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Organização, manutenção e

gestão de espaços e
equipamentos

FICHA TÉCNICA
Saída Profissional Cabeleireiro
Modalidade EFA

UFCD 10104

Formador Maria José Mesquita

Edição 1

Data Janeiro, 2022


Edição: 2ª
MANUAL DE FORMAÇÃO Página 2 de
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ÍNDICE

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 6
1. Gestão do espaço e organização física do local de trabalho ............................................................. 7
2- Higienização e manutenção............................................................................................................... 19
3. Roupas .............................................................................................................................................. 233
4. Equipamentos e produtos a utilizar na lavagem, limpeza e desinfeção quimica ....................... 244
5. Assepsia, antissepsia e desinfeção..................................................................................................... 25
CONCLUSÃO................................................................................................................................................... 343
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................ 354

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OBJECTIVOS DO CURSO

No final do módulo deverá ser capaz de:.

Objetivos gerais

 Identificar as características do espaço de trabalho onde se exerce a função de cabeleireiro.

 Identificar os aspetos essenciais relativos à organização física do espaço de trabalho.

 Organizar e gerir as condições ambientais, físicas e de higiene do espaço de trabalho e dos


equipamentos e materiais em salões de cabeleireiro e estabelecimentos similares

Conteúdos

 Gestão do espaço e organização física do local de trabalho

o Layout e arquitetura do espaço

o Aprovisionamento

 Materiais

 Equipamentos

 Higienização e manutenção

o Espaço

 Arejamento

 Luminosidade

 Iluminação

 Limpeza

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 Materiais de higiene

 Periodicidade

 Cuidados essenciais

 Roupas

o Fardas

o Toalhas

o Penteadores

 Equipamentos e utensílios

o Caracterização dos materiais e utensílios

o Funções dos equipamentos

o Técnicas de higienização

o Mobiliário

o Equipamentos e seus acessórios

o Utensílios

o Técnicas e procedimentos de limpeza e desinfeção de materiais e equipamentos

 Equipamentos e produtos a utilizar na lavagem, limpeza e desinfeção química

o Agentes biocidas e biostáticos

o Equipamentos

 Assepsia, antissepsia e desinfeção

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o Lavagem em água corrente das mãos e material

o Desinfeção por

 Loção

 Imersão

 Pulverização

 Esterilização

o Métodos físicos

 Calor húmido (± 150°) – Autoclave

 Calor seco (± 230°)

 Chama/incineração

 Radiação ionizante e não ionizante

o Métodos químicos - Compostos fenólicos, álcoois, óxido de etileno, halogéneos,


peróxido de hidrogénio

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INTRODUÇÃO

Este manual tem como objetivo fornecer um conjunto de orientações e padrões sofisticados para os
salões de cabeleireiro. Ele inclui a descrição das melhoras características estruturais e
organizacionais no que confere a lay out e arquitetura, bem como a implementação de
procedimentos de melhores práticas de higiene pessoal, limpeza de equipamentos, limpeza de
instalações e saúde e segurança no local de trabalho.

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1. Gestão do espaço e organização física do local de trabalho

Layout e arquitetura do espaço

Projetar um salão de cabeleireiro envolve fatores técnicos e organizacionais que tornam o


processo num verdadeiro desafio.
É preciso levar em conta normas de projeto e avaliar técnicas de marketing que sugiram
soluções eficazes para a colocação do mobiliário e a organização dos vários ambientes.
Serão expostas as maneiras de como prosseguir da forma correta no projeto de um salão de
cabeleireiro, lidando com todos os aspectos técnicos fundamentais.

Avaliação e organização de espaços


Para projetar um salão de cabeleireiro da forma correta, é preciso avaliar dois pontos:

 avaliação dos espaços;


 mobiliário.

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É fundamental a organização dos espaços interiores: além de respeitar normas referentes a


sistemas hidráulico e elétrico, é necessário prever áreas e percursos que facilitem o trabalho do
pessoal e satisfaçam o conforto e o bem-estar do cliente, promovendo coerência entre espaços e
respectivas funções.

Um salão de cabeleireiro pode ser subdividido em 3 áreas principais:

1. entrada– recepção / caixa / sala de espera


2. trabalho – lavar / cortar / pentear
3. serviços – banheiro/ ambientes acessórios

 Entrada

O espaço da entrada deve ser organizado de forma a acolher área de recepção, caixa e sala de
espera. A área do caixa é concebida e organizada de modo a aumentar a possibilidade de venda de
produtos, posicionados numa estante atrás do próprio caixa. Nesta área também deve ser prevista
uma sala de espera com sofás ou poltronas para garantir aos clientes uma espera confortável num
espaço acolhedor.

 Trabalho

Área de lavagem

Ao projetar esta área, a ser equipada com pelo menos dois 2 lavatórios portáteis, é útil prever uma
plataforma que facilite o trabalho do pessoal. Também é preciso prever um armário em que colocar
os diversos produtos (shampoos, loções, equipamentos, toalhas) necessários para o trabalho.

