e 2 (dois) chuveiros em
compartimentos separados para ambos os sexos, para cada grupo de 6
(seis) vagas para fixação de barracas ou estacionamento de trailers;
VII – Instalações sanitárias separadas para o pessoal de
serviço.

PARÁGRAFO ÚNICO – As áreas de fixação de barracas serão gramadas


e arborizadas na proporção de um árvore para cada vaga de barraca
ou trailers.

Art. 66 – As edificações destinadas a auditório, cinemas, teatro e


similares deverão atender às seguintes disposições especiais:

I – Ser de material incombustível, tolerando-se o emprego


de madeira ou outro material combustível apenas esquadrias, lambris,
parapeitos, revestimentos de piso, estrutura da cobertura do forro;
II – Ter instalações sanitárias separadas para cada sexo,
com as seguintes proporções mínimas, em relação à lotação máxima,
calculadas, na base de 1,60m2 (um metro e sessenta centímetros
quadrados) de área construída por pessoa.

a) Para o sexo masculino, um vaso e um lavatório para


cada quinhentos lugares ou fração, e um mictório para cada duzentos
e cincoenta lugares ou fração;
b) Para o sexo feminino,, um vaso sanitário e um
lavatório para quinhentos lugares fração .

III – Ter instalação preventiva contra incêndio de acordo


com as normas da ABNT.

Art. 67 – As edificações destinadas à auditório, cinemas, teatros e


similares deverão atender às seguintes disposições especiais:

I – Ser de material incombustível, tolerando-se o emprego


de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias,
lambris, parapeitos, revestimentos de piso, estrutura de cobertura e
forro;
II – Ter instalações sanitárias separadas para cada sexo com
as seguintes proporções mínimas, em relação à lotação máxima,
calculadas, na base de 1,60 m2 (um metro e sessenta centímetros
quadrados) de área construída por pessoa:
a) Para sexo masculino, um vaso e um lavatório para
cada quinhentos lugares fração, e um mictório para cada duzentos e
cincoenta lugares ou fração;
b) Para sexo feminino, um vaso sanitário e um lavatório
para quinhentos lugares ou fração.

III – Ter instalação preventiva contra incêndio, de acordo


com as normas de ABNT.

Art. 68 – Nas edificações destinadas a auditórios, cinemas, teatros e


similares, as portas, circulações, corredores e escadas serão
dimensionadas em função da lotação máxima:

I – Quanto às portas:

a) Deverão ter a mesma largura dos corredores;


b) As de saída da edificação deverão ter largura total
(soma de todos os vãos) correspondentes a 1cm (um centímetros) por
lugar, não podendo cada porta ter menos de 1,50m (um metro e
cincoenta centímetros) de vão livre e deverão abrir de dentro para
fora.

II – Quanto aos corredores de acesso e escoamento do


público deverão possuir largura mínima de 1,50 m (um metro e
cincoenta centímetros), a qual terá um acréscimo de 0,001m (um
(milímetro) por lugar excedente à lotação de cento e cincoenta (150)
lugares, quando não houver lugares fixos, a lotação será calculada na
base de 1,60m2 (um metro e sessenta centímetros quadrados) por
pessoa;

III – Quanto às circulações internas à sala de espetáculos:

a) Os corredores longitudinais deverão ter largura


mínima de 1,00 metro (um metro) e os transversais de 1,70m (um metro e
setenta centímetros);
b) As larguras mínimas terão um acréscimo de 0,001m
(um milímetro) por lugar excedente a 100 (cem) lugares, na direção do
fluxo normal de escoamento da sala para saídas;

IV – Quanto às escadas:

a) As de saída deverão ter largura mínima de 1,50m (um


metro e cincoenta centímetros) para uma lotação máxima de cem
(100) lugares, a ser aumentada a razão de 0,001m (um milímetro) por
lugar excedente;
b) Sempre que a altura a vencer for superior a 2,50m
(dois metros e cincoenta centímetros), devem ter patamares os quais
terão profundidade de 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) Não poderão ser desenvolvidos em leque ou caracol;
d) Quando substituídas por rampas, estas deverão ter
inclinação menor ou igual a 10% a ser revestida de material
antiderrapante.

