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DESCRIÇÃO

Caracterizações técnicas das diversas tipologias de espaços confinados, além de conceitos e definições
associadas. Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados, assim como
equipamentos específicos utilizados.

PROPÓSITO
Tendo em vista o emprego habitual de espaços confinados nas plantas das organizações dos diversos
setores econômicos e as correspondentes situações de ocupação desses espaços pelos trabalhadores
no dia a dia laboral, é de grande importância o estudo detalhado com o objetivo de determinar, para
cada um desses ambientes, as respectivas recomendações de controle dos riscos.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica ou
use a calculadora de seu smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Reconhecer definições, conceitos, tipologias, competências e responsabilidades associadas aos


espaços confinados

MÓDULO 2
Identificar as etapas da gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

MÓDULO 3

Reconhecer os diferentes equipamentos de proteção individual e coletiva específicos para a


manutenção da segurança e saúde em espaços confinados

O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS?

MÓDULO 1

 Reconhecer definições, conceitos, tipologias, competências e responsabilidades associadas


aos espaços confinados

LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que significa espaço confinado? Conseguiria identificar, em determinado setor econômico,
uma atividade laboral realizada em um espaço confinado? Para entendermos os conceitos envolvidos,
analisaremos a seguir o case da empresa de telecomunicações Telefast:

As empresas de telecomunicações, em suas atividades do dia a dia, estão envolvidas diretamente com
várias situações especiais, como posteação de uso mútuo com companhias de energia elétrica e
espaços confinados subterrâneos. Abordaremos agora a realização de uma manutenção na rede de
cabos óticos subterrâneos da Telefast.

Tal manutenção geralmente ocorre em uma caixa de passagem de uma galeria de dutos encravada no
subsolo de uma via de grande circulação viária. Os cabos óticos interligam centros de comutação
telefônica situados em locais de grandes concentrações populacionais através da rede de dutos
subterrânea, que possui, a cada 80 metros, em média, uma caixa de passagem subterrânea que pode
comportar, entre outras coisas, a emenda de trechos desses cabos óticos.

Cabe destacar que a operação de emenda em cabos óticos da Telefast ocorrerá em uma caixa de
passagem subterrânea de uma galeria de dutos a cerca de quatro metros de profundidade. Constituída
por paredes de concreto armado com uma única entrada ou saída, com cerca de 90cm de diâmetro, que
fica no nível de uma avenida de grande circulação.

Dessa forma, os trabalhadores da companhia terão de interromper o trânsito, sinalizar o local e esgotar
a caixa subterrânea, já que ela normalmente está cheia de água, e proceder de acordo com a NR-33
para garantir todas as demais condições de segurança e saúde necessárias.

Você foi consultado para apresentar sua posição técnica sobre os procedimentos adotados para a
entrada e a permanência nesse espaço.

Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

3. VOCÊ SABE QUE, EM TODA EMPRESA COM ESPAÇOS


CONFINADOS, O EMPREGADOR DEVE DESIGNAR O
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO CUMPRIMENTO DA NR-33.
NA SUA OPINIÃO, QUE ATRIBUIÇÕES ESTÃO SOB A
RESPONSABILIDADE DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DA
TELEFAST?

RESPOSTA

O responsável técnico é o profissional habilitado para identificar os espaços confinados existentes na


empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate.

QUAIS SÃO OS RISCOS ASSOCIADOS AOS


ESPAÇOS CONFINADOS?

DEFINIÇÕES, CONCEITOS, TIPOLOGIAS,


COMPETÊNCIAS
E RESPONSABILIDADES ASSOCIADAS
SEGUNDO A NR-33 — SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM
ESPAÇOS CONFINADOS, DE 2019: ESPAÇO CONFINADO É
QUALQUER ÁREA OU AMBIENTE NÃO PROJETADO PARA
OCUPAÇÃO HUMANA CONTÍNUA QUE POSSUA MEIOS LIMITADOS
DE ENTRADA E SAÍDA, CUJA VENTILAÇÃO EXISTENTE SEJA
INSUFICIENTE PARA REMOVER CONTAMINANTES OU ONDE POSSA
EXISTIR A DEFICIÊNCIA OU O ENRIQUECIMENTO DE OXIGÊNIO.

Ou seja:

I
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação humana contínua.

II

Esse espaço possui meios limitados de entrada e saída.

III
A ventilação existente nos espaços confinados é insuficiente para remover contaminantes.

