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Treinamento

Espaço Confinado – NR 33
Objetivos do treinamento da NR – 33

 Apresentar os riscos em que os trabalhadores


estão submetidos no local de trabalho;

 Mostrar as formas de prevenção de acidentes de


trabalho;

 Local do espaço confinado na empresa;

 Procedimentos a ser adotado em situação de


riscos.
Definição

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não


projetado para a ocupação humana contínua.

• Possui meios limitados de entrada e saída;


• A ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes;
• Pode existir a deficiência ou enriquecimento de
oxigênio.
• Espaço que esteja sujeito a acumulação de
contaminantes tóxicos ou inflamáveis.
Onde é encontrado o espaço confinado ?

 Serviço de água e esgoto (Limpeza de


reservatórios)
 Serviços de eletricidade
 Siderúrgicas e Metalúrgicas
 Construção Civil
 (Soterramentos, Escavações, condutos e
espaços reduzidos onde a movimentação é
realizada por rastejamento)
Local do espaço confinado na empresa
Jateamento com Granalha de Aço
Como evitar acidentes em espaços confinados ?

 NR – 33 – Segurança e Saúde nos trabalhos em


Espaço Confinado

 NBR 14.787 – Espaços confinados – prevenção de


acidentes, procedimentos e medidas de prevenção.

 NR – 18 – Normas regulamentadora de Segurança e


Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados ( item
18.20).

 Certificando-se que a sua empresa segue medidas de


segurança do trabalho.
Quando você pode entrar em um espaço
confinado ?
 Somente quando a empresa fornecer Permissão

de Entrada e Trabalho – PET.

 Exigida por lei e executada pelo Supervisor de


Entrada.

 Para cada nova entrada no Espaço Confinado, é


necessária uma nova PET.
Procedimento de Permissão de Entrada

 Documento escrito contendo o conjunto de medidas


de controle visando à entrada e desenvolvimento de
trabalho seguro, além de medidas de emergência e
resgate em espaços confinados;

 Antes que a entrada seja autorizada, o supervisor de


entrada, deverá documentar o conjunto de medidas
necessárias para a preparação de uma entrada
segura.

 Antes que a entrada comece, o supervisor,


identificado na PET, assinará a permissão de entrada
para autorizá-la.
Empresa deve providenciar

Inspeção Prévia do local


Elaboração da Análise Preliminar de Risco
Exames Médicos
Sinalização e Isolamento da Área
Supervisor de Entrada e Vigia
Equipamentos Medidores de Oxigênio, Gases,
Vapores Tóxicos e Inflamáveis.
Equipamentos de Ventilação
 Equipamentos de Proteção Individual
 Equipamentos de Comunicação e Iluminação
 Equipamentos de Resgates
Reconhecimento e avaliação dos riscos

 Reconhecer o espaço confinado existente,


cadastrando-os e sinalizando-os.

 Restringir o acesso a todo e qualquer espaço que


possa propiciar risco à integridade física e à vida.

 Garantir a divulgação da localização e da


proibição de entrada para todos funcionários não
autorizados.
Reconhecimento e Avaliação dos riscos

 A avaliação retratara da exposição para


trabalhadores autorizados a trabalhar no Espaço
Confinado e a sua função específica, identificando
posto de trabalho, síntese das principais
atividades, riscos ambientais identificados.

 Designar as pessoas que têm obrigações ativas


nas operações de entrada, identificando os
deveres de cada trabalhador e providenciar o
treinamento requerido.
Reconhecimento e Avaliação dos Riscos

 Testar as condições no espaço confinado para


determinar se as condições de entrada são
seguras.

 Monitorar continuamente as áreas onde os


trabalhadores autorizados estão operando.
Riscos
 Falta ou excesso de oxigênio;
 Incêndio ou explosão, pela presença de vapores e

gases inflamáveis;
 Exposição aos agentes químicos e físicos;
 Queda de altura;
 Intoxicações por substâncias químicas;
 Choques elétricos;

Todos estes riscos podem levar à morte ou


doenças.
Consequencias dos Riscos
Teores de oxigênio abaixo de 19,5 % causam:

Alteração da respiração e estado emocional;

Aumento da respiração e pulsação, coordenação


motora prejudicada, euforia e possível dor de
cabeça;

Náuseas e vômitos, incapacidade de realizar


movimentos, possível inconsciência;

