1.

OBJETIVO

Estabelecer sistemática para liberação de atividade especiais e respectivas

responsabilidades a fim de que os riscos associados a atividade com potencial de
causar acidentes, sejam eliminados ou controlados antes do seu início e todos os
requisitos legais sejam cumpridos.

2. APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se a todas as bases da Ultragaz.

3. CONCEITOS

Permissão de Trabalho Seguro – PTS: É uma autorização formal emitida de forma

compartilhada entre o Liberador e Líder de Execução que tem o objetivo de avaliar os
riscos envolvidos na execução do serviço e definir as medidas necessárias para
controle/mitigação dos mesmos quanto aos aspectos de saúde, segurança e meio
ambiente de modo a garantir condições aceitáveis para a execução da atividade.
Também o objetivo desta autorização é fazer ampla comunicação das ações tomadas
para mitigação dos riscos e execução das atividades.

Liberador de Tarefa: Colaborador designado indicado pela gerencia imediata, com

habilitação através de treinamento específico deste procedimento, com
responsabilidade para a liberação de uma PTS - Permissão de Trabalho Seguro.

Líder da Execução: Colaborador designado indicado pela área, com habilitação

através de treinamento específico deste procedimento, com responsabilidade para
solicitar uma Permissão para Trabalho.

Dono de Área: Coordenador, Supervisor ou Líder que é reconhecido como tendo o

controle operacional de um equipamento ou processo específico.

Gerente da Base: Colaborador responsável por todas as atividades operacionais e de

manutenção da base.

Executantes: São colaboradores da Ultragaz, de empresas contratadas ou

subcontratadas, com conhecimento para execução de determinadas atividades
especiais.

Atividades não rotineiras: Atividades que não são permitidas padronizações,

ocorrem em períodos indeterminados e em diferentes locais com perigos do ambiente
de trabalho.
Atividades rotineiras: Atividade que ocorre, ou é esperado ocorrer, com frequência
diária até mensal, diversas vezes por turno, em geral rápida, com o mesmo método de
trabalho, requerendo (necessariamente) pessoal treinado para fazê-la.

Atividades especiais: Atividades que envolvam, trabalhos acima de 2 metros

(trabalho em altura), serviços em espaços confinados, içamento (movimentação de
cargas), serviços de escavações e perfurações, serviços com eletricidade (baixa,
média ou alta tensão), serviços “a quente”, atividades com risco de incêndio/explosão.

Trabalho a quente: São trabalhos que envolvem, sob qualquer forma, o uso de
chama aberta, operações que produzam fagulhas, centelhas ou impliquem em contato
com equipamento elétrico energizado em qualquer tensão ou o transporte e utilização
de fontes radioativas.

Trabalho em altura: São trabalhos em locais elevados com altura superior à 1,80m do
piso, onde haja risco de queda, em telhados, andaimes, escadas e locais que não
disponham de medidas de proteção coletiva, como também dificuldade para saída
rápida em caso de emergência.

Trabalho com eletricidade: Atividade de elétrica em que a energia não foi controlada,
de acordo com o que estabelece a NR-10 (equipotencialização).

Içamento de carga: São trabalhos que envolvem a elevação e movimentação,

mecanizada ou não de cargas.

Escavação: Trabalhos que envolvam escavação mecânica ou manual que

ultrapassem a profundidade de 1,25m.

Análise Prevencionista da Tarefa (APT): É a descrição detalhada das etapas que

compõem uma dada tarefa, identificando os riscos de acidente e as doenças
ocupacionais de cada etapa, e respectivos controles e procedimentos, para garantir
uma execução segura.

Área Classificada: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou é
esperada para estar presente em quantidades tais que requeiram precauções
especiais para construção, instalação e utilização de equipamentos.
 4. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES

Gerente da Base

 Garantir o cumprimento desse procedimento;

 Indicar os colaboradores para Capacitação de Liberadores de Tarefa;
 Autorizar emissão de PTS - Permissão de Trabalho Seguro de longa duração.