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A área de lavar deve ser bem iluminada. Neste sentido, uma solução válida é a iluminação com
sistema de holofotes.

Área de corte/penteado
A área de corte é o coração do salão, o ambiente onde o cabeleireiro mostra as suas habilidades e os
clientes se olham ao espelho. É por isso que, ao projetá-la, é fundamental ter cuidado com o sistema
elétrico: deve ser evitada a iluminação direta, preferindo a iluminação difusa, pois não cria sombras
desagradáveis.

A área deve estar equipada com pelo menos 3/4 cadeiras e respectivos espelhos. Além disso, é
necessário incluir móveis:

 de parede (recomendados para ambientes pequenos);


 de ilha (adequados para ambientes muito grandes e clientes mais sofisticados).

Nesta área, também é possível reservar espaços para atividades semelhantes às de cabeleireiro,
como esteticistas, manicures, e assim por diante.

 Serviços

Banheiro

É um ambiente que não pode faltar num espaço aberto ao público.

O seu dimensionamento depende do número de pessoas que o salão pode acolher de forma
simultânea, bem como de específicas normas nacionais. O banheiro, ainda, deve ser acessível por
dentro do salão e possuir quarto de vestir com pia.

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Ambientes acessórios
Os ambientes acessórios são utilizados para guardar equipamentos de trabalho, produtos para
tratamentos de cabelo, objetos para limpeza. São dimensionados em relação às necessidades do
salão, conforme normas nacionais e locais.

Arquitetura de um salão de cabeleireiro: mobiliário

O mobiliário desempenha um papel fundamental, pois reflete caráter e estilo do proprietário do


salão. Embora o mobiliário possa direcionar o tipo de atividade para um alvo bem definido, a
atenção para o cliente em termos de bem-estar e conforto nunca deve ser negligenciado.

As peças de mobiliário são arranjadas de acordo com áreas funcionais específicas.

Sala de espera: poltronas, sofás e mesinhas

O cliente que fica à espera de ser atendido deve ser tratado com cuidado especial. Isso significa que
o mobiliário deve ser concebido não só para melhorar a aparência estética do salão, mas também
para garantir um ambiente acolhedor e confortável. Por isso, é preferível usar assentos (poltronas
e sofás), acompanhados por uma mesinha para colocar revistas ou, possivelmente, bebidas.

Caixa/recepção: balcão e expositores

A área do caixa não é apenas área para pagamento, mas também área para recepção. O mobiliário
deve, portanto, ser escolhido de forma a criar um bom impacto no cliente e, ao mesmo tempo,
incentivá-lo a comprar. Neste sentido, é importante prever, além da recepção, expositores de
balcão ou de parede.

Área de lavagem: lavatórios portáteis, estantes ou prateleiras

Trata-se de uma área extremamente funcional para garantir conforto a cliente e cabeleireiro. É
fundamental prever lavatórios portáteis e estantes (ou prateleiras) onde colocar toalhas e produtos
necessários para o tratamento de cabelo.

Área de corte: móveis de parede ou de ilha, espelho e cadeira

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Esta também é uma área extremamente funcional, o verdadeiro coração do salão. Ao projetar um
salão de cabeleireiro, de fato, é esta a área que reflete a identidade do lugar e a exaltação da beleza e
da estética. Os móveis, de parede ou de ilha, estão dispostos para facilitar o trabalho do cabeleireiro.
A iluminação, considerando a presença de espelhos, também desempenha um papel importante.

Arquitetura salão de cabeleireiro: um exemplo prático

O nosso caso prático refere-se a um salão de cabeleireiro de cerca de 100 m². Foi escolhido um
estilo vintage que, para alguns detalhes, se inspira nos antigos salões de barbeiro.

O salão consiste em:

 entrada;
 sala;
 depósito;
 banheiros, separados por género.

Conforme as normas de alguns Países europeus, foi previsto o seguinte:

 altura da sala ≥ 2,70 m;


 altura dos banheiros ≥ 2,40 m;
 altura dos corredores ≥ 2,10 m;

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 superfície para ventilação ≥ 1/10 ventilação de piso (se não for possível, é preferível adotar
ventilação mecânica);
 superfície para a primeira estação de trabalho pelo menos de 15,00 m², acrescentada de
5,00 m² por cada estação adicional;
 pisos com superfície lisa e lavável.

Entrada

A entrada é constituída por duas áreas, uma para o caixa e outra para a sala de espera. O caixa
está equipado com balcão de recepção atrás do qual está colocado um expositor para produtos. A
sala de espera, visando garantir relaxamento e conforto ao cliente, está equipada com dois sofás e
uma mesinha.

Sala

A sala também é constituída por duas áreas principais, uma para mulheres e outra para homens,
cada uma dividida em mais 2 áreas: uma para lavar, outra para cortar/pentear.

