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LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO EM ESPAÇO CONFINADO

CÓDIGO: PG-CO.81.0005 REVISÃO 06 PÁGINA: 1/14

1. OBJETIVO

Estabelecer a sistemática operacional a ser adotada na ULTRAGAZ/BRASILGÁS para a identificação de


espaços confinados, eliminar ou neutralizar e controlar os perigos potenciais associados a execução de
atividades nesses locais, a fim de garantir que intervenções em espaços confinados, somente sejam
realizadas quando assegurada a integridade dos colaboradores na execução do trabalho.

Nota 1: A eliminação consiste na extinção, na supressão do agente nocivo. Já a neutralização, o perigo não
é extinto, mas sim atenuado, diminuído.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este procedimento aplica-se na ULTRAGAZ/BRASILGÁS, especificamente nas Bases de Produção, Bases
Satélite e Lojas que possuem locais classificados como espaços confinados.

3. DEFINIÇÕES E SIGLAS

Análise Prevencionista de Tarefa (APT): É a descrição detalhada das etapas que compõem uma dada
tarefa, identificando os riscos de acidente e as doenças ocupacionais de cada etapa, e respectivos controles
e procedimentos, para garantir uma execução segura.

Atmosfera IPVS: Atmosfera imediatamente perigosa à vida e à saúde.

Avaliações iniciais da atmosfera: Conjunto de medições preliminares realizadas na atmosfera do espaço


confinado.

Atividades Rotineiras: São aquelas cujos riscos e as respectivas medidas de controle da atividade já foram
identificadas no Levantamento de Perigos e Avaliação de Riscos de Segurança e Saúde – PG-CO.72.0001,
Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais – PG-CO.73.0001 e determinados em procedimentos e
instruções de trabalho desde que não tenha sofrido nenhuma alteração de lay out ou processo.

Atividades Não Rotineiras: São aquelas cujos riscos e as respectivas medidas de controle da atividade
não são conhecidas ou trata-se de atividade inédita, no conjunto de operações da unidade, devendo ser
elaborada a APR – Análise Preliminar de Riscos – PG-CO.72.0007 (quando se tratar de novo projeto) ou
APT – Análise Prevencionista da Tarefa – PG-CO.81.0002 (quando se tratar de execução de um novo
trabalho) detalhando o passo a passo.

Bloqueio: Dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão, vapor, fluídos
combustíveis, água, esgoto e outros.

Contaminantes: Referem-se aos gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do espaço
confinado.

Deficiência de Oxigênio: Atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigênio em volume.

Engolfamento: É a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos finamente divididos que possam ser
aspirados causando morte por enchimento ou obstrução do sistema respiratório, ou que possa exercer força
suficiente no corpo para causar morte por estrangulamento, constrição ou esmagamento.

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Equipe de resgate: Membros da brigada de emergência que tenham sido preparados minimamente em
curso de APH – Atendimento Pré-Hospitalar, para atendimento às vítimas de acidentes em espaços
confinados.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): Dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

Espaço Confinado (EC): É qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. São exemplos de espaços
confinados, tanques, caixa d’água e bocas de lobo, galerias de águas pluviais e de esgoto, vasos de pressão
e pulmões de ar, fossas assépticas, dentre outros.

Enriquecimento de oxigênio: Atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.

Inertização: Deslocamento da atmosfera que contenha gás tóxico, asfixiante ou inflamável por aplicação
de um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e atóxica.

Intrinsecamente Seguro: Método de proteção empregado em atmosferas potencialmente explosivas.


Tarefas que são certificadas como intrinsicamente seguras são desenvolvidas para ser incapazes de liberar
energia suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para causar ignição em materiais inflamáveis;

Medidas Especiais de Controle: Medidas adicionais de controle necessárias para a Análise Prevencionista
de Tarefa em espaços confinados em situações peculiares, tais como trabalho a quente, atmosfera IPVS e
outras.

Ordem de Bloqueio: Ordem de suspensão de operação normal do espaço confinado.

