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IT.008.

00 ACESSO E PERMANÊNCIA EM ESPAÇOS CONFINADOS Data: 04/09/2018

1. Objetivo e Âmbito

O presente documento tem como objetivo estabelecer o modo de atuação em situações de acesso e
permanência em espaços confinados na Aguas do Tejo Atlântico, S.A. (AdTA), assim como estabelecer
a tipologia destes mesmos espaços, complementado o previsto no procedimento P.010 Atribuição de
autorizações de trabalho.

Considera-se que, face aos riscos elevados na execução de trabalhos deste tipo, todas as regras agora
definidas serão de cumprimento obrigatório.

Estas regras constituem um meio importante para evitar acidentes graves em situações laborais especiais,
constituindo suporte de condições de segurança específicas e próprias de cada tipo concreto de trabalho
que possa cair no âmbito desta instrução de trabalho.

2. Definições/Abreviaturas

Espaço Confinado: qualquer local com aberturas limitadas de entrada e saída, com ventilação natural
desfavorável e níveis deficientes de oxigénio, podendo conter ou produzir contaminantes químicos
tóxicos ou inflamáveis e que não está concebido para uma ocupação contínua por trabalhadores.

Um espaço confinado fechado caracteriza-se por não ser concebido para uma ocupação humana
permanente, por ter frequentemente dimensões reduzidas, por possuir vias de acesso estreitas e por
permitir a entrada/saída de apenas um trabalhador de cada vez.

No entanto, o espaço que tenha entradas e saídas sem condicionantes e com facilidade de acessos a
pessoas e máquinas, mas que, face à existência de substâncias perigosas, às dificuldades de ventilação
natural, à sua configuração, à sua extensão, à natureza dos trabalhos, ao tipo de equipamentos utilizados,
comporte riscos elevados para o trabalhador, é considerado um espaço confinado aberto.
M.003.00_Julho2017

Elaboração: SSE-SHT Validação: SSE Aprovação: CE


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Tipos de Espaço Confinado:

• Apresenta aberturas de entrada e saída limitada ou com acesso difícil;


• Dimensionado de forma a permitir a entrada e a realização de um determinado
trabalho a pelo menos um trabalhador;
E SPAÇO DO
• Não está concebido de forma a constituir um posto de trabalho permanente por
TIPO 1
parte dos trabalhadores;
• Possui uma configuração interna que pode causar claustrofobia;
• Pode apresentar ventilação natural desfavorável e também risco de inundação

• Apresenta aberturas de entrada e saída limitada ou com acesso difícil;


• Dimensionado de forma a permitir a entrada e a realização de um determinado
trabalho a pelo menos um trabalhador;
• Não está concebido de forma a constituir um posto de trabalho permanente por
E SPAÇO DO parte dos trabalhadores;
TIPO 2 • Possui uma configuração interna que pode causar claustrofobia;
• Apresenta ventilação natural desfavorável;
• Embora possível, é pouco provável que contenha uma atmosfera perigosa
(vapores/gases tóxicos, deficiência de oxigênio ou gases explosivos) e perigo de
inundação.

• Apresenta aberturas de entrada e saída limitada, ou com acesso particularmente


gravoso/ difícil, entre outros que venham a ser identificados;
• Dimensionado de forma a permitir a entrada e a realização de um determinado
trabalho a pelo menos um trabalhador;
• Não está concebido de forma a constituir um posto de trabalho permanente por
E SPAÇO DO
parte dos trabalhadores;
TIPO 3
• Possui uma configuração interna que pode causar claustrofobia;
• Apresenta ventilação natural desfavorável;
• Contém, ou é possível que contenha uma atmosfera perigosa (vapores/gases
tóxicos, deficiência de oxigênio ou gases explosivos);
• Apresenta perigo efetivo de inundação

Qualquer EC deverá de imediato ser classificado como de TIPO 3 se a concentrações de oxigénio


ou de outros contaminantes estiver em limiares perigosos (alarme do equipamento portátil de
deteção de gases) ou se houver suspeitas de perigo efetivo de inundação. Caso exista a suspeita de
alteração de tipologia de espaço no decorrer dos trabalhos, o mesmo deve ser considerado com o
nível mais gravoso.
Outros perigos relacionados com EC estão identificados na Avaliação de Perigos e Riscos dos
respetivos locais.