Na área de lavagem, foi montada uma plataforma para facilitar o trabalho do cabeleireiro. Além
disso, foram previstas 2 divisórias, colocadas de forma ortogonal, uma das quais possui uma
prateleira para os produtos utilizados durante os tratamentos de cabelo.

A área de corte/penteado, enfim, está equipada com 3 estações de trabalho.

Banheiro

Ao projetar o banheiro, o ambiente foi subdividido por gênero e foi criado um quarto de vestir.
Além disso, foi garantida a usabilidade do ambiente por pessoas com deficiências físicas.

4 coisas para lembrar ao projetar um salão de cabeleireiro:

1. Subdividir o ambiente do salão em várias áreas, arranjando-as de forma funcional.


2. Definir as funções que caracterizam as áreas diferentes.

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3. Dimensionar as áreas conforme normas.


4. Garantir que os padrões de conforto estão satisfeitos.

Funcionalidade e criatividade na hora de projetar um salão

Projetar e montar um salão exige muito mais do que boas idéias, capital e espírito empreendedor. A
possibilidade de cometer erros é grande, principalmente se não for levada em conta a importância
de um bom projeto, para que nenhum detalhe seja esquecido. O projeto de um salão de beleza não
se resume em fazer traços numa folha de papel. Vai mais além, envolvendo uma série de cuidados
essenciais à sua elaboração. Primeiramente, deve ficar bem claro o conceito adotado na criação do
salão: definir o tipo de estabelecimento desejado, as dimensões, a diversificação de serviços e como
serão oferecidos. A projeção do espaço irá depender dessas definições e do mercado local.

O próximo passo é a procura do local adequado. Antes de tudo, certifique-se de que o imóvel possa
ser adaptado para o pretendido com o mínimo de gasto e o máximo de resultado. Evite alugar uma
casa residencial, pois implicará numa reforma de alto custo: demolir e construir paredes, quebrar e
fazer o piso, reforçar ou refazer as instalações elétricas, instalar uma nova rede hidráulica etc. Uma
loja, com espaço aberto e livre, é mais indicada por permitir uma obra mais económica, racional e,
principalmente, mais rápida.

Agora, antes da reforma, é a vez de determinar com precisão o próprio estilo do salão. Existem,
entre outros, três estilos básicos de acordo com as possibilidades de cada um: para uma clientela
selecionada, um serviço de alto luxo com um vasto leque de serviços, espaços requintados e um
exército de funcionários para um atendimento perfeito; para um público também exigente quanto
aos serviços, mas com tempo escasso, dentro de um conceito mais simples, ou então partir para um
atendimento expresso para o qual existe um público certo.

Depois de um estilo adotado, é preciso definir a “cara” do salão. Para criar uma identidade própria e
analisar as necessidades básicas do instituto, deve-se pensar que a cliente hoje em dia é uma mulher
ativa, que trabalha, cuida da casa e tem pouco tempo para se dedicar à própria beleza, portanto esse
tempo deve ser o mais prazeroso possível. Das expectativas da cliente é que nasce o conceito do
salão: espaço clean e bonito, amplo e funcional, que proporcione facilidade de trabalho para os
funcionários e conforto para a cliente.

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Um salão de beleza representa, funcionalmente, um lugar onde são desenvolvidos vários serviços e
trabalhos interligados, interdependentes e interativos, com necessidades comuns e diferentes. Entre
esses serviços: aqueles relacionados com cabelos (shampoo, tintura, hidratação, escova etc.), mãos,
pés, estética e maquiagem; serviços complementares como: recepção, caixa, copa, lavandaria,
estacionamento e, é lógico, entretenimento para a cliente (revistas, vídeo e som). Além da parte
administrativa.

Como a recepção é o primeiro contato da cliente com o salão, é preciso bastante cuidado com o seu
visual, localização e funcionalidade. O serviço de recepção tem que ser ágil e eficiente,
encaminhando a cliente para o setor de serviço escolhido, sem criar circulações desnecessárias. O
hábito de agrupar caixa e recepção é um grande erro, por se tratar de duas atividades totalmente
diversas. O ideal seria separar os dois serviços, se possível em espaços diferentes, determinando
assim a entrada e a saída. Quem entra no salão não deve ser “atropelada” pelas pessoas que estão
saindo.

Para maior conforto da clientela, enquanto aguarda o atendimento, é aconselhável ter uma pequena
sala de espera, logo após a recepção.

As bancadas dos profissionais devem proporcionar o maior conforto para a cliente e as melhores
condições de trabalho para o (a) cabeleireiro (a).

