Você está na página 1de 25

APOSTILA – NR 34

TRABALHO A QUENTE
TRABALHADOR AUTORIZADO E
OBSERVADOR
16H
APRESENTAÇÃO
A FSEG SOLUÇÕES EM SEGURANÇA DO TRABALHO LTDA ME é uma empresa de
consultoria especializada em fornecer soluções no desenvolvimento de pessoas através de
cursos abertos, cursos in company ou projetos relacionados a saúde ocupacional. Desde
2016 realizando treinamentos que combinam talento, dedicação e técnica para o
aprimoramento de competências, requisito essencial para que toda organização obtenha
resultados cada vez melhores. Nosso FOCO é na segurança do Trabalho. A FSEG acredita
que o conhecimento é a melhor prevenção.

BOM CURSO!

Fabiano Rocha
Técnico de Segurança do Trabalho
TEM/BA: 0014655
TRABALHO A QUENTE

Norma Regulamentadora No. 34 (NR-34)

34.5 Trabalho a Quente


34.5.1 Para fins desta Norma, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem,
goivagem, esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignição tais como
aquecimento, centelha ou chama.

34.5.1.1 As medidas de proteção contemplam as de ordem geral e as específicas, aplicáveis,


respectivamente, a todas as atividades inerentes ao trabalho a quente e aos trabalhos em áreas
não previamente destinadas a esse fim.)
O curso de NR 34 Modalidade Trabalho A Quente, tem por objetivo
estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à
saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de
construção e reparação naval. Objetivando as atividades de trabalho a
quente.
INTRODUÇÃO

O trabalho a quente é uma atividade temporária ou permanente com uso de


chamas abertas ou produção de calor e/ou fagulhas. Se conduzido sem controles, o
trabalho a quente representa sério risco de incêndio em materiais e estruturas
próximos, com grande potencial de prejuízo.

Dados da NFPA (National Fire Protection Association, associação americana


referência mundial em prevenção e proteção contra incêndio) mostram que mais de
2600 incêndios relacionados a trabalhos a quente ocorrem anualmente na indústria
americana, causando mais de US$ 84 milhões em danos.

No Brasil, a Norma regulamentadora de nº 34, aborda no seu item 34.5 como esta
atividade pode ser desenvolvida com segurança.
ÍNDICE

1. OBJETIVO 1
3. GERENCIANDO O TRABALHO A QUENTE 2
4. ESTABELECER ÁREAS 3
5. ÁREAS PROIBIDAS 4
6. PERMISSÃO DE TRABALHOS A QUENTE 5
7. EXERCICIO 6
8. EPI 7
8
OBJETIVO
Capacitar os trabalhadores ao conhecimento necessário quanto às
medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de
trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação
naval, com foco nas atividades inerentes ao trabalho a quente.

Carga Horária: 16 horas


TRABALHO A QUENTE
GERENCIANDO O

O trabalho a quente pode ser conduzido de modo seguro em sua empresa com um
programa de gerenciamento de trabalhos a quente, cujos principais pontos são:

1. Estabelecer áreas: Determinar as áreas onde o trabalho a quente é permitido livremente,


permitido com restrições ou proibido;

2. A permissão de trabalhos a quente: Para autorizar o trabalho a quente, designar um


formulário específico e uma pessoa responsável por esta autorização;

3. Usar o formulário: Se não for possível evitá-lo, autorizar o trabalho a quente mediante a
autorização formal e somente quando as precauções necessárias forem tomadas;

4. Garantir a política: Assegurar o conhecimento e cumprimento desta política por parte de


funcionários, sejam eles próprios ou terceiros.
1. ESTABELECER ÁREAS

Áreas designadas
As áreas designadas para trabalho a quente são aquelas projetadas ou aprovadas
para tal uso, como oficinas de manutenção ou quaisquer locais separados os
prédios principais, com construção não combustível e livres de conteúdo
inflamável ou combustível.
As áreas designadas devem ser os primeiros locais a serem considerados quando
for necessário realizar um trabalho a quente.