Líder da Execução

 Conhecer toda as documentações de liberação da atividade que irá executar

(PTS e documentos pertinentes);
 Preencher, exigir o preenchimento e manter na frente de trabalho todos os
check lists relacionados a atividade;
 Executar somente os itens que foram informados, pelo Liberador da Atividade
na PTS – Permissão de Trabalho Seguro, quando da realização da liberação
da atividade;
 Controlar todas as energias, quando aplicável, com a colocação de seu
cadeado vermelho e identificação de bloqueio;
 Assinar todos os documentos que lhe competem, relacionados a atividade
liberada;
 Atentar-se ao horário de validade da PTS – Permissão de Trabalho Seguro;
 Portar a PTS – Permissão de Trabalho Seguro, anexada aos demais
documentos relacionados a atividade liberada na frente de trabalho;
 Informar imediatamente a área que liberou a atividade sobre qualquer
anormalidade, no decorrer da execução de suas atividades;
 Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado;
 Relatar imediatamente quaisquer incidentes durante a execução do trabalho,
em conformidade com o procedimento de emergência local;
 Realizar a baixa da PTS – Permissão de Trabalho Seguro em conjunto com o
Liberador da Tarefa.
 Realizar divulgação das informações contidas na Análise Prevencionista da
Tarefa – APT e PTS – Permissão de Trabalho Seguro para toda a equipe de
execução.

Liberador da Tarefa
  Liberar a atividade, conforme descrito na Ordem de Serviço, que está sendo
apresentada pelo Solicitante da Permissão de Trabalho Seguro.
 Emitir Permissões para Trabalho somente para as atividades que lhes foram
designadas;
 Preencher em conjunto com o Líder da Execução a PTS que está sendo
liberada;
 Inspecionar o local de execução de trabalho, com o Líder da Execução, para
identificar quais são os perigos e riscos e indicar as medidas de controle que
deverão ser adotadas;
 Garantir que os equipamentos/local estejam em condições seguras para a
execução do trabalho pelos Executantes;
 Verificar as possíveis interferências tarefa x ambiente de trabalho em conjunto
com o Líder da Execução;
 Instruir o Líder da Execução a cumprir as medidas de controle e
recomendações da PTS;
 Analisar os riscos do local e determinar medidas preventivas, juntamente com
o Líder da Execução;
 Inspecionar os serviços, amostragem eventual, que estão em andamento em
sua área de atuação, quanto ao cumprimento deste procedimento;
 Paralisar imediatamente os trabalhos quando as medidas de controle não
estejam sendo cumpridas ou ocorrerem alterações nas condições do local que
possam afetar a segurança dos Executantes;
 Participar do treinamento de Capacitação para Liberadores e obter 100% de
aprovação.
 Disponibilizar todos os recursos necessários para execução da atividade;

Segurança do Trabalho

 Fornecer orientação e apoio técnico a todos os setores;

 Garantir qualidade na elaboração da PTS – Permissão de Trabalho Seguro;
 Participar da reunião de elaboração da PTS – Permissão de Trabalho Seguro;
 Aplicar treinamento de formação para Liberadores de Tarefa;
 Realizar inspeção de documentação nas frentes de trabalho.

Dono da Área
  Assinar PTS – Permissão de Trabalho Seguro reconhecendo o início das
atividades em sua área;
 Inspecionar os trabalhos realizados em sua área esporadicamente;
 Paralisar as atividades caso seja identificado qualquer desvio e comunicar a
área de SSMA.

5. CRITÉRIOS PARA EMISSÃO DA PTS – PERMISSÃO DE TRABALHO

SEGURO

 Para quais trabalhos deve-se emitir a PTS – Permissão de Trabalho

Seguro?

A PTS – Permissão de Trabalho Seguro será requerida para os trabalhos especiais.

São considerados trabalhos especiais as seguintes atividades:

 Trabalho a quente
 Trabalho em altura
 Trabalho com eletricidade (média e alta tensão)
 Trabalho com escavação e perfuração
 Trabalho com içamento de carga

 Quem realiza a emissão da PTS – Permissão de Trabalho Seguro?

A emissão da PTS – Permissão de Trabalho Seguro é realizada pelo Liberador da

Tarefa, que é o colaborador indicado pela gerência imediata, capacitado pelo setor de
Segurança do Trabalho e credenciado para realizar a emissão do documento junto ao
Líder da Execução.

