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LIBERAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE SERVIÇO À QUENTE

CÓDIGO: PG-CO.81.0003 REVISÃO 03 PÁGINA: 1/11

1. OBJETIVO

Estabelecer, sistemática operacional para execução de serviços à quente, para garantir a segurança dos
colaboradores envolvidos na tarefa, bem como a integridade das instalações e dos equipamentos.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se na ULTRAGAZ/BRASILGÁS, especificamente nas Bases de Produção, Bases


Satélites e Lojas.

3. DEFINIÇÕES E SIGLAS

APT: Análise Prevencionista de Tarefa – É a descrição detalhada das etapas que compõem uma dada tarefa,
identificando os riscos de acidente e as doenças ocupacionais de cada etapa, e respectivas controles e
procedimentos, para garantir uma execução segura.

Atividades Rotineiras: São aquelas cujos riscos e as respectivas medidas de controle da atividade já foram
identificadas no Levantamento de Perigos e Avaliação de Riscos de Segurança e Saúde – PG-CO.72.0001,
Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais – PG-CO.73.0001 e determinados em procedimentos e
instruções de trabalho desde que não tenha sofrido nenhuma alteração de lay out ou processo.

Atividades Não Rotineiras: São aquelas cujos riscos e as respectivas medidas de controle da atividade não
são conhecidas ou trata-se de atividade inédita, no conjunto de operações da unidade, devendo ser elaborada
a APR – Análise Preliminar de Riscos – PG-CO.72.0007 (quando se tratar de novo projeto) ou APT – Análise
Prevencionista da Tarefa – PG-CO.81.0002 (quando se tratar de execução de um novo trabalho) detalhando
o passo a passo.

Área Classificada: Área na qual uma atmosfera explosiva de gas está presente ou é esperada para estar
presente em quantidades tais que requeiram precauções especiais para construção, instalação e utilização de
equipamentos.

Zonas: Áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e duração de uma
atmosfera explosiva de gás, como a seguir:
- Zona 0: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente continuamente, ou por longos períodos
ou frequentemente (exemplo: dentro do tanque de GLP).;
- Zona 1: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás é provável de ocorrer em condições normais de
operação, ocasionalmente (exemplo: carrossel).
- Zona 2: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás não é provável de ocorrer em condições normais de
operação, mas , se ocorrer, irá persistir somente por uma curto período (exemplo: casa de bombas de GLP).

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): Dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Inertização: Deslocamento da atmosfera que contenha gás tóxico asfixiante ou inflamável por aplicação de
um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e atóxica.

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Intervenções: Atividades de manutenção, parada, lubrificação, limpeza, “set up”, troca de turno dentre outras
ações em máquinas, equipamentos, instalações e periféricos energizados que precisam de alguma
interferência do colaborador, se e somente se, estiverem em condição de energia zero.
Intrinsecamente Seguro: método de proteção empregado em atmosferas potencialmente explosivas. Tarefas
que são certificadas como intrinsicamente seguras são desenvolvidas para ser incapazes de liberar energia
suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para causar ignição em materiais inflamáveis;
LS – Liberação do Serviço: Ato desenvolvido e praticado pelo técnico de segurança do trabalho da
Ultragaz/Brasilgás, uma vez que tenha sido validada em inspeção final a APT, a disposição de todos os
controles praticados pela Empresa Contratada, geridas e supervisionadas por sua equipe técnica operacional
e de segurança do trabalho;

Matriz de bloqueio: Instrumento administrativo que auxilia no mapeamento e inventário de todos os recursos
existentes no sistema operacional, demonstrando individualmente as características de armazenamento,
contenção ou fluxo de materiais combustíveis e que sistemas de bloqueio para adução ou fluxo ou
armazenagem devem ser encerradas ou desativadas e o dispositivo de bloqueio aplicado, os pontos que devem
ser verificados a efetividade do bloqueio, como deve ser testado, para assegurar que frações residuais não
existam.

Medidas de Controle: Ações administrativas ou ações que instruem e orientam aos colaboradores quanto ao
correto e seguro processo para desenvolver uma atividade ou tarefa, inclusive, sobre a busca de controles
mais efetivos que devam ser disponibilizados previamente à execução da atividade ou tarefa em questão.

