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Espectroscopia de Massa
(Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão Laboratorial)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
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Espectroscopia de Massa
(Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão Laboratorial)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1.1. Objectivos........................................................................................................................3
1.1.1. Geral..............................................................................................................................3
1.1.2. Específicos....................................................................................................................3
1.2. Metodologia.....................................................................................................................3
2. Espectroscopia de Massa........................................................................................................4
2.1. Historial............................................................................................................................4
2.2. Conceito de espectroscopia de Massa..............................................................................4
2.3. Objectivos da técnica.......................................................................................................4
2.4. Métodos de Ionização..........................................................................................................5
2.4.1. Ionização por electrões.................................................................................................6
2.4.2. Ionização química (CI).................................................................................................7
2.4.3. Ionização por eletrospray (ESI)....................................................................................9
2.5. Análise de massa..................................................................................................................9
2.5.1. Analisador de massa quadrupolar.................................................................................9
2.5.2. Espectrómetro de massa de tempo de voo (TOF).......................................................10
2.6. Isótopos na espectrometria de massas................................................................................11
2.7. Determinação de fórmulas moleculares: espectrometria de massas de alta resolução......13
2.8. O espectro de massas: Fragmentação................................................................................14
2.8.1. Regra de Stevenson.....................................................................................................14
2.8.2. Regras Gerais de Fragmentação..................................................................................14
2.9. Análise espectral de alcanos..............................................................................................15
2.10. Análise Espectral de Alcenos...........................................................................................19
2.11. Análise Espectral de Alcinos e Aromáticos.....................................................................20
2.12. Fragmentação em grupos funcionais...............................................................................22
2.12.1. Análise Espectral de Haletos de Alquila...................................................................22
2.12.2. Análise Espectral de Éteres.......................................................................................24
2.12.3. Análise Espectral de Álcoois....................................................................................25
2.12.4. Análise Espectral de Cetonas....................................................................................26
2.13. Importância da espectrometria de massa.....................................................................27
3. Conclusão..............................................................................................................................28
4. Bibliografia...........................................................................................................................29
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Introdução
O presente trabalho da cadeira de Química Física II tem como tema espectroscopia massa,
onde abordará vários conteúdos que se encontram ao longo do desenvolvimento. Neste
trabalho serão abordados assuntos relacionados com espectroscopia de massas, espectrometria
de massa como Historial da espectroscopia, métodos de ionização, analisadores de massa,
fragmentação e análise dos espectros de massa de compostos orgânicos.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Estudar a espectroscopia de massas.
1.1.2. Específicos
Descrever o historial da espectrometria de massa;
Descrever os métodos de ionização;
Mencionar analisadores de massas;
Determinar da massa molecular;
Mencionar as regras de fragmentações;
Analisar de espectros de massa de compostos orgânicos.
1.2. Metodologia
Para a realização deste trabalho, foram recorridas diversificadas obras literárias, consultas
bibliográficas que constituem na leitura e análise das informações do tema em causa.
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2. Espectroscopia de Massa
2.1. Historial
Os princípios que delineiam a espectrometria de massa são bem anteriores a todas as outras
técnicas instrumentais descritas neste livro. Os princípios fundamentais datam do fim dos anos
1890, quandoJ. J. Thomson determinou a razão massa/carga do electrão, e Wien estudou a
defiexão magnética de raios anódicos e determinou que os raios eram carregados
positivamente. Thomson estudou os espectros de massa de gases atmosféricos e usou um
espectro de massa para demonstrar a existência de néon-22 em uma amostra de néon-20,
estabelecendo assim que elementos poderiam ter isótopos. O primeiro espectrómetro de massa,
como se sabe hoje, foi construído por A. J. Dempster, em 1918. (PAVIA, et. al, 2010: 399).
Nesse exemplo a amostra vai ser vaporizada e depois essa amostra vaporizada, ela é ionizada
para formar iões e também fragmentos de iões, esses iões vão ser acelerados em um campo
eléctrico, e vão então passar por um campo magnético onde eles vão se separar, os iões com
menos carrega vão para um lado e os iões com maior massa-carga para outro lado o detector
vai detectar esses iões de forma separada.
Componentes de um espectrómetro de massa. (GROSS, 2004).
A fragmentação do iões molecular nas condições da EI pode também ser considerada uma
desvantagem característica. Alguns compostos são tão facilmente fragmentados que o tempo
de vida do iões molecular é muito curto para ser detectado pelo analisador de massa. Dessa
forma, não se pode determinar a massa molecular do composto. Outra desvantagem da EI-MS
é que a amostra deve ser relativamente volátil para que possa entrar em contacto com o feixe
de electrões na câmara de ionização.Esse fato, juntamente com o problema de fragmentação,
dificulta a análise, por meio de EI-MS, de compostos de peso molecular (PM) alto e da
maioria das biomoléculas. (PAVIA, et. al, 2010).