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Valores limite de exposição (VLE): Concentração de agentes químicos à qual se considera que
praticamente todos os trabalhadores possam estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos para a
saúde. Os limites admissíveis de Oxigénio, Gás Sulfídrico, Metano e Monóxido de Carbono são:

Oxigénio Gás Sulfídrico Metano Monóxido de Carbono


(O2) (H2S) (CH4) (CO)
(19,5%-23%) < 5 ppm < 10% LEL <25 ppm

LEL - Limite inferior de explosividade, que corresponde à menor proporção do combustível (gás) no
comburente (oxigénio do ar), originando uma mistura explosiva.

ppm - A concentração ppm (partes por milhão) em volume indica o volume de soluto (disperso), em
ml, existentes em 1 m3 (1 milhão de ml) de solução.

SSE – Área de Sustentabilidade Empresarial

3. Modo de proceder

Quando não é viável efetuar os trabalhos pelo exterior, e para garantir a entrada segura em espaços
confinados, deverá considerar-se o definido na presente instrução.

Antes do início de qualquer trabalho que envolva o acesso e permanência em espaço confinado, é
imperativa a verificação visual e de correto funcionamento dos equipamentos de proteção individual
necessários à realização destes trabalhos, nomeadamente:

• Arnês de segurança e acessórios – não obstante serem equipamentos sujeitos a revisão


periódica por empresas devidamente certificadas, é importante verificar o estado de
conservação geral do arnês, das cordas de amarração ou retrátil, dos mosquetões e fitas.

• Tripés e linhas de vida - não obstante serem equipamentos sujeitos a revisão periódica por
empresas devidamente certificadas, é importante verificar o estado de conservação geral dos
tripés e das linhas de vida.

• Calçado de proteção S3, luvas de proteção e máscara de proteção, capacete com francalete,
devendo os mesmos estar operacionais, limpos e em bom estado geral.

Em caso de acesso a espaço confinado tipo 3, deve prever-se a necessidade de utilização de ARICA ou
aparelho respiratório de fuga de emergência (SAVER) para resgate ou, se houver absoluta necessidade
na execução da atividade em atmosferas contaminadas ou com insuficiência de oxigénio.

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Apenas podem ter acesso a espaços confinados trabalhadores com formação específica, aptidão médica
e dotados do EPI considerado adequado para tal.

A constituição das equipas deverá ser efetuada tendo em consideração o tipo de espaço confinado em
questão (Ver ponto 4.).

Deverá ser garantida a correta sinalização do espaço, criando um perímetro de modo a garantir a
mobilidade dos trabalhadores em condições de segurança:

• Quando a intervenção for efetuada em zonas pedonais devem ser colocadas baias de proteção, ou
prumos e guardas de segurança, em redor do acesso ao espaço;

• Quando a intervenção for efetuada em via de circulação rodoviária dever-se-á seguir as regras
estabelecidas em documento específico para trabalhos na via e ou o estabelecido na legislação /
regulamentos aplicáveis.

Não deverão ser utilizados equipamentos ou utensílios ou implementadas práticas (fumar, utilizar
telemóvel, utilizar fósforos ou velas como fonte de iluminação) que, pelas suas características e natureza,
possam aumentar o risco de incêndio ou explosão, ou produzir calor, chamas ou faíscas, sem autorização
prévia e explícita para tal.

Dependendo do tipo de espaço a aceder, deve ser garantida a consignação ou bypass de todos os
sistemas a jusante e/ou a montante que possam, ao entrar intempestivamente em funcionamento,
colocando em causa a saúde e segurança dos trabalhadores (são exemplos, sistemas de descarga de
matérias, comportas, ventiladores, etc.). A consignação de equipamentos, quando necessária, deverá ser
efetuada tanto quanto possível com recurso a sistemas fiáveis, como por exemplo, cadeados de
consignação.

Se a intervenção for na rede de drenagem deverá considerar-se a colocação de obturadores; caso a


intervenção seja em órgãos deve ser garantida a estanquicidade das comportas. Se assim não se verificar,
devem ser colocados obturadores na caixa de visita a montante.

Em intervenções na rede de drenagem a entrada deve ser precedida de ventilação devendo proceder-
se à abertura de tampas a montante e a jusante do local a aceder, por um período mínimo de 10 minutos.

Considerar igualmente importantes, no planeamento deste tipo de trabalhos, as condições atmosféricas


e ambientais do local de intervenção não podendo ser descuidadas as influências de ventos, chuvas ou
outros fenómenos meteorológicos desaforáveis.