IV

Nesse espaço, pode existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Nesse ponto, cabe ressaltar a definição apresentada na NBR 14.787 – espaços confinados –
prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção:

 SAIBA MAIS

Essa norma de 2001 define que o espaço confinado se trata de qualquer área não projetada para
ocupação contínua com meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação existente seja
insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou em que haja deficiência/enriquecimento de
oxigênio que possa existir ou se desenvolver.

SETORES ECONÔMICOS ENVOLVIDOS

Diversos são os setores em que os trabalhadores necessitam exercer suas funções em espaços
confinados. Kulcsar, Possebon e Amaral (2009) listam os setores que necessitam dos espaços
confinados para exercer suas funções de forma adequada:

Indústria de papel e celulose.

Indústria gráfica.

Indústria alimentícia.

Indústria da borracha, do couro e têxtil.

Indústria naval e operações marítimas.

Indústrias químicas e petroquímicas.

Serviços de gás.

Serviços de água e esgoto.

Serviços de eletricidade.

Serviços de telefonia.

Construção civil.

Beneficiamento de minérios.

Siderúrgicas e metalúrgicas.

Agricultura.

Agroindústria.

ATIVIDADES EM ESPAÇOS CONFINADOS

Além dos setores citados anteriormente, existem algumas outras atividades que são desempenhada em
espaços confinados, por exemplo, manutenções em galerias de esgotos, operações de resgates em
poços ou cavernas submarinas, construção civil e estacionamento subterrâneo.
 Galerias de esgoto são consideradas espaços confinados.

RISCOS ASSOCIADOS

Como toda atividade exercida, há um risco associado. A questão é que os riscos associados aos
espaços confinados são altos, pois exigem que todo o ambiente seja rigorosamente controlado.

Kulcsar, Possebon e Amaral (2009) listam os principais riscos quando se trabalha em espaços
confinados:

Falta ou excesso de oxigênio.

Incêndio ou explosão pela presença de vapores e gases inflamáveis.

Intoxicações por substâncias químicas.

Infecções por agentes biológicos.

Afogamentos.

Soterramentos.

Quedas.
Choques elétricos.

 Intoxicação também é um risco associado aos espaços confinados.

TIPOLOGIAS

É de suma importância compreender as tipologias dos espaços confinados para se saber a maneira
ideal de trabalhar e manter o ambiente seguro para o abrigo de vida humana durante a execução do
trabalho. Por conta disso, apresentaremos a seguir cinco tipos de espaços confinados utilizados para
trabalho:

TUBULAÇÕES
TANQUES DE ARMAZENAMENTO

BIODIGESTOR

GALERIAS E CAIXAS SUBTERRÂNEAS


SILOS

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Os conceitos e as definições das operações realizadas, assim como os equipamentos necessários em


ambientes confinados, estão descritos na NBR 14.787. Esses tópicos serão reproduzidos na íntegra,
a seguir:

Autorresgate: Capacidade desenvolvida pelo trabalhador por meio de treinamento que possibilita
seu escape com segurança de um ambiente confinado.

Condição de entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço


confinado onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos,
biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS): Qualquer condição que cause
uma ameaça imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde, ou que
interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda.

Engolfamento/envolvimento: Condição em que uma substância sólida ou líquida, finamente


dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e, no processo de inalação, causar
inconsciência ou morte por asfixia.

Entrada: Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior de um
espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma
parte do corpo do trabalhador tenha ultrapassado o plano de uma abertura do espaço confinado.

Equipamentos de resgate: Materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações
de salvamento em espaços confinados.

Equipamento intrinsecamente seguro: Situação em que um equipamento não é capaz de


liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (abrindo ou
fechando o circuito) ou anormais (curto-circuito ou falta à terra), causar a ignição de determinada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

Equipe de resgate: Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos
espaços confinados em emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.

Inertização: Procedimento de segurança em um espaço confinado que visa evitar uma atmosfera
potencialmente explosiva pelo deslocamento dela por um fluido inerte. Este procedimento produz
uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

Limite inferior de explosividade (LIE): Mínima concentração na qual a mistura se torna


inflamável.

Limite superior de explosividade (LSE): Concentração em que a mistura possui uma alta
porcentagem de gases e vapores, de modo que a quantidade de oxigênio é tão baixa que uma
eventual ignição não consegue se propagar pelo meio.

