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29/08/2022

MATERIAIS ELÉTRICOS
Aula 2 – Origens das propriedades dos materiais

INTRODUÇÃO
 Algumas propriedades comuns dos materiais estão intimamente ligadas à sua estrutura atômica ou molecular;
 Alguns exemplos óbvios são algumas propriedades elétricas e magnéticas;
 Considere por exemplo a estrutura clássica do átomo:

Prótons (+)
Elétrons (-)
Nêutrons (0)

Condição neutra: igual quantidade de prótons e


nêutrons;

O excesso ou falta de elétrons → Carga elétrica resultante:

Íons;
Ligações interatômicas;
Condutividade.

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INTRODUÇÃO

 Ou ainda, sabemos que os elétrons rotacionam em torno do próprio eixo, gerando


“micro” campos magnéticos

Elétrons com spins contrários se emparelham,


compensando o efeito magnético, um do outro.

Elétrons desemparelhados produzem campo magnético


resultante, conferindo propriedades magnéticas ao
material que compõem.
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O QUE ESTES MATERIAIS TEM EM COMUM?


 As propriedades relacionadas à estrutura atômica, entretanto, vão muito além!
 Por exemplo:

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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

 Estão diretamente relacionadas com a estrutura atômica dos materiais e a maneira


como os átomos se organizam;
 As ligações interatômicas e intemoleculares ditam uma série de “comportamentos” de
um determinado material.

ESTRUTURA ATÔMICA

Estrutura e
Ligações Ligações
propriedade dos
interatômicas intermoleculares
materiais

Metais Cerâmicas Polímeros Outros


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O ÁTOMO CLÁSSICO

 Constituído de:
 Prótons (+);
 Elétrons (-);
 Nêutrons (0).
 O posicionamento, a
distribuição e a interação
destes elementos intra e
interatomicamente são a base
das propriedades dos materiais.

A ESTRUTURA ATÔMICA

 Modelo de Bohr:
 Elétrons circulam ao redor do núcleo em orbitais
discretos ;
 Posição bem definida do elétron;
 A energia dos elétrons é quantizada – Níveis de
energia;
 Incapaz de explicar diversos fenômenos eletrônicos.

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A ESTRUTURA ATÔMICA
 Modelo quântico-ondulatório:
 Dualidade onda-partícula;
 Nuvem eletrônica;
 A posição do elétron é dada por uma distribuição de
probabilidades.
 Qual o modelo correto?

NÚMEROS QUÂNTICOS

Segundo
Terceiro
Quartoquântico
Número número
número principal,
quântico
quântico n
 Na mecânica ondulatória:
 Caracterizam cada elétron de um Relaciona-se
Especificam
Especifica a ao
o número despin
camada
estados
Especifica subcamada
átomo; eletrônico
energéticos em cada camada
eletrônica
 Na mecânica clássica:
SãoCada
permitidos
 Definem os níveis energéticos dos des,
K, L,
número M, d,apenas
camada permite
p,N,
valores
estados O,
dois
P...um
fenergéticos
elétrons de acordo com sua distribuição
nas camadas eletrônicas;
A quantidadeà de
Relaciona-se subcamadas
= 1;-1/2
p = 3;ouddistância=de
7 um
ao +1/2
s possíveis = 5; fde
elétrondepende núcleo n
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NÚMEROS QUÂNTICOS

Número quântico principal, n Segundo número quântico

Especificam a camada
Especifica subcamada
eletrônica

K, L, M, N, O, P... s, p, d, f

Relaciona-se à distância de um A quantidade de subcamadas


elétron ao núcleo possíveis depende de n

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NÚMEROS QUÂNTICOS

Terceiro número quântico Quarto número quântico

Especifica o número de estados Relaciona-se ao spin


energéticos em cada camada eletrônico

Cada camada permite um São permitidos apenas dois


número de estados energéticos valores

s = 1; p = 3; d = 5; f = 7 -1/2 ou +1/2

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NÚMEROS QUÂNTICOS
 Princípio da Exclusão de Pauli:
 Cada estado ou orbital eletrônico comporta no máximo dois elétrons;
 Dois elétrons compartilhando um orbital devem apresentar spins opostos.