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3.1 Monitorização e Controlo da Atmosfera

Antes da entrada deverá ser assegurada ventilação do local a aceder, que poderá ser efetuada através
de abertura de local, ou no caso de entrada em caixas de visita/ coletores, abertura das tampas, a
montante ou a jusante, para possibilitar a renovação da massa de ar no interior do troço a visitar,
podendo para este efeito utilizar ventiladores.

Quando se procede à remoção de tampas, coberturas, escotilhas, entre outras, deverá ter-se em
consideração a possibilidade de existência de pressões elevadas no interior e na possibilidade de
existência de atmosferas perigosas no interior, sendo que os trabalhadores devem guardar as distâncias
de segurança adequadas de modo a evitar incidentes e a salvaguardar a sua integridade.

A limpeza com água, caso possível, auxilia a renovar a massa de ar no interior do local a aceder, pelo
que deverá ser considerado no procedimento como parte integrante do mesmo.

Após a ventilação e limpeza do espaço confinado deverá ser então realizada a monitorização e controlo
da atmosfera - medição de níveis de gases, de explosividade e/ou % de oxigénio, conforme aplicável.

A monitorização e controlo da atmosfera são imperativos aquando da execução de qualquer trabalho


em espaços confinados.

Não obstante, quando é efetuado o acesso ao interior de uma infraestrutura na qual se suspeita da
existência de gases e vapores perigosos o(s) trabalhador(es) deverá(ão) fazer-se acompanhar e utilizar
detetor de gases portátil para que tenha(m) noção do perigo a que está exposto. Os valores obtidos,
quando ultrapassados os limites estabelecidos dos gases em deteção, deverão ser registados no modelo
M.076 Monitorização de atmosfera perigosa.

Em espaços confinados do tipo 2 e 3 apenas podem ter acesso trabalhadores com detetor de gases
portátil devidamente controlados/ calibrados e sem registo de erros, devendo-se seguir as regras
estabelecidas relativamente à utilização deste tipo de equipamentos. O trabalhador que aceda ao espaço
confinado, ou um dos trabalhadores de cada frente de trabalho, tem de estar sempre munido com o
detetor que terá de estar ligado em contínuo.

A entrada em espaços confinados do tipo 2 e 3 deve ser precedida de uma análise à atmosfera, com
recurso ao detetor de gases portátil, em vários locais e alturas do local, se aplicável. Na eventualidade
de se verificar a existência de atmosfera tóxica e/ ou insuficiência de oxigénio, antes de optar pela
utilização de equipamentos individuais de respiração, o local deve ser ventilado (natural ou
mecanicamente) e, caso aplicável, novamente lavado, até que sejam verificadas as condições de
segurança, registando-se os valores iniciais e após ventilação.

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Sempre que houver necessidade de novo acesso deverá ser efetuada nova verificação das condições de
segurança do espaço;

Sem garantias de que a atmosfera se encontra segura, encontra-se expressamente proibida a realização
de trabalho com chama no interior e na envolvente.

A monitorização deverá ser efetuada tendo por base o conhecimento do que será provável encontrar
no interior do espaço confinado, não esquecendo que muitos dos contaminantes não se caracterizam
simplesmente pelo seu cheiro, podendo ser inodoros.

É necessário ainda ter em conta as densidades dos potenciais poluentes, para que a medição seja
efetuada à cota correta. Por exemplo, o gás sulfídrico é mais denso de que o ar, pelo que a sua deteção
deverá ser efetuada em profundidade. O metano, ao contrário do gás sulfídrico, é menos denso que o
ar, podendo a sua medição ser facilmente efetuada junto da entrada do local a intervencionar.

Na presença de gases ou vapores inflamáveis/explosivos deverão ser tomadas medidas adicionais no


que respeita à prevenção de eletricidade estática no local, que poderá ser conseguido, entre outras
medidas, através de ligação à terra de diversos elementos metálicos e equipamentos.

Devem ser registados os valores medidos, sendo obrigatória a medição dos valores de gases no local de
15 em 15 minutos.

Sempre que houver necessidade de novo acesso deverá ser efetuada nova verificação das condições de
segurança do espaço. Quando houver alternância ou substituição de equipa de trabalho, deve existir
comunicação do ponto de situação das atividades desenvolvidas e das condições existentes no seu
interior.

Sempre que for utilizado algum equipamento que queime/diminua a quantidade disponível de oxigénio
deve ser assegurada a ventilação do espaço.

Deve ser mantido o espaço envolvente arrumado e limpo, para que não existam materiais dispersos ou
outros fatores que possam constituir risco para o trabalhador.