Muito cuidado e critério na distribuição dos serviços complementares. A localização dos postos de
informática é um detalhe muito relevante para o correto e proveitoso desenvolvimento desse
trabalho. Um pequeno escritório para atendimento dos vendedores e funcionários também
representa uma necessidade. Outro detalhe que faz a diferença é a instalação de um simpático bar,
com um café charmoso, perto de um canto com jardim. Além de poder proporcionar um
complemento de renda dará muito requinte ao local, representando para a cliente um serviço a mais.
Vídeos colocados estrategicamente acima dos lavatórios, por exemplo, pode representar um
incentivo para a cliente querer atualizar sempre a sua aparência.

Outro detalhe muito importante é o planeamento minucioso da iluminação, adequada e diferenciada


para cada tipo de serviço.

Desta forma, podemos concluir que um bom projeto é aquele que consegue, através de um estudo
primoroso e detalhado das necessidades do salão, criar um ambiente que seja ao mesmo tempo
funcional e bonito, que proporcione facilidade de trabalho para os funcionários e conforto e bem-
estar para a cliente.

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o Aprovisionamento

 Definição de Aprovisionamento

 O Aprovisionamento é o conjunto de actividades desenvolvidas para dotar as organizações


com o conjunto dos materiais e serviços necessários à realização das suas actividades, nas
quantidades, qualidade e prazos necessários e suficientes, ao melhor preço e tendo em conta
as disponibilidades financeiras.

 O aprovisionamento do ponto de venda pode realizar-se de diferentes maneiras, embora


todas elas tenham o objectivo de fazer a “melhor” compra.

.
 Materiais

No serviço de cabeleireiro os materiais a ter em consideração para uma boa gestão de stocks são:

- Toalhas, capas e aventais

- Luvas;

- Escovas de vários tamanhos;

- Pentes de varias formas e tamanhos;

- Tesoura de corte;

- Penteadores;

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- Shampoo e Condicionador;

- Cremes;

- Tintas

1- Para que nada falte é sempre necessário fazer uma lista dos materiais que não podem
faltar

O primeiro passo para ter um controlo de stock eficaz é fazer o levantamento de todos
aqueles produtos que não podem faltar.

Quais são os materiais que você mais usa no seu dia a dia? Aqueles que não podem faltar
para o bom funcionamento do seu salão de de cabeleireiro?

Liste-os, e faça a estimativa da quantidade necessária para o seu uso mensal.

Com o tempo, por meio da análise do seu inventário, sua percepção ficará mais clara. Mas no
começo, trabalhe com estimativas, levando em consideração o espaço disponível no seu
estabelecimento para armazenar os produtos.

2- Cadastre os produtos

Depois que já estiver listado os seus produtos, e tê-los recebido por meio de seus
fornecedores, o próximo passo para um controlo de stock eficiente é fazer o cadastro dos
produtos.

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Faça isso assim que eles entrem no salão, seguindo o padrão já pré-determinado de cadastro
das medidas e descrições. De modo que não ocorram discrepâncias na anotação desses itens.

3- Não improvise no controlo do sotck

Não deixe que a gestão do seu stock seja feita com improvisos ou amadorismo.

Lembre-se: para ter um bom controlo de stock, é importante ter um comportamento analítico.

Isto é, antecipar os problemas e ter atenção. Acompanhe as entradas e as saídas, sempre. Não
deixe passar nada.

4- Cuidado com os excessos!

Não é só a falta de produtos que pode prejudicar o bom funcionamento do seu salão de
beleza.

O excesso também traz sérios riscos, como a possibilidade de que eles passem da validade, se
deteriorem ou que ocorram desvios internos.

Sem falar no gasto desnecessário com a compra de mais produtos no momento inadequado,
que pode prejudicar o seu fluxo de caixa.

Por isso, a gestão do seu stock não deve ser deixada de lado, e tão pouco feita às pressas.

 Equipamentos

- Armários e gavetas

Ao se pensar em materiais para salão de beleza, existe a tendência de imaginar escovas, secadores,
cosméticos e assim por diante. Mas, tão importante quanto esses itens, são os armários e gavetas de
armazenamento.

Eles ajudam a manter a organização do espaço, facilitam a rotina dos profissionais e garantem um
espaço visual muito menos poluído e agradável.

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Também é o lugar ideal para guardar toalhas, que precisam ser brancas e não podem ficar expostas
ao ambiente nem devem entrar em contato com outros produtos.

- Carrinhos de transporte

Os carrinhos de transporte tornam o dia-a-dia de um salão muito mais eficiente. Eles podem ser
usados por praticamente todos os profissionais, ajudam a manter as ferramentas de trabalho mais
organizadas e evitam incidentes.

Esses equipamentos também auxiliam a economizar espaço dentro do salão, uma vez que não será
necessário dispor todos os produtos em uma prateleira ou armário.

Lembrando que os carrinhos ainda precisam seguir as regras de higienização, já que muitos
materiais entram em contato com eles durante o período de trabalho. O ideal é que eles sejam
forrados com toalhas de papel e que essas toalhas sejam trocadas constantemente.

Ao fim do dia, é preciso realizar uma higienização com álcool 70% e reorganizar todos os produtos
e materiais de trabalho no carrinho.

