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INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.

153
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 00

USO DE DETONANTES E EXPLOSIVOS

Elaborado Analisado Aprovado

Data: Data: Data:

TABELA DE CONTROLE DE MODIFICAÇÕES

REV. Item modificado Descrição Data


00 Emissão Inicial Instrução de Trabalho País 06/02/2014

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1 OBJETIVO

Este programa dispõe de medidas técnicas de segurança relativas à proteção do trabalhador em


atividades que envolvam a manipulação, transporte e armazenamento de detonantes e explosivos.

2 GENERALIDADES E DEFINIÇÕES

DNPM: Departamento Nacional de Produção Mineral.

Escorvamento: É um elemento usado para produzir uma explosão, composto por um método de
ignição, um detonador (e, eventualmente um reforçador) e o explosivo propriamente dito.

Explosivos: São substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor


intenso e pressões elevadas, se subdividindo em:

• Explosivos iniciadores: aqueles que são empregados para excitação de cargas explosivas,
sensíveis ao atrito, calor e choque. Sob efeito do calor, explodem sem se incendiar;

• Explosivos reforçadores: os que servem como intermediários entre o iniciador e a carga


explosiva propriamente dita;

• Explosivos de rupturas: são os chamados altos explosivos, geralmente tóxicos;

• Pólvoras: que são utilizadas para propulsão ou projeção.

SG: Sistema de Gestão.

SIG: Sistema Integrado de Gestão.

SMS: Saúde, Meio Ambiente e Segurança.

SMSQ: Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Qualidade.

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SSO: Segurança e Saúde Ocupacional.

SST: Saúde e Segurança do Trabalho.

3 RESPONSABILIDADES

O quadro apresentado a seguir define os responsáveis, os executores, aqueles que são consultados e
os que são informados para cada etapa do processo:

Equipe de Demais
Atividades Segurança Bláster Trabalhador
do Trabalho es

Elaborar este programa e


orientar os trabalhadores para R, E C, I C, I
seu cumprimento.

Cumprir as orientações
R, E R, E R, E
contidas neste programa.

Legenda: R – Responsável / E – Executor / C – Consultado / I – Informado

4 DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL

MSIG001 - Manual do Sistema Integrado de Gestão (Corporativo)

AM-SE-PLG-SA/SE-001 – Plano de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (PGSST)

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Portaria 3.214 de 1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da


Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho

NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

NR-19 – Explosivos

Ministério de Minas e Energia


NRM-16 - Operações com Explosivos e Acessórios

5 DESENVOLVIMENTO

Todas as operações envolvendo explosivos e acessórios devem observar as recomendações de


segurança do fabricante.

O transporte e utilização de material explosivo devem ser efetuados por pessoal devidamente
treinado, respeitando-se as Normas do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados do
Ministério da Defesa e legislação que as complemente.

A execução do plano de fogo, operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista e demais
atividades correlatas deve ser realizada com a presença de bláster legalmente registrado, responsável
pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento, ordem de fogo, detonação e retirada das
que não explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos
necessários às detonações.

Ao bláster compete:

• Ordenar a retirada dos paióis, o transporte e o descarregamento dos explosivos e


acessórios nas quantidades necessárias ao posto de trabalho a que se destinam;
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• Orientar e supervisionar o carregamento dos furos, verificando a quantidade carregada;

• Orientar a conexão dos furos carregados com o sistema de iniciação e a sequência de fogo;

• Solicitar a execução das medidas de concentração gasosa, antes e durante o carregamento


dos furos, em frentes de trabalho sujeitas a emanações de gases explosivos;

• Certificar-se do adequado funcionamento da ventilação auxiliar e da aspersão de água nas


frentes em desenvolvimento;

• Certificar-se de que não haja mais pessoas na frente de desmonte e áreas de risco antes de
proceder à detonação;

• Iniciar todas as detonações na área de extração, que devem ser precedidas de avisos
escritos e sonoros, de comunicação e de interdição das vias de acesso à área de risco;

• Certificar-se da inexistência de fogos falhados;

• Comunicar ao responsável pela área ou frente de serviço o encerramento das atividades de


detonação.

Todos os trabalhadores envolvidos nas atividades de detonações de explosivos deverão receber


treinamento formal com registro de presença. Os trabalhadores treinados deverão passar por
reciclagem anual.