M + eˉ → M+ +¿ 2eˉ
A ionização química é uma técnica que produz menos fragmentação que a ionização por
electrões. Para termos uma ionização química, a câmara de ionização é preenchida com um
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gás recativo, como, por exemplo, metano, isobutano ou amónia. Electrões com energia
suficiente (100-200 eV) convertem o CH4 em uma variedade de produtos reactivos:
A molécula de amostra M é, então ionizada, por meio de reacção entre moléculas e ião nas
Equações
Essa situação é muito semelhante para Cl tendo a amónia como gás reagente
Depois que a amostra é ionizada, o feixe de iões é acelerado por um campo eléctrico e, então,
entra no analisador de massa, a região do espectrómetro de massa onde os iões são separados
de acordo com suas razões massa/carga (m/z). Assim como há muitos métodos diferentes de
ionização para diferentes aplicações, há também diversos tipos de analisadores de massa.
(PAVIA, et. al, 2010).
oscilação nesse campo electrostático. Iões com uma razão m/z incorrecta (pequena demais ou
grande demais) passam por uma oscilação instável. (PAVIA, et. al, 2010).
A amplitude da oscilação continua a aumentar até que a partícula chega a uma das barras. Iões
com razão massa/carga correta passam por uma oscilação estável dc amplitude constante e
pelos eixos do quadrupolo com uma trajectória do tipo usacarolhasn. Esses iões não chegam às
barras do quadrupolo, mas atravessam o analisador para chegar ao detector. Como o analisador
de sector magnético, o quadrupolo pode ser varrido a partir de valores altos a baixos de m/z.
Na maioria dos sistemas GC-M S “de bancada". encontra-se um analisador de massa de
quadrupolo que tipicamente tem um limite de m/z entre 0 a 1.000, apesar dc haver
analisadores de quadrupolo em sistemas LC-MS com limites de m/z próximos de 2.000.
Espectrómetros de massa de quadrupolo são instrumentos de baixa resolução (K~3.000),
incapazes de oferecer uma composição elementar exacta da amostra. (PAVIA, et. al, 2010).
Segundo PAVIA (2010: 413) “o analisador de massa por tempo de voo (TOF) baseia-se na
ideia simples de que as velocidades de dois iões, criados no mesmo instante, com a mesma
energia cinética, variarão conforme a massa dos iões – o ião mais leve será mais rápido. Se
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esses iões forem na direcção do detector do espectrómetro de massa, o ião mais rápido (mais
leve) chegará primeiro ao detector. Com base nesse conceito, a energia cinética de um ião
acelerado por um potencial eléctrico V será”:
e a velocidade do ião será o comprimento da trajectória L dividido pelo tempo, t, que leva
para o ião atravessar essa distância:
diferentes números de neutrões, resultando daí números de massa diferentes. (FELTRE, 2004:
83).
Os picos que são atribuídos aos isótopos podem ajudar a identificar a substância responsável
por um espectro de` massas. Por exemplo, se uma substância contém cinco átomos de carbono,
a intensidade relativa do iões M + 1 deve ser 5(1,1%) = 5(0,011), multiplicado pela
intensidade relativa do ião molecular. Isso significa que o número de átomos de carbono em
uma substância pode ser calculado se as intensidades relativas dos picos M e M + 1 forem
conhecidas. (BRUICE, 2006).
intensidaderelativa do pico M +1
numero de atomos=
0,011×(intensidade relativa do pico M )
As ligações duplas favorecem a quebra alílica e dão um ião de carbónio alílico estabilizado
por ressonância.
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As moléculas neutras mais frequentemente eliminadas são: CO, olefinas, H2O, NH3, HS,
cetonas e álcoois (eliminação). (PAVIA, 2010).
definido por possuir uma massa de 12.000 unidades de massa atómica (uma) e as massas de
outros átomos são baseadas neste padrão. Por exemplo, um protão possui uma massa de
1,007825 uma. O pentano, portanto, possui uma massa molecular de 72.0939 e uma massa
molecular nominal de 72. (BRUICE, 2006).
O pico de maior valor de m/z , no espectro nesse caso, a m/z = 72 e relativo ao fragmento que
resulta da retirada de um electrão de uma molécula da amostra injectada nesse caso, uma
molécula de pentano. Em outras palavras, o pico com o maior valor de m/z representa o ião
molecular (M) do pentano. (O minúsculo pico a m/z = 73 será explicado mais tarde.) Uma vez
que não se sabe qual ligação perde o electrão, o ião molecular e colocado entre chaves e a
carga positiva e o electrão desemparelhado são assinalados para toda a estrutura. O valor de
m/z do ião molecular fornece a massa molecular da substância. Os picos com valores menores
de m/z — chamados picos de fragmento iónico — representam os fragmentos carregados
positivamente da molécula. (BRUICE, 2006).
