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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOCAMBIQUE

INSTITUTO DE ENSINO À DISTÂNCIA

Regimes hídricos e processo de formação

Nome: Graça da Conceição Maurício


Código: 708212281

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Hidrogeografia
Ano de frequência: 2º Ano, Turma K
Docente: Júri de Almeida

Nampula, Outubro de 2022

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adequada ao objecto
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(expressão escrita
cuidada,
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bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
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Conclusão  Contributos teóricos 2.0
e práticos
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Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação parágrafos,
espaçamento entre
as linhas
Normas APA  Rigor e coerência 4.0
Referências 6ª edição em das
bibliográfic citação e citações/Referencias
a bibliografia bibliográficas

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Folha de Observações

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Índice

Introdução..........................................................................................................................5

1. Regime hídrico..............................................................................................................6

1.1. Fluvial.........................................................................................................................6

2. Processo de formação dos objetos aquáticos.................................................................6

3. Propriedades da Água....................................................................................................7

3.1. Propriedades Físicas...................................................................................................8

3.1.1. Mudanças de Estados Físicos da Água....................................................................8

3.2. Propriedades químicas da água..................................................................................9

3.3. Propriedades biológicas da água..............................................................................12

3.3.1. A Estrutura da Molécula da Água.........................................................................12

Conclusão........................................................................................................................13

Bibliografia......................................................................................................................14

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Introdução

Esta pesquisa tem como foco principal os regimes hídricos e processos de formação
visando perceber em que medida esse processo tem estado a se desenvolver com base
em pressupostos teóricos válidos e sua repercussão na melhoria da compreensão da
água, sendo um líquido precioso.

A relevância do trabalho cinge-se na atualidade que o tema engrena em nós. Como


objectivo fundamental, pretendemos analisar os regimes hídricos sob olhar do seu
processo de formação. Para tal, traçamos como objectivos específicos, compreender os
processos de formação dos objectos aquáticos; analisar as propriedades físicas, químicas
e biológicas da água.

Ademais, iremos usar o método bibliográfico no qual assentará a elaboração deste


trabalho.

Contudo, esperamos que a abordagem aqui desenvolvida, mesmo que não traga
novidade, mas incuta em nós conhecimentos deste campo do saber e contribua
significativamente na nossa forma de entendimento em relação a temática.

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1. Regime hídrico

Entende-se por Regime Hidrológico, “o conjunto de variações do estado e das


características de uma massa de água que se repetem regularmente no tempo e no
espaço, alternando as cheias e as vazantes” (Bogdan & Biklen, 1994, p. 65).

Uma das características dos rios que correm no nosso país é de possuírem regime
pluvial, assim como têm destino final o oceano. Esses rios, alguns são temporários
enquanto outros são perenes.

1.1. Fluvial

Refere-se a variação do volume de água dos rios durante o ano. Esta variação está
relacionada à origem de suas águas: se suas enchentes e vazantes são consequências das
águas das chuvas, dizemos que ele é determinado pelo regime pluvial; se o volume de
água varia em função do degelo da neve nas montanhas, o seu regime é nival.

Como refere Sousa (2016), algumas vezes podemos ter um regime misto, em que os rios
têm seu volume de água aumentado pela ação das chuvas e da neve derretida, como é o
caso do rio Amazonas.

Existem outros fatores que interferem no comportamento de um rio, como o relevo, a


existência ou não de cobertura vegetal ao longo de sua bacia hidrográfica e a natureza
do solo. Terrenos com relevo acidentado, com fortes declives e solos pouco permeáveis
influem para que o regime dos rios seja irregular, com violentas cheias e grandes
vazantes.

1.2. Nival

Os Rios de Regimes nivais “são aqueles que predominantemente abastecidos pelo


degelo de regiões que possuam grande quantidade de neve ou mesmo gelo, eles podem
também ser chamados Térmicos” (Sousa, 2016, p. 35).