Deverá haver equipamentos de comunicação e sinalização móveis e fixos, necessários para realizar o
isolamento de áreas para detonação.

As atividades de detonação devem ser isoladas e contarem com um perfeito sistema de aviso entre os
operadores envolvidos e todos os trabalhadores que possam ser afetados, tais como, pedestres e
veículos.

A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser ao risco,
trabalhadores e terceiros.

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Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.

Antes da utilização de explosivos a área de Segurança do Trabalho e de Meio Ambiente deverá


realizar uma vistoria procurando identificar perigos e impactos adicionais que devem ser removidos ou
tratados, tais como rede elétrica e ninhos de animais.

O bláster ou qualquer outro trabalhador deve informar imediatamente ao responsável pelo


empreendimento o desaparecimento de explosivos e acessórios, por menor que seja a quantidade,
para que sejam tomadas as providências no sentido de informar às autoridades competentes nos
termos da legislação vigente.

O manuseio de explosivos e acessórios é privativo de pessoal habilitado, conforme legislação em


vigor.

É proibido detonar utilizando-se rede elétrica em desacordo com a orientação dos fabricantes e as
normas técnicas vigentes.

5.1 Depósito e armazenagem de explosivos

A localização, construção e manutenção dos paióis e armazenagem de explosivos e acessórios devem


estar de acordo com a regulamentação vigente do Ministério da Defesa.

Nos acessos aos paióis de explosivos ou acessórios devem estar disponíveis dispositivos de combate a
incêndios.

O acesso aos paióis de explosivos ou acessórios só deve ser liberado a pessoal devidamente
qualificado, treinado e autorizado ou acompanhado de pessoa que atenda a estas qualificações.

A construção dos depósitos de explosivos deve obedecer aos seguintes requisitos:

• Construída em terreno firme, seco, a salvo de inundações e não sujeito à mudança


frequente de temperatura ou ventos fortes e não deverá ser constituído de extrato de rocha contínua;

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• Afastada de centros povoados, rodovias, ferrovias, obras de arte importantes, habitações


isoladas, oleodutos, linha tronco de distribuição de energia elétrica, água e gás;

• Os distanciamentos mínimos para a construção do depósito segundo as Tabelas A, B e C.

TABELA A: Armazém de Pólvoras Químicas e Artifícios Pirotécnicos.

(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.

TABELA B: Armazém de Explosivos e Iniciadores.

(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.

TABELA C: Armazém de Pólvora Mecânica (Pólvora Negra e "Chocolate").

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(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.

• Nos locais de armazenagem e na sua área de segurança, deverão constar placas com
dizeres "É PROIBIDO FUMAR" e "EXPLOSIVOS" que possam ser observados por todos que tenham
acesso, nas portas de acesso aos mesmos, sem prejuízo das demais sinalizações previstas em normas
vigentes;

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• Material incombustível, impermeável, mal condutor de calor e eletricidade, e as partes


metálicas usadas no seu interior deverão ser de latão, bronze ou outro material que não produza
centelha quando atritado ou sofrer choque, resistente e livre de umidade;

• Piso impermeabilizado com material apropriado e acabamento liso para evitar


centelhamento, por atrito ou choques, e facilitar a limpeza;

• As partes abrindo para fora, e com bom isolamento térmico e proteção às intempéries;

• As áreas dos depósitos protegidas por para-raios;

• Os depósitos dotados de sistema eficiente e adequado para o combate a incêndio;

• As instalações de todo equipamento elétrico da área dada obedecerão segundo as


disposições da Norma Regulamentadora (NR-10);

• O distanciamento mínimo indicado na Tabela C poderá ser reduzido à metade, quando se


tratar de depósito barricado ou entrincheirado, desde que previamente vistoriado;

• Será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido


qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas.

Em todos os paióis de explosivos ou acessórios devem ser anotados os estoques semanais e


movimentações de materiais, sendo que os registros devem ser examinados e conferidos
periodicamente pelo bláster e pelo responsável pelo empreendimento.

Os registros de estocagem e movimentações de materiais devem estar disponíveis para a fiscalização.

É proibida a estocagem de explosivos e acessórios fora de locais apropriados.

Os explosivos e acessórios não usados devem retornar imediatamente aos respectivos locais de
armazenamento.

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A menos de 20 m (vinte metros) de armazenamento de explosivos ou acessórios só é permitido o


acesso de pessoas que trabalhem naquela área para execução de manutenção das galerias e de
trabalhos nos paióis.