Permissão para Trabalho Perigoso: Ato desenvolvido e praticado pelo Responsável da Área e Técnico
de Segurança da Unidade, uma vez que tenha tomado ciência de que, todas as possíveis tarefas que possam
interferir nas condições operacionais e de segurança, que influenciem nas atividades de Espaços
Confinados, tenham sido efetivamente encerradas, bloqueadas e testadas.

RX tórax PA: Raio X do tórax posteroanterior

Socorrista: Membro da brigada de emergência que tenha formação de aperfeiçoamento em Suporte Básico
de Vida em situações de urgência, com atenção na emergência clínica (ex.: bombeiro civil, voluntários e
técnicos em saúde, dentre outros profissionais).
Supervisor de Entrada: Técnico encarregado para operacionalizar a permissão de entrada.

Vigia: Trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e responsável pelo
acompanhamento, comunicação e ordem de abandono de trabalhadores.

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4. DESCRIÇÃO
A unidade deve constituir a formação de equipe multidisciplinar, em que se considere, mas não se restrinja
à seguinte formação:

 Gerente de Produção;
 Coordenador de Manutenção de Base;
 Membro da CIPA e
 Técnico de Segurança do Trabalho.

A Unidade deve:

 Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento, quando aplicável, ao estabelecido na


Norma Regulamentadora nº 33, assinado pelo preposto da direção da empresa, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:
a) Local e data da nomeação;
b) Nome, cargo e função do responsável técnico nomeado;
c) Estabelecimentos sob responsabilidade do Responsável Técnico;
d) Menção do item 33.2.1 – "a" da NR 33;
e) Atribuições do responsável técnico.

 Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento e manter sinalização permanente


junto à entrada do espaço confinado;

Sinalização para identificação de espaço confinado

 Elaborar o Inventário dos espaços confinados da unidade conforme RG-CO.72.08 e Memorial


descritivo conforme RG-CO.72.16.

 Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado e garantir informações atualizadas sobre os
riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados, através do RG-CO.81.01 –
Análise Prevencionista de Tarefa;

 Listagem das pessoas autorizadas a acessar e realizar atividades ou intervenções em ECs;

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 Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle anteriormente identificados na


APT, antes de cada acesso aos ECs, bem como fornecer às empresas contratadas, informações sobre os
riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e garantir que o acesso ao EC somente ocorra após
a emissão, por escrito da Permissão para Trabalho Perigoso (Trabalho em Espaço Confinado) – RG-
CO.72.29;

 Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeita de condição de risco grave e iminente,
procedendo ao imediato abandono do local;

 Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com a NR 33,
conforme diretrizes estabelecidas no PG-CO.94.0001 – Gestão de Fornecedores e PG-CO.72.0012 –
Manual de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Empresas Contratadas.

 Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores e exigir dos contratados, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em espaços confinados, conforme especificado no PG-CO.72.0012 – Manual
de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Empresas Contratadas.

 Levantamento das Necessidades de Treinamento e Desenvolvimento, ver item 4.3;

 Mapeamento das Atividades Rotineiras e Não Rotineiras – A classificação será obtida através do
inventário dos Espaços Confinados;

 Realizar um mapeamento (mapa de riscos) de onde estão localizados os ECs: deve existir a planta
baixa da unidade, mostrando onde estão localizados os ECs;

 Avaliação de Riscos para cada Espaço Confinado, considerando-se os Levantamentos de Perigos e


Avaliação de Riscos de Segurança e Saúde (PG-CO-72.0001), Levantamento de Aspectos e Impactos
Ambientais (PG-CO.73.0001).

O procedimento operacional a ser adotado está descrito conforme o fluxograma, a seguir:

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FLUXO DESCRIÇÃO

Início

Identificação de riscos considerando as diretrizes da PG-CO.81.0002 - Análise Prevencionista


matriz de bloqueio e isolamento de energia de Tarefa
PG-CO.81.0010 – Procedimento de
Bloqueio e Isolamento de Energias

Abertura LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO Emissão de permissão para trabalho


EM ESPAÇO CONFINADO perigoso (espaço confinado) (RG-
CO.72.29) com pedido de bloqueio do
espaço confinado.