Respiração ofegante, paradas respiratórias,


Medidas de Controle de Riscos

 Técnicas de Prevenção
 Administrativas
 Pessoais
 Capacitação para o trabalho em Espaço

Confinado
Medidas Técnicas de Prevenção

 Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços


confinados;

 Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços


confinados nas áreas onde os trabalhadores
autorizados estiverem desempenhando as suas
tarefas, para verificar se as condições de acesso e
permanência são seguras;

 Não ventilar espaços confinados com oxigênio;

 Identificar, isolar e sinalizar o local


Medidas Técnicas de Prevenção

 Executar os testes, conferir os equipamentos e os


procedimentos contidos na Permissão de Entrada e
Trabalho;

 Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada


e durante toda a realização dos trabalhos,
monitorando, ventilando, purgando.

 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser


realizadas fora do espaço confinado;

 Identificar e avaliar os riscos de espaços confinados


antes da entrada dos trabalhadores.
Medidas Técnicas de Prevenção

 Monitoramento permanente de substância que


cause asfixia, explosão e intoxicação no interior
de locais confinados;

 Adotar medidas para eliminar ou controlar os


riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a
quente;

 Proceder à avaliação e controle dos riscos físicos,


químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos;

 Utilização de Equipamento de Proteção Coletiva e


instrumentos.
Medidas Técnicas de Prevenção

 Nunca fumar no espaço confinado;

 O trabalhador deve ser treinado quanto ao uso


adequado do Equipamento de Proteção Individual;

 Proteção Respiratória para locais onde haja a


dispersão de fumos de solda.
Equipamento Proteção Individual

 Protetor ocular específico para solda;

 Protetor auricular (tipo plug ou concha);

 Roupa Protetora (tipo avental e calça de raspa,


luvas de raspa, perneiras e botas);

 Capacete de Segurança;

 .
Equipamento de Proteção Individual

Existência de Atmosfera Imediatamente


Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS)

Utilização do equipamento autônomo de


proteção respiratória ou proteção respiratória de
adução por linha de ar comprimido com cilindro
auxiliar para escape.
Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à
Saúde
Qualquer atmosfera que apresente risco imediato à
vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.
Condição IPVS
Qualquer condição que coloque um risco imediato
de morte;
Resulta em efeitos à saúde irreversíveis ou
imediatamente severos;
 Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou
à Saúde

 Resulta em dano ocular, irritação ou outras


condições que possam impedir a saída de um
espaço confinado.
Medidas administrativas

 Manter cadastro atualizado do local, inclusive dos


desativados e respectivos riscos;

 Encerrar a PET após a finalização, pausa ou


interrupção dos trabalhos;

 Implementar procedimento para trabalho em


Espaços Confinados;
Medidas Administrativas

 Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho para


cada entrada;

 Manter permanentemente um procedimento de


Permissão de Entrada e Trabalho;

 Preencher, assinar e datar, em três vias, a PET


antes do ingresso de trabalhadores em espaço
confinado;
Medidas Administrativas

 O trabalhador deve entrar com uma cópia da


Permissão de Trabalho e Entrada;

 Manter a sinalização permanente junto à entrada


do espaço confinado e também no interior do local.

Figura 01 – Inteligência em Segurança do Trabalho, 2011.


Medidas Administrativas
 Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando

as operações forem completadas, quando ocorrer uma


condição não prevista ou quando houver pausa ou
interrupção dos trabalhos;

 Manter arquivos da PET e procedimentos no mínimo


05 anos;

 Garantir que todos os trabalhadores sejam informados


dos riscos e medidas de controle existentes no local de
trabalho;

 Implementar um Programa de Proteção Respiratória de


acordo com a análise de risco, considerando o local, a
Programa de Proteção Respiratória

Conjunto de medidas práticas e administrativas


necessárias para proteger a saúde do
trabalhador pela seleção adequada e uso
correto dos respiradores.
Medidas Pessoais

 Submeter o trabalhador a exames médicos


específicos com emissão do Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO);

 Capacitar trabalhadores quanto direitos, deveres,


riscos e medidas de controle;

 Garantir todos os equipamentos relacionados da


PET;

 É vedada a realização de qualquer trabalho em


espaços confinados de forma individual ou isolada.
 Medidas Pessoais

 Cabe ao empregador fornecer e garantir que


todos os trabalhadores que adentrarem em
espaços confinados disponham de todos os
equipamentos para controle de riscos, previstos
na Permissão de Entrada e Trabalho.
Capacitação para trabalhos em Espaço
Confinados