5.2 Manuseio de explosivos

No manuseio de explosivos, devem ser observadas as seguintes normas de segurança:

• Pessoal devidamente treinado para tal finalidade;

• No local das aplicações indicadas deve haver pelo menos um supervisor, devidamente
treinado para exercer tal função;

• É proibido fumar, utilizar fósforos, isqueiros, chama exposta ou qualquer outro instrumento
gerador de faíscas, fagulhas ou centelhas durante o manuseio e transporte de explosivos e
acessórios;

• Vedar a entrada de pessoas com cigarros, cachimbo, charuto, isqueiro ou fósforo;

• Remover toda lama ou areia dos calçados, antes de se entrar em locais onde se armazenam
ou se manuseiam explosivos;

• Uso obrigatório de calçado apropriado;

• Apenas ferramentas que não originem faíscas, fagulhas ou centelhas devem ser usadas
para abrir recipientes de material explosivo ou para fazer furos nos cartuchos de explosivos.

• Proibir o transporte de explosivo exposto com equipamento movido a motor de combustão


interna;

• Não permitir o transporte e armazenagem conjuntos de explosivo de ruptura e de outros


tipos, especialmente os iniciadores;

• Admitir no interior de depósito para armazenagem de explosivo as seguintes temperaturas


máximas:
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− l) 27°C (vinte e sete graus centígrados) para nitrocelulose, nitromido e pólvora química
de base dupla;

− m) 30°C (trinta graus centígrados) para ácido pícrico e pólvora química de base simples;

− n) 35°C (trinta e cinco graus centígrados) para pólvora mecânica;

− o) 40°C (quarenta graus centígrados) para trotil, picrato de amônio e outros explosivos
não especificados.

• Arejar obrigatoriamente, em períodos não superiores a 3 (três) meses, os depósitos de


armazenagem de explosivos, mediante aberturas das portas ou por sistema de exaustão;

• Molhar as paredes externas e as imediações dos depósitos de explosivos, tendo-se o


cuidado para que a mesma não penetre no local de armazenagem.

• No carregamento dos furos é permitido somente o uso de socadores de madeira, plástico


ou cobre.

• Os instrumentos e equipamentos utilizados para detonação elétrica e medição de


resistências devem ser inspecionados e calibrados periodicamente, mantendo-se o registro da última
inspeção.

• É proibida a escorva de explosivos fora da frente de trabalho.

• A fixação da espoleta no pavio deve ser feita com instrumento específico.

• Os fios condutores utilizados nas detonações por descarga elétrica devem possuir as
seguintes características:

− Ser de cobre ou ferro galvanizado;

− Estar isolados;

− Possuir resistividade elétrica abaixo da estabelecida para o circuito;

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− Não conter emendas;

− Ser mantidos em curto-circuito até sua conexão aos detonadores;

− Ser conectados ao equipamento de detonação pelo técnico responsável ou bláster e


somente após a retirada do pessoal da frente de detonação;

− Possuir comprimento adequado que possibilite uma distância segura para o bláster.

• Em locais com baixa umidade relativa do ar, sujeitas ao acúmulo de eletricidade estática, o
bláster deve usar anel de aterramento ou outro dispositivo similar durante a atividade de montagem
do circuito e detonação elétrica.

• É proibida a detonação a céu aberto em condições de baixo nível de iluminamento ou


quando ocorrerem descargas elétricas atmosféricas.

• Caso a frente esteja parcial ou totalmente carregada, a área deve ser imediatamente
evacuada.

5.3 Inspeção de explosivos

Devem-se inspecionar os explosivos armazenados para verificar as suas condições de uso, dentro dos
seguintes períodos:

• DINAMITE - trimestralmente, não sendo aconselhável armazená-la por mais de 2 (dois)


anos;

• NITROCELULOSE - semestralmente a partir do segundo ano de fabricação;

• ALTOS EXPLOSIVOS - primeiro exame 5 (cinco) anos após a fabricação e, depois, de 2


(dois) em 2 (dois) anos;

• ACIONADORES, REFORÇADORES, ESPOLETAS - primeiro exame 10 (dez) anos após a


fabricação e, depois de 5 (cinco) em 5 (cinco) anos.
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5.4 Transporte de explosivos

O consumo de explosivos deve ser controlado por intermédio dos mapas previstos na regulamentação
vigente do Ministério da Defesa.