Áreas de permissão necessária


As áreas de permissão necessária são aquelas que podem se tornar seguras para o
trabalho a quente com a remoção dos materiais combustíveis ou sua proteção
contra fontes de ignição.
Áreas proibidas
Exemplos de áreas proibidas incluem, mas não estão restritas a:

• Áreas de armazenamento ou manuseio de líquidos, gases e/ou metais inflamáveis;


• áreas com pós combustíveis em suspensão;
• Divisórias, paredes, telhados ou coberturas com revestimento ou recheio
combustível (p.ex. : isolamento de plástico expandido, isopainéis, etc.);
• Equipamentos com revestimento de borracha;
• Atmosferas ricas em oxigênio;
• Armazenamento e manuseio de materiais oxidantes ou explosivos.
2. A PERMISSÃO DE TRABALHOS A QUENTE

A permissão de trabalhos a quente é um documento que autoriza temporariamente os funcionários


próprios e terceiros a realizarem estes serviços nas áreas “de permissão necessária”. Na permissão
constam as devidas precauções de segurança que devem ser satisfeitas antes, durante e depois do início
do trabalho.
O prazo de validade da permissão é determinado pelo Autorizador e vale no máximo um dia; após isso
ou se as condições mudarem, uma nova permissão deve ser emitida.
Veja um exemplo de formulário de permissão de trabalhos a quente no anexo. Os procedimentos
descritos abaixo são boas práticas que podem ser modificadas para melhor se adaptar à realidade e aos
riscos específicos de sua empresa, bem como ser incorporadas à PTR (Permissão de Trabalhos de Risco)
já em prática, desde que todos os passos sejam seguidos.
PERMISSÃO PARA
TRABALHO
PARA TRABALHO
A QUENTE - PT
PERMISSÃO PARA TRABALHO

Somente trabalhe com Permissão para Trabalho válida, liberada no


campo e de seu total entendimento.

Permissão para Trabalho (PT) é a autorização em documento


próprio, para a execução de qualquer trabalho de
manutenção, como por exemplo, montagem, desmontagem,
construção, limpezas, reparos, inspeções e intervenção em
áreas, equipamentos ou sistemas, que envolvam riscos à
integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, à
comunidade ou à continuidade operacional.
PERMISSÃO PARA TRABALHO

Quando for realizar um trabalho que envolva riscos de acidentes com lesão pessoal, danos à saúde,
danos materiais, agressão ao meio ambiente ou descontinuidade operacional nos trabalhos de
manutenção, montagem, desmontagem, construção, inspeção e reparo de instalações, equipamentos
ou sistemas a serem realizados nas áreas operacionais das unidades da EMPRESA, deve ser emitida a
Permissão para Trabalho.

▪ Não esqueça que a Permissão para Trabalho deve ser específica para o serviço nela descrito, e
restrita a um único equipamento ou sistema, perfeitamente identificado e delimitado.

▪ Lembre-se: Os serviços que envolvam riscos para os trabalhos só devem ser realizados com todas
as fontes de energia controladas.
PERMISSÃO PARA TRABALHO
▪ Participantes da Permissão para Trabalho

REQUISITANTE: EMITENTE:
Empregado capacitado e Empregado capacitado e
credenciado, próprio ou credenciado, próprio, responsável
contratado, e autorizado pela área, equipamento ou sistema
para requisitar a PT. onde a intervenção será realizada.

PROFISSIONAL DE SEGURANÇA – RAS: CO-EMITENTE:


Indica medidas de segurança Pessoa responsável pela
complementares e suplementares na liberação da área onde está
execução de serviços que pressupõem a instalado o equipamento ou
adoção de cuidados especiais, em sistema sob responsabilidade de
virtude do risco. outro empregado.
2. A PERMISSÃO DE TRABALHOS A QUENTE

A permissão de trabalhos a quente é um documento que


autoriza temporariamente os funcionários próprios e
terceiros a realizarem estes serviços nas áreas “de permissão
necessária”. Na permissão constam as devidas precauções
de segurança que devem ser satisfeitas antes, durante e
depois do início do trabalho.