s 1 orbital 2 elétrons
p 3 orbitais 6 elétrons
d 5 orbitais 10 elétrons
f 7 orbitais 14 elétrons
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NÚMEROS QUÂNTICOS
Número Número de elétrons
Camada Número de
quântico Subcamadas
associada a n estados Por subcamada Por camada
principal (n)
1 K s 1 2 2
s 1 2
2 L 8
p 3 6
s 1 2
3 M p 3 6 18
d 5 10
s 1 2
p 3 6
4 N 32
d 5 10
f 7 14
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DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
 Em função da estabilidade energética, os átomos
tendem a distribuir seus elétrons nos estados
energéticos mais baixos;
 Quando todos os elétrons ocupam os estados de
menor energia possíveis, diz-se que o átomo se
encontra em seu estado fundamental;
 Uma notação com base nos números quânticos é
utilizada para indicar a distribuição eletrônica de um
átomo;
 Utiliza-se, convencionalmente o Diagrama de Linus
Pauling para auxiliar na distribuição eletrônica de um
átomo.
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DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

7 Camadas:
 O modelo clássico divide a K, L, M, N, O, P, Q
eletrosfera em 7 camadas;
Até 4 subníveis por camada:
 Cada camada com um número
K: s
específico de subníveis;
L: s, p
 Cada subnível com um número M: s, p, d
específico de orbitais; N: s, p, d, f
 Cada orbital comportando dois O: s, p, d, f
elétrons; P: s, p, d
Q: s, p
 A distribuição dos elétrons segue
determinadas regras, conforme Cada subnível apresentando um número máximo
diagrama de Linus Pauling. de orbitais:
s: 1
p: 3
d: 5
f: 7 16

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DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

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OS ORBITAIS ELETRÔNICOS
 Cada orbital comporta até dois elétrons;
 Cada elétron apresenta um movimento
de rotação em torno do próprio eixo,
chamado spin, gerando um campo
magnético próprio;
 Dois elétrons em um orbital, devem
apresentar spins diferentes;
 Ainda, em um subnível, os orbitais devem
ser, primeiramente preenchidos com os
elétrons com spins positivos;
 Apenas depois, os elétrons com spins
negativos devem tomar seu lugar.
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OS ORBITAIS ELETRÔNICOS

Exemplo: Carbono (Z = 6) Exemplo: Nitrogênio (Z = 7)

1s2 2s2 2p2 1s2 2s2 2p3

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CAMADAS DE VALÊNCIA
 A última camada a ser preenchida,
em uma distribuição eletrônica é A presença de oito elétrons na camada de valência
chamada camada de valência; torna o átomo estável.
 Isto permite uma maior mobilidade
dos elétrons desta camada, caso
recebam ou percam energia;
 Como resultado, existe
instabilidade da última camada. Exemplo: Gases nobres
 Regra do octeto. Ne: 1s2 2s2 2p6
Ar: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
Kr: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6
Xe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 5p6
Rn: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d104s2 4p6 4d10 4f10 5s2 5p6 5d10
6s2 6p6
He: 1s2

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CAMADAS DE VALÊNCIA

 Em busca de estabilidade, átomos que não apresentam 8 elétrons na ultima camada,


tendem a fazer ligações com outros átomos;
 Dessa forma, os elétrons de valência são fundamental na formação das ligações
atômicas e em algumas propriedades dos materiais;
 Este fenômeno também é a chave para algumas reações químicas;
 A tabela periódica está organizada de forma a mostrar a tendência que os átomos
tem de perder ou ganhar elétrons de modo a se tornarem estáveis.

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ELETRONEGATIVIDADE

Tendência à eletronegatividade

 Átomos eletropositivos:
 Tendem a ceder elétrons;
 Átomos eletronegativos:
 Tendem a receber elétrons.

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FORÇAS INTERATÔMICAS E INTERMOLECULARES

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LIGAÇÕES ENTRE ÁTOMOS


 As ligações entre átomos levam a
formação de moléculas;
Monoatômicos
 Os novos compostos formados
apresentam propriedades de acordo
com os átomos que os formam e o
tipo de ligação que os originou;
 Podem ser classificados de acordo
com a quantidade de átomos que os
formam;

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LIGAÇÕES ENTRE ÁTOMOS

Diatômicos Triatômicos Tetratômicos

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LIGAÇÕES ENTRE ÁTOMOS

...

Metano
Propano SF6

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FORÇA DE LIGAÇÃO

 Imagine dois átomos a uma distância Forças Tipo de


de separação infinita; atrativas ligação
 A medida que estes átomos se
aproximam, forças de atuação mútuas
começam a surgir;
 A magnitude de cada uma depende da
Forças Nuvens
distância entre os dois átomos;
repulsivas eletrônicas

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FORÇA DE LIGAÇÃO

 Quando as duas forças são iguais,


existe um estado de equilíbrio a uma
distância r0.