Os explosivos e acessórios não devem estar em contato com qualquer material que possa gerar
faíscas, fagulhas ou centelhas.

O transporte de explosivos e acessórios deve ser realizado por veículo dotado de proteção que impeça
o contato de partes metálicas com explosivos e acessórios e atenda à regulamentação vigente do
Ministério da Defesa e observadas as recomendações do fabricante.

O carregamento e descarregamento de explosivos e acessórios deve ser feito com o veículo desligado
e travado.

Os trabalhadores envolvidos no transporte de explosivos e acessórios devem receber treinamento


específico para realizar sua atividade.

Nos transportes de explosivos, observar as seguintes normas de segurança:

• O material deverá estar em bom estado e acondicionado em embalagem regulamentar;

• O transporte manual de explosivos e acessórios deve ser feito utilizando recipientes


apropriados.

• Por ocasião de embarque ou desembarque, verificar se o material confere com a guia de


expedição correspondente;

• Prévia verificação quanto às condições adequadas de segurança, todos os equipamentos


empregados nos serviços de carga, transporte e descarga;

• Utilizar sinalização adequada, tais como bandeirolas vermelhas ou tabuletas de aviso,


afixadas em lugares visíveis;

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• Disposição do material de maneira a facilitar a inspeção e a segurança;

• É proibido o transporte de explosivos e cordéis detonantes simultaneamente com


acessórios, outros materiais e pessoas estranhas à atividade.

• Em caso de necessidade, proteger o material contra a umidade e incidência direta dos raios
solares, cobrindo-o com uma lona apropriada;

• Antes da descarga de munições ou explosivos, examinar o local previsto para


armazenamento;

• Proibir a utilização de luzes não protegidas, fósforos, isqueiros, dispositivos ou ferramentas


capazes de produzir chama ou centelhas nos locais de embarque, desembarque e nos transportes;

• Salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga de munições e explosivos deverão


ser feitos durante o período das 7 às 17 horas;

• Quando houver necessidade de carregar ou descarregar munições e explosivos durante a


noite, somente admitir iluminação com lanternas e holofotes elétricos.

As regras a observar no transporte rodoviário, além das prescrições gerais cabíveis no caso,
serão as seguintes:

• Os caminhões destinados ao transporte de munições e explosivos, antes de sua utilização,


serão vistoriados para exame de seus circuitos elétricos, freios, tanques de combustível, estado da
carroçaria e dos extintores de incêndio, assim como verificação da existência de quebra-chama no
tubo de descarga e ligação metálica da carroçaria com a terra;

• Os motoristas deverão ser instruídos quanto aos cuidados a serem observados, bem como
sobre o manejo dos extintores de incêndio;

• A estopa a ser levada no caminhão deverá ser em quantidade indispensável, e aquela que
for usada deverá ser jogada fora;

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• A carga explosiva deverá ser fixada, firmemente, no caminhão e coberta com lona
impermeável, não podendo ultrapassar a altura da carroçaria;

• É proibida a presença de estranhos nos caminhões que transportarem explosivos ou


munições;

• Durante a carga e descarga, os caminhões deverão estar freados, calçados e seus motores
desligados;

• Quando em comboios, os caminhões deverão manter entre si uma distância de


aproximadamente 80 m (oitenta metros);

• A velocidade do caminhão não poderá ultrapassar 40 Km/h (quarenta quilômetros por


hora);

• As cargas e as próprias viaturas deverão ser inspecionadas durante as paradas horárias,


previstas para os comboios ou viaturas isoladas, as quais se farão em local afastado de habitações;

• Para viagens longas, os caminhões deverão ter 2 (dois) motoristas que se revezarão;

• Nos casos de desarranjo nos caminhões, estes não poderão ser rebocados. A carga será
baldeada e, durante esta operação, colocar-se-á sinalização na estrada;

• No desembarque, os explosivos e munições não poderão ser empilhados nas proximidades


dos canos de descarga dos caminhões;

• Durante o abastecimento de combustível, os circuitos elétricos de ignição deverão estar


desligados;

• Tabuletas visíveis serão afixadas nos lados e atrás dos caminhões, com os dizeres:
"CUIDADO: EXPLOSIVO" e serão colocadas bandeirolas vermelhas;

• Os caminhões carregados não poderão estacionar em garagens, postos de serviço,


depósitos ou lugares onde haja probabilidades de riscos de incêndio;

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• Os caminhões, depois de carregados, não deverão ficar nas áreas ou proximidades dos
paióis e depósitos;

• Em caso de acidentes no caminhão ou colisões com edifícios e viaturas, a primeira


providência deverá ser retirada da carga explosiva, a qual deverá ser colocada a uma distância
mínima de 60 m (sessenta metros) do veículo ou habitações;

• Em casos de incêndio em caminhão que transporte explosivos, procurar-se-á interromper o


trânsito e isolar o local.