Permissão de entrada: Autorização escrita fornecida pelo empregador ou por seu representante
com habilitação legal para permitir e controlar a entrada em um espaço confinado.

Permissão para trabalho a quente: Autorização escrita do empregador ou de seu representante


com habilitação legal para permitir operações capazes de fornecer uma fonte de ignição.

Procedimento de permissão de entrada: Documento escrito do empregador ou de seu


representante com habilitação legal para a preparação e a emissão da permissão de entrada.
Assegura também a continuidade do serviço no espaço confinado permitido até sua conclusão.
Programa para entrada em espaço confinado: Programa geral do empregador ou de seu
representante com habilitação legal que é elaborado para controlar e proteger os trabalhadores de
riscos em espaços confinados e para regulamentar a entrada deles nesses espaços.

CRITÉRIO LEGAL

Listaremos a seguir as normas que, no momento, estão em vigor sobre o assunto:

NBR 14.787 – espaços confinados – prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.

NBR 14.606 – postos de serviço – entrada em espaço confinado.

NR-33 – segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados.

COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

A NR-33 TEM O OBJETIVO DE ORIENTAR, DA MELHOR FORMA


POSSÍVEL, AS COMPETÊNCIAS E AS RESPONSABILIDADES DE
CADA UM DOS ENVOLVIDOS NA EXECUÇÃO DE TRABALHOS
CONFINADOS.

Reproduziremos na íntegra o que diz essa norma sobre a atribuição ao empregador de suas
responsabilidades:

Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da NR-33.

Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento.

Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado.

Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados por medidas


técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento para garantir
permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho.

Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos e as medidas de controle, de


emergência e de salvamento em espaços confinados.
Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da
permissão de entrada e trabalho (PET).

Fornecer, às empresas contratadas, informações sobre os riscos nas áreas onde elas
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores.

Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das


empresas contratadas, provendo os meios e as condições para que eles possam atuar em
conformidade.

Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local.

Garantir informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle antes de cada acesso
aos espaços confinados.

 ATENÇÃO

Os trabalhadores também possuem responsabilidades para que a execução do trabalho seja realizada
como previsto pela NR-33. Sua responsabilidade, desse modo, é tão importante quanto a do
empregador, pois somente com a conjugação dessas responsabilidades a segurança de todo o trabalho
poderá ser mantida.

Mostraremos agora as responsabilidades que os trabalhadores, de acordo com a NR-33,


possuem. É dever deles:

Colaborar com a empresa no cumprimento dos procedimentos padronizados.

Utilizar adequadamente os meios e os equipamentos fornecidos pela empresa.

Comunicar ao vigia e ao supervisor de entrada as situações de risco para sua segurança e saúde
ou a de terceiros que sejam do seu conhecimento.

Cumprir os procedimentos e as orientações recebidos nos treinamentos em relação aos espaços


confinados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Identificar as etapas da gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

LIGANDO OS PONTOS

Você sabe o que significa espaço confinado? Conseguiria identificar, em determinado setor econômico,
uma atividade laboral realizada em um espaço confinado? Para entendermos os conceitos envolvidos,
analisaremos a seguir o case da empresa de telecomunicações Telefast:

As empresas de telecomunicações, em suas atividades do dia a dia, estão envolvidas diretamente com
várias situações especiais, por exemplo, posteação de uso mútuo com companhias de energia elétrica e
espaços confinados subterrâneos. Abordaremos agora a realização de uma manutenção na rede de
cabos óticos subterrâneos da Telefast.

Tal manutenção geralmente ocorre em uma caixa de passagem de uma galeria de dutos encravada no
subsolo de uma via de grande circulação viária. Os cabos óticos interligam centros de comutação
telefônica situados em locais de grandes concentrações populacionais através da rede de dutos
subterrânea, que possui, a cada 80 metros, em média, uma caixa de passagem subterrânea que pode
comportar, entre outras coisas, a emenda de trechos desses cabos óticos.
Cabe destacar que a operação de emenda em cabos óticos da Telefast ocorrerá em uma caixa de
passagem subterrânea de uma galeria de dutos a cerca de quatro metros de profundidade. Constituída
por paredes de concreto armado com uma única entrada ou saída, com cerca de 90cm de diâmetro, que
fica no nível de uma avenida de grande circulação.

Dessa forma, os trabalhadores da companhia terão de interromper o trânsito, sinalizar o local e esgotar
a caixa subterrânea, já que ela normalmente está cheia de água, e proceder de acordo com a NR-33
para garantir todas as demais condições de segurança e saúde necessárias.

