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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema:
REGIMES HÍDRICOS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

Nome e Código do Estudante


Belinha Alberto Oza
708214727

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Hidrogeografia
Ano de Frequência: 2º

Milange, Outubro, 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
Máxima Tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Revisão bibliográfica
Conteúdo nacional e
internacionais 2.0
Análise e relevantes na área de
discussão estudo
 Exploração dos dados
2.0

 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências edição em citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 1

1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 1

1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 1

1.1.2. Específicos ................................................................................................................. 1

1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 1

2. Regimes Hídricos e Processos de Formação ............................................................................ 2

2.1. Regimes Hídricos .............................................................................................................. 2

1.3. Os processos de formação dos objectos aquáticos ............................................................ 3

2.2. Aguas subterrâneas ........................................................................................................... 4

2.3. Propriedades físicas, químicas e biológicas da água ........................................................ 6

2.3.1. Propriedades físicas ................................................................................................... 6

As propriedades químicas das águas ........................................................................................ 7

2.1.1. Propriedades biologias ............................................................................................... 8

3. Conclusão ................................................................................................................................. 9

4. Referencias Bibliográficas ..................................................................................................... 10


1. Introdução
A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogénio
(H) ligados a um átomo de oxigénio (O), sendo a sua (fórmula química H2O). A água é singular,
sendo a única substância encontrada nos três estados (sólido, líquido e gasoso) às temperaturas
normalmente encontradas no nosso planeta. Aqui poderás conhecer melhor esta substância tão
importante para a vida na Terra.

Regimes hídricos e processos de formação é o tema que será abordado nesse trabalho. O presente
trabalho tem por objectivo: Definir o conceito de Regimes hídricos; Explicar o Processo de
formação dos objectos aquáticos; Descrever as Propriedades físicas, químicas e biológicas da
água. O trabalho está estruturado de forma a facilitar fornecer bases sólidas para uma boa
percepção do tema em questão

O trabalho possui a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações de
melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e
discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar dos Regimes Hídricos e Processos de Formação.

1.1.2. Específicos
 Definir o conceito de Regimes hídricos;
 Explicar o Processo de formação dos objectos aquáticos;
 Descrever as Propriedades físicas, químicas e biológicas da água.

1.2.Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza como
base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim como
também materiais disponíveis na internet.

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2. Regimes Hídricos e Processos de Formação
2.1. Regimes Hídricos
Sob o efeito da radiação solar, a evaporação ocorre a partir das superfícies de água formando uma
massa de ar húmido. O resfriamento deste ar húmido provoca a condensação do vapor e a
formação de minúsculas gotas de água, as quais, prendem-se a sais e partículas higroscópicas,
presentes na atmosfera, dando origem a nuvens e outras formas de nebulosidade. O choque entre
as gotículas em suspensão provoca o seu crescimento, tornando-as suficientemente pesadas para
se precipitarem sob a forma de chuva (ou neve, ou granizo ou orvalho) (Rodrigues; Moreira &
Guimarães, 2018).

As gotas de chuva iniciam então a segunda fase do ciclo hidrológico, a precipitação, a qual pode
variar em intensidade de uma estação para outra, ou de uma região para outra, a depender das
diferenças climáticas no tempo e espaço. Parte da precipitação pode ser recolhida pela folhagem e
troncos da vegetação e não atinge o solo (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

A esse armazenamento de água dá-se o nome de intercepção ou interceptação, grande parte do


qual retorna à atmosfera sob forma de vapor, através da energia fornecida pela radiação solar. A
parte da precipitação que atinge o solo pode infiltrar para o subsolo, escoar por sobre a superfície
ou ser recolhida directamente por cursos e corpos d’água. As fases de infiltração e escoamento
superficial são inter-relacionadas e muito influenciadas pela intensidade da chuva, pela cobertura
vegetal e pela permeabilidade do solo (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