O prazo de validade da permissão é determinado pelo


Autorizador e vale no máximo um dia; após isso ou se as
condições mudarem, uma nova permissão deve ser emitida.
Veja um exemplo de formulário de permissão de trabalhos a
quente no anexo. Os procedimentos descritos abaixo são
boas práticas que podem ser modificadas para melhor se
adaptar à realidade e aos riscos específicos de sua empresa,
bem como ser incorporadas à PTR (Permissão de Trabalhos
de Risco) já em prática, desde que todos os passos sejam
seguidos.
DEFINIÇÕES E ATRIBUIÇÕES

•Gerência: Responsável por garantir que o programa de gerenciamento de trabalhos a


quente seja conhecido e cumprido por todas as partes pertinentes. Também define a
equipe e os locais em que o programa será aplicável. Se necessário, deverá ser
assessorada por pessoal com conhecimento técnico no assunto.

•Autorizador: Pessoa designada pela Gerência como responsável por analisar os riscos,
as condições de trabalho e precauções tomadas para a realização do trabalho a quente.
Autoriza o trabalho através do preenchimento e emissão da permissão. Determina se e
quem deve cumprir o período de observação durante e após trabalho.

•Operador: Funcionário próprio ou terceiro que realizará o trabalho a quente. Deve ser
qualificado para o serviço; precisa da aprovação do Autorizador para iniciar o serviço,
zelar pelas boas condições de seu equipamento e parar suas atividades
notificandoGerência, Autorizador ou um supervisor de área se condições de trabalho
inseguras
surgirem.
OBSERVADOR:

Pessoa designada pelo Autorizador para acompanhar o trabalho a


quente.
Deve: ter ciência dos riscos envolvidos, interromper o trabalho se
condições de trabalho inseguras surgirem, portar e saber usar
dispositivo portátil de extinção de incêndio, vigiar a área de trabalho
em busca de focos de incêndio, e pode auxiliar o Operador, desde que
isso não afete suas outras responsabilidades.
Vale ressaltar que todas as partes devem reconhecer sua
responsabilidade mútua na segurança nos trabalhos a quente.
EXERCÍCIO:
1. RESPONDA:

a) Qual a função do Observador de Trabalho a Quente?

b) Como deve ser a atividade do Observador de Trabalho a Quente?

c) Quais são os EPCs que são utilizados pelo Observador de Trabalho a Quente?

d) Quem pode ser o Observador de Trabalho a Quente?


EPI
OS RISCOS DO TRABALHO COM SOLDA
Os riscos do trabalho com solda são mecânicos, físicos e químicos.
No primeiro caso, temos os agentes mecânicos, tais como
abrasão, corte e perfuração, provenientes das rebarbas de peças
metálicas ainda não acabadas ou que surgem durante o processo
de corte e solda.
Quanto aos riscos físicos, é importante destacar as radiações
ultravioleta (UV) e infravermelho (IV), o calor e a projeção de
metais líquidos em altas temperaturas. Tais riscos estão presentes
nos mais diversos tipos de soldagem, mas o grau de exposição
varia de acordo com o tipo de solda, a posição de soldagem e o
local de trabalho. Por isso, devem ser avaliados caso a caso.
Com respeito aos riscos químicos, é importante lembrar que o
processo de solda é a fusão de metal por meio da corrente
elétrica ou do calor — no caso de oxiacetileno. Nesse processo
físico-químico ocorre a liberação de fumos metálicos, o que expõe
o profissional e o ambiente a metais diversos, como ferro,
alumínio, cobre e, em alguns casos, chumbo, níquel e cromo VI.
Por fim, podemos mencionar a possibilidade de inalação de
poeiras tóxicas, a ocorrência de ruídos em níveis variados e os
riscos ergonômicos devido às posições de soldagem, trabalho em
altura e espaço confinado.
OS 7 PRINCIPAIS TIPOS DE EPI PARA
SOLDADOR