Você foi consultado para apresentar sua posição técnica sobre os procedimentos adotados para a
entrada e a permanência nesse espaço.

Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

3. VOCÊ SABE QUE A PERMISSÃO DE ENTRADA E


TRABALHO (PET) É O DOCUMENTO ESCRITO QUE CONTÉM
O CONJUNTO DE MEDIDAS DE CONTROLE VISANDO À
ENTRADA E AO DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO
SEGURO, ALÉM DE MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E RESGATE
EM ESPAÇOS CONFINADOS. QUAL É SUA OPINIÃO SOBRE
A ENTRADA EM UM ESPAÇO CONFINADO, MESMO QUE
POR ALGUNS MINUTOS, SEM A EMISSÃO DA PET
CORRESPONDENTE?

RESPOSTA

São vedadas a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da PET.
QUAIS SÃO AS ETAPAS DA GESTÃO DE
SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM
ESPAÇOS CONFINADOS?

GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS


TRABALHOS
EM ESPAÇOS CONFINADOS

ETAPAS DA GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS


TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

Segundo a NR-33 — segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados, a gestão de segurança
e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de
prevenção, administrativas e pessoais, além de uma capacitação para o trabalho em espaços
confinados.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

O trabalho em espaços confinado é um trabalho sério e perigoso; por conta disso, as pessoas que
tiverem contato com o ambiente confinado precisam ser muito bem treinadas. Além disso, os cuidados a
serem tomados nunca são demais. Dessa maneira, existe a necessidade de seguir algumas regras de
convivência nesses espaços.

Disponíveis na NR-33, essas regras serão dispostas a seguir em sua íntegra:

Identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não
I
autorizadas.

II Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados.

Proceder à avaliação e ao controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos


III
e mecânicos.

IV Prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem.


Implementar as medidas necessárias para a eliminação ou o controle dos riscos
V
atmosféricos em espaços confinados.

Avaliar a atmosfera nos espaços confinados antes da entrada de trabalhadores para


VI
verificar se o seu interior é seguro.

Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos


VII
trabalhos, monitorando ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado.

Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os


VIII trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas para verificar se as
condições de acesso e permanência são seguras.

IX Proibir a ventilação com oxigênio puro.

X Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização.

Utilizar equipamento de leitura direta intrinsecamente seguro, provido de alarme,


XI calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequência.

Além das regras para conviver em espaços confinados, ainda há aquelas que, também previstas
pela NR-33, versam sobre as ferramentas e os maquinários que podem ser utilizados em tais
espaços:

Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação vertical e


horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados.

Em áreas classificadas, que são aquelas potencialmente explosivas ou com risco de explosão, os
equipamentos precisam estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - Inmetro.

As avaliações atmosféricas iniciais têm de ser realizadas a partir de um ponto fora do espaço
confinado.
É preciso adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em
trabalhos a quente, como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama
aberta, faíscas ou calor.

Também é necessário adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação,


soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras,
quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a
segurança e a saúde dos trabalhadores.

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

Destacaremos agora estas medidas de caráter administrativo preconizadas:

Manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e de seus
respectivos riscos.

Definir as medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado.

Manter uma sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado.

Implementar procedimento para trabalho em espaço confinado.

Adaptar o modelo de PET às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados.

Preencher, assinar e datar em três vias a PET antes do ingresso de trabalhadores em espaços
confinados.

Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da PET.

Entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao vigia cópia da PET.

Encerrar a PET quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não
prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos.

Manter arquivados os procedimentos e as permissões de entrada e trabalho por cinco anos.


Disponibilizar os procedimentos e a PET para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, de
seus representantes e da fiscalização do trabalho.

Designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada
trabalhador e providenciando a capacitação requerida.

Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços


confinados.

Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com o acompanhamento e a
autorização de supervisão capacitada.

Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e das medidas de controle
existentes no local de trabalho.

Implementar um programa de proteção respiratória (PPR) de acordo com a análise de risco,


considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.

PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO - PET


DOCUMENTO ESCRITO CONTENDO O CONJUNTO DE MEDIDAS DE
CONTROLE PARA A ENTRADA E O DESENVOLVIMENTO DE
TRABALHO SEGURO, ALÉM DE MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS, A PET É VÁLIDA SOMENTE
PARA CADA ENTRADA. SÃO VEDADAS A ENTRADA E A
REALIZAÇÃO DE QUALQUER TRABALHO EM ESPAÇOS
CONFINADOS SEM A EMISSÃO DA PET.
O procedimento de trabalho deve, no mínimo, contemplar:

Objetivo

Campo de aplicação.