Meios de Controle: Ações técnicas e operacionais associadas a projetos de engenharia que tratam o risco na
fonte e ou na trajetória, que devem ser dimensionados e especificados tecnicamente, para que uma
determinada operação ou conjunto de operações estejam com seus riscos efetivamente controlados,
minimizando o potencial do risco, quanto à ocorrência do acidente.

Plantão Brigadista: Termo utilizado para designar um brigadista, com conhecimento em combate a
incêndio, para permanecer em alerta e, se necessário atuar, em casos de serviços à quente e acompanhar até
o término da execução.

Permissão do Trabalho: Documento que considera a verificação dos itens relacionados com a APT e
incluem a necessidade de Liberação do Serviço, por parte do gestor do trabalho a ser executado e, da
Liberação da Área por parte do Gestor da Área onde o trabalho será executado junto com o Responsável de
SSMA local e/ou de Manutenção. Este registro aplica-se somente para atividades de trabalho a quente e
assemelhados, trabalho em altura e espaço confinado;

Pessoa autorizada: Colaborador qualificado (com habilitação profissional) e capacitado (experiência


técnica e condição clínica) com formação técnica profissional e que tenha passado por formação interna com
conteúdo programático geral e específico para realizar serviços a quente.

Serviço à quente: Toda operação que em qualquer forma de trabalho, se utilize de equipamentos que geram
fogo, ondas térmicas, indução térmica, centelhamento ou partículas incandescentes e que, fora de controle
podem gerar incêndio, tais como, solda, queima, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem
chama aberta, faíscas ou calor durante a aplicação e que mantém energia térmica remanescente, fogões,
fornos, aquecedores elétricos ou a óleo, maçaricos ou tochas, máquinas de solda elétrica ou oxi-combustível,
esmeris ou outros abrasivos, uso de furadeira, dentre outros recursos materiais.

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4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

4.1. Condições Gerais

 Todo serviço à quente deverá ser previamente autorizado pelo SSMA local na condição de liberação atra-
vés do RG-CO.81.03 – Liberação de Serviço e acompanhamento, através do RG-CO.72.35 – Permissão
para trabalhos perigosos (trabalho a quente e assemelhados). Contudo, compete ao executante e ao res-
ponsável pela execução da atividade, o preenchimento da Análise Prevencionista de Tarefa (RG-
CO.81.03) ou Análise Preliminar de Riscos (PG-CO.81.0003).
 A referida APT ou APR deve ser elaborada e emitida pelo Responsável pelo serviço em atividade interna
e, quando for atividade contratada, deve ser elaborada pelo Responsável Técnico da Empresa Contrata e,
em ambos os casos, deve ser apresentada ao Profissional de SSMA da Base de Produção, Base Satélite e
Loja, respeitando a antecedência mínima de 48 h (quarenta e oito horas úteis), prévias ao início do traba-
lho. Já a Liberação de Serviço e a Permissão para trabalhos perigosos, são de responsabilidade do Técnico
em Segurança do Trabalho local.

Nota 1: São consideradas horas úteis de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00 ininterruptas, exceto
feriado.
Todo colaborador da ULTRGAZ/BRASILGÁS que executa serviço à quente, deve obrigatoriamente fazer
uso dos Equipamentos de Proteção Individual conforme o estabelecido na TB-CO.72.02 – Matriz de
Atividades x EPIs. Para os colaboradores terceirizados, deve-se garantir os Equipamentos de Proteção
Individual conforme descritos na Ordem de Serviço apresentada à equipe de SSMA.

 As instalações e recursos materiais que potencialmente geram serviços à quente, devem ter projetos
aprovados (memorial de cálculo, descritivo, especificações técnicas e dimensionais) por profissional
especialista habilitado e capacitado, sendo que os projetos das instalações devem atender às especificações
técnicas, fundamentadas e comprovadas por normas técnicas vigentes.

