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IT - SGI - 03 TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

REVISÃO DATA MOTIVO I T E N S M O D I FI C AD O S


00 04.12.2019 R e e st r u t u r a çã o E m i ss ã o
do SGI

REVISÃO DATA APROVAÇÃO


00 04.12.2019 Representante da Direção – Arnaldo Gaspar Junior

Cópia Controlada - A reprodução de qualquer parte deste documento está condicionada à


autorização da Construtora A. Gaspar S/A.
SIGL

IT - SGI - 03 - Revisão 00
1. OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaço confinado e o


reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a
garantir permanentemente a segurança e saúde de todos os envolvidos (funcionários
contratados ou terceirizados), nas dependências e instalações sob a responsabilidade da
Construtora A. Gaspar S/A.

2. TERMOS E DEFINIÇÕES

APR: Análise Preliminar de Risco.


ÁREA CLASSIFICADA: Local com probabilidade de ocorrência de atmosfera explosiva.
ATMOSFERA EXPLOSIVA OU POTENCIALMENTE EXPLOSIVA: ambiente que apresenta
mistura de ar sob condições atmosféricas de substâncias, inflamáveis na forma de gás,
vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual, após a ignição a combustão se propaga através da
mistura.
ATMOSFERA IPVS – ATMOSFERA IMEDIATAMENTE PERIGOSA À VIDA OU À SAÚDE:
qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito
debilitante à saúde, como por exemplo:
• Há confirmação ou suspeita de que a concentração do contaminante seja maior
que o seu limite de exposição IPVS; ou
• Ambiente classificado ou potencialmente classificável; ou
• O teor de oxigênio é menor que 12,5 %, ao nível do mar; ou
• A pressão atmosférica do local é menor que 450 mmHg (equivalente a 4.240
m de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem de
oxigênio ou redução na pressão que leve a uma pressão parcial de oxigênio
menor que 95 mmHg.
CONDIÇÃO DE ENTRADA: Condições ambientais que devem permitir a entrada em um
espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção para condições ambientais que
devem permitir a entrada em um espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção
para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos que garantam a
segurança dos contratados.
CONTAMINANTES: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do
espaço confinado.

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CONTRATADO AUTORIZADO: Profissional capacitado para entrar em um espaço
confinado.
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO: Atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigênio em
volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja
devidamente monitorada e controlada.
EMERGÊNCIA: Qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos equipamentos de
controle e monitoração dos riscos) ou evento interno ou externo, no espaço confinado, que
possa causar perigo aos contratados.
ENGOLFAMENTO: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos
finamente divididos.
ENRIQUECIMENTO DE OXIGÊNIO: Atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em
volume.
ENTRADA: Ação pelas quais as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior
de um espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que
alguma parte do corpo do contratado ultrapasse o plano de uma abertura do espaço
confinado.
EPI: Equipamento de Proteção Individual.
EQUIPAMENTO DE RESGATE: É o conjunto de equipamentos que inclui, mas não está
limitada a movimentadores individuais de pessoas, macas, tripé com guincho, linha de vida,
cinturão de corpo inteiro ou arnês, dispositivo de içamento (polias, mosquetões, cordas,
bloqueadores e freios automáticos) ancoradouros e ancoragens, cintas, proteções contra
quinas, etc., usados pela equipe de trabalho e de resgate nos espaços confinados liberados.
EQUIPE DE RESGATE: Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os
contratados do espaço confinado em emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.
ESPAÇO CONFINADO (E.C.): Área ou ambiente não projetado para ocupação humana
continua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.
GASES TÓXICOS: São gases que: São sabidamente tão tóxicos ou corrosivos para
pessoas, que impõem riscos à saúde; ou - Supõe-se serem tóxicos ou corrosivos para as
pessoas por apresentarem um valor da CL50 para toxicidade aguda por inalação
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS:
conjunto de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas
necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços confinados.