2. Processo de formação dos objetos aquáticos

De acordo com Joaquim (s/d), Seres aquáticos são todos os seres vivos que vivem (toda
vida ou parte dela) em águas de mares, oceanos, rios, lagos, entre outros meios com

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presença de água. Muitos seres aquáticos vivem em água salgada, principalmente nos
oceanos, enquanto outros são seres de água doce (rios, lagos, córregos, etc.).

No entender de António (2007), estes seres podem ser animais (vertebrados e


invertebrados) ou outras formas de vida como, por exemplo, plantas, algas, plânctons e
etc.

 Nécton

São animais marinhos de vida ativa, que vivem na coluna de água. Possuem fisiologia
favorável para fazer deslocamentos, inclusive contra as correntes marinhas. Podemos
citar como exemplos destes seres os peixes, baleias, alguns crustáceos e cefalópodes
(lulas e polvos, por exemplo).

 Plâncton

São seres que habitam a parte superficial da coluna de água (doce e salgada). Estes
seres, que são microscópicos, flutuam e são transportados pela correnteza das águas.
Servem de alimentação para outros animais marinhos.

Existem dois tipos de plânctons: zooplâncton (são heterótrofos) e os fitoplânctons (são


fotossintetizantes).

 Séston

São partículas de origem animal ou mineral presentes na superfície da água (doce ou


salgada). São importantes como fontes de alimentação de animais filtradores como, por
exemplo, mexilhões, ostras e esponjas.

 Bentos

São seres que habitam a região do substrato de mares, oceanos e rios (fundo dos
ecossistemas aquáticos). Alguns vivem de forma fixa como, por exemplo, as algas e os
corais. Outros como os caranguejos e estrelas-do-mar, por exemplo, vivem em
movimentação.

3. Propriedades da Água

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Um dos elementos insubstituível na sobrevivência dos seres vivos no planeta terra, é a
água. “Ela tem características especiais que permitem a vida no planeta, entre elas, sua
grande capacidade de dissolver substâncias, além de conter nutrientes orgânicos e
inorgânicos, é encontrada em maior quantidade na forma líquida, aspectos essenciais
aos seres vivos” (Marín & Rodríguez, 1999, p. 46).

Se comparada com o ar, ela possui valores maiores de densidade, resistência à passagem
da luz e calor específico. Sendo assim, existem três propriedades da água: Física,
Química e Biológica.

3.1. Propriedades Físicas

A água é encontrada na natureza em três estados físicos, a saber: Líquido, Sólido e


Gasoso. Assim, o ciclo da água corresponde ao movimento da água da natureza e,
portanto, apresenta os processos de transformação da água.

Em outras palavras, as mudanças dos estados físicos da água ocorrem por meio dos
processos denominados: Fusão, Vaporização (Ebulição e Evaporação), Solidificação,
Liquefação (Condensação) e Sublimação.

 Estado Líquido

Encontrada em maior parte no planeta por meio de rios, lagos e oceanos; o estado
líquido não possui forma própria.

 Estado Sólido

No estado sólido, a água possui forma, como por exemplo, os cubos de gelos. Isso
acontece, pois, as moléculas de água encontram-se muito próximas devido à
temperatura.

 Estado Gasoso

No estado gasoso, as partículas de água encontram-se afastadas umas das outras e, por
isso, não possui uma forma definida.

3.1.1. Mudanças de Estados Físicos da Água

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Marín (2010), afirma que as mudanças de estados físicos da água são divididas em 5
processos, a saber:

 Fusão

Mudança do estado sólido para o estado líquido da água, provocada por aquecimento,
por exemplo, um gelo que derrete num dia de calor.

Além disso, o denominado “Ponto de Fusão” é a temperatura que a água passa do estado
sólido para o líquido. No caso da água, o ponto de fusão é de 0ºC.

 Vaporização

Mudança do estado líquido para o estado gasoso por meio do aquecimento da água.
Assim, o “Ponto de Ebulição” de uma substância é a temperatura a que essa substância
passa do estado líquido para o estado gasoso e, no caso da água, o é de 100ºC.