 Montagem e desmontagem de estruturas provisórias ou definitivas concorrentes para abastecer máquinas


de solda elétrica ou centrais de armazenamento de gases inflamáveis, devem obedecer, mas não se
restringir aos seguintes requisitos:

 As salas de armazenamento de máquinas de solda elétrica, que servem para manter as mesmas
carregadas durante o uso ou em condição de recarga, assim como as tomadas de adução de
energia, devem ser montadas obedecendo fielmente os padrões de engenharia elétrica e atender
minimamente ao que se refere à NR10, com relação à segurança com eletricidade e a NR 18 com
relação às condições do meio ambiente de trabalho para instalações elétricas provisórias;

 As instalações elétricas provisórias que abastecem as salas onde se armazenam as máquinas de


solda elétricas devem ser montadas elevadas do contato com o piso e devidamente protegidas
contra contatos, assim como, com relação às intempéries;

 O armazenamento de cilindros de gases inflamáveis para solda oxiacetileno, por exemplo, deve-
se manter características em que os cilindros sejam efetivamente segregados em baias ou gaiolas,
por tipo de material e, na condição de cheios e vazios, sendo esses cilindros aprisionados em
modo individual por estruturas fixas e resistentes;

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 As salas ou gaiolas devem ser projetadas de forma que as movimentações sejam seguras, com
relação às características do piso, entorno do estabelecimento, retenção de umidade, esgotamento
de água de chuva, dentre outras características, instalações elétricas à prova de explosão, que
assegurem a integridade dos mesmos durante a condição de guarda;

 As salas, sejam elas de armazenamento de cilindros de gases comprimidos, de máquinas de solda


elétrica ou de guarda de conjuntos oxiacetileno devem ser mantidas fechadas de maneira que,
somente tenham acesso a esses locais, pessoas que estejam autorizadas ao acesso;

 Os locais de armazenamento devem guardar instruções de trabalho seguro quanto às condições


de armazenamento e movimentação, bem como, sinalização e informações de segurança no
“diamante de hommel”, características de incompatibilidade, proibição de abrir chamas ou
ocasionar centelhamento.

 Para máquinas e equipamentos para serviços à quente, que sejam alugados tais como máquinas de solda,
tochas, fogões industriais dentre outros, deverão ser exigidos do locador o atendimento aos seguintes itens
de segurança a serem disponíveis, quando aplicável:

 Plano de Inspeção e Manutenção integral do conjunto e periféricos;


 Procedimentos e orientações quanto à operação e uso específico;
 As partes integrais do sistema, não sendo permitido que seja retirada parte de outras estruturas
eventualmente montadas na unidade, para complementar outra.

 Em todas as atividades realizadas com serviço a quente em áreas classificadas, é fundamental que sejam
tomados alguns cuidados, para que sejam evitados erros, como exemplo:

 Falta de parafuso ou parafusos frouxos em tampas de invólucros à prova de explosão;


 Dimensões dos interstícios acima do máximo permitido em invólucros à prova de explosão; su-
perfície amassada e corrosão acentuada nas juntas;
 Conexões de aterramento frouxas ou inexistente;
 Unidade seladora faltando massa seladora ou aplicadas de forma irregular;
 Modificações não autorizadas que podem comprometer a integridade do painel,
 Luminária com lâmpada diferente do especificado e aprovado (lâmpadas de maior potência im-
plica em maior temperatura), e que não sejam à prova de explosão jamais devem ser utilizadas
em atmosfera explosiva, mesmo que tenha aparência de ser do tipo à prova de explosão;
 Equipamento pressurizado / purgado por ar comprimido, saturados de água ou óleo arrastado pela
linha de ar;
 Equipamentos sem pressurização, desregulado, sem placa de aviso para manter pressurizado.
 Alarme de equipamento pressurizado desativado / removido;
 Painéis / caixas do tipo à prova de explosão, com cabo removido e com furo aberto;
 Caixas à prova de explosão furadas para instalação de cabo de aterramento;
 Precaução especial deve ser tomada quando do uso de equipamentos com arco elétrico, assegu-
rando que a conexão do aterramento esteja bem próxima do local de trabalho (ponto de
solda), com o cabo terra de retorno conectado diretamente na peça a ser soldada e no ponto
de retorno de solda, de modo a evitar qualquer circulação de corrente de retorno pelo casco ou
qualquer outro caminho como, por exemplo, tubulação;
 Demais medidas julgadas importantes por cada unidade operacional.