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INERTIZAÇÃO: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás
inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.
LAIA: Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais.
LIE (LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE): É a menor concentração de uma substância
que misturada com o ar forma uma mistura inflamável.
LIMITES EXPLOSIVOS: de explosividade ou inflamabilidade são limites de concentração
entre os quais uma mistura gasosa é explosiva ou inflamável, expresso em percentagens
em relação ao volume de gás ou vapor no ar.
LSE (LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE): É a maior concentração de uma
substância que misturada com o ar forma uma mistura inflamável.
PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET): Documento escrito contendo o conjunto
de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de
medidas de emergência e resgate em espaço confinado.
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - PPR: conjunto de medidas práticas e
administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e
uso correto dos respiradores.
PT: Permissão de Trabalho;
PURGA: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta de
gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água
ou vapor.
PROFISSIONAL HABILITADO: Profissional que comprove capacitação mediante
apresentação de certificado de conclusão de curso específico do sistema oficial de ensino
ou de curso de especialização ministrado por centros de treinamento reconhecidos pelo
sistema oficial de ensino;
PROFISSIONAL QUALIFICADO: Profissional que comprove competência para realizar
determinado trabalho, mediante treinamento por Empresa Especializada na Atividade ou em
cursos ministrados por instituições privadas ou públicas, com aprovação em testes de
validação teóricos e práticos;
RESPONSÁVEL TÉCNICO: profissional habilitado para identificar os espaços confinados
existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas,
pessoais e de emergência e resgate.
RISCO GRAVE E IMINENTE: Qualquer condição que possa causar acidente de trabalho ou
doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.

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SESMT: Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
equipe de Engenheiros, Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente.
SUPERVISOR DE ENTRADA: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com
responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para
o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados,
devidamente treinada e habilitada.
VIGIA: Contratado designado para permanecer fora do espaço confinado e que é
responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os
contratados no interior, devidamente treinada.

3. RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE

3.1 SESMT/QSMS

• Identificar os espaços confinados existentes na empresa e seus riscos específicos;


• Elaborar junto com os responsáveis pela atividade a Análise Preliminar de Risco –
APR, e emiti a Permissão de Trabalho – PET antes do início das atividades;
• Conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na APR e na PET;
• Encerrar a APR e a PET após o término dos serviços.
• Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados,
por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho;
• Garantir que somente colaboradores capacitados sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento e com respectivo Atestado de Saúde
Ocupacional – ASO apto para trabalhos em espaços confinados adentrem o local;
• Garantir a interrupção de todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de
condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; •
• Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de
cada acesso aos espaços confinados.

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3.2 Todos os Colaboradores
• Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação
aos espaços confinados;
• Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
• Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
• Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e
saúde;

3.3 Supervisor de Entrada

• Estar com capacitação em dia com carga horária de 40 horas ou curso de


reciclagem de 8 (oito) horas.
• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho;
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que
os meios para os acionar estejam operantes;
• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;
• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços;
• Desempenhar a função de Vigia quando necessário.

3.4 Vigia

• Estar com capacitação em dia com carga horária de 16 horas ou curso de


reciclagem de 8 horas.
• Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados
no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;

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• Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente
com os trabalhadores autorizados;
• Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento;
• Operar os movimentadores de pessoas;
• Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista
ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído
por outro Vigia.

3.5 Equipe de Salvamento e Primeiros Socorros

• Procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com conhecimento


técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a trabalhadores
em caso de emergência.

4. TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

4.1 SAÚDE

Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser


submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, incluindo os
fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional
- ASO.

