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PEHS 8.

1-1 – PROCEDIMENTO PARA ESPAÇO CONFINADO

PROCEDIMENTO PARA ESPAÇO CONFINADO

ELABORADO: Valdemir Cruz APROVADO: Claudio Verissimo

REVISÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

00 12/05/2023 Emissão inicial


PEHS XXX – PROCEDIMENTO PARA ESPAÇO CONFINADO

1. OBJETIVO
Garantir que todas as atividades realizadas em ambientes confinados, sejam seguras e que não
coloquem a integridade física dos colaboradores em risco.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este documento se aplica a Unidade da Spirax Sarco.

3. REFERÊNCIAS
 NR – 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
 NR – 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
 NR – 06 – Equipamento de Proteção Individual – EPI
 Procedimentos de Riscos e Perigos
 Procedimento Regras e permissão de trabalho

4. DEFINIÇÕES
EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual
PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
ATR – Autorização para trabalho em Risco
Espaço Confinado - Considera-se espaço confinado a área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua onde serão realizados serviços e que possua ou possa vir a possuir
pelo menos uma das seguintes condições:
 Apresente meios limitados de entrada e saída ou
 Ventilação insuficiente para remover contaminantes ou
 Existência de deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Identificação de Risco:
RISCO A - Local que apresenta uma situação imediatamente perigosa à vida e saúde (IPVS).
Estas situações incluem deficiência de oxigênio, presença de substâncias criando atmosferas
explosivas e/ou inflamáveis, bem como acúmulo de substâncias tóxicas em concentrações acima
dos limites de tolerância.
Nota: Para atividades nestes espaços confinados é requerida a presença de equipe de resgate
treinada devidamente equipada no local.
RISCO B - Local que possui potencial de causar danos à saúde, mas não considerados IPVS.
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Nota: Para estas atividades não é requerida a presença de equipe de resgate de prontidão no
local, mas é necessário um esquema para otimizar o tempo de resposta em situações
emergenciais.

RISCO C - Local em que o potencial de risco é muito pequeno, não necessitando a adoção de
medidas especiais para o procedimento de trabalho – caracteriza-se como ÁREA RESTRITA.
Nota: Os requisitos deste procedimento não são obrigatórios para as áreas denominadas de
Área Restrita. No entanto, estas áreas deverão constar no inventário, ter controle de acesso e
estarem sinalizadas.

Abertura de linha / Alívio: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está
sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou
qualquer fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais
visando a eliminar energias perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados.
Condição IPVS: Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: Qualquer condição que
coloque um risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou
imediatamente severos ou que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que
possam impedir a saída de um espaço confinado.
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 19,5 % de oxigênio em volume na
pressão atmosférica normal.
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.
Equipe de resgate: pessoal identificado, qualificado e conhecedor das condições do espaço
confinado, habilitados a executar o resgate e os primeiros socorros, em caso de necessidade.
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás inerte,
resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.
Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar energia elétrica ou
térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de uma dada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.
Responsável Técnico: profissional habilitado para identificar os espaços confinados existentes
na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais, de
emergência e resgate.
Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com
responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Trabalho (PT) para o
desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados.
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Trabalhador Autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos
seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.
Vigia: trabalhador designado para permanecer do lado de fora do espaço confinado e que é
responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores.

5. CAPACITAÇÃO
5.1 - Trabalhadores autorizados e vigias
Todos os trabalhadores autorizados e vigias devem receber capacitação periodicamente a cada
12 meses. Os treinamentos devem ter carga horária de 16 horas.
A reciclagem deve possuir carga horária mínima de 8 horas para trabalhadores autorizados e
vigias.

5.2 - Supervisores
Todos os supervisores devem receber capacitação específica, com carga horária de 40 horas.
Todas as pessoas (próprios ou terceiros) que receberem estes treinamentos citados e estiverem
aptas para realizar trabalhos em espaço confinado devem receber uma identificação visual que
autoriza estas pessoas a realizar este tipo de trabalho conforme anexo 1.
O conteúdo do treinamento será realizado por empresa especializada conforme a NR – 33
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. A lista completa dos colaboradores
autorizados, vigias e supervisores se encontra em meio eletrônico.
O Supervisor em espaço confinado devera realizar reciclagem anual com carga horária mínima
de 8 horas.

6. RESPONSABILIDADE TECNICA
 O responsável técnico será o Coordenador de EHS da SPIRAX SARCO. Suas atribuições
serão identificar os espaços confinados; elaborar e coordenar a gestão de segurança e saúde;
definir medidas para isolamento e sinalização; estabelecimento de critérios para seleção e uso
de todos os tipos de equipamentos e instrumentos, bem como a avaliação periódica do programa
para trabalho em espaços confinados. Para cumprir suas atribuições legais, o Responsável
Técnico deve possuir autoridade para propor e executar ações que evitem a ocorrência de
acidentes, devendo a empresa disponibilizar recursos humanos, materiais e financeiros para este
fim conforme orientado na norma NR 33.