Art. 69 – As edificações destinadas a garagem particulares coletivas e


garagens comerciais deverão atender às disposições da presente Lei
que lhe forem aplicáveis, além das seguintes exigências:

I – Ter pé direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte


centímetros);

II – Não ter comunicação direta em compartimentos de


permanência prolongada;

III – Ter sistemas de ventilação permanente.

§ 1º - As edificações destinadas a garagens particulares individuais


deverão atender, ainda, às seguintes disposições:

I – Ter largura útil mínima de 2,50m (dois metros e cincoenta


centímetros);

II – Profundidade mínima de 4,50m (quatro metros e


cincoenta centímetros)

III – Qualquer rampa de acesso à garagem com


declividade superior a 15% deverá ter seu término no mínimo a 5m
(cinco metros) do alinhamento do terreno.

§ 2º - As edificações destinadas à garagens particulares coletivas


deverão atender, ainda, às seguintes disposições:

I – Ter estrutura, paredes e forros de material incombustível;

II – Ter vão de entrada com largura mínima de 3m (três


metros), e no mínimo 2 (dois) vãos, quando comportarem mais de
cincoenta carros;
III – Ter locais de estacionamento box, para cada carro,
com uma largura mínima de 2,40 (dois metros e quarenta centímetros)e
comprimento de 5m (cinco) metros;

IV – O corredor de circulação deverá ter largura mínima de


3m (três metros), 3,50 (três metros e cincoenta centímetros) ou 5m (cinco
metros) quando os locais de estacionamento formarem, em relação
aos mesmos, ângulos de 30º, 45º ou 90º, respectivamente;

V – Não serão permitido quaisquer instalações de


abastecimento, lubrificação ou reparos em garagens particulares
coletivas.

§ 3º - As edificações destinadas a garagens comerciais deverão


atender, ainda, às seguintes disposições:

I – Ser construídas de material incombustível, tolerando-se o


emprego de madeira ou outro material combustível nas esquadrias e
estrutura de cobertura;

II – Quando não houver independência entre fluxos de


circulação para acesso até os locais de estacionamento e para saída,
ter área de acumulação com acesso com acesso direto do logradouro
que permita o estacionamento eventual de um número de veículos não
inferior a 5% (cinco por cento) da capacidade total da garagem;

III – Ter o piso revestido com material lavável e impermeável;

IV – Ter as paredes dos locais de lavagem e lubrificação


revestidos com material resistente, lavável.

CAPÍTULO VI

DAS EDIFICAÇÕES PARA O TRABALHO

Art. 70 – As edificações para o trabalho abrangem, aquelas destinadas


a indústria, ao comércio e a prestação de serviços em geral.

Parágrafo Único – As edificações destinadas à indústria em geral,


fábricas, oficinas, além de disposições da Consolidação das Leis do
Trabalho, deverão ter os dispositivos de prevenção contra incêndio, de
acordo com as normas da ABNT.

Art. 71 – Nas edificações industriais, os compartimentos de


permanência prolongada deverão atender às seguintes disposições:
I – Quando tiverem área superior a 75m2 (setenta e cinco
metros quadrados) deverão ter pé-direito de 3,20m (três metros e vinte
centímetros);
II – Quando destinadas à manipulação ou depósitos de
inflamáveis, deverão localizar-se em lugar convenientemente
preparado, de acordo com normas específicas relativas à segurança
na utilização de inflamáveis líquidos, sólidos ou gasosos.

Art. 72 – Os fornos, máquinas, caldeiras estufas fogões, forjas ou


quaisquer outros aparelhos, onde se produza ou concentre calor
deverão estar a uma distância mínima de 2m (dois metros) das paredes
da própria edificação ou das edificações vizinhas.

Art. 73 – As edificações destinadas à indústria de produtos alimentícios e


de medicamentos deverão:

I – Ter, nos recintos da fabricação, as paredes revestidas,


até a altura mínima de 2m (dois metros), com material liso, resistente,
lavável e impermeável;
II – Ter o piso revestido com material liso lavável e
impermeável;
III – Ter assegurada a incomunicabilidade com os
compartimentos sanitários;
IV – Ter as aberturas de iluminação e ventilação dotadas de
proteção com tela milimétrica.