Controle de riscos aplicando os bloqueios como


descrito na matriz de bloqueio e isolamento
PG-CO.81.0002 - Análise Prevencionista
de Tarefa desenvolvido previamente.

Preparação da área realizando as avaliações do perímetro


do EC e das potenciais influências do processo e Atender as recomendações do RG-
interferências no EC, durante a atividade. CO.81.01 e RG-CO.72.29 para preparação
da área de trabalho em espaços
confinados.

A atmosfera do espaço confinado deve ser


Medição da atmosfera em diversas profundidades medida em diversas alturas, pois, na parte
considerando o nível de oxigênio, toxicidade (ex.: CO, mais profunda, pode-se encontrar
H2S) e taxa de inflamabilidade (ex.: CH4, outros substâncias mais pesadas que o ar, como,
hidrocarbonetos)
gás sulfídrico. A parte central, substâncias
parecidas com o ar, como o monóxido de
carbono. Na parte superior, as substâncias
mais leves como o gás metano. Todos
estes itens devem ser previstos conforme
PG-CO.81.0002 - Análise Prevencionista
de Tarefa.

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FLUXO DESCRIÇÃO

Utilizar insufladores e exaustores


portáteis de ar intrinsecamente seguros.
Atmosfera com S Providenciar Estes equipamentos devem conter dois
presença de inertização dutos de ar dentro do espaço confinado
contaminantes? e, enquanto uma parte do equipamento
insufla o ar para dentro do espaço, outra
N faz a exaustão de gases tóxicos ou
explosivos, promovendo, assim, a
renovação constante do ar.

Liberação do Trabalho, com base na permissão para


trabalhos perigosos (espaço confinado), pelo Gestor da RG-CO.72.29 - Permissão para trabalho
Área, responsável pela execução, responsável pelo perigoso (espaço confinado).
bloqueio e o técnico de segurança do trabalho

A atmosfera do espaço confinado deve


Monitoramento da atmosfera confinada ser medida continuamente e registrada
minimamente a cada 15 minutos e da no máximo a cada 15 minutos, já que as
inflamabilidade condições atmosféricas podem alterar-se
rapidamente.

Finalizar o trabalho, recolher máquinas, equipamentos, Encerrar a atividade no RG-CO.72.29 -


ferramentas e resíduos e iniciar a desmobilização da Permissão para trabalho perigoso
equipe e limpeza da área (espaço confinado).

Fim

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4.1 Condições Gerais

O Programa de Espaço Confinado deve ser apresentado e validado junto ao Comitê de SSMA.

Toda atividade realizada em espaço confinado deve ser acompanhada por um supervisor de entrada e vigia,
sendo responsabilidade do gestor da área autorizar o seu início mediante garantias da APT (RG-CO.81.01) e
LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO EM ESPAÇO CONFINADO (RG-CO.72.29), com o
posicionamento de observador, para realizar a interface de comunicação entre os entrantes e os recursos
externos.

Para toda e qualquer realização de trabalho em espaço confinado deve ser estabelecido um planejamento
prévio, com a elaboração de APT – Análise Prevencionista de Tarefa, determinando um Plano de Ações por
etapas, antecipando recursos materiais e humanos necessários.