Base técnica.

Responsabilidades.

Competências.
Preparação.

Emissão, uso e cancelamento da PET.

Capacitação para os trabalhadores.

Análise de risco.

Medidas de controle.

Passe o cursor na imagem. Objeto com interação.

Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a PET precisam ser avaliados, no mínimo,
uma vez ao ano, além de serem revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação
do serviço especializado em segurança e medicina do trabalho (SESMT) e da comissão interna de
prevenção de acidentes (CIPA).

Os procedimentos de entrada em espaços confinados terão de ser revistos quando ocorrer qualquer
uma das circunstâncias dispostas a seguir

Entrada não autorizada em um espaço confinado.

Identificação de riscos não descritos na PET.

Acidente, incidente ou ocorrência de uma condição não prevista durante a entrada.

Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado.

Solicitação do SESMT ou da CIPA.


Identificação de condição de trabalho mais segura.

MEDIDAS PESSOAIS

Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados precisa ser submetido a exames
médicos específicos para a função que vai desempenhar, incluindo os fatores de riscos psicossociais,
com a emissão do respectivo atestado de saúde ocupacional (ASO). Deve-se ainda capacitar todos os
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com os espaços confinados sobre seus direitos,
deveres, riscos e medidas de controle.

O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados tem de ser
determinado conforme a análise de risco. Além disso, é vedada a realização de qualquer trabalho em
espaços confinados de forma individual ou isolada. Conheça melhor algumas funções:

SUPERVISOR DE ENTRADA
Deve desempenhar as seguintes funções:

Emitir a PET antes do início das atividades.

Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na PET.

Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para
os acionar estejam operantes.
Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário.

Encerrar a PET após o término dos serviços.

FAREMOS A SEGUIR MAIS ALGUMAS OBSERVAÇÕES:


Em caso de existência de atmosfera imediatamente perigosa à vida ou à saúde (atmosfera IPVS),
o espaço confinado só pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda
com pressão positiva ou respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.

O supervisor de entrada pode desempenhar a função de vigia.

 Supervisor de entrada é uma função de grande responsabilidade.

VIGIA
Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço
confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade.

Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os


trabalhadores autorizados.

Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada,


quando necessário.

Operar os movimentadores de pessoas.

Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo,
sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder
desempenhar efetivamente suas tarefas nem ser substituído por outro vigia.
 O vigia deve monitorar e proteger os trabalhadores autorizados.

CAPACITAÇÃO PARA TRABALHOS EM ESPAÇOS


CONFINADOS

É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador.
O empregador terá de desenvolver e implantar programas de capacitação quando houver uma razão
para acreditar que existam desvios na utilização ou nos procedimentos de entrada nesses espaços ou
que os conhecimentos não sejam adequados.

 VOCÊ SABIA

Todos os trabalhadores autorizados, vigias e supervisores de entrada precisam receber uma


capacitação periódica a cada 12 meses com a carga horária mínima de 8 horas. A capacitação inicial
desses trabalhadores e dos vigias deve ter carga horária mínima de 16 horas e ser realizada dentro do
horário de trabalho.

O conteúdo programático dessa capacitação inclui:

Definições.

Reconhecimento, avaliação e controle de riscos.

Funcionamento de equipamentos utilizados.

Procedimentos e utilização da PET.


Noções de resgate e primeiros socorros.

A capacitação dos supervisores de entrada tem de ser realizada dentro do horário de trabalho
com o conteúdo programático estabelecido anteriormente, sendo acrescidos os seguintes itens:

Identificação dos espaços confinados.

Critérios de indicação e uso de equipamentos para o controle de riscos.

Conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados.

Legislação de segurança e saúde no trabalho.

Programa de proteção respiratória (PPR).

Área classificada.

Operações de salvamento.

