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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

BACIA HIDROLÓGICA

Nome: Fernando Nunes Francisco

Código: 708213085

Beira, Outubro de 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

BACIA HIDROLÓGICA

Nome: Fernando Nunes Francisco

Código: 708213085

Curso: Gestão Ambiental

Cadeira: Hidrogeografia

Ano de Frequência: 2º ano

Docente: Nicolau Nchecanhanza

Beira, Outubro de 2022


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bibliográfica
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parágrafo,
gerais
espaçamento entre
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Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das 4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Índice
1. Introdução..................................................................................................................1

1.1. Objectivo Geral...................................................................................................1

1.2. Objectivos Específicos........................................................................................1

1.3. Metodologia de pesquisa....................................................................................1

2. Bacia Hidrográfica.....................................................................................................2

2.1. Características físicas de uma bacia hidrográfica...............................................2

2.2. Características das principais bacias hidrográficas de Moçambique..................3

2.3. Classificação dos cursos de água........................................................................3

2.3.1. Classificação decimal..................................................................................3

2.3.2. Classificação Horton-Strahler....................................................................4

2.4. Os sistemas de drenagens.......................................................................................4

2.5. Divisores de água...................................................................................................5

3. Conclusão...................................................................................................................7

4. Referencias Bibliográficas.........................................................................................8
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1. Introdução
Bacia Hidrográfica: área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um
sistema conectado de cursos d’água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma
simples saída. As bacias possuem umas características nascente, rio principal, divisores de
águas, afluentes e foz. Esses elementos juntos drenam as águas da bacia param uma bacia
maior ou para o oceano.

Em Moçambique, os principais rios de Moçambique têm suas nascentes nos países vizinhos,
excepto no norte do país onde a maioria das nascentes tem a sua bacia hidrográfica totalmente
em Moçambique.

Entretanto, há uma profunda carência de dados sistematizados e georreferenciados que


forneçam as bases para a construção de uma política de planeamento e gestão dos recursos
hídricos, tendo em conta a bacia hidrográfica como unidade espacial de análise. Contudo, este
trabalho propõe-se a abordar sobre bacia hidrológica

1.1. Objectivo Geral

a) Analisar os componentes da bacia hidrológica

1.2. Objectivos Específicos

a) Descrever as características físicas de uma bacia hidrográfica;


b) Classificar os cursos de água;
c) Identificar os sistemas de drenagem;
d) Caracterizar os divisores de água;

1.3. Metodologia de pesquisa


Para a concretização desta presente trabalho, foi necessário o empregue da pesquisa
Bibliográfica. Como ensina Fonseca (2002, p. 32) “a pesquisa bibliográfica é feita a partir do
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”. Partindo deste princípio,
foi possível elaborar do quadro teórico conceptual, através de manuais, artigos científicos,
dissertações, monografias, aulas e revistas científicas referentes a conceitos geográficos.
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2. Bacia Hidrográfica
“A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação da chuva que
converge os escoamentos para um único ponto de saída. Este ponto de saída é denominado
exutório” (Finkler, 2004, p. 5). É, portanto, uma área definida topograficamente, drenada por
um curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda a vazão efluente
seja descarregada por uma simples saída.

Para o caso de Moçambique, segundo Albino (2012), trata-se de um país de jusante,


partilhando nove das quinze bacias hidrográficas internacionais da região da SADC.

Os rios são os maiores transportadores dos principais recursos hídricos do país, dos quais mais
de 50% sã originados nos países de montante. São de notar as diferenças quase verificam
entre regiões no que se refere à variação da precipitação, período húmido e seco e de ano para
ano com cheias e secas. De acordo com dados disponíveis, o escoamento superficial total é
cerca de 216km³/ano, dos quais cerca de 100 km³ (46%) são gerados no país. Os restantes 116
km³são gerados nos países vizinhos (Albino, 2012).

O autor acima, acresce ainda que segundo a Estratégia Nacional de Gestão de Recursos
Hídricos de Moçambique, o país possui treze bacias hidrográficas principais a destacar:

 Sul: Bacias dos rios Maputo, Incomáti, Umbeluzi, Limpopo, Save e Govuro;
 Centro: Bacias hidrográficas de Búzi, Pungoé e Zambeze;
 Norte: Bacias hidrográficas de Licungo, Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma;

2.1. Características físicas de uma bacia hidrográfica


Estas características são importantes para se transferir dados de uma bacia monitorada para
uma outra qualitativamente semelhante onde faltam dados ou não é possível a instalação de
postos hidrométricos (fluviométricos e pluviométricos) (Albino, 2012).