Os produtos no salão de cabeleireiro

Os produtos no salão de cabeleireiro podem ser classificados em cinco grupos:

- produtos de higiene (shampoos destinados à lavagem do cabelo);

- produtos de permanente (líquidos de permanente e fixadores);

- produtos de descoloração (água oxigenada, amoníaco e os perfosfatos);

- produtos de coloração (colorantes temporários e semi- permanentes, colorantes de oxidação);

- produtos de fixação (fixadores e loções capilares que permitem uma maior duração do penteado).

É necessário ter cuidados especiais para armazenar e conservar os produtos no salão de cabeleireiro,
para que estes não se alterem.

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As melhores condições de armazenamento e conservação deverão seguir a seguinte orientação:

Evitar o frio Evitar o calor Evitar a luz Evitar a humidade

Shampoos Água oxigenada Água oxigenada Oxidantes

Fixador de permanente Fixador de permanente

Perfosfatos Colorantes

Descolorantes

Loções

2- Higienização e manutenção

LIMPEZA NO SALÃO DE CABELEIREIRO

No salão de cabeleireiro a limpeza incide sobre a roupa, os utensílios e os diversos locais (ter em
conta o sol, a limpeza dos móveis, das calhas de lavagens).

A limpeza do material utilizado compreende as seguintes operações:

- lavar ou deixar em água quente com um produto tensioactivo específico;

- enxaguar;

- esterilizar com ar quente os aparelhos metálicos.

A manutenção dos locais e das superfícies lisas impermeáveis efetua- se através duma simples
limpeza e respectiva secagem.

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O ar é regularmente purificado por pulverização de produtos bactericidas muitas vezes perfumados.

Por uma questão de higiene, deve limpar regularmente as ferramentas que usa no cabelo. Ao ter este
hábito, vai prolongar a sua vida útil.

Lembre-se que perde cerca de 100 fios de cabelo por dia, e alguns ficam presos nos acessórios que
usa. Além do pó e dos resíduos dos produtos de styling que se vão acumulando ao longo do tempo.
Por tudo isto, deve manter o seu material de cabeleireiro cuidado para garantir a sua eficácia a longo
prazo e com uma higiene perfeita.

Como devo cuidar do material?

"Limpe a sua escova a cada 15 dias. Pode usar o seu shampoo ou usar um sabão neutro. Passe-a por
água limpa e deixe secar ao ar. Aproveite para lavar os seus pentes. Antes de se pentear, com a
ajuda de um pente fino, retire todos os cabelos que ficaram presos nos dentes ou cerdas da sua
escova."

Em relação à sua prancha, não pode escapar à regra. "Uma vez por mês, limpe as placas com álcool,
ou com um produto de limpeza para vidros. O seu objetivo: eliminar todos os resíduos que possam
estar colados. Sobretudo, não se esqueça que não a deve lavar com água, sob o risco de a estragar.
Em relação ao seu secador de cabelo, de vez em quando limpe a grelha de trás com um pente. O pó
e os cabelos costumam acumular-se nessa zona."

Como é feita a manutenção do material de cabeleireiro

Os materiais de cabeleireiro devem ser colocados numa caixa de raios ultravioleta


preferencialmente, antes de ser utilizados. Os raios néon são germicidas e matam todas as bactérias.

Além disso, antes de atender um cliente, deve-se limpar os seus acessórios com uma toalhita
desinfectante produto com pano especifico para o efeito.

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Finalmente, é recomendável usar toalhas de uso individual, nomeadamente as chamadas


"penteadeiras".

Luminosidade e Iluminação

Os locais de trabalho devem dispor na medida do possível de iluminação natural adequada. Nos
locais de trabalho que não possam dispor de iluminação natural adequada, deve existir iluminação
artificial, complementar ou exclusiva que garanta idênticas condições de segurança e de saúde dos
trabalhadores.

Tem como resultados:

• Diminuição dos acidentes

• Melhoria da qualidade e melhor rendimento

• Melhor ordem e limpeza do local de trabalho

• Maior motivação

Disposições legais

• Os locais de trabalho devem ser iluminados com luz natural, mas se esta for insuficiente deve ser
complementada com iluminação natural.

• Deve ser de intensidade uniforme e deve ser colocada de modo a evitar sombras, contrastes
acentuados e reflexos prejudiciais.

• Se for necessário a utilização local de iluminação intensa deve instalar-se um sistema de


iluminação suplementar de forma a evitar o encadeamento.

Práticas a evitar:

• Janelas demasiado luminosas, com formação de reflexos ou sombras, devem ter cortinas ou
persianas para proteger da luz solar directa.

• Janelas na linha directa da visão.

• Paredes de cor demasiado brilhantes, associados a um chão escuro.

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• Olhar directamente para uma fonte de luz de grande intensidade.