Todos os documentos específicos da contratada (ex.: APT, LS, Cartão de Bloqueio, dentre outros),
necessários para o exercício dos trabalhos sob sua responsabilidade, devem ser desenvolvidos em
formulários e registros próprios, atendendo no mínimo às exigências legais, sendo que, as operações
comuns, ou seja, que envolvem ações de ambas as partes, devem ser desenvolvidos no documento da
mandatária.
A contratada deve seguir as exigências e padrões estabelecidos pela ULTRAGAZ/BRASILGAS,
prevalecendo as diretrizes mais restritivas.
Todos os colaboradores envolvidos no planejamento e execução de trabalhos em espaço confinado deverão
estar cientes sobre o conteúdo deste procedimento, cumprir e fazer cumprir todas as medidas de segurança.
Sempre que houver a necessidade de se abrir tampas de inspeção é obrigatório o pedido de isolamento e
bloqueio das energias ativas do espaço confinado conforme estabelecido no PG-CO.72.0020 – Bloqueio e
Isolamento de Energia, e a isolação total da área conforme estabelecido no PG-CO.72.0025 – Isolamento de
Área, assim como, a verificação do alívio de pressão interna se aplicável (ex.: tanque = leitura do zero no
manômetro e abertura da válvula de alívio).

Realizar medição do índice de explosividade ao redor de tampas que fechem espaços confinados a fim de
verificar se existe possibilidade de explosão no momento da abertura da mesma.

Os procedimentos para trabalho em espaço confinado devem ser avaliados e revisados sempre que houver
alteração no projeto ou dos riscos, devendo ser encaminhados para conhecimento dos profissionais de
SSMA da unidade.

Deve ser detalhado o sistema de comunicação entre os executantes do trabalho com o vigilante do serviço e
deste com o Responsável Técnico e Equipe de Resgate.

Deve ser garantido que os trabalhadores que adentrem em espaços confinados disponham de equipamento
de comunicação, conforme a classificação de área.

Deve ser de conhecimento de todos os colaboradores os EPIs a serem usados em cada atividade do
trabalho, bem como suas limitações, cuidados e conservação, de forma que a proteção pessoal seja
assegurada. O uso do EPI especificado para a tarefa é obrigatório, cabendo ao gestor do trabalho de espaço
confinado próprio ou contratado, a verificação do cumprimento.

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Na impossibilidade de identificação dos riscos existentes ou atmosfera IPVS, o espaço confinado somente
poderá ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com
respirador de linha de ar comprimido com sistema de filtragem de ar, óleo e umidificador e cilindro
auxiliar para escape, sempre levando em conta o atendimento ao que descreve o Programa de Proteção
Respiratória, capacitação e conforme NR 07 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional da
Unidade e da Empresa Contratada. Em ambientes com comprovada presença de atmosfera explosiva é
proibida a entrada no Espaço confinado.

Os EPIs obrigatórios para realização de trabalhos em espaço confinados são:

 Sapato de segurança com biqueira de aço ou bota de PVC, de acordo com o trabalho a ser
realizado, com solado anti-derrapante;
 Capacete de segurança com jugular;
 Luva de PVC;
 Óculos de segurança;
 Macacão tyvek avulso (dependendo da atividade );
 Detector de imobilidade;
 Respirador com adução de ar filtrado pressão positiva com autonomia para o desempenho do
trabalho e outros EPIs específicos que a operação exigir.
Nota: Os EPIs somente podem ser adquiridos e disponibilizados se estes manifestarem em modo indelével
o número do CA – Certificado de Aprovação (emitido pelo Ministério do Trabalho que garante a
procedência do EPIs.

Os EPCs obrigatórios para a realização de trabalhos no interior de espaços confinados devem ser:
 Insuflador e exaustor de ar;
 Compressor de ar, com sistema de filtração do ar, retenção de óleo e umidificador de ar para
controle da umidade relativa do ar;
 Equipamento para medir e monitorar 04 gases (CO, Teor de O2, Hidrocarbonetos e H2ZS);
 Tripé para resgate e / ou ponto de ancoragem projetado e dimensionado, com especificação
técnica.
Nota: Quando aplicável os equipamentos devem possuir certificados ou documento contemplando
aprovação no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – INMETRO, ou Anotação de
Responsabilidade Técnica.

Para acesso aos locais de trabalho em espaço confinado através de escadas, andaimes ou outros meios,
esses recursos de acesso devem ser devidamente projetados e aprovados por profissional autorizado
(habilitado), quanto às características dessas estruturas, atuando como responsável técnico e com a
comprovação pela emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica anexada ao projeto.