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4.2. Condições Específicas

Para serviço à quente em locais elevados, deve-se adotar as seguintes diretrizes:

 Somente serão admitidos cintos de segurança com duplo talabarte e absorvedor de impacto com material
resistente e à prova de chama (ex.: kevlar), pertencentes a um mesmo conjunto, não sendo permitidas
montagens e adaptações que não sejam as fornecidas pelo fabricante;

 Manter supervisão constante desde o início até o término do serviço, inclusive na condição de rescaldo;

 Todo trabalho acima de 1,80 m de altura é obrigatório o uso de equipamento apropriado, como, por
exemplo, o uso de andaimes e de plataforma elevatória, e

 Isolar e sinalizar a área conforme estabelece o PG-CO.72.0025 – Isolamento de área, num raio mínimo de
2,00 m de onde será realizado o serviço, e não sendo permitido o acesso de pessoas não autorizadas;

 Para realizar serviço à quente, no interior de equipamentos ou dutos, bem como nos casos em que seja
necessária sua abertura para manutenção, as linhas que alimentarem esses equipamentos ou dutos devem
ser bloqueadas por flanges cegos, colocados o mais próximo possível dos equipamentos.

 Os flanges cegos a serem utilizados como dispositivo de bloqueio de linhas de distribuição devem ser
inspecionadas com o objetivo de identificar sinais que demonstrem violação de sua integridade, assim
como, demais condições que possam interferir na integridade desses dispositivos.

 Toda tubulação com contaminação de gás inflamável deve estar devidamente despressurizada e inertizada
com limpeza adequada, seguindo todas as recomendações descritas em APT.

 Os serviços à quente mediante o procedimento de emissão da APT, Liberação do Serviço, Permissão para
Trabalhos Perigosos e a Liberação de Área e, além da avaliação de área classificada ou não classificada,
podem ser realizados nos seguintes locais:
a) Oficina de manutenção;
b) Oficinas de manutenção de veículos;
c) Canteiro de obras;
d) Área de tancagem;
e) Área de transvaso;
f) Área de envasamento, de estocagem de recipientes transportáveis e decantação;
g) Bombas de combustível (área das bombas de combustível);
h) Casa de bombas e compressores;
i) Casa de compressores de ar;
j) Casa de tintas;
k) Escritório / refeitório / vestiários;
l) Almoxarifado;
m) Locais confinados sujeitos a presença de inflamáveis;
n) Locais confinados sem a presença de inflamáveis;
o) Áreas próximas a depósitos de inflamáveis.

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 Para os locais identificados nas letras “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “m” e “o” do item 4.2.5 a manutenção deverá
ocorrer na oficina da Base ou local de menor risco, podendo este ser realizado no local, somente quando
for comprovada a impossibilidade da retirada do referido equipamento, devendo ser realizada com
antecedência a APT com participação efetiva das áreas de SSMA, Manutenção e Produção da Unidade
antes da realização dos trabalhos conforme PG CO 81.0002 Analise Prevencionista da Tarefa.

 Para estas áreas em questão, deve paralisar, as atividades normais e manter o local livre da presença de
gás (sem indicação de teor de explosividade), em um raio de pelo menos, 15 metros a partir do
equipamento a ser submetido ao serviço a quente.

 Os operadores devem manter a ordem e limpeza da área onde serão executadas as atividades, garantindo
que resíduos sejam removidos e descartados corretamente.

 Todo serviço à quente, requer a presença do “plantão brigadista” permanente e com a disposição de
equipamentos básicos de prevenção, tais como: unidades extintoras, anteparos e mantas incombustíveis,
mangueiras de incêndio, mangotinhos, entre outros.

 O “brigadista” deve permanecer atento às atividades e conter, imediatamente, qualquer indício de risco,
adotando medidas corretivas no processo e, se necessário, interromper o serviço, de imediato. Todo
equipamento, preventivo ou corretivo, deve ficar ao fácil alcance do “brigadista”.

 O “brigadista” somente pode se ausentar após a devida substituição por outro brigadista e/ou colaborador
igualmente, treinado e habilitado.

 Serviços à quente realizado em tanques estacionários da Base de Produção ou Base Satélite devem ser
executados, conforme PG-CO.81.0008 - Liberação e Retorno de Vaso de Pressão da Manutenção.

 As operações de serviço à quente somente podem ser realizadas por colaboradores que estejam
formalmente autorizados, ou seja, que sejam habilitados e capacitados para realizar o serviço. Os
profissionais qualificados, devem ter curso de capacitação que comprove características de acesso e
trabalho seguro em locais que sejam consideradas como áreas classificadas.