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ENERGIA DE LIGAÇÃO
 A energia de ligação é outra forma de
se verificar o equilíbrio de uma ligação
interatômica;
 Neste caso, deve-se pensar em termos
de energia potencial de atração e de
repulsão;
 O valor mínimo da curva de balanço de
energia corresponde ao ponto de
equilíbrio;
 Neste ponto, a energia E0 é chamada de
energia de ligação.
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ENERGIA DE LIGAÇÃO

A energia de ligação tem relação com a coesão da estrutura


interatômica ou molecular dos materiais.
Um exemplo disto, é o ponto de fusão dos materiais. Quanto
maior a energia de ligação, mais alta a temperatura de fusão
do material – mais difícil promover a ruptura da ligação.

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ENERGIA DE LIGAÇÃO

 A distância entre átomos representa um


ponto de equilíbrio entre as forças de
atração e repulsão em uma ligação atômica;
 Na distância de equilíbrio, a energia do
sistema é mínima, mantendo o equilíbrio da
ligação;
 Fatores externos podem contribuir para a
quebra desta ligação:
 Temperatura;
 Tensões mecânicas.
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LIGAÇÕES PRIMÁRIAS

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LIGAÇÕES PRIMÁRIAS

 Considerando as ligações entre átomos e as respectivas energias associadas, definem-


se três tipos de ligação envolvendo os elétrons de valência;

Estas ligações são chamadas de ligações primárias

 Estas ligações surgem da necessidade do átomo em adquirir estruturas estáveis.

Iônica Covalente Metálica


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LIGAÇÃO IÔNICA

 Normalmente envolve compostos metálicos


e não metálicos, em lados horizontalmente
opostos da tabela periódica;
 Átomos de elementos metálicos cedem seus
elétrons de valência aos elementos não
metálicos;
 Cada elemento envolvido se torna um íon;
 Exemplo: NaCl = Na+ + Cl-

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LIGAÇÃO IÔNICA

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LIGAÇÃO IÔNICA

 As forças envolvidas neste tipo de ligação


são as forças de Coulomb;
 A energia atrativa, portanto, é função da
distância interatômica; 𝟏
𝑬𝑨 ∝
 Formam arranjos tridimensionais, em que 𝒓
todos os íons positivos devem ser vizinhos
de íons negativos e vice-versa.

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LIGAÇÃO IÔNICA

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LIGAÇÃO IÔNICA

 Tipo de ligação predominante dos materiais


cerâmicos;
 Energias de ligação elevadas:
 Entre 600 e 1.500 kJ/mol;
 Temperaturas de fusão elevadas;
 Duros e frágeis;
 Isolantes elétricos e térmicos.

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LIGAÇÃO COVALENTE
 Há o compartilhamento de elétrons entre os
átomos;
 O elétron compartilhado passa a pertencer a ambos
os átomos;
 Ocorrem em qualquer estado da matéria;
 Moléculas elementares de ametais, sólidos
elementares, átomos diversos na tabela periódica;
 Nos sólidos, formam matrizes cristalinas.

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LIGAÇÃO COVALENTE
 Número de ligações: Regra geral:
N=8-G
 O número de ligações
covalentes de um átomo, Exemplo: Carbono
depende do número de
elétrons das camadas Grupo 4A: N = 8 - 4 = 4
externas;
Exemplo: Oxigênio
 Considerando a regra do
octeto e o grupo do Grupo 6A: N = 8 - 6 = 2
elemento na tabela
periódica, chega-se a uma Exemplo: Nitrogênio
regra geral.
Grupo 5A: N = 8 - 5 = 3
 E o Hidrogênio?
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LIGAÇÃO COVALENTE
 Apresentam características variadas, mas são, em sua maioria, mais fracas
que as iônicas.
 Eletricamente:
 Neutras;
 Polares.
 Muitos fortes, como no diamante
 Extremamente duro e com elevado ponto de fusão
(> 3.550°C);
 Muito fracas como no bismuto;
 Frágil e com baixo ponto de fusão (270 °C).
 Tipo de ligação predominante dos materiais poliméricos.
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LIGAÇÃO ÍÔNICA E COVALENTE

 Na natureza, muitos materiais apresentam ligações que são parcialmente iônica e


parcialmente covalente;
 O grau de cada tipo de ligação dependerá da posição relativa na tabela periódica dos
elementos envolvidos;
 Quanto maior a diferença de eletronegatividade, mais iônica será a ligação;
 Quanto mais próximos os átomos, maior o grau de covalência;
 Esta relação pode ser expressa pelo percentual de caráter iônico:

XA e XB:
%𝑪𝑰 = 𝟏 − 𝒆𝒙𝒑 −(𝟎, 𝟐𝟓)(𝑿𝑨 − 𝑿𝑩 )𝟐 × 𝟏𝟎𝟎 Eletronegatividade
dos elementos.