Art. 74 – As edificações destinadas ao comércio em geral deverão:

I – Ter pé-direito mínimo conforme § 3º do Art. 34;


II – Ter as portas gerais do acesso ao público de largura
dimensionada em função da soma das áreas úteis comerciais, na
proporção de 0,25m (vinte e cinco centímetros) de largura para cada
100m2 (cem metros quadrados) ou fração de área útil, sempre
respeitando o mínimo de 0,80m (oitenta centímetros);

III – Ter sanitários separados para cada sexo, calculados na


razão de um sanitário para cada 300 m2 (trezentos metros quadrados)
de área construída.

§ 1º - Nas edificações comerciais de área útil inferior a 75m2 (setenta e


cinco quadrados) é permitido apenas um sanitário para ambos os
sexos.
§ 2º - Nas farmácias e nos bares, cafés, restaurantes, confeitarias e
congêneres, os sanitários deverão estar localizados de tal forma de se
permita sua utilização pelo público.

Art. 75 – Em qualquer estabelecimento comercial, os locais onde houver


preparo, manipulação ou depósito de alimentos deverão ter piso e
paredes, até a altura mínima de 2m (dois metro), revestido com material
liso, resistente, lavável e impermeável.

§ 1º - Nas farmácias, os compartimentos destinados a guarda de droga,


aviamento de receitas, curativos e aplicação de injeções deverão
atender às mesmas exigências estabelecidas para os locais de
manipulação de alimentos.

§ 2º - Os supermercados, mercados, lojas de departamentos, deverão


atender às exigências específicos estabelecidos nesta Lei para cada
uma de suas seções, conforme as atividades nelas desenvolvidas.

Art. 76 – As galerias comerciais, além das disposições da presente Lei


que lhes forem aplicáveis, deverão:

I – Ter pé-direito mínimo de 4m (quatro metros);

II – Ter largura não inferior a um doze avos (1/12) do seu


maior percurso e, no mínimo, de 4m (quatro metros);

III – Ter suas lojas, quando com acesso principal pela galeria,
com área mínima de 10m2 (dez metros quadrados) podendo ser
ventilado através da galeria e iluminados artificialmente desde que sua
área de piso não ultrapasse o quadrado da testada (1) da loja para
galeria, isto é, sl2.

Art. 77 – As edificações destinadas a escritório, consultórios e estúdios de


caráter profissional, além das disposições da presente Lei que lhes forem
aplicáveis, deverão ter, em cada pavimento sanitários separados para
cada sexo, na proporção de um conjunto de vaso, lavatório, (e
mictório, quando masculino) para cada 75m2 (setenta e cinco metros
quadrados) de área útil, ou fração.

Art. 78 – As unidades independentes, nos prédios, para prestação de


serviços deverão ter, no mínimo 25m2 (vinte e cinco metros quadrados).
CAPÍTULO VII

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS ESPECIAIS

Art. 79 – As edificações destinadas à escolas e estabelecimentos


congêneres, além das exigências da presente Lei que lhes forem
aplicáveis, deverão:

I – Ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de


madeira ou outro material combustível apenas nas edificações térreas
bem como nas esquadrias, parapeitos, revestimentos de piso e estruturas
de forro e de cobertura.

II – Ter locais de recreação, cobertos e descobertos que


atendem ao seguinte dimensionamento:

a) local de recreação descoberto, com área mínima de


duas vezes a soma das áreas das salas de aula;
b) local de recreação coberto, com área mínima de 1/3
(um terço) da soma das áreas das salas de aula;

III – Ter instalações sanitárias separadas por sexo, com as


seguintes proporções mínimas (em relação à área construída):

a) um vaso sanitário para cada 50m2 (cincoenta metros


quadrados), um mictório para cada 25m2 (vinte e cinco metros
quadrados), para alunos do sexo masculino;

b) um vaso sanitário para cada 20m2 (vinte metros


quadrados), e um lavatório para cada 50m2 (cincoenta metros
quadrados), para alunos do sexo feminino;

Art. 80 – As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares


deverão:

I – Ser de material incombustível, tolerando-se o emprego


da madeira ou outro material combustível apenas nas edificações
térreas bem como nas esquadrias, parapeitos, revestimentos do piso e
estrutura da cobertura;

II – Ter instalação de lavanderia com aparelhamento de


lavagem, desinfecção e esterilização de roupas, sendo os
compartimentos correspondentes pavimentados e revestidos até a
altura mínima de 2m (dois metros) com material lavável e impermeável;
III – Ter instalações sanitárias, em cada pavimento para uso
do pessoal de serviço e dos doentes que não possuam privativas, com
separação para cada sexo, nas seguintes proporções mínimas;

a) para uso de doentes um vaso sanitário, um lavatório e


um chuveiro, com água quente e fria, para cada 90m2 (noventa metros
quadrados) de área construída;

IV – Ter necrotério com:

a) pisos e paredes até a altura mínima de 2m (dois


metros) revestidos em material impermeável e lavável;
b) instalações sanitárias.