Todos os supervisores de entrada devem receber uma capacitação específica com carga horária mínima
de 40 horas para a capacitação inicial. Os instrutores designados pelo responsável técnico precisam
possuir comprovada proficiência no assunto. Ao término do treinamento, deve-se emitir um certificado.
Com as assinaturas dos instrutores e do responsável técnico, ele precisa conter:

Nome do trabalhador

Conteúdo programático

Carga horária

Especificação do tipo de trabalho e espaço confinado

Data e local de realização do treinamento


VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Reconhecer os diferentes equipamentos de proteção individual e coletiva específicos para a


manutenção da segurança e saúde em espaços confinados

LIGANDO OS PONTOS

Você sabe o que significa espaço confinado? Conseguiria identificar, em determinado setor econômico,
uma atividade laboral realizada em um espaço confinado? Para entendermos os conceitos envolvidos,
analisaremos a seguir o case da empresa de telecomunicações Telefast:

As empresas de telecomunicações, em suas atividades do dia a dia, estão envolvidas diretamente com
várias situações especiais, por exemplo, posteação de uso mútuo com companhias de energia elétrica e
espaços confinados subterrâneos. Abordaremos agora a realização de uma manutenção na rede de
cabos óticos subterrâneos da Telefast.

Tal manutenção geralmente ocorre em uma caixa de passagem de uma galeria de dutos encravada no
subsolo de uma via de grande circulação viária. Os cabos óticos interligam centros de comutação
telefônica situados em locais de grandes concentrações populacionais através da rede de dutos
subterrânea, que possui, a cada 80 metros, em média, uma caixa de passagem subterrânea que pode
comportar, entre outras coisas, a emenda de trechos desses cabos óticos.
Cabe destacar que a operação de emenda em cabos óticos da Telefast ocorrerá em uma caixa de
passagem subterrânea de uma galeria de dutos a cerca de quatro metros de profundidade. Constituída
por paredes de concreto armado com uma única entrada ou saída, com cerca de 90cm de diâmetro, que
fica no nível de uma avenida de grande circulação.

Dessa forma, os trabalhadores da companhia terão de interromper o trânsito, sinalizar o local e esgotar
a caixa subterrânea, já que ela normalmente está cheia de água, e proceder de acordo com a NR-33
para garantir todas as demais condições de segurança e saúde necessárias.

Você foi consultado para apresentar sua posição técnica sobre os procedimentos adotados para a
entrada e a permanência nesse espaço.

Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

3. VOCÊ SABE QUE OS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA


E RESGATE TÊM DE SER ADEQUADOS AOS ESPAÇOS
CONFINADOS. TOMANDO POR BASE OS CENÁRIOS
IDENTIFICADOS NA ANÁLISE DE RISCOS, COMO VOCÊ
ENTENDE QUE DEVERIA SER A CAPACITAÇÃO DA EQUIPE
DE SALVAMENTO?

RESPOSTA

A capacitação da equipe de salvamento precisa contemplar todos os possíveis cenários de acidentes


identificados na análise de risco.
QUAIS SÃO AS MEDIDAS DE SEGURANÇA
PARA TRABALHOS EM ESPAÇOS
CONFINADOS?

MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA E DA SAÚDE


EM ESPAÇOS CONFINADOS

MEDIDAS DE SEGURANÇA, SINALIZAÇÃO E


ISOLAMENTO DA ÁREA

Segundo Kulcsar, Possebon e Amaral (2009), estas são as principais orientações e


recomendações para a garantia da segurança e da saúde em espaços confinados:

Manter uma sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado.

A sinalização é importante para a informação e o alerta quanto aos riscos em espaços confinados.
O isolamento é necessário para evitar que pessoas não autorizadas se aproximem do espaço confinado.

Realizam-se testes iniciais do ar interno antes que o trabalhador entre em um espaço confinado.

Os testes do ar interno são medições para a verificação dos níveis de oxigênio, gases e vapores tóxicos
e inflamáveis.

 ATENÇÃO

Durante as medições, necessárias para que não ocorram acidentes por asfixia, intoxicação, incêndio ou
explosão, o supervisor de entrada deve estar fora do espaço confinado.

MEDIDAS DE SEGURANÇA, TRAVA, BLOQUEIO E


ETIQUETAGEM

Uma medida necessária é desligar a energia elétrica, trancar com chave ou cadeado e sinalizar quadros
elétricos para evitar a movimentação acidental de máquinas ou choques elétricos quando o trabalhador
autorizado estiver no interior do espaço confinado.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: VENTILAÇÃO

OS ESPAÇOS CONFINADOS NÃO SÃO VENTILADOS COM OXIGÊNIO


PURO, JÁ QUE AUMENTA O RISCO DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO.
Durante todo o trabalho no espaço confinado, deve-se empregar uma ventilação adequada para garantir
a renovação contínua do ar.