 A Unidade deve orientar todas as pessoas direta e indiretamente autorizadas a realizar trabalho e a liberar
os serviços à quente, considerando, mas não se restringindo aos seguintes itens:

 Uso de proteções coletivas e proteções individuais;

 Inspeções dos dispositivos de segurança e as características operacionais de máquinas e


equipamentos;

 Restrições e controles de operações seguras em áreas classificadas;

 Realização de serviços a quente em locais elevados e em outras condições de interface;

 Outras informações que a unidade achar necessário para trabalhos a quente.

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 Para serviços à quente em vasos de pressão, deve-se adotar as seguintes etapas:

 Sinalizar e isolar, a área onde se encontra o vaso de pressão, submetido à manutenção, conforme o
PG-CO.81.0002 - Análise Prevencionista de Tarefa e PG-CO.72.0025 – Isolamento de área;
 Seguir, as prescrições conforme o Plano de Trabalho do programa de manutenção “MÁXIMO”;
 Medir as condições da atmosfera local (interna e externa), por meio de oxi-explosímetro.
Nota 2: O Oxi-explosímetro deve ser aferido e calibrado, anualmente conforme estabelecido na IT-
CO.81.0002 – Incertezas de Medição dos dispositivos de medição e monitoramento.
 Liberar o interior do vaso de pressão para o serviço, somente, se o oxi-explosímetro registrar
ausência de atmosfera inflamável e teor de oxigênio de, no mínimo, 19,5%.

Nota3: Qualquer intervenção elétrica deve atender o PG CO 72.0020 Bloqueio e isolamento de energia.

4.3 Exames Médicos

 Os colaboradores próprios e contratados devem ser submetidos a exames médicos específicos de acordo
com o tipo de função desempenhada;
 Os colaboradores próprios devem realizar os exames médicos conforme o PG CO 72.0018 - Gestão de
Medicina do Trabalho;
 No caso de empresa contratada, além do ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, deve ser apresentado o
resultado dos exames exigidos no PG CO 72.0012 Manual de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio
Ambiente – Empresas Contratadas em envelope lacrado e endereçado, ao departamento médico da
localidade, especificamente ao Médico do Trabalho, ou quem por ele designado;
 Os exames médicos associados aos serviços à quente devem ser executados e comprovados pelas
empresas contratadas, aprovados por médicos do trabalho próprio ou por clínicas por elas credenciadas e
que emitam documentos ou relatórios que comprovem a aptidão dos seus colaboradores, atuando como
responsável pelas informações e que represente a empresa contratada;
 Em casos de dúvidas, compete ao departamento médico ou seu responsável, contatar ao departamento
médico da Base Operacional, para que as ações a serem adotadas sejam efetivas e adequadas às
necessidades da Organização.

4.4 Ações de Saúde e Segurança Ocupacional e Meio Ambiente

 Utilizar anteparo apropriado e eficaz para a proteção dos colaboradores circunvizinhos aos locais onde
são executados os serviços à quente, por exemplo, de solda e corte. No caso de serviço à quente nas áreas
classificadas devem ser utilizadas mantas antichamas apropriadas para isolamento do local.
 Utilizar mangueiras com mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada no
maçarico, como por exemplo, válvulas de fluxo e corta-chamas.
 Manter substâncias inflamáveis e/ou explosivas distantes dos cilindros de oxigênio (O2), recomenda-se
no mínimo 3 (três) metros de distância.
 Aterrar os equipamentos de soldagem elétrica.