Limpeza

Detergente: É necessário usar um detergente para remover resíduos de proteínas e matéria orgânica
do equipamento.

Desinfetantes não são produtos de limpeza e não devem ser usados para limpeza.

• Os detergentes que podem ser usados são detergentes para lavar louça, sabão líquido e shampoo

• O detergente deve ser bem enxaguado após a limpeza

• Desinfetantes só devem ser usados em equipamentos ou superfícies que foram limpas pela
primeira vez com um produto à base de detergente.

Limpeza de equipamentos

O equipamento deve ser limpo após o uso de cada cliente. As lâminas usadas para fazer a barba,
incluindo a de barbear o pescoço, devem ser descartadas após o uso de cada cliente em um
recipiente específico para materiais cortantes. As lâminas não devem ser reutilizadas.

a)- PENTES, ESCOVAS, ROLOS etc., devem ser limpos da seguinte forma:

• Remova todos os cabelos visíveis ou outros materiais do equipamento

• Enxágue com água corrente quente para remover detritos soltos

• Encha uma pia ou tigela com água morna e detergente

• O equipamento deve ser imerso e limpo com água para minimizar aerossóis e respingos

• Enxágue com água morna e quente para remover qualquer resíduo

• Todo o equipamento deve ser seco após o processo de limpeza usando um pano limpo e seco

• Inspecione visualmente a limpeza de todos os itens

b)- TESOURAS: devem ser limpas após cada cliente da seguinte maneira:

• Usando um pano, remova todos os cabelos visíveis, prestando atenção à articulação da dobradiça

• Limpe conforme as instruções do fabricante

• Seque com um pano limpo

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c)- LIMPEZA DA MÁQUINA DE CORTAR CABELO

• Usando uma escova pequena, remova qualquer cabelo da máquina de cortar cabelo

• Limpe todas as partes da máquina com uma preparação de álcool a 70% (pequenas toalhas com
álcool em saquinhos individuais são ideais para isso)

• Deixe secar antes de reutilizar NOTA! A limpeza da máquina é a única exceção à regra de
limpeza com um produto à base de detergente antes da aplicação de um desinfetante. O uso de água
nas lâminas pode causar corrosão devido à penetração da água nas cabeças das lâminas. Os
produtos à base de álcool evaporam e não são corrosivos.

d)- ARMÁRIOS DE LUZ UV são opcionais. Verificou-se que o uso da esterilização por UV, ou
irradiação germicida ultravioleta, é extremamente eficaz. Fontes de esterilização por UV podem
matar mais de 99% de vírus, bactérias e fungos em um curto período

O equipamento usado para limpar as instalações deve ser mantido limpo e em bom estado de
conservação.

2. Roupas

A lavagem da roupa compreende cinco operações:

- a pré- lavagem que elimina a sujidade solúvel na água;

- a lavagem propriamente dita com temperaturas que podem variar entre os 60 e os 90ºC, consoante
os têxteis e a presença de produtos de lavagem adequados.

São compostos por agentes tensioactivos, substâncias minerais geralmente alcalinas e vários
aditivos que evitam que a sujidade volte a depositar- se antes do enxaguamento.

Além disso, estes produtos perfumam e eventualmente amaciam a roupa lavada

- os enxaguamentos;

- a desinfecção com a ajuda de água oxigenada, na maioria das vezes; -

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- a secagem seguida da eventual passagem a ferro.

1. Equipamentos e utensílios

Higiene do material e equipamento

Com o objectivo de eliminar o risco de contaminação, é necessário colocar em prática normas e


regras de higiene e segurança no local de trabalho. Este conjunto de medidas passa por:

• Manusear correctamente os equipamentos de trabalho

• Adoptar técnicas correctas de trabalho

• Adoptar um sistema de higiene geral.

O processo de descontaminação inclui três fases:

1. Limpeza, lavagem e secagem;

2. Desinfecção (desinfectantes ou radiação ultravioleta);

3. Esterilização (esterilização pelo calor seco – estufa de ar quente, Esterilização pelo calor
húmido – auto-clave, panela de pressão;

4. Esterilização por produtos químicos.

3. Equipamentos e produtos a utilizar na lavagem, limpeza e desinfeção química

Agentes biocidas e biostáticos

Agentes biocidas: tratamentos que causam a morte direta dos micro-organismos. Ligam-se
fortemente a seus alvos celulares e matam as células dos micro-organismos.

Além da ação biocida na conservação dos produtos, os biocidas de desinfecção possuem ação
também nos microrganismos indesejados presentes na superfície aplicada.

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Por isto quando aplicamos um desinfetante, ele terá uma ação de proliferação e/ou eliminação dos
microrganismos na área de contato.

Agentes biostáticos: tratamentos que inibem ou diminuem o crescimento e a multiplicação de


bactérias.