Vale lembrar que a Ebulição e a Evaporação são, na realidade, tipos de vaporização. A


diferença de ambas reside na velocidade do aquecimento, ou seja, se for realizado
lentamente chama-se evaporação; entretanto, se for realizado com aquecimento rápido
chama-se ebulição.

 Solidificação

Mudança de estado líquido para o estado sólido provocado pelo arrefecimento ou


resfriamento. Além disso, o “Ponto de Solidificação” da água é de 0ºC. O exemplo mais
visível são os cubos de água que colocamos no refrigerador para fazer os cubos de gelo.

 Liquefação

Chamada também de Condensação, esse processo identifica a mudança do estado


gasoso para o estado líquido decorrente do resfriamento (arrefecimento). Como
exemplo podemos citar: a geada e o orvalho das plantas.

 Sublimação

Mudança do estado sólido para o estado gasoso, por meio do aquecimento. Também
denomina a mudança do estado gasoso para o estado sólido (ressublimação), por
arrefecimento, por exemplo: gelo seco e naftalina (Marín, 2010).

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3.2. Propriedades químicas da água

Essas são algumas das propriedades desse elemento, algumas conhecidas pela maioria
das pessoas e outras mais técnicas e menos consideradas.

 É incolor

Embora quando vemos o mar ou um rio possa parecer que a água pode ter uma cor
verde azulada, isso se deve à maneira como reflete a luz, pois absorve comprimentos de
onda curtos mais facilmente (com o que é mais fácil para os nossos olhos aparecerem
em tons azulados). No entanto, não podemos perceber nela nenhuma cor (a menos que
esteja misturada com outra substância), sendo transparente aos nossos olhos.

 Não tem sabor ou cheiro

A água é uma substância que, ao contrário de outras, “não possui um certo sabor ou
cheiro” (Selimane & Casali, 2008, p. 55). Caso a água saiba alguma coisa, é porque foi
adulterada de alguma maneira (por exemplo, adicionando aromas) ou porque, ao chegar
até nós, arrastou partículas de outros elementos (por exemplo, frutas ou outros
alimentos, minerais, cal, plástico ou poluentes)

 Composto e não elemento

Embora a água tenha sido considerada um dos elementos básicos desde os tempos
antigos, a verdade é que, como indica sua fórmula química H2O, não estamos
enfrentando um elemento em si, mas um composto no qual cada molécula é formada
por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio.

 É um solvente

Qualquer substância que dissolve, a água pode é capaz de alterar sua estrutura e
propriedades. De fato, “é um solvente quase universal de substâncias polares (ou seja,
aquelas cujas moléculas têm um Pólo positivo em uma extremidade e um Pólo negativo
na outra), como álcool ou sais” (Marín, 2010). Fora das reações químicas do
laboratório, essa propriedade é essencial para explicar, por exemplo, o funcionamento
das células vivas do nosso corpo.

 Possui carga elétrica neutra

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Os átomos de uma molécula de água têm uma carga elétrica neutra, embora isso não
signifique que seus componentes não tenham carga, mas que geralmente seja
equilibrado. Normalmente, cada molécula consiste em uma dúzia de protões e eletrões,
nos quais os eletrões estão concentrados perto do oxigênio. Assim, ao redor do
oxigênio, a carga elétrica tende a ser um pouco mais negativa, enquanto perto do
hidrogênio é mais positiva.

 Densidade estável

Assim como os pontos de congelamento e ebulição são geralmente fixos, a água


também é caracterizada por manter uma densidade muito estável, independentemente da
sua situação ambiental. Uma água pura e sem qualquer outro componente (isto é,
destilado) tem uma densidade de 1 kg/l.

 Baixa condutividade elétrica

Água limpa não conduz corrente elétrica, no entanto, deve-se levar em conta que o
responsável não é realmente a água, mas os diferentes sais e outros componentes que ele
carrega. De fato, a água destilada ou pura não é condutora de eletricidade, mas é
isolante, pois não possui eletrões livres que podem conduzi-la.