O pico base é o pico de maior intensidade devido à sua maior abundância relativa. O pico base
é assinalado com intensidade relativa de 100%, e a intensidade relativa de cada um dos outros
picos é descrita como uma percentagem do pico base. Os espectros de massas podem ser
apresentados tanto como gráficos de barras quanto em forma de tabela.
relação às ligações fortes, e ligações que se rompem para formar fragmentos mais estáveis se
rompem preferencialmente àquelas que formam fragmentos menos estáveis. (Bruice, 2004).
Por exemplo, as ligações C—C do ião molecular formado a partir do pentano possuem a
mesma força. No entanto, a ligação C-2— C-3 é mais propensa a se romper do que a ligação C
-l—C-2 porque a fragmentação de C-2—C-3 leva a um carbocatião primário e a um radical
primário que, juntos, são mais estáveis do que o carbocatião primário e o radical metila (ou o
radical primário e o catião metila) obtidos a partir da fragmentação de C-l —C-2. A
fragmentação de C-2—C-3 forma iões com m/z — 43 ou 29, e a fragmentação de C-l —C-2
forma iões com m/z = 57 ou 15. O pico base de 43 no espectro de massas do pentano indica a
preferência pela fragmentação de C-2—C- 3. (BRUICE, 2006).
Os picos são normalmente observados em valores de m/z com uma ou duas unidades a menos
do que os valores de m/z de carbócatiões porque os carbócatiões podem sofrer novas
fragmentações — perdendo um ou dois átomos de hidrogénio.
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O 2 -metilbutano possui a mesma fórmula molecular do pentano, logo, ele também possui um
ião molecular com m/z = 72. Seu espectro de massas é semelhante ao do pentano, com uma
excepção bastante notória: o pico à m/z = 57 (M - 15) é muito mais intenso. (BRUICE, 2006).
Apresentam M+ forte;
As duplas são difíceis de se localizar já que elas migram imediatamente;
M-41 (41 = carbocatião alila) é um fragmento importante no espectro de massas de
alcenos terminais e forma-se por meio de uma segmentação α.
Quando a cadeia lateral do anel contém mais de 3 ou 4 carbonos, pode-se observar iões
formados pelo rearranjo de McLafferty.
Como se vê no espectro de massa de benzeno, para fragmentar o anel benzénico exige uma
boa quantidade de energia. E tal fragmentação não é observada de maneira significativa.
(PAVIA, 2010).
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A ligação mais fraca no ião molecular resultante é a ligação C—Br (a energia de dissociação
da ligação C—Br é de 69 kcal/mol; a energia de dissociação da ligação C—C é de 85
kcal/mol. A ligação se rompe de forma heterolítica, com ambos os electrões migrando para o
átomo mais electronegativo dos átomos unidos pela ligação, formando o catião propila e um
átomo de bromo. Como resultado, o pico base no espectro de massas do 1-bromopropano está
à m/z = 43 [M — 79, ou (M + 2) - 81]. O catião propila possui o mesmo padrão de
fragmentação apresentado quando foi formado pela clivagem do pentano. (BRUICE, 2006).
Uma ligação C—O é clivada de maneira heterolítica, com os electrões que migram para o
átomo de oxigénio mais electronegativo. (BRUICE, 2006).
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Uma ligação C—C é clivada de modo homolítico na posição a porque isso leva a um catião
relativamente mais estável no qual a carga positiva é compartilhada por dois átomos (um
carbono e um oxigénio). O grupo alquila que leva ao radical mais estável representa o que
pode ser mais facilmente clivado. Assim, o pico à m/z = 87 é mais abundante do que o pico à
m/z =101, ainda que a substância possua três grupos metila ligados a carbonos a que podem
ser clivados para produzir o pico à m/z =101, porque o radical primário é mais estável do que
o radical metila. (BRUICE, 2006).
3. Conclusão
De acordo com o trabalho constatou-se que Espectroscopia de massa, é um método para
identificar os diferentes átomos que compõem uma substância. O estudo de espectroscopia de
massa envolve três itens principais: o instrumento analisador, denominado espectro de massa,
os resultados deste analisador representado pelo espectro de massa e as aplicações em
diferentes áreas da ciência que este analisador é utilizado.
O princípio básico de um espectro de massa é de criar iões de compostos orgânicos por
método adequado, separa-los de acordo a sua razão m/z e abundancia.
Enfim, a espectroscopia de massa é frequentemente aplicada no controle de poluição, controle
de comida, física atómica, determinação de parâmetros termodinâmicos, e muitos outros
ramos de científicos.
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4. Bibliografia
Bruice, Paula Yurkanis. Química orgânica, 4a edição, volume 1, São Paulo, 2006.
Harris, Daniel C. Análise química quantitativa, 9. Edição, Rio de Janeiro : LTC, 2017.