7. SAÚDE
 Exames médicos serão solicitador de acordo com o PCMSO da unidade;
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 Não podem realizar trabalho em espaço confinado as pessoas que sejam portadoras de
alterações de saúde relativas aos aspectos críticos dos exames médicos que representem
contra-indicação para a atividade;
 Devem ser colocadas sob restrição temporária as pessoas que apresentarem limitações
transitórias de saúde que representem risco para o exercício da atividade. A liberação para
retorno só poderá ocorrer após reavaliação de saúde e liberação da restrição;

8. REQUISITOS
8.1- Iluminação, Alimentação Elétrica e Ferramentas
 A iluminação em espaço confinado deve possuir luminárias com grade de proteção e
adequadas para atmosfera potencialmente explosiva e/ou inflamável. A alimentação das
luminárias com tensão elétrica não deve ser superior a 24 Volts.
 Os equipamentos elétricos devem possuir alimentação elétrica provida de sistema com
disjuntor diferencial de fuga para terra com corrente de resposta de no máximo 30 mA
(miliAmperes) para áreas secas e 3 mA (miliAmperes) para áreas molhadas. Alimentação por
cabos de energia elétrica sem emendas nas áreas molhadas.
 As ferramentas a serem utilizadas no espaço confinado devem ser adequadas aos riscos
da área. Exemplo: lanterna blindada e ferramentas antifaísca (bronze, latão, etc.) em caso de
atmosfera explosiva / inflamável.

8.2- Sinalização
 Todo espaço confinado deve ser identificado com placa de sinalização padronizada.

8.3- Equipamentos de Medição de Atmosfera


 O equipamento deve possuir leitura direta com alarme (visual, sonoro e vibratório), capaz
de medir com precisão os níveis de gases, com registro de dados e auto-calibração do sensor de
oxigênio, ser à prova de explosão e protegido contra emissões eletromagnéticas ou
interferências de radiofreqüência.
 O equipamento deve permitir a demonstração de sua condição de funcionamento (nível
da carga da bateria, alarme, etc.).
 Devem ser mantidos atualizados os registros de calibração e aferição dos equipamentos.
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Fig. 1 - Exemplo de detector de gases


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8.4- Equipamentos de Comunicação

 Para áreas com atmosfera potencialmente explosiva e/ou inflamável os rádios de


comunicação devem ser à prova de explosão, classe IEC2, com freqüência autorizada pelo
órgão competente.
 O uso de aparelho telefônico celular está proibido. Proibido levar o celular para o espaço
confinado.

8.5 - Sistema Ar Mandado


 Deve possuir filtros para partículas, óleo, vapores orgânicos, odores, umidade (água),
regulagem de pressão, válvula de alívio, indicador de saturação dos filtros e sistema de engate
rápido universal.
 Caso a unidade possua outras linhas de gases (oxigênio, nitrogênio, etc.), devem ser
previstos engates específicos para cada gás / fluido, impedindo sua conexão com gás / fluido
diferente.
Obs.: Quando utilizando sistema de ar mandado, analisar a necessidade de um sistema de
redundância (máscara e cilindro de fuga).

Fig. 2 - Sistema de ar mandado

8.6- Equipamentos de Proteção Individual – EPI


O EPI será definido após avaliação antecipada da atividade e serão descritos na ATR para
registro.
Nenhuma atividade em espaço confinado poderá ser realizada caso falte qualquer EPI
considerado essencial para garantir a segurança dos colaboradores envolvidos.

8.7– Emergência e Resgate


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Os primeiros socorros em espaço confinado somente poderão ser realizados por um brigadista
devidamente treinado e capacitado em noções de resgate e primeiros socorros.
Conforme Análise de Risco realizada na Unidade, o espaço confinado foi considerado como
Risco B - Local que possui potencial de causar danos à saúde, mas não considerados IPVS.
Nota: Para estas atividades não é requerida a presença de equipe de resgate de prontidão no
local, mas é necessário um esquema para otimizar o tempo de resposta em situações
emergenciais. Nesse caso, não é necessária uma equipe de resgate em prontidão, caso seja
necessário, será inserido no escopo do contratado um item para Serviço de empresa
especializada em Resgate de Espaço Confinado.

Exemplos de Equipamentos usados em Resgate:

Fig.3 - Equipamentos de Resgate


.

8.8- Equipamentos de ventilação


 Exaustor/insuflador: deve ser adequado à classificação elétrica da área, com sua carcaça
aterrada e com dispositivo de escoamento de energia eletrostática, hélice de material não-
metálico e seu duto deve possuir sistema de aterramento ou ser de material não-metálico
resistente.
 Venturi: deve ser alimentado por ar comprimido (sem contaminação), aterrado e possuir
válvula de alívio para sobrecarga da linha de ar comprimido.
 Cuidado – não realizar insuflamento de ar em atmosferas inflamáveis / explosivas, realizar
primeiro a exaustão para depois realizar insuflamento combinado com exaustão.
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Fig. 4 - Equipamentos de Ventilação

9. ANEXOS
9.1 – Identificação dos espaços confinados (Modelo)

9.2 Modelo da PET.


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PEHS XXX – PROCEDIMENTO PARA ESPAÇO CONFINADO
PEHS XXX – PROCEDIMENTO PARA ESPAÇO CONFINADO

PROTEÇÃO RECUPERA TEMPO DISPOSI


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ARMAZENAM
IDENTIFICAÇÃO MÍNIMO
ENTO
DE ÇÃO
ÇÃO

Físico
Eletrô
RETENÇ FINAL
CÓDI INDEXA
DESCRIÇÃO ÃO
GO ÇÃO

Para este procedimento não há registro aplicável.

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