Parte da água que se infiltra fica retida em poros na camada superior do solo pela acção da tensão
capilar. Essa humidade retida no solo pode ser absorvida pelas raízes da vegetação ou pode sofrer
evaporação. Outra parte do volume infiltrado pode formar o escoamento sub-superficial através
das vertentes e camadas mais superficiais do solo. O restante da água de infiltração irá percolar
para as camadas mais profundas até encontrar uma região na qual todos os interstícios do solo
estarão preenchidos por água (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

Essas camadas de solo saturado com água são chamadas aquíferos e repousam sobre substratos
impermeáveis ou de baixa permeabilidade. O escoamento subterrâneo em um aquífero pode dar-
se lateralmente e, eventualmente, emergir em um lago ou mesmo sustentar a vazão de um rio
perene em períodos de estiagem (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).
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Se a chuva exceder a capacidade máxima de infiltração do solo, esse excesso irá inicialmente se
acumular em depressões e, em seguida, formar o escoamento superficial. Esse ocorre através de
trajectórias preferenciais, sulcos, ravinas, vales e cursos d’água, os quais finalmente irão desaguar
nos mares e oceanos. Nesse trajecto da água superficial, podem ocorrer mais uma vez perdas por
infiltração e evaporação, conforme as características de relevo e humidade presente no solo
(Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

O ciclo hidrológico completa-se pelo retorno à atmosfera da água armazenada pelas plantas, pelo
solo e pelas superfícies líquidas, sob a forma de vapor d’água. Quando essa mudança de fase tem
origem em superfícies líquidas dá-se o nome de evaporação simplesmente. A planta1, por sua
vez, absorve a água retida nas camadas superiores do solo através se seu sistema radicular,
utilizando-a em seu processo de crescimento (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

A transpiração é a fase pela qual as plantas devolvem para a atmosfera a água que absorveram do
solo, expondo-a a evaporação através de pequenas aberturas existentes em sua folhagem
denominadas estómatos. O conjunto dos processos de evaporação da água do solo e transpiração
é conhecido por evapotranspiração. Numa escala continental, cerca de 25% do volume d’água
que atinge o solo alcança os oceanos na forma de escoamento superficial e subterrâneo, ao passo
que 75% volta à atmosfera por evapotranspiração. O volume total de água na Terra é estimado
em 1460 milhões de quilómetros cúbicos e encontra-se distribuído de forma bastante
desequilibrada entre rios, aquíferos, oceanos e lagos (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

Os regimes hídricos Referem-se aos comportamentos das águas no que respeita ao seu aumento
ou redução ao longo do ano. O regime hídrico das águas dos oceanos recebem constantemente a
agua provinda das rochas em fusão existentes no interior da terra. Esta emissão contribuiria
bastante para o aumento das águas marinhas mas porque uma parte da água existente na
atmosfera é dissolvida pela luz solar e outras escapam a gravidade terrestre se perdendo no
espaço parece haver compensação entre a água ganha e perdida fazendo com que os níveis das
águas oceânicas se mantenham quase constante.

1.3.Os processos de formação dos objectos aquáticos


A água presente na terra tem a sua origem nas rochas em fusão existentes sob a crusta terrestre.
Quando estas rochas, através de erupções vulcânicas, entram em contacto com o mar,
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desprendem grande quantidade de vapor de água. No momento da formação da crusta terão sido
estas rochas que transportaram, desta forma, a água que agora existe nos oceanos (Húo, s/d).

Durante o processo do surgimento da hidrosfera (esfera de água) foram simultaneamente criadas,


para além dos oceanos, os rios, lagos e águas subterrâneas. É preciso também entender-se que
para se ter essas componentes da hidrosfera foi necessário a existência de depressões, aliás, no
conceito destas componentes o termo referido é parte integrante. Dai que os movimentos naturais
da terra como os sismos (os efeitos de sismos sobre o terreno podem ser muito notáveis “os
grandes sismos estão em geral ligado a deslocamento de falhas. Quando esta intercepta a
superfície, a sua rejeição origina desnivelamento verticais e deslizamentos horizontais podem
desviar rios, originar lagos, sublinhado do autor), os vulcões (responsável pela formação dos
lagos vulcânicos localizados em crateras) e a tectónica de placas (ver teoria de translação de
continentes de Alfred Wegener – 1912 (Húo, s/d).