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LIGAÇÃO METÁLICA

 Típica dos metais:


 Os elétrons de valência não estão ligados a qualquer átomo em particular, mas se movimentam
livremente;
 Dessa forma, compõem um “mar” ou “nuvem” de elétrons;
 Os elétrons restantes, juntamente com o núcleo formam o chamado núcleo iônico;
 Carga resultante positiva;
 Os elétrons livres compensam as forças eletrostática de repulsão entre os núcleo iônicos,
atuando como uma “cola”;
 É um processo semelhante à ligação iônica.

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LIGAÇÃO METÁLICA

Núcleos
iônicos

Nuvem eletrônica

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LIGAÇÃO METÁLICA

 As ligações podem ser fracas ou fortes, resultando em uma ampla faixa de


energias de ligação e pontos de fusão;
 Confere solidez e rigidez mecânica aos metais;
 Elevada condutividade, brilho e maleabilidade;
 Boa condutividade elétrica e térmica.

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LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS

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LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS

 As ligações secundárias, também chamadas de Forças de Van der


Walls são ligações de caráter mais fraco:
 Existem praticamente entre todos os átomos ou moléculas;
 São mais evidentes na coesão entre os gases inertes e na presença de
ligações covalentes;
 São provenientes da existência de dipolos nas moléculas:
 Separação entre partes positivas ou negativas de um átomo ou
molécula;
 Atuação das Leis de Coulomb.
 Atração coordenada entre dipolos.
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MOLÉCULAS – POLARIDADE

 Moléculas diatômicas são


mostradas de forma bidimensional;
 Moléculas com três ou mais
átomos podem apresentar
formação tridimensional;
 São formados ângulos associados à
polaridade da molécula.
 Isto resulta em “separação” de
cargas, conferindo polos positivos
e negativos às moléculas.

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MOLÉCULAS – POLARIDADE

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MOLÉCULAS – APOLARES

CO2

C2H4

CH4

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MOLÉCULAS – POLARES

CO

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FORÇAS DE VAN DER WAALS

 Dipolo permanente – dipolo permanente (ex: acetona);

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FORÇAS DE VAN DER WAALS

 Dipolo permanente – dipolo induzido (ex: O2 em H2O)

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FORÇAS DE VAN DER WAALS

 Dipolo induzido – dipolo induzido (Ex: cloro):

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FORÇAS DE VAN DER WAALS

 Em sólidos: estrutura cristalina


instável com baixo ponto de
fusão.
 Exemplos - Alcanos
 Propano - gás: C3H8
 Octano - líquido: C8H18
 Parafina - sólido: CnH2n+2 (n > 20)

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FORÇAS DE VAN DER WAALS

 Ponte de hidrogênio:
 Hidrogênio e átomos muito
eletronegativos.

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FENÔMENOS RELACIONADOS

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ALOTROPIA

 Fenômeno através do qual, um mesmo elemento químico origina substâncias diferentes.

Exemplo: Enxofre

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ALOTROPIA

 Fenômeno através do qual, um mesmo elemento químico origina substâncias diferentes.

Exemplo: Oxigênio

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ALOTROPIA

 Fenômeno através do qual, um mesmo elemento químico origina substâncias diferentes.

Exemplo: Carbono

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ISOMERIA
 Propriedade em que compostos apresentam a mesma forma molecular, mas estruturas
diferentes.

Dimetil éter Etanol


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ISOMERIA
 Propriedade em que compostos apresentam a mesma forma molecular, mas estruturas
diferentes.

Propanal Propanona 62

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ESTRUTURAS DOS MATERIAIS

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O ESTADO DA MATÉRIA

 Está relacionado às ligações


existentes entre as unidades
básicas que compõem o
material:
 Átomos, íons e moléculas.
 A força entre estas ligações
determina o comportamento
dos materiais de acordo com a
temperatura.