Deve ser garantido que outras pessoas estranhas à zona de trabalho conhecem os riscos associados e
respeitam as regras a aplicar.

3.2 Entrada e permanência em Espaço Confinado

Quando a entrada em espaço confinado implica a subida ou descida de escadas de acesso (fixas ou
portáteis) deverá ser tida em conta a IT.007 Trabalhos em altura e em profundidade.

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O trabalho não se deverá prolongar por um período superior a 30 minutos. Sempre que o trabalho seja
superior ao tempo estipulado (30 minutos), o trabalhador deverá sair e fazer uma pausa de 10 minutos,
retomando novamente as tarefas após a pausa (sem nunca esquecer o controlo da atmosfera do local
confinado antes de entrar novamente no mesmo).

O trabalhador deverá fazer-se acompanhar do detetor de gases portátil ligado em contínuo. No caso
de o mesmo entrar em alarme, uma vez que a atmosfera poderá sofrer alterações na sua composição
e estabilidade durante a realização dos trabalhos, e de não poderem ser garantidas as condições de
segurança, o trabalhador deve abandonar calmamente o espaço confinado, não podendo voltar a aceder
ao mesmo sem serem verificadas de novo todas as condições de segurança.

Caso se verifiquem condições de iluminação deficientes é obrigatório que o trabalhador se faça


acompanhar de lanterna portátil antideflagrante.

Apresenta-se um esquema exemplificativo das condições ideais de acesso:

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4. Modo particular de proceder

Nos ESPAÇOS CONFINADOS DO TIPO 1, considera-se que a entrada não carece de autorização prévia,
podendo o trabalho ser realizado apenas por um trabalhador. Não obstante, deverá ser garantida a via
de comunicação entre o trabalhador e a hierarquia ou equipa (Ex: telemóvel) e assegurada a utilização
do EPI obrigatório (Arnês de segurança - apenas para trabalhos em altura e/ ou em profundidade,
Calçado de Segurança, Luvas de proteção).

Em ESPAÇOS CONFINADOS DO TIPO 2 E 3, deverá considerar-se sempre:

1. Atividade realizada com planeamento prévio;

2. Deverão ser assegurados os procedimentos aplicáveis para garantia da existência da autorização


de trabalhos no local de intervenção, devidamente validada pelo Técnico de Segurança no Trabalho.

Neste sentido, para trabalhos que envolvam acesso a espaços confinados, deverá ser garantida
emissão de Autorização de Trabalho de acordo com o previsto no P.010 Atribuição de
autorizações de trabalho, incluindo o preenchimento do modelo M.014 Autorização de Trabalho.
A autorização de trabalho existente para as tarefas a executar em trabalhos confinados encontra-
se válida pelo período inicialmente previsto em fase de planeamento. Quando as pausas nas tarefas
forem superiores a 12 horas, deverá ser efetuada nova autorização de trabalho.

3. Condições de acesso: O acesso a espaços confinados do tipo 2 é ser feito apenas por um
trabalhador, estando o Vigia no exterior. O acesso a espaços confinados do tipo 3 deverá ser
efetuado por dois trabalhadores, estando o Vigia no exterior

4. O vigia no exterior, deve manter o contacto visual ou, se não for possível, manter outra forma de
comunicação permanente. Deverá ser igualmente garantida a via de comunicação entre o vigia e a
hierarquia ou equipa (Ex: telemóvel na posse do vigia1);

5. Deverá estar disponível no local equipamento de resgate, que deverá estar estrategicamente
colocado de modo a que a sua montagem e utilização sejam efetuadas de forma rápida e eficaz.

6. O vigia deve estar devidamente equipado durante a realização destes trabalhos, devendo para isso
ter igualmente colocados os equipamentos de proteção individual (arnês de segurança, capacete
com franquelete e luvas de proteção) em caso de necessidade de resgate;

7. A permanência dos trabalhadores no Espaço Confinado deverá ser interrompida de meia em meia
hora, por períodos mínimo de dez minutos;

1
Em zonas com atmosfera explosiva, deverá ser considerada forma de comunicação por via de equipamentos ATEX.
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8. No caso de ocorrer um acidente com um trabalhador confinado (ou essa suspeita) o Vigia deverá
alertar os meios de socorro (112), atuando de acordo com o P.005 Análise e tratamento de
incidentes.

9. Uso de detetor de gases portátil, controlado metrologicamente, operacional, e com sensores


adequados às atmosferas a monitorizar;

10. EPI obrigatório: Arnês de segurança, Capacete com francalete, Calçado de Segurança, Luvas de
proteção e máscara de proteção biológica, para gases e partículas.