4.2 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO

Para atuar em espaço confinado devem participar e ser aprovados nos cursos
mencionados na Portaria 3.214/78, NR33, item 33.3.5. A reciclagem deve ser ministrada nas
condições previstas na norma. A realização do treinamento deverá ocorrer por instrutores
com comprovada proficiência no assunto, sob responsabilidade do profissional qualificado
em segurança no trabalho. Sendo emitido ao final do treinamento, certificado, no qual deverá
ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

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As equipes que executem tarefas em espaço confinado devem ainda passar por
processo de capacitação no Programa de Proteção Respiratória (PPR) e por treinamento
neste procedimento, revendo-os sempre que:

o Se envolverem em ocorrências com perda real ou potencial grave. - Entrarem


sem autorização em espaço confinado;
o Forem identificados riscos no local que não foram discriminados na PET;
o Ocorrer acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
o Ocorrer qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do
espaço confinado;
o Houver solicitação expressa de integrantes do SESMT ou CIPA;
o Forem identificadas condições de trabalho mais seguras.
Para os trabalhos em atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde)
será obrigatória a participação em treinamento de 20hr e 40hr conforme NR 33.

4.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Deve-se implementar o Programa de Proteção Respiratória para todos os que
interagem em espaço confinado, considerando no mínimo:

• A análise de risco para a tarefa;


• As características do local;
• Tipo de agente e concentração na atmosfera;
• EPI a ser adotado;
• Complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
É obrigatório o uso de todos os EPI indicados pelo SESMT para trabalho no espaço
confinado. Os EPI devem ser inspecionados antes da entrada sendo substituídos caso
apresentem avarias.

Os EPI devem ser utilizados adequadamente apenas para o fim que se destinam.

Nos casos onde for necessária a utilização de equipamento de proteção respiratória


(EPR), o executante do serviço deve executar o teste de vedação com o equipamento que
irá fazer uso.

Nas atividades efetuadas em atmosfera com condições IPVS (Imediatamente


Perigosa à Vida ou à Saúde) deverão ser adotados equipamentos de proteção individual
específicos, tipo conjunto com cilindro e máscara autônoma de demanda com pressão
positiva ou com respirador de linha de ar mandado, em ambos os casos deve ser

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disponibilizado cilindro auxiliar para escape. Deve ser avaliada ainda a necessidade do uso
de vestimentas especiais.

Utilização de aparelhos de respiração autônoma deve ser prevista para ambientes


onde possam apresentar atmosfera contaminada com gases tóxicos ou asfixiantes ou
atmosfera pobre em oxigênio. Nestes ambientes, o uso de máscaras de filtro mecânico ou
químico é proibido.

Todos os equipamentos autônomos de respiração devem atender a NBR 13716/96.

4.4 PROCEDIMENTOS

4.4.1 Autorização / Liberação para Entradas em Espaços Confinado

A autorização para entrada em espaços confinados só poderá ser feita pelo


Supervisor de Entrada. A liberação é feita através de um formulário “Permissão de Entrada
e Trabalho”.

No ato da liberação do serviço deve ser realizada uma reunião pré-trabalho com os
membros do grupo que irá executar o serviço.

A liberação tem que estar disponível na entrada do espaço confinado, para que
qualquer pessoa possa verificar se todos os requisitos da liberação foram checados.

Caso o funcionário que esteja executando a atividade seja trocado, uma nova
liberação deve ser preenchida, garantindo-se que as condições do ambiente foram mantidas.

A equipe do SESMT juntamente com os trabalhadores da Contratada (Vigia, Trabalhador


Autorizado e Supervisor de Entrada) ficarão responsáveis por executar Análise Preliminar
de Risco – APR – das atividades não rotineiras envolvendo espaço confinado.

4.4.2 Práticas De Trabalho

As áreas, onde irão acontecer trabalhos em espaços confinados, devem ser isoladas
e sinalizadas, tendo acesso apenas as pessoas envolvidas com os serviços. Também devem
ser desligadas, bloqueadas, as alimentações e descarregadas todas as tubulações que dão

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acesso ao espaço confinado, sinalizando através de etiquetas o bloqueio de cada ponto, de
tal maneira que todo pessoal que esteja dentro do espaço confinado ou fora dele estejam
adequadamente protegidos.