Substanciando a ideia deste autor admite-se que ao longo das cristas oceânicas o material rochoso
do interior do manto sobe e espraia-se para cada lado. Assiste-se assim uma expansão contínua
dos fundos dos oceanos para cada linha de crista, a velocidade que varia de 1 a 9 cm por ano.
Conclui-se portanto que a crusta oceânica se esta formando continuamente ao longo das grandes
crista submarinas desempenharam um papel fundamental na criação das tais depressões (Húo,
s/d).

2.2. Aguas subterrâneas


Para se entender a origem da água subterrânea é necessário tratar do ciclo hidrológico, que
segundo Heath (1983) refere-se ao constante movimento da água sobre, na e sob a superfície da
Terra. Desta forma, o autor chama a atenção para importância da compreensão do que vem a ser
este ciclo, pois “O conceito de ciclo hidrológico é central ao entendimento da ocorrência de água
e ao desenvolvimento e administração de suprimentos em água” (Heath, 1983, p. 5).

Actualmente sabe-se que a origem da água subterrânea está ligada ao ciclo hidrológico, que é um
sistema natural (fechado) em que a água circula do oceano para a atmosfera, para depois ser
precipitada nos continentes e então retornar ao oceano superfi cialmente e/ ou subterraneamente
(Alievi; Pinese; Celligoi, 2009).

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Neste último meio (subterrâneo), parte da água infi ltrada é retida pelas raízes das plantas e acaba
evaporando por meio da capilaridade do solo ou pela evapotranspiração destes vegetais. A outra
parte move-se para camadas mais profundas, por efeito da gravidade, formando assim as águas
subterrâneas. Desta forma, boa parte da água subterrânea se origina da superfície do solo, sendo a
recarga feita da precipitação, cursos d’água e reservatórios superfi ciais (Mota, 1995, p. 141).

Na Figura 1 está representada a distribuição vertical da água no solo e subsolo, que conforme
Heath (1983) refere-se a água subsuperfi cial, sendo que a mesma ocorre em duas zonas
diferentes, a zona insaturada (logo abaixo da superfície) e a zona saturada, esta “[...] é a única
água subsuperfi cial que está disponível para suprir poços e fontes e é a única água a qual o nome
água subterrânea aplica-se corretamente” (Heath, 1983, p. 4).

Figura 1. Representação esquemática da distribuição vertical da água no solo e subsolo,


mostrando as diversas zonas de umidade. Fonte: Adaptado de Feitosa e Manoel Filho (1997)

Então, para compor este estrato subterrâneo, a água que infi ltra-se no solo pode ser dividido em
3 partes diferentes, segundo Feitosa e Manoel Filho (1997): a primeira permanece na zona não-
saturada, a zona onde os vazios do solo estão parcialmente preenchidos por água e ar, acima do
nível freático. A segunda denominada interfl uxo (escoamento sub-superfi cial), pode continuar a
fl uir lateralmente, na zona não-saturada, a pequenas profundidades, quando existem níveis pouco
permeáveis imediatamente abaixo da superfície do solo e, nessas condições, alcançar os leitos dos
cursos d’água. Por fi m, a terceira fração, pode percolar até o nível freático, constituindo a

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recarga do aquífero. Este nível freático refere-se ao que comumente é conhecido como lençol
freático, mas que na hidrogeologia é conhecido conforme mudanças climáticas, topografi a da
região e permeabilidade da rocha (Leinz; Amaral, 2003), acrescendo-se ainda, o tipo de ocupação
do solo nestas áreas, haja visto que dependendo disto, a infi ltração pode ser impactada.

Neste último nível, abaixo da superfície piezométrica, que também é conhecido como zona
saturada, a água subterrânea preenche os poros ou vazios intergranulares das rochas
sedimentares, ou as fraturas, falhas e fi ssuras das rochas compactas (cristalinas).