Área de drenagem - é a área, em projecção horizontal, limitada pela linha de contorno. É


determinada por planimetria ou recorrendo a Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e,
usualmente exprime-se em km2 ou hectares. A área de uma bacia é o elemento básico para o
cálculo das restantes características físicas, é a área plana (projecção horizontal) inclusa entre
os seus divisores topográficos. A área de uma bacia é o elemento básico para o cálculo das
outras características físicas. É normalmente obtida por planimetria ou por pesagem do papel
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em balança de precisão. São muito usados os mapas do IBGE (escala 1:50.000) (Finkler,
2004).

Forma da bacia – a caracterização da forma da bacia fornece informação acerca da maior ou


menor tendência para cheias que essa bacia apresenta. Em igualdade de outros factores, uma
bacia circular e compacta apresenta maior tendência para a ocorrência de cheias do que uma
bacia estreita e alongada. Portanto, é uma das características da bacia mais difíceis de serem
expressas em termos quantitativos. Ela tem efeito sobre o comportamento hidrológico da
bacia, como por exemplo, no tempo de concentração (Tc). Tc é definido como sendo o
tempo, a partir do início da precipitação, necessário para que toda a bacia contribua com a
vazão na seção de controlo Guimarães, (2015).

2.2. Características das principais bacias hidrográficas de Moçambique


Região sul – destaca-se com a Bacia do rio Maputo. É uma bacia internacional e possui uma
área total de 29030Km2, dos quais 27460Km2 na África do Sul e em Moçambique com
1570Km2. O rio nasce na África do Sul e as suas elevações encontram-se no extremo
sudoeste da bacia atingindo os 2000m, com a altitude média cerca de 815m. Desagua na baía
do Maputo. Portanto, possuindo uma área de 46.200 Km2, a bacia do Incomáti possui  dos
quais somente  32% situa-se em território Moçambicano. Na Swazilândia a área é de 6% e na
República da África do Sul é de 62% (Hilário, 2020).

Regiões Centro e Norte – o destaque vai para a Bacia de Zambeze. nasce em Kalene Hill
(Zâmbia) e desagua em Chinde-Oceano Índico (Moçambique). Ocupa uma área da bacia
1.390.000 km2 e um comprimento de 2.574 km. Contudo, esta é a mais partilhada na África
Austral e está entre as quatro maiores bacias hidrográficas de África, inclusive a dos rios
Congo, Nilo e Níger. O Zambeze drena uma área de quase 1.4 milhões de quilómetros
quadrados, estendendo-se por oito países membros, nomeadamente, Angola, Botswana,
Malawi, Moçambique, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe (Hilário, 2020).

2.3. Classificação dos cursos de água

2.3.1. Classificação decimal

Por outro lado, de acordo com Guimarães, (2015), Dgrah, 1981, elaborou a classificação
decimal.
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Nesta classificação, Portugal Continental foi divido em sete regiões hidrográficas


classificadas com único número de um dígito (1 a 7). Os rios principais (rios que desaguam no
mar) dentro de cada região são classificados com dois números, o primeiro relativo à região e
o segundo, com dois dígitos, relativo a cada rio principal dentro de região. A partir do rio
principal os afluentes são classificados de jusante para montante, atribuindo-se números pares
aos que se desenvolvem na margem direita e números ímpares aos situados na margem
esquerda. (Guimarães, 2015).

2.3.2. Classificação Horton-Strahler

Segundo Guimarães, (2015) a classificação de Horton (1945), modificada por Strahler (1964)
é uma classificação que reflecte o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia
hidrográfica. Nesta classificação atribui-se um número de ordem a cada curso de água sendo
classificadas como cursos de água de 1ª ordem aqueles que não apresentem afluentes. A linha
de água formada pela junção de duas linhas de água com a mesma ordem tomará uma ordem
maior em um. Assim, a junção de dois rios de ordem n dá lugar a um rio de ordem n + 1. Por
exemplo, 1 + 1 = 2; 3 + 3 = 4; 2 + 2 = 3, etc. A linha de água formada pela junção de duas
linhas de água de ordens diferentes tomará a ordem maior das duas. Assim, a junção de um rio
de ordem n com um rio de ordem n + 1, dá lugar a um rio de ordem n + 1.

2.4. Os sistemas de drenagens


O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus tributários; o
estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois ele indica a
maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. Os cursos de água
podem ser classificados quanto ao seu sistema de drenagem em três tipos básicos (Lencastre e
Franco, 2003, citado em Guimarães, 2015):

Perenes – os cursos de água perenes escoam água durante todo o ano. O escoamento é
mantido pelas reservas de água subterrâneas que alimentam o escoamento, mesmo na estação
seca. O nível de água subterrâneo nunca desce abaixo do leito do curso de água, mesmo nas
secas mais severas (Figura 1. a).

