01/06/2016

Materiais de Construção
Mecânica

Aula 2 – A Estrutura Atômica e

Ligações Interatômicas

Introdução

 Por que estudar a Estrutura Atômica e as Ligações

Interatômicas?
Alguma das propriedades importantes dos materiais sólidos
dependem dos arranjos geométricos dos átomos e também das
interações que existem entre os seus átomos ou moléculas
constituintes.

 Exemplo: Grafite x Diamante

 formados a partir do mesmo

elemento químico – Carbono
 Diamante: ligação muito forte
entre os átomos de carbono -
mineral muito duro
 Grafite: rede frouxa de
átomos de carbono e, por isso,
é mais maleável.

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Objetivo da aula

 Recordar conceitos básicos:

A Estrutura Atômica e Ligações

 Conceitos fundamentais da estrutura atômica;

 Modelo atômico de Bohr e o da mecânica quântica;
Interatômicas

 Eletronegatividade.

 Recordar os tipos de ligações químicas;

 Relacionar o tipo de ligação química com as principais

propriedades dos materiais.

CONCEITOS
FUNDAMENTAIS

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MODELO ATÔMICO: o Átomo de Bohr

 Posição de cada elétron em particular

é mais ou menos bem definida em
termos do seu orbital.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Energias dos elétrons são

quantizadas – mudança de orbital é
possível, com absorção (maior energia)
ou emissão (menor energia) de energia.

 Estados adjacentes são separados

por energias finitas.

 O modelo de Bohr apresenta

limitações significativas, não servindo
para explicar vários fenômenos
envolvendo os elétrons.

Modelo Mecânico-Ondulatório

 As deficiências do modelo de
Bohr foram supridas pelo
modelo atômico da mecânica
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

quântica.

 Nesse modelo, o elétron

apresenta características tanto
de onda, quanto de partícula.

 O elétron não é mais tratado

como uma partícula que se
movimenta num orbital discreto.

 A posição do elétron passa a

ser considerada como a
probabilidade deste ser
encontrado em uma região
próxima do núcleo.

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Números Quânticos

 Usando a mecânica ondulatória, cada elétron em um átomo é caracterizado

por parâmetros conhecidos como Números Quânticos.

 Não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Número quântico principal “n “ – referência de orbitais.

n = 1, 2, 3, 4, 5,… (ou K, L, M, N, O,.…)
Número quântico orbital (ou secundário) –
subcamadas “s, p, d, f,…”

Números Quânticos

 Número quântico orbital “l” – representa formas distintas de nuvens de

orbitais.

 Número quântico orbital magnético “m” – representa orientação da forma

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

no espaço.

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Números Quânticos

 Número quântico de spin “s” – rotações do elétron

s = -1/2, +1/2..
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Grupo mais complexo do estado de energia pode ser descrito – Átomos

com múltiplos elétrons e compostos com múltiplos átomos.

Configuração Eletrônica do
Átomo de Sódio
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

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Elétrons de Valência

 Elétrons de Valência

São aqueles que ocupam a

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

camada eletrônica mais

externa.

Participam da ligação entre

os átomos para formar
agregados atômicos e
moleculares.

 Átomos com configurações eletrônicas estáveis – os estados dentro

da camada de valência estão totalmente preenchidos – gases nobres.

FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
 Quando dois átomos se aproximam, eles exercem uma força
um no outro.
Ligação Atômica nos Sólidos

 energia potencial (EN) será dada por:

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FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO

 distância entre 2 átomos é

determinada pelo balanço das
forças atrativas e repulsivas
Ligação Atômica nos Sólidos

 Quanto mais próximos os átomos

maior a força atrativa entre eles,
mas maior ainda são as forças
repulsivas devido a sobreposição
das camadas mais internas

 Quando a soma das forças

atrativas e repulsivas é zero, os
átomos estão na chamada
distância de equilíbrio

FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
Ligação Atômica nos Sólidos

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FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
 ro - distância de equilíbrio da ligação
Ligação Atômica nos Sólidos

A distância de ligação entre dois átomos é a distância correspondente ao

ponto de mínima energia (soma dos dois raios atômicos)

 Eo - energia de ligação
energia necessária para separar dois átomos até uma distância infinita

FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
 Relação entre algumas propriedades e as curvas de força e energia
de ligação

 Em escala atômica, a deformação

Ligação Atômica nos Sólidos

plástica é manifestada como uma

pequena alteração na distância
interatômica e na energia da ligação.