V – Ter, quando com mais de um pavimento, uma escada


principal e uma escada de serviço, recomendando-se a instalação de
um elevador ou rampas para macas;

VI – Ter instalação de energia elétrica de emergência;

VII – Ter instalação e equipamentos de coleta e remoção


de lixo que garanta completa limpeza e higiene;

VIII – Ter instalação preventiva contra incêndio, de acordo


com as normas da ABNT.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os hospitais deverão ainda observar as seguintes


disposições:

I – Os corredores, escadas e rampas, quando destinados à


circulação de doentes, deverão ter largura de 2,30m(dois metros e
trinta centímetros) e pavimentação de material impermeável e lavável;
quando destinado exclusivamente a visitantes e ao pessoa, largura
mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

II – A declividade máxima admitida nas rampas, será de 10%


(dez por cento) sendo exigido piso antiderrapante;

III – A largura das portas entre compartimentos a serem


utilizados por pacientes acomodará no mínimo 01 (um) metro.

IV – As instalações e dependências destinadas à cozinha,


depósitos de suprimentos e copa deverão ter piso e as paredes, até a
altura mínima de 2m (dois metros), revestidos com material impermeável
e lavável, e as aberturas protegidas por telas milimétricas;

V- Não permitir a comunidação direta entre a cozinha e


os compartimentos destinados à instalação sanitária, vestiário,
lavanderia e farmácias.

Art. 81 – As edificações destinadas a hotéis e congêneres deverão


obedecer as seguintes disposições:

I – Ter, além dos apartamentos ou quartos, dependências


de vestíbulos com local para instalação de portaria e sala de estar;

II – Ter vestiários e instalação sanitária privativos para o


pessoal de serviço;

III – Ter, em cada pavimento, instalações sanitárias


separadas por sex, para hóspedes, na proporção de um vaso sanitário,
um chuveiro e um lavatório, no mínimo, para cada 72m2 (setenta e dois
metros quadrados) de área ocupada por dormitórios desprovidos de
instalações sanitárias privativas;

IV – Ter instalação preventiva contra incêndio, de acordo


com as normas da ABNT.

SEÇÃO V
Dos Postos de Serviços de Abastecimento de Veículos

Art. 82 – A limpeza, lavagem e lubrificação de veículos devem ser feitos


em boxes, isolados, de modo a impedir que a poeira e as águas sejam
levadas para o logradouro, ou neste se acumularem, ás águas de
superfície serão conduzidos para caixas separadas das galerias, antes
de serem lançadas na rede geral.

Art. 83 – Os postos de serviço e de abastecimento de veículos deverão


possuir compartimentos para uso dos empregados e instalações
sanitárias com chuveiros.
Art. 84 – Os postos deverão possuir instalações sanitárias para os usuários
separadas dos empregados.

Art. 85 – Além das prescrições deste Código, os postos de serviços e de


abastecimento de veículos deverão atender às normas da legislação
vigente sobre inflamáveis.

CAPÍTULO VIII

DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 86 – Para efeito desta Lei, somente profissionais habilitados e


devidamente inscritos na Prefeitura poderão assinar, como responsáveis
técnicos, qualquer documento, projeto ou especificação a ser
submetido à Prefeitura.

§ 1º - A responsabilidade civil pelos serviços de projeto, cálculo e


especificações cabe a seus autores e responsáveis técnicos, e pela
execução das obras, aos profissionais que as construírem.

§ 2º - A Municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em


razão da aprovação do projeto da construção ou da emissão do
alvará.