4.4.3. Testes ou Medições Atmosféricas

O ambiente do espaço confinado deve ser avaliado para se certificar de que não há
a presença de: deficiência ou enriquecimento de oxigênio, temperaturas extremas, vapores
inflamáveis, explosivos ou tóxicos, devendo ser feitas com o auxílio de instrumentos de
leitura direta ou análises químicas, pois os materiais remanescentes podem livrar gases
tóxicos ou inflamáveis.

A medição inicial deve ser executada e anotada na PET, as demais amostragens


devem ser obtidas através do relatório do Data Logger do aparelho que deve ser arquivado
junto à PET ao término dos trabalhos.

O monitoramento deve ser feito durante todo o serviço mantendo as condições


atmosféricas aceitáveis na entrada e durante a realização dos trabalhos.

Apenas as pessoas qualificadas (treinadas) podem efetuar as medições de ar.


Condições de Concentração Referência para Entrada em Ambientes Confinados:
o Oxigênio – maior que 19,5% e menor que 23%;
o Gás combustível – menor que 10% do L.I.E;
o Gás sulfídrico – menor que 10 ppm;
o Monóxido de carbono – menor que 25 ppm;
o Cloro – menor que 0,5 ppm;
o Para Condições de Concentração de Contaminantes diversos, consultar
legislação vigente aplicável;
As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do Espaço Confinado.

Atividades que envolvam pintura ou uso de solventes podem causar interferência nos
sensores do aparelho resultando no registro errôneo de dados. O SUPERVISOR DE
ENTRADA deve consultar o manual do aparelho e o fabricante a fim de prever e eliminar
possíveis interferências, sendo de sua responsabilidade adotar medidas que possibilitem a
amostragem nestas situações ou que eliminem o risco atmosférico. O SUPERVISOR DE
ENTRADA deve executar os seguintes testes no aparelho antes de iniciar a amostragem:

Pumb Test (calibração com gás) atendendo aos procedimentos e períodos indicados
pelo fabricante.

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Teste e calibração inicial com ar respirável não contaminado antes do uso do aparelho
e fora do espaço confinado.

O SUPERVISOR DE ENTRADA deve conhecer da tabela de conversão de gases do


aparelho, calculando e registrando as conversões possíveis entre o gás de calibração e os
gases que possam estar envolvidos no processo. Estas situações e o cálculo devem ser
registrados na PTE e APR, para conhecimento de todos os interessados e envolvidos.

Caso seja identificado padrão de amostragem discordante do estabelecido deve-se


abandonar o local imediatamente proibindo a entrada, e comunicar o SESMT e o
Responsável Técnico por Espaços Confinados da CONTRATADA se for o caso, a fim de
estabelecer padrões seguros para trabalho.

4.4.4 Comunicação
A utilização de celulares como meio de comunicação é proibida. Os sistemas de
comunicação devem atender os seguintes critérios:

• Rádios de comunicação adequados à área e com certificação por órgão competente,


devendo ser implementadas soluções técnicas que viabilizem a utilização de rádios
de comunicação sempre que necessário (por exemplo: sistemas de repetição, rádio
de maior alcance);
• Existência de rádios pelo menos para o vigia, equipe de trabalho e equipe de resgate;
• A comunicação entre a equipe envolvida nas atividades deve ser clara, objetiva e
direta. Onde não for possível a comunicação via rádio devido a interferências ou
ausência de sinal utilizar-se-á o método de “toques de corda”, sendo que a codificação
destes toques deve ser definida na APR entre SESMT e os envolvidos na atividade.
• Para áreas IPVS potencialmente explosivas (área classificada) os equipamentos de
comunicação devem ser do tipo intrinsecamente seguro com (OCC) certificado por
um organismo de certificação credenciado pelo INMETRO.