Aos entrantes deve ser assegurado somente realizar o acesso, usando cinto de segurança para resgate, os
quais possuem arneses posicionados às costas ou ombros, engatados a um dispositivo retrátil e fixado em

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ponto de ancoragem garantido por especificação técnica e altura imediatamente superior ao posto de
trabalho, para facilitar o resgate. É considerado equipamento de resgate para estas situações, o
posicionamento de tripé com capacidade para remoção de pessoas ou projeto de mão francesa com
posicionamento de sistema retrátil, para resgate vertical ou horizontal, devidamente projetado e
dimensionado.
Durante o acompanhamento da atividade por parte do técnico de segurança responsável pela operação, bem
como por parte do vigia da atividade, deve ficar claro para os trabalhadores que os mesmos DEVEM SAIR
DO ESPAÇO CONFINADO NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:
 Receberem ordem de EVACUAÇÃO DA ÁREA dada pelo vigia observador ou supervisor de
entrada ou supervisor da área de trabalho;
 Quando o ALARME é acionado (exceto no teste rotineiro realizado no sistema de alarme – neste
caso devidamente informado para os membros da equipe);
 Na percepção de PERIGO;
 Ocorrer circunstâncias como descritas na ANÁLISE PREVENCIONISTA DE TAREFA
PG.CO.81.0002.

Durante as atividades, a APT (RG-CO.81.01) e LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO EM ESPAÇO


CONFINADO (RG-CO.72.29) devem ser revistos quando da ocorrência de qualquer uma das
circunstâncias abaixo:
 Necessidade de entrada no espaço confinado, não previsto previamente;
 Identificar riscos não descritos na APT (RG-CO.81.01) e LIBERAÇÃO E
ACOMPANHAMENTO EM ESPAÇO CONFINADO (RG-CO.72.29)
 Incidente ou condição imprevista durante a entrada;
 Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado.

4.2 Exame Médico

Os profissionais próprios e contratados devem ser submetidos a exames médicos específicos de acordo com
o tipo de função desempenhada. Os ASO`s - Atestados de Saúde Ocupacional, devem ser previamente
encaminhados ao setor de SSMA, para avaliação dos resultados podendo dar continuidade ao processo de
realização da atividade. No caso de contratada, além do ASO – Atestado de Saúde Ocupacional deve ser
apresentado o resultado dos exames relacionados no PG-CO.72.0012 – Manual de Segurança, Saúde
ocupacional e Meio Ambiente – Empresas Contratadas, em envelope lacrado e endereçado ao
departamento médico da localidade, especificamente ao Médico do Trabalho ou por ele designado.
Em casos de dúvidas, compete ao departamento médico ou seu responsável da empresa contratada, contatar
o departamento médico da unidade, para que as ações a serem adotadas sejam efetivas e adequadas às
necessidades da Cia.

4.3. Qualificação Pessoal

Os colaboradores de operação envolvidos na atividade de acesso e trabalho em ambiente confinado como


entrantes, vigias, supervisores de entrada devem seguir um programa de treinamento conforme estabelece a
NR 33 de forma a habilitá-los à entrada segura em ambientes confinados.

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Deve -se desenvolver programas de treinamento sempre, para qualquer uma das seguintes situações:
 Antes que o trabalhador seja designado para desempenhar atividades em espaços confinados;
 Antes que ocorra mudança de função;
 Na ocorrência de algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;
 Pelo menos uma vez ao ano, devendo ser programado em cronograma, as reciclagens anuais,
considerando o conteúdo programático para as características dos Espaços Confinados
existentes na Base de Produção.

4.4. Emergência e Salvamento:


Os cenários de resgate de salvamento em espaços confinados, devem ser contemplados no Plano de
atendimento a Contingência/Emergência.