As águas atingem esta zona por gravidade, até alcançar uma profundidade limite, onde as rochas
encontram-se saturadas, simplesmente porque os poros e capilares estão cada vez menores,
devido à compressão das rochas superiores (Leinz; Amaral, 2003).

2.3. Propriedades físicas, químicas e biológicas da água


2.3.1. Propriedades físicas
Transparência: é a propriedade que tem os corpos de se deixar atravessar pela luz. A transparência das
águas varia de acordo com o tipo e quantidade de partículas inorgânicas e orgânicas dissolvidas e em
suspensão, contidas nas águas naturais. São estes elementos que reduzem a penetração da luz, reduzindo a
actividade fotossintética. A transparência vária de alguns cm até 50m. Os instrumentos que permitem
determinar o grau de transparência é chamado de disco de Secchi e o instrumento de “células
fotoelectricas de celenio” (Húo, s/d).

Quanto maior a absorção da radiação, maior será a transparência das águas e consequentemente maior será
a produtividade de plâncton. A transparência das águas é determinada por alguns factores, nomeadamente,
as substâncias orgânicas e inorgânicas dissolvidas e em suspensão, a profundidade, o estado de tempo
(nebulosidade), e a variação da intensidade luminosa (diurna e anual) (Húo, s/d).

Temperatura: A água pode ser encontrada na natureza em diferentes estados em função do clima
vigente na região onde se encontra o recurso hídrico. Uma pequena variação da temperatura
atmosférica ou do globo, pode alterar completamente as condições do ciclo hidrológico,
retardando-o, devido à congelação, ou acelerando-o, intensificando a evaporação com o aumento
da temperatura (Húo, s/d).

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Densidade: À temperatura ambiente, a água líquida fica mais densa à medida que diminui a
temperatura, da mesma forma que as outras substâncias. Mas a 4 °C (ou 3,98 °C mais
precisamente), logo antes de congelar, a água atinge sua densidade máxima e a partir do seu
congelamento a densidade começa a diminuir (Húo, s/d).

Alteração do volume específico: Esta associada às transições de fase da água, têm consequências
importantes em todo o ciclo. Sabe-se que a água é das poucas substâncias em que o volume
específico aumenta quando se dá a solidificação, daqui resulta que o gelo pode flutuar nos
oceanos, o que obsta, portanto, a congelação progressiva a partir do fundo dos oceanos para a
superfície das águas, nas regiões polares, como frequentemente acontece. Este facto é
fundamental para a sobrevivência dos seres vivos nas águas das camadas inferiores das regiões
polares e dos lagos em que se verifica a congelação (Húo, s/d).

Adesão: A água adere a si mesma por coesão, por ser polar. Pelo mesmo motivo, também
apresenta fortes propriedades de adesão. Numa superfície de vidro muito limpa, a água ali
depositada pode formar uma fina camada, porque as forças moleculares entre o vidro e a água
(forças adesivas) são mais fortes que as coesivas (Húo, s/d).

As propriedades químicas das águas


Quimicamente a água nunca ocorre na natureza de forma pura devido ao contacto que tem com
outros elementos químicos que se encontram nas rochas, solos e atmosfera. Os que passam por
rochas dissolvem minerais de silício, magnésio, cálcio e influenciam as águas, tornando-as
minerais. Dentre as características químicas da água, destacam-se:

Dureza: Define-se como a capacidade da água de reagir ao sabão. Quando a água é dura requer
grande quantidade deste produto para produzir espuma. Esta característica é causada pelos iões
metálicos dissolvidos na água como o cálcio, magnésio, ferro e alguns outros (Húo, s/d).

Sabor e odor: Na forma pura a água é insípida e inodora, porém a interferência de substâncias
estranhas pode lhe proferir um sabor e um cheiro particular (Húo, s/d).