O Liberador da Tarefa possui autorização e capacitação para liberar através da PTS –

Permissão de Trabalho Seguro qualquer trabalho considerado especial, exceto:

 Trabalhos a quente em áreas classificadas;

 Trabalhos em espaço confinado;
 Trabalhos de gamagrafia;
 Trabalhos de trepanação;
 Trabalhos envolvendo alpinismo;
 Trabalhos sobre telhados ou outras estruturas não projetadas para circulação
de pessoas;
  Trabalhos que envolvam a realização de uma atividade nova (que nunca tenha
sido realizada na base) ou que não é executada com frequência (intervalo
acima de 1 ano);
 Trabalhos elétricos que envolvam atividade/manobra operacional em linha
viva/alta tensão;
 Trabalhos em equipamentos ou locais onde previamente já se tem
conhecimento da existência de vazamentos/emanações de produtos
inflamáveis próximos ao local do serviço, e que representem riscos de acidente
para os executantes, as instalações e/ou meio ambiente;

As atividades listadas acima devem ser obrigatoriamente liberadas através do

preenchimento da PTS – Permissão de Trabalho Seguro pelo Técnico de
Segurança do Trabalho da base.

Nota 1: Trabalhos a quente realizados em oficinas e/ou pipe shop ficam isentos de
emissão de PTS – Permissão de Trabalho Seguro.

Nota 2: Atividades de resposta a situações de emergência ficam isentas de emissão

de PTS – Permissão de Trabalho Seguro.

6. EMISSÃO DA PTS – PERMISSÃO DE TRABALHO SEGURO

O Liberador da Tarefa deverá ter confeccionado a APT – Análise Prevencionista da

Tarefa com antecedência contemplando todas as etapas, riscos e medidas de controle
do trabalho considerado especial.

Antes de emitir uma PTS – Permissão de Trabalho Seguro, deve haver uma reunião
entre o Liberador da Tarefa e o Líder da Execução para analisar os procedimentos de
trabalho, os riscos envolvidos e as precauções de segurança. O Liberador da Tarefa e
o Líder da Execução deverão obrigatoriamente inspecionar o local de trabalho com
intuito de prevenir possíveis situações de acidentes.

A PTS – Permissão de Trabalho Seguro será emitida em formulário próprio que se

encontra no Anexo desse procedimento.

Esta liberação, cujo modelo está disposto no anexo deste procedimento, é emitida
exclusivamente por colaboradores treinados e credenciados da Ultragaz, responsáveis
por determinadas áreas ou equipamentos.
A assinatura dos Executantes da atividade deverá constar na PTS – Permissão de
Trabalho Seguro, ficando a cargo do Líder da Execução transmitir todas as
informações da liberação e fazer com que todos assinem o documento, antes do início
da execução;

Independentemente de estar com os documentos de liberação em suas mãos, aquele

que não se sente seguro em executar determinada atividade tem a obrigação de
recusar-se a executar;

O Liberador da Tarefa e o Líder da Execução tem a mesma reponsabilidade no

processo de liberação de trabalho, devendo ambos lerem o documento por completo e
somente assinarem no campo de liberação caso esteja em acordo com todas as
informações contidas;

O Liberador da Tarefa e o Líder da Execução não podem se ausentar da base

enquanto o trabalho estiver em andamento. Caso haja necessidade de ausência, o
solicitante e o executante deverão indicar substitutos para tais posições. Os
substitutos deverão assinar o formulário de PTS – Permissão de Trabalho Seguro.

O Líder da Execução deverá manter o formulário de PTS – Permissão de Trabalho

Seguro no local de execução da tarefa em local acessivel, onde esteja disponível para
consulta da equipe de execução.

6.1 DIVULGAÇÃO DA PTS - PERMISSÃO DE TRABALHO SEGURO

Deverá ser realizado um diálogo de alinhamento entre todas as pessoas envolvidas na

PTS – Permissão de Trabalho Seguro informando o escopo de serviço, os requisitos
de SSMA a serem cumpridos, bem como em outros procedimentos de SSMA,
Operacionais e de Manutenção da Ultragaz, legislações aplicáveis e as boas práticas
de SSMA, necessárias para a liberação segura do serviço.

Após a realização deste dialogo é que os executantes poderão assinar a PTS –

Permissão de Trabalho Seguro como integrantes da equipe de execução.

6.2 VALIDADE DA PTS – PERMISSÃO DE TRABALHO SEGURO

A PTS – Permissão de Trabalho Seguro tem validade de 08 horas podendo ser

prorrogada através de revalidação por mais 04 horas.
O Líder da Execução com a aproximação do horário da validade, e o trabalho tendo
que prosseguir pós este horário, deve juntar toda a documentação da liberação e
procurar o Liberador da Tarefa para revalidação da PTS – Permissão de Trabalho
Seguro.