Lavagem em água corrente das mãos e material


4. Assepsia, antissepsia e desinfeção

A higiene das mãos com sabonete líquido ou com álcool é um elemento essencial para uma boa
higiene pessoal. As mãos devem ser lavadas com água e sabão quando estiverem sujas. Esfregar as
mãos com álcool ou álcool em gel, pode ser usado para higienizar e manter as mãos limpas.
Idealmente, um salão instala uma bacia designada APENAS PARA LAVAGEM ÀS MÃOS que
não é usada para limpar equipamentos ou lavar ferramentas para comer e beber. A higiene das mãos
deve ser realizada:

• Antes e depois do contato com cada cliente

• Depois de comer ou fumar

• Depois de ir ao banheiro

• Depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar

• Depois de manusear roupas sujas

• Após contato com sangue ou outros líquidos corporais.

Higiene das mãos com água e sabão líquido

a)- Lavar as mãos com sabão líquido e água corrente solta, dilui e lava a sujeira e os germes.

É a combinação de água corrente, esfregando as mãos e o detergente no sabão, que ajuda a soltar a
sujeira, remover os germes e enxaguá-los da pele.

b)- Uma rotina de lavagem das mãos envolve: (Veja o diagrama na próxima página. Originário da
Organização Mundial da Saúde – OMS).

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• Molhar bem as mãos e ensaboar com sabão líquido

• Esfregar vigorosamente as mãos por pelo menos 20 a 30 segundos

• Enxaguar as mãos em água corrente quente

• Secar as mãos com uma toalha de papel descartável ou uma toalha de pano limpa e fresca

• Se toalhas de pano forem usadas, use SEMPRE uma toalha limpa

c)- Cremes hidratantes com embalagens limpas (de preferência modelo pump) também podem ser usados
após a lavagem das mãos, para evitar danos e melhorar a condição da pele.

d)- Se forem utilizados recipientes de sabão líquido reutilizáveis, o recipiente e o pump devem ser limpos e
secos antes do reabastecimento. Não fazer isso pode resultar na contaminação do sabão líquido.

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e)- O sabão em barra não deve ser usado, pois pode transferir germes de uma pessoa para a outra.

f)- Uma ruptura na pele aumenta o risco de o indivíduo contrair uma infecção. Cortes, feridas e abrasões
nas mãos devem ser cobertos com um adesivo à prova d'água, que deve ser trocado quando o curativo
ficar sujo ou molhado.

Quadro 1

Tipos de Desinfeção

Os antissépticos são produtos usados com o objetivo de reduzir, eliminar ou inativar


microrganismos presentes na pele ou superfícies, no momento em que são utilizados.
Existem diferentes tipos de antissépticos, os de ação bactericida e de espectro estreito, que apenas
eliminam as bactérias e uma pequena percentagem de outros microrganismos, e os de largo
espectro, que apresentam propriedades bactericida, fungicida e virucida.

Para que servem

Os antissépticos são usados para as seguintes situações:


 Lavagem das mãos, para evitar o contágio de doenças;
 Desinfeção de mucosas para executar procedimentos médicos, como a inserção de um
cateter, por exemplo;
 Limpeza da pele, para a preparação para cirurgias;
 Tratamento de infecções da pele, da boca e da garganta.

Devido à sua larga aplicação, os antissépticos devem ser escolhidos mediante o objetivo da sua
utilização e recomendação médica. Alguns dos antissépticos de largo espectro, que agem contra
vírus, bactérias e fungos, são:

1. Álcool etílico
 O álcool é a substância mais eficaz na eliminação de bactérias, vírus e fungos, exercendo
uma rápida ação.

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A pulverização dos espaços permite que, pela nuvem de gotículas formada, se


consiga uma desinfecção altamente eficaz de todas as superfícies, conseguindo-se penetrar em
zonas onde na limpeza humana, mesmo que cuidada não consegue higienizar adequadamente,
potenciando assim a eficácia do processo de Higienização.

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Métodos de Esterilização Físicos

 Calor húmido (Vapor sob pressão – autoclaves)


 Calor seco (estufa)
 Radiação ionizante e não ionizante

Autoclave – Calor húmido (± 150°) – é um processo utilizado para esterilizar materiais e artigos
tesouras, navalhas, pinças, entre outos por meio do calor húmido sob pressão.

A autoclave é um equipamento no qual o material a ser esterilizado é colocado de forma a fazê-lo


entrar em contato com o vapor de água em altas temperaturas e pressão por um tempo determinado.
A ação combinada da temperatura, pressão e humidade promovem a termocoagulação e
desnaturação de proteínas enzimáticas e estruturais dos microrganismos, causando sua morte.

Calor seco (ex.: estufa, flambagem e incineração): provoca a oxidação dos constituintes celulares
orgânicos. Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor húmido e por isso exige
temperaturas mais elevadas e tempos mais longos. Não pode ser utilizado para materiais
termossensíveis.