Água como dissolvente: Dificilmente a água é encontrada em estado de pureza na natureza isto
porque a água é um solvente poderoso, ou seja, tem a capacidade de dissolver inúmeras
substâncias (gases, sais, etc) (Húo, s/d).
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2.1.1. Propriedades biologias
A poluição da água compromete o seu uso e pode atingir o homem de forma directa, pois ela é
usada por ele para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente,
para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece as cidades, sendo também
utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de
gosto e estar isenta de microrganismos patogénicos, o que é conseguido através do seu
tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais (Húo, s/d).

A água é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos
de dez microrganismos patogénicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera,
esquistossomose, febre tifoide, hepatite, leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se
manter nessas condições, deve evitar-se sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de
natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais ou sedimentos provenientes da
erosão (Húo, s/d).

Sobre a contaminação agrícola há a considerar os resíduos do uso de agro tóxico (comum na


agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes intensiva nos campos, que envia grandes
quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a
eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No primeiro caso, há o uso de adubos,
muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios, acarretando o
aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias
decompositoras que consomem oxigénio, contribuindo para diminuir a concentração do mesmo
na água, produzindo sulfeto de hidrogénio, um gás de cheiro muito forte que é tóxico quando a
concentração é elevada (Húo, s/d).

Isso também afecta as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigénio na
respiração, além das bactérias aeróbicas, que são impedidas de decompor a matéria orgânica sem
deixar odores nocivos através do consumo de oxigénio. Os resíduos gerados pelas indústrias,
cidades e actividades agrícolas podem ser sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição
muito grande. As impurezas geradas pelas cidades, como resíduos, entulhos e produtos tóxicos
são carregados para os rios com a ajuda das chuvas. (Húo, s/d).

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3. Conclusão
Conclui-se que, sob o efeito da radiação solar, a evaporação ocorre a partir das superfícies de
água formando uma massa de ar húmido. O resfriamento deste ar húmido provoca a condensação
do vapor e a formação de minúsculas gotas de água, as quais, prendem-se a sais e partículas
higroscópicas, presentes na atmosfera, dando origem a nuvens e outras formas de nebulosidade.
O choque entre as gotículas em suspensão provoca o seu crescimento, tornando-as
suficientemente pesadas para se precipitarem sob a forma de chuva (ou neve, ou granizo ou
orvalho) (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

As gotas de chuva iniciam então a segunda fase do ciclo hidrológico, a precipitação, a qual pode
variar em intensidade de uma estação para outra, ou de uma região para outra, a depender das
diferenças climáticas no tempo e espaço. Parte da precipitação pode ser recolhida pela folhagem e
troncos da vegetação e não atinge o solo (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

A esse armazenamento de água dá-se o nome de intercepção ou interceptação, grande parte do


qual retorna à atmosfera sob forma de vapor, através da energia fornecida pela radiação solar. A
parte da precipitação que atinge o solo pode infiltrar para o subsolo, escoar por sobre a superfície
ou ser recolhida directamente por cursos e corpos d’água. As fases de infiltração e escoamento
superficial são inter-relacionadas e muito influenciadas pela intensidade da chuva, pela cobertura
vegetal e pela permeabilidade do solo (Rodrigues; Moreira & Guimarães, 2018).

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4. Referencias Bibliográficas
Húo, E. F. J. (s/d). Hidrogeografia: Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia –
2o ano. Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino a Distância. Beira:
Moçambique

Branco, O. E. A. (2006). Avaliação da disponibilidade hídrica: Conceitos e aplicabilidade.


Brasil.

Rodrigues, C. M.; Moreira, M. & Guimarães, R. C. (2018). Apontamentos para as aulas de


hidrologia. Universidade de Évora: Departamento de Engenharia Rural. São Paulo –
Brasil.

Von Sperling, M. (2005). Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos.


DESA/UFMG. Belo Horizonte. 452p

Silva, C. P. & Albertoni, E. (1996). Características Físicas e Químicas da Água. Universidade


federal do Rio Grande. Brasil.

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