Os explosivos comprometidos em seu estado de conservação ou oriundos de fogos falhados devem


ser destruídos conforme regulamentação vigente do Ministério da Defesa e instruções do fabricante.

5.5 Desmonte de rocha com uso de explosivos

Em cada área, onde seja necessário o desmonte de rocha com uso de explosivos, deve estar
disponível plano de fogo no qual conste:

• Disposição e profundidade dos furos;

• Quantidade de explosivos;

• Tipos de explosivos e acessórios utilizados;

• Sequência das detonações;

• Razão de carregamento;

• Volume desmontado;

• Tempo mínimo de retorno após a detonação.


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O desmonte com uso de explosivos deve obedecer as seguintes condições:

• Ser precedido do acionamento de sirene;

• A área de risco deve ser evacuada e devidamente vigiada;

• Horários de fogo previamente definidos e consignados em placas visíveis na entrada de


acesso às áreas de detonação;

• Dispor de abrigo para uso eventual daqueles que acionam a detonação;

• Seguir as normas técnicas vigentes e as instruções do fabricante.

O retorno à frente detonada só é permitido com autorização do bláster e após verificação da


existência das seguintes condições:

• Dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo projeto
de ventilação, quando houver, e plano de fogo;

• Confirmação das condições de estabilidade da área;

• Marcação e eliminação de fogos falhados.

Na constatação ou suspeita de fogos falhados no material detonado, após o retorno às atividades,


devem ser tomadas as seguintes providências:

• Os trabalhos devem ser interrompidos imediatamente;

• O local deve ser evacuado;

• Informado o bláster para adoção das providências cabíveis.

A retirada de fogos falhados deve ser executada pelo bláster ou, sob sua orientação, por trabalhador
qualificado e treinado.

A retirada de fogos falhados só pode ser realizada através de dispositivo que não produza faíscas,
fagulhas ou centelhas.
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Os explosivos e acessórios de fogos falhados devem ser recolhidos a seus respectivos depósitos, após
retirada imediata da escorva entre eles.

É proibido o aproveitamento de restos de furos falhados na fase de perfuração.

Em locais a céu aberto, próximas de habitações, vilas, fábricas, redes de energia, minas subterrâneas,
construções subterrâneas e obras civis, tais como pontes, oleodutos, gasodutos, minerodutos,
subestações de energia elétrica, além de outras obras de interesse público devem ser definidos
perímetros de segurança e métodos de monitoramento e apresentados no Plano de Lavra ou quando
exigidos, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.

Definidos os perímetros de segurança e respectivos métodos de monitoramento, os mesmos podem


ser alterados mediante avaliação técnica, que comprove as possíveis mudanças, sem danos às
estruturas passíveis de influência da atividade, submetidos à apreciação do DNPM.

Não devem ocorrer lançamentos de fragmentos de rocha além dos limites de segurança do
empreendimento.

Devem ser adotadas técnicas e medidas de segurança no planejamento e execução do desmonte de


rocha com o uso de explosivos.

As detonações devem ser limitadas a um mínimo de horários determinados, conhecidos dos


trabalhadores e da vizinhança do empreendimento.

O monitoramento de vibrações no solo e o ruído no ar decorrentes detonações deve ser realizado nas
obras civis próximas ao local de detonação e se manter dentro dos seguintes limites máximos:

• Velocidade de vibração da partícula: 15 mm/s (quinze milímetros por segundo) –


componente vertical;

• Sobre pressão sonora: 134 db (a) (cento e trinta e quatro decibéis).

Em minas com emanações comprovadas de gases inflamáveis ou explosivos só é permitido o uso de


explosivos adequados a esta condição.

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6 REGISTROS

• Não se aplica.

7 ANEXOS

• Anexo 1 –

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