O espaço confinado deve ser identificado, sinalizado e isolado para evitar a entrada de
pessoas não autorizadas. A sinalização deve atender ainda aos seguintes requisitos:

• Durabilidade no ambiente onde será utilizada;


• Padronização em relação à cor, forma, tamanho, tipo de material e de fácil
identificação.

Deve ser mantida placa em cada entrada de espaço confinado de acordo com o modelo.

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4.4.5 Aparelhos e Acessórios de Medição
Os aparelhos portáteis e fixos de monitoramento de gases devem no mínimo:
• Ser do tipo intrinsecamente seguro com (OCC) certificado por um
organismo de certificação credenciado pelo INMETRO;
• Possuir leitura direta com tempo de resposta adequado ao risco do local;
• Estar provido de alarme sonoro, visual e vibracional;
• Ser calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou
interferências de radiofrequência;
• Possuir data logger com registro de dados em período mínimo de 30 horas
de atividades ininterruptas;
• Possuir bateria interna com autonomia mínima de 12 horas;
• Ser capazes de medir e registrar dados no mínimo dos padrões descritos
no item 4.3.3. e os demais gases que se fizerem presentes de acordo com
o Cadastro do Espaço Confinado e a análise de risco;
• Estar dotado de sistema de auto calibração do sensor de oxigênio;
• Ser resistente às condições do ambiente onde será utilizado;
• Possuir bomba de amostragem interna ou acopláveis que cumpram no
mínimo os seguintes requisitos:
o a) Sistema eletrônico para garantir uma maior eficiência na captação;
o b) Fluxo contínuo;
o c) Sistema de bloqueio automático;
o d) Indicador de falha de sucção;
o e) Filtro para partículas.

O aparelho deve ser acompanhado ainda por: Cilindro com gás de calibração para Pumb
Test, manômetro e mangueira; E acessório para descarregamento e impressão de dados do
data logger. Vara extensível, mangueira e sonda com filtro para amostragem à distância.

O aparelho deve possuir ainda:

• Certificado de aprovação para uso em áreas classificadas.


• Certificado de calibração dos sensores emitido por laboratório credenciado.
• Registros das calibrações com as respectivas datas de validade

4.4.6 Purga e Ventilação

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Deverá ser mantida uma atmosfera respirável, seja por meios naturais ou por
ventilação forçada, com concentração de oxigênio (O2) entre 19,5% e 23,0%. A exaustão
deve ser eficaz de forma a extrair todos os contaminantes ou a insuflação de ar para o interior
do ambiente, garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar.

É proibida a ventilação com oxigênio puro em espaços confinados. Em caso de gás


mais leve que o ar, a exaustão deve ser feita no topo do ambiente confinado e no caso de
gases mais pesados que o ar, a exaustão deve ser feita na base.

Quanto à ventilação, quando houver gases mais leves que o ar, deve-se injetar o ar
da base para o topo e vice-versa, quando houver gases mais pesados que o ar. Nos locais
com concentração considerável de contaminantes e onde exista o risco de deficiência de
oxigênio, devem ser estabelecidos meios para que não exista a possibilidade de
desligamento acidental ou mal intencionado dos exaustores/ insufladores de ar, seja pela
sinalização, bloqueio da alimentação, instalação de baterias paralelas de acionamento
automático ou por outra forma que cumpra com o objetivo.

O exaustor/insuflador deve atender aos seguintes requisitos:

• A hélice deve ser de material não metálico para evitar centelhamento;


• O duto deve possuir sistema de aterramento ou ser de material não metálico
resistente;
• Possuir grade de proteção das hélices em ambos os lados.

O Venturi deve atender aos seguintes requisitos:

• Alimentação por ar comprimido ou vapor sem contaminantes;


• Dispositivo de aterramento;
• Válvula de alívio para sobrecarga da linha.

4.4.7 iluminação, equipamentos e instalações elétricas

Todos os espaços confinados devem ser eletricamente aterrados, os sistemas e


equipamentos elétricos devem ser inspecionados antes do seu uso, as proteções elétricas

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diferenciais, transformadores e dispositivos para desligamento devem estar localizadas do
lado de fora.