6.3 CANCELAMENTO DA PTS – PERMISSÃO DE TRABALHO SEGURO

Uma PTS – Permissão de Trabalho Seguro existente será cancelada e todos os

trabalhos serão interrompidos até que uma nova PTS – Permissão de Trabalho
Seguro seja emitida, caso uma das situações abaixo ocorra:

 Uma mudança completa da equipe de trabalho;

 As condições de segurança nas quais a PTS – Permissão de Trabalho Seguro
estava baseada mudaram de modo que os perigos e mecanismos de proteção
identificada na permissão original também mudaram. Por exemplo: uma
evacuação, um aumento dos níveis de exposição, uma mudança nos requisitos
dos equipamentos de proteção pessoal;
 O trabalho vai além do escopo definido na PTS – Permissão de Trabalho
Seguro de modo que os perigos solucionados e os mecanismos de proteção
especificados na PTS – Permissão de Trabalho Seguro também mudaram.
 A realização do trabalho foi mais longa do que o período estipulado no PTS –
Permissão de Trabalho Seguro;
 Descumprimento dos requisitos acordados na PTS – Permissão de Trabalho
Seguro. Caso, durante uma inspeção do local onde o trabalho é executado, se
determine que as condições de trabalho seguro nas quais a PTS – Permissão
de Trabalho Seguro foi baseada não estão sendo mantida e que é necessário
corrigir as condições da permissão (os perigos e mecanismos de proteção
identificada na permissão original não mudaram);
 Uma interrupção do trabalho causada por uma emergência ou um problema
com as operações na base de produção (As situações de não emergência e as
interrupções do trabalho que não sejam causadas por problemas operacionais
estão excluídas).

6.4 QUITAÇÃO DA PTS – PERMISSÃO DE TRABALHO SEGURO

Ao concluir o trabalho designado, o Líder da Execução deve dar baixa no documento,
em conjunto com o Liberador da Tarefa, essa baixa indica que:

 O trabalho foi realizado conforme acordado;

 Todos os envolvidos na atividade já saíram da área/equipamento;
 A área/equipamento está limpa;
 Todos os bloqueios pessoais daqueles que executaram o trabalho foram
removidos.

7. TREINAMENTO E AVALIAÇÃO PARA OS LIBERADORES DE TAREFA

É de responsabilidade da área de Segurança do Trabalho atestar que o candidato está

autorizado para liberar atividades. Esta etapa é realizada por meio da participação do
candidato no treinamento deste procedimento. O treinamento possui duração de 08h.

Para obter a autorização os candidatos a Liberadores de Tarefa devem:

• Possuir nível técnico de escolaridade;

• Obter aprovação de 100% nas provas escritas realizadas durante o

treinamento;

• Ter sido autorizado formalmente pelo superior imediato para emitir uma
Liberação de Tarefa. Para isso deve-se criar uma lista escrita dos nomes
dessas pessoas e mantê-la atualizada;

• Validação do instrutor durante a realização da prática na área (o treinando

deverá realizar uma liberação de tarefa de forma correta e validada pelo
instrutor);

NOTA: Caso seja observada durante inspeção de atividade qualquer desvio na

liberação, o Liberador de Tarefa perderá temporariamente o credenciamento e deverá
ser treinado novamente.

8. TRABALHOS DE LONGA DURANÇÃO

Para os trabalhos especiais que demandam de mais de um período para execução,

poderá ser emitida a PTS – Permissão de Trabalho Seguro de longa duração.

A PTS – Permissão de Trabalho Seguro de longa duração poderá ser emitida somente
com autorização do Gerente da Base que deverá assinar a PTS – Permissão de
Trabalho Seguro quando essa condição for autorizada.
A duração máxima da PTS – Permissão de Trabalho Seguro de longa duração são de
7 dias consecutivos.

Diariamente o Líder da Execução e Liberador da Tarefa deverão inspecionar a área de

trabalho a fim de identificar possiveis alterações do local. Essa inspeção será
registrada no Anexo desse procedimento.

O Líder da Execução deverá repassar diariamente as orientações contidas na PTS –

Permissão de Trabalho Seguro de longa duração para todos os colaboradores
envolvidos na atividade. Essa orientação deverá ser registrada através de assinatura
de todos no Anexo 2 desse procedimento.

A baixa e o cancelamento da PTS – Permissão de Trabalho Seguro de longa duração

seguem os mesmos critérios da PTS – Permissão de Trabalho Seguro de curta
duração.

Para os trabalhos a quente, as avaliações ambientais deverão ser registradas

diariamente no Anexo desse procedimento.