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 Manter os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem afastados de óleo,
graxa ou umidade.
 Descansar os equipamentos, pinças e alicates de soldagem em locais isolantes.
 Observar os cuidados necessários e adequados em seu posto de trabalho visando evitar esforços físicos
(posturas e movimentos repetitivos) que possam ocasionar lesões.
 Proceder conforme PG – CO.81.0005 – Liberação e Acompanhamento em Espaço Confinado, quando as
operações de soldagem ou corte a quente em tanque ou similar envolver a geração de gases confinados ou
semi confinados.
 Seguir as recomendações do PG – CO.81.0004 – Liberação e Acompanhamento de Trabalho em Altura
e sobre Telhados, quando os serviços à quente forem executados em altura.
 Seguir as recomendações da IT-CO.81.0001 – Liberação e Acompanhamento de serviços em eletricidade,
para garantir as condições de trabalho adequadas para a execução do serviço em áreas classificadas;
 Não pode ser efetuada a operação estabelecida e/ou relacionada a este procedimento em condições mete-
orológicas adversas, por exemplo, tempestade, descargas atmosféricas e/ou vendaval;
 Garantir que os procedimentos operacionais estejam disponíveis em todos os locais de trabalho, assim
como, as análises de riscos, permissões e liberações de trabalho;
 Garantir a disponibilidade e condições de equipamentos de resgate e pessoas treinadas em seu manuseio
para o acompanhamento em todo serviço à quente;
 Todos os colaboradores envolvidos na atividade devem ter conhecimento do Levantamento de Perigos e
Análise de Riscos de Saúde e Segurança (RG-CO.72.04);
 Todos os colaboradores envolvidos na atividade devem previamente terem conhecimento das ações a
serem tomadas em caso de acidente/emergência através do Plano de atendimento a Contingência / Emer-
gência de cada unidade;
 Descartar resíduos sólidos e efluentes líquidos, gerados na atividade afim, conforme o PG – CO.73.0002
– Gerenciamento de resíduos e PG-CO.73.0003 – Gerenciamento de Efluentes.
 Identificação, avaliação e controle dos aspectos e impactos ambientais, conforme Levantamento de
Aspectos e Impactos Ambientais (RG-CO.73.01), e
 Em caso de incidente (acidente/quase acidente) o setor de SSMA local responsável deverá ser comunicado
imediatamente.

5. RESPONSABILIDADES

Compete a Base na qual a atividade de serviço à quente será realizado a responsabilidade pelo cumprimento
deste procedimento.

GERÊNCIA DE MERCADO

 Prover recursos materiais e financeiros para assegurar que as análises de risco e as práticas seguras para
acesso e trabalho em serviços à quente, sejam formalmente tratadas;
 Acompanhar o plano de ação e avaliar as necessidades de adequação, com base em indicadores de desem-
penho, para o tratamento dos desvios identificados;
 Estabelecer metas e validar os objetivos estabelecidos pelas áreas operacionais e administrativas quanto
à eliminação dos riscos identificados na área;

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 Coordenar as atividades do Comitê de SSMA, com o suporte de SSMA e conduzir reuniões de análise
crítica para analisar e avaliar os resultados, associados com este Procedimento Corporativo.

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO

 Garantir que a análise de desempenho das operações de serviço à quente na Base seja discutida e validada
pelo Comitê de SSMA;
 Definir a formação da equipe multidisciplinar que envolva, mas não se restrinja, aos colaboradores de
manutenção, produção e de SSMA;
 Liderar as reuniões do Comitê de SSMA;
 Assegurar que toda e qualquer atividade de serviço a quente somente ocorra, na condição em que as
Análises Prevencionistas da Tarefa – APT, Permissões para Trabalhos Perigosos e Liberações do Serviço
– LS, tenham sido formalmente realizadas e aprovadas pelas partes diretamente envolvidas;
 Assegurar que este Procedimento Corporativo seja irremediavelmente cumprido para todas e qualquer
atividade e tarefa em sua área de responsabilidade, assim como, os desvios identificados sejam tratados e
lançados em plano de ação;
 Estabelecer estratégia para que sejam medidas e monitoradas as soluções frente às pendências lançadas
no plano de ação;
 Participar das reuniões periódicas planejadas pelo Comitê de SSMA.

COORDENAÇÃO DE MANUTENÇÃO

 Participar e colaborar na elaboração da APT nas atividades de serviço a quente;


 Levantar e identificar com as áreas de SSMA e RH, as necessidades de treinamento a que sejam tomadas
como necessárias, em função do cargo e atribuição das funções, para que somente pessoas autorizadas
(habilitadas e capacitadas) possam realizar serviços à quente;
 Garantir que seus colaboradores atendam ao plano de treinamento e desenvolvimento, desdobrado pelas
áreas de Manutenção e de SSMA e coordenadas pela Área de RH;
 Manter registro formal de projetos, memoriais de cálculo e descritivo, especificações técnicas de estrutu-
ras que eventualmente tenham sido desenvolvidas, para aplicação nas atividades operacionais da Base
disponibilizados para trabalho em altura;
 Endereçar ao Comitê de SSMA as pendências e ações que não tenham sido efetivamente concluídas, para
que sejam buscadas alternativas para solucionar eventuais dificuldades para a conclusão efetiva;
 Programar e executar periodicamente inspeções para verificar a efetividade sobre as ações de melhoria e
adequação que se fizerem necessárias para a prevenção de acidentes;
 Participar das reuniões periódicas planejadas pelo Comitê de SSMA.