Para áreas IPVS potencialmente explosivas (área classificada) os equipamentos


elétricos e eletrônicos devem ser do tipo intrinsecamente seguro com (OCC) certificado por
um organismo de certificação credenciado pelo INMETRO. Nos locais onde não exista
classificação ou a possibilidade de classificação da área, os equipamentos utilizados não
necessitam cumprir este requisito.

A iluminação deve atender aos seguintes requisitos:

• Luminárias com grade de proteção que não permita a passagem das mãos ou
objetos.
• Luminárias fixadas adequadamente sem improviso.
• Iluminação satisfatória e adequada à complexidade da tarefa.
• Para locais que não apresentem condições de visibilidade satisfatória por
iluminação artificial e que não exista sistema que impeça o desligamento
acidental das luminárias (inclusive por queda de energia), os contratados
devem portar lanternas de fuga.

4.4.8 Sistemas de Arco Filtro

O sistema de arco filtro quando utilizado deve atender aos seguintes requisitos:

• Filtros para partículas, óleo, vapores orgânicos, odores, umidade (água);


• Regulagem de pressão, válvula de alívio, indicador de saturação dos filtros;
• Sistema de engate rápido universal. Caso existam outras linhas de gases
(oxigênio, nitrogênio etc.), devem ser previstos engates diferenciados em cor
e formato para evitar uso inadequado.

4.4.9 Guincho, Tripé, Monopé e Sistemas de Redução de Forças

Guinchos, tripés e monopés devem atender aos seguintes requisitos:

• Ser certificados por órgãos competentes e periodicamente inspecionados e testados,


mantendo-se os devidos registros;

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• Redução de carga de 5:1 para facilitar em caso de resgate, resistência mínima do
conjunto de 1500 kg, mosquetão de conexão com giro de 360º, indicador de estresse
e sistema three-way (sobe, desce e trava);
• O tripé deve ser em duralumínio e possuir regulagem de altura, o monopé deve ser
totalmente articulado, possuir base fixa e regulagem de altura, além de possuir giro
de 360º e um único suporte para guincho.

Em substituição ao sistema de guincho e tripé, podem ser utilizados sistemas alternativos


tipo Polipasto desde que:

• O sistema seja dimensionado, montado e operado por contratado capacitado ou


equipe de resgate;
• As polias, mosquetões, cordas, anti-giro, trava-quedas, cintas de ancoragem,
descensores e auxiliares possuam certificação, capacidade de carga compatível e
controle através de inspeção por profissional capacitado;
• O ancoradouro de suportação (no caso de estrutura predial) tenha capacidade igual
ou superior à 15Kn para cada pessoa ligada ao sistema de Polipasto, e, no caso de
estrutura de tubo liso galvanizado (andaime), que está possua projeto, memorial de
cálculo e responsabilidade técnica formalizada por profissional habilitado.
• Trava-quedas ou aparelhos tipo “descensores” com travamento e bloqueio anti-
pânico sejam instalados junto ao Polipasto, a fim de impedir a liberação acidental do
sistema;
• Sejam instaladas conexões tipo anti-giro na ancoragem do Polipasto para lances de
corda superiores a 5 metros.

4.5 CONDIÇÕES ESPECIAIS

4.5.1 Trabalho em ambientes IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde)

Se o trabalho que se desenvolve dentro do Espaço Confinado for classificado como


IPVS, o responsável técnico deve monitorar constantemente os trabalhos, o acesso deve
ser limitado a, no máximo, duas pessoas por vez. Devem ainda ser observadas as seguintes
condições antes da entrada em ambiente IPVS:

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• Em caso de manutenção de tanques ou linhas já em funcionamento que conduzam
gases ou fluidos que liberem gases, deve-se providenciar antes da entrada a purga
ou lavagem através de procedimento e análise de riscos específicos;
• Os requisitos para EPI, equipamentos, pessoas e resgate, devem seguir as
determinações estabelecidas nos itens 4.2, 4.3, 4.4.4, 4.4.7 relativas ao trabalho em
ambiente IPVS;
• As ferramentas a serem utilizadas devem ser previamente avaliadas e adequadas
quanto à classificação da área, devendo possuir característica anti- faiscante;
• O monitoramento deve ser contínuo conforme estabelecido no item 4.4.5;
• Uma equipe de resgate deve manter prontidão até o término dos trabalhos.

4.5.2 Bloqueio de energias

Todas as linhas de tubulação, circuitos elétricos e outras fontes de contaminantes e


de energia devem ser fisicamente desconectadas ou fechadas antes da entrada se o Espaço
Confinado fizer parte de um sistema ativo.

Todas as fontes potenciais de energia devem ser isoladas e bloqueadas quando


possuírem ligação direta com o Espaço Confinado. Os pontos de bloqueio devem estar
identificados e descritos na APR da tarefa.

4.5.3 Trabalhos a quente

As atividades de soldagem, oxi-corte, esmerilhamento e corte à disco devem ser


complementadas através dos procedimentos - TRABALHO A QUENTE, DISCOS
ABRASIVOS, atendendo ainda às seguintes exigências:

• Atividades de oxi-corte ou chama aberta deve ser executada com os cilindros


fora dos Espaços Confinados;
• Todas as mangueiras e conexões devem ser verificadas contra eventuais
vazamentos antes de serem levadas ao interior do Espaço Confinado;
• A possibilidade de tornar ambiente IPVS pela agregação de gases à atmosfera
oriundos de vazamento deve ser considerada;
• Ao final do turno, ao término ou pausa dos trabalhos e em horários de refeição
as mangueiras deverão ser removidas do interior e/ou desconectadas dos
cilindros;

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• Máquinas elétricas de solda devem permanecer do lado de fora do espaço
confinado.

5. EMERGÊNCIA E SALVAMENTO

Os procedimentos e operações de resgate e salvamento devem ser planejados por


profissional qualificado, os possíveis cenários de situações de emergências devem ser
objeto de análise de risco. Devem seguir o estabelecido no Plano de Emergências quanto
à organização e processo de comunicação, e ao CADASTRO DE ESPAÇO CONFINADO
em relação aos aspectos operacionais.

Os conteúdos mínimos deste procedimento são:

• Identificação dos riscos potenciais;


• Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem
executadas em caso de emergência;
• Utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,
resgate e primeiros socorros;
• Designação de pessoal responsável pela execução das medidas de resgate e
primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;
• Exercícios práticos simulados.

Para a comunicação entre o vigia e os colaboradores no interior do espaço confinado,


deve-se utilizar linha de vida, lanterna ou aparelho elétrico/eletrônico previamente testado,
que possibilitem, através de sinais pré-definidos, a comunicação entre o interior e o exterior
do espaço confinado.

O vigia deve ter disponíveis equipamentos capazes de viabilizar o resgate de


pessoas, que são basicamente constituídos de:

• Máscara autônoma;
• Cinto de segurança do tipo “paraquedista”, ou maca do tipo “cesta”, dotados
de cabo específico e tripé para içamento. Anualmente, devem ser realizados
exercícios em técnicas de resgate e primeiros socorros em espaços confinados
simulados, com todos os colaboradores que exerçam algum tipo de atividade
em espaço confinado

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IT - SGI - 03 - Revisão 00
As obras de infraestrutura pesada deverão dispor de ambulância com motorista
devidamente habilitado e com formação de socorrista e um profissional Técnico de
Enfermagem do Trabalho

6 – FORMULÁRIOS

• FORM.SGI.46 – APR - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO


• FORM.SGI.55 – PET - PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO

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IT - SGI - 03 - Revisão 00

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