 Quanto maior o poço de potencial,

maior será a energia de ligação -
maior a resistência à separação de
átomos adjacentes.

 Propriedades mecânicas tais como

módulo de elasticidade e dureza
são dependentes da energia de
ligação.

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FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
 Relação entre algumas propriedades e as curvas de força e energia
de ligação

 Resistência mecânica: aumenta

Ligação Atômica nos Sólidos

com a força máxima e com a

profundidade do poço da curva de
energia de ligação.

 Pontos de fusão e de ebulição:

aumentam com a profundidade do
poço da curva de energia de
ligação.

 Coeficiente de expansão
térmica: diminui com a
profundidade do poço da curva de
energia de ligação.

FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
 Relação entre algumas propriedades e as curvas de força e energia
de ligação

 A inclinação da curva no ponto de

Ligação Atômica nos Sólidos

equilíbrio dá a força necessária

para separar os átomos sem
promover a quebra da ligação.

 Os materiais que apresentam uma

inclinação grande são
considerados materiais rígidos. Ao
contrário, materiais que
apresentam uma inclinação mais
tênue são bastante flexíveis.

 material b é mais dúctil que o

material a .

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Ligações Interatômicas

 Ligações primárias – ocorre transferência ou compartilhamento

Ligação Atômica nos Sólidos

de elétrons
 Iônicas, covalentes, metálicas

 Ligações secundárias – ocorre uma atração entre os átomos sem

ocorrer transferência ou compartilhamento de elétrons

Ligações Interatômicas

 Ligação iônica
 Transferência de elétrons
Ligação Atômica nos Sólidos

 Formação de íons de cargas opostas

 Resulta da atração eletrostática entre cátions e ânions
 Ocorre em duas etapas:

Ex.: NaCl
 O cátion Na+ e o ânion Cl- têm cargas opostas e portanto se atraem
mutuamente Na+ Cl-.
 O composto iônico NaCl é o resultado. Note que não escrevemos as
cargas como parte da fórmula de um composto neutro.

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Ligações Interatômicas

 Ligação iônica
 Forma-se com átomos de
Ligação Atômica nos Sólidos

diferentes eletronegatividades
(um alta e outro baixa);

 A ligação é forte= 150-370

Kcal/mol;

 A ligação predominante nos

materiais cerâmicos é iônica

Ligações Interatômicas

 Ligação iônica A ligação iônica é não

direcional;
Ligação Atômica nos Sólidos

 Para formar um material 3D é

necessário que cada íon de um
tipo esteja cercados de íons do
outro tipo;

 Número de Coordenação (NC)

– Número de vizinhos mais
próximos de um dado átomo.

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Ligações Interatômicas

 Ligação iônica

 Cerâmicas na Tabela Periódica

Ligação Atômica nos Sólidos

Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente

 Os átomos envolvidos na ligação covalente compartilham

Ligação Atômica nos Sólidos

elétrons;

 Através da ligação covalente os átomos envolvidos podem

“usar” o elétron do outro átomo, e juntamente com os seus
adquirir uma configuração mais estável;

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Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente

 Ligação simples: um único par de elétrons compartilhado

Ligação Atômica nos Sólidos

pelos núcleos de dois átomos.;

 Ligação dupla: quando 2 pares de elétrons são

compartilhados pelos núcleos de dois átomos.;

 Ligação tripla: consiste de 3 pares de elétrons

compartilhados pelos núcleos de dois átomos

Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente
 Forma-se com átomos de alta
eletronegatividade;
Ligação Atômica nos Sólidos

 A ligação covalente é forte =

125-300 Kcal/mol;

 Esse tipo de ligação é comum

em compostos orgânicos, por
exemplo em materiais poliméricos
e diamante.