SISTEMA DE VENTILAÇÃO DE GASES MAIS


PESADOS
QUE O AR POR EXAUSTÃO

Observe na imagem a seguir que o ar de reposição tem de ser admitido por cima, enquanto os gases
mais pesados que o ar devem ser capturados no fundo.
1. SISTEMA DE VENTILAÇÃO DE GASES MAIS LEVES QUE
O AR POR EXAUSTÃO
Veja na figura adiante que os gases mais leves que o ar devem ser capturados no topo, enquanto o ar
de reposição tem de ser admitido por baixo.

2. SISTEMA DE VENTILAÇÃO POR EXAUSTÃO


Observe agora, na figura à esquerda, que o sistema de ventilação por exaustão sem o uso do mangote
flexível causa um curto-circuito de ar indesejável em espaços confinados. A figura a direita apresenta o
mesmo sistema de ventilação por exaustão com a instalação do mangote flexível para correção do
curto-circuito.
3. SISTEMA DE VENTILAÇÃO POR EXAUSTÃO
Nas figuras a seguir, conheceremos outro problema que pode ocasionar o curto-circuito de ar em
espaços confinados. Note, na figura à esquerda, que o posicionamento inadequado do
ventilador/exaustor faz com que o fluxo de ar não atinja a totalidade do espaço confinado onde se
encontra o trabalhador. Já à direita observa-se o posicionamento adequado do equipamento, pois se
pode perceber que tal fluxo atinge a totalidade desse espaço, corrigindo, com isso, o curto-circuito.

4. SISTEMA DE VENTILAÇÃO POR INSUFLAÇÃO


Nas figuras adiante, observaremos mais um exemplo de curto-circuito por deficiência de recirculação de
ar em espaço confinado. Na figura à esquerda, a ausência de um mangote flexível na entrada de ar do
ventilador insuflador causou um curto-circuito, dificultando a recirculação do ar no espaço confinado. Já
naquela posicionada à direita, vê-se a correção desse curto-circuito com a adição de um mangote
flexível na entrada do ventilador insuflador, permitindo, assim, a recirculação adequada do ar nesse
espaço.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA EM
ESPAÇOS CONFINADOS
Na figura adiante, veremos o controle dos fumos de solda diretamente na fonte contaminante. Observe o
local adequado de admissão ou reposição do ar e a posição correta do dispositivo captor dos fumos de
solda. Note ainda que, quanto mais próximo estiver o dispositivo captor da zona de poluição (região da
solda), melhor será a eficiência do sistema de exaustão.

6. SISTEMA DE VENTILAÇÃO POR INSUFLAÇÃO COM


ABERTURAS ADICIONAIS
A figura a seguir demonstra que o uso de dutos flexíveis é muito importante para evitar curtos-circuitos.
No entanto, aberturas adicionais estrategicamente localizadas ajudam a ventilar com mais eficiência
todo o espaço de confinamento.
MEDIDAS DE SEGURANÇA: EPI

Elencaremos agora as principais recomendações sobre o fornecimento, a capacitação e o uso dos


equipamentos de proteção individual (EPIs):

Os EPIs devem ser fornecidos gratuitamente.

Devem ser utilizados EPI adequados para cada situação de risco existente.

O trabalhador precisa ser treinado quanto ao uso adequado do EPI.


 Trabalhadores protegidos com EPIs.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: OBJETOS PROIBIDOS

Os seguintes objetos e procedimentos precisam ser evitados:

Arraste para os lados

CIGARROS

Nunca fume no espaço confinado!


TELEFONE CELULAR
Não deve ser utilizado como aparelho de comunicação em espaço confinado.

VELAS, FÓSFOROS E ISQUEIROS

Não devem ser utilizados


OBJETOS NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO DO TRABALHO
Uma vez que produzam calor, chamas ou faíscas precisam estar previstos na PET.

 ATENÇÃO

Além disso, é preciso adotar rotineiramente medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou
de explosão em trabalhos, como soldagem, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem
chama aberta, faíscas ou calor.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: EQUIPAMENTOS


ESPECIAIS

É preciso fornecer equipamentos especiais, à prova de explosões, para trabalhos em espaços


confinados. Apontaremos alguns desses equipamentos adiante:
LANTERNA

RÁDIO DE COMUNICAÇÃO

DETETORES DE GASES

O equipamento deve:

Possuir alarme sonoro, visual e vibratório, além de visor para leitura instantânea.
Ser resistente ou à prova d’agua quando portado em espaços confinados úmidos ou encharcados.