Radiação ionizante: destrói o DNA formando radicais super-reativos (superóxidos), matando ou


inativando os micro-organismos (quando são incapazes de se reproduzir). Muitos materiais são
compatíveis com esse tipo de esterilização, pois não há aumento da temperatura nesse processo.
Caso dos materiais termossensíveis e tecidos biológicos para transplantes. Apesar de parecer, a
radiação não é transmitida para os produtos processados. É um processo livre de resíduos e
ecológico, pois não gera emissões tóxicas ou resíduos, além de não causar impactos na qualidade do
ar ou da água.

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Radiação não-ionizante (ex.: luz UV): altera a replicação do DNA no momento da reprodução.
Muito utilizado em lâmpadas germicidas encontradas em centros cirúrgicos. Tem como
desvantagens: baixo poder de penetração e efeitos deletérios sobre a pele e olhos, causando
queimaduras graves.

Métodos de Esterilização químicos

É indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que não resistem às altas
temperaturas dos processos físicos.

Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar como para
esterilizar, depende apenas do tempo de exposição e concentração do agente.

Os métodos de esterilização mais utilizados por processos químicos são:

 compostos fenólicos,
 halogéneos - desinfetante antisséptico
 álcool etílico: eficaz na concentração de 50 a 70%.
 óxido de etileno: (ETO): é um gás vastamente utilizado na esterilização de materiais
laboratoriais e hospitalares de uso único por causa do seu bom custo/benefício. Sua ação se
dá pela reação com uma proteína no núcleo da célula, impedindo a reprodução. Todos os
produtos devem ser colocados em embalagens permeáveis a gases para permitir que o ETO
penetre. Seu uso não danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos de materiais,
inclusive os termossensíveis. Contudo, ele é altamente tóxico e agressivo ao ambiente
externo.
 peróxidos de hidrogénio : (água oxigenada): em concentração de 3% e 6% tem ação rápida,
é biodegradável e atóxico, mas tem alta ação corrosiva. Sua ação é mais eficaz em capilares
hemodializadores e lentes de contato, mas esse processo não é muito utilizado.

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GLOSSÁRIO

AMBIENTE - Espaço físico determinado e especializado para o desenvolvimento de determinadas


atividades, caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.

ÁREA - Espaço aberto de um ambiente sem paredes em uma ou mais faces.

AUTOCLAVE (VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO) - Aparelho composto por vasos de


pressão equipados com acessórios, que possuem duas câmaras concêntricas, cilíndricas ou
retangulares, separadas por um espaço (chamado camisa), no qual é introduzido vapor. A autoclave
é utilizada para esterilização de materiais.

ANTISSÉPTICOS - Os antissépticos são utilizados porque a pele é normalmente habitada por


germes de difícil remoção. Estes germes na pele íntegra não causam infecções, mas na pele não
íntegra encontra uma porta de entrada para o organismo, causando infecções.

BACTÉRIAS - Microrganismos que causam infecções.

DESINFETANTES - Produtos químicos que têm na sua composição substâncias microbicidas,


apresentando efeito letal para alguns germes.

DESCONTAMINAÇÃO PRÉVIA - É o procedimento utilizado em artigos contaminados por


matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) para destruir uma parte dos germes antes de
iniciar o processo de limpeza. Seu objetivo é proteger as pessoas que farão a limpeza dos artigos.

DESINFECÇÃO - É o processo de destruição de alguns germes.

DETERGENTE ENZIMÁTICO - São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e


solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com que o produto possa remover a

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matéria orgânica da superfície do material, em curto período de tempo (1 a 15 minutos, em média


03 minutos). Os detergentes enzimáticos não são bactericidas e não removem óleos e pomadas.

ESTERILIZAÇÃO - É a destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as


esporuladas.

EQUIPAMENTOS - Conjunto e ou aparelhos que são utilizados na execução de procedimentos.


Exemplo: secadores de cabelo, vaporizadores, autoclaves, entre outros.

ESTERILIZANTES - Produtos químicos que têm na sua composição substâncias microbicidas,


apresentando efeito letal para os microorganismos esporulados.

LIMPEZA - Consiste na lavagem, enxágue e secagem do material. Tem por objetivo remover
totalmente os detritos e sujidade dos artigos.

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CONCLUSÃO

Este manual permite que os formandos tirem uma melhor informação sobre a organização, gestão e
higienização dos salões de cabeleireiro.

Foram descritas as diferentes metodologias de trabalho que devem ser aplicadas ao longo da sua
atividade profissional.

Permite que seja utilizado como um instrumento de trabalho, pois estão descritas as varais fases de
implementação de um salão de cabeleireiro.

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BIBLIOGRAFIA

SENAC. DN. Salão de beleza: organização, marketing e gestão do trabalho. Rio de Janeiro, 2012.

- SKP Salon Health and Safety Guidelines 2020-Final PT – Guia e directrizes para reabertura dos
salões de cabeleireiro. – Schwarzkpof Profissional

- www.sebrae.com.br

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