4.5 Ações de Segurança e Saúde Ocupacional


 Usar adequadamente todos os EPIs necessários;
 Avaliar o Mapa de Risco da área e/ou na qual esteja desenvolvendo uma atividade ou esteja fisicamente,
para conhecer os perigos e respectivos riscos aos quais você está sujeito;
 Testar e monitorar o espaço confinado regularmente durante a execução do serviço de forma a garantir
que a condição da atmosfera se mantém aceitável.
 Observar que as características de ergonomia na realização do trabalho sejam consideradas, visando
evitar esforços físicos (posturas e movimentos repetitivos) que possam ocasionar lesões;
 Garantir que os procedimentos operacionais estejam disponíveis em todos os locais de trabalho em que
os espaços confinados estejam presentes, assim como, as análises de riscos, permissões;
 Certificar o uso de equipamentos de iluminação, comunicação, medição e monitoramento do ar
ambiente, detectores de imobilidade e demais equipamentos que possam ser utilizados dentro dos
espaços confinados sejam intrinsecamente seguros e à prova de explosão; para evitar que o
centelhamento, possa provocar a explosão de eventuais condições de limiares de gases e vapores
inflamáveis.
 Certificar que os processos em que se faça necessária a adução de energia externa ou de suprimento de
ar, estes sejam posicionados de forma que, não seja, por exemplo, transferida descarga elétrica para
partes metálicas do espaço confinado ou gases tóxicos, para o interior do ambiente confinado;
 Garantir que na realização da APT, seja identificada a necessidade de o entrante executar a descarga de
energia estática corporal antes do acesso, por uso de barra de cobre ou no próprio cabo de aterramento
existente, quando aplicável;
 Garantir a disponibilidade e condições de equipamentos de resgate e pessoas treinadas em seu manuseio
para o acompanhamento em todo trabalho em espaço confinado.
 Todos os colaboradores envolvidos na atividade devem ter conhecimento do Levantamento de Perigos e
Análise de Riscos de Saúde e Segurança (RG-CO.72.04)
 Todos os colaboradores envolvidos na atividade devem previamente terem conhecimento das ações a
serem tomadas em caso de acidente/emergência através do Plano de atendimento a Contingência /
Emergência de cada unidade.

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 Controle dos documentos legais emitidos pela contratada através do PG.CO-72.0012 – Manual de
Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – empresas contratadas

4.6 Plano de inspeção e manutenção

 Garantir que o plano de inspeção e manutenção para os itens críticos dos sistemas de resgate e
emergência disponíveis para ambientes confinados estejam em condição suficiente e necessários, para as
situações em que se fizerem necessários e que estejam inventariados. O setor de SSMA de cada unidade
poderá elaborar registros para melhoria do controle destes itens;

 Adotar meios e medidas de segurança, necessários à liberação de acesso e trabalho em espaço confinado,
tais como, limpeza, esgotamento, ventilação / exaustão, purga, isolamento e bloqueio de energias,
avaliação da concentração da atmosfera, disponibilização de equipamentos de iluminação, comunicação,
sinalização, isolamento de áreas, EPIs, sistema de insuflação de ar, para o interior do ambiente
confinado, dentre outros;

 Garantir que os instrumentos de medição e monitoramento tenham os seus registros aprovados e


mantidos em condição disponível por tempo mínimo exeqüível ao que estabelece a legislação
previdenciária e trabalhista local, pois devem ser vinculados às avaliações de risco e às condições
vinculadas aos exames médicos dos entrantes;

 Os equipamentos utilizados no monitoramento de atmosfera em espaço confinado devem ser calibrados


por órgão acreditado pelo INMETRO, conforme IT-CO.81.0002 – Incertezas de medição dos dispositivos
de medição e monitoramento

 Os registros de inspeção e manutenção dos itens críticos do sistema devem ser efetivamente geridos,
considerando item crítico verificado, condições encontradas, última verificação, próxima verificação,
substituída em, dentre outros pontos.

5. RESPONSABILIDADES

Cada base cuja a atividade de Acesso e Trabalho em Espaços Confinados será realizada, é a responsável
pelo cumprimento do conteúdo deste procedimento, independentemente, do processo de contratação.