 Ph relativamente neutro

Outra característica da água é que, em geral, e em média, ela normalmente possui um


pH neutro ou quase neutro, seu pH varia entre 6,5 e 8,5 (um pH totalmente neutro seria
7). Isso implica que, em geral, a água pode ser levemente ácida ou levemente básica,
mas, a menos que seu grau de acidez seja manipulado ou misturado com outras
substâncias, as moléculas de água pura são geralmente praticamente neutras.

 Alta tensão superficial

Esta propriedade refere-se à força necessária para superar a força de atração entre as
moléculas de água no nível da superfície.

Seu alto valor (no caso da água, tem um valor de 72,8 dine / cm), normalmente significa
que, quando estamos diante de uma superfície de água calma, essa loja permanece
estável, o que dificulta a quebra de forma se não for aplicada força considerável. É por

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isso que as folhas ou outros objetos geralmente flutuam acima sem gerar uma alteração
excessiva na forma da superfície.

3.3. Propriedades biológicas da água

A água é essencial para os humanos e para as outras formas de vida. “Ela age como
reguladora de temperatura, diluidora de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos
por entre os vários órgãos” (Silva & Noémio, 1981, p. 63). Bebemos água para ajudar
na diluição e funcionamento normal dos órgãos para em seguida ser eliminada pela
urina e por evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando
resíduos solúveis, como sais e impurezas.

A água tem características especiais que permitem a vida no planeta, entre elas, sua
grande capacidade de dissolver substâncias, além de conter nutrientes orgânicos e
inorgânicos, é encontrada em maior quantidade na forma líquida, aspectos essenciais
aos seres vivos.

3.3.1. A Estrutura da Molécula da Água

A fórmula da água, H2O, indica que é composta por dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio. Esses átomos compartilham de forma desigual os eletrões, criando uma
polaridade (cargas positivas e negativa).

Alinhando-me a ideia de Marín (2010), a molécula da água é polar e por isso as


moléculas ligam-se através de pontes de hidrogênio, que são bem fortes.

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Conclusão

Com esta pesquisa, permite concluir que a água é um componente importantíssimo na


sobrevivência dos seres vivos. Em todos estados ou propriedades, carrega consigo a
mesma importância e relevância.

Uma das recomendações que importa aqui frisar é a necessidade de conservação da


mesma tendo em conta o nível de poluição que vem sofrendo nas últimas décadas com
os avanços industriais.

Contudo, não se pode negar ou ignorar a relevância académica que este tema carrega
consigo. Esperamos, porém, que tenha ajudado gradativamente a nós na compreensão
desta matéria.

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Bibliografia

Antonio, R. M. (2007). Estimativa da Capacidade Heterotrófica de Ecossistemas


Aquáticos. Depto. Hidrobiologia. (UFSCar). São Carlos (SP), 1992. (monografia de
graduação).

Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Hidrografia. Porto: Porto Editora.

Joaquim, L. D. (s/d). Hidrologia: Manual do Curso de Licenciatura em Gestão


Ambiental. Beira: ISCED.

Marín, G. R. (2010). Características físicas, químicas e biológicas das águas. Escola de


Organização Industrial. [Online] Disponível em:
https://www.eoi.es/es/savia/publicaciones/19900/caracteristicas-fisicas-quimicas-y-
biologicas-de-las-aguas.

Marín G. R. & Rodríguez, M. J. M (1999). Físicoquímica da água. Editorial Díaz de


Santos.

Pacheco, J. A. (2003). Geografia Geral. Porto Alegre: Artmed.

Selimane, R. & Casali, A. (2008). Geografia – 10ª Classe. Maputo: Díname.

Silva, F. & Noêmio X. (1981). Geografia – 11º ano. São Paulo, Ano I, n. 2.

Sousa, F. (2016). Hidrologia. Rio de Janeiro: Editora Sobral.

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