11. A suspensão dos trabalhos deve ocorrer sempre que se manifestem condições desfavoráveis à
segurança e integridade dos trabalhadores. A importância da vida humana é soberana a qualquer
condição ou urgência. Devem ser suspensos os trabalhos sempre que:

• Não seja possível manter a comunicação entre o trabalhador que se encontra no interior do espaço
confinado com o colega que se encontra à superfície;

• Sempre que a concentração de gases ou a ausência de oxigénio no interior do espaço confinado


se revele fora dos limites admissíveis (ver tabela referida do ponto 2.);

• Sempre que o aparelho de monitorização de gases se encontre inoperável;

• Sempre que chova com intensidade caso o trabalho seja efetuado ao ar livre;

• Os acessos ao interior do espaço não se encontrarem em condições de conservação suficientes


para garantir a segurança do colaborador;

• Os equipamentos de proteção individual possuírem danos e condições de utilização inaceitáveis


para a execução destes trabalhos;

• Qualquer um dos trabalhadores por acidente de trabalho ou por doença não se encontre apto
para desempenhar as suas tarefas habituais;

• Qualquer um dos trabalhadores (o trabalhador que acede ao Espaço Confinado e o Vigia) não
tenha recebido formação específica em Espaços Confinados.

5. Responsabilidades atribuídas

5.1 Trabalhadores

• Cumprir com as regras estabelecidas na presente instrução de trabalho;

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• Impedir o acesso a pessoas não autorizados ao espaço confinado, durante as operações;

• O trabalhador com função de vigia tem, ainda, a responsabilidade de monitorizar em contínuo


o decorrer dos trabalhos e, em caso de emergência e se aplicável e entrar em espaço confinado
para resgatar o trabalhador que está confinado. O segundo vigia, quando existente, tem a
responsabilidade de dar o alerta e ficar sempre no exterior.

5.2 Responsável pela realização dos trabalhos2

• Juntamente com a SSE-SHT efetuar a identificação/classificação de espaços confinados e a


atualização dos mesmos, sempre que as condições sejam alteradas;

• Conhecer os perigos existentes nos locais a serem acedidos;

• Garantir a existência dos equipamentos necessários ao trabalho em espaços confinados;

• Garantir que apenas trabalhadores com formação adequada e aptidão médica comprovada têm
acesso aos espaços confinados.

• Terminar ou cancelar as operações, caso considere necessário.

5.3 Área de Sustentabilidade Empresarial (SSE)

• Analisar e aconselhar na execução dos trabalhos em espaços confinados, incluindo a seleção


dos Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual;

• Verificar/ assegurar a existência de dispositivos de trabalho contra quedas em altura e espaços


confinados, devidamente certificados e em bom estado, onde os trabalhadores se possam
ancorar para efetuar as tarefas;

• Determinar a tipologia do espaço confinado em colaboração com as direções responsáveis


pelas infraestruturas;

• Proceder à emissão de “Autorização de Trabalho – Espaços Confinados”, mediante requisição


efetuada, de acordo com responsabilidades estabelecidas no P.010 Atribuição de Autorizações
de Trabalho. Quem procede à emissão da “Autorização de Trabalho” apenas tem como
responsabilidade verificar se as condições de entrada estão cumpridas;

2 Pessoa com formação em espaços confinados

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• Terminar ou cancelar as operações, caso considere necessário.

5.4 Prestadores de Serviços a operar em Espaços Confinados:

Os prestadores de serviços que acedem e/ou efetuam trabalhos em espaços confinados:

• Devem submeter procedimento próprio a ser validado, formalmente, pela SSE. A aprovação
deste procedimento leva a que os prestadores de serviço sejam considerados autónomos no
acesso a estes espaços, “responsáveis pela realização dos trabalhos” e “responsáveis pela
validação da existência das condições de segurança necessárias à emissão da autorização do
início dos trabalhos”.

• Se o ponto anterior não se verificar, os prestadores de serviços devem proceder de acordo


com o estabelecido no presente procedimento e no modelo “Autorização de trabalho”.

• Em qualquer uma das situações anteriores, deve ser dado conhecimento à SSE da abertura e
da conclusão da Autorização de Trabalho, independentemente da aplicação de procedimento
e autorização com origem externa ou interna.

6. Resumo das alterações

Data da revisão Descrição


04/09/2018 Aprovação da instrução de trabalho

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