É vedada a designação para trabalhos em espaços


confinados sem a prévia capacitação do
trabalhador;

Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e


Supervisores de Entrada devem receber
capacitação periódica a cada doze meses, com
carga horária mínima de oito horas;
Capacitação para trabalhos em Espaço
Confinados

O empregador deve desenvolver e implantar


programas de capacitação sempre que ocorrer
qualquer das seguintes situações:

 Mudanças nos procedimentos, condições ou


operações de trabalho;

 Algum evento que indique novo treinamento


Equipamentos para Controle de Riscos
 Áreas classificadas - os equipamentos devem estar
certificados ou possuir documento contemplado no
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade (INMETRO);

 Equipamentos de leitura direta, intrinsecamente


seguro, provido de alarme, calibrado e protegido
contra interferência eletromagnética e
radiofrequência;
Capacitação para trabalhos em Espaço
Confinados

Quando houver uma razão para acreditar que


existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nesse local;

 Conhecimentos dos trabalhadores autorizados,


vigias e do supervisor de entrada não sejam
adequados
Equipamentos para Controle de Riscos

 Equipamento de ventilação mecânica para obter as


condições de entrada aceitáveis, através de
insuflação e/ou exaustão de ar;

 Testar equipamentos de medição antes de cada


utilização.

 Equipamentos de comunicação aprovados por


Medidas de Controle de Contaminantes

 Limpar adequadamente a superfície e remover os


produtos de limpeza utilizados, antes de realizar
qualquer operação;

 Providenciar renovação de ar a fim de eliminar


gases, vapores e fumos empregados e/ou
gerados durante os trabalhos a quente;

 Mudança nas condições ambientais estabelecidas


as atividades devem ser interrompidas, avaliando-
se as condições ambientais e adotando-se as
medidas necessárias para adequar a renovação
de ar;
Deveres do Supervisor de Entrada

 Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do


início das atividades;

 Executar testes, conferir equipamentos e os


Procedimentos contidos na Permissão de Entrada
e Trabalho;

 Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho


quando necessário;
Deveres do Supervisor de Entrada

 Encerrar a PET após o término dos serviços;

 O Supervisor pode desempenhar a função de


Vigia;

 Conhecer os riscos e as medidas de prevenção


que possam ser encontrados durante a entrada;

 Estar ciente dos riscos de exposição dos


trabalhadores autorizados;

 Acionar a equipe de resgate quando necessário


Deveres do Supervisor de Entrada

Manter comunicação com os trabalhadores para


monitorar o estado deles e para alertá-los
quanto à necessidade de abandonar o Espaço
Confinado.
Deveres dos trabalhadores

Exames Médicos

Participar
de treinamentos e seguir as informações
de segurança

Usar os equipamentos de proteção fornecidos

Colaborar com a empresa no cumprimento das


normas

Conheceros riscos e as medidas de prevenção que


possam encontrar durante a entrada do local
Deveres dos Trabalhadores

 Alertar o supervisor de entrada, quando


reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de
exposição a uma situação perigosa não prevista;

 Detectar uma condição proibida;

 Abandonar o local quando um alarme de


abandono for ativado
SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA E RESGATE

Equipe de Resgate ( Salvamento )

Pessoal capacitado e regularmente treinado para


retirar os trabalhadores dos espaços confinados
em situação de emergência e prestar-lhes os
primeiros socorros.
Medidas de Emergência e Resgate

O empregador deve elaborar e implantar


procedimentos de emergência e resgate adequados
ao espaço confinado incluindo, no mínimo:

Descrição dos possíveis cenários de acidentes,


obtidos a partir da Análise de Risco;

Descrição das Medidas de Salvamento e primeiros


socorros a serem executadas em caso de
emergência;
Medidas de Emergência e Resgate

 Acionamento de equipe responsável, pública ou


privada, pela execução das medidas de resgate e
primeiros socorros para cada serviço a ser
realizado;

 Cada membro do serviço de resgate será treinado


em primeiros-socorros básicos e em reanimação
cardiopulmonar;

 Correta utilização de equipamentos de


emergência, resgate, primeiros socorros e
transporte;
Medidas de Emergência e Resgate

 Simulações anuais de salvamento

 O pessoal responsável pela execução das


medidas de salvamento deve possuir aptidão física
e mental compatível com a atividade
desempenhar;

 A capacitação da equipe de salvamento deve


contemplar todos os possíveis cenários de
acidentes identificados na análise de risco.