PROFISSIONAIS DE SSMA DA UNIDADE

 Participar junto com as áreas da Base de Produção, Base Satélite ou Loja, do Levantamento das Necessi-
dades de Treinamento e Desenvolvimento, que estejam associadas aos serviços à quente;

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 Realizar o levantamento de perigo e a avaliação de risco em todas as atividades e tarefas existentes na


Base de Produção, Base Satélite ou Loja sejam conduzidas e que, seja indicado formalmente, que as em-
presas contratadas cumpram os mesmos requisitos e apresentem em modo formal os controles para as
atividades e tarefas realizadas;
 Garantir que seja disponível para todas as áreas diretamente envolvidas, Procedimentos Operacionais,
Normas Técnicas e Legais, para que sejam consultadas e estabelecer práticas seguras de trabalho que
envolva a necessidade de prevenção e proteção para serviços a quente.

ÁREA DE RECURSOS HUMANOS:

 Conduzir processo anual de validação do plano de treinamento, em função dos cargos e das atribuições
de funções, para as áreas e colaboradores envolvidos nas atividades e operações de risco de SSMA na
Base de Produção, Base Satélite e Lojas;
 Estabelecer a estruturação dos materiais de treinamento, conteúdo programático, critérios de avaliação e
validação dos treinamentos, para permitir que somente pessoas autorizadas (habilitadas e capacitadas)
sejam qualificadas para realizar serviços à quente;
 Garantir que as necessidades de reciclagens sejam programadas e que sejam formalmente informadas as
áreas mantenedoras;
 Medir e monitorar os resultados dos treinamentos realizados e realizar análise crítica desses resultados
reportando periodicamente, ao Comitê de SSMA, aos Profissionais de SSMA e ao Responsável da Área;
 Controlar e manter no prontuário do colaborador os certificados de treinamentos e avaliar os documentos
de certificação de treinamento de empregados de empresas contratadas, que executem atividades na Base
de Produção, Base Satélite e Loja, mantendo-os disponíveis para que sejam manipulados em qualquer
tempo quando solicitados.

DEMAIS TRABALHADORES DIRETOS E INDIRETOS:

 Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;


 Cumprir o que estabelece os procedimentos operacionais, requisitos técnicos e legais, que sejam apresen-
tados para a localidade e que devam ser praticados para a prevenção de acidentes em serviços à quente;
 Cumprir com todas as regras e instruções estabelecidas neste procedimento, para que as práticas seguras
para serviços à quente sejam cumpridas e, as não conformidades sejam relatadas, registradas, para a to-
mada de ações de controle;
 Comunicar aos responsáveis, as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros que sejam
de seu conhecimento.

GESTOR DE EMPRESAS CONTRATADAS

Fazer com que as empresas contratadas cumpram com os requisitos estabelecidos pela ULTRAGAZ /
BRASILGAS, descritos em Normas e Procedimentos por ela estabelecidos, inclusive no teor deste
procedimento, assim como, com os termos definidos no Contrato de Trabalho ou Prestação de Serviços, e o
descrito no PG-CO.72.0012 – Manual de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Empresa
Contratadas.

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CÓDIGO: PG-CO.81.0003 REVISÃO 03 PÁGINA: 11/11

6. REFERÊNCIA DE DOCUMENTOS EXTERNOS


Os documentos do Sistema de Gestão Ultragaz procuram atender em seu conteúdo/estrutura os requisitos
legais aplicáveis e estes estão disponíveis para acesso em sua última versão válida com suas respectivas
complementações no sistema informatizado para gerenciamento de requisitos legais da Companhia.
Nota: É válido lembrar que independente da Esfera (Federal, Estadual e Municipal), o requisito legal mais
restritivo deverá ser atendido.

7. ANEXOS
Não há

ULTRAGAZ / BRASILGÁS
Cópia não controlada

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