GERÊNCIA DE MERCADO:

 Garantir a formação do Comitê de SSMA e assegurar que este procedimento corporativo seja cumprido;
 Prover recursos materiais e financeiros para assegurar que as análises de risco e as práticas seguras para
acesso e trabalho em espaços confinados, sejam formalmente tratadas em sua área de autorização;
 Coordenar as atividades do Comitê de SSMA, com o suporte da equipe de Profissionais de SSMA e
conduzir reuniões de análise crítica para analisar e avaliar os resultados, associados com este
Procedimento Corporativo;
 Assegurar que as reuniões periódicas do Comitê Executivo sejam acompanhadas de Pauta Fixa da
reunião e que seja gerada ATA dos assuntos tratados.
 Definir o coordenador da gestão de espaço confinado, atendendo desta forma a NR-33;

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GERÊNCIA DE PRODUÇÃO

 Garantir a análise do desempenho das operações com espaços confinados na unidade seja discutida e
validade no Comitê de SSMA;
 Definir a formação da equipe multidisciplinar que envolva, mas não se restrinja, aos profissionais de
manutenção, produção e de SSMA;
 Liderar as reuniões do Comitê de SSMA;
 Assegurar que toda e qualquer atividade de acesso e trabalho em espaços confinados somente ocorra, na
condição em que as Análises Prevencionistas da Tarefa – APT, Permissão para trabalho perigoso,
tenham sido formalmente realizadas e aprovadas pelas partes diretamente envolvidas;
 Acompanhar o plano de ação e avaliar as necessidades de adequação, para o tratamento dos desvios
identificados em sua área de autorização;
 Fazer com que este Procedimento Corporativo seja cumprido para todas e quaisquer atividades e tarefa
em sua área de responsabilidade, assim como, os desvios identificados sejam tratados e lançados em
plano de ação;
 Fazer com que periodicamente, as inspeções de segurança sejam formalmente realizadas nas várias áreas
operacionais verificando as características de integridade dos espaços confinados, analisando as
vulnerabilidades e desvios em plano de ação;
 Estabelecer estratégia para que sejam medidas e monitoradas as soluções frente às pendências lançadas
no plano de ação;
 Participar efetivamente das reuniões periódicas planejadas pelo Comitê de SSMA.

COORDENAÇÃO DE MANUTENÇÃO

 Participar e colaborar na elaboração da APT nas atividades com Espaço Confinado;


 Participar da equipe multidisciplinar responsável pelo programa de Espaço Confinado;
 Levantar e identificar com as áreas de SSMA e RH, as necessidades de treinamento a que sejam tomadas
como necessárias, em função do cargo e atribuição das funções, para que, somente pessoas autorizadas
(habilitadas e capacitadas) possam realizar trabalhos em espaços confinados;
 Garantir que seus colaboradores atendam ao plano de treinamento e desenvolvimento, desdobrado pelas
áreas de Manutenção e de SSMA e coordenadas pela Área de RH;
 Manter registro formal de projetos, memoriais de cálculo e descritivo, especificações técnicas de
estruturas que eventualmente tenham sido desenvolvidas, para aplicação nas atividades operacionais da
Base disponibilizados para acesso em espaços confinados;
 Endereçar ao Comitê de SSMA as pendências e ações que não tenham sido efetivamente concluídas,
para que sejam buscadas alternativas para solucionar eventuais dificuldades para a conclusão efetiva;
 Programar e executar periodicamente inspeções para verificar a efetividade sobre as ações de melhoria e
adequação que se fizerem necessárias para a prevenção de acidentes;
 Participar das reuniões periódicas planejadas pelo Comitê de SSMA.