Medidas de Emergência e Resgate

 O empregador deve fornecer equipamentos e


acessórios que possibilitem meios seguros de
resgate.

 Os trabalhadores devem ser treinados para


situações de emergências e resgate.

 Ao menos um membro do serviço de resgate


deverá estar disponível e ter certificação atual em
primeiros socorros e em Parada
Cardiorrespiratória.
Primeiros Socorros

São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa


cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a
sua saúde, com o fim de manter as suas funções
vitais e evitar o agravamento de suas condições,
até que receba assistência médica especializada.
Asfixia

Asfixia é a síndrome caracterizada pelos efeitos


da ausência do oxigênio no ar respirável por
impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e
externa em circunstâncias as mais variadas.

Na respiração normal, exige-se um ambiente


externo contendo ar respirável, com oxigênio em
quantidade aproximada de 21 %.
Causas de Asfixia

 Espaços confinados com deficiência de ventilação

 Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio


Sintomas de Asfixia

 Incapacidade de falar.
 Respiração difícil e ruidosa.
 Tosse fraca.
Primeiros Socorros à Vítimas de Asfixia
 Dirigir-se para um local fresco e arejado;

 Deitar-se no chão e permanecer de lado;

 Desapertar as roupas do acidentado,principalmente em


volta do pescoço, peito e cintura;

 Não deixar o acidentado sentar ou levantar. O acidentado


deve permanecer deitado, mesmo depois de ter recuperado
a respiração até chegar o socorro especializado;

 Massagem cardíaca;

 Encorajar a vítima a tossir.


Parada Cardiorrespiratória (PCR)

É definida como uma parada súbita e inesperada

dos batimentos cardíacos e respiratórios. O coração

para de bombear o sangue para organismo e os

tecidos começam a sofrer os efeitos de falta de

oxigênio.

Sem oxigênio as células do cérebro morrem em 10

minutos. As lesões no cérebro começam após 04

minutos a partir da parada respiratória.


Parada Cardiorrespiratória acontecem de duas
Maneiras

Parada Cardíaca acarretando uma respiratória

Parada Respiratória acarretando uma cardíaca, que


é menos grave, pois o coração continua bombeando
sangue pouco oxigenado para os órgãos.
Sinais de Parada Respiratória
 Ausência de movimentos respiratório

 Inconsciência
 Cianose (pele arroxeada) - Intoxicação de gases

tóxicos
 Dilatação das pupilas

Sinais Cardíacas
 Pessoa está inconsciente
 Não responde aos chamados
 Não está respirando
 Pele fria e amarelada
 Pupilas dilatadas
Procedimento de Reanimação
Cardiorrespiratória

É a realização de procedimentos em vítimas com


parada cardiorrespiratória, com a finalidade de
restabelecer a circulação e oxigenação cerebral
e dos demais órgãos, através de massagem
cardíaca e de respiração.
Atendimento de Primeiros Socorros

 Ponha seu ouvido perto do nariz e boca da vítima e


procure por uma respiração leve. Se a vítima estiver
tossindo ou respirando normalmente, não faça uma
Reanimação Cardiorrespiratória. Fazer isso pode
causar uma parada cardíaca.

 Ponha a vítima deitada de costas no chão. Certifique-


se de que ela esteja numa superfície tão reta quanto
possível - isso irá prevenir que ela se machuque
enquanto você faz as compressões no peito.
Atendimento de Primeiros Socorros

Coloque a palma da mão logo acima do osso esterno


da vítima;

Coloque a segunda mão em cima da primeira, com


os dedos entrelaçados;

Posicione seu corpo diretamente por cima das mãos,


para que seus braços estejam retos e firmes;

 Faça 30 compressões torácicas. Pressione com


ambas as mãos diretamente acima do esterno para
fazer uma compressão, o que ajuda o batimento
cardíaco.
 Diminua as pausas na compressão torácica que
ocorrem quando há troca de socorrista. Tente
limitar as interrupções para menos de 10
segundos.
Primeiro Socorros – Parada Cardiorrespiratória
Atendimento

Chame a equipe de resgate.


Lembre-se
Garanta sua vida e a de seus companheiros
conhecendo e exigindo trabalhos seguros em
espaços confinados.

Segurança é participação, colaboração e


acima de tudo responsabilidade de todos.
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO
DÚVIDAS

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