Os EPI’s para soldador não devem estarem limitados 2. RESPIRADOR


somente com a proteção dos olhos e da face do A proteção respiratória é imprescindível. Para isso, é
trabalhador, mas também é necessário proteger o necessário usar pelo menos respiradores do tipo filtro
tronco, membros superiores e inferiores. PFF2, que oferecem proteção contra poeiras, névoas e
Por isso, confira quais são os principais tipos de EPI fumos metálicos.
para soldador.
É importante considerar o uso de sistemas de exaustão
1. MÁSCARA DE SOLDA para esses fumos durante o processo de soldagem, de
As máscaras de solda são divididas em 2 classes: modo a reduzir a exposição do colaborador a tais
1.máscaras passivas, que não reagem e/ou não há contaminantes, mesmo que ele esteja utilizando os
interação com a luz de solda, ou seja, estão sempre no equipamentos de proteção respiratória adequados.
modo de proteção; 3. ÓCULOS DE PROTEÇÃO
2.as máscaras ativas, que são aquelas que reagem O trabalhador precisa usar óculos com proteção UV e
com a luz do processo de soldagem escurecendo ao juntamente com as máscaras de solda, podemos
menor sinal de luz.
considerar ambos como um dos principais EPI’s para
Algumas máscaras passivas é possível regular a soldador, afinal o risco aos olhos do é EMINENTE, seja
tonalidade do filtro de escurecimento automático para por conta da exposição à radiação e luminosidade
melhor adaptação e usabilidade durante a execução da intensa ou por conta da projeção de partículas
atividade. Sob as máscaras de solda é obrigatório o VOLANTES que possam entrar em contato com os olhos,
uso de óculos de proteção. resultando em danos irreversíveis.
4. LUVAS DE SEGURANÇA 6. CALÇADO DE SEGURANÇA

As luvas de segurança para soldador devem Os calçados devem oferecer, no mínimo, proteção
fornecer proteção mecânica e também térmica. básica contra quedas de objetos. Mas dependendo da
Normalmente, elas são confeccionadas em couro atividade, eles devem oferecer outras proteções para
do tipo vaqueta ou de raspa. evitar acidentes de trabalho decorrentes da queda de
Sua principal função é reduzir a exposição ao objetos cortantes, de prensamento, de respingos de
calor de contato, irradiado e convectivo, e metal líquido, entre outros.
proteger contra a projeção de respingos de metal
líquido, uma vez que as mãos estão muito 7. PROTETOR AUDITIVO
próximas da poça de fusão. Inclusive, as luvas
devem ser específicas para o processo de O uso de protetor auditivo deve ser implementado
soldagem. conforme avaliação do ruído presente no ambiente
durante as operações de soldagem. Caso o ruído
5. AVENTAL DE RASPA ultrapasse 85 dB, o uso de protetor auditivo é
obrigatório.
O avental de raspa, ou avental de soldador, é
muito usado em serviços de solda. Pode ser de
couro, fibras inerentes e diversos outros
materiais, mas o mais importante é que seja
resistente ao calor e proteja o usuário contra
projeções de metal fundido e radiações.
4. LUVAS DE SEGURANÇA 6. CALÇADO DE SEGURANÇA

As luvas de segurança para soldador devem Os calçados devem oferecer, no mínimo, proteção
fornecer proteção mecânica e também térmica. básica contra quedas de objetos. Mas dependendo da
Normalmente, elas são confeccionadas em couro atividade, eles devem oferecer outras proteções para
do tipo vaqueta ou de raspa. evitar acidentes de trabalho decorrentes da queda de
Sua principal função é reduzir a exposição ao objetos cortantes, de prensamento, de respingos de
calor de contato, irradiado e convectivo, e metal líquido, entre outros.
proteger contra a projeção de respingos de metal
líquido, uma vez que as mãos estão muito 7. PROTETOR AUDITIVO
próximas da poça de fusão. Inclusive, as luvas
devem ser específicas para o processo de O uso de protetor auditivo deve ser implementado
soldagem. conforme avaliação do ruído presente no ambiente
durante as operações de soldagem. Caso o ruído
5. AVENTAL DE RASPA ultrapasse 85 dB, o uso de protetor auditivo é
obrigatório.
O avental de raspa, ou avental de soldador, é
muito usado em serviços de solda. Pode ser de
couro, fibras inerentes e diversos outros
materiais, mas o mais importante é que seja
resistente ao calor e proteja o usuário contra
projeções de metal fundido e radiações.

Você também pode gostar