COLABORADORES DE SSMA DA UNIDADE

 Participar junto com as áreas da Base de Produção, Base Satélite ou Loja, do Levantamento das
Necessidades de Treinamento e Desenvolvimento, que estejam associadas aos espaços confinados nos
processos operacionais;
 Realizar o levantamento de perigo e a avaliação de risco em todas as atividades e tarefas existentes na

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Base de Produção, Base Satélite ou Loja sejam conduzidas e que, seja indicado formalmente, que as
empresas contratadas cumpram os mesmos requisitos e apresentem em modo formal os controles para as
atividades e tarefas realizadas;

 Garantir que quando necessário, seja disponível para todas as áreas diretamente envolvidas
Procedimentos Operacionais, Normas Técnicas e Legais, para que sejam consultadas, estabelecer
práticas seguras de trabalho que envolva a necessidade de prevenção e proteção para acessar e trabalhar
em espaços confinados.

 Assegurar que periodicamente, as inspeções de segurança sejam formalmente realizadas nas várias áreas
operacionais verificando as características de integridade dos espaços confinados, analisando as
vulnerabilidades e desvios em plano de ação;
ÁREA DE RECURSOS HUMANOS:

 Conduzir processo anual de validação do plano de treinamento, em função dos cargos e das atribuições
de funções, para as áreas e trabalhadores envolvidos nas atividades e operações de risco de SSMA na
Base de Produção, Base Satélite e Lojas;
 Estabelecer a estruturação dos materiais de treinamento, conteúdo programático, critérios de avaliação e
validação dos treinamentos, para permitir que somente pessoas autorizadas (habilitadas e capacitadas)
sejam qualificadas para realizar trabalhos em espaços confinados;
 Garantir que as necessidades de reciclagens sejam programadas e que sejam formalmente informadas as
áreas mantenedoras;
 Medir e monitorar os resultados dos treinamentos realizados e realizar análise crítica desses resultados
reportando periodicamente, ao Comitê de SSMA, aos Profissionais de SSMA e ao Responsável da Área;
 Controlar e manter no prontuário do trabalhador cópia do certificado de treinamento e avaliar os
documentos de certificação de treinamento de empregados, mantendo-os disponíveis para que sejam
manipulados em qualquer tempo quando solicitados.
Nota: Os certificados de treinamento de contratados deve atender ao PG-CO.72.0012 – Manual de
Segurança, Saúde ocupacional e meio ambiente – empresas contratadas.

DEMAIS COLABORADORES DIRETOS E CONTRATADOS:

 Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;


 Cumprir o que estabelecem os procedimentos operacionais, requisitos técnicos e legais, que sejam
apresentados para a localidade e que devam ser praticados para a prevenção de acidentes em espaços
confinados;
 Cumprir com todas as regras e instruções estabelecidas neste procedimento, para que as práticas seguras
para acesso e trabalho em espaços confinados sejam cumpridas e, as não conformidades sejam relatadas,
registradas, para a tomada de ações de controle;
 Comunicar aos responsáveis as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros que sejam
de seu conhecimento.

GESTOR DE EMPRESAS CONTRATADAS:

Fazer com que as empresas contratadas cumpram com os requisitos estabelecidos pela ULTRAGAZ /
BRASILGAS, descritos em Normas e Procedimentos por ela estabelecidos, inclusive no teor deste
procedimento, assim como, com os termos definidos no Contrato de Trabalho ou Prestação de Serviços,
e o descrito no PG-CO.72.0012 – Manual de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente –
Empresa Contratadas.

ULTRAGAZ / BRASILGÁS Cópia não controlada


LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO EM ESPAÇO CONFINADO
CÓDIGO: PG-CO.81.0005 REVISÃO 06 PÁGINA: 14/14

6. REFERÊNCIA DE DOCUMENTOS EXTERNOS


Os documentos do Sistema de Gestão Ultragaz procuram atender em seu conteúdo/estrutura os requisitos
legais aplicáveis e estes estão disponíveis para acesso em sua última versão válida com suas respectivas
complementações no sistema informatizado para gerenciamento de requisitos legais da Companhia.

Nota: É válido lembrar que independente da Esfera (Federal, Estadual e Municipal), o requisito legal mais
restritivo deverá ser atendido.

7. ANEXOS

Não há.

ULTRAGAZ / BRASILGÁS Cópia não controlada

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