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CALOR LATENTE

 É a energia liberada ou absorvida por uma


substância, num processo durante o qual:
 A temperatura é mantida constante;
 A substância muda seu estado físico.

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O ESTADO GASOSO
 As unidades básicas que formam o gás estão em A velocidade média dos átomos ou
movimentação contínua e aleatória; moléculas é proporcional à
 Estas unidades básicas apresentam independência temperatura absoluta:
entre si;
 O movimento dos seus elementos básicos e o
choque com os limites em que se encontram 𝑉𝑚 = 3𝐾𝑇/𝑀;
encerrados dão origem à pressão exercida pelo gás;
 Resumindo, é um estado caótico, formado pela
Vm = Velocidade média, m/s;
desordem total dos elementos básicos da matéria. K = constante de Boltzman (1,38 x 10-23 J/K);
T = temperatura absoluta, kelvin;
M = massa molecular do gás.

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O ESTADO LÍQUIDO
 Caracterizado por uma menor energia cinética
dos átomos ou moléculas; Unidades com baixa energia cinética se
 As forças de Van der Waals se sobrepõem ao atraem mutuamente, unindo-se.
movimento individual dos átomos;
 A união das unidades não é ordenada;
 A velocidade é mais lenta e a movimentação A densificação resultante provoca a
envolve uma mudança contínua em torno de condensação do gás, que se precipita sob a
uma dada posição. ação da gravidade.

Há liberdade de movimentação, portanto


mobilidade do agrupamento de moléculas.

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O ESTADO LÍQUIDO
 A viscosidade é uma das principais O efeito da viscosidade pode ser
características dos líquidos; verificado pela Lei de Stokes:
 Resulta do atrito interno que as
𝐹
partículas oferecem ao v = 6𝜋𝑟𝜂 ;
escorregamento;
 É, portanto o coeficiente de v é a velocidade desenvolvida por
resistência ao escorregamento; uma esfera de raio r, impelida por
uma força F em um líquido com
 A relação entre viscosidade
viscosidade dinâmica .
dinâmica e densidade do líquido
resulta na viscosidade cinemática,
em m2/s. v [m/s]; F [N]; r [m’];  [Pa.s]
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O ESTADO SÓLIDO

 O agrupamento de moléculas e átomos em


um sólido pode ser dar de diferentes
formas, levando a três tipos de estrutura:
 Estruturas moleculares;
 Estruturas cristalinas;
 Estruturas amorfas.

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ESTRUTURAS MOLECULARES

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ESTRUTURA MOLECULAR

 Compostos formados pelo Molécula: Um número limitado de átomos


agrupamento de moléculas; fortemente ligados entre si.
 As forças de atração entre moléculas
são relativamente fracas quando
Atrações intramoleculares: Fortes
comparadas às forças de ligação entre
átomos. Atrações intermoleculares: Fracas.
 Regularidade estrutural;
 Sólidos moleculares: Entretanto, as moléculas permanecem
intactas, independente do estado físico do
 Geralmente moles; material.
 Baixos pontos de fusão e ebulição;
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HIDROCARBONETOS

 Compostos baseados em carbono e hidrogênio;


 Principais representantes dos materiais com
estrutura molecular;
 Hidrocarbonetos saturados:
 Todas as ligações do carbono são simples;
 Hidrocarbonetos insaturados:
 Carbonos com ligações duplas ou triplas, não
saturados com o máximo de hidrogênio.

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HIDROCARBONETOS SATURADOS

 Exemplo mais simples:


 Metano;
 A partir do metano, mais unidades de
carbono e hidrogênio podem ser
adicionadas:
 Série parafínica.
 Moléculas deste tipo se conectam com
outras através de forças de Van der Waals.

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HIDROCARBONETOS INSATURADOS

 Apresentam unidades básicas chamadas de monômeros;


 As ligações duplas e triplas dos monômeros podem se romper permitindo a conexão
com outros monômeros, formando moléculas maiores.

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MOLÉCULAS POLIMÉRICAS
 Formação de substâncias compostas através da união de monômeros:

Exemplo:
Polietileno

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MOLÉCULAS POLIMÉRICAS

Exemplo:
Policloreto de vinila

C2H3Cl
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MOLÉCULAS POLIMÉRICAS
Exemplo:
Politereftalato de
etileno

Ácido tereftálico
Etilenoglicol

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MOLÉCULAS POLIMÉRICAS

Exemplo:
Politereftalato de etileno

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