CAPÍTULO IX

DAS PENALIDADES

SEÇÃO I

DAS MULTAS

Art. 87 – As multas, independentemente de outras penalidades previstas


pela Legislação em geral e pela presente Lei, serão as seguintes:

I – Quando as obras forem executadas em desacordo com


as indicações apresentadas para a sua aprovação:
10 VRR;
II – Quando as obras forem iniciadas sem alvará da
Prefeitura : 10 VRR;
III – Quando a edificação for ocupada sem que a Prefeitura
tenha fornecido o “habite-se”: 50 VRR;
IV – Quando todo o serviço de terraplenagem sem a
autorização da Prefeitura provocar prejuízos a terceiros: 10 VRR.
III – Quando a edificação for ocupada sem que a Prefeitura
tenha fornecido o “habite-se”: 50 VRR;
IV – Quando todo o serviço de terraplenagem sem a
autorização da Prefeitura provocar prejuízo a terceiros: 10 VRR.

SEÇÃO III

DA INTERDIÇÃO

Art. 91 – Uma edificação ou qualquer de suas dependências poderá


ser interditada em qualquer tempo, com o impedimento de sua
ocupação, quando oferecer perigo de caráter público.

Art. 92 – A interdição será imposta pela Prefeitura por escrito, após


vistoria técnica efetuada por elementos especificadamente designado.

SEÇÃO IV

DA DEMOLIÇÃO

Art. 93 – A demolição total ou parcial da edificação ou dependência


será imposta nos seguintes casos:

I – Quando a obra for clandestina, entendendo-se por tal


aquela que for executada sem alvará;

II – Quando julgada com risco iminente de caráter público,


e o proprietário não quiser tomar as providências que a Prefeitura
determinar para a sua segurança.

PARÁGRAFO ÚNICO – A demolição não será imposta no caso do inciso I


deste artigo se o proprietário, submetendo a construção à vistoria
técnica da Prefeitura, demonstrar que:

I – A obra preenche as exigências mínimas estabelecidas


por Lei;
II – Que, embora não as preenchendo, podem ser
executadas modificações que a tornem concordante com a legislação
em vigor.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 94 – As edificações residenciais e os estabelecimentos em geral


deverão obedecer, além das normas contidas na legislação sobre
parcelamento e uso do solo e as estabelecidas no presente código, às
seguintes disposições relativas à higiene das edificações:

I – O proprietário ou morador é responsável perante as


autoridades competentes pela manutenção da edificação em
perfeitas condições de higiene;

II – A Prefeitura poderá declarar insalubre toda construção


ou edificação que não reuna as condições de higiene indispensáveis,
podendo inclusive ordenar sua interdição ou demolição;

III – A autoridade competente da Prefeitura limitará o


número de pessoas que os hotéis, as pensões, os internatos e
assemelhados poderão abrigar:

IV – As residências e os estabelecimentos, na cidade ou na


zona rural, deverão ser caiados e pintados de 5 (cinco) anos, no
mínimo, salvo exigências especiais por parte das autoridades
competentes;

V – Os proprietários ou moradores são obrigados a


conservar em perfeito estado de asseio os seus quintais, pátios e
terrenos;

VI – Os responsáveis por casas e terrenos onde ferem


encontrados focos ou viveiros de moscas ou mosquitos ficam obrigados
à execução das medidas que forem determinadas para a sua extinção.

PARÁGRAFO ÚNICO – Nas residências e nos estabelecimentos em geral


é terminantemente proibido conservar água estagnada nos quintais,
pátios ou áreas livres, abertas ou fechadas devendo ser o escoamento
feito por meio de declividade apropriada, nos pisos revestidos ou nos
terrenos, para ralos canaletas, valas ou córregos.
Art. 95 – Os interessados na instalação, em logradouros públicos, de
corretos ou palanques, barracas para fins comerciais, vancas de jornais
e outros deverão requerer autorização à Prefeitura.

Art. 96 – A numeração de qualquer estabelecimento ou edificação


residencial será estabelecida pela Prefeitura.

Art. 97 – É obrigação do proprietário a colocação da placa de


numeração, a ser fixada em lugar visível.

Art. 98 – As construções já iniciadas até a data de publicação da


presente Lei deverão ser concluídas no prazo de 01 (um) ano, ou serão
adaptadas às normas deste código.

Art. 99 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito, em 20 de dezembro de 1.983.

(a) DIONIR DE FREITAS QUEIROZ


Prefeito Municipal

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