Intermitentes – os cursos de água intermitentes, geralmente, escoam durante a estação


húmida e secam na estação seca. Durante a estação húmida o nível freático sobe acima do
nível inferior do leito escoando, por isso, água de origem subterrânea e superficial. Durante a
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estação seca, o nível freático desce a um nível inferior ao do leito e o escoamento cessa,
correndo apenas após ou durante chuvadas pontuais (Figura 1. b)

Efémeros – os cursos de água efémeros existem apenas durante ou imediatamente após os


períodos de precipitação transportando, por isso, apenas escoamento superficial. O nível
freático encontra-se sempre abaixo do leito do curso de água não havendo, portanto, qualquer
contribuição subterrânea para o escoamento (Figura 1. c).

Figura 1 - Fonte: (Guimarães, 2015).

2.5. Divisores de água


As bacias hidrográficas possuem alguns elementos básicos, que também são chamados
de estruturas da bacia. Uma dessas estruturas designa-se por divisor de águas.

Os divisores de água são linhas de separação que marcam o ponto mais alto da bacia
hidrográfica e que dividem as precipitações em bacias vizinhas, encaminhando o escoamento
superficial para um ou outro sistema fluvial. Define o limite da bacia. Também chamado de
linha de cumeada.

Figura 2 - Fonte: (Bargos, 2018).


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Contudo, trata-se da linha que representa os limites da bacia, determinando o sentido de fluxo
da rede de drenagem e a própria área de captação da bacia hidrográfica.

De acordo com Bargos, (2018), estes divisores podem ser topográfico ou divisor de águas
freático.

O divisor topográfico – o divisor topográfico, relaciona-se com o relevo, sendo responsável


por fixar a área da qual provém o deflúvio superficial da bacia;

O divisor de águas freático – geralmente, é determinado pela estrutura geológica dos


terrenos – os limites dos reservatórios de água subterrânea de onde é derivado o deflúvio
básico da bacia.

Em várias estruturas geológicas, os divisores de água superficial e subsuperficial (freático)


não são coincidentes, o que dificulta o balanço de água porque não se pode determinar
satisfatoriamente que área está contribuindo para o fluxo de base.

Conforme a Figura 3, o divisor subterrâneo é mais difícil de ser localizado e varia com o
tempo. À medida que o lençol freático (LF) sobe, ele tende ao divisor superficial. O
subterrâneo estabelece os limites dos reservatórios de água subterrânea de onde é derivado o
deflúvio básico da bacia. Na prática, assume-se por facilidade que o superficial também é o
subterrâneo (Carvalho, Silva, Dalrí e Machado, 2019).
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3. Conclusão
A proposta deste trabalho foi a de dar uma explicação profunda sobre os componentes da
bacia hidrológica. Assim, notou-se que, as bacias hidrográficas são área do território ou de
uma região compostas por um rio principal e seus afluentes, que escoam para o mesmo curso
d’água, abastecendo-o.

Por outro lado, concluiu-se também, que elas são separadas por estruturas do relevo, como
morros, serras, picos e chapadas. As águas são direccionadas pela topografia do terreno.
As formas do relevo levam cursos de água menores, como riachos, córregos e rios pequenos,
a abastecerem os rios maiores. Geralmente, o nome da bacia hidrográfica leva o mesmo nome
do rio principal.

Para o caso de Moçambique, foi possível notar que o país possui treze bacias hidrográficas
principais a destacar, tais como Sul (Bacias dos rios Maputo, Incomáti, Umbeluzi, Limpopo,
Save e Govuro) Centro  (Bacias hidrográficas de Búzi, Pungoé e Zambeze) e Norte (Bacias
hidrográficas de Licungo, Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma).
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4. Referencias Bibliográficas
Albino, Adolfo. (2012). Bases geoambientais para a gestão da bacia hidrográfica do rio
Umbeluzi – Moçambique. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Bargos, Danúbia. (2018). Caracterização de Bacias Hidrográficas. Universidade de São


Paulo.

Carvalho, Daniel., Silva, Leonardo., Dalrí, Alexandre., e Machado, Ronalton. (2019). Bacia
hidrográfica. Notas de Aula: FCAV/UNESP.

Finkler, Raquel. (2004). A bacia hidrográfica. Universidade Federal de Santa Catarina.

Guimarães, Rita. (2015). Bacia hidrográfica. Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais


Mediterrânicas.

Hilário, Calisto. (2020). Hidrologia de Moçambique. Disponível em: Hidrologia de


Moçambique: Rios e bacias de Moçambique (climatechangemoz.com). Acesso em
21/10/2022.

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