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Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente
 Forma-se com átomos de alta
eletronegatividade;
Ligação Atômica nos Sólidos

 A ligação covalente é forte =

125-300 Kcal/mol;

 Esse tipo de ligação é comum

em compostos orgânicos, por
exemplo em materiais poliméricos
e diamante.

Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente

 A ligação covalente é direcional e forma ângulos bem

Ligação Atômica nos Sólidos

definidos.

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Ligações Interatômicas

 Ligação Covalente
 Polímeros na tabela periódica.
Ligação Atômica nos Sólidos

Ligações Interatômicas

 Ligação Metálica

 É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais;

Ligação Atômica nos Sólidos

 Os átomos dos elementos metálicos apresentam forte

tendência a doarem seus elétrons de última camada.

 Quando muitos destes átomos estão juntos num cristal

metálico, estes perdem seus elétrons da última camada;

 Forma-se então uma rede ordenada de íons positivos

mergulhada num mar de elétrons em movimento aleatório.

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Ligações Interatômicas

 Ligação Metálica
 Forma-se com átomos de baixa
eletronegatividade (apresentam no máximo 3
Ligação Atômica nos Sólidos

elétrons de valência);

 Então, os elétrons de valência são divididos

com todos os átomos (não estão ligados a
nenhum átomo em particular) e assim eles estão
livres para conduzir;

 A ligação metálica não é direcional porque os

elétrons livres protegem o átomo carregado
positivamente das forças repulsivas eletrostática;

 ligação metálica é geralmente forte = 25-200

Kcal/mol

Ligações Interatômicas

 Ligação Metálica
 Metais na tabela periódica.
Ligação Atômica nos Sólidos

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Ligações Interatômicas

 Ligações Secundárias
ou de Van der Waals  Ocorrem atrações entre dipolos gerados
pela assimetria de cargas.;
Ligação Atômica nos Sólidos

 O mecanismo dessas ligações é similar

ao das ligações iônicas, porém não
existem elétrons transferidos.;

 As ligações dipolares podem ser entre:

– dipolos permanentes.
– dipolos permanentes e induzidos.
– dipolos induzidos flutuantes.;

Ligações Interatômicas

 Ponte de Hidrogênio
 É um caso especial de ligação
entre moléculas polares;
Ligação Atômica nos Sólidos

 É o tipo de ligação secundária

mais forte;

 Ocorre entre moléculas em

que o H está ligado
covalentemente ao flúor (como
no HF), ao oxigênio (como na
água) ou ao nitrogênio (por
exemplo, NH3).

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Ligações Interatômicas

 Materiais – a classificação das ligações

 As ligações covalentes e iônicas não são puras mas sim uma mistura
Ligação Atômica nos Sólidos

com proporções que dependem da diferença de eletronegatividade dos

átomos envolvidos;

Eletronegatividade  Grau iônico: maior diferença

de eletronegatividade;
 Grau de covalência: maior
diferença de eletronegatividade;

Ligações Interatômicas

 Materiais – a classificação das ligações

Ligação Atômica nos Sólidos

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Ligações Interatômicas

 Ligações iônicas versus covalentes

 Os materiais cerâmicos formados a partir de elementos dos grupos
monovalentes IA (Li, Na, K, etc...) e o VII A (F, Cl, Br, etc...) são de caráter
Ligação Atômica nos Sólidos

muito iônico mas com baixa força entre as ligações químicas,

caracterizando compostos de baixo ponto de fusão(para o grupo dos
cerâmicos), baixa dureza, resistência e módulo de elasticidade e grande
expansão térmica;

 Já os materiais cerâmicos formados a partir de elementos de grupos

de maior valência como Mg+2 Al+3 Zr+4 possuem ligações de caráter
menos iônico mas com alta força nas ligações gerando compostos de alto
ponto de fusão, resistência mecânica dureza etc...

 As cerâmicas ligadas predominantemente por ligações covalentes são

tipicamente duras e de alta resistência apresentando altos pontos de
fusão. Como essas ligações são direcionais, apresentam em geral
menores densidades (para pesos moleculares equivalentes) e menores
expansões térmicas que os compostos iônicos.

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