Possuir revestimento que resista a atmosferas corrosivas ou eventuais quedas.

A calibração dele tem de ser executada por um organismo de certificação credenciado (OCC) pelo
Inmetro.

EMERGÊNCIA E SALVAMENTO

O empregador precisa elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos


espaços confinados. Devem ser incluídos, no mínimo, os seguintes procedimentos:

Descrição dos possíveis cenários de acidentes obtidos a partir da análise de riscos.

Descrição das medidas de salvamento e de primeiros socorros a serem executadas em caso de


emergência.

Seleção de técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,


busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas.

Acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e
de primeiros socorros para cada serviço a ser realizado.

Exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços


confinados.

O PESSOAL RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE


SALVAMENTO DEVE POSSUIR APTIDÃO FÍSICA E MENTAL
COMPATÍVEL COM A ATIVIDADE A DESEMPENHAR. A CAPACITAÇÃO
DA EQUIPE DE SALVAMENTO PRECISA CONTEMPLAR TODOS OS
POSSÍVEIS CENÁRIOS DE ACIDENTES IDENTIFICADOS NA ANÁLISE
DE RISCO.
Na seleção dos equipamentos para movimentação vertical ou horizontal dos trabalhadores, deve-se
considerar a geometria do espaço confinado, bem como as dimensões e o tamanho das aberturas. Em
espaços confinados com aberturas de grandes dimensões, pode ser inviável a utilização de tripés. Já
para aqueles com aberturas reduzidas (diâmetro menor que 60cm), deve-se utilizar sistemas portáteis
para acesso e⁄ou resgate que sejam de fácil ajuste ao espaço confinado.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que espaços confinados são todos aqueles que impõem uma limitação física de
espaço aos trabalhadores. Também verificamos que tais espaços, quando mal utilizados, apresentam
riscos graves à saúde cuja origem pode ser física, química, biológica e/ou mecânica.

Para garantir a segurança dos trabalhadores, destacamos que é essencial haver o cumprimento da
legislação e das normas vigentes. Tais normas e legislações são constantemente revistas e atualizadas.
Por conta disso, os profissionais da área de saúde e segurança precisam estar permanentemente
atualizados em relação às medidas de controle pertinentes.
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Confira o conteúdo preparado especialmente para você enriquecer o seu conhecimento!

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. Limites de exposição
ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos e índices biológicos de
exposição (BEIsR). Tradução: Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO). São Paulo:
ABHO, 2021.

ARAUJO, G. M. de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de Janeiro: GVC,
2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14787: espaço confinado: prevenção de


acidentes, procedimentos e medidas de proteção. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14606: postos de serviço – entrada em


espaço confinado. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

BRASIL. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que


consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho.

BREVIGLIERO, E.; SPINELLI, R.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e
físicos. 10. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2017.

COSTA, P. Segurança do trabalho II. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; Colégio
Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.

GARCIA, S. A. L.; KULCSAR NETO, F. Guia técnico NR-33. Brasília: Fundacentro, 2013.
GONÇALVES, E. A.; GONÇALVES, D. C.; GONÇALVES, I. C. Manual de segurança e saúde no
trabalho. 7. ed. atual. São Paulo: LTr, 2018.

KULCSAR NETO, F.; POSSEBON, J.; AMARAL, N. C. Espaços confinados: livreto do trabalhador. São
Paulo: Fundacentro, 2009.

PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa
Maria; Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.

SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos
ambientais. 1. ed. São Paulo: LTr, 2005.

VIEIRA, S. I. Manual de saúde e segurança no trabalho. 2. ed. atual. São Paulo: LTr, 2008.

EXPLORE+
Para compreender melhor os conceitos de espaços confinados e as atuações exercidas neles, explore
mais sobre o assunto pesquisando acerca desses espaços e da NR-33 no YouTube:

FUNDACENTRO. Espaços confinados. Publicado em: 27 jun. 2013. Consultado na internet em: 2 set.
2021.

SESI. Projeto série 100% seguro - espaço confinado (versão completa). Publicado em: 21 jun. 2013.
Consultado na internet em: 2 set. 2021.

VÍDEOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO. NR[-]33 [-] espaços confinado[s]. Publicado em: 24 set.
2016. Consultado na internet em: 2 set. 2021.

CONTEUDISTA